19 de outubro de 2018

O Crescimento do Reino de Deus


O Crescimento do Reino de Deus
TEXTO ÁUREO
"[...] Porque eis que o Reino de Deus está entre vós." (Lc 17.21)

VERDADE PRÁTICA
Reino de Deus cresce e continuará crescendo até a consumação dos séculos.

LEITURA BÍBLICA = Marcos 4.30-32; Mateus 13.31-33; Lucas 13.18,19

HINOS SUGERIDOS: 42, 242, 259 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL

Evidenciar que o propósito de muitas parábolas é revelar o Reino de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

I- Interpretar as parábolas acerca do Reino de Deus;
II- Demonstrar a singeleza do início do crescimento do Reino de Deus;
III - Narrar o perfil dos participantes do Reino de Deus.

INTRODUÇÃO

Tendo como base a Parábola do Grão de Mostarda, mostraremos neste domingo a franca expansão do Reino de Deus sobre a terra através da Igreja. A fim de melhor compreendermos as lições reveladas pelo Mestre, dividiremos o nosso estudo em três pontos principais: a semente, a hortaliça e as aves do céu. Roguemos ao Senhor, pois, que nos ajude a colocar em prática cada uma das lições encontradas nessa parábola.

I. A SEMENTE DE MOSTARDA

1. O grão de mostarda (v.31). A palavra mostarda é de origem egípcia (sinapis) e aparece por cinco vezes nos três primeiros Evangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19; 17.6). Nos dias de Jesus, a mostarda negra (sinapis nigra) era a mais conhecida. Suas sementes, depois de trituradas, serviam de tempero para os alimentos. A mostarda era uma planta que, em terra fértil, crescia rapidamente até três ou quatro metros. Em seus ramos, aninhavam-se as aves do céu.

2. A lição dos contrastes. Ao propor esta parábola, Jesus usa um artifício literário a fim de ressaltar o contraste apresentado por esta hortaliça. O grão de mostarda é a menor das sementes; ao crescer, é a maior das hortaliças (v.32). Considerando tal fato, Jesus queria que seus discípulos entendessem que mesmo uma semente tão pequena é capaz de produzir um grande resultado.

A operação divina é o elemento que promove o crescimento do Reino de Deus. À semelhança do grão de mostarda, o Reino de Deus surge do nada para demonstrar a plenitude do poder divino. Isto equivale dizer que a Igreja, como grão de mostarda, surpreendeu o mundo com a sua mensagem e com o seu poder irresistível no Espírito Santo.

No começo, seu desenvolvimento foi vagaroso por causa das dificuldades a serem vencidas, tanto em relação aos inimigos do reino, quanto à negligência dos lavradores. Mas, como nos diz a Palavra, o grão de mostarda “é realmente a menor de todas as se- mentes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore” (Mt 13.32).

3. O poder misterioso da fé. Em outro evento, Jesus usou a figura do “grão de mostarda” para ilustrar o poder misterioso e qualitativo da fé. Ler Mt 17.20.

A dificuldade dos discípulos em curar um menino (Mt 17.14-19) deu a Jesus a oportunidade não só de expulsar o demônio que oprimia a criança, como também de mostrar-lhes que a fé é produtiva quando procede de Cristo. Esta é posta em ação, como confiança absoluta em Deus, segundo a sua Palavra. Voltando ao “grão de mostarda”, vejamos as suas características.

4. O campo de semeadura (v.3 1). O “campo” desta parábola pode ser interpretado como o mundo, onde foi semeado o evangelho. No dia de Pentecostes, o grupo de quase cento e vinte pessoas (At 1.15,16), mediante a ação do Espírito Santo, imediatamente cresceu e multiplicou-se para quase três mil almas (At 2.14,37-41).

5. A lição do crescimento. Jesus não estava apenas empenhado em crescimento numérico de discípulos, mas também em mostrar outro elemento fundamental para se avaliar o desenvolvimento do Reino de Deus: o qualitativo. Em Mateus 28.19,20, há uma relação do discipulado com o crescimento da Igreja. No cumprimento da Grande Comissão, os discípulos, já revestidos do poder do alto, mostraram haver aprendido as lições da parábola do grão de mostarda.

II. A GRANDE ARVORE (MT 13.32)

1. A forma de crescimento. O crescimento de uma árvore é lento e progressivo; o de uma hortaliça, como a mostarda, é rápido e passageiro, porque esta vive apenas o suficiente para produzir flores e sementes. Quando Jesus assemelhou o Reino de Deus a um grão de mostarda, sugeriu que, assim como a semente desta hortaliça desenvolve- se com muito vigor e misteriosamente, o Reino de Deus, através da Igreja, expandir-se-ia e surpreenderia o mundo apesar de seu início pequeno e humilde. Todavia, precisamos levarem conta um contraste sugerido pela comparação: o crescimento da hortaliça é temporário e limitado; o do Reino de Deus é ilimitado.

2. As ameaças ao crescimento. Nas parábolas anteriores, aparece o campo de plantio com os seus problemas típicos: recepção, absorção e crescimento da semente lançada. Cada problema devia ser encarado com diligência pelo agricultor, pois, conforme diz a Bíblia, “o que planta e que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho” (1 Co 3.8). Em sentido geral, a Igreja é o grão de mostarda semeado que se desenvolveu e tornou-se uma grande árvore. Nesta parábola, o campo é um sistema de ação demoníaca comandado pelo Diabo, pois “sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno”(l Jo 5.19).

Como Igreja, deparamo-nos com muitos oponentes neste mundo, como a carne, o mundo, o Diabo e o pecado, os quais incumbem- se de criar todas as dificuldades possíveis ao desenvolvimento do Reino de Deus. Ver 1 Jo 2.16,17.
Não podemos esquecer-nos de que, no campo de boas sementes, vem o inimigo e semeia o joio.

3. O significado de “grande árvore”(v.32). Todos sabemos que a mostarda é uma hortaliça que pode crescer até uma altura de três a quatro metros, dependendo de condições ideais do meio ambiente, como é o caso do vale do Jordão. Em síntese, uma árvore chama a atenção porque se torna visível aos olhos humanos. Cada salvo, em Cristo, faz parte da igreja invisível. Porém, é a igreja visível que é observada.

III. AS AVES DO CÉU (MT 13. 32)

O texto sagrado diz: “Mas crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore, de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (v.32).

À luz do contexto das sete parábolas de Mateus 13 sobre a esfera atual do Reino dos Céus, bem como a analogia geral das Escrituras, as “aves do céu” simbolizam Satanás e seus demônios contra a Igreja. Herbert Lockyer, respeitado erudito bíblico, em seu livro sobre Parábolas, declarou: “as aves do céu não representam homens e nações, e sim o mal, isto é, Satanás, o príncipe da potestade do ar”. A lição básica que o Mestre desejava ensinar era sobre o “crescimento da igreja no mundo”.

CONCLUSÃO

A Igreja, muito embora tenha tido um início humilde e até mesmo insignificante em relação as grandes religiões não-cristãs existentes no mundo, cresceu e frutificou abrigando milhões de seres humanos em sua sombra e copa.

Por =  Evangelista Isaías Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 2005

O CRESCIMENTO DOREINO DE DEUS

AS PARÁBOLAS DO GRÃO DE MOSTARDA E DO FERMENTO

TEXTO AUREO = “E tocou o s6timo anjo a sua trombeta, e houve no cu grandes vozes, que diziam: Os remos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15).

VERDADE PRÁTICA = O reino de Deus começou pequeno aos olhos dos homens. Mas, um dia, será tão grande, que encherá a Terra e será o único a abrigar os habitantes do planeta.

LEITURA EM CLASSE = LUCAS 13.18-21

INTRODUÇÃO

Em um dia de sábado, como era de costume, Jesus ensinava “numa sinagoga” (Lc 13.10). Após libertar uma mulher, oprimida por um espírito de enfermidade, seus adversários ficaram envergonhados e o povo regozijou-se. Àqueles ouvintes, o Senhor proferiu duas brevíssimas parábolas: A do grão de mostarda e a do fermento, e ilustrou com elas um fenômeno grandioso: o crescimento do reino de Deus. O texto em análise encontra-se também em Mateus 13.31-33 e Marcos 4.30-32, com algumas variações de estilo e anotações dos evangelistas.

1. O REINO DE DEUS
A expressão “reino de Deus” refere-se ao domínio de Deus, o Criador, sobre a criação e, mui especialmente, sobre os que aceitam sua soberania. Ela faz alusão ao presente e ao futuro (Mt 12.28; 21.43). Existe também a “reino dos céus”, que se encontra em Mateus 5.3 e 5.19.

II. O REINO DE DEUS COMPARADO AO GRÃO DE MOSTARDA

1. O grão de mostarda. Trata-se, segundo o dicionarista Aurélio, “de semente da mostardeira, que é erva da família das crucíferas (sinapis alba), cujas folhas, comestíveis, têm sabor picante, e de cujas sementes se retira um pó amarelo, com que se preparam vários condimentos muito picantes...” Em seu Dicionário da Bíblia, Davis diz que “a mostarda comum na Palestina é a sinapisnigra, ou mostarda negra”.

A árvore chega à altura de um homem a cavalo (Davis). Na verdade, trata-se de uma hortaliça gigante, comparada às outras em uma horta. Com relação ao tamanho do grão, Marcos diz que “...é a mais pequena de todas as sementes que há na terra”(Mc4.3 1).

J. Jeremias (Parábolas de Jesus) diz que o grão de mostarda é do tamanho da cabeça de um alfinete, “a menor grandeza visível a olhos humanos”. Ao obtermos estas informações, entendemos o que Jesus quis dizer, ao comparar o reino de Deus com esta sementinha, a qual, tão pequena, tem a potencialidade de algo muito maior do que é aparente.

2. O crescimento exterior do reino de Deus. Ao comparar o reino de Deus ao grão de mostarda, Jesus quis, certamente, ressaltar o seu aspecto externo, visível. Ele falava a homens que não conheciam as ciências naturais.

Para eles, o crescimento de uma planta era algo misterioso. Marcos registrou esta observação, quando o Senhor disse que “O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.”A Igreja Universal, que congrega os salvos em Cristo, não obstante as perseguições e barreiras que lhe são impostas, cresce, visivelmente, sem se saber como! Há lugares em que desenvolve mais; e em outros,menos, mas, no seu todo, está presente entre tribos, línguas, nações e povos (Ap 7.9)

a) O contraste misterioso. O ministério de Jesus teve um começo insignificante, aos olhos da razão humana. Um jovem desconhecido, nascido de jovem senhora pobre, iniciou sua pregação à beira do mar da Galiléia, e reuniu um pequeno número de homens humildes, com uma mensagem simples (Mt 4.17). A maioria não deu muito valor às suas palavras (Mc 6,4). Acontece que, com o passar do tempo, sem se saber como, o reino de Deus se desenvolveu! Com sua morte, decresceu. Mas, depois da Ressurreição e vinda do Espírito Santo, voltou a crescer e, hoje, “seus ramos” estendem-se por toda a Terra! Para esse crescimento, Deus se vale de contrastes marcantes (1 Co 1.27,28). E maravilhoso para nós, os crentes em Jesus, sabermos que fazemos parte deste reino divino. Diariamente, devemos orar: “Venha a nós o teu reino!”

b) O crescimento da árvore. Desde o Antigo Testamento, a figura da árvore era tomada como símbolo do reino de Deus. Em Ezequiel 17.22,23, temos este entendimento. O Senhor, pelo profeta, comparou seu reino ao cedro excelente, uma árvore de grande porte. Na parábola, Jesus o equivale ao que acontece com um grão de mostarda, de pequenino tamanho.

c) As aves dos céus se aninharam nos ramos da árvore (Lc 13.19). Quem são estas “aves”? Uns dizem que são os filhos do maligno, os quais se infiltram e se abrigam no meio da Igreja, e tomam por base a parábola do Semeador (Mt 13.3,19). Outros, como Champlin (Comentário doNT), aceitam a idéia de que são os gentios, os quais encontram abrigo no reino, no meio da Igreja. Nós aceitamos esta última concepção.

Quanto aos “ramos”, acreditamos tratar-se das diversas denominações que surgiram, a partir do “tronco” da árvore (Igreja Primitiva) e se espalharam pelo mundo. Nenhum ramo é igual a outro, mas todos devem ter a mesma seiva (princípios, doutrinas fundamentais, tradições e costumes que glorifiquem o Senhor da árvore). Há galhos que precisam ser podados e até cortados e lançados no fogo. Entendemos que Jesus, ao usar o verbo no passado (“se aninharam”), teve uma visão profética de como se configurará a árvore.

III. O REINO DE DEUS COMPARADO AO FERMENTO

Jesus comparou, ainda, o reino de Deus”... ao fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até que tudo levedou” (Lc 13.21). Enquanto o crescimento externo pode ser representado pelo que ocorre com o grão de mostarda, o desenvolvimento interno do reino pode ser simbolizado pela ação invisível do fermento lançado sobre a massa.

1. O fermento. Boyer (Peq. Enc. Bíblica) diz que “O fermento dos hebreus constava de uma porção de massa velha em alto grau de fermentação, introduzida na massa fresca”. A fermentação é sinônimo de levedura.

2.0 sentido literal do fermento. Nas Escrituras, o sentido literal do fermento é símbolo do mal, da corrupção(Mt 16.6,7,11,12;Mc8.15; Lc 12.1; 1 Co 5.6-8).

3. O fermento da parábola. Ao contrário do sentido literal, na parábola, o fermento é apresentado, por Jesus, com um sentido benéfico, positivo, desejável. É símbolo da influência do reino de Deus ou da Igreja no mundo, e espalha-se, através da evangelização e do testemunho dos crentes fiéis, até que a mensagem do reino seja difundida por todo o mundo...a toda a criatura” (Mc 16.15). “Até que tudo levedou”. Esta expressão resume a missão da Igreja, tipificada como “uma mulher”que lança o fermento no meio da massa, cobre-a com um pano (a oração), deixa descansar (espera) e vê o resultado: milhares de almas salvas pelo poder do Evangelho de Jesus Cristo. A massa (as multidões) precisa do fermento sadio e poderoso da Igreja. Se ele não for lançado sobre os povos, estes perecerão sob o mofo do pecado, da corrupção espiritual e serão lançados fora, no Inferno.

4. Os meios para a fermentação. São muitos os meios deixados por Jesus, a fim de que, por intermédio deles, a Igreja difunda sua influência salvadora no mundo. Ele disse que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt28.20). Ele estabeleceu a Grande Comissão, ao ordenar a pregação do Evangelho (Mc 16.15), e nos deixou a autoridade do seu nome, com sinais autenticadores do seu poder (Mc 16.17,18). Enviou-nos o Espírito Santo (Jo 14.16,17,26; At 2), e os dons espirituais estão à nossa disposição (1 Co 12.7-11). Nenhuma instituição, no mundo, dispõe de tantos meios e recursos poderosos para ser vitoriosa como a Igreja do Senhor. SÓ falta a união de todos, ou melhor, o fermento na massa e o resultado virá, pois o Senhor é fiel.

Por =  Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1994