31 de agosto de 2017

As Manifestações do Espírito Santo



As Manifestações do Espírito Santo

Texto Áureo = "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar." (At 2.39)

Verdade Prática = Cremos na atualidade do batismo no Espirito Santo e dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – Atos 2.1-6: 2 Corintios 12.1-7

HINOS SUGERIDOS: 85,122, 290 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

Joel predisse o derramamento do Espírito Santo para os últimos dias, por tratar de um evento futuro a acontecer cerca de 800 anos depois dele, o que não significa necessariamente os últimos dias da humanidade. Podemos concluir que temos aqui uma profecia sobre a vinda do Espírito Santo, no inicio dos “últimos dias’‘(At 2.28-32), os dias do evangelho de Jesus Cristo, para dar continuidade até à consumação plena no plano salvador de Deus.

No dia de Pentecoste ocorreu um dos maiores eventos da Igreja cristã. Aos quase cento e vinte, homem e mulheres, que esperavam no Cenáculo, veio uma experiência que resultou em completa mudança de suas vidas. Não eram mais aqueles de outrora. A experiência que tem sido vivida por milhões de servos de Deus durante os séculos do cristianismo, chamamos de batismo com o Espírito Santo.

A DESCIDA DO ESPIRITO SANTO

1. "Cumprindo-se o dia de Pentecoste" (v. 1). Pentecoste (Nm 28.26) era uma das três principais festas judaicas, instituídas por Deus, através de Moisés. Páscoa (Lv 23.4-8) e Tabernáculos (Lv 23.34) são as outras duas. Essas festividades sole­nes eram significativas e apontavam para o Messias.

a) Páscoa. Era a comemoração da saída dos filhos de Israel do Egi­to, também chamada de Festa dos Pães Asmos ou Ázimos (porque nela o pão era sem fermento), comemo­rada ainda hoje pelos judeus. Para nós, ela se cumpriu no sacrifício de Jesus, pois o cordeiro pascal, descri­to em Êxodo 12.3-8, apresenta os requisitos encontrados em Cristo.

b) Festa dos Tabernáculos. Chamada em hebraico de "Sucot", co­memora o período em que os filhos de Israel viveram em cabanas no de­serto, quando saíram do Egito (Lv 23.33-43). Era a última festa do ano e durava oito dias. Era uma festivi­dade alegre (Lv 23.40). Está mencionada em Jo 7.37-39. Ela repre­senta o gozo e a alegria dos crentes. O quadro profético ainda não se cumpriu: será no Milênio.

c) Pentecoste. É uma palavra gre­ga que significa "quinquagésimo", porque essa festa era celebrada 50 dias após a Páscoa (Lv 23.15,16). Chamada em hebraico de "Shavuot", plural de "shavua", significa "semana", mas é também conhecida como a Festa das Primícias, pois co­incidia com o fim da colheita de tri­go. O nome "Festa de Pentecoste" ficou assim conhecido, por ser rea­lizada no quinquagésimo dia após a Páscoa.

2. Reunidos no mesmo lugar (v.1). Havia quase 120 discípulos, incluindo as corajosas e heroínas pes­soas anônimas que tiveram partici­pação efetiva na obra de Deus (At 1. 15). O local era o Cenáculo, em Jerusalém (At 1.13), onde perseve­ravam "unanimemente em oração e súplicas" (At 1.14). À luz do con­texto, "reunidos no mesmo lugar" fala de unanimidade de propósito, esperando a promessa do Pai.

A VINDA DO ESPÍRITO SANTO

1. Barulho vindo do Céu (v.2). Vento e fogo são dois dos símbolos do Espírito Santo (Mt 3.11; Jo 3.8). A manifestação divina ligada ao fogo era comum no Antigo Testamento, tanto para trazer juízo (Jl 2.3), como para iniciar uma nova era ao povo de Deus (Êx 3.1,2).

2. Línguas repartidas como que de fogo (v. 3). Isso fala das diversidades de línguas. O fogo é a garantia de que Deus estava nesse negócio, visto que para os judeus a manifestação divina estava ligada ao fogo (Êx 3.2, 3; 19. 16-20; 1 Rs 18. 38; Lc 9.54).

3. "Todos foram cheios do Es­pírito Santo" (v.4). Nenhum dos patriarcas e profetas viveu essa expe­riência, embora alguns deles falassem desse evento mais como algo ainda para o futuro, pois, na época do Antigo Testamento, o Espírito Santo atuava sob medida.

a) "Cheio do Espírito Santo". O que significa ser "cheio do Espírito Santo"? É uma figura de linguagem. Significa que alguém abriu espaço em sua vida, para que o Espírito Santo possa operar sem restrição.

SINAIS SOBRENATURAIS FALAR LÍNGUAS

1. "Começaram a falar em ou­tras línguas" (v. 4). Era Babel às avessas. Naquela torre, ninguém se entendia, pois um não compreendia o que o outro dizia (Gn 11.7-9). Em Jerusalém, no Pentecoste: "cada um os ouvia falar na sua própria língua" (v. 6).

a) O duplo milagre. Essas línguas não eram da Terra. A palavra "línguas", nos versículos 3 e 4, é glossa. (grego). Mas o vocábulo "língua", nos versículos 6 e 8, é dialektos, (grego). O que isso significa? Que o milagre foi duplo: Os discípulos falaram línguas desconhe­cidas (glossa), e cada representante dessas 17 nações ouvia-os em sua própria língua (dialektos).


b) Língua do Céu. Língua estra­nha não é o mesmo que língua estrangeira, a qual há sempre quem possa entender, mas a língua estra­nha só compreende quem o Espírito Santo revelar. Disse o apóstolo Pau­lo: "Porque o que fala língua estra­nha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios" (1 Co 14.2).

2. Línguas como evidência do batismo no Espírito Santo. Ter o Espírito Santo não é o mesmo que ser batizado no Espírito Santo. Os discípulos, mesmo antes do Pente­coste, já tinham o Espírito Santo (Jo 20.22). O batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder que ca­pacita o crente a fazer a obra de Deus, principalmente, para fazer missões (At 1.8; Lc 24.49).

a) Como se sabe que alguém foi batizado no Espírito Santo? A evi­dência desse batismo é o falar lín­guas. No dia de Pentecoste eles fa­laram línguas (v. 4). Antes disso, ninguém tivera tal experiência. Na casa de Cornélio, como Pedro sou­be que o Espírito Santo desceu so­bre eles? "Porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus" (At 10.46).

b) Perigo das inovações. Há igre­jas neopentecostais que não têm no­ção dessa evidência e confundem ter o Espírito Santo com o batismo no Espírito Santo. Ultimamente, estão inventando muitas práticas exóticas sem apoio bíblico. Eu já vi alguém dizer: "Eu falo línguas", e outra pessoa responder para ele: "Fale", e ele começar a falar. Há também pesso­as que querem ajudar Jesus fazer a obra: Falam línguas e mandam as pessoas que ainda não foram batiza­das imitá-las.

3. O batismo no Espírito Santo hoje (v. 38). Não há qualquer indicação no Novo Testamento de que a promessa do batismo no Espírito Santo seja algo meramente para o primeiro século, como defendem expositores antipentecostais. A pro­messa é para "tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar". Há registros de que ao longo da história do Cris­tianismo, diversos cristãos falaram línguas. Irineu, Agostinho, Lutero, Wesley e muitos outros. Com o avi­vamento do País de Gales, de Kansas e da rua Azuza, quase simultanea­mente, o fenômeno das línguas vol­tou a ser algo generalizado, e não meramente uma raridade.

NATUREZA DA LINGUAS

O que ocorreu em Atos dos Apóstolos foi um milagre surpreendente. Os discípulos estavam falando sobre Cristo em sua própria língua, quando, de repente, os que visitavam Jerusalém passaram a compreender o que era dito em seu próprio idioma.E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu. E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando? Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? – Atos 2.4-8.

O REGISTRO DE LÍNGUAS NA BÍBLIA. O dom de línguas é mencionado apenas em três livros do Novo Testamento (Marcos 16:17-20, Atos 2:1-13; 10:45-46; 19:6, I Coríntios 12:1 a 14:40). É informativo notarmos que poucos livros das Escrituras mencionam línguas. Entre vinte e uma epístolas do Novo Testamento, nas quais salvação, gozo Cristão, crescimento espiritual, qualificações ministeriais e o trabalho do Espírito de Deus são mencionados, contudo em uma única são mencionadas as línguas..

A NATUREZA DAS LÍNGUAS. 

O dom de línguas era a habilidade sobrenatural de falar em um idioma que não se havia adquirido através de estudo. Não há nenhuma razão Bíblica para acreditar que este idioma era qualquer outra coisa além de um idioma humano existente. Em Atos 2:1-11, os discípulos falaram em idiomas nativos dos muitos judeus estrangeiros presentes em Jerusalém no Pentecostes. Em I Coríntios 14:16 e 23, os Coríntios são advertidos que os indoutos não podiam entender as línguas. Essas declarações seriam sem sentido se as línguas não fossem idiomas humanos já conhecidos por alguns. Em I Coríntios 14:21, Paulo cita uma profecia do Velho Testamento relativa ao propósito das línguas. Esta profecia trata-se do idioma humano que revela novamente a natureza da língua em Corinto. 

SIGNIFICADO E PROPÓSITO

Uma pessoa que não é batizada no Espírito Santo pode ser salva? “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” Atos 1.8

O Espírito Santo é tão importante na vida de uma pessoa que o Senhor Jesus só iniciou o Seu ministério depois que O recebeu. É o Espírito Santo que nos dá condições para fazer a Obra de Deus neste mundo, levando o Evangelho a outras pessoas.

Quando a pessoa entrega a sua vida a Deus, é aceita por Ele, ela está salva, mas a busca pelo batismo com o Espírito Santo é fundamental. O Espírito Santo é necessário em nossas vidas porque Ele também é o Consolador, a força de que precisamos para superar os momentos difíceis e guardar a nossa Salvação.

O batismo com Espírito Santo não nos dá a Salvação, mas nos ajuda a mantê-la. Nosso Senhor deixa muito claro que as línguas eram um sinal (Marcos 16:17). Quando a igreja de Corinto começou a usar línguas como meio de auto-glorificação, foi-lhes falado que precisavam amadurecer e aprender que as línguas deveriam ser usadas como um sinal (I Coríntios 14:20-22). Deixe-nos examinar este ponto importante com detalhes. 

Em I Coríntios 14:21, Paulo cita Isaías 28:11 como prova de que as línguas eram um dom de sinal. Em Isaías capítulo 28, achamos Isaías reprovando os anciões de Judá pelos pecados que eles haviam cometido. Eles não se arrependeram, mas zombaram da pregação de Isaías como se ela fosse inferior ao nível intelectual que eles possuíam (vs. 9-10). 

Sendo assim Isaías deu a profecia em que Deus falou a eles pelas línguas estrangeiras do exército assírio que estava invadindo. Com isto, Paulo conclui que as línguas são um sinal. Nós também poderíamos mencionar que as línguas não eram um sinal a todos os incrédulos, mas para incrédulos judeus em particular. Isto é visto em Isaías capítulo 28, e também no Novo Testamento. Em todos os casos registrados no livro de Atos o dom de línguas era um sinal aos judeus. É interessante também lembrar-nos que a igreja em Corinto começou ao lado de uma porta de uma Sinagoga judia (Atos 18:7). Talvez isto explique em parte o destaque do dom naquela igreja. 

OS DONS ESPIRITUAIS

Os dons do Espírito são capacidades e talentos dados a alguém pela operação interna do Espírito Santo (I Coríntios 12:4-11). Eles devem ser distinguidos do dom inicial do próprio Espírito (Atos 2:38; 10:45; 11:17, I Coríntios 12:4). Os dons espirituais também não devem ser confundidos com habilidades ou talentos naturais. A pessoa nasce com certas capacidades que podem ser desenvolvidas. Dons espirituais não são, por outro lado, um produto de nascença mas do poder do Espírito Santo.

TIPOS DE DONS ESPIRITUAIS.

São listados dons espirituais nas seguintes passagens: Romanos 12:5-8, Efésios 4:11-12, I Coríntios 12:8-10, 28-29. Várias classificações têm sido sugeridas: 

Alguns dos dons foram determinados como sinais (Línguas, Milagres, Cura, etc..). Outros dons permitem a igreja operar de forma mais ordenada (ajudas, governos), ou abençoa a alguns com suprimentos especiais (mostrando misericórdia, etc.). Um grande número de dons concernentes ao ministério da palavra (ensino, profecia, etc.). Aqueles dons, dados unicamente para suprir as necessidades das igrejas apostólicas eram obviamente temporários. Isso inclui todos os dons de sinais e qualquer dom que envolva a revelação direta aparte da Bíblia. 

Notando os vários tipos de dons espirituais deveríamos mencionar também que certos homens talentosos estão na lista (I Coríntios 12:28-29). Os homens que ocupam estas posições têm que possuir indubitavelmente mais do que um dom que leve a cabo os seus trabalhos. Eles próprios são dons à igreja (Efésios 4:7-12). Alguns destes ofícios como Apóstolo e Profeta eram temporários. 

OS DONS DO ESPÍRITO FORAM DADOS A QUEM?

A igreja é o lugar apropriado para o exercício dos dons do Espírito. Os dons foram dados à igreja para seu desenvolvimento espiritual (Efésios 4:8-12; note o versículo 12; I Coríntios 12:14-31; note os versículos 27- 28). Os dons são dados aos santos individualmente, de forma que a assembléia como um todo seja abençoada. 

A relação dos dons do Espírito para com a igreja pode ser vista no conceito do Novo Testamento onde se vê a igreja como o Templo de Deus, e como o Corpo de Cristo. 

Enquanto a regeneração "faz-nos pedras vivas" (I Pedro 2:5), são os dons do Espírito que fazem com que estas "pedras vivas" venham a formar o templo de Deus que é "bem ajustado" (Efésios 2:21). Da mesma maneira que um corpo humano tem muitos membros que contribuem para o bem-estar geral do todo, assim é a igreja local, como o corpo de Cristo, provida de toda função necessária, pela variedade de dons dentro de sua comunidade (I Coríntios 12:12-28., Efésios 4:16). À igreja foram dados dons do Espírito porque Ela é a responsável por promover o crescimento espiritual das pessoas {Efésios 4:11-16}. 

Talvez este seja um bom lugar para mencionar o conceito Pentecostal (veja nota do tradutor) em que as pessoas recebem dons espirituais para serem pessoalmente abençoadas e esta é uma concepção falsa. Cada dom é para o corpo de Cristo como um todo. Nós não recebemos os dons para o nosso próprio benefício, mas para o benefício do corpo. Assim como o corpo humano há uma interdependência entre os membros. O bem do corpo deve ser o fator controlador no exercício de qualquer dom espiritual. Este é o tema central em I Coríntios capítulos 12-14. 

CONCLUINDO

A promessa do Espírito Santo diz respeito, principalmente, aos "últimos dias", e não à era dos apóstolos. Além disso, Pedro, ao citar o profeta Joel, substituiu a expressão "derramarei o meu Es­pírito" por "derramarei do meu Espírito". Isso mostra que o Pen­tecoste foi o início da Dispensação do Espírito Santo, e que a efusão do Espírito seria na sua plenitude nos "últimos dias", os dias em que estamos vivendo.

1. Deus é fiel e cumpre tudo o que nos promete, apesar de muitos o considerarem tardio. Ele vaticinou o derramamento do seu Espírito sobre toda a carne, como declarou o pro­feta Joel, e, no tempo certo, no dia de Pentecoste, este evento tornou-se uma realidade em Jerusalém.

2. O batismo com o Espírito San­to é uma bênção celestial necessária aos cristãos que desejam ter uma vida vitoriosa. Por isso, quem ainda não o recebeu deve orar insistente­mente, pois Deus não faz acepção de pessoas e esta promessa é para to­dos os homens.

3. O crescimento da Igreja, na atualidade, é ocasionado pela atua­ção do Espírito Santo em nossos dias. Se desejamos mais conversões e a manifestação do poder de Deus, devemos buscar, insistentemente, os dons espirituais, tão necessários nes­te momento de incredulidade total.




Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1989
BIBLIOGRAFIA


23 de agosto de 2017

A Necessidade de Termos uma Vida Santa


A Necessidade de Termos uma Vida Santa

Texto Áureo = "Mós, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver." (1 Pe 1.15)

Verdade Prática = Cremos na necessidade e na possibilidade de termos uma vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE – I Pedro 1.13-22

HINOS SUGERIDOS: 75, 91, 282 da Harpa Cristã

INTRODUÇÃO

É preciso que o adorador mantenha o seu espírito, a sua alma e o seu corpo plenamente irrepreensível para o dia de nosso Senhor Jesus Cristo. A Bíblia nos exorta a afastarmos-nos cada dia das práticas pecaminosas, aproximarmos de Deus com um coração íntegro e piedoso, e nos esforçarmos por viver de maneira santa. “porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. portanto, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo” (1Ts 4.7, 8).

I – DEFININDO OS TERMOS

1. A santidade de Deus. A Bíblia diz que nosso Deus é santíssimo: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Is 6.3; Ap 4.8). A santidade de Deus é intrínseca, absoluta e perfeita (Lv 19.2; Ap 15.4). É o atributo que melhor expressa sua natureza. No crente, porém, a santificação não é um estado absoluto, é relativo assim como a lua, que não tendo luz própria, reflete a luz do sol (ver Hb 12.10; Lv 21.8b).

 Deus é “santo” (Pv 9.10; Is 5.16), e quem almeja andar com Ele, precisa viver em santidade, segundo as Escrituras.

 2. Santificar e santificação. “Santificar” é “pôr à parte, separar, consagrar ou dedicar uma coisa ou alguém para uso estritamente pessoal”. Santo é o crente que vive separado do pecado e das práticas mundanas pecaminosas, para o domínio e uso exclusivo de Deus. É exatamente o contrário do crente que se mistura com as coisas tenebrosas do pecado.

A santificação do crente tem dois lados: sua separação para a posse e uso de Deus; e a separação do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e agradar a Deus.

Santo quer dizer “separado”. Deus é separado de nós em dois sentidos. Primeiro, ele é o Criador e nós somos suas criaturas. Ana louvou o Deus único, porque “É o que tira a vida e a dá” (1 Samuel 2:2,6). Esta diferença excede nossa imaginação. Como Criador, ele está acima de todos os povos (Salmo 99:1-3).

Isaías fala da grandeza de Deus em relação à criação. Ele é “o eterno Deus, o SENHOR, o Criador...” (Isaías 40:28). No mesmo capítulo, Deus desafia suas criaturas com estas palavras: “A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? — diz o Santo” (Isaías 40:25). A conclusão importante de Isaías é que as criaturas não são nada em comparação com o Criador: “Eis que as nações são consideradas por ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de pó na balança; as ilhas são como pó fino que se levanta. Nem todo o Líbano basta para queimar, nem os seus animais, para um holocausto. Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada, como um vácuo. Com que comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?” (Isaías 40:15-18). Deus é separado de nós porque ele nos criou do nada.

 O segundo sentido em que Deus é santo trata de sua relação com o pecado. Ele é puro e certo, acima de todo pecado e toda maldade. Por esse motivo, ele é separado dos homens pecadores. “Então, Josué disse ao povo: Não podereis servir ao SENHOR, porquanto é Deus santo, Deus zeloso, que não perdoará a vossa transgressão nem os vossos pecados. Se deixardes o SENHOR e servirdes a deuses estranhos, então, se voltará, e vos fará mal, e vos consumirá, depois de vos ter feito bem” (Josué 24:19-20). Deus é separado de nós porque ele nos criou com livre arbítrio, e nós decidimos pecar. Deus nos convida a ser santos, livres do pecado, pela graça e pelo amor dele (1 Pedro 1:15-16).

A santidade de Deus é revelada na palavra dele

O homem aprende discernir entre o bem e o mal através da revelação de Deus (Isaías 1:16-17; 2:3). Nas Escrituras, o Espírito Santo tem revelado para nós as coisas de Deus para que possamos desenvolver a mente de Cristo (1 Coríntios 2:10-16). É importantíssimo entender que a desobediência a qualquer mandamento que Deus nos tem dado é ofensa contra a própria pessoa dele. Pense nesse fato na próxima ocasião que você enfrenta a tentação de deixar de lado algum mandamento do Senhor, dizendo que “Deus não se importa com isso”. Ele se importou em falar. Ele se importou em mandar seu Filho para ensinar e para morrer. Ele se importou em enviar os apóstolos ao mundo.

O pecado é desobediência da vontade de Deus (Salmo 51:4; 1 João 3:4). Qualquer pecado, o menor que seja nas opiniões dos homens, é traição e ingratidão em relação ao nosso Criador. Jesus disse que o amor a ele exige obediência aos seus mandamentos (João 14:15). O Pai havia falado a mesma coisa quase 1500 anos antes (Êxodo 20:6).

II – A NECESSIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA

1. Israel.O apelo à santidade diz respeito à pureza da nação de Israel para manter o povo distante da idolatria, da prostituição e de outras práticas pecaminosas. Deus escolheu Israel para ser sua propriedade particular dentre todos os povos, reino sacerdotal e povo santo: "[...] então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha. E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo [...]" (Êx 19.5,6).

O estilo de vida dos israelitas devia estar de acordo com a santidade do seu Deus: "Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo" (Lv 19.2). Essa santidade exigida era mais do que natural, porque Deus é santo (Lv 11.44), e os israelitas foram "separados", ou seja, "retirados" dentre os povos para Deus.

2. A Igreja.  Os três propósitos de Deus com Israel são os mesmos para a Igreja: "Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1Pe 2.9). Assim como os israelitas, fomos chamados por Deus e separados para o seu serviço; agora somos sacerdócio real, nação santa e povo ' adquirido.

Desde os tempos do Antigo Testamento, a idolatria e a prostituição sempre caminharam juntas (Jz 8.33; Os A.13,14). Esses são os mesmos desafios da igreja hoje: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição" (1Ts 4.3). Devemos fugir da prostituição e também da idolatria (1Co 6.18; 10.14).

3. Uma exigência natural.  Essa exigência é mais do que natural porque Deus é Santo: "mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver, porquanto escrito está: Sede santos, porque eu sou santo" (l Pé 1.15,16) assim como o é seu Filho Jesus Cristo (Lc 1.35; Jo 6.69). Da mesma maneira como Deus escolheu e santificou o povo de Israel para viver em santidade, assim também o Senhor Jesus nos chamou para vivermos uma vida santa. Israel precisava viver longe das práticas imorais dos cananeus, nós, da mesma forma devemos nos abster da prostituição.

III – A POSSIBILIDADE DE TERMOS UMA VIDA SANTA

Santificação posicional. Significa que no ato da regeneração os cristãos são santificados, e, portanto, são santos porque já estão separados para Deus e foram purificados (Romanos 1:7; Hebreus 2:11; 10:10,14,29). Nesse sentido a santificação é “a liberdade do domínio da velha natureza, que foi crucificada com Cristo”. Este é, sem dúvida, o mais impactante tipo de santificação, pois Paulo afirma que “somos santificados em Cristo Jesus, e, por isso, chamados para ser santos” (1 Coríntios 1:2). Esse tipo de santificação é obtido unicamente pela fé em Cristo (cf. Atos dos Apóstolos 26:18), e é também realizado de uma vez por todas. Desta forma, o salvo pode afirmar que foi, definitivamente, justificado, santificado e redimido, desde que realmente se mantenha revestido da justiça e da santidade de Cristo, pela fé.

SANTIFICAÇÃO PRESENTE (ATUAL REAL ) indica o processo pelo qual o Espírito Santo gradualmente muda a vida do crente para dar vitória sobre o pecado. Esta é a santificação prática. Trata-se do crescimento cristão, deixando o pecado do lado e vestindo dedicação a Deus (Ro. 6:19, 22; 1 Th. 4:3, 4; 1 Pe. 1:14-16). [Nota do tradutor: A palavra inglesa “godliness” aparentemente não tem tradução própria em português. Ela significa algo parecido como “ser semelhante, ser um reflexo de Deus”. O dicionário somente indica “piedade, dedicação a Deus”.] Este processo atual de santificação nunca acaba nesta vida (1Jo. 1:8-10).

O Cristão precisa resistir ao pecado até ser levado deste mundo através da morte ou na volta de Cristo. Neste sentido, o Cristão pode dizer, "ESTOU SENDO santificado pelo poder de Deus."

A santificação progressiva. O cristão está santificado em Cristo, mas o Espírito Santo continua atuando em sua vida, moldando seu caráter, desenvolvendo sua personalidade, o purificando e santificando diariamente. Essa santificação progressiva nos exorta a nos santificarmos ainda mais (Efésios 4:17-32, 1 Coríntios 3:1-17; 1 Tessalonicenses 5:23). Portanto na santificação progressiva o salvo desenvolve a santificação iniciada após sua justificação em Cristo Jesus. É um processo de crescimento diário. A santificação representa “uma luta em busca do crescimento na fé. É um processo de crescimento espiritual”. Neste processo, o cristão “coopera” na sua santificação por meio da “mortificação dos desejos pecaminosos, e em levar o ser interior à obediência a Cristo às normas apresentadas em sua palavra” (Romanos 8:13; Colossenses 3:5).

A santificação futura. A santificação futura diz respeito ao processo final, quando finalmente seremos aperfeiçoados diante de Deus e seremos semelhantes a Jesus (1 João 3:2-3). É nesse momento que ocorrerá a transformação do corpo corruptível em um corpo incorruptível (Romanos 8:11-23). Na vinda de Cristo, cada cristão receberá um corpo novo que estará sem pecado. O Cristão não terá mais de resistir ao pecado ou de crescer para a perfeição. Sua santificação estará completa. Ele estará inteira e eternamente separado do pecado e para Deus.

 

A santificação ocorre em duas esferas. A primeira é a mortificação do velho homem, onde o corpo do pecado é desfeito (Colossenses 3:1-5; Rm. 8:13), assim, o cristão faz “morrer sua velha natureza”, o velho homem com seus feitos. A outra esfera é a vivificação, que consiste em viver em novidade de vida (Romanos 6:4). Tanto a mortificação como a vivificação acontece de forma simultânea. Paulo exemplifica esse princípio, quando afirma: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus” (Gálatas 6:20).

É POSSIVEL SER SANTO?

Quando falamos em santidade nos dias atuais, parece que estamos nos referindo a algo longe de nossa realidade, uma maneira de viver quase impossível de ser alcançada, mas quero através desta mensagem mostrar a cada leitor que a vontade de Deus, é que todos nós possamos ser santos. Deus quer operar maravilhas em nosso meio, nossa família, nossos amigos, todos que amamos, porém assim como ele pediu ao povo de Israel, ele pede e clama a todos nós, " SANTIFICAI-VOS". Se Deus nos pede algo é evidente que é possível realizarmos esse pedido, pois nosso Senhor não nos prova além daquilo que podemos suportar. (1Co 10:13)

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. " Gálatas 2:20

 Precisamos entender que não somos desse Mundo, somos apenas forasteiros, a vontade de Deus é que estejamos sempre vivendo em função de sua vontade, separados dos prazeres que o mundo oferece, e isso realmente é difícil nos dias de hoje mas garanto é possível; é difícil pois requer renúncia de nossas vontades, de nossos prazeres, mas para vivermos em santidade é necessário seguir os passos de Jesus, é preciso negar a si mesmo, carregar sua cruz e seguir nosso bom Mestre. (Mt 16:24)

Conclusão

Ter uma vida santa é não concordar com o pecado. Não é somente evitar os pecados citados em Gálatas 5.19-21, mas é também se opor ao pecado (Gl 5.22, 23). A santidade é um mandamento de fundamental importância em torno do qual gira a vida cristã (1Pe 1.15, 16). O crente não deve ser santo somente entre quatro paredes, nem seguir o mau exemplo de quem apresenta duplicidade de caráter (Rm 12.2). Mas deve manter-se irrepreensível e obediente ao que disse o apóstolo Paulo em Filipenses 2.15, que diz: para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.

Em muitas igrejas hoje, a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não da separação do mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25 pareciam todas iguais; a diferença só foi notada com a chegada do noivo.

 

Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém- Em Dourados – MS

Bibliografia



Lições Bíblicas CPAD - 3º Trimestre 2006



 

16 de agosto de 2017

A Igreja de Cristo


A Igreja de Cristo 01

Texto Áureo = "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mt 18.20)

Verdade Prática =Cremos na Igreja, que é o corpo de Cristo, una, santa e universal assembleia dos féis remidos de todas as eras e todos os lugares.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = 1Corintios 12.-20,25-27

HINOS SUGERIDOS: 375, 470, 482 da Harpa Cristã

Apesar de abordarmos alguns aspectos teológicos fundamentais, nosso enfoque estará no desenvolvimento da missão da Igreja no mundo. Como podemos depreender do texto bíblico base da lição, a Igreja não é apenas uma organização, mas um organismo vivo e divino que tem como encargo precípuo a salvação dos pecadores e a congregação dos salvos a caminho da glória. A Igreja não é obra humana (Mt 16.18), mas criação especial de Deus mediante Cristo, seu Filho Amado. Jesus, como cabeça da Igreja (Ef1 .22,23), amou-a e se entregou por ela (Gl 2.20).

1. O QUE É A IGREJA

1. Definição. A palavra “igreja”, no grego, ekklesia, significa “chamados para fora”. Originalmente, os cidadãos de uma cidade eram chamados mediante o toque de uma trombeta, que os convocava para se reunirem como assembléia em determinado local, a fim de tratarem de assuntos comunitários. Da mesma forma, a Igreja é um grupo de pessoas chamadas para fora do mundo, para formar um povo seleto, especial, pertencer a Deus e servi-lo (1Pe 2.9,10; 1Ts 1.9).

2. A visão cristológica da igreja. Certa ocasião, Jesus interrogou os seus discípulos acerca do que as pessoas pensavam a respeito d’Ele. Após ouvir suas várias respostas, o Mestre lhes fez uma derradeira pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16.1 5). Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, respondeu-lhe imediatamente: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 1 6). A partir desta resposta, Jesus fez uma enfática declaração revelando aos seus discípulos a edificação, a jornada e o futuro da sua Igreja na Terra.

O Senhor afirmou a Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Quando o Mestre enunciou: “edificarei a minha igreja”, identificou-se como seu Arquiteto, cuja edificação estender-se-ia até “à consumação dos séculos” (Mt 28.20).

 

O fundamento sobre o qual Ele edifica a Igreja está indicado nas palavras do texto: “sobre esta pedra”. A pedra não se refere a Pedro e, sim, à verdade que este acabara de afirmar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Jesus não disse: “sobre ti edificarei a minha igreja”, mas declarou que sobre a confissão revelada pelo Espírito Santo a Pedro, a igreja seria edificada.

O próprio Pedro afirma que Jesus é a Pedra sobre a qual a Igreja é edificada “pedra angular, eleita e preciosa” (1Pe 2.5; At 4.11). A referência a Cristo como a “pedra angular” (1Pe 2.5 - ARA), figura um edifício construído com pedras espirituais, isto é, vidas regeneradas ao longo da existência da Igreja na Terra     (1 Co 3.9; Ef 2.22).

II. AS DIMENSÕES DA IGREJA NA TERRA

1. Universal. A Igreja universal é o conjunto de todos os salvos em Cristo. É citada no Novo Testamento no singular — “igreja”— nos textos de At 20.28; 1Co 12.28; Ef 1.22; 5.27; 1 Tm 3.15; Hb 12.23. No plano eterno de Deus, a Igreja universal foi arquitetada por Ele antes da fundação do mundo (Ef1 .4,9,10), e, tem um caráter geral porque inclui todos os cristãos remidos por Cristo, dentre todos os povos.

2. Local. A palavra igreja, em sentido literal, abrange o conceito de “congregar” e “reunir”, pois se trata da reunião dos fiéis em um local específico. A Bíblia emprega o plural “igrejas”, a fim de referir-se às igrejas locais (At 9.31; 16.5; Rm 16.4; 16.19;2Co8.1; Cl 1 .2). No entanto, quando o termo está no singular, cita-se a região na qual a igreja local encontra-se (At 14.23; Rm 16.1; 1Co 1.2; 4.17; 1 Ts 1.1). A perspectiva local da igreja fortalece o fato de que o trato e relacionamento de Deus com ela não é só universal, mas local, congregacional e direto.

III. A ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL DA IGREJA

1. A organização administrativa da igreja. A Igreja é tanto um organismo espiritual quanto uma organização que necessita do trabalho de pessoas nos vários órgãos funcionais da igreja local; Organização funcional da igreja refere-se à administração dos recursos materiais e humanos de que ela dispõe, para que não haja interrupções no seu crescimento quantitativo e qualitativo.

2. A organização ministerial da igreja. Esta forma de organização diz respeito ao governo da igreja local através de homens vocacionados e capacitados por Deus para o exercício do santo ministério eclesiástico. Ao longo da trajetória da igreja, temos várias formas de governo eclesiástico: local, distrital, regional e nacional.

Por meio do Novo Testamento, verificamos que a autoridade administrativa e espiritual da igreja local é competência do pastor. Todos os demais cargos e funções submetem-se à autoridade pastoral.Na igreja também há cargos de caráter espiritual, conforme expõe a Escritura em Ef 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.

3. A organização espiritual da igreja. Essa organização refere- se, essencialmente, à sua liturgia. Trata-se da ministração do culto, da adoração coletiva, das ordenanças deixadas por Jesus, como a Ceia do Senhor e o batismo em águas (Mt 28.19,20; Lc 22.16-20). Mesmo que não haja uma forma prescrita e específica de liturgia dos cultos, devemos primar em manter os princípios ensinados por Jesus, no sentido de promover a comunhão com Deus e com os irmãos. Na realização do culto, deve-se evitar tanto o formalismo que engessa a liberdade da adoração a Deus em “espírito e em verdade” (Jo 4.2 3,24), quanto à espontaneidade individual sem limites, que vulgariza e profana o “culto racional” que devemos prestar continuamente a Deus (Rm 12.1; SI 95.1-6).

CONCLUSÃO

Nesta lição, estudamos as características fundamentais da doutrina da Igreja, a fim de compreendermos suas dimensões terrena e celeste. Você faz parte da lgreja no seu âmbito universal? Está integrado e exerce o ministério que Jesus lhe confiou na igreja local? Trabalhemos enquanto é dia!

FONTE:- Lições bíblicas CPAD 2007

INTRODUÇÃO

IGREJA O CORPO ESPIRITUAL DE CRISTO

 

Lições Bíblicas do 4º Trimestre de 2006 - CPAD - Jovens e Adultos

 

TEMA – As Verdades Centrais da Fé Cristã

 

Comentários da revista da CPAD: Pr. Claudionor Correia de Andrade

Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto

 

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva

 

 


 

IGREJA O CORPO ESPIRITUAL DE CRISTO

 

Jo 10.9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.

Entrará no reino da luz, na Igreja (Pastagem é alimentação da Palavra de DEUS), e Sairá do reino das trevas, da reunião com o mundo.

 

TEXTO ÁUREO = “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do DEUS vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos, à universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb 12.22,23).

 

VERDADE PRÁTICA = A Igreja de CRISTO não é uma simples organização; e, sim: um organismo vivo que, no poder do ESPÍRITO SANTO, manifesta o Reino de DEUS a um mundo que jaz no maligno.

 


 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MATEUS 16.13-20

 

OBJETIVOS - Após esta aula, seu aluno deverá estar apto a:

Conceituar a doutrina da igreja.

Descrever a missão da igreja.

Distinguir a igreja universal da igreja local.

 

PONTO DE CONTATO

 

Prezado professor, o termo “igreja” na Antiguidade, referia-se a um grupo de pessoas que se reuniam para deliberar a respeito dos assuntos legislativos e políticos das cidades. Geralmente, essas assembléias eram abertas com orações e sacrifícios às divindades locais. Era concedido, a cada cidadão que desejasse, o direito de se pronunciar ou propor assuntos para o debate. No entanto, o termo era comum entre os gregos para designar qualquer reunião ou assembléia. Com a ascensão do cristianismo, a palavra começou a ser empregada em sentido mais específico, isto é, a Igreja do DEUS vivo.

 

 

 

 

 

SÍNTESE TEXTUAL

 

Eclesiologia é a disciplina da Teologia que estuda a igreja, sua fundação, símbolos e missão, conforme as Escrituras. O vocábulo igreja é formado por duas palavras gregas: pelo prefixo ek, isto é, “a partir de”, “de dentro de” ou “para fora de”; e, klēsis, que significa “chamada”, “convocação”, “convite”. Literalmente quer dizer “chamados para fora”. Em Atos 19.39, ekklēsia é uma “assembléia reunida para fins políticos”; em Atos 7.38 é a congregação ou assembléias dos israelitas, mas em 1Co 11.18, uma congregação cristã. O termo ainda é usado para designar um “grupo local de cristãos” (Mt 18.17; At 5.11; Rm 16.1,5); a Igreja universal à qual todos os servos de CRISTO estão ligados (Mt16.18; At 9.31; 1 Co 12.28; Ef 1.22); e a Igreja de DEUS ou de CRISTO (1 Co 10.32; 1 Ts 2.14; Rm 16.16).

 

ORIENTAÇÃO DIDÁTICA

 

Professor, a Igreja é um organismo vivo, santo, dinâmico e ligado à cabeça, CRISTO (Ef 1.22, 23). A igreja, portanto, vive em duas dimensões: espiritual e social. Na dimensão espiritual, a igreja é universal, um organismo vivo, o corpo místico de CRISTO; mas na esfera social, ela é local, uma organização, uma agremiação de pessoas ligadas a um sistema de crenças. Como recurso didático para esta lição, use a tabela que distingue a igreja universal da igreja local.

 

RESUMO DA REVISTA - CPAD - 4TRIM.2006

 

INTRODUÇÃO

 

“A Igreja é a herdeira da cruz”. Esta declaração de Thomas Adams, além de realçar a importância e a natureza da Igreja de CRISTO, deixa bem claro: a Igreja não surgiu de um projeto humano, mas do próprio Senhor.

 


 

I. O QUE É A IGREJA

"A Igreja não é nada mais do que CRISTO manifestado”.

 

1. Definição etimológica. A palavra igreja vem do hebraico qāhāl; e do grego ekklēsia. Reunião pública.

 

2. Definição teológica. Conjunto daqueles que, aceitando a CRISTO pela fé, são imediatamente agregados em seu corpo espiritual.

 


 

II. A FUNDAÇÃO DA IGREJA

 

Ela só passou a existir com o derramamento do ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes (Ef 3.8-11).

 


 

III. OS FUNDAMENTOS DA IGREJA

 

1. A Palavra de DEUS. O fundamento maior da Igreja é, sem dúvida alguma, a Palavra de DEUS (1Co 3.10; Ef 3.5; 2 Pe 3.15-17).

 

2. A Declaração de Cesaréia. O próprio apóstolo Pedro afirma que a pedra é CRISTO (1Pe 2.4-8).

 

IV. A MISSÃO DA IGREJA

 

1. Glorificar a DEUS. Devemos Agir de tal forma, a fim de que os homens glorifiquem ao Pai Celeste (Mt 5.16).

 

2. Ser habitação do ESPÍRITO SANTO (1Co 6.19). A Igreja é o templo espiritual de DEUS.

 

3. Tornar conhecida a sabedoria de DEUS. Através da exposição das Sagradas Escrituras, pode a Igreja demonstrar quão superior é a sabedoria divina (Ef 3.10,11).

 

4. Proclamar o Evangelho. A principal missão da Igreja.

 

5. Edificar seus membros na Palavra. Através da Palavra.


 

V. OS MEMBROS DA IGREJA

 

A Igreja é composta pelos salvos por CRISTO oriundos de todas as nacionalidades.

 

1. Os judeus. Primeiros cristãos.

2. Os gentios. Admitidos à família dos santos com pleno acesso às bênçãos espirituais.

3. A Igreja de DEUS. Formada por judeus e gentios.

 


 

VI. AS ORDENANÇAS DA IGREJA

 

1. Definição teológica. O batismo em água e a santa ceia.

2. O batismo. Constitui o batismo um símbolo da morte e ressurreição de CRISTO.

 

3. Santa Ceia. Pão e o vinho, simbolizam, respectivamente, o corpo e o sangue de CRISTO oferecidos em resgate da humanidade (1 Co 11.24,25).

Contém a Santa Ceia duas mensagens centrais:

 

a) Memorial:

b) Profética:

 

CONCLUSÃO

 

O destino da Igreja é mui glorioso, conforme as Sagradas Escrituras. Ler Jo 14.2,3; Ef 5.27. Além de sua beleza e distinção no presente, será ela, quando da volta do Senhor, revestida de inefável glória, uma glória, aliás, que somente JESUS pode conceder-nos. Se lermos com atenção os dois últimos capítulos de Apocalipse, seremos constrangidos a orar e a jejuar, a fim de que venhamos desfrutar de tudo quanto Ele preparou-nos na cruz. Se com o Senhor, hoje sofremos; com o mesmo Senhor haveremos de ser glorificados. Resta-nos, pois, suplicar: Maranata: “Ora vem, Senhor JESUS”.

 

AUXÍLIOS SUPLEMENTARES - Subsídio Teológico

 

“A Igreja (Ekklesia) de DEUS é um povo tirado do mundo.

 

O mais importante na estrutura da Igreja e que lhe dá a razão de ser e de existir é que ela seja realmente constituída de um povo que, de acordo com as palavras de JESUS, tenha sido tirado do mundo (Jo 15.19). Essa realidade é evidenciada, de modo claro, pela própria palavra que o Novo Testamento usa, em sua língua original (grego), para ‘igreja’ – ekklēsia. Essa palavra é composta de duas outras: ek e klēsis. Ek significa ‘para fora’, e klēsis, ‘chamado’. ekklēsia é usada no Novo Testamento 115 vezes [...]

 

1) Comunidade grega. É usada três vezes para expressar uma assembléia de comunidade grega, tanto legal (At 19.39), como ilegal (At 19.32,40) [...]

 

2) Israel. É usada duas vezes para designar o Israel de DEUS no Antigo Testamento (At 7.38; Hb 2.12), exprimindo, assim, como DEUS chamou a Israel dentre os povos para ser um povo seu (Dt 7.6-8).” (BERGSTÉN, E. Teologia Sistemática. 4.ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.214.)

 

ESTUDO COMPLEMENTAR - A IGREJA

 

“Mas, se tardar, para que saibais como convém andar na casa de DEUS, que é a Igreja do DEUS vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15).

 

IGREJA... COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE. A igreja deve ser o fundamento da verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada por CRISTO e pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt 28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como "a palavra da vida" (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no ESPÍRITO SANTO (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8).

A Igreja do DEUS vivo é a única instituição em que o cristão e a sua família podem espiritualmente abrigar-se, buscar apoio e ser abençoados neste mundo de incertezas.

Mt 16.18 = A Igreja é invencível.

Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.


16.18 AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO. As portas do inferno representam Satanás e a totalidade do mal no mundo, lutando para destruir a igreja de JESUS CRISTO. (1) Este texto não quer dizer que nenhum crente como pessoa e nenhuma igreja local, confederação de igrejas ou denominação, jamais chegará a cair na imoralidade, nos erros de doutrina ou na apostasia. O próprio JESUS predisse que muitos decairão da fé e Ele adverte as igrejas que estão abandonando a fé neo-testamentária a voltar-se do pecado ou sofrer a pena da remoção do seu reino (24.10,11; Ap 2.5,12-29; 3.1-6,14-16; ver 1 Tm 4.1).

 

A promessa do versículo 18 não se aplica àqueles que negam a fé, nem às igrejas mornas. (2) O que CRISTO quer dizer é que, a despeito de Satanás fazer o pior que pode, a despeito da apostasia que ocorre entre os crentes, das igrejas que ficam mornas e dos falsos mestres que se infiltram no reino de DEUS, a igreja não será destruída. DEUS, pela sua graça, sabedoria e poder soberanos, sempre terá um remanescente de crentes e de igrejas que, no decurso de toda a história da redenção, permanecerá fiel ao evangelho original de CRISTO e dos apóstolos e que experimentará a comunhão com Ele, o senhorio de CRISTO e o poder do ESPÍRITO SANTO.

Como o povo genuíno de DEUS, esses crentes demonstrarão o poder do ESPÍRITO SANTO contra Satanás, o pecado, a doença, o mundo e as forças demoníacas. É essa igreja que Satanás com todas as suas hostes não poderá destruir nem resistir

 

16.18 = PEDRO, A PEDRA E A IGREJA - O significado desta passagem é que CRISTO edificará a sua igreja sobre a verdade da confissão feita por Pedro e os demais discípulos, i.e., que JESUS é o CRISTO, o Filho do DEUS vivo (v. 16; At 3.13-26). JESUS emprega um trocadilho. Ele chama seu discípulo de Pedro (gr. Petros, que significa uma pedra pequena). A seguir, Ele diz: Sobre esta pedra (gr. petra, que significa uma grande rocha maciça ou rochedo) edificarei a minha igreja , i.e., sobre a confissão feita por Pedro. (1) É JESUS CRISTO que é a pedra, i.e., o único e grande alicerce da igreja (1Co 3.11). Pedro declara que JESUS é a pedra viva... eleita e preciosa... a pedra que os  edificadores reprovaram (1 Pe 2.4, 6, 7; At 4.11). Pedro e os demais discípulos são pedras vivas , como parte da estrutura da casa espiritual (a igreja) que DEUS está edificando (1 Pe 2.5). (2) Em lugar nenhum as Escrituras declaram que Pedro seria a autoridade suprema e infalível sobre todos os demais discípulos (cf. At 15; Gl 2.11). Nem está dito, também, na Bíblia que Pedro teria sucessores infalíveis, representantes de CRISTO e cabeças da igreja. Tais idéias são injunções do homem e não a verdade das Escrituras. No estudo A IGREJA, acha-se uma exposição da doutrina da igreja, como aparece aqui e noutras partes da Bíblia

 

16.19 = AS CHAVES DO REINO. As chaves representam a autoridade que DEUS delegou a Pedro e à igreja. Estas chaves são usadas para:

 

(1) repreender o pecado e levar a efeito a disciplina eclesiástica (18.15-18);

(2) orar de modo eficaz em prol da causa de DEUS na terra (18.19,20);

(3) dominar as forças demoníacas e libertar os cativos;

(4) anunciar a culpa do pecado, o padrão divino da justiça e o juízo vindouro (At 2.23; 5.3,9); e

 

(5) proclamar a salvação e o perdão dos pecados para todos quantos se arrependem e crêem em CRISTO (Jo 20.23; At 2.37-40; 15.7-9)

 

1Co 11.18 =Reunidos na igreja: Porque, antes de tudo, ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio.

Ef 3.21 Glória a CRISTO na Igreja: a esse glória na igreja, por JESUS CRISTO, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

Cl 1.18 CRISTO - O cabeça da Igreja

 

E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,


PRIMOGÊNITO DENTRE OS MORTOS. JESUS CRISTO foi o primeiro a ressuscitar dentre os mortos com um corpo espiritual e imortal (1Co 15.20; Ap 1.5). No dia de sua ressurreição, JESUS se tornou a cabeça da igreja. A igreja do NT começou no dia da ressurreição de JESUS, quando os discípulos receberam o ESPÍRITO SANTO. O fato de CRISTO ser o "primogênito" dentre os mortos importa na ressurreição subseqüente de todos aqueles por quem Ele morreu

1 Tm 3.15 A Igreja do DEUS vivo.Mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de DEUS, que é a igreja do DEUS vivo, a coluna e firmeza da verdade.


IGREJA... COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE. A igreja deve ser o fundamento da verdade do evangelho. Ela sustenta e preserva a verdade revelada por CRISTO e pelos apóstolos. Ela recebeu esta verdade para obedecê-la (Mt 28.20), escondê-la no coração (Sl 119.11), proclamá-la como "a palavra da vida" (Fp 2.16), defendê-la (Fp 1.17) e demonstrar seu poder no ESPÍRITO SANTO (Mc 16.15-20; At 1.8; 4.29-33; 6.8).

Sl 122.1 Indo à Casa do Senhor.

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR!


À CASA DO SENHOR. A Casa do Senhor deve ser um lugar onde o crente desfruta, com toda alegria, da íntima presença do Senhor, da comunhão do ESPÍRITO e do amor dos irmãos na fé.

 

EFÉSIOS 5.27= para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

 

A Igreja é o corpo de CRISTO. Esta é a igreja que subirá na vinda de JESUS. A igreja local é composta por crentes de uma região, de um bairro etc. A família deve valorizar essa instituição, que pode constituir-se como apoio, unificando a comunidade em que está inserida colocando-a a serviço do Reino de DEUS.

Bodas do Cordeiro = Reunião festiva entre CRISTO e a Igreja, que começará a se concretizar a partir do arrebatamento. Neste período, os santos receberão os seus galardões e hão de se preparar para a implantação do Reino de DEUS na Terra (Ap 19.7-9).

 

A Igreja tem quatro propósitos básicos:
1. Anunciar:
“Fazer discípulos de todas as Nações”
É a missão de cada cristão nascido de novo de anunciar a salvação em CRISTO à todas as pessoas.
2. Integrar:
É a responsabilidade de cada cristão em auxiliar o novo decidido à integrar-se socialmente, doutrinariamente, e emocionalmente na igreja local
3. Ensinar:
É função de cada membro de nossa mocidade trabalhar em prol do ensino de cada jovem à fim de habilitá-lo para o ministério Cristão.
4. Enviar:
É atribuição do Ministério capacitar cada membro com a finalidade de criar uma Igreja ativa, dinâmica e integrada nas atividades do dia a dia. Criando uma geração de discípulos de JESUS envolvida com o cumprimento da Grande Comissão.


“A Igreja é uma comunidade de pessoas numa jornada rumo a DEUS.Onde quer que haja unidade sobrenatural e movimento dirigido pelo ESPÍRITO, aí está a Igreja - uma comunidade espiritual”.

A IGREJA (CPAD - BEP)

Mt 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.


A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de DEUS em CRISTO, que se reúne como cidadãos do reino de DEUS (Ef 2.19), com o propósito de adorar a DEUS. A palavra “igreja” pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21, 22).

 

(1) A igreja é apresentada como o povo de DEUS (1Co 1.2; 10.32; 1Pe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de CRISTO (1Pe 1.18,19). É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com DEUS (1Pe 2.5; ver Hb 11.6).


(2) A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de DEUS. A separação do mundo é parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por DEUS e Pai (2Co 6.16-18).

 


(3) A igreja é o templo de DEUS e do ESPÍRITO SANTO
(ver 1Co 3.16; 2Co 6.14—7.1; Ef 2.11-22; 1Pe 2.4-10). Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniqüidade e da imoralidade.


(4) A igreja é o corpo de CRISTO (1Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com CRISTO. A cabeça do corpo é CRISTO (Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).


(5) A igreja é a noiva de CRISTO (2Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a CRISTO, quanto o amor de CRISTO à sua igreja e sua comunhão com ela.


(6) A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do ESPÍRITO SANTO (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do ESPÍRITO (Ef 4.4) e o batismo com o ESPÍRITO (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7). Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).


(7) A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 12.6; 1Co 1.7; 12.4-11, 20-31; Ef 4.11).


(8) A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do ESPÍRITO (Ef 6.17). Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado.. O ESPÍRITO que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de DEUS, libertando as pessoas do domínio de Satanás e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15, 21).


(9) A igreja é a coluna e o fundamento da verdade (1Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17; Jd3).


(10) A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de CRISTO para buscar o seu povo (ver Jo 14.3; 1Tm 6.14; 2Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).


(11) A igreja é tanto invisível como visível. (a) A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por sua fé viva em CRISTO. (b) A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 2.11, 17, 26; ver 2.7), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); “caídos” (Ap 2.5); espiritualmente “mortos” (Ap 3.1); e “mornos” (Ap 3.16; ver Mt 13.24; At 12.5).

 

Conhecendo a Igreja’

 

Texto Bíblico:‘Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de DEUS’ – (Efésios 2.19)

 

INTRODUÇÃO

 

Agora, você faz parte da Igreja, pois não apenas recebeu a salvação oferecida por CRISTO, mas também foi incluído em sua família. A palavra ‘Igreja’, nesta lição, não está restrita à uma denominação, nem ao local onde você freqüenta os cultos. Depois do plano idealizado por DEUS, para salvar os homens, a igreja é a proposta mais inteligente da divindade. Aqueles que seriam salvos, formariam um corpo, porta-voz da salvação para outras pessoas. A igreja é um organismo que tem a própria vida em CRISTO, o qual estabeleceu a missão dela e como cumpri-la.

 

Quem faz parte da igreja, dá continuidade ao trabalho de CRISTO na terra. A verdadeira vida que está em você chegará aos outros. Isto é ser uma bênção para o mundo. Ninguém recebeu a salvação simplesmente para ser salvo, mas, sim, integrar-se à igreja. Por isso, é preciso que você compreenda bem o que ela significa, conheça quais são os seus objetivos e as suas ordenanças.

 

I. O QUE É A IGREJA?

A palavra ‘igreja’ quer dizer ‘uma reunião de pessoas chamadas para fora’, ou seja, um grupo de pessoas que saíram de dentro do mundo (espiritual) para seguirem a CRISTO. Os que formam a igreja são chamados, pela Bíblia, de crentes, irmãos, cristãos, santos, eleitos e os do caminho.

 

Todos os crentes espalhados pelo mundo formam a igreja. Ela não está restrita a uma área geográfica e nem a um único povo da terra. É o seu lado invisível e universal.

Embora a palavra ‘igreja’ seja empregada, em primeiro lugar, para descrever a totalidade de crentes que vivem em todo o mundo, você pode usá-la também para se referir aos cristãos de um determinado lugar, isto é, a ‘igreja local’.

 

 

I. Símbolos da Igreja.O primeiro símbolo é o corpo. JESUS não está mais presente entre os homens, de forma física, mas em cada pessoa que o recebe, em qualquer parte do mundo, Ele introduz a sua vida, para formar um corpo. Por Ter a vida em CRISTO, a igreja não é um simples ajuntamento de pessoas, uma associação ou clube. É um organismo, algo que tem existência tal como o corpo humano que é composto de muitos membros e órgãos que funcionam em prol de uma vida comum. Da mesma forma que o ser humano é um, mas tem milhões de células vivas, assim também é a igreja. Um só corpo, mas constituído por milhões de pessoas nascidas de novo, por meio do evangelho de JESUS.

 

Possui também uma cabeça, o próprio CRISTO. Ele é o chefe, o guia, o Principal e o Príncipe da igreja.

 

Outro símbolo é o templo. Embora DEUS habite em toda a parte, Ele se localiza em determinado lugar, para ser encontrado, adorado e louvado. Cada crente é um templo de DEUS. Leia 1 Coríntios 3.16,17.

 

Por causa da união e comunhão que os crentes tem com CRISTO, a igreja é simbolizada na Bíblia pela figura de uma noiva. Em 2 Coríntios 11.2, Paulo afirma que preparara os crentes de Corinto para os ‘apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a CRISTO’. Em Efésios 5.25, o apostolo declara que CRISTO amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela. A noiva e o noivo viverão juntos para sempre. Leia Apocalipse 22.17.

Outro símbolo da Igreja, o qual se pode destacar na Bíblia é a família. Você, agora, é membro da família da DEUS.

 

II. OS OBJETIVOS DA IGREJA

 

Através da Bíblia, você descobre que a igreja foi fundada por CRISTO, para cumprir as seguintes finalidades:

 

a. evangelizar o mundo. A principal atividade dos crentes é levar a salvação para os não-crentes. CRISTO, depois de completar a sua missão na terra, declarou: ‘é-me dado todo o poder no céu e na terra’. E, em seguida, estabeleceu uma missão aos seus seguidores. Leia Mateus 28.19 e 20.

 

b. lugar para o crente cultuar a DEUS.Os crentes se reúnem para cultuar a DEUS. O culto é o momento de oração, louvor, adoração, estudo da Bíblia e edificação dos crentes. No culto, todos os crentes podem se unir em oração, seja em petição, ação de graças e intercessão. Esta também é uma maneira de você louvar a DEUS.

 

c. lugar para o crente praticar a mordomia cristã. Tudo o que você possui, não lhe pertence (leia Salmo 24.1). Por isso, não tem mais o direito de fazer o que quer. DEUS agora está em primeiro lugar em sua existência. Isso inclui sua vida, seu tempo, seus talentos e suas finanças. Você deve aplicar, na igreja a sua vida, com o melhor de seus esforços e dedicação.

 

 

 

d. lugar para o ensino da disciplina e norma de conduta cristã. Ao fazer parte de uma igreja local, o novo crente disciplina-se e aprende a norma bíblica de conduta. Existe um padrão de vida exposto na Bíblia e todos os crentes devem se esforçar para vivê-lo.Significa afastar-se da ignorância, preservar-se da corrupção e Ter todas as esferas da sua vida e atividades regulamentadas, dirigidas por DEUS. Leia Mateus 5.13, e 18.15-17.

 

III. AS DUAS ORDENANÇAS DA IGREJA

 

Há duas cerimônias ordenadas por CRISTO, para que os crentes a pratiquem: o batismo em água, cerimônia de ingresso do novo crente na igreja e simboliza o início de sua vida espiritual; e a Ceia do Senhor significa a continuação desta vida espiritual. Por isso, o crente deve participar dela, para manter sempre a comunhão com o Senhor JESUS.

 

a. O batismo. Através do batismo em água você dá um testemunho público de sua identificação com CRISTO, a nova vida iniciada a partir da conversão. É o sinal exterior, o qual mostra que você morreu para o mundo e nasceu para DEUS. Cada um de nós repete, de modo espiritual, o que aconteceu com CRISTO. Ele morreu e ressuscitou. Assim, pelo batismo, você prova que é vitorioso.(Os evangélicos não batizam crianças porque elas não tem do que se arrepender e não podem exercer a fé).

 

b. A Ceia do Senhor. Na igreja em que você freqüenta, todo mês há o culto de Ceia. Não foi idéia de um homem, mas foi instituída por JESUS, na véspera de sua crucificação, para os crentes relembrarem, a sua morte, através do pão e do vinho. O primeiro simboliza o seu corpo e o segundo, o seu sangue. Não somente para relembrar a sua morte vitoriosa, mas os crentes tomam a Ceia para anunciar a CRISTO, até que Ele volte.

Resumo da Lição

 

Quem é a verdadeira Igreja de CRISTO? A verdadeira Igreja tem as suas características que a fazem diferente de outras instituições como o Estado, a família, etc. Essas instituições desaparecem, mas a Igreja, não. Também é preciso notar que muitas instituições, embora com o nome de igrejas cristãs, não fazem parte do corpo místico de CRISTO ou Igreja invisível. Os cristãos componentes da verdadeira Igreja são criaturas dotadas de verdadeiro novo nascimento, inconfundíveis com o joio. Somente a igreja pura, santificada e sob o poder do ESPÍRITO SANTO será arrebatada.

 

A Igreja universal invisível, da qual CRISTO é a cabeça, não é uma organização, mas um organismo vivo, pois em cada um de seus membros palpita a vida de nosso Senhor JESUS CRISTO, o qual dirige o movimento de todo o corpo e de cada crente em particular, e comunica a cada um dos membros do corpo sua sabedoria, justiça e santidade, vida e poder. Desta forma, mediante a união vital com CRISTO, todo crente, ainda que humilde ou isolado, faz parte com os demais redimidos de um organismo no qual vibra o amor e a graça de nosso Senhor JESUS CRISTO.

 

INTRODUÇÃO


Ao estudar sobre a Igreja de CRISTO na terra precisamos conhecer sua natureza, ordenanças, missão e governo.

I. A IGREJA NA PERSPECTIVA BÍBLICA E TEOLÓGICA


1. Uma visão cristocêntrica da Igreja. Em Mateus 16.18 CRISTO cita duas palavras da mesma raiz, mas com significados diferentes, que expressam a dimensão exata da revelação. A primeira, petros (o nome do discípulo), significa um fragmento de pedra. A segunda, petra, traduz-se como rocha inabalável (1Pe 2.4-7). Está claro que o Senhor, ao mesmo tempo em que reconheceu a sensibilidade espiritual de Pedro, como um fragmento de pedra, deixou também estabelecido que a Igreja seria edificada sobre aquela pedra inabalável - CRISTO, o Filho do DEUS vivo - isto é, a confissão pública sobre CRISTO, que o apóstolo acabara de fazer.


2. O sentido da palavra "igreja" no original.
O termo "igreja" no original grego é composto da preposição ek "fora de" e o verbo kaleõ "chamar". Igreja (ekklêsia) denota um grupo de cidadãos "chamados para fora". Corresponde literalmente a "uma convocação de cidadãos de uma cidade para fora de suas casas mediante o soar de uma trombeta a fim de reuni-los em assembléia". Os verdadeiros crentes são convocados para fora do pecado, para viverem em plena comunhão com o Senhor JESUS CRISTO.


3. A Igreja na perspectiva do Novo Testamento. Nesta parte da Bíblia temos vários conceitos sobre a Igreja.


a) Igreja visível e invisível. A Igreja é um só organismo independente dos títulos e das denominações existentes. Entretanto ela pode ser vista sob dois aspectos: visível e invisível. A Igreja invisível representa singularmente o povo de DEUS espalhado em todo o mundo, enquanto que a Igreja visível refere-se à igreja local, a uma comunidade de pessoas num determinado lugar.


b) Corpo universal de CRISTO. A Igreja de CRISTO como corpo possui diversos órgãos e muitos membros, mas todos trabalham de forma orgânica e harmônica, interligados, em função do corpo. Ela é composta de todos os cristãos autênticos em toda a história do cristianismo (Mt 16.18; 1 Co 12.27; Ef 3.10,21; 5.23-32; Hb 12.23). São milhões de membros espalhados pelo mundo. Quando todos cumprem a sua parte, a Igreja se beneficia, mas se algum deles está enfermo espiritualmente e não é logo restaurado, afeta todo o corpo.


c) Igreja local. A igreja local é o lado visível da Igreja que vivencia em sua forma comunitária a mesma herança apostólica, os mesmos ideais de vida, e as mesmas expressões de fé (Rm 16.1; Cl 4.16; Gl 1.2,22; At 14.23). A vida em comunidade foi uma das características predominantes dos cristãos primitivos (At 2.46; 4.32,33; 5.42; 12.5,12). Eles freqüentemente se reuniam motivados sempre pela mesma razão: a fé no CRISTO ressuscitado.


d) Igrejas domésticas. Como não havia templos cristãos construídos no primeiro século da Era Cristã, os crentes daquela época tinham por hábito reunirem-se nas casas, uns dos outros (1Co 16.19; Rm 16.5,23; Fm v.2). Essas igrejas domésticas acomodavam perfeitamente o corpo de CRISTO naquelas localidades. Cada igreja local ou doméstica era a manifestação física e visível da Igreja universal.

II. A RAZÃO DE SER DA IGREJA


1. A Igreja é o mistério da vontade de DEUS que estava escondido. Segundo o que Paulo escreveu aos efésios, a Igreja era o mistério que estava escondido e que em CRISTO foi desvendado: "desvendando-nos o mistério da sua vontade" (Ef 1.9). DEUS, o Pai, planejou a Igreja antes da fundação do mundo, porém, a sua concretização efetivou-se na revelação de JESUS CRISTO. A questão é: Com que propósito este mistério estava escondido? O propósito era resgatar o controle do Universo usurpado por Satanás (Ef 1.9,10). DEUS haveria de "convergir em CRISTO todas as coisas" (Ef 1.10). Essa revelação aconteceria "na plenitude dos tempos", isto é, quando a medida do tempo de DEUS chegasse ao limite. O tempo chegou quando CRISTO, enviado pelo Pai, sendo DEUS, fez-se homem para resgatar a autoridade usurpada pelo Diabo. Ele veio para buscar o que se havia perdido (Lc 19.10); para despojar a Satanás e seus anjos dos poderes roubados e triunfar sobre eles (Cl 2.15); para reconciliar o mundo com DEUS, satisfazendo a justiça ultrajada de DEUS (2Co 5.19-21) e, para readquirir os direitos divinos sobre todo o Universo, por direito de criação e por direito de redenção.


2. A Igreja representa a criação de uma nova humanidade em CRISTO. Efésios 2.15 diz: "ele aboliu na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz". Ao referir-se a "dois homens", metaforicamente o texto quer dizer, dois povos; judeus e gentios. DEUS quis fazer dos dois, um só povo, uma nova humanidade, a Igreja. Trata-se de uma criação no plano espiritual mediante a obra regeneradora do ESPÍRITO SANTO. A Igreja tem a vida do ESPÍRITO e cumpre a missão de reconciliar o mundo com DEUS (Rm 8.18-23; 2Co 5.19).

 


III. A IGREJA LOCAL E O TRATAMENTO ESPECÍFICO DE DEUS


Vejamos alguns modelos de igrejas locais:


1. A igreja em Jerusalém (At 2.46,47). Foi o primeiro grupo de crentes formado após a descida do ESPÍRITO SANTO no Pentecostes (At 2.1). Naturalmente, não havia templos cristãos ainda, pois a Igreja era recém-nascida e os convertidos reuniam-se no alpendre do Templo de Salomão (At 2.46; 5.12,20,21,25) e nas casas de famílias (At 2.46; 5.42).


2. A igreja de Corinto (1Co 1.2). Nesta igreja, o ESPÍRITO SANTO manifestava-se de modo especial. No primeiro livro dirigido a essa igreja está o conteúdo principal da doutrina dos dons espirituais (1Co 12,13,14) - uma das doutrinas vitais para todas as igrejas em todo o mundo.


3. A igreja de Tessalônica (1Ts 1.1). Neste texto o apóstolo Paulo refere-se à "igreja dos tessalonicenses em DEUS". A expressão "em DEUS" indica que os cristãos daquela cidade, formavam "a igreja local", isto é, estavam unidos como um só, em DEUS. A referência à igreja local, nada tem a ver com qualquer denominação evangélica, pois a expressão "igreja local" tem um sentido genérico e refere-se aos cristãos que formam a igreja num determinado local.


4. Os membros da igreja local. Um exemplo que ilustra a igreja local é o da "igreja que estava em Antioquia" (At 13.1). Esse capítulo fala de uma reunião dos membros dessa igreja para decidirem sobre sua expansão para outros lugares. Aqueles irmãos, sob a direção do ESPÍRITO SANTO, decidiram enviar algumas pessoas para outras cidades.
A igreja local é uma comunidade de pessoas que agem e interagem como os membros de um corpo (1Co 12.18). Esses membros estão distribuídos no corpo e cumprem, cada qual, a sua função (Ef 4.16; 1 Co 12.11). Desenvolvem um relacionamento social e espiritual (Rm 12.5), pois "ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o que é de outrem" (1 Co 10.24).


5. As ordenanças de CRISTO à igreja local (At 2.37-41; Lc 22.14-20; 1Co 11.23-30). Esses textos falam de duas ordenanças de CRISTO para os seus discípulos: o batismo em águas e a santa ceia. Em Atos 2.41, os discípulos levaram a sério a ordenança do batismo, o qual representa o arrependimento de toda pessoa que aceita e crê em CRISTO como Salvador e Senhor (At 8.13,16; 36-38; 10.47,48; 16.33; 19.3). O batismo seria por imersão de corpo inteiro sob as águas em nome da Trindade Divina (Mt 28.19). A segunda ordenança foi a comunhão celebrada pela ceia com pão e vinho, símbolos da sua carne e do seu sangue. A finalidade da ceia era estabelecer um memorial (Lc 22.19), para lembrar os sofrimentos e morte do Senhor JESUS CRISTO, sobretudo, o seu sangue que nos trouxe a expiação de nossos pecados.

CONCLUSÃO


A humanização do Verbo, através do nascimento virginal, constituiu-se no início da revelação do mistério de DEUS ao mundo. DEUS irmanado conosco (Mt 1.23), começou a transpor de sua mente para a realidade humana a parte final do plano que Ele mesmo determinara. Ou seja, fazer de todos quantos recebem a CRISTO como seu Salvador, quer judeus ou gentios, um só corpo pela agência do ESPÍRITO SANTO. Toda a concepção divina para a redenção humana passa por JESUS. Ele é a pedra angular do plano eterno de DEUS em relação ao mundo.

Subsídio Bibliológico


"JESUS assevera, em Mateus 16.18: "Edificarei a minha igreja". Esta é a primeira entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra grega primária para igreja": ekklêsia, composta com a preposição ek ("fora de") e o verbo kaleõ ("chamar"). Logo, ekklêsia denotava originalmente um grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto, Xenofontes, Platão e Eurípedes. Este conceito de ekklêsia prevalecia especialmente na capital, Atenas, onde os líderes políticos eram convocados como assembléia constituinte até quarenta vezes por ano. O uso secular do termo também aparece no Novo Testamento. Em Atos 19.32,41, por exemplo, ekklêsia refere-se à turba enfurecida de cidadãos que se reuniu em Éfeso para protestar contra os efeitos do ministério de Paulo. Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que DEUS tem chamado para fora do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, JESUS cristo, e que se tornaram "concidadãos dos santos e da família de DEUS" (Ef 2.19). Ekklêsia é sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para adorar e servir ao Senhor". (Teologia Sistemática, CPAD, pág. 536)

 

RESUMO DA LIÇÃO- JESUS E A IGREJA - 18/06/2000 - CPAD 2º TRIM.2000

 

TEXTO ÁUREO = "Pois também eu te digo que tu és Pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16.18).

 

VERDADE PRÁTICA = A Igreja de nosso Senhor JESUS CRISTO é a única instituição, na terra, que está predestinada por DEUS ao sucesso total.

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, estudaremos alguns aspectos importantes em relação à Igreja. Esta instituição, fundada por nosso Senhor JESUS CRISTO, é única em todo o mundo, em sua missão, atribuições e ação, em prol da salvação da humanidade. Como "coluna e firmeza da verdade" (1Tm 3.15), a Igreja congrega a reserva moral e espiritual, inabalável, sobre a terra, a servir de padrão para todos os que nela se firmarem. Que DEUS nos ensine a compreender e valorizar mais a Igreja do Senhor.

 

I. CONCEITUAÇÃO DE IGREJA

 

1. Origem da palavra. A palavra igreja vem do grego, ekklesia, significando, literalmente, "os chamados para fora". Na Grécia antiga, identificava uma "assembléia", em que um arauto convocava as pessoas para uma reunião, que podia ser realizada ao ar-livre, numa praça, com finalidade religiosa, política ou de outra ordem. Na realidade, fomos tirados "para fora" do mundo e Ele "nos fez assentar nos lugares celestiais, em CRISTO JESUS" (Ef 2.6).

 

2. Conceituação bíblica. No Novo Testamento, encontramos expressões que denotam o significado e missão espiritual da Igreja.

 

a) "Multiforme sabedoria de DEUS" (Ef 3.10). Neste aspecto, a Igreja revela ao mundo a sabedoria de DEUS, em suas muitas e variadas formas de manifestação. A criação do mundo, do homem, e do universo, bem como suas relações com as coisas criadas são expressões da sabedoria divina (ver SI 19.1-4; Rm 1.19,20).

 

b) "Coluna e firmeza da verdade" (1Tm 3.15). É a única e exclusiva instituição, em todo o mundo, em todos os tempos, que tem credenciais para ser sustentáculo da verdade. As "verdades" dos homens mudam a cada dia. A verdade apresentada pela Igreja é imutável, pois é encarnada no próprio CRISTO (vide Jo 14.6).

 

II. O FUNDAMENTO DA IGREJA.

 

1. Não é Pedro (Mt 16.15.18). O texto bíblico revela o diálogo entre JESUS e os discípulos, quando estes disseram que certas pessoas o consideravam como João Batista ressurreto, ou Elias, ou Jeremias ou outro dos antigos profetas (ver Mt 14.1,2; Lc 9.7,8; Mc 6.14,15). JESUS lhes perguntou: "E vós, quem dizeis que eu sou?" (v.15). "E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o CRISTO, o Filho do DEUS vivo" (v.16).

 

 

 

Diante dessa resposta, JESUS disse: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (vv.17,18).

 

2. A pedra é CRISTO. Na resposta de JESUS (v.18), podemos ver que Ele próprio é a pedra sobre a qual a Igreja está assentada. Quando Ele disse: "Tu és Pedro", usou a palavra petros que quer dizer "pedrinha" ou "fragmento de pedra", que pode ser removida. De fato, Pedro demonstrou certa fragilidade, em sua personalidade. Numa ocasião, deixou-se usar pelo inimigo (Mc 8.33); num momento crucial, negou JESUS três vezes (Mt 26.69-75). Por isso, quando JESUS disse: "sobre esta pedra edificarei a minha igreja", Ele utilizou a palavra petra, que tem o significado de rocha inamovível, e não petros que é "fragmento".

 

3. A edificação da Igreja. Em Mt 16.18, vemos a promessa da edificação da Igreja sobre o próprio CRISTO. Ele é a Rocha. Somente Ele satisfaz essa condição, conforme lemos em 1Co 3.11; 10.14; Rm 9.33; Mt 21.42; Mc 12.20; Lc 20.17. Sem dúvida, Pedro foi um dos líderes da Igreja primitiva, ao lado de Tiago e de João (At 12.17; 15.13; GI 2.9). Contudo, não há base bíblica para afirmar que a Igreja teria Pedro como a rocha sobre a qual ela seria edificada. JESUS é o fundamento da Igreja (1Co 3.11). Se alguém tem dúvida, basta ouvir o que o próprio Pedro disse em 1Pe 2.4,5; At 4.8,11.

 

4. As chaves dadas a Pedro. Em sua resposta a Pedro, JESUS disse: "E eu te darei as chaves do Reino dos céus... (Mt 16.19a.). As "chaves dos céus" são melhor entendidas como o poder e a autoridade para transmitir a mensagem do evangelho. No Dia de Pentecostes, Pedro foi usado por DEUS para abrir as portas do Cristianismo aos judeus (At 2.38-42) e aos gentios, na casa de Cornélio (At 10.34-36). Portanto, Pedro não é o porteiro do céu, como pensam os romanistas.

 

III. PRERROGATIVAS DA IGREJA

 

1. O poder de ligar e desligar."...e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" (Mt 16.19). Trata-se de autoridade dada por CRISTO à Igreja, representada ali por Pedro, usado por DEUS, e estendida a todos os apóstolos (Mt 18.18; Jo 20.23), no sentido de receber a aceitação de pecadores ao Reino dos céus, ou de desligá-los, mediante a autoridade concedida por JESUS. Esse poder não é absoluto. Só pode ser utilizado de modo legítimo, nos limites estabelecidos pela Palavra de DEUS.

 

2. A autoridade para reconciliar. JESUS mostrou que há quatro passos importantes, para a reconciliação entre irmãos: a) o ofendido deve procurar o irmão: "vai e repreende-o entre ti e ele só" (Mt 18.15a); neste passo, há uma bifurcação; "se te ouvir, ganhaste a teu irmão" (Mt 18.15b); "mas, se não te ouvir", vem o segundo passo; b) "leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas testemunhas toda a palavra seja confIrmada" (Mt 16.16); c) "e se não as escutar, dize-o à igreja" (v.17a); d) "e, se também não escutar à igreja, considera-o como um gentio e publicano" (v.17b). Aqui, temos algumas observações. Primeiro, JESUS não mandou o irmão ofendido pedir perdão ao ofensor, como ensina alguém, de modo ingênuo. Segundo, vemos, nesse texto, a autoridade da Igreja para respaldar a reconciliação e para excluir aquele que não quer reconciliar-se.

3. Autoridade da concordância (Mt 18.19,20).

 

a) "Se dois de vós concordarem na terra". Esta expressão mostra-nos o valor da união entre os crentes, bem como o valor da oração coletiva, a começar por um grupo de duas pessoas, que resolvem orar a DEUS, em nome de JESUS (Jo 14.13), num só pensamento, num só propósito santo. Esse ensino previne contra o egoísmo na adoração. DEUS é "Pai nosso", de todos, e não apenas de cada indivíduo. A oração individual é valiosa (Mt 6.6), mas não exclui a oração coletiva.

 

b) "Acerca de qualquer coisa que pedirem". A expressão "qualquer coisa" tem levado muitos a uma interpretação forçada do texto, crendo que o crente pode pedir o que deseja a DEUS, tendo este obrigação de atendê-lo. Ocorre que JESUS ensinou algumas condições para o crente ser ouvido. Não é só dois crentes se unirem e pedirem, por exemplo, a morte de um desafeto; ou para ganharem rios de dinheiro; ou para fazerem o casamento de alguém com outrem. É necessário que as pessoas estejam em CRISTO, e que sua Palavra esteja nas pessoas (Jo 15.7). É importante lembrar que DEUS nos atende se pedirmos algo de acordo com sua vontade (1Jo 5.14).

 

c) "Isto será feito por meu Pai que está nos céus". Conforme dissemos no item anterior, DEUS atende o crente que lhe pede algo em nome de

JESUS (Jo 14.13), e se tal pedido for da sua vontade (1Jo 5.14).

 

d) "Dois ou três" (v.20). JESUS nos garante que podemos ter sua presença, não só nas grandes reuniões, mas em qualquer lugar em

que dois ou três crentes estejam em comunhão com DEUS e com eles mesmos. Dessa forma, a dimensão da igreja local (At 20.28; 1Co 1.2) ou universal (Hb 12.23) não depende de grandes números, mas de união e reunião em nome de JESUS.

 

CONCLUSÃO

 

A Igreja de JESUS CRISTO, seja no sentido local ou universal, representa os interesses do Reino de DEUS, na face da Terra. Sem ela, certamente a humanidade não teria como encontrar o caminho, a verdade e a vida, indispensáveis à salvação dos homens. No sentido espiritual, a Igreja é a noiva do Cordeiro, "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). Que nos sintamos felizes e honrados de pertencer à Igreja do Senhor JESUS.

 

 

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia

 

BEP – CPAD