10 de setembro de 2014

O Julgamento e a Soberania Pertencem a Deus.



O Julgamento e a Soberania Pertencem a Deus.

Texto Áureo

“Há só Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” (Tg 4.12)

Introdução

O estudo desta semana é um importante alimento para nossas almas. Através da preciosa palavra de Deus, a epístola de Tiago, traz para nossos corações um alento sem igual. Desejoso que os crentes de sua época pudessem desfrutar de todas as bênçãos espirituais direcionadas a igreja, o sábio homem de Deus deixou ensinamentos maravilhosos para o nossos dias. Que o Espirito Santo, possa continuar derramando sobre a igreja sua graça, e manifestando entre nós as grandezas do serviço cristão.

I – O perigo e colocar-se como juiz

Os conselhos práticos escritos na epístola estuada neste trimestre, tem sido de grande utilidade para igreja. Existem muitas barreiras a serem superadas até nossa chegada aos céus. O grande desafio do evangelho da atual época, na pós-modernidade, é encontrar o perfil cristão desejado pelo SENHOR Jesus para sua igreja. A igreja necessita voltar a agir como o verdadeiro evangelho ensina.  A atualidade da epístola de Tiago e uma reportam a brevidade dos nossos projetos, das condições da vida diária. Um caminho aberto ao entendimento do pleno significado da vida em comunidade, família e igreja. A prática da vida exigida pelos cristãos nos dias hodiernos requer um compromisso coeso com as finalidades de uma vida sem mácula. A carta de Tiago evidencia a realidade enfrentada pela igreja espalhada pelos estados, cidades, vilarejos, bairros e becos de nossa grande nação.
E dever do cristão exercer discernimento em seus julgamentos; “e por que não julgas também a vós mesmos o que é justo?” (Lc 12.57). Jesus convida a todos a fazerem um julgamento correto, porém se sabemos muitas coisas, e não usamos esses conhecimentos, primeiramente em nós, a aplicação destes julgamentos de nada vale o saber.
“Jesus censurou aqueles que “julgavam segundo a carne”, e Ele mesmo sendo o autor de todas as coisas disse;  “ eu a ninguém julgo” ( Jo 8.15).  Observando a posição de Cristo como de filho de Deus, vemos o quanto precisamos melhorar.
O novo testamento deixa claro que, o crente não deve julgar seu irmão na fé. Existem muitas consequências advindas do julgamento alheio, para isso é importante notarmos pelos menos quatro aspectos destas proibições.   Em primeiro lugar, o julgamento não é seguro. A palavra de Deus adverte “não julgueis, pra que não seja julgado” (Mt 7.1) “.. porque no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas” (Rm 2.1). Como o próprio texto proclama, o julgamento alheio pode se torna a referência de um julgamento sobre aqueles que o manifesta.  Em segundo lugar, não estamos qualificados para isso, vejamos o caso da mulher pega em adultério, os seus juízes estavam prontos para a matança, e esperavam de Cristo Jesus uma brecha para concluírem seus pensamentos (Jo 8.4,5). Existem pessoas que estão sendo colocados em situações semelhantes todos os dias e não tem quem possa defendê-las. Depois da resposta de Jesus muitos mudam de ideia, e por que isso aconteceu? O maior juiz estava entre eles mesmos, as suas consciências, estavam tão contaminadas pelo pecado, que não sobrou nenhum para que levassem a cabo a morte daquela mulher.
Jesus apelou para julgamento interior, visto que a consciência daqueles homens os acusava talvez por pecados ainda maiores. Em terceiro lugar, julgar aos outros não pertence a nós; “Quem és tu que julgas o servo alheio?” “Para seu próprio senhor ou esta em pé ou cai” (Rm 14.4). Devemos estar cientes que o julgamento pertence a Deus e não aos homens, observamos; “aquele que julga... julga a seu irmão... julga a lei; ora, se julga a lei, não és observador da lei, mas juiz.” (Tg 4.11). O perigo de termos um sentimento contrário ao que estamos aprendendo, isto é, a aplicação correta da lei e o julgamento pertencem exclusivamente a Deus. Quando o homem ultrapassa a barreira de sua condição deixa de ser um cumpridor da lei e torna-se um juiz. Por fim, em quarto lugar, do ponto de vista aplicado por Paulo em sua epistola aos Coríntios no capítulo quatro e versículos três a cinco; “... pois quem me julga é o SENHOR”.  “Portanto, nada julgueis antes do tempo, até que venha o SENHOR”.
O julgamento pode em muito atrapalhar a vida de quem se compromete a fazê-lo. O julgamento esta de certa forma ligado ao falar mal do irmão. O falar mal ou julgar um irmão é colocar-se em lugar de um juiz. Não podemos perder tempo com coisas que não edificam a nossa vida neste mundo é muito breve (1 Pe 1.24 ).
Devemos observar o que Tiago ensina para ter uma vida quieta e longa sobre esta terra. Para sermos verdadeiramente abençoados pelo SENHOR dos céus, devemos não apenas observar sua lei, mas cumpri-las. Somente a Ele pertence a nossa vida, somente a Ele pertence o julgamento verdadeiro, Glória a Ele para sempre.

II – A brevidade da vida e a necessidade do reconhecimento da soberania divina (Tg 4.13-15).

O estudo do livro de Tiago nos conduz-nos a pensar os argumentos de uma vida melhor e organizada diante de Deus. A importância de estarmos em sintonia com a vontade divina nos leva a plena dependência dEle. A afirmação de Tiago quanto à brevidade de nossas vidas ele diz; “digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã”, mostra a fragilidade dos desígnios humanos. A necessidade de termos confiança absoluta em Deus guarda-nos que sejamos ansiosos pelo futuro (Mt 6.34).
 É natural ao homem sonhar e por isso a tendência de conjeturar algo inexato ou um objetivo não alcançado. E fácil percebemos isto no mundo atual, quando pessoas, muitas delas levadas pela ganância, vão às casas lotéricas e fazem o seu jogo na expectativa de alcançarem um prêmio. Mesmo sabendo que as chances de ganharem algum dinheiro são remotas, apostam na incerteza, acreditando que um dia ponderam alcançar a riqueza desejada.
 Jesus quando instrui os seus discípulos sobre o aspecto dos projetos humanos cita uma parábola (Lc 12.15,21.), onde este homem sem se preocupar com o que iria acontecer com seu futuro decide construir grandes celeiros para armazenar a sua colheita.
Preocupado apenas com o seu bem estar, “alma descansa, come, bebe e folga”, desejava estar tranquilo e esperançoso num futuro incerto. Poderia a morte bater em sua porta naquele mesmo dia? Poderia de alguma forma perder os seus bens? Jesus o chama de louco, pois a incerteza decorrente da vida estava sendo colocada em sua riqueza. A soberania divina deve estar acima dos nossos desejos e vontade, pois Deus é o que cumpre o desejo de nosso coração (Sl 37.4). Quando observamos o caminhar de nossa trajetória neste mundo encontramos muitos que estão aborrecidos com suas vidas, absurdamente estressados com muitas coisas que poderiam esperar.  Mas infelizmente os seus corações estão sobre carregados com as ilusões deste mundo.

Diante da brevidade da nossa vida, o homem em sua maioria, esquece que tudo provém de Deus, e Ele está no controle de tudo. Quando escreveu sua carta Tiago advertiu a cada um, comparando nossa vida como um vapor, que aparece por um momento e logo se dissipa. A vida humana consiste em um espaço de tempo muito pequeno comprada a eternidade com Cristo.

Ao passo que, se temos em mente que a permanência na obediência a palavra de Deus pode nos garantir a vida eterna, deveríamos entregar plenamente tudo a Ele.  Desta forma, concordarmos com a petição de Tiago, “se o SENHOR quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” somente assim poderemos desfrutar de ricas e copiosas bênçãos.

Além da vontade divina acima de tudo, “se o SENHOR quiser”, Tiago ainda elenca o fato de é preciso estar vivo para alcançar. O exemplo do vapor pode fazer ainda mais sentido quando imaginamos que a promessa pode ser alcançada ou não. Portanto diante daqueles que muitas vezes dizem; “quem tem promessa não morre”, fica o exemplo do vapor citado por Tiago. Podemos ter promessas, podemos ter pedido se o SENHOR quiser, mas se faltar a vida, nada seremos.

III – Os pecados da arrogância e autossuficiência do ser humano.

“Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna”.   A advertência de Tiago sobre a vontade do homem em nunca se curvar diante de Deus, pode torna-lo insensível (1Tm 4.2). O homem que está cego pelos desejos deste mundo, dificilmente se enquadrara na vontade de Deus. Basta olhamos para a aquilo esta dito no versículo acima, “vossas presunções”, é algo que já esta arraigada no coração do homem, algo interno e muito profundo.

O orgulho humano é um mal que pode dominar todos os outros sentidos do corpo. Pode levar um homem a se ensoberbecer a ponto de creditar tudo o que possui ao próprio ego. Foi o que aconteceu com Nabucodonosor (Dn 4), ao contemplar  toda glória da Babilônia, tudo que havia ali foi alcançado pelo “seu mérito”. A autossuficiência tem sido uma enfermidade crônica dentro da sociedade, dividindo a glória que pertence a Deus, com conquistas humanas.  

A carta de Tiago esta tão atual pleno século XXI, quando milhares de homens e mulheres, estão sendo conduzidos pelo orgulho e vaidade, e guiados por suas  conquista.  Se “eu tenho” é por que sou merecedor “trabalhei muito”. Quando o correto seria dedicar toda a glória a Deus, e não firmar sua vida em riquezas ou bens temporários (Pv 13.7). A glória de Deus nunca pode ser dividida ou compartilhada com o homens (Is 42.8) e de exclusividade dEle, e somente Ele pode receber.

A maldade esta no coração humano, a semente do velho “Adão” está dentro dele, crescendo e frutificando. Somente um coração voltado para Deus pode alcançar vitória.

O mundo jaz no maligno e muitos ainda não entenderão que o orgulho humano é um mal que tem levado muitos a se esquecerem da providência divina. O poder por vezes preiteado por muitos é causa de confusão e contenta, e ainda se encontra também o orgulho e as presunções.

Diante de um quadro crítico que tem adentrado em muitas igrejas, clamamos a Deus, que abra uma oportunidade para estarmos firmes e com os corações pacificados para entender qual é a vontade perfeita do SENHOR para nossas vidas.

Somente o nosso SENHOR e salvador Jesus Cristo, pode ajudar a cada um de nós a vencer os desafios proposto para a igreja da atualidade. Somente Cristo tem poder para em um momento convencer o homem a caminhar perfeitamente pela sua vontade. Procuremos seguir o conselho de Tiago, fazendo o bem que temos aprendido, pois somente assim podemos encontra uma vida melhor neste mundo, e por fim a vida eterna.


Evangelista Juarez Alves.