28 de abril de 2010

O PODER DA INTERCESSÃO ( 2 )

O PODER DA INTERCESSÃO ( 2 )

TEXTO ÁUREO = “Exorto, pois, antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (l Tm 2.1).

VERDADE PRÁTICA = O crente, em seu ministério sacerdotal, deve interceder Por todos, sem distinção social, racial, política, religiosa ou filosófica.

TEXTO BIBLICO = GÊNESIS 18.17-25,33

INTRODUÇÃO

A vida de Abraão é, indiscutivelmente, um. modelo para o cristão moderno. Sua fé, coragem, amor, desprendimento e comunhão com Deus o coloca como um autêntico protótipo para a nossa vida espiritual. No episódio do capítulo 18, temos uma demonstração dessas qualidades e, ainda mais, uma sensibilidade humana e espiritual para com as pessoas carentes.

1. A INTERCESSÃO PRECEDIDA PELA VISÃO PESSOAL DE DEUS

1. Deus não oculta nada a Abraão (18.17). Depois daquela conversação agradável, o Anjo do Senhor achou por bem revelar sua identidade, porque tinha a Abraão como amigo, e declara: “Ocultarei a Abraão o que faço?” As razões para tal revelação eram fortes, pois havia um piano estabelecido e importante na história para esse homem.

2. Deus revela um segredo a Abraão (Gn 18.19). Além do Senhor ter declarado que não ocultaria nada ao seu amigo Abraão, revelou-lhe algo mais importante que o juízo contra Sodoma e Gomorra. Alguma coisa além da sua justa intervenção sobre aquelas cidades, e que envolvia a posteridade do velho patriarca. Algo que ele não veria com os olhos naturais, pois ultrapassava a fronteira do tempo, e, somente, poderia vislumbrar com os olhos da fé um povo numeroso, descendente de Isaque, a sua semente. E a Bíblia dá testemunho da sua fé (Hb 11.8-12).

Deus ainda revela segredos pessoais aos seus servos, dentro das dimensões da sua imutável Palavra. Ele não se contradiz. Por isso, é preciso ter cuidado com os falsos profetas, os quais extrapolam as Escrituras Sagradas e ensinam doutrinas e conceitos espúrios. Compare Números 12.6; 1 Samuel 315. Salmo25.12.

3. Deus revela à Abraão a destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 18.20-22). Sodoma e Gomorra, além de outras pequenas cidades adjacentes, como Adama, Zeboim e Zoar foram condenadas à destruição, ao juízo divino por causa do pecado dos seus moradores. Eram, de fato, pocilgas de iniqüidade, e deviam ser eliminadas da presença de Deus. O Senhor revelou a Abraão que “o clamor dessas cidades” havia subido diante dele e, por isso, Ele visitaria estes lugares com um terrível juízo de destruição sobre os seus habitantes. Abraão estava em Hebrom, edificada no monte, distante apenas poucos quilômetros destas cidades, as quais se situavam no vale.

II. A RAZÃO DA INTERCESSÃO DE ABRAÃO

1. O clamor de Sodoma e Gomorra (vs.20,21). A palavra “ela-. mor” significa grito de súplica ou protesto, queixa; brado, rogo, voz, O texto bíblico declara: “O clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado tanto”, ou “tem subido à presença de Deus”. Isto deixa transparecer que havia alguns justos que habitavam naquelas cidades. Por isso, o Senhor disse a Abraão: “Descerei e verei de fato o que tem praticado” (v.2l). A expressão tinha por objetivo mostrar à humanidade que aquelas cidades seriam um exemplo da severidade de Deus contra o pecado e os que o praticam.

2. A intercessão de Abraão (vs. 22-33). No início, da visita, três homens estiveram com Abraão. Agora, dois deles foram para Sodoma e Gomorra e o terceiro ficou com Abraão. Este terceiro homem era o próprio Senhor, conforme o texto declara: “Mas Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor”. Que privilégio especial teve Abraão em estar diante do Senhor, dialogando com Ele sobre o futuro daquelas cidades.

3. Abraão questiona com Deus, acerca do juízo sobre Sodoma e Gomorra (vs.24-32), Abraão não duvidava do caráter moral de Deus, ao fazer este questionamento. Ele apenas não compreendia a questão cio juízo divino, envolvendo “o justo com o injusto” (v.23). Destruiria o Senhor o justo como injusto? Não! Havia algo mais sério nesta questão, e Abraão queria entender. Indiscutivelmente, Abraão tinha uma clara concepção sobre o caráter moral de Deus e, por isso, ele interroga: “Não fará justiça o Juiz de toda a terra”? (v.25). No mesmo versículo o próprio Abraão responde: “Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio “.

III. O PODER DA INTERCESSÃO

1. O intercessor tem consciência do seu papel sacerdotal. A Bíblia nos fala do ministério sacerdotal. No Antigo Testamento, a sua função era a de representar o povo diante de Deus, somente os da linhagem de Arão podiam exercê-lo. No Novo, ele tem um caráter individual e geral, cada crente é um sacerdote de Deus, conforme declara Pedro em sua epístola: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real” (1 Pe 2.9). E, ainda: “Também. vós mesmos.., sois edificados. ..para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pe 2.5)

2. O ministério da intercessão no Novo Testamento. No capítulo 17 do evangelho de João, como exemplo, temos a bela oração intercessória de Jesus, em prol dos seus discípulos. A obra da salvação foi completa no Calvário.

Somente Ele pôde começá-la e concluí-la, perfeitamente (Is 53.1-12). Porém, como intercessor, seu ofício continua. Na cruz, como sacerdote do Altíssimo, ofereceu-se a si mesmo, para expiar a nossa culpa com o seu próprio sangue, e entrou no Céu, para interceder por todos.

a) A oração intercessória deve ser espontânea. Ainda que signifique uma batalha espiritual, porque lutamos contra as hostes satânicas, a oração não deve ser forçada, nem mecanizada. Ela deve brotar do coração como uma nascente de água que jorra da terra com toda a força. Não devemos interceder sem fé, sem acreditar no poder desse tipo de oração.

b) a oração intercessória deve ser feita com um coração disposto, sincero e consciente, perante o Senhor. Não se trata, como alguns pensam, de se expressar palavras bonitas e poéticas, sem uma disposição consciente do coração. E o tipo de oração que revela a sensibilidade para com as necessidades das outras pessoas. É um derramar da alma perante o Senhor (SI 42.2-4; 62.8)..

c) a oração intercessória é um ato em que o íntimo se revela, afetuosamente, em favor das pessoas. Esta afetuosidade na oração é o testemunho do Espírito contra o egoísmo.

IV. A SECA E SUAS IMPLICAÇÕES MORAIS, 14.1 - 22

1. A Devastação da Seca (14.1-6)

Uma seca amedrontadora deu ao profeta a oportunidade de ensinar algumas lições morais ao povo. A data da seca não pode ser fixada, mas os horrores dela são descritos em termos gráficos. Toda terra chorava e o clamor de Jerusalém vai subindo (2). Andam de luto até ao chão também pode ser entendido como: “Seus habitantes se lamentam, prostrados no chão!” (NVI). O rico e o pobre, homens e animais, sofrem porque não encontram água; os pequenos (servos) retornam com seus cântaros vazios (3). A terra se fendeu (“rachou”, ASV), pois que não há chuva (4). As cervas (corças) abandonaram suas crias recém-nascidas, porquanto não há erva (5). Os olhos vitrificados e o respirar ofegante dos animais selvagens revelam a terrível situação da terra. Jeremias evidentemente acredita que essa calamidade natural veio sobre o povo como resultado direto do seu pecado.

2. Orações Frenéticas São Maléficas (14.7-9)

Vemos agora um exemplo do que significa orar quando se está em um estado frenético. O povo em grande angústia clama ao Senhor, mas não com arrependimento genuíno. Eles apresentam sua confissão de maneira apressada, em que sobressai a autocomiseração e não um profundo reconhecimento do pecado. Oh! Esperança de Israel, por que serias como um estrangeiro na terra? (8). Por que serias como homem cansado (perplexo, confuso), que não pode livrar? [...] Nós somos chamados pelo teu nome; não nos desampares (9). Por trás dessas palavras há uma tendência de culpar a Deus pelo seu sofrimento. Eles praticamente exigem que Ele os tire do seu dilema. Ao fazê-lo, reduzem Deus a um ser que é tão instável e superficial quanto eles. E evidente que o problema está na sua concepção errada em relação a Deus.

3. O Veredicto de Deus (14.10-12)

Deus parece enxergar através da camada superficial da religiosidade fingida de Israel. Não há nenhuma profunda tristeza pelo pecado. Suas orações não passam de meras palavras. Pois que tanto amaram o afastar-se e não detiveram os pés (10) em ir atrás de deuses falsos. Portanto, diz o Senhor: eu me lembrarei da maldade deles visitarei (castigarei) os seus pecados. Deus diz a Jeremias: “Não ore pelo bem-estar deste povo” (11, NVI). Ele viu que a oração deles era superficial, e que somente estavam tristes por causa do seu sofrimento. Ele seria menos que Deus se concordasse com a oração frenética deles quando, na verdade, ela estava desprovida de fé genuína. Quando jejuarem [...] não me agradarei deles [...j eu os consumirei pela espada (12).

4. A Raiz da Dificuldade (14.13-16)

Jeremias procurou desculpar o povo ao ressaltar que os falsos profetas tinham desencaminhado-o ao profetizarem mentiras e dizerem: Não vereis a espada (13). O Senhor parece concordar em que os profetas estão errados; Nunca os enviei para profetizarem mentiras (14). Uma visão falsa e a adivinhação poderiam ser “uma visão mentirosa, uma superstição vazia” (Moffatt). Mas a conclusão é que o povo (16) estava inclinado a ser enganado, porque as mentiras estimulavam suas paixões pecaminosas. Eles tinham ouvido os verdadeiros profetas pregarem arrependimento, mas tinham fechado os ouvidos para essa verdade. Araiz do problema era que o povo preferiu a mentira em vez da verdade. Portanto, o povo e os profetas devem experimentar o mesmo castigo; eles serão lançassem dos nas ruas de Jerusalém, [...] não haverá quem os enterre (16).

5. Lamentação e Confissão (14. 17-22)

Jeremias aqui deu vazão à sua tristeza a respeito do estado da nação. Mas, de alguma maneira, a angústia do profeta também é uma expressão da profunda tristeza de Deus. Os meus olhos derramem lágrimas de noite e de dia [...] a virgem, filha do meu povo, está ferida [...] de chaga mui dolorosa (17). Ele então descreve os resultados da seca: guerra civil, saques e morte. Se alguém se arrisca ir ao campo acaba vendo os mortos pela espada; no interior da cidade as pessoas estão debilitadas pela fome e doença. A todo instante os falsos profetas e sacerdotes trafegam em “pseudo santidade” pela terra (veja v. 18, NVI).4 Há maldade, frustração e morte por toda parte.

Talvez encorajado pela própria tristeza de Deus a intervir em favor da nação, o profeta irrompe em novas lamentações. Ele pergunta se a misericórdia e a cura ainda podem ser obtidas: De todo rejeitaste tu a Judá? (19). Com um clamor amargo ele confessa a maldade dos pais (20), e então lembra a Deus do risco do seu próprio nome e lhe roga a lembrar-se do seu concerto com a nação. Jeremias alegremente reconhece que o Senhor é o único Deus: Haverá, porventura, entre as vaidades dos gentios, alguma que faça chover? (22). O profeta está convencido de que há esperança somente no Deus vivo. Ele declara sua intenção de esperar no Senhor até que sua petição seja atendida.

6. O Veredicto Reiterado (15.1-4)

Apesar da forte confissão de fé que Jeremias faz, Deus rejeita sua intercessão “com uma determinação que não permite qualquer repetição”. O povo é rejeitado de uma vez por todas: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face (1). O povo não havia se arrependido como ocorreu com Israel nos dias de Moisés e Samuel; conseqüentemente, não havia esperança. Quando disserem: Para onde iremos? (2), o profeta é instruído a responder: Os que são para a morte, para a morte, etc. Eles sofrerão quatro tipos de castigos. Também serão usados quatro instrumentos na sua destruição: a espada, para matar [...] cães, para os arrastarem [...] aves [...] e os animais [...] para os devorarem e destruírem (3). Além disso, Judá será entregue ao desterro (“lançada para cá e para lá”, ASV). Ela se tornará “terror para todas as nações da terra” (NVI, v. 4). O motivo de tudo isso é que a nação nunca se recuperou do reinado perverso de Manassés (2 Rs 21.1-26; 24.3-4). A idolatria que ele introduziu continuava sendo praticada pelo povo nos dias de Jeremias (cf. 44.1-30).

V. O PODER DA INTERCESSÃO

Texto: Jó 42:10: “E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos, e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro e a tudo quanto dantes possuía”.

1. A Intercessão favorece o intercessor

Alvo: Levar os crentes a reconhecerem o valor da intercessão e a tirarem o proveito pessoal do seu resultado. Deus quer intercessores que estejam na Sua presença clamando e orando em favor dos outros. Deus executa os Seus planos usando homens e mulheres disponíveis. O Senhor chamou Moisés e este respondeu: “Eis-me aqui!” (Êx. 3:4). Deus chamou Samuel e ele respondeu: “Fala Senhor que o teu servo ouve!” (I Sam. 3:10). Deus quer estabelecer diálogo com os intercessores, mas estes têm que estar disponíveis e sensíveis para poderem ouvir a voz do Senhor.

A intercessão é a irmã gémea da oração. É como uma moeda; só está completa com as duas faces. Todo o cristão tem de ser um TODO. Ele deve orar e interceder. Ele deve pedir por si e também pelos outros.

2. A IMPORTÂNCIA DE UM INTERCESSOR

a) Deus procura pessoas de ambos os sexos, de todas as idades e de todas as camadas sociais que estejam disponíveis para interceder – Is. 59:16.

b) Ao contrário do que a maioria dos cristãos pensam, Deus tem os intercessores em grande consideração – Jó 2:3, e conta com eles – Ez. 22:30.

c) Jesus deu o exemplo maior da importância do intercessor – Jo. 17:20; Heb. 9:24.

3. O INTERCESSOR PRIVA-SE EM FAVOR DOS OUTROS

a) Moisés privou-se da comunhão da sua família para estar 40 dias na presença de Deus, em jejum, no monte Sinai – Êx. 24:16-18.

b) Jesus privou-se do seu emprego para estar 40 dias no deserto intercedendo pelos da sua nação, sabendo que para isso foi enviado (Jo. 3:17)

c) Jesus privou-se da companhia dos seus discípulos para orar à parte, porque o peso da sua intercessão o angustiava e o entristecia até à morte (Mar. 14:32-35).

4. O INTERCESSOR É RECOMPENSADO POR DEUS

a) Quando nos preocupamos e oramos pelos nossos amigos o Senhor recompensa-nos abundantemente, concedendo-nos até aquilo que não pedimos (Jó 42:10);

b) Mesmo em situações de profunda crise a intercessão em favor dos outros traz grandíssima recompensa (Ester 4:14-17; 8:15-17).

c) Daniel, orava três vezes ao dia. Era em deportado; estava longe dos seus em terra estranha; mas intercedia pela sua família e pelos seus concidadãos todos os dias. A recompensa veio de várias maneiras: Foi salvo da boca dos leões; tornou-se num príncipe e o chefe dos sábios; foi exaltado perante o rei e, por fim, foi agraciado com a presença de um anjo, fazendo dele um profeta escatológico (Dan. 10:2,3 e 11,12).

VI. PORQUE ORAR?

1 – O MINISTÉRIO DA ORAÇÃO

Efésios 6:18 "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos".

2 – DEFINIÇÕES DE ORAÇÃO

1 – Oração é o primeiro passo para se conhecer a Cristo.
2 – Oração é o reconhecimento da presença de Deus.
3 – Oração é o meio pelo qual o homem entra em intimidade com Deus.
4 – Oração é a garantia da realização das promessas de Deus.
5 – Oração é a alma sobre seus joelhos.
6 – Oração é o caminho para a paz e a tranqüilidade.
7 – Oração é o meio pelo qual o homem pode tocar a Deus.
8 – Oração é o caminho para entender o plano de Deus.
9 – Oração é parceria com Deus.
10 – Oração é dom de Deus que proporciona poder.
11 – Oração é abertura para que Deus se aproxime de nossas necessidades.
12 – Oração é a chave dos milagres.
13 – Oração é o fôlego da vida espiritual.
14 – Oração é entrada no impossível


3 – PRINCÍPIOS DA VIDA DE ORAÇÃO

1 – Temos que reconhecer a necessidade da vida de oração. (1Sm. 12:23; Lc. 5:16)
2 – Temos que reconhecer o inquestionável fato: Deus ouve a oração e responde segundo a Sua vontade, no Seu tempo e do Seu modo. (2Co. 12:7-10; Sl. 99:6-8; 1Jo. 5:14)
3 – Orar com entendimento. (1Co. 14:15)
4 – Temos que aprender como usar a oração eficazmente. (Gn. 20:17; 1Sm. 1:26-28)
5 – Temos que reconhecer os verdadeiros propósitos da oração:
a) Glorificar a Deus. (Jô. 14:13)
b) Levar-nos a uma mais estreita comunhão com Deus. (Jo. 15:7,8)
c) Fazer-nos interessados nos problemas dos outros. (1Tm. 2:1-8)

4 – O PODER DA ORAÇÃO

1 – O poder da oração é o próprio poder de Deus provocado pela oração. (Jô. 15: 16)
2 – O poder da oração é invencível no tempo e no espaço. (Tg. 5: 13-18)
3 – O poder da oração é ainda desconhecido em toda a sua expressão pela igreja hoje.
4 – O poder da oração pode ser manifesto de muitas maneiras. Eis algumas:
a) Para apresentar a Palavra de Deus. (Tg. 1:5)
b) Para avivamentos (Lc. 11:13)
c) Para mover a mão de Deus. (Mt. 7: 7,8)
d) Para solucionar grandes problemas. (Mt. 6: 25-34)
e) Para levar salvação a outros (Ef. 6: 18-20)
f) Para contar com o Espírito Santo em todos os nossos esforços. (At. 4:31)


5 – CUIDADOS A OBSERVAR

1 – Cuidado com os sentimentos. O bom ou mau humor não deve nos impedir de orar. (Pv. 12:25)
2 – Cuidado com a “maquina”. As muitas atividades, as muitas organizações, os muitos compromissos podem prejudicar o maior de todos os compromissos que é o nosso encontro diário com Deus. (Ec. 3: 1-10)
3 – Cuidado com o legalismo e as formas. Não queira impor sobre o outro aquilo que é o melhor para você. (Efésios 4: 1-6)
4 – Cuidado com as distrações. (Lc. 9:62)
5 – Cuidado com a TV. (Mt. 6: 22,23)

VII. ELEMENTOS DA ORAÇÃO

1 – AÇÃO DE GRAÇAS, ADORAÇÃO E LOUVOR

Toda oração deve ter início com ação de graças e louvor (Sl. 8, 1Ts. 5:18, Sl. 86:12)
Para que possamos oferecer a verdadeira adoração precisamos de três coisas:

a) Reconhecimento é a verificação da bênção.
b) Gratidão é o sentimento produzido pelo reconhecimento e apreciação.
A gratidão revela sensibilidade e nobreza de sentimentos (1Ts. 5:12,13)
A gratidão torna a dádiva maior ou mais significativa (2Co. 9:10-15)

c) Louvor é o culto produzido pelo reconhecimento.

Louvor é mais do que reconhecimento e gratidão é o culto de adoração produzido pela admiração da criatura pelo criador. É o ser amado de joelhos e de mãos levantadas dizendo: “Quão grande és tu, Senhor!” (Sl. 9:1)
Louvor é reconhecer a Deus pelo que Ele é. (Sl. 136)
Louvor deve ser a expressão do nosso amor para com Deus. (Sl. 116:1,2)
Quando louvamos, ministramos (servimos) ao Senhor (1Pd. 2:5,9; Ap. 1:5,6)
O louvor induz à generosidade. (At. 2:44-47)

Uma atitude constante de louvor mantém o homem em constante reconhecimento pelo que Deus faz por nós. (Sl. 34:1)
O louvor é uma excelente arma espiritual. (Sl. 34:3,4)
Louvor e adoração são dádivas que os homens podem oferecer a Deus. (Sl. 101:1-4)

2 – CONFISSÃO DE PECADOS E PEDIDO DE PERDÃO. (2Cr. 7:14)

1) Confissão para perdão e salvação. (1Jo. 1:90)
2) Confissão e batismo. (Mt. 3:6)
3) Confissão e ingresso na comunidade dos salvos. (At. 19:18)
4) Confissão para perdão. (Sl. 130:2-4; Sl. 32:5; Ed. 10:11)
5) Confissão e adoração. (Ne. 9:3)
6) Confissão e oração para cura. (Tg. 5:16)
7) Suplica para perdão. (Mt. 6:12)

3 – ASPECTOS DA SÚPLICA

1) Pedir grandes coisas a Deus é uma forma de louvá-lo. (Jr. 33:3)
2) A súplicas pode e deve ser simples e objetiva. (Mt. 6:5-12)
3) Devemos ser perseverantes na súplica. (Mt. 7:7,8; Lc. 11:5-10 e 18:1-8)
4) A súplica tem que ser honesta e sincera. (Fl. 4,6)
5) A súplica pode assumir aspectos de urgência, de aflição ou de agonia. (Hb. 5:7)

4 – ASPECTOS DA INTERCESSÃO

1) Interceder é orar suplicar bênçãos em favor de outros. (Tg. 5:15,16)
2) Intercessão é o amor de joelhos. (Lc. 23:34; Ex. 32:31-33)
3) Intercessão pode preparar vidas para a salvação através da ação do Espírito Santo. (Ef. 3:14-21)
4) Intercessão deve ser uma constante preocupação do ganhador de almas. (Ef. 6:18,19)
5) Intercessão deve ser entendida como uma operação em conjunto com Deus. (Rm. 15:30; Cl. 4:2,3)

5 – DIÁLOGO COM DEUS

Quando é que nossas orações assumem o tom de conversa com Deus. (At. 22: 17-21)
Quando nos tornamos como crianças. (Mt. 18:3 e 21:16)
Quando aprendemos a levar a Deus em oração todos os nossos segredos. (Fl.4:6)
Quando usamos uma linguagem clara, objetiva, sem rodeios e sem reservas. (1Sm. 1:10,11 e 26-28)

VIII. A ORAÇÃO E INTERCESSÃO DO SENHOR

Não é difícil imaginar o tremendo efeito que a vida de Jesus deve ter tido sobre seus discípulos, de todos os modos, enquanto estava tão intimamente associados com ele durante os três anos e meio de seu ministério. Como a escritura nos revela, a regularidade da oração em sua vida, a proximidade que ele sentia com o Pai, e a natureza sincera de suas orações como é vista naquelas poucas que são registradas, ele se torna nosso exemplo na oração como em outras características de uma vida espiritual. Há tanto que precisamos aprender com Jesus sobre este poder maravilhoso que está tão prontamente acessível a nós em nossas vidas.

João 17 é a oração de Jesus mais longa que foi registrada. O que podemos aprender com o conteúdo desta oração de nosso Senhor? A oração é dividida em três partes. Primeira, Jesus ora em vista de sua própria relação com o Pai, segundo, ele ora em favor de seus apóstolos; e terceira, ele ora por todos os crentes.

Certamente as preocupações de Jesus deveriam ser desejo de glorificar a Deus. Sabemos como ele glorificava a Deus e como nós, por nossa vez, podemos glorificá-lo. Ele já tinha glorificado a Deus cumprindo a obra que era para ele fazer. Tinha chegado a hora dele morrer na cruz pelos pecados da humanidade. Ele seria reerguido dentre os mortos, derrotando assim aquele que tinha o poder da morte, o diabo; e depois de aparecer para confirmar sua ressurreição, ele subiria ao trono de Deus para receber seu reino e reinar até que o último inimigo, a morte, fosse vencido pela ressurreição final da humanidade.

Ele orou a Deus para que o glorificasse, para que, por sua vez, ele glorificasse a Deus. Nós também temos que glorificar a Deus (1 Coríntios 6:20) e fazemos isso adequadamente, cumprindo a obra que ele nos deu para fazer. As Escrituras nos preparam completamente para toda a boa obra e o glorificamos sendo cumpridores dessa palavra, e não apenas ouvintes.

Sua oração por seus apóstolos foi em vista de ele não mais estar no mundo, mas ir para o Pai. Ele tinha feito, antes, muitas coisas pela proteção deles. Ele tinha manifestado o "nome" de Deus a eles, e isto inclui manifestar "tudo o que um nome implica, de autoridade, caráter, posição, majestade, poder, excelência, etc."
(W. E. Vine, An Expository Dictionary of New Testament Words, p. 100). Ele também lhes deu as palavras que Deus lhe deu, glorificando Deus ao transmitir-lhes que o Pai era a fonte de seu ensinamento.

Ele os tinha conservado no nome de Deus, e agora orava para que o Pai continuasse a guardá-los na verdade, afirmando: "Tua palavra é a verdade." Devemos fazer nossa parte para realizar as coisas pelas quais oramos. Entretanto, depois que fizermos tudo dentro de nosso poder pelo bem daqueles que amamos, devemos orar, sabendo que o poder de Deus é grande, muito além de nossa capacidade de agir. Nós, como Jesus, devemos confiar no poder da palavra de Deus para dar conhecimento benefício e para nos santificar ou apartar-nos para uma santa maneira de viver, ajudando-nos, e aqueles que amamos, a abster-nos do mal do mundo.

Devemos, também, confiar no poder de Deus para responder as nossas orações e para fazer aquilo que não podemos realizar. A oração de Jesus por todos os discípulos foi para que todos eles fossem um só. Ele orou pela mais íntima unidade: "como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti". Verdadeiramente, ele e o Pai são um só. O Pai está no Filho e o Filho deve estar em nós. Quando aperfeiçoamos Cristo em nós, podemos ser aperfeiçoados na unidade. Devemos desejar esta unidade e sermos diligentes para mantê-la, porque é a oração sincera e expressa de nosso Senhor. Também, percebendo que outros, vendo tal unidade, podem ser levados a crer, devemos ser motivados pelo amor a eles para trabalhar por tal unidade. Deus irradia a glória de seu caráter maravilhoso, uma parte do qual é seu grande amor por Cristo e por nós. Cristo irradia esta glória e, quando contemplamos sua glória, ela pode motivar-nos a aperfeiçoar Cristo em nós. Assim como seu glorioso amor é aperfeiçoado em nós, ele nos levará a sermos um só com todos os gloriosos benefícios de tal unidade.

CONCLUSÃO

No episódio da intercessão de Abraão, por aquelas cidades, a resposta foi negativa. Nem sempre Deus responde as nossas orações, conforme desejamos e esperamos, porque a justiça divina não se baseia em meros sentimentos humanos.

Além das grandes vantagens que a intercessão traz à igreja, à família, ao país, e aos crentes em particular, o intercessor é contemplado com a graça e a misericórdia de Deus de forma abundante, traduzida em bênçãos materiais, tal como aconteceu com os servos de Deus no passado.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1995

Comentário Bíblico Beacon

www.estudosdabiblia.net

www.atosdois.com.br

www.ieqrp.com

26 de abril de 2010

O PODER DA INTERCESSÃO ( 01 )

O PODER DA INTERCESSÃO ( 01 )

TEXTO ÁUREO = “Perseverai na oração, velando nela com ações de graças” (Cl 4.2).

VERDADE PRÁTICA = O crente, ao orar a Deus com perseverança, precisa ter fé no poder divino, ao mesmo tempo se submeter à soberania do Senhor.

LEITURA BIBLICA = TIAGO 1.5-8; 5.14,15

INTRODUÇÃO

Orar é falar com Deus, louvando, agradecendo, pedindo, suplicando, com a alma voltada para o Onipotente. A oração, assim, é um meio maravilhoso de chegarmos à presença do Senhor, de adentrarmos ao trono da graça, “com confiança, a fim de sermos atendidos em tempo oportuno”. A perseverança na oração é indispensável para demonstrarmos nossa confiança e dependência de Deus.

1. DOIS TIPOS DE ORAÇÃO

1. Oração convencional. É a oração feita pelo crente, na qual ele expressa seus sentimentos diante de Deus, sem um propósito de obter algo que dependa do exercício imediato da fé, como, por exemplo, a cura de um enfermo, a operação de maravilhas, sinais e prodígios, a expulsão de demônios, etc. E a oração que fazemos ao deitar, ao levantar, agradecendo pelo pão de cada dia, pela família, pela igreja, pelo emprego, etc. Se não tivermos cuidado, essa oração pode tomar-se rotineira, repetitiva, sem graça.

2. Oração da fé. É a oração pela qual se busca a obtenção imediata ou mediata de uma bênção para si ou para outrem. Normalmente, quando se fala em “oração da fé”, tem-se em mente a necessidade de um milagre de cura, libertação, vitória sobre problemas que desafiam a fé. Tiago orienta que, se alguém estiver doente, os presbíteros da igreja devem ser chamados, a fim de orarem pelo enfermo, ungindo-o, em nome do Senhor, “e a oração da fé salvará o doente...” (vv.14,l5a).

II. CARACTERÍSTICAS DA ORAÇÃO PERSEVERANTE

Perseverar quer dizer “conservar- se firme e constante; persistir, prosseguir, continuar”(Dicionário Aurélio). A oração perseverante tem esses significados.

1. E feita com fé (vv.5,6a). Tiago, exorta que, se alguém tem falta de sabedoria, deve pedi-la a Deus; pedindo, “porém, com fé, não duvidando”. Quem duvida é comparado pelo apóstolo como a “onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte” (v.6b). A dúvida é a inimiga número um da fé.

A fé é a confiança inabalável em Deus, sendo “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11.1). Só persevera na oração quem tem fé. Quem não ora com fé é candidato a não receber nada da parte de Deus (v.7).

2. E paciente. A impaciência é o maior inimigo da oração perseverante. Nos dias apressados em que vivemos, são poucos os que se dedicam à oração perseverante. Hoje, em geral, as coisas têm a marca da pressa. A comida, por exemplo, é “fast food” (alimentação rápida, em inglês). A maioria dos crentes gosta mais da oração rápida, “instantânea”. A oração perseverante desafia a paciência do orante. Exige tempo, cuidado, interesse em estar na presença de Deus. A Bíblia diz: “Não te apresses em sair da presença dele...” (Ec 8.3a). Jesus ensinou a parábola do juiz iníquo (Lc 18.1-8), na qual ressalta o valor da persistência na oração (v.7). Em Mt 7.7, lemos “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á”.

3. Leva em conta a vontade de Deus. Na oração perseverante, o crente espera confiando na Vontade de Deus para o que Lhe pede. Na oração-modelo, Jesus ensinou: “Venha o teu Reino Seja feita a tua vontade, tanto terrão como no céu (Mt 6.10). Ele orou, no Getsêmane, três vezes, submisso à vontade do Pai: “...não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mt 26.39); “Meu pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade” (Mt 26.42); na terceira vez, disse “as mesmas palavras” (Mt 26.44). O chamado Movimento da Fé ensina que nunca se deve dizer “se for da tua vontade...”. Isso é falsa doutrina. Submeter-se à vontade de Deus é sinal de humildade ante a soberania do Senhor. Há quem pregue que só se deve orar uma vez por um problema, dizendo que repetir a oração é falta de fé. Não entendemos assim, pois a Bíblia manda orar sem cessar (1 Ts 5.17); perseverar na oração (Cl 4.2). Homens e mulheres de oração passam, em média, pelo menos, uma hora de oração por dia.

III. ORAÇÃO PERSEVERANTE OU CONFISSÃO POSITIVA?

1. A confissão positiva. Segundo Hank Hanegraaf no livro Cristianismo em Crise, (CPAD), confissão positiva é um dos elementos básicos do Movimento da Fé. Um dos seus arautos modernos diz que recebeu diretamente de Jesus a “Fórmula da Fé”, que se constitui de quatro pontos:

1) Diga a coisa;

2) Faça a coisa;

3) Receba a coisa e

4) Conte a coisa. A confissão positiva é o primeiro ponto.

a) Tudo depende do indivíduo. Segundo essa doutrina, “positiva ou negativamente, tudo depende do indivíduo. De acordo com o que o indivíduo disser é que ele receberá”. Note-se, aí, que tudo depende do indivíduo. A vontade de Deus fica deixada de lado.

Para os que seguem essa doutrina, não se deve orar, dizendo “seja feita a tua vontade...”. Basta “decretar” que algo aconteça e deve acontecer! Tais ensinos têm levado muitos ao desespero. Certos crentes têm dito a enfermos que “decretem” sua cura e, depois, os doentes morrem; outros, “determinam” que devem ficar ricos, e isso não acontece. Cremos que Deus é Deus de bênçãos, mas Sua vontade é soberana, e Ele não pode ficar dependente da palavra positiva ou negativa de ninguém.

b) Não sabemos orar. A confissão positiva cai por terra, diante da afirmação da Bíblia em Rm 8.26, que diz: “porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”. Ora, se não sabemos sequer pedir como convém, quanto mais “decretar” alguma coisa de que precisamos.

c) Confissão negativa. O fato de não aceitarmos a confissão positiva, na maneira em que ela é formulada, não deve nos levar ao caminho da confissão negativa, pessimista, em que o crente, lamuriando, diz: “Não posso, estou fraco, não sou ninguém”. A Bíblia nos ensina: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Note-se que tudo podemos “naquele” que nos fortalece e não em nossas declarações.

2. A oração perseverante. Na oração perseverante, o crente coloca-se na dependência da vontade de Deus, com paciência.

a) Não é obstinação. De acordo com a Bíblia, nenhum homem deve achar-se no direito de receber a resposta de Deus aos seus pedidos ou “decretos”. Moisés, o grande líder do êxodo, rogou a Deus que o deixasse entrar na terra prometida, mas o Senhor lhe disse: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26). E ele não insistiu mais. Paulo orou a Deus três vezes sobre o “espinho na carne” e o Senhor lhe respondeu: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.8,9).

b) Nada tem a ver com pensamento positivo. A oração perseverante fundamenta-se na fé em Deus e na Sua vontade soberana. João, em sua primeira epístola, diz: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1 Jo 5.14). O apóstolo do amor doutrina sobre a eficácia da oração, enfatizando que Deus nos ouve “em tudo o que pedimos”, de modo que alcançamos as petições “que lhe fizemos” (1 J0 5.14,15). Se isolarmos o último versículo, cairemos na confissão positiva. Mas, ligando-o com o anterior, veremos que a expressão-chave é “segundo a sua vontade”. O pensamento positivo coloca a fé na fé; a fé nas palavras. Estas passam a ter um valor absoluto, independente da vontade de Deus. Oração perseverante baseia-se na fé, na paciência e na vontade de Deus.

c) É oração contínua. Um exemplo claro, na Bíblia, de oração perseverante, é a que a igreja fez por Pedro, quando ele fora preso por Herodes (At 12.5). Os irmãos oraram de modo contínuo, dia após dia. Ao ser liberto pelo anjo de Deus, Pedro dirigiu-se à casa de Maria, ainda de madrugada, onde “muitos estavam reunidos e oravam” (At 12.12). Se fossem adeptos desses ensinos modernistas, só teriam orado uma vez e ido dormir

IV. Deus responde s orações de Jeremias – 14: 1 - 18

A fome e a espada são inevitáveis (14.1-18). Jeremias lamentou que uma seca severa tivesse recaído sobre a terra, confessou tupecado da nação e pediu ao Senhor que restaurasse seu favor.

Respondendo, o Senhor apontou para a perversidade da nação, instruiu Jeremias a deixar de interceder pelo povo e anunciou que não aceitaria os sacrifícios hipócritas das pessoas. Jeremias criticou o fato de a nação depender de falsos profetas e de suas promessas de paz. Esses mentirosos seriam destruidos com o restante da nação.

A intercessão profética é inútil (14.19— 25.9). Mais uma vez, Jeremias intercedeu pela nação, lamentando suas condições, confessando seu pecado e pedindo a intervenção do Senhor. Ele reconhecia que o Senhor não podia ser comparado aos deuses-ídolos e que só ele era a fonte das bênçãos danação. O Senhor declarou que nem Moisés nem Samuel seriam capazes de interceder de maneira eficiente por um povo tão perverso. Os pecados do rei Manassés o haviam levado à ira (cf. 2Rs 21.1-18), e o povo não haviamudado o comportamento. Deus decretou que a morte, a fome e o exílio iriam espalhar-se pela terra.

O Senhor defende seu profeta (15.10-21). Jeremias lamentou mais uma vez a oposição que enfrentava (cf. 12.1-4). Ainda que fosse isento de maldades e tivesse declarado apalavra do Senhor com fidelidade, ele sofreu represálias. Ele questionou a fidedignidade de Deus e pediu ao Senhor que acolhesse sua causa. O Senhor lhe garantiu proteção e defesa divinas diante de seus inimigos. Entretanto, o profeta teve de confessar a sua própria falta de fé e de perseverança em sua missão.

V. O Ministério da Intercessão

"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei." - Ezequiel 22:30

"Antes de tudo, pois exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens..." - I Tm 2:1

Há três ministérios para os quais fomos chamados: Adoração, Intercessão e Testemunho. A maioria de nós tem praticado o primeiro e o último. Há falta, contudo, de genuína intercessão.

Interceder significa literalmente "interpor-se", "colocar-se entre". É se colocar entre Satanás e a sua força de destruição e aquele a quem ele quer destruir, e livrar o oprimido. É colocar-se entre Deus e alguém que carece do favor divino, e clamar por libertação. É se por na brecha do muro em prol daqueles pelos quais Cristo derramou o seu preciosíssimo sangue, e clamar para que a graça de Deus os alcance... Interceder é gastar horas a sós na presença de Deus em fervente oração, em prol de alguém ou de alguma causa. Intercessão é o parto de alma espiritual que traz à luz filhos espirituais.

Há na Bíblia registros de intercessões maravilhosas, como por exemplo a de Abrão quando o Senhor estava para destruir as cidades de Sodoma e Gomorra (Gênesis 18: 22-33); Moisés clamou e Deus mudou os seus desígnios para com o povo, retirando o mal que dissera havia de fazer (Êxodo 32:11-14); no dia seguinte, novamente Moisés intercedeu com profundidade de alma:

"Agora, pois perdoa-lhes o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste." (Êxodo 32: 30-25). O salmo 106:23 testifica sobre o resultado destas intercessões de Moisés dizendo: "Tê-los-ia exterminado, como dissera, se Moisés, seu escolhido, não se houvesse interposto, impedindo que sua cólera os destruísse."

O maior exemplo contudo é o do Senhor Jesus que "pelos transgressores intercedeu" (Is 53:12 - Mc 15:28 - Lc 22:37). Intercedeu por Pedro (Lc 22:31,32). Pelos seus escolhidos, na oração sacerdotal (João 17). Jesus gastou apenas três anos e meio no exercício do seu ministério público entre os homens, e já há quase dois mil anos "está à direita de Deus" a interceder por nós (Rm 8:34) e "pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles." (Hb 7:25). Antes do Pentecostes, houve incessante oração no Cenáculo. A oração no Monte precedeu aos Dez Mandamentos. A intercessão de Estevão resultou na conversão de Saulo de Tarso, que veio a ser o grande Apóstolo Paulo (Atos 6:57-60). A intercessão precede a salvação. É Getsêmani antes do Calvário! Antes da sua morte na cruz, o Senhor Jesus agonizou em intercessão por nós no jardim do Getsêmani, e fomos salvos.

Em Isaías 59:16 já estava previsto que o Senhor não acharia quem o ajudasse a interceder, assim, Jesus lutou sozinho em parto de alma para gerar filhos espirituais. É o que está escrito em Isaías 66:8 "pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos". Ana agonizou em oração pedindo um filho, e, mesmo sendo ela uma mulher estéril, o milagre ocorreu, e o filho lhe foi dado por Deus (I Sm 1:9-18).

David Brainerd, jovem missionário enviado para pregar no terrível oeste americano, para os sanguinários índios peles-vermelha, morreu com apenas trinta e três anos de idade, tuberculoso, dentro de uma cisterna onde procurava se esconder da friagem, clamando: "Dá-me almas, senão eu morro". Após a sua morte ocorreu um fenômeno: - milhares de índios se converteram por toda parte!

Suzana Wesley, mesmo sendo mãe de dezenove filhos, orava cerca de uma hora por dia. Dois dos seus filhos juntos ganharam milhares de almas para Cristo. São eles João Wesley, o Pregador, e Carlos Wesley, o Poeta e Compositor, autor de mais de 1500 hinos!

João Oxtoby, orava com tal fervor que passou a ser conhecido como "Joãozinho da oração". O concílio da Igreja Metodista estava para tomar a decisão de fechar o campo missionário de Filey, uma vez que vários pregadores já haviam sido enviados e não estavam alcançando resultados. Joãozinho comovido pediu mais uma chance para aquele povo. O concílio decidiu atender. Como não havia nenhum obreiro disposto a ir, Joãozinho se apresentou e foi! Nas primeiras pregações nada ocorreu... Joãozinho então se embrenhou na mata e, em agonia de alma, orava, mais ou menos assim: "Não podes fazer de mim um palhaço! Eu disse aos crentes lá em Bridlington que tu vivificarias a tua obra, e agora é preciso que assim o faças. De outro modo nunca mais terei coragem de lhes mostrar o rosto... então o que dirá o povo sobre a oração e a fé..." Depois clamou: "Filey está conquistada! Filey está conquistada! E saiu cantando e clamando pelas ruas:

"Voltai-vos para o Senhor e buscai a salvação". Milhares se converteram. - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.

John Hyde, conhecido como "O Homem que Orava", foi missionário na Índia. Inicialmente nas suas intercessões pedia a Deus que lhe desse a conversão de uma alma por dia. Deus ouviu e atendeu a sua oração. Passou, então, a solicitar duas almas por dia. Deus lhas deu. Aumentou o número para quatro! Milhares se converteram na Índia. Na sua biografia "O Homem Que Orava", é registrado que John Hyde orava com tamanha intensidade de alma, que uma certa feita, um seu companheiro de oração não suportou permanecer ao seu lado, porque um calor muito forte encheu todo o aposento...

No texto de Ezequiel 22:30 o Senhor diz que não achou intercessores, que se pusessem na brecha do muro e clamassem pelo povo. Esta falta ainda continua sendo sentida em muitas igrejas. Quando há intercessões, almas se convertem.

Há registros históricos de que "diversos membros da congregação de Jônatas Edwards haviam passado a noite inteira em oração, antes dele haver pregado o seu memorável sermão: "Os pecadores nas Mãos de Um Deus Irado". O Espírito Santo se derramou em catadupas tão poderosas, e Deus se manifestou de tal maneira, em santidade e majestade, durante a pregação daquele sermão, que os anciãos lançaram os braços em redor das colunas do templo clamando: "Senhor, salva-nos, que estamos caindo no inferno!" - transcrito do Livro: Paixão Pelas Almas, de Oswald J. Smith.

A base para o crescimento da igreja está na oração de intercessão. Aprouve a Deus estabelecer assim. Se queremos contemplar conversões precisamos semear na comunidade profundo amor e paixão pelas almas perdidas, e insistir neste mister até que, voluntariamente, comecemos a ver nas reuniões de oração da igreja lágrimas sendo vertidas em prol dos pecadores perdidos.

Não há fórmulas, métodos, ou estratégias mais eficazes para a conversão de pecadores, do que a fervorosa intercessão.

A igreja precisa entrar em parto de alma para gerar os seus filhos espirituais

VI. A INTERCESSÃO

Dn 9.3 "E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza."

Pode-se definir a intercessão como a oração contrita e reverente, com fé e perseverança, mediante a qual o crente suplica a Deus em favor de outra pessoa ou pessoas que extremamente necessitem da intervenção divina. A oração de Daniel no cap. 9 é uma oração intercessória, pois ele ora contritamente em favor da restauração de Jerusalém e de todo o povo de Israel. A Bíblia nos fala da intercessão de Cristo e do Espírito Santo, e de numerosos santos, homens e mulheres do antigo e do novo concerto.

VII. A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO

(1) Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

(2) Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 nota); João refere-se a Jesus como "um Advogado para com o Pai" (ver 1Jo 2.1 nota). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de Deus e voltaríamos à escravidão do pecado.

(3) O Espírito Santo também está empenhado na intercessão. Paulo declara: "não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26 nota). O Espírito Santo, através do espírito do crente, intercede "segundo Deus" (Rm 8.27). Portanto, Cristo intercede pelo crente, no céu, e o Espírito intercede dentro do crente, na terra.

VIII. A INTERCESSÃO DO CRENTE

A Bíblia refere-se constantemente às orações intercessórias do crente e registra numerosos exemplos de orações notáveis e poderosas.

(1) No AT, os líderes do povo de Deus, tais como os reis (1Cr 21.17; 2Cr 6.14-42), profetas (1Rs 18.41-45; Dn 9) e sacerdotes (Ed 9.5-15; Jl 1.13; 2.17,18), deviam ser exemplos na oração intercessória em prol da nação. Exemplos marcantes de intercessão no AT, são as orações de Abraão em favor de Ismael (Gn 17.18) e de Sodoma e Gomorra (Gn 18.23-32), as orações de Davi em favor de seus filhos (2Sm 12.16; 1Cr 29.19), e as de Jó em favor de seus filhos (Jó 1.5). Na vida de Moisés, temos o exemplo supremo no AT, quanto ao poder da oração intercessória. Em várias ocasiões ele orou intensamente para Deus alterar a sua vontade, mesmo depois de o Senhor declarar-lhe aquilo que Ele já resolvera executar.

Por exemplo, quando os israelitas se rebelaram e se recusaram a entrar em Canaã, Deus falou a Moisés que iria destruí-los e fazer de Moisés uma nação maior (Nm 14.1-12). Moisés, então, levou o assunto ao Senhor em oração e implorou em favor dos israelitas (Nm 14.13-19); no fim da sua oração, Deus lhe disse: "Conforme à tua palavra, lhe perdoei" (Nm 14.20; ver também Êx 32.11-14; Nm 11.2; 12.13; 21.7; 27.5; ver o estudo A ORAÇÃO EFICAZ). Outros poderosos intercessores do AT são Elias (1Rs 18.21-26; Tg 5.16-18), Daniel (9.2-23) e Neemias (Ne 1.3-11).

(2) O NT apresenta mais exemplos, ainda, de orações intercessórias. Os evangelhos registram como os pais e outras pessoas intercediam com Jesus em favor dos seus entes queridos.

Os pais rogavam a Jesus para que curasse seus filhos doentes (Mc 5.22-43; Jo 4.47-53); um grupo de mães pediu que Jesus abençoasse seus filhos (Mc 10.13). Certo homem de posição implorou, pedindo a cura de seu servo (Mt 8.6-13), e a mãe de Tiago e João intercedeu diante de Jesus em favor deles (Mt 20.20,21).

(3) A igreja do NT intercedia constantemente pelos fiéis.
Por exemplo, a igreja de Jerusalém reuniu-se a fim de orar pela libertação de Pedro da prisão (At 12.5, 12). A igreja de Antioquia orou pelo êxito do ministério de Barnabé e de Paulo (At 13.3). Tiago ordena expressamente que os presbíteros da igreja orem pelos enfermos (Tg 5.14) e que todos os cristãos orem "uns pelos outros" (Tg 5.16; cf. Hb 13.18,19). Paulo vai mais além, e pede que se faça oração em favor de todos (1Tm 2.1-3).

(4) O apóstolo Paulo, quanto à intercessão, merece menção especial. Em muitas das suas epístolas, discorre a respeito das suas próprias orações em favor de várias igrejas e indivíduos (e.g., Rm 1.9,10; 2Co 13.7; Fp 1.4-11; Cl 1.3,9-12; 1Ts 1.2,3; 2Ts 1.11,12; 2Tm 1.3; Fm .4-6). Vez por outra fala das suas orações intercessórias (e.g., Ef 1.16-18; 3.14-19; 1Ts 3.11-13). Ao mesmo tempo, também pede as orações das igrejas por ele, pois sabe que somente através dessas orações é que o seu ministério terá plena eficácia (Rm 15.30-32; 2Co 1.11; Ef 6.18-20; Fp 1.19; Cl 4.3,4; 1Ts 5.25; 2Ts 3.1,2).

IX. PROPÓSITOS DA ORAÇÃO INTERCESSÓRIA

Nas numerosas orações intercessórias da Bíblia, os santos de Deus intercediam para que Deus sustasse o seu juízo (Gn 18.23-32; Nm 14.13-19; Jl 2.17), que restaurasse o seu povo (Ne 1; Dn 9), que livrasse as pessoas do perigo (At 12.5,12; Rm 15.31), e que abençoasse o seu povo (Nm 6.24-26; 1Rs 18.41-45; Sl 122.6-8).

Os intercessores também oravam para que o poder do Espírito Santo viesse sobre os crentes (At 8.15-17; Ef 3.14-17), para que alguém fosse curado (1Rs 17.20-23; At 28.8; Tg 5.14-16), pelo perdão dos pecados (Ed 9.5-15; Dn 9; At 7.60), para Deus dar capacidade às pessoas investidas de autoridade para governarem bem (1Cr 29.19; 1Tm 1.1,2), pelo crescimento na vida cristã (Fp 1.9-11; Cl 1.10,11), por pastores para que sejam capazes (2Tm 1.3-7), pela obra missionária (Mt 9.38; Ef 6.19,20), pela salvação do próximo (Rm 10.1) e para que os povos louvem a Deus (Sl 67.3-5). Qualquer coisa que a Bíblia revele como a perfeita vontade de Deus para o seu povo pode ser um motivo apropriado para a oração intercessória.

CONCLUSÃO

A perseverança na oração é essencial para que o crente receba as bênçãos da parte de Deus. O salmista disse: “Esperei com paciência no Senhor, e ele se inclinou para mim”. Tendo sido grandemente abençoado, ele passou a louvar a Deus. Assim, devemos confiar no Senhor, no Seu poder, no Seu amor, e, também, na Sua soberania.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Pentecostal

Lições bíblicas CPAD 1999

Manual Bíblico Vida nova

www.jesussite.com.br

www.google.com.br

Bíblia de Estudo Pentecostal

24 de abril de 2010

O AVIVAMENTO NA CIDADE

O AVIVAMENTO NA CIDADE

1- A CAUSA QUE LEVOU OS CRENTES DE JERUSALÉM A SAÍREM PREGANDO O EVANGELHO AONDE IAM.

Com o martírio de Estevão findou a primeira etapa dá Igreja Primitiva, a de pregar o evangelho em Jerusalém, ( At. 1.8). Foi somente com a “grande perseguição contra a Igreja ( At. 8.1) que obedeceram a ordem divina de proclamar a mensagem em toda a Judéia e Samaria...”

Esta foi a primeira perseguição que Igreja sofreu. Na época, a Igreja provavelmente contava com apenas um ou dois anos de existência. Ainda havia grande número dos habitantes de Jerusalém não evangelizados, A obra crescia cada vez mais e havia grande gozo do Espírito em todos os membros da Igreja. Seria natural supor que, com o derramamento do sangue de Estevão (At. 7. 54-60),

As autoridades sentissem remorso e resolvessem adotar outros planos. Mas sentiram sede de sangue — sede que podia estancar só derramando sangue de outros discipulos ( At 8 3, cap 26: 10) Ficaram determinadas a matar e acabar com a”seita”.

Muito grande foi a multidão que, abandonando os seus lares e o lugar onde se converteram, fugiu para Jerusalém para toda a parte ( At. 8.1 . c/ Mt. 10. 22,23). Depois de mencionar “três mil “membros (Atos. 2.41), e “cinco mil” ( At. 4.4), diz que o número “crescia cada vez mais” (At. 5.14);

E por fim, que multiplicava muito o número” (At. 6.7). Com essa perseguição a Igreja perdeu, mais ou menos, a visão de Jerusalém terrestre, E começou a olhar mais para a Jerusalém celestial, (Hb. 12.22). Quando a Igreja está governada de Jerusalém, de Roma, ou qualquer outro ponto da terra, ela sempre fica embaraçada e limitada na sua visão celestial. O grande vento de perseguição em Jerusalém dispersou, por toda a parte, a boa semente do Reino Deus,

A qual nasceu produzindo uma nova e gloriosa colheita de almas “O sangue dos martires é a semente Igreja’ Saulo foi, indubitavelmente, um dos principais instigadores da perseguição que se levantou contra Igreja em Jerusalém naquele tempo. Saulo julgava que nisto prestava um grande serviço para Deus ( At. 26. 11; Fp. 3.4-6).

Mas o que lhe dava grande prazer ( At. 8.1), depois se tornou motivo de grande remorso, (1 Co 15.9; 1 Tm. 1.12,13). Contudo, conforme já vimos, a perseguição não fez parar a propagação do evangelho, o efeito foi exatamente o contrário. Antes desta perseguição os discípulos estavam recebendo ensino e preparo dos apóstolos; agora, estavam prontos a sair. Foi necessária a perseguição para fazê-los movimentar-se, mas lá foram eles. Aqueles que foram dispersos não se estabeleciam. Em vez disso, continuavam viajando de lugar para lugar, espalhando as boas novas, o evangelho. Em Atos 11.19, Diz que alguns viajaram para tão longe como Chipre, Fenícia e Antioquia. Podemos estar certos de que viajaram igualmente para bem longe em outras direções.

Muitos crentes pensam que foram os apóstolos, os que andaram dispersos por toda a parte proclamando Palavra. Mas não foram eles ( At. 8.1), Foram os discípulos, os leigos, que anunciaram a mensagem em toda parte. Isso não significa que eram todos pregadores no sentido moderno. Qualquer crente, por mais humilde que seja, pode pregar, isso é, anunciar a mensagem de Jesus.

Daí fica evidenciado que o ministério da Palavra não é privativo do púlpito. Conforme estamos observando, embora se tratasse de pessoas comuns, Conheciam a Palavra e se tornaram canais para o amor e para o poder de Jesus. Evidentemente, ninguém se queixava por causa da perseguição, ao contrário, Fizeram dela uma oportunidade de ver o que Deus faria. E de suma importância notar que o maravilhoso crescimento da Igreja Primitiva não foi fruto da obra dos grandes pregadores, Mas da fidelidade de todos os membros em testificarern, cheios do Espírito Santo, para todas as pessoas a seu alcance.

II- PERSONAGENS ENVOLVIDOS NO AVIVAMENTO DE SAMÂRIA

ESTEVÃO: Seu nome vem do grego Stephanos, que significa “coroa”.

Ele foi um dos sete homens escolhidos pelos apóstolos pouco depois da ressurreição de Cristo, Para cuidarem da distribuição da assistência às viúvas da igreja a fim de que os próprios apóstolos pudessem ficar Com o tempo livre para suas tarefas espirituais ( At. 1-6). Foi o primeiro mártir do cristianismo.

SAULO: Seu nome significa “pequeno”. Desde seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém como perrseguidor dos cristãos, A pouca informação concernente a sua vida. Embora fosse da Tribo de Benjamim e zeloso membro do partido dos fariseus ( Rm. 11.1; Fp. 3.5; At. 23.6), nasceu em Tarso como cidadão romano ( AT.16.37; 21.39; 22.25 .)

FILIPE- Seu nome vem do grego Philippos e significa “amante de cavalos”.

Há quatro personagens com esse nome, conhecidos dos escritores do Novo Testamento.

1- Filho de Herodes o Grande e Mariamme, a filha de Simão, o sumo sacerdote

2- Filho de Herodes o Grande e de sua Quinta esposa, Cleópatra de Jerusalém.

3- Filipe, o apóstolo, foi chamado para seguir a Jesus no dia seguinte ao da chamada de André e Simão. ( Jo. 1: 43-46).

4- Filipe um dos sete escolhidos para fazer parte do primeiro grupo de diáconos da Igreja de Jerusalém. Era conhecido como “o evangelista”, presumivelmente para ser distinguido do apóstolo do mesmo nome. Tinha quatro filhas que eram profetizas ( At. 21.8,9).

PEDRO E JOAO: - (At. 8.14) — Ambos eram considerados como colunas da Igreja ( GI. 2.9). O versículo em apreço mostra-nos que foram enviados de Jerusalém com uma missão E um propósito específicos, o de proporcionar aos convertidos samaritanos o dom do Espírito Santo.

E importante notar um particular a respeito João que era filho de Zebedeu E que nos dias do ministério terreno de Jesus junto com Tiago pediu que caisse fogo do céu sobre os rebeldes samaritanos (Lc. 9.54), E agora enviado pela Igreja juntamente com Pedro a fim de ministrar uma benção, Numa missão de benigna visitação celestial, e não de destruição. Esse é o Espirito de Cristo.

III - A CIDADE DE SAMARIA

Samaria — Nome da capital do reino israelita do norte, e o território que a circundavam. Depois de haver reinado durante seis anos em Tirza, Onri construiu uma nova capital para o reino do norte, Em uma coluna a 11 km a noroeste de Siquém, dominando as principais rotas comerciais que atravessavam a planície de Esdrelon. Onri adquiriu o local por dois talentos de prata, e deu-lhe o nome de seu antigo proprietário, Semer (1 Rs. 16.24). O lugar era doutro modo desconhecido, a não ser que deva ser identificado com Samir, terra natal de Tola ( Jz. 10.1).

A colina que tem 100 m de altura e domina uma larga paisagem sobre a planície, Era inexpugnável exceto por cerco ( II Rs. 6.24), E o seu nome ( Shõmerôn ) pode ser ligado com o vocábulo hebraico que significa “posto de vigia”. Durante seis anos Onri trabalhou na construção de Samaria, E isso teve prosseguimento sob Acabe, o qual edificou uma casa decorada com marfim (1 Rs 22.29).

Em um templo dedicado a Baal de Sidom, a deidade cuja adoração Jezabel encorajara(1 Rs 18.22), Acabe ergueu uma coluna próxima do altar que Jorão posteriormente removeu (11 Rs. 3.2). Outros santuários e edificios usados pelos sacerdotes idólatras devem ter sido usados desde esse tempo até a reforma efetuada por Jeú ( II Rs. 10.19). A própria cidade de Samaria foi por longo tempo considerada pelos profetas como um centro de idolatria (Is. 8.4; 9.9; Jr. 23.13; Ez. 23.4; Os. 7.1; 1.6).

Ben-Hadade II, da Síria, cercou Samaria a princípio sem sucesso (1 Rs. 20. 1-21), Mas posteriormente os sirios reduziram-na à fome gravíssirna ( II Rs. 6.25). Só foi livrada devido pânico e a retirada súbita do sitiadores, O que foi descoberto e anunciado pelos leprosos ( II Rs. 7).

Acabe foi sepultado na cidade, como igualmente certo número de reis israelitas que ali haviam feito sua residência (1 Rs. 22.37; II Rs. 10.1). Ali seus cendentes foram assassinados, incluindo Acazias, que se escondeu em vão na cidade apinhada de gente (1 Cr. 22.9). Samaria foi novamente cercada no tempo de Elizeu, e foi miraculosamente livrada ( Rs. 6.8-23).

Durante o reinado de dez anos de Menaém, este conseguiu evitar os assírios pagando-lhes tributo para se afastassem, Assim comprado a Tiglate-Pileser III (II Rs. 15.17-20). Seu filho Peca, entretanto, atraiu ‘novamente o exercito assírio por causa de sua oposição a Júdá, Que apelou aos assírios pedindo ajuda. Peca deu ouvidos ao apelo do profeta Odede de devolver o despojo e os cativos Judeus, A quem havia trazido para Samaria ( II Cr. 28.8-15).

A cidade, chamada de Samerina ou Bit-Humri ( Casa de Onri) nos anais assírios. 725 722 A. C. ( II Rs. 17.3.), Foi cercada por Salmanezer V, embora sua captura final seja vindicada pelo seu sucessor Sargom II. Os cidadãos, incitados por Iau-bid, de Hamate, se recusaram a pagar o tributo imposto e, no ano seguinte, 721 A. C., Sargom deu inicio a um esquema de deportação em massa dos habitantes de toda aquela área. De conformidade com os seus anais, Sargom levou 27.270 ou 27.290 cativos, E o efeito disso foi o fim da existência do reino norte de Israel como um estado homogêneo e independente.

Os exilados foram levados para certos lugares da Síria, da Assíria e da Babilônia, e o lugar dos mesmos foi tomado por colonos vindos de outras porções agitadas do império assírio ( II Rs. 17.24). O fracasso sofrido no cultivo dos distritos limítrofes. Levou ao aumento das incursões dos assírios ( II Rs. 17.25) . Alguns israelitas chamados samaritanos ( II Rs. 29), Continuavam habitantes em certas partes da cidade e continuavam a ir adorar em Jerusalém ( Jr. 41.5).

A contenção entre Samaria e Judá, de origem bem antiga, gradualmente foi aumentando de intensidade, embora a própria Samaria tivesse declinado em importância.

A cidade foi colonizada pelos gregos, depois de sua captura por Alexandre o Grande em 331 A. C., Mas pouco se sabe a seu respeito, depois disso, até à ocupação efetuada pelos romanos. Foi, contudo, cercada por João Hircano, e as terras ao derredor foram assoladas cerca de 111 — 107 A. C. . Pompeu e Gabínio começaram construí-la, Mas coube a Herodes embelezar a cidade, que dele recebeu o novo nome de Sebaste ( Augusta), Honra ao seu imperador.

Samaria abrigava 6.000 veteranos, incluindo gregos. Por ocasião da morte de Herodes, Samaria se tornou parte do território de Arquelau, E posteriormente foi transformada em colônia romana sob Sétimo Severo. A despeito do mútuo antagonismo entre Judá e Samaria, Jesus Cristo tomou a rota mais curta, Atravessando a Samaria e a Galiléia ( Lc. 17.11), Descansando em Sicar, perto de Siquém, uma cidade samaritana (Jo. 4.4).

SAMARITANOS –

A queda de Samaria, em 722 A. C., marcou uma nova era na história do reino israelita norte. Os principais cidadãos foram deportados por Sargom, Enquanto que exilados de outras partes do império assírio for importados por Sargom, Esar-Hadom e Assurbanípal. Os israelitas que foram deixados, formaram o âmago da nova comunidade e, A despeito da introdução de diversos cultos, ficou garantida a continuidade da adoração a Jeová. Relações mais íntimas passaram a ser mantidas com Judá, antes e depois da queda de Jerusalém, em 586 A. C. ( II Cr. 30.1 e .; II Rs. 23.19,20; Jr. 41.4 e ).

No inicio do periodo persa, quando os judeus receberam permissão de retornar a Jerusalém, Foram eles permitidos a reedificar o Templo e os muros da cidade. Imediatamente tiveram de enfrentar oposição das classes dominantes em Samaria. Não há motivo para que se pense que essa oposição era mais do que política, visto que tão tarde como o término do século quinto A. C.,

Os judeus de Elefantina, no Egito, puderam escrever solicitando auxilio para a reconstrução de seu Templo, Tanto ás autoridades de Jerusalém como às de Samaria. Com o advento de Esdras e Neemias, a tensão, porém, tornou-se ainda mais profunda.

O novo zelo pela pureza da raça, importada pela comunidade judaica na Babilônia, se confrontou com a ascendência mista dos samaritanos. Quando o neto do sumo sacerdote se casou com a filha de Sambalate, Neemias o expulsou ( Ne 13.28). O rompimento final entre os judeus e samaritanos deve ter ocorrido em cerca de 200 A. C. Os samaritanos possuíam a Lei, mas não os escritos proféticos, E isso pode igualmente sugerir um rompimento de relações por essa altura dos acontecimentos. No tempo da revolta dos macabeus, os samaritanos se inclinaram perante a tempestade, E seu templo, no Monto Gerizim, era dedicado ao Zeus Xênio.

Os hasmoneanos. entretanto, adquiriram uma crescente ascendência sobre Samaria. E, por volta de 128 A C, Hircano capturou Siquém e destruiu o templo do Monte Gerizim. Em 63 A C , Pompeu conquistou a Samaria e a anexou a nova provincia da Siria. A cidade de Samaria tornou-se sede favorita de Herodes o Grande, que conforme já vimos, Lhe conferiu o novo nome de Sebaste, em honra a Augusto.

Em 6 D. C., a Judéia e a Samaria foram novamente unidas em uma província de terceira classe sob , Siria, Estando em Cesaréia a sede do procurador Durante esse periodo, O atrito entre os judeus e os samaritanos foi aguçado por diversos incidentes Entre os anos 6 e 9 D C, os samaritanos espalharam ossos no Templo de Jerusalém, por ocasião de certa páscoa. Nos dias do Novo Testamento os samaritanos seguiam a Lei de Moisés,

Á semelhança dos judeus, mais diziam que os sacrificios deviam ser oferecidos no Monte Gerizim em vez de em Jemsalem ( Jo. 4: 19-24) O judeus evitavam ir a Samaria sempre que possivel, Jesus reputava que Sua missão visava primariamente Israel, Mas, depois de sua ressurreição o Senhor comissionou os apóstolos para que pregassem em Samaria (At .8). A missão em Samaria foi levada a efeito especialmente pelos judeus helenistas, depois do martírio de Estevão.

Filipe precisou de coragem para ir até lá. Mas, como os outros, ele foi levado pelo Espírito. Quando chegou a cidade de Samaria, cerca de 16 Km ao norte do ponto em que Jesus conversara com a mulher junto ar poço ( Jo. 4.6-28), Ele começou a pregar a Cristo. Os samaritanos, como os judeus, esperavam por um Messias. Em cumprimento de Deuteronômio 18:15, 18,19.

NOTA IMPORTANTE

A PARABOLA DO BOM SAMARITANO ( Lc 10: 30-42)

A parábola do bom samaritano foi dada a fim de ilustrar o importantíssimo mandamento da Lei : Amarás ao teu próximo como a ti mesmo Podem-se fazer as seguintes observações a respeito:

1- Jesus ensina aqui um importante princípio da ética humanitária. O “próximo” pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida.

2- O “próximo” pode ser de uma raça diferente, e até mesmo desprezada. 3- O “próximo” pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como herética.
4- Contudo, os cuidados de Deus por toda a humanidade devem manifestar-se nas vidas de todos quantos são chamados pelo nome.

É muito instrutivo que Jesus tenha escolhido um samaritano para a sua ilustração.Jesus escolheu de propósito os desprezados samaritanos para ilustrar o correto tratamento que se deve dar ao próximo. Com isso aprendemos que aquele a quem podemos ajudar a qualquer momento, Um ser humano como nós, é o nosso proximo, sem importar as diferenças raciais, religiosas ou de posição social. Amém

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

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