17 de janeiro de 2013

A LONGA SECA SOBRE ISRAEL

A LONGA SECA SOBRE ISRAEL
TEXTO ÁUREO = “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA =  A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.
LEITURA BIBLICA = I Reis 18: 1-8
                                                            INTRODUÇÃO

A instabilidade que mexe com a estrutura brasileira se dá pela falta de uma performance estruturada na Palavra de Deus. Não só no Brasil, mas todo o contexto mundial está sob tensão.  As atenções estão voltadas para a Economia; para as bolsas de todo o mundo; para os gastos públicos; para a desvalorização da moeda. Um certo candidato à presidência da república afirmou que a melhora se dará mediante a reforma tributária. Mas, até que ponto isso é verdadeiro? Basta observar os diversos planos seguidos de decadência.
A nossa atenção neste momento deve estar voltada para o ensino da Sagrada Escritura, que tem o melhor parâmetro para a vida humana.  A narrativa bíblica veterotestamentária focaliza o povo de Israel sob uma aguda crise. Uma seca, ausência de chuva sobre a terra. O País estava dividido em todos os aspectos. Está escrito: “...nem orvalho nem chuva haverá nestes anos...”
O temor a Deus fora substituído, dando-se lugar à idolatria. O povo estava corrompido. Este é o maior problema do homem. O próprio Rei de Israel, Acabe, reinou sobre Israel vinte e dois anos. Fez o que era mal perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele (1 Reis 16.29-31). Serviu a Baal e o adorou. Assim, corrompeu o povo.

As guerras eram constantes pela ânsia do poder político. Os reis só pensavam no auto benefício, por isso, havia uma série de carnificinas. Havia conspiração e muita confusão. As pessoas não buscavam o auxílio do Deus vivo e verdadeiro. No período do reinado de Acabe, o Senhor falou por meio do profeta Elias, sobre a grande seca. Deus não podia estar alegre face à dureza de coração existente (1Reis 16.20-33).

Naquele contexto o Senhor envia o profeta a um lugar chamado Sarepta, e ordena a uma mulher viúva que o sustente. Isto significa que o Senhor, em meio à dificuldade, exerce a sua proteção e providencia o sustento dos que o temem. Deus realiza o milagre. Deus devolve a vida. Usando o profeta como instrumento, faz reviver o filho da viúva.
Tudo isso, para mostrar a sua misericórdia. Assim, se pode observar que, diante das adversidades não estamos sozinhos; que a providência do Senhor não falha, ainda que sejamos duros para entender o amor divino. O Senhor age por amor do seu nome.
DIANTE DA ESCASSEZ = 2 Reis 4.38-41
A EXPERIÊNCIA HUMANA DA ESCASSEZ = Uma das primeiras informações do texto sagrado é que havia fome na terra (4.38a). O nosso mundo, como o mundo de Eliseu, é o mundo da fome. Naquela época, ali pelo século 9 antes de Cristo, havia uma fome generalizada na região (cf. 2Reis 8.1), fome que durou sete anos.
No mundo em que vivemos, no começo do século 21, segundo dados da Organização das Nações Unidas, 800 milhões de pessoas, a maioria formada por crianças, vão todos os dias dormir com fome; embora haja alimento suficiente para todos no mundo, 24 mil pessoas morrem diariamente de fome no mundo, o que significa dizer que a cada 3.5 segundos morreu uma pessoa por causa da fome. Na última uma hora, mil pessoas já morreram por falta de comida. Embora haja alimento para todos, há fome na terra.
Há fome de comida, mas há outros tipos de escassez no mundo. Há escassez de educação, de saúde, de segurança, de respeito. Há pessoas carentes de afeto. Há pessoas carecidas de paz. Há pessoas com a sobra do vazio dentro de si.

Se há diferentes formas de escassez, há também diferentes fontes para ela. Umas são provocadas por nós mesmos; outras por outros indivíduos, e outras pela injustiça sistêmica que assola as sociedades, massacradas por elites sempre ávidas por mais dinheiro, conforto e poder.
A escassez, portanto, é uma realidade humana que não queríamos existisse, mas somos vítimas, testemunhas ou até produtores dela. A escassez nos coloca limites que não temos como ignorar.

Precisamos aprender a viver dentro dos nossos limites, mas sem nos conformarmos a eles. Devemos conviver saudavelmente com estes limites. Viver saudavelmente com esses limites significa alargá-los, como aprendemos com Jabes (1Crônicas 4.9-10), ou mesmo romper com sabedoria estes limites. Por isto, gosto de dar uma passada pela classe de alfabetização que nossa Igreja mantém, à tarde. Jovens e adultos não aceitaram os limites do analfabetismo e estão aprendendo para romper o círculo cego em que se encontram. E é bom ver o progresso deles na luz das letras...

Precisamos repetir que Deus nunca provoca a escassez, diferentemente do que ensinam algumas perspectivas religiosas. A experiência da escassez é um produto exclusivamente humano. Mesmo entre nós, não faltam aqueles que explicam a escassez de saúde como uma determinação de Deus.  Não faltam aqueles que sempre apontam pecados inexistentes para explicar as perdas, de saúde, de pessoas, de bens. Se o pecado fosse o responsável pelas doenças, todos nós aqui estaríamos nos hospitais, porque não há um sequer aqui que hoje mesmo não tenha pecado.


 Em lugar de ficarmos afirmando aquilo que Deus não diz, devemos recordar que, se é verdade que há a escassez, também é verdade que há abundância da presença de Deus para aqueles que se assentam diante dEle. É admirável a forma como esta história começa.
Ela não principia descrevendo a calamidade pública da fome, mas sua primeira informação visa celebrar a presença do profeta. Eliseu voltou a Gilgal (verso 38a). Ele não fugiu do cenário da escassez.
A leitura desta afirmação histórica nos lembra que Deus é precisamente um Criador que não foge do cenário da escassez. Onde há escassez de comida, Ele ali está. Onde há insuficiência de roupa, Ele ali está. Onde há ausência de justiça, Ele ali está. Ele não se esconde na curva do silêncio. Tamanha é a sua identificação que Ele se põe no lugar dos que sofrem estas faltas. Eis como Ele se identifica, pela  boca do Seu Filho Jesus Cristo:

Porque tive fome e não me destes de comer;
tive sede e não me destes de beber;
sendo forasteiro, não me hospedastes;
estando nu, não me vestistes;
achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me.
E eles lhe perguntarão:
Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos?
Então, lhes responderá:
Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. (Lucas 25.42-45). Não importa o que nos falta (alimento, abrigo, segurança, saúde), Deus torna sua a nossa necessidade.
LIDANDO COM A ESCASSEZ = 1 Rs 17:7-24

A paz do Senhor, irmãos e irmãs. O sermão desta manhã é o décimo segundo sermão da sé­rie “Vidas que Ensinam Santidade”, do Projeto Santificar. Com ele, estamos concluindo esta série que foi inicia­da em março de 2009. De lá para cá, sempre no final de cada trimestre, ouvimos mensagens baseadas nas expe­riências vividas por homens e mulheres da Bíblia. Daniel, Ana, Moisés, Rute e Davi foram alguns dos personagens estudados. Hoje, último sábado do ano, vamos aprender como agir em tempos de escassez. E a viúva de Sarepta é quem nos ensinará sobre isso.
O tema “escassez” não está entre os preferidos para esta época do ano. Costumamos falar mais sobre “suces­so”, “sonhos”, “projetos” e “realizações”. Além disso, a cul­tura evangélica de nossos dias nos diz que o cristão não pode passar por dificuldades e nem sofrer. Por esta razão, temos visto muita gente decepcionada com a fé. Gente que não sabe lidar com os problemas da vida e, na menor dificuldade, desanima. Deste modo, o sermão de hoje é contracultura. Pois entendemos que só seremos bem su­cedidos em 2012 se soubermos o que fazer diante das crises e dos desafios que, inevitavelmente, surgirão.

Convido você, então, a olhar com atenção para o texto que acabamos de ler e observar as atitudes desta humilde mulher, que é apenas uma coadjuvante nesta história. Ela mora num país distante e idólatra. É anônima, pobre, viúva e faminta. Será que podemos aprender alguma coisa com ela? Claro que sim! A viúva de Sarepta nos ensina que, em tempos difíceis de seca e escassez, nossa fé e nosso cará­ter são postos à prova, e, se soubermos agir corretamen­te, além de sermos aprovados, poderemos ver os grandes milagres do Deus da provisão. As atitudes desta mulher em tempo de escassez nos mostram alguns princípios bí­blicos fundamentais para vida. Vejamos o primeiro

EM TEMPOS DE ESCASSEZ, TENHA UM CORAÇÃO BONDOSO

As situações de crise podem revelar o que há de me­lhor em nós, mas também podem trazer à tona o que há de pior. A personagem que estamos estudando hoje mos­trou, na crise, o que havia de melhor dentro de si: um co­ração bondoso e altruísta. Para entendermos isso melhor, vamos relembrar um pouco a história. Embora o relato co­mece com a ordem de Deus para o profeta Elias ir a Sarep­ta, é importante lembrar o que motivou esta ordem. Pois bem, Acabe foi o rei que irritou Deus mais do que todos os reis de Israel que foram antes dele (cf. 1Re 16:33), e, sob sua liderança, o povo de Israel abandonou o verdadeiro Deus e começou a adorar a Baal, o deus das tempestades.

Nesse contexto, Elias foi levantado por Deus, dizendo: Em nome do Senhor, o Deus vivo de Israel, de quem sou servo, digo que não vai cair orvalho nem chuva durante os próximos anos, até que eu diga para cair orvalho e chuva de novo (1 Rs 17:1 – NTLH).
Assim, uma tremenda seca atingiu a todos, inclusive ao profeta. Contudo, o Senhor o levou para morar perto do ribeiro de Querite, onde teria água para beber e os corvos que lhe trariam alimento. Note isto: Deus sempre cuida dos seus servos. Quando nossa vida está nas mãos do Senhor, não há o que temer: Ele sempre cuida nós! Elias ficou ali, até o riacho secar. Então, recebeu uma nova ordem de Deus: Vá imediatamente para a cidade de Sarepta de Sidom e fique por lá. Ordenei a uma viúva daquele lugar que lhe forneça comida (1 Rs 17:9).
Veja que curioso: Sarepta ficava na Fenícia, região onde a adoração a Baal era mais forte do que em qualquer ou­tro lugar. Ele teria de fazer uma jornada de cinco dias para ser alimentado por uma viúva.1 Naquela época, as viúvas eram marginalizadas pela sociedade; ficavam desampara­das e dependiam de esmolas para sobreviver. Nas secas, eram as primeiras a morrer de fome.2 Apesar disso, Elias obedeceu ao Senhor.
É aqui que a pobre mulher entra na história. Imagine a situação dela: todos os dias, olhava para céu, procurando uma nuvem. Esperava contra a es­perança. Sonhava com aquela chuva que podia salvar a sua vida e a do seu único filho. Em casa, tinha de poupar a água, a farinha e o azeite, até que aquela terrível seca chegasse ao fim; contudo, esta só piorava cada vez mais.

Um pão pequeno, achatado e redondo, dividido em partes desiguais, era o alimento diário da sua casa. O pe­daço maior era para o menino, que precisava mais do que ela. Era terrível demais para aquela mãe ver o filhinho em situação lastimável. Fazia o que podia; todavia, todo sa­crifício parecia em vão. Chegou um dia em que os supri­mentos acabaram. Só havia o suficiente para uma última refeição. Naquele dia, ela saiu pela cidade em busca de gravetos, para preparar a última refeição e, depois, espe­rar a morte. Foi assim que, perto do portão da cidade, os nossos dois personagens se encontraram.

Observe o que está escrito nos versículos 10 e 11: Ele a chamou e perguntou: “Pode me trazer um pouco d’água numa jarra para eu beber?” Enquanto ela ia indo buscar água, ele gritou: “Por favor, traga também um pedaço de pão”. Irmãos, essa mulher tinha tudo para ser uma pessoa revoltada, ranzinza, amargurada com a vida. O sofrimento pode fazer isso com as pessoas. Mas perceba que, ao ouvir Elias pedindo um pouco de água, imediatamente, ela saiu para buscar. Quero chamar-lhe à atenção para este ponto: Ela foi capaz de deixar tudo que estava fazendo para aju­dar um estranho. Que ato nobre! Isso é compaixão; é bon­dade. Só é capaz disso quem tem um coração amoroso.

Essa bela atitude da mulher em tempo de escassez ensina-nos um princípio fundamental para vivermos a vida do jeito de Deus: não podemos deixar que as tragé­dias que enfrentamos afetem nossa disposição de amar, nem que amargurem nosso coração. A viúva, mesmo na dor, tinha um coração benevolente e era pronta a ajudar. Querido irmão, nos momentos difíceis que você enfrentar, atenda o conselho de Salomão: Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida (Pv 4:23). Não deixe que lutas da vida roubem a doçura de sua alma. Seja bondoso e sempre pronto a divi­dir o pouco que Deus lhe dá a cada dia. Não permita que os sofrimentos façam de você uma pessoa insensível. Não pense só em você mesmo e em sua dor, mas olhe também para aqueles que padecem perto de você.
Este é primeiro princípio aprendido com a viúva de Sa­repta para enfrentarmos bem a escassez: tenhamos um coração bondoso, apesar das circunstâncias. Vamos, ago­ra, ao segundo princípio.

EM TEMPOS DE ESCASSEZ, SEJA UMA PESSOA OBEDIENTE

As situações de crise também podem testar nossa obediência a Deus. De fato, muitos falham na fidelidade a Deus, quando as coisas apertam. Mas a viúva de Sarepta, apesar das circunstâncias, preferiu obedecer por fé. Ob­serve que ela, com toda presteza, sai para buscar água para o profeta sedento, quando é interrompida: “Por favor, traga também um pedaço de pão” (v. 11). Diante do pedi­do inusitado, ela teve de admitir sua penúria:
“Juro pelo nome do Senhor, o teu Deus”, ela respondeu, “não tenho nenhum pedaço de pão; só um punhado de farinha num jarro e um pouco de azeite numa botija. Estou colhendo uns dois gravetos para levar para casa e preparar uma refeição para mim e para o meu filho, para que a comamos e depois morramos.” (v. 12 - NVI)

Que interessante, a mulher sabia que ele era um pro­feta e que servia a um Deus poderoso. Como ela sabia disso? Ao que parece, Deus já havia falado com ela. Veja o que está escrito no versículo 9: Ordenei a uma viúva da­quele lugar que lhe forneça comida (Grifo nosso). Na Bíblia Viva, o texto está traduzido assim: Ali mora uma viúva que dará alimento a você. Eu dei a ela as minhas instruções.
Não sabemos se foi por um sonho ou uma visão; apenas sabemos que Deus falou com ela. Por isso, quando a viúva respondeu ao profeta, foi como se dissesse: “Seu Deus já falou comigo que eu deveria te sustentar, mas não posso fazer nada, só tenho um pouquinho de alimento”.

Nesta hora, Elias poderia dizer: “Coitada desta mu­lher! Deus deve ter se enganado”. Mas não foi isso que ele fez. O profeta disse: Não tenha medo. Vá para casa e faça o que disse. Mas primeiro faça um pequeno bolo com o que você tem e traga para mim, e depois faça algo para você e para o seu filho (v. 13). Em seguida, declarou a promessa de Deus para ela: A farinha na vasilha não se acabará e o azeite na botija não se secará até o dia em que o Senhor fizer chover sobre a terra (v. 14). O desafio foi lançado. O que você faria, se estivesse no lugar desta mulher? Pensaria na sua fome e na do seu filho ou obe­deceria à palavra de Deus? A viúva de Sarepta não pen­sou duas vezes. O texto é claro e direto: Então a viúva foi e fez como Elias tinha dito (v. 14).

As atitudes desta mulher são impressionantes! Sem questionar, ela, que não era israelita e nem conhecia a Deus direito, obedeceu.3 Você sabe o que aconteceu? Aconteceu como Deus havia prometido: a farinha não acabou e nem o azeite secou, enquanto Elias esteve em sua casa. Sem fazer pergunta alguma, a pobre viúva obe­deceu. Ela não entregou apenas as primícias da refeição para Deus, mas entregou tudo o que possuía e viu mila­gres acontecerem em sua casa. Que lição extraordinária! Nesta manhã, a Bíblia está nos desafiando a obedecer a Deus, a despeito das circunstâncias.

A palavra de Deus não deve ser questionada, mas deve ser obedecida! Devemos fazer o que Deus nos ordena, mesmo que isso pareça loucura aos olhos humanos. O que fazer, quando seguir Jesus se torna motivo de atritos na sua família?
O que fazer, se, por causa de sua fé, seus amigos se afastarem de você? O que fazer, quando seu pai, sua mãe ou o seu cônjuge lhe pedir para não ir mais a igreja? Em Atos 5:19, está escrito: Importa obedecer a Deus e não aos homens! Mas o que fazer, quando a guarda do sábado trouxer risco de perder o emprego ou causar pro­blemas no trabalho? Se palavra de Deus lhe pede que você guarde o sábado, obedeça, irmão! Por mais terrível que seja a crise financeira que esteja passando, seja fiel! Vale a pena servir ao Senhor!

O que fazer com relação ao dízimo, quando o dinhei­ro mal dá para as despesas do mês? Se o Senhor pede a você que devolva o dízimo e lhe garante a provisão, creia e obedeça!
Não importa a situação que você esteja passando: seja fiel, e, conforme prometeu, ele abrirá as comportas do céu e derramará bênçãos sem medida so­bre a sua vida. Na sua casa também: a farinha não acabará e nem o azeite secará. Amém. De acordo com a aquela mulher, o último pedaço de pão não seria suficiente para ela e seu filho sobreviverem. Contudo, ao ser consagrado a Deus, em fidelidade e obediência, foi suficiente para ela, seu filho e para Elias, por muitos e muitos dias.

Aqui, vimos o segundo princípio para lidar bem com a escassez: seja uma pessoa obediente a Deus em toda e qualquer situação. Vale a pena ser fiel ao Senhor! Passe­mos então ao terceiro princípio.
EM TEMPOS DE ESCASSEZ, DEMONSTRE UMA FÉ CONSTANTE

As situações de crise que enfrentamos na vida, além de testar nossa obediência a Deus, também põem à prova nossa confiança nele. Todos nós, em tempos de crise e aflição, somos tentados a pensar que Deus não se impor­ta ou chegamos até mesmo a duvidar que ele exista. Pro­va disso é que, nesta história, a fé de nossos personagens está, a todo o tempo, sendo provada. Elias que o diga. Mas não só o profeta: a viúva também enfrentou alguns testes de fé. No versículo 13, por exemplo, ela ouviu Elias dizer: “Não tenha medo. Vá para casa e faça o que disse. Mas primeiro faça um pequeno bolo com o que você tem e traga para mim” (v. 13). Este foi um grande teste. Mas ela mostrou que confiava em Deus, independentemente da situação em que se encontrava.

Como sabemos, a mulher deu um salto de fé, entre­gando a Deus tudo o que tinha. Aos olhos humanos, ela foi uma tola, uma fanática ingênua. Mas, aos olhos de Deus, foi aprovada. Em sua casa a farinha não faltou, nem o azeite secou. Louvado seja o Senhor! Podem também dizer que você é uma pessoa tola, porque você não faz o que todo mundo faz ou porque perdeu uma boa oportu­nidade de trabalho por causa do sábado, ou, ainda, por­que você diz “não” aos prazeres deste mundo por amor a Cristo. Mas não importa o que eles dizem. O que importa é ser aprovado pelo o Senhor.

Tanto Elias quanto a viúva eram pessoas de fé. Gen­te que acreditava em Deus. Mas preste atenção para ou­tro ponto importante deste texto: até mesmo pessoas de muita fé podem duvidar e vacilar, em tempo de escassez. Veja só: passados alguns dias, o filho da viúva adoeceu gravemente e morreu. Sabe qual foi a primeira reação dela? Duvidou do amor de Deus pela sua casa. Deduziu que o homem de Deus havia provocado aquela tragédia, como castigo pelos seus pecados (v.18). É impressionante como todos nós temos a tendência de sempre associar sofrimento com castigo.4 Os amigos de Jó concluíram que ele havia cometido um grave pecado para estar sofrendo (Jó 8:4; 11:6). Os discípulos de Jesus não tiveram dúvida, ao dizer que um homem estava cego como resultado de pecado (Jo 9:1-3).
Hoje, as pessoas que estão sofrendo costumam per­guntar: “O que eu fiz para merecer isto?”. Esta mesma ideia está presente no lamento da viúva.
Na Bíblia, desco­brimos que a lógica dos amigos de Jó foi destruída, que Jesus rebateu os conceitos de seus discípulos e que a viúva de Sarepta estava equivocada em suas conclusões.5 Nem sempre sofremos por causa do pecado. Nem toda tragé­dia pessoal é um castigo. Pessoas boas também sofrem, pois sofrimentos, crises, aflições são situações próprias da vida humana, e precisamos aprender a lidar com elas, para não perecermos diante delas. Você precisa entender isto: o fato de lhe acontecerem coisas ruins não significa que você está sendo castigado, nem que Deus não o ame mais. Continue confiando, mesmo se as coisas estiverem ruins. Creia que Deus está com você! Ele o ama em todo tempo. Se lhe permitir passar por uma crise, confie que ele sabe o que faz. Ele está lhe ensinando a viver.

Leia agora, por favor, o versículo 20. Perceba que até mesmo o profeta Elias estava abalado com a morte do menino. Veja como ele orou: Ó SENHOR, meu Deus, por que fizeste esta coisa tão terrível para esta viúva? Ela me hospedou, e agora tu mataste o filho dela! (v. 20 - NTLH). Ele estava confuso e duvidoso. Por incrível que pareça, Elias e a viúva estavam, naquele exato momento, viven­do o milagre da multiplicação da farinha e do azeite. Nós sabemos bem o que isso significa: quantas vezes, após vivermos experiências magníficas com Deus, começamos a questioná-lo, só porque algo não aconteceu como que­ríamos. Nesta história, Elias orou e Deus ressuscitou o me­nino. Mas, e se Deus não o ressuscitasse? Será que Elias continuaria a crer? Talvez não.

É por isso que, embora os milagres sejam importantes na edificação da fé, eles não devem jamais ser o centro. Você precisa ter uma fé madura para que, em tempo de escassez, possa continuar a crer, independentemente das situações, com ou sem milagres. O Senhor quer que você tenha a maturidade que foi alcançada por Paulo. Veja o que ele escreveu aos Filipenses, num momento muito di­fícil de sua vida: Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. (Fl 4:11-13 – Grifo nosso)

Que, assim como fez o apóstolo, em tempos de escas­sez, possamos mostrar uma fé madura e constante. Que digamos como Paulo: Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação (Fl 4:13 – NTLH).

                                    ELIAS E A PROVIDÊNCIA DIVINA = 1 REIS 17.1-9

VOCÊ JÁ TEVE ALGUMA SURPRESA COM DEUS? Nos dias de Elias, Israel estava sendo governado por reis maus e idólatras. O texto que lemos, Elias é enviado ao Rei Acabe para anunciar que iria começar um período de seca.  A Bíblia diz o seguinte de Acabe: “E fez Acabe, filho de Onri, o que era mau aos olhos do SENHOR, mais do que todos os que foram antes dele…” (I Rs 16.30,31).

Acabe casou-se com Jezabel, filha do rei dos sidônios; casamento este, jamais aprovado por Deus. Tendo uma mulher idólatra, Acabe serviu ao deus Baal e o adorou e conduziu a nação de Israel à idolatria: “Também Acabe fez um poste-ídolo de madeira e cometeu mais abominações para irritar ao Senhor, Deus de Israel.” 1Re 16.33


 

Nesse contexto de reis ímpios e idólatras – Surge Elias – o profeta  - É um dos personagens bíblicos mais extraordinários e comoventes da Bíblia.
Era um homem simples em sua aparência e no vestir. Em 2 Rs 1.8 temos: “Homem vestido de pelos, com os lombos cingidos com um cinto de couro....” Como tal, é um protótipo de João Batista

No Novo Testamento, quando os evangelhos narram a transfiguração de Jesus .... Elias apareceu junto com Moisés.  Ele era Tesbita ou seja .... natural de Tisbe, que se encontrava na região de Gileade, situada a leste do Rio Jordão.

Diante de rei idólatra este homem é enviado por Deus para falar:  “Em nome do SENHOR, o Deus vivo de Israel, de quem sou servo, digo ao senhor que não vai cair orvalho nem chuva durante os próximos anos, até que eu diga para cair orvalho e chuva de novo.”

Naquela época o povo morava mais no campo do que nas cidades. Se um profeta fala em nome de Deus que haveria seca...isso significa: ... tempos de fome, tempos de miséria e sofrimento...
Interessante notar ... “orvalho nem chuva” haveria....
Um seca tremenda!

Depois ... Deus avisou Elias para sair de onde estava, para protegê-lo de alguma perseguição do Rei. E Elias se escondeu ....  Foi morar perto do Ribeiro de Querite ...

Esse riacho ou ribeiro, é um dos muitos que desaguam no Rio Jordão ... Esse local era um vale, com uma passagem estreita e profunda ... sendo um ótimo local para se esconder. No fundo deste vale, corria um filete de água, um riacho ... chamado Querite.

E lá ficou Elias – no começo da seca .... escondido, O preço de um profeta ao obedecer ao Senhor: Mas o Senhor
Ø
não deixou Elias sem alimento  “beberás da torrente, e ordenei aos corvos que ali mesmo os sustentem “

                          ALIMENTO MANDADO POR DEUS - o cardápio na seca


Pão e carne e água do ribeiro
Pão e carne pela manhã e ao anoitecer

PARA QUEM OBEDECE AO SENHOR, MESMO PASSANDO PELA SECA, HÁ O SUSUTENTO


Foi um milagre - os corvos levaram alimento diário para Elias
E duas vezes – pela manhã e ao anoitecer
Elias obedeceu - falou ao Rei que haveria seca – e o que o Senhor fez? Abandonou o profeta? Não providenciou um lugar seguro (onde havia um pouco de água)
- e mandou alimento

Este texto mostra - Obedecer a Deus - muitas vezes é difícil

- Há sofrimento (ficar escondido na seca)
- Mas Deus sustenta >>> não falta alimento!

Assim pode acontecer conosco quando obedecemos: dor, sofrimento, problemas ....
 Deus é soberano e está no controle de todas

Ø as coisas
Nos momentos de crise, Deus prepara suas provisões para seu
Ø povo.



                                       DEUS USA INSTRUMENTOS INESPERADOS

O alimento (pão e carne) era levado por corvos.
O corvo que foi usado por Deus para trazer provisões para Elias, era um dos animais que estava na lista dos animais imundos (Lv 11.15).
Deus poderia usar um pombo para trazer o alimento de Elias, mas Ele preferiu usar um corvo.  Isso mostra a soberania de Deus sobre toda a criação

Nós devemos estar preparados para o fato de que Deus –
Ø tem poder - para usar os instrumentos mais inesperados para suprir as necessidades do seu povo.
Você que está orando por uma resposta do Senhor
Ø
... Deus pode responder de uma forma inesperada ....

O meio de transporte usado por Deus – poderia ser impuro – mas o alimento era puro, saudável. Quantas vezes Deus agiu de forma surpreendente em sua vida?
Você esperava algo - você não via saída - e o Senhor surpreende com uma nova resposta  algo acontece – algo que você não imaginava.
Para quem obedece ao Senhor - Deus responde – usando meios que até não entendemos ...  O certo é .... Deus cuida dos seus filhos ... Deus cuida dos que obedecem . Aquele que ouve e pratica a Palavra....

                         QUANDO O RIBEIRO SECA, DEUS TEM UM SEGUNDO PLANO

“mas passados os dias, o ribeiro seco, porque não chovia sobre a terra.” V.7
E agora ... o que Elias faria? Como viver sem água. A seca continuou e seco o ribeiro de Querite... Mas Deus tem uma nova resposta: “vai a Sarepta, e demora-te ali, onde ordenei a uma mulher viúva que te dê comida, então Elias foi ....”

Deus tem um 2º plano - quando se esgotam os recursos do primeiro plano ...
por mais incrível que pareça ... Elias deixaria de ser alimentado por corvos para ser alimentador por uma viúva pobre.... Depois, em sua
Ø
casa ... leia todo o cap. 17 o que aconteceu....

                                 O QUE ACONTECEU COM ELIAS COM TUDO ISSO
                                          ELIAS APRENDEU A DEPENDER DE DEUS
Ao contrário do que muita gente pensa, depender de Deus não é uma tarefa fácil. É preciso ter fé. É preciso obediência. A trajetória de Elias nos ensina isto: ora bebendo água de um ribeiro e se alimentando de pão e carne trazidos pelos corvos (I Rs 17.1-6); ora sendo sustentado por uma pobre viúva (I Rs 17.8-16). > Ele aprendeu a depender de Deus. <

                                     ELIAS APRENDEU A CONFIAR EM DEUS

Profetizar no tempo de Elias não foi tarefa fácil. Ele colocou a sua própria vida em risco.  E Elias foi chamado para profetizar exatamente contra aqueles que tinham o poder nas mãos: o rei Acabe e sua ímpia esposa, Jezabel.

Mas Elias não vacilou: Profetizou a falta de chuva e de orvalho (I Rs 17.1); depois .... combateu o pecado de Acabe, chamando-o de perturbador de Israel (I Rs 18.18); desafiou os profetas de Baal (I Rs 18.22-40).  Somente uma confiança inabalável em Deus poderia levar um homem a profetizar naqueles dias.

CONCLUSÃO

Seria ótimo dizer a você que, em 2013, tudo será per­feito e que você não terá nenhum problema. Mas isso não é possível. Certamente, você enfrentará desafios e lutas. A vida é assim mesmo, e devemos estar preparados para essas situações. Como diz o poeta: “é preciso saber viver”. O que podemos dizer é que, em cada desafio e luta, con­fiando em Jesus, você terá vitória. A nossa oração de hoje é que o Senhor nos faça cristãos maduros que o louvem em momentos de fartura, mas que também sejam capa­zes de passar pela escassez, pela crise, sem esmorecer, confiantes no Senhor.

Assim como agiu a viúva de Sarepta, você deve agir, quando as coisas não estiverem dando certo. Quando sua fé e seu caráter forem postos à prova, pautado na palavra que ouviu hoje, você fará o que é certo; será aprovado, e verá, em sua casa, o milagre da multiplicação. Em sua casa, a farinha não acabará e nem o azeite secará. Em tempo de escassez, quando o relacionamento na família estiver complicado, quando a situação na empresa estiver ruim, quando as finanças desandarem, quando acontecer aqui­lo que você não estava esperando, não se abata, não jo­gue a toalha, não cometa loucura e nem entre em pânico. Faça como fez a viúva: tenha um coração bondoso, seja uma pessoa obediente e demonstre uma fé constante.

Como isso é possível? Aprenda a olhar para além das circunstâncias. Seus olhos não podem estar postos na cri­se, no problema, mas no Senhor, o Todo-Poderoso. Colo­que toda a sua confiança e toda a sua esperança no Deus vivo. Ele é soberano. Ele está no controle de tudo. Ele tem as chaves. A palavra final é sempre dele. Aleluia! Com isso em mente, você poderá declarar, como Habacuque:

Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras, mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de ali­mento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação. O SENHOR, o Soberano, é a minha força; ele faz os meus pés como os do cervo; faz-me andar em lugares altos. (Hc 3:17-19 – NVI – Grifo nosso)

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico Beacon
CARSON, D. A. (et al.). Comentário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009.

LUCAS, Jeff. Elias, um ministério marcado pelo fogo. Rio de Janeiro: Habacuc, 2006.

SWINDOLL, Charles R. Elias, um homem de heroísmo e humildade. São Paulo: Mundo Cristão, 2001.

WALTON, John H. Comentário bíblico Atos: Antigo Testa­mento. Belo Horizonte: Atos, 2003.

A LONGA SECA SOBRE ISRAEL

A LONGA SECA SOBRE ISRAEL
TEXTO ÁUREO = “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA =  A longa seca sobre Israel teve como objetivos disciplinar e demonstrar a soberania divina sobre os homens.
LEITURA BIBLICA = I Reis 18: 1-8
                                                            INTRODUÇÃO
Os dados meteorológicos atuais nos informam que a seca é um fenômeno climático e como tal é imprevisível a sua ocorrência. Todavia, no contexto do reinado de Acabe, ela ocorreu não somente como algo previsível, mas também anunciado. Não era um fenômeno simplesmente meteorológico, mas profético. Aqui veremos como se deu esse fato e como ele revela a soberania de Deus não somente sobre a história, mas também sobre os fenômenos naturais e como eles podem atender aos seus propósitos.

A historicidade dessa longa seca é atestada no Novo Testamento pelo apóstolo Tiago: “Elias era homem semelhante a nós e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu” (Tg 5.17). Esse é o testemunho do Novo Testamento sobre a ocorrência desse fenômeno. Todavia há registros fora das páginas da Bíblia sobre a sua existência. Os eruditos alemães Keil & Delitzsch comentam que “da história fenícia Josefo (Ant. VIII, 13,2) menciona ‘abrochia te et autou (sc. Ithobálou) 'egneto apo tou Yperberetaiou menos heus tou erchomenou etous Yperbetaiou [Durante seu reinado houve uma seca que durou do mês de hiperberetmo até ao mês hiperberetmo do ano seguinte] O hiperberetmo corresponde ao mês Tisri dos hebreus (cf. Benfeyy Stern, Die Monatsnamen, p.18)".1

O que motivou a seca

Disciplinar a nação = O culto a Baal financiado pelo estado nortista afastou o povo da adoração verdadeira. O profeta Elias estava consciente disso e quando confrontou os profetas de Baal, logo percebeu que o povo não mantinha mais fidelidade ao Deus de Israel: “Então, Elias se achegou a todo o povo e disse: até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o” (1 Rs 18.21). De fato a palavra hebraica asiph, traduzida como pensamentos, mantém o sentido de  ambivalência ou opinião dividida.

A idolatria havia dividido o coração do povo. Para corrigir um coração dividido somente um remédio amargo surtiria efeito (1 Rs 18.37).
Matthew Henry (1999,p.383) observa que Elias “predisse uma severa escassez com a qual Israel ia ser castigado por seus pecados. Proclamou ante o rei, em cujas mãos estava o poder de reformar o país e evitar o castigo. A menos que se arrependesse e se reformasse, haveria de sobrevir sobre o país este castigo. Não haveria chuva nem orvalho nesses anos, senão por sua palavra (v.l). “Orou fervorosamente para que não chovesse", e os seus se fizeram duros como o bronze, até que “outra vez orou, e o céu deu chuva” (Tg 5.17,18). Elias faz saber a Acabe:

1. Que Jehová, a quem ele havia abandonado, era o Deus de Israel.

2. Que era um Deus vivo, não como os deuses que Acabe adorava, que eram ídolos mudos e mortos.

3. Que o mesmo (Elias) era um servo de Deus em missão, um mensageiro enviado por Ele.

4. Que, apesar da atual prosperidade e paz do reino de Israel, Deus estava enjoado com eles por causa de sua idolatria e ia castigar-lhes com a falta de chuva, com que se lhe mostraria a impotência deles e a insensatez de quem havia deixado o Deus vivente para prestar serviço de adoração a deuses que não podiam fazer nem bem nem mal.

5. Fazer saber a Acabe o poder que Deus pôs na palavra do próprio Elias: “não haverá chuva... senão por minha palavra”. Revelar a divindade verdadeira

Quando Jezabel veio para Israel não veio sozinha. Ela trouxe consigo a sua religião e uma vontade obstinada de fazer seus deuses o principal objeto de adoração. De fato, observamos que o culto ao Senhor foi substituído pela adoração a Baal e Aserá, principais divindades dos sidônios (1 Rs 16.30-33). A consequência desse ato foi uma total decadência moral e espiritual. Baal era o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A longa seca sobre o Reino do Norte criou as condições necessárias para que Elias desafiasse os profetas de Baal e provasse que o mesmo não passava de um deus falso (1 Rs 17.1,2; 2 Rs 18.1,2; 21.39).

O Deus de Elias Se prestarmos atenção aos detalhes dessa passagem (1 Rs 17), descobriremos que três dos principais atributos de Deus são revelados na narrativa da predição da grande seca sobre Israel.


Em primeiro lugar, Ele é o Deus que governa a natureza — Ele é
Onipotente! (1 Rs 17.1). A crença cananeia dizia que Baal era o deus que controlava a natureza, inclusive as estações. O comentarista bíblico Lawrence Richards (2010, p. 234) destaca que: “A seca foi uma arma apropriada neste conflito. Baal e Aserá eram deidades da natureza, suspeitos de controlar as chuvas e a fertilidade da terra. Ao anunciar uma estiagem no nome do Senhor, Elias demonstrou conclusivamente que Iahweh, e não Baal, é supremo”.

Nunca devemos esquecer que o nosso Deus é Onipotente. Foi o próprio Jesus Cristo, o Filho de Deus quem afirmou: “E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível” (Mc 14.36). Saber desse fato é relevante porque uma nova heresia anda à espreita — o teísmo aberto ou teologia relacional.

Essa nova crença, que é mais um artifício filosófico do que teológico, argumenta que o Deus da Bíblia é limitado. Em outras palavras, ele não é Onipotente; não é Onisciente e nem tampouco Onipresente. Vários
Teólogos de renome internacional, tais como: D. A. Carson; John Piper e Bruce A. Ware levantaram suas vozes contra esse ataque à fé cristã.

Bruce A. Ware (2010, pp.13-15), por exemplo, cita textos da literatura do teísmo aberto onde esse fato é percebido claramente: “Quando a tragédia entrar em sua vida, por favor, não pense que Deus tem algo a ver com isso! Deus não deseja que a dor e o sofrimento ocorram e, quando isso acontece, ele se sente tão mal com a situação como aqueles que estão sofrendo. Não pense que, de alguma maneira, essa tragédia deva cumprir algum propósito final. E bem provável que não seja assim! O mal que Deus não deseja acontece a todo momento e, com frequência, não serve para nenhum bom propósito. Porém, quando sobrevêm a tragédia, podemos confiar que
Deus está conosco e nos ajuda a reconstruir o que se perdeu. Afinal, de uma coisa temos certeza, a saber: Deus é amor. Então, embora não possa evitar que uma boa parcela de coisas ruins aconteça, ele sempre está conosco quando elas acontecem!”7 (grifo nosso).

Palavras bonitas e carregadas de sentimentalismo, mas totalmente fora do ensino sobre a soberania e majestade divinas. Em palavras mais simples, Deus está vendo a coisa acontecer, mas infelizmente ele não pode impedir que ela aconteça! Só lhe resta então lamentar juntamente com você. Uma heresia grosseira! A história de Elias mostra claramente que o nosso Deus pode sim enviar uma seca, como sinal de julgamento, como pode da mesma forma barrar uma catástrofe e suspender seus efeitos.

Em segundo lugar, Ele é o Deus que conhece todas as coisas Ele é
Onisciente! (1 Rs 17.1). Ware continua denunciando em seu texto no que creem os teólogos relacionais. Aqui é a Onisciência de Deus que é atacada.

Para o teísmo aberto Deus não sabe de todas as coisas: “Deus assumiu um risco enorme ao criar um mundo com criaturas morais que poderiam usar sua liberdade para se voltarem contra o que Ele desejava e queria que ocorresse. Por toda a história, vemos evidências de pessoas (e anjos caídos) usando sua liberdade, dada por Deus, para provocar um mal terrível e causar incalculável dor e miséria. E claro que, conquanto Deus não pudesse saber de antemão o que suas criaturas livres fariam, ele certamente nunca quis que aquilo acontecesse! Ele é amor, e não quer que suas criaturas sofram. Mas uma coisa podemos saber com certeza é que Deus vencerá, afinal! Por isso, não se preocupe, pois Deus se certificará de que tudo o que Ele mais deseja que aconteça venha a se cumprir. Você pode confiar nEle de todo seu coração!”

A profecia de Elias desmonta essa visão limitada sobre Deus, pois o profeta previu que por um espaço de três anos e meio não choveria sobre
Israel (1 Rs 17.1; Tg 5.17). Como o profeta saberia que a chuva voltaria somente após três anos e meio? Deus o havia revelado porque somente Ele conhece o futuro.

Em terceiro lugar, Deus não está limitado pelo tempo nem pelo espaço
— Ele é Onipresente. Deus pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares. Para a teologia cristã isso é confortador, pois jamais estaremos a sós. O Senhor Jesus Cristo afirmou: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). Os teólogos relacionais não acreditam dessa forma. A sua crença deixa o devoto entregue à sua própria sorte e Deus apenas assistindo de braços cruzados:  “Deus é Deus de amor e, como tal, respeita você e os seus desejos.

Ele não é alguém que ‘força’ sua vontade sobre outra pessoa. Desse modo, Deus não está interessado em planejar o seu futuro por você, nem em deixar-lhe sem direito de voz sobre o que fazer em sua vida! Não mesmo. Na verdade, grande parte do futuro ainda não foi planejada e Deus espera que você tome suas próprias decisões e escolha o seu rumo, de maneira que Ele saiba como melhor traçar seus próprio planos. É claro que ele deseja que você o consulte durante o processo, embora o que você vier a decidir seja sua própria escolha, e não dEle. O que Deus deseja é que você e Ele trabalhem juntos, traçando o rumo de sua vida. E você pode estar seguro de que Ele fará tudo o que estiver ao alcance dEle para ajudá-lo a ter a melhor vida que você pode ter.” Anteriormente, Deus apenas assistia as coisas acontecerem, mas sem poder fazer nada; depois Ele não tem conhecimento das coisas que ocorrerão e agora assiste as coisas acontecerem impossibilitado de fazer alguma coisa. Esse “deus” não é o Deus de Elias. Não, esse não é o nosso Deus.

Os efeitos da seca

Escassez e fome = Como nordestino, estou familiarizado com a linguagem dos capítulos 17 e 18 do primeiro livro de Reis. Esses capítulos trazem um relato sobre o longo período de estiagem em Israel durante o reinado de Acabe.

Agora mesmo quando escrevo este capítulo, o sul do meu estado, Piauí está sendo duramente castigado por uma severa seca. Centenas de cabeças de gados e outros animais nativos da caatinga e do semiárido nordestino estão morrendo. Os criadores, em um gesto de desespero, estão alugando pastos em outras partes do estado para tentarem salvar seus rebanhos. Euclides da Cunha tinha razão quando disse, em seu livro Sertões, que o nordestino acima de tudo é um forte.

Mas ninguém conseguiu enxergar todo o drama do nativo do semiárido como Patativa do Assaré, poeta e filósofo social nordestino. Em uma coletânea de poesias, Patativa conseguiu expressar em palavras o que passa o sertanejo nesse período sombrio:

Setembro passou, com outubro e novembro
Já estamos em dezembro.
Meu Deus, o que será de nós?
Assim fala o pobre do seco Nordeste,
Com medo da peste,
Da fome feroz.
A treze do mês ele fez a experiência,
Perdeu a sua crença
Nas pedras de sal.
Mas noutra experiência com gosto se agarra,
Pensando na barra
Do alegre Natal.
Rompeu-se o Natal, porém a barra não veio,
O sol, bem vermelho,
Nasceu muito além.
Na copa da mata, buzina a cigarra,
Ninguém vê a barra,
Pois a barra não tem.
Sem chuva na terra descamba janeiro,
Depois, fevereiro,
E o mesmo verão.
Então o roceiro, pensando consigo,
Diz: isso é castigo!
Não chove mais não!
[.....]
E vende o seu burro, o jumento e o cavalo,
Até mesmo o galo
Vendeu também,
Pois logo aparecefeliz fazendeiro,
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem.
Em cima do carro se junta a família;
Chegou o triste dia,
Já vai viajar.
A seca terrível, que tudo devora,
Lhe bota pra fora
Da terra natal

Dramático! Realista! É exatamente assim que nos sentimos durante uma seca. Mas ao verificarmos o texto bíblico onde se encontra a narrativa da predição do profeta Elias, descobrimos igual dramaticidade e realismo.

Elias entra no cenário profético quando o reinado de Acabe e sua esposa Jezabel, experimentava relativa prosperidade. Foi então que o profeta Elias vaticinou: “Tão certo como vive o S e n h o r , Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha
palavra” (1 Rs 17.1).

As consequências dessas palavras carregadas de inspiração profética são logo sentidas. Confira o relato bíblico em 1 Reis 18.1-8. A Escritura afirma que “a fome era extrema em Samaria” (1 Rs 18.2). A seca já havia provado que Baal era um deus impotente frente aos fenômenos naturais e a fome demonstrou à nação que somente o Senhor é a fonte de toda provisão. Sem Ele não haveria chuva e consequentemente não haveria alimentos. O texto de 1 Reis 18.5, revela que até mesmo os cavalos da montaria real estavam sendo dizimados. O desespero era geral.

A propósito, o texto hebraico de 1 Reis 18.2 diz que a estiagem foi violenta e severa. A verdade é que o pecado sempre traz consequências amargas!

Endurecimento ou arrependimento = É interessante observarmos que o julgamento de Deus produziu efeitos diferentes sobre a casa real e o povo. Percebemos que à semelhança de Faraó (Êx 9.7), o rei Acabe e sua esposa, Jezabel, não responderam favoravelmente ao juízo divino. Acabe, por exemplo, durante a estiagem confrontou-se com o profeta Elias e o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Rs 18.17). Quem resiste à ação divina acaba por ficar endurecido!

Somente no caso de Nabote ele viria demonstrar algum arrependimento.

Por outro lado, o povo que não dera nenhuma resposta ao profeta Elias quando questionado (1 Rs 18.21), respondeu favoravelmente ante a ação soberana do Senhor: “O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus! (1 Rs 18.39). O Novo Testamento alerta: “quando ouvires a sua voz não endureçais o vosso coração” (Hb 3.8).

A provisão divina na seca

Provisão pessoal = O fenômeno da seca e como o profeta Elias se conduziu durante o,mesmo é rico em ensinamentos. Aprendemos que Deus é um Deus de provisão. Quando o apóstolo Paulo fez a pergunta: “Acaso, é com bois que Deus se preocupa?” (1 Co 9.9), ele esperava a resposta “Não”. Nesse texto o apóstolo mostra que o trato primeiro de Deus não é com animais, mas com o homem. Deus trata com pessoas, não com coisas. Pedro, o apóstolo, disse “que Ele tem cuidado de nós” (1 Pe 5.7). Durante o longo período de estiagem no Reino do Norte observamos esse cuidado pessoal do Senhor com o profeta.

Há sempre uma provisão de Deus para aquele que o serve em tempos de crise. Embora houvesse uma escassez generalizada em Israel, Deus cuidou de Elias de uma forma especial que nada lhe faltou (1 Rs 17.1-7). A forma como o Senhor conduz o seu servo é de grande relevância.

Primeiramente Ele o afasta do local onde o julgamento seria executado: “Retira-te daqui” (1 Rs 17.3). Deus julga e não quer que seu servo experimente as consequências amargas desse juízo! Em segundo lugar, o Senhor o orienta a se esconder: “Esconde-te junto a torrente de Querite” (1 Rs 17.3). Deus não estava fazendo espetáculo. Quando a situação é para aparecer, Deus manda se esconder. Em terceiro lugar, Elias deveria ser suprido com aquilo que o Senhor providenciasse: “Os corvos lhe traziam pão e carne” (1 Rs 17.6). Não era uma iguaria, mas era uma provisão divina!

Vejamos mais algumas lições extraídas desse episódio:

Conduzindo-se em tempos de crise

a) Ouvindo a palavra (17.2). O texto diz: “Veio-lhe a palavra do Senhor (1 Rs 17.2). Essa é a primeira lição que aprendemos com o profeta de Tisbe: ouça a palavra de Deus e seja orientado por ela. O aparecimento do profeta Elias está condicionado à Palavra de Deus bem como todas as suas ações. Ele não se movia fora da esfera da Palavra de Deus.

b) Fugindo. O Senhor também disse ao profeta: “Esconde-te” (1 Rs 17.3).
Houve a hora de aparecer, agora era hora de se esconder! Há momentos de publicidade, mas há momentos nos quais devemos estar sozinhos. Elias foi um profeta solitário, as suas aparições são repentinas e sem glamour.

Talvez essa seja a principal característica que diferencia o profeta de Tisbe dos “profetas” modernos. Enquanto aquele procurava se esconder para cumprir o desígnio de Deus, estes procuram os holofotes para serem notados. Eles gostam da mídia e fazem de tudo para permanecerem em evidência.

c) Dependendo de Deus. O Senhor falou ao profeta: “Beberás da torrente; ordenei aos corvos que ali mesmo te sustentem” (1 Rs 17.4). Elias precisava de pão e água e o Senhor proveu isso para ele. Os corvos eram animais imundos (Dt 14.11-14), mas a comida que traziam para o profeta era santa. Se até o mal cumpre os propósitos de Deus (1 Sm 16.14; 19.9), quem somos nós para questionar? Elias, sem dúvida, possuía mais conhecimento teológico do que muitos eruditos, pois se alimentou da carne trazida pelos corvos sem fazer questionamentos. Quantas vezes perdemos a oportunidade de sermos abençoados porque construímos “muros teológicos” e passamos a acreditar que o Senhor, para operar, necessita trabalhar dentro de seus limites!

d) Obedecendo. “Foi, pois, e fez segundo a palavra do Senhor” (1 Rs 17.5). O manual já existe e está aí à nossa disposição — A Palavra de Deus.
Elias fez segundo o manual do fabricante e foi abençoado. Se seguirmos a orientação do manual, a Bíblia Sagrada, com certeza seremos bem-sucedidos.

Provisão coletiva. Ficamos sabendo pelo relato bíblico que além de Elias, o profeta de Tisbe, o Senhor também trouxe a sua provisão para um grande número de pessoas. Primeiramente encontramos o Senhor agindo através de Obadias, mordomo do rei Acabe, provendo livramento e suprimento para esses profetas: “Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu numa cova, e os sustentou com pão e água” (1 Rs 18.4). Lawrence Richards põe em destaque essa ação de Obadias como sendo um canal de Deus no auxílio coletivo aos profetas: “Como podia Obadias ser um adorador de Deus e ainda servir à corrupta casa real de Acabe? Não deveria ele ter tomado uma posição contra as mortes dos profetas de Deus por Jezabel, mesmo se isso lhe custasse sua própria vida?

Alguns pensam assim. Contudo, Obadias foi capaz de usar sua posição para salvar vidas de centenas de profetas! É fácil criticar aquele que têm decisões morais difíceis para tomar. Mas cada indivíduo deve ser guiado pelo senso próprio da liderança de Deus. O que pode nos parecer ser “comprometimento” pode, em vez disso, ser uma corajosa decisão em seguir um caminho difícil e perigoso”.


Em segundo lugar o próprio Senhor faz conhecido a Elias, que Ele ainda contava com sete mil pessoas que não haviam dobrado os seus joelhos diante de Baal: “Também conservei em Israel sete mil” (1 Rs 19.18). Deus é um Deus que cuida!

As lições deixadas pela seca

A majestade divina. Já vimos alguns dos atributos de Deus quando falamos do “Deus de Elias”. Todavia cabe aqui fazermos uma pequena síntese desses atributos, porque a majestade divina é uma das lições reveladas pela seca. Os fatos que já comentamos e que vale a pena relembrar sobre a ação do Deus de Elias, estão registrados nos primeiros versículos do capítulo 17 do livro de primeiro Reis. Primeiramente vimos a sua onipotência, quando Ele demonstrou total controle sobre os fenômenos naturais (1 Rs 17.1). Em segundo lugar, Deus mostrou a sua Onipresença durante esses fatos. Elias ao se referir ao Senhor reconheceu-o como um Deus presente: “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja face estou” (1 Rs 17.1).

Em terceiro lugar, vimos como Deus Onisciente, quando demonstrou a sua capacidade para conhecer o futuro. Não haveria nem orvalho nem chuva, e não houve mesmo!

O pecado tem o seu custo = Quando o profeta Elias encontra-se com Acabe durante o período da seca, Elias responde ao monarca e o censura por seus pecados: “Respondeu Elias: eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor e seguistes os baalins” (1 Rs 18.18). Em outras palavras, Elias afirmava que tudo o que estava acontecendo em Israel era resultado do pecado. O pecado pode ser atraente e até mesmo desejável, mas tem um custo muito alto. Não vale a pena!

Por outro lado, Franz Delitzsch destaca a morte dos profetas de Baal como consequência do pecado de idolatria. Em seu comentário ao livro dos Reis, escreve: “Elias usou a euforia do povo pelo Senhor para acabar com os profetas de Baal que haviam apartado o povo do Deus vivente.

Ordenou ao povo prendê-los e os fez degolar no ribeiro de Quison. Não fez por motivo de vingança, porque eles haviam motivado a rainha Jezabel para matar os profetas do Deus verdadeiro (ver 13), senão por causa da lei do Antigo Reino de Deus do Antigo Testamento que proibia a idolatria e ordenava exterminar os falsos profetas (Dt 17.2; 13.13ss).

Observamos que a longa seca sobre o Reino do Norte agiu como um instrumento de juízo e disciplina.
Embora o coração do rei não tenha dado uma resposta favorável ao chamamento divino, os propósitos do Senhor foram alcançados. O povo voltou para o Senhor e o perigo de uma apostasia total foi afastado.

A fome revelou como é vão adorar os deuses falsos e ao mesmo tempo demonstrou que o Senhor é um Deus soberano! Ele age como quer e quando quer. Fica, pois a lição que até mesmo em uma escassez violenta a graça de Deus se revela de forma maravilhosa.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
BIBLIOGRAFIA
Livro Porção Dobrada - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - José Gonçalves – 2012
1 - KEIL, Cari Friedrich & DELITZSCH, Franz. Comentário al Texto
Hebreo dei Antiguo Testamento — Pentateuco e históricos. Tomo 1,
Editoriald CLIE.

2 - DRIVER, F. Brown & BRIGGS, C. The Brown Driver-Briggs Hebrewand English Lexicon. Hendrickson Publishers, LISA, 2010.

3 - HENRY, Matthew, Comentário Bíblico de Matthew Henry, traducido e adaptado al castellano por Francisco Lacueva, 13 tomos em 1 — obra completa sin abreviar. Editorial CLIE, Barcelona, Espanha, 1999.

4 - RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia - uma análise de Gênesis a Apocalipse, capítulo por capítulo. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

5 - Bruce A. Ware explica que o teísmo aberto “é assim denominado pelo fato de seus adeptos verem grande parte do futuro como algo que está em “aberto”, e não fechado, mesmo para Deus. Boa parte do futuro está ainda indefinida e, consequentemente, Deus o desconhece. Deus conhece tudo o que pode ser conhecido, asseguram-nos os teístas abertos. Mas livres escolhas e ações futuras, por não terem ocorrido ainda, não existem e, desse modo, Deus (até mesmo Deus) não pode conhecê-las. Deus não conhece o que não existem — afirmam eles — e, uma vez que o futuro não existe, Deus não pode conhecê-lo agora. Mais especificamente, ele não pode conhecer, de antemão, uma grande parte do futuro que virá à tona à medida que criaturas livres decidirem e fizerem tudo segundo lhes aprouver. Em conformidade com isso, momento após momento Deus aprende o que fazemos, e seus planos devem constantemente se ajustar ao que acontece de fato, na medida em que isso for diferente do que ele previu” (pp.14,15).

6 - Veja um estudo exaustivo sobre esse tema em: Teísmo Aberto uma teologia além dos limites bíblicos. John Piper, Justin Taylor, Paul K. Helseth. Editora Vida, 2006.

7 - WARE, Bruce A. Teísmo Aberto a teologia de um Deus limitado.
São Paulo: Vida Nova, 2010.

8 - WARE, Bruce A. id.p.14.

9 - WARE, Bruce A. id. Ibid.

10 - DA CUNHA, Euclides. Sertões. São Paulo: Editora Martin Claret, 2002.

11 - Veja na íntegra uma coletânea de todas as poesias de Patativa do Assaré, na obra: Cante Lá que eu Canto Cá filosofia de um trovador nordestino. Nessa obra a Editora Vozes optou por manter a fonética do trovador.

12 - RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. Rio de Janeiro:
CPAD, 2010.

13 - DELITZSCH, Franz. Comentário al Texto Hebreo Del Antiguo Testamento Pentateuco e históricos. Editorial CLIE.