Honrarás Pai e Mãe
TEXTO
ÁUREO = "Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é
agradável ao Senhor." (Cl 3.20)
VERDADE
PRÁTICA = Honrar pai e mãe vai além da simples obediência; implica amar e
respeitar de forma elevada, demonstrando espírito de consideração.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 20.12; Ef 6.1-3; Marcos 7.10-13
INTRODUÇÃO
O quinto
mandamento. “Honra a
teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por
amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em tudo. É o primeiro
mandamento contendo uma promessa de Deus: “Para que se prolonguem os teus
dias”.
Tal como o versículo 8, este é um mandamento
categórico formulado positivamente. O mesmo princípio sob outra forma pode ser
encontrado em 21.15,17: “Quem ferir/amaldiçoar seu pai ou sua mãe, será morto”
.
“Este é
chamado” o primeiro mandamento com promessa” (Ef 6.2), e assim o é, no sentido
mais estrito da palavra, embora o versículo 6, onde Deus demonstra “o amor da
aliança” aos que O amem e obedeçam, também seja virtualmente uma promessa. A
promessa divina, contudo, é mais clara aqui, produzindo seus resultados na
sociedade. Os que constroem uma sociedade na qual a velhice ocupa lugar de
honra podem esperar confiantemente desfrutar do mesmo lugar algum dia. Tal
doutrina não é muito popular em nossos dias, quando a juventude é adorada, e a
velhice temida ou desprezada.
O
resultado é a loucura que leva homens e mulheres a lutarem por permanecer
eternamente jovens, e acabar descobrindo ser isso impossível. Este mandamento é
parte da atitude geral para com a Velhice em Israel (como símbolo e,
idealmente, personificação da sabedoria prática da vida), elogiada em todo o
Velho Testamento (Lv 19.32), e encontrada em muitos outros povos antigos,
notavelmente entre os chineses. Não se pode precisar se o mandamento está
relacionado à ideia de que sendo a vida sagrada e dom de Deus, os doadores
humanos da vida devem ser tratados com respeito: talvez um israelita não
analisasse o mandamento deste modo. Para que se prolonguem os teus dias.
Às vezes,
indivíduos supersensíveis questionam a validade de uma promessa ligada a um
mandamento. O hebraico, entretanto, não implica necessariamente em que a bênção
prometida seja nosso motivo para obedecer o mandamento, ao passo que assegura
definitivamente qual seja o resultado de tal obediência. Outros questionam a
natureza material da promessa. Em dias do Velho Testamento, todavia, as
promessas divinas eram normalmente formuladas em termos materiais,
compreensíveis para aqueles que, por assim dizer, ainda estavam no
jardim-de-infância de Deus.
Para
aqueles que, até àquela altura, não tinham conhecimento definido de uma vida
futura, “dias prolongados” significavam possibilidade de continuada comunhão
com Deus, e eram por isso muito importantes. Por outro lado, alguns consideram
esta promessa como um seguro de propriedade da terra que Deus lhes daria: isto,
por sua vez, traria glória a Deus, por demonstrar Sua fidelidade às Suas
promessas. Nós, com revelação mais completa, podemos “espiritualizar” tal
promessa sem esvaziá-la de seu conteúdo. Este mandamento é o ponto em que a
atenção é desviada do relacionamento para com Deus e se concentra no
relacionamento com a comunidade que Ele criou.
Assim, o
conteúdo total dos dez mandamentos pode ser resumido em duas “palavras”, não
uma apenas: amor a Deus e amor ao nosso próximo (Dt 6.5; Lv 19.18). Mais uma
vez, não há contradição: a realidade de nosso amor declarado a Deus é
demonstrada pela realidade de nosso amor expresso para com nossos semelhantes
(Jr 22.16). (R. Alan Cole, Ph. D. ÊXODO Introdução e Comentário. Editora
Vida Nova. pag. 151-152).].
Estudamos sobre o papel de cada
membro da família, onde cada um ocupa o seu lugar e exerce seus direitos e
deveres, onde o pai é pai, mãe é mãe, filho é filho, Deus é Deus e ministério é
ministério. Na lição desta semana, porém o destaque é para o papel dos filhos
na família. O relacionamento de pais e filhos é muito importante. A
Bíblia é o manual por excelência da família (Cl 3.18-21). Se seus princípios e
ensinos forem obedecidos, a família e principalmente os filhos, terá paz e
felicidade.
Há muito tempo, o relacionamento
entre pais e filhos têm sido um dos dramas da sociedade. Mas nunca, na
história, houve tanta possibilidade de mudanças. Muitos debates, literaturas e
palestras por vários canais de informação, têm sido disponibilizados para que
aconteça uma transformação nos lares, no entanto, a cada dia que passa, mais
notícias negativas e estarrecedoras têm chegado até nós. Filhos que não
valorizam e se rebelam contra a figura paterna e materna, e por isso vivem uma
vida fora do alcance das bênçãos de Deus. Escrevendo uma história medíocre de
sua própria vida. Mas há princípios nas Escrituras que se forem resgatados,
veremos mudanças em todo contexto da sociedade. Vamos começar:
Um dos maiores desafios da
família hodierna é tentar preservar a si mesma como principal instituição da
sociedade em todos os seus aspectos. O sistema educacional, a promiscuidade que
se apresenta de forma marcante e explicita, usando os meios de comunicação de
massa e a promulgação de leis que contrariam a estrutura da família tem deixado
a família muito vulneráveis nestes últimos tempos. Grande parte desse drama que
o mundo enfrenta hoje é oriunda de lares desajustados, lares onde os padrões e
os valores morais e espirituais se esvaíram. O pior é que estes
desajustes familiares vêm aumentando gradativamente. Já dizia o profeta
Miqueias: “Os filhos desprezam os pais, as filhas se levantam contra as mães...”
(Mq 7.6).
Infelizmente a mídia e os meios
de comunicações em massa tem sido mais um instrumento do diabo para destruir as
famílias, do que necessariamente um instrumento de Deus para construir.
Quanto aos dramas existentes nos
seios familiares, são mais por conta da perda dos valores morais, éticos e
espirituais. A geração atual está em quase sua totalidade alienados desses
valores e princípios.
O que se pode esperar dessa
geração? O que uma geração de pais corrompidos pode transmitir à geração de filhos
também já corrompidos? A tendência é que as coisas daqui pra frente só
tende a piorar.
Para nós, pais cristãos, o único
escape para se “livrar” dessa geração corrupta, é instruir nossos filhos nos
caminhos do Senhor. É transmitir e ensinar aos nossos filhos os princípios e
valores morais e espirituais, bem como cuidando para que os relacionamentos
entre nós, pais e filhos, sejam construtivos. E, as melhores maneiras de os
pais ensinarem seus filhos é pelo exemplo e investindo tempo com eles. A criança
é observadora e
está sempre atenta ao comportamento dos adultos, os quais ensinam muito mais
com suas atitudes do que por meio de suas palavras.
O amor e a dedicação que os pais
demonstram aos filhos perdurarão neles por toda a vida. Muitos pais acham
que basta gerarem filhos e tão somente marcarem sua presença em casa, colocando
comida na mesa. Entretanto, se ele não cumpre seu papel como referencial para
os filhos e nem exerce sua liderança no seio da família, é como se estivesse
ausente, de maneira a não imprimir nos filhos um padrão de formação e
comportamento social. Os pais devem entender que algumas vezes as
crianças fazem escolhas erradas, mesmo depois de haverem sido ensinadas acerca
da verdade. Quando isto acontecer, os pais não devem desistir nem desanimar,
mas continuar a ensinar os filhos a serem bons exemplos, a jejuar e orar por
eles.
DEVERES
DOS FILHOS.
Os deveres dos filhos passam pela
obediência, pela honra, pela proteção aos pais, principalmente quando estes
chegam à idade mais avançada. Neste contexto de ajuda aos pais, o filho tem o
dever de diminuir os sacrifícios dos pais na sua própria educação e criação,
nem que seja por gratidão. Os filhos também devem ser estudiosos,
trabalhadores, respeitadores, humildes e disciplinados. O filho inteligente não
espera sofrer consequências para saber que não obedeceu aos seus pais, aos
quais, possivelmente, estavam certos.
Deus ordenou aos filhos obedecer
aos pais e honra-los. Mas, onde os filhos aprendem a honrar? Dos pais que devem
ser honráveis. Portanto, os pais devem mostrar amor e respeito um pelo outro,
bem como pelos seus filhos, tanto em ações como em palavras (Dt 11.18). Além de
cumprir com todas suas tarefas e responsabilidades, os filhos devem também
partilhar com os pais a responsabilidade de construir um lar feliz, obedecendo
aos mandamentos do Senhor e cooperando com outros membros da família.
Os filhos devem aceitar a
educação que lhes forem dadas, entendendo que os pais sabem o que é melhor para
eles. Entretanto, os pais devem tratar seus filhos com respeito e amor que
merecem. Não devendo irritá-lo sem motivo, mas ao contrário, incentivá-los para
que possam aprender a viver uma vida boa e agradável.
Obedecer
aos pais.
Os filhos precisam obedecer aos
pais e nunca desprezá-los para não atrair maldição para suas vidas. É preciso
obedecer de forma espontânea e consciente e não esperar coação ou força, mas
seguir o exemplo que Jesus deixou pela obediência a José e Maria (Lc 2.51) e ao
Pai celestial em tudo (Jo 6.38; Fp 2.5-8). Muitos filhos não sabem por que
sofrem, mas é fácil descobrir: quebraram mandamentos bíblicos e perderam o
privilégio de ser abençoados. A Palavra de Deus diz: “Vós, filhos, sede
obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1; cf. Rm 1.30b;
2 Tm 3.1-5). Da mesma forma, os pais, através da disciplina e com recursos para
convencer os filhos, devem guiar através do ensino e correção, pois os pais
foram colocados no lugar de Deus diante os filhos menores, com a
responsabilidade de orientá-los no caminho do Senhor.
A Bíblia diz que é um grande mal
o filho ser rebelde e não obedecer à voz do pai nem da mãe. No Antigo
Testamento, os filhos rebeldes eram punidos com pena de morte (Dt 21.18-21). No
entanto é importante que os pais aprendam a dialogar com os filhos, não
esquecendo que os tempos são outros. Os filhos de hoje, estão acostumados a
dialogar nos ambientes escolares, então é preciso que, com uma boa conversa,
possamos educar inteligentemente os nossos filhos. Pois autoritarismo não faz bem
a ninguém.
Obedecer não é uma opção dos filhos
é uma ordem de Deus (Êx 20.12; Lv 19.1-3; Dt 5.16; 21.18-21; Ef 6.1-3; Cl
3.20). É dever essencial dos filhos obedecer aos pais "no Senhor".
Não à moda dos pais, mas segundo o ensino do Senhor nas Escrituras. (Ef 6.23 e Cl 3.20).
Muitos filhos hoje sofrem por ter quebrado esse preceito divino (Êx
20.12). Muitos filhos já confidenciaram que poderiam ter evitado muitas
experiências amargas na vida se tivesse obedecido a seus pais. Muita gravidez
indesejada, más companhias teriam sido evitadas, se tivesse atentado para a
palavra de Deus. A má sementeira da
desobediência e rebeldia dos filhos trará logo mais a sua colheita
de males (Dt 27.16; Lv 20.9; Êx 21.17; Pv 20.20; 24.20; 30.17; Mt 15.3-9; Gl
6.7).
O próprio Deus pôs sobre os pais
a responsabilidade pelas vidas confiadas aos seus cuidados, ordenou que durante
os primeiros anos de vida estejam os pais com total domínio sobre seus filhos.
E aquele que rejeitar a licita autoridade de seus pais, rejeita a autoridade de
Deus. O quinto mandamento exige que os filhos não somente tributem respeito,
submissão e obediência a seus pais, mas também lhes proporcionem amor e
ternura, aliviem os seus cuidados, zelem de seu nome, e os socorram e consolem
na velhice.
Honrar os
pais.
O primeiro mandamento com
promessa é honrar pai e mãe. Paulo, em Efésios 6.1-3, esclarece que quem assim
procede irá muito bem e terá vida longa na terra. Isso significa receber
longevidade e vida feliz. Honrar é respeitar como autoridade, amar como pessoa,
valorizar como conselheiro, estimar como tutor, reconhecer como cabeça e
submeter-se como chefes dignos.
A honra aos pais enaltece e
dignifica o filho. Todos os jovens, ao procurar um casamento deveriam analisar
como o pretendente trata os seus pais.
A tradução da palavra honra vem
do termo grego “timão”, que significa “valorizar”, “estimar”, ou seja, honrar
através do respeito apropriado. Portanto, honrar os pais significa amá-los,
respeitá-los e obedecer-lhes. As Escrituras ordenam aos filhos: “Sede
obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1).
A honra devida aos pais, que o
Senhor ordenou na lei (Ex 20.12), foi devidamente confirmada por Jesus: “Honra
a teu pai e tua mãe...” (Mt 19.19). Honra é acima de tudo consideração, e isto
é o que os pais esperam dos filhos (Lc 15.18-19). Não é difícil conseguir este
respeito e essa honra, quando se ensina aos filhos com amor. Muitas vezes
acontece haver falta dessa honra e desse respeito, porque também faltou
disciplina na infância. Paulo recomenda duas maneiras ideais para conseguir dos
filhos essa honra e respeito: a) “Vós, pais não provoqueis à ira a vossos
filhos” (Ef 6.4). O respeito dos filhos não é conseguido por abuso de
autoridade, nem por maus tratos a eles por parte dos pais; b) “Criai-os na
doutrina e na admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Os pais que conseguem manter
relação espiritual sincera com Deus aprendem a aplicar a necessária disciplina
amorosa aos seus próprios filhos.
Não
desamparar os pais.
Mesmo após o casamento, os filhos
não devem desprezar os seus pais. A responsabilidade dos filhos é cuidar dos
pais e assisti-los bem até que o Senhor os recolha, mesmo estando
geograficamente separados. Maldito o filho que desprezar seu pai ou sua mãe (Dt
27.16). Os pais querem carinho dos filhos, visitas, abraços e beijos de
respeito. No entanto, alguns filhos pensam em livrar-se deles, internando-os em
asilos. Nenhum filho deve passar muitos dias sem ter contato com seus pais,
porque o maior presente que os pais esperam receber é a presença dos filhos.
Quem não obedece aos pais não
será feliz. Nada dá certo para um filho desobediente que não ouve os pais, que
não aceita conselhos e anda pela sua própria cabeça desprezando a voz da
experiência e do direito. Os pais querem o melhor para os filhos. Quando alguém
fala mal de um filho, os pais se levantam como leões para defendê-lo. Cuidado,
filhos! Há também no Brasil, uma lei chamada Estatuto do Idoso, que é tão
rigorosa contra os filhos que desamparam seus pais na velhice que pode levar à
cadeia o infrator.
Vivemos em um tempo em que nossa
geração é rebelde e paganizada. Milhões de jovens acham grande coisa em ser
desobediente aos pais e é por isto que esta geração perversa será destruída
diante do Todo-Poderoso (2 Tm 3.1-2; Dt 24.16; Ez 18.4,18-23). Rebeldia nunca
foi sinônimo de hombridade, mas de covardia e insubordinação. Deus jamais
abençoará um filho rebelde, pois Ele ensina que devemos ser obedientes. Pelo
caminho da obediência receberemos todas as bênçãos advindas de sua Palavra e
ainda alcançaremos a longevidade. Absalão, filho de Davi, mostra-nos a
realidade do pecado na vida daqueles que insistem em desobedecer a Deus e a
seus pais. Este moço, certamente seria abençoado por Deus e teria seu lugar no
reino.
Entretanto, decidiu usurpar o que
não lhe pertencia, desonrou seu pai e recebeu como recompensa uma morte
desprezível (2 Sm 18.15).
COMPREENSÃO
DOS FILHOS.
Os filhos precisam compreender
que a responsabilidade dos pais é muito mais do que ser amigos. A função dos
pais é diferenciada (proteção, provisão, disciplina).
Os pais precisam muitas vezes
corrigir e ensinar o caminho certo para que seus filhos não sofram mais tarde.
Mas não se pode negar que muitos pais exageraram, com a superproteção, que não
contribui em nada na formação das crianças. O excesso de zelo pode acarretar
problemas futuros. A intromissão exagerada pode começar na vida dos filhos pelo
namoro, depois na vida profissional e há casos que os pais decidem até o futuro
de seus filhos.
Deus uniu os membros da família.
Ele quer pais e filhos vivendo juntos, andando juntos, trabalhando juntos,
alegrando-se juntos, sofrendo juntos, adorando juntos. Infelizmente, em muitos
casos, essa convivência limita-se somente à proximidade física.
Alguns autores apontam certa
inversão de papeis na relação entre pais e filhos nos dias de hoje. Ou seja, os
filhos passaram a ser os que decidem o que se faz e o que não se faz na
família. Alguém já disse que somos a primeira geração de pais que obedecem a
seus filhos! Há algum tempo atrás saiu uma reportagem na revista VEJA
intitulada: “Eles é que mandam”. Essa reportagem trata do novo modelo de
educação de filhos, em que os pais não têm mais controle sobre os filhos,
principalmente os adolescentes. Por essa razão, eles estão cada vez mais cedo
tendo contato com o alcoolismo, droga e iniciação da vida sexual. A reportagem
aponta para o problema deste descontrole que reside na culpa dos pais, em não
saber dizer o velho, bom e sonoro “não”. A psicanalista infantil Anna Lise
Scapatticci afirma que os pais comumente viram refém do filho, a criança vira
um pequeno ditador. Há uma inversão de papeis na família, consequência do
despreparo dos pais em impor sua autoridade.
Aceitar
os conselhos dos pais.
Todos os pais querem o melhor
para os seus filhos. Dificilmente eles lhes dão maus conselhos. Às vezes, os
filhos não compreendem seus pais porque vivem focados nos seus desejos e não
enxergam os perigos que estão diante deles. Por mais que os filhos sejam
inteligentes, a maturidade e a experiência dos pais muitas vezes falam mais
alto. O filho pródigo, por exemplo, não ouvindo os conselhos de seu pai
enfrentou muitas dificuldades e teve de voltar “com uma mão na frente e outra
atrás” (Lc 15.20-21).
Nossos pais devem ser ouvidos em
todas as situações de nossa vida (Pv 1.8). O livro de provérbios trata de um
manancial de sabedoria, cujo os discursos iniciam orientando uma boa audição
aos filhos (Pv 6.20-23; 10.1-2; 13.1; 15.20). Sansão mostrou ter grande força,
e pouca audição, pois não ouviu os conselhos de seus pais (Jz 14.3, Pv 5.1).
Nossos pais são responsáveis
diante de Deus por ajudarem-nos a nos conduzirmos ao longo de nossa existência.
A história de Jó não aponta apenas para sua fidelidade a Deus, mas sua
preocupação com a vida espiritual dos filhos (Jó 1.5). Os pais sábios como Jô
tem ciência da responsabilidade de cria-los para uma vida segundo a vontade de
Deus. A salvação dos filhos deve ser o maior interesse dos pais e deve está
acima de questões da vida secular, profissional, social e ministerial (Pv 22.6;
At 16.31).
Aceitar a
correção dos pais.
O tolo despreza a correção de seu
pai (Pv 15.5). Os pais ficaram responsáveis em criar seus filhos na doutrina e
admoestação do Senhor (Ef 6.4b). O filho sábio ouve a correção do pai (Pv
13.1). A disciplina gera sabedoria, mas o filho entregue a si mesmo envergonha
sua mãe (Pv 29.15). É preciso, aliás, aprender com os pais que não podemos
fazer somente o que queremos na vida, mas o que é agradável a Deus.
Os que vivem sem correção são
bastardos e não filhos (Hb 12.8). Os pais do passado corrigiam os filhos e eles
os respeitavam (Hb 12.9). O que retém a vara odeia seu filho, mas o que o ama,
a seu tempo o disciplina (Pv 13.24). Se um filho recebe disciplina é para seu próprio
bem, não fique magoado!
No processo de construir o
caráter do filho, os pais têm de se valer de autoridade que não se confunde com
autoritarismo nem tampouco rigidez excessiva. Alguns pais, para impor
autoridade, acabam provocando a ira dos filhos (Cl 3.21). Pior é quando alguns
pais tentam orgulhosamente justificar tais atitudes dizendo que isso expressa
personalidade, determinação, autonomia. Por influência dos meios de comunicação
de massa, alguns pais acreditam que é antiquado dizer “não” aos filhos. São os
ditos pais modernos que tudo permitem sem se darem conta de que estão
alimentando suas próprias frustrações.
Mas a Bíblia nos orienta,
dizendo: “A vara e a repreensão dão sabedoria, mas o rapaz entregue a si mesmo
envergonha a sua mãe” (Pv 29.15). Disciplinar a criança não é primeiramente
castigá-la por algum motivo, mas ensinar-lhe algo metódica e gradualmente;
inclusive a cuidar da sua formação e conservação de bons hábitos. Amar os
filhos sem discipliná-los é sentimentalismo Por outro lado,
disciplinar os filhos sem amá-los de verdade é tirania, prepotência e ignorância.
Aceitar
os ensinos dos pais.
A Bíblia dá direito e
responsabilidade aos pais quanto a ensinar e disciplinar os filhos. Diz o
Senhor: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as
intimarás aos teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo
caminho, e deitando-te” (Dt 6.6-7). Ensina o menino no caminho em que deve
andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele (Pv 22.6). O filho
inteligente ouve o ensino dos pais, mas o tolo o despreza.
Os filhos não podem lembrar-se
dos pais somente nos dias especiais de aniversários e datas comemorativas, pois
somos filhos o ano inteiro. Muitos filhos só dão valor aos pais depois que eles
partem desta vida. Quando não os mais têm no dia das mães; nem nos dias dos
pais, então se recordam com tristeza pela consciência pesada por não terem
feito mais por eles nem acatado seus ensinos amáveis e benfeitores.
Toda criança necessita de conhecimento
secular para desenvolver suas habilidades críticas, ter maior possibilidade de
se tornar bem-sucedida esse tornar uma cidadã civilizada e consciente de
seus direitos e deveres.
No entanto, o ensino bíblico é
fundamental para que ela possa construir sua vida sobre o alicerce sólido da
Palavra de Deus, e tê-la como parâmetro de conduta para si. É um perigo enorme
para a sociedade humana deixar os filhos sem instrução bíblica, pois satanás
tenta corromper os corações de nossos filhos. A TV, com seus programas
profanos, indecentes e imorais é outro meio utilizado por satanás para
corromper nossos filhos. É por isso que a Bíblia diz: “Instrui ao menino no
caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv
22.6). No lar precisa também haver autoridade, amor a Deus, amor entre os
cônjuges, e entre os pais e os filhos. Se no lar existirem instrução da
Palavra de Deus e autoridade dos pais, haverá poucas pessoas para perturbarem a
sociedade e se perderem no inferno.
Os pais são os principais agentes
educadores da criança, se forem negligentes, estarão comprometendo o futuro
de sua descendência. Educar uma criança não é uma atividade fácil, todavia,
extremamente recompensadora. É uma grande responsabilidade concedida por
Deus aos pais, contudo, se Ele nos confiou isso, sabe que possuímos a
capacidade de cumpri-la plenamente. Os pais têm a obrigação de preparar os
filhos para enfrentarem a vida sozinha, por isso, precisam aproveitar bem
o tempo de convivência entre eles.
CONSCIÊNCIA
DOS FILHOS.
É necessário aos filhos saberem o
que os pais representam, assim eles não serão tratados de qualquer maneira nem
ridicularizados pelos próprios filhos. É necessário também aos filhos saberem
que os pais são responsáveis pela existência deles; desde cedo lhes ensinaram
as primeiras letras, deram o leite e trocaram as fraldas; não os deixaram
abandonados e, muitas vezes, deixaram de se alimentar para matar a fome deles;
deixaram de comprar algo para si para investir neles; e, no frio, não só
entregaram seu próprio cobertor para agasalhá-los como usaram de seu corpo para
aquecê-los.
Os pais têm uma oportunidade
única, seguidos da igreja, de ensinarem e educarem os filhos. O prévio
requisito da parte de Deus para os pais é pôr as palavras dEle no
coração dos filhos (Dt 11.18-19). O versículo 19 confirma isso. Os pais
cristãos precisam não apenas conhecer a Palavra de Deus, tendo-a na mente,
mas também necessitam guardá-la no coração com amor.
Portanto, o ensino dos pais
à criança deve ser de coração para coração, e não simplesmente de cabeça para
cabeça, como se a Palavra de Deus fosse uma matéria secular (português ou
matemática) que aprendemos e depois esquecemos.
O amor à criança precisa ser
dosado com firmeza de atitudes para que haja equilíbrio na formação de uma
personalidade cristã ideal. Psicólogos e pedagogos modernos e distanciados da
Palavra de Deus estão propagando que basta cuidar da criança com amor
e esquecer-se da correção e disciplina. Eles acham que sabem educar mais
do que Deus e afirmam que a correção da criança pelos pais prejudica o
desenvolvimento da sua personalidade. A Bíblia ensina diferente
(Pv 29.15,17). Amor sem disciplina é sentimentalismo
aliado à ignorância e não amor
real, pois quem ama sinceramente não despreza a disciplina.
Os filhos
não podem amaldiçoar os pais.
Os filhos são herança do Senhor
(Sl 127.3). Como uma herança divina pode fazer maldade, castigar, maltratar ou
amaldiçoar os pais? Há uma geração que amaldiçoa seus pais e que não bendiz
suas mães (Pv 30.11). O que a seu pai ou a sua mãe amaldiçoa terá sua lâmpada
apagada e ficará em densas trevas (Pv 20.20). Não murmure contra seus pais, não
faça xingamentos nem diga palavras ofensivas; trate-os com carinho e amor como
Deus ordena.
Infelizmente na cultura dos dias
hodiernos, alguns princípios, valores e padrões têm sido esquecidos e
desprezados. A casa do sacerdote Eli (1 Sm 2.27-36), por exemplo, faz parte do
universo de famílias que se extinguiram em razão do desprezo dos seus filhos
aos deveres que eles tinham que cumprir na relação com o pai. Sua história,
embora triste, serve de advertência, chamando-nos a observar algumas
orientações que não podem ser ignoradas, sob pena de colocarmos a nossa família
em risco e vermos todo um projeto se desmoronar de repente.
Os filhos não podem erguer-se em
ódio ou amaldiçoar aos seus pais sob circunstância alguma, porque o mandamento
já declarou que fazendo isto, os filhos se tornam amaldiçoados e perdem a vida
(suas lâmpadas ou energias são apagadas) como as dos ímpios. Quando temos um
conflito entre seguir a Deus e seguir a nossos pais que não querem servir ao
Senhor, temos que escolher o Senhor, nem que tenhamos que abandonar nossa
família. Entretanto, esta delicada situação deve ser cuidadosamente analisada à
luz da Bíblia, a fim de que não sejamos pegos em pecado contra nossos pais
diante de Deus. Muitos imaginam que têm o direito de serem livres, de fazerem
como querem e que são donos de seus “próprios narizes” depois que alcançam a
maior idade, aliás, há muitos que nem mesmo chegam a “tirar as fraldas” e já se
imaginam capazes de seguirem seus próprios caminhos sem a presença essencial
dos de seus pais, mas este é um engano terrível!
Os filhos
não podem zombar dos pais.
Chamar os pais de cafonas ou
quadrados é falta de respeito, educação e inteligência, pois eles viveram suas
juventudes em outra época e os costumes mudaram, o mundo evoluiu.
É necessário, portanto,
respeitá-los como de outra geração, cultura diferente e realidade diversa.
Evidentemente, os filhos de hoje são mais esclarecidos e podem compreender
melhor esta situação cultural. Os olhos que zombam do pai ou desprezam a
obediência à mãe serão punidos (Pv 30.17). Ouve teu pai que te gerou e não
despreze tua mãe, quando esta envelhecer (Pv 23.22). Cuidado! A velhice chegará
também para os jovens, quando, às vezes, só haverá chance para remorso e não mais
para arrependimento e conserto!
Os filhos precisam encontrar em
seus pais um exemplo de vida, que os levem a crescer (Pv 22.6). Os pais devem
“crescer” juntamente com seus filhos. Isto significa compreensão e orientação
adequada a cada fase do crescimento e desenvolvimento. Mas, infelizmente, o que
se verifica hoje, em todo o mundo, e em todos os setores da vida atual é uma
revolta geral contra tudo o que é certo, contra os pais e tudo o que é
tradicional.
Estão revoltados contra a lei e a
ordem, e culpa as autoridades por todas as frustrações que sente. Rapazes e
moças pegam os valentes de carros e fazem das vias públicas pistas de corridas,
muitas vezes sob a influência de bebidas alcoólicas ou de drogas. Os pais pouco
podem fazer, pois os pais também são símbolos de autoridade e eles não querem
saber de obedecer a ninguém! Tudo isso é a desobediência aos pais prevista por
Paulo como sinal da próxima vinda de Cristo (2 Tm 3.1).
Os filhos
não podem envergonhar os pais.
Quantos filhos têm causado vergonha
para os pais por praticarem rebeldia! Às vezes, se entregam às aventuras desta
vida, entram por caminhos de perdição e praticam tudo que os pais não
ensinaram. Muitos caem nas bebidas, cigarros, drogas, prostituições,
adultérios, assassinatos, furtos, roubos, assaltos e outras práticas violentas
e criminosas. O filho deve honrar o pai e a mãe tendo uma conduta que lhes
proporcione alegria (Pv 19.26). O sábio alegra seu pai, mas o insensato é
tristeza para sua mãe (Pv 10.1; 17.25). Grande miséria é para um pai ter um
filho insensato (Pv 19.13a).
Muitos filhos são incapazes de
reconhecer o esforço dos pais para criá-los e, por isso, não agradecem o que
fizeram ou fazem até hoje por eles. Alguns acham que é obrigação e esquecem-se
de que um dia eles também serão pais. A maioria só começa a dar valor aos pais
quando também se tornam pais, quando chegam os seus filhos. Fica a lição de Pv
31.28 onde se lê que os filhos da mulher virtuosa a chamam “bem-aventurada”.
Há no mundo um espírito de
rebeldia e desobediência deliberada, isto acontece por causa do desprezo a Deus
e à sua Palavra (Rm 1.28,30). Ela se manifesta através da oposição, teimosia e
resistência aos estabelecidos por Deus (Gn 2.17; 3.6,7), levando o homem a
caminhos tortuosos. Em virtude desse estado de espírito em que vivemos, a
juventude torna-se cada vez mais inquieta (Is 57.20). A maior parte dos crimes
é praticada por jovens com menos de 20 anos e o índice de criminalidade está
subindo assustadoramente em toda parte do mundo.
A família, de modo geral, está
sendo afetada por esse espírito que atua nos filhos da desobediência (Ef 2.2) e
por isso está enfrentando grandes reveses. E as consequências não só levam à
perdição da alma, como também desgosto e vergonha para a família que fica
lamentando, como Davi que ficou lamentando a morte de seu filho Absalão.
Precisamos usar as armas espirituais e levar toda desobediência que existe no
lar aos pés de Cristo (2 Co 10.4-5).
Conclusão
Cada filho não deve querer chegar
à condição em que chegou o filho pródigo, o qual só deu valor aos pais depois
de perder tudo e sofrer desprezo, nostalgia e fome. Foi cuidar dos porcos, a
maior vergonha para os judeus, pois não somente o serviço era desagradável, mas
para um judeu ortodoxo era um serviço impuro. Os filhos precisam entender que
os seus pais são dádivas do Senhor. Então, que cada filho valorize intensamente
e incondicionalmente a seus pais.
O quinto
mandamento requer honra, reverência e obediência a serem dadas pelo inferiores
aos superiores como por exemplo: filhos aos pais, alunos aos professores,
servos aos senhores e civis aos magistrados. Proíbe todo desrespeito, desprezo,
irreverência e desobediência aos superiores.
O quinto
mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, pode ser considerado como um elo de
ligação entre os primeiros quatro, que definem os deveres do homem para com
Deus, e os mandamentos restantes, que especificam as obrigações do homem para
com suas concriaturas. Uma vez que os pais servem quais representantes de Deus,
por obedecer ao quinto mandamento, a pessoa está honrando e obedecendo tanto ao
Criador como às criaturas a quem Deus conferiu autoridade. Este mandamento era
o único, dentre os dez, que vinha acompanhado duma promessa: “A fim de que os
teus dias se prolonguem sobre o solo que Yehowah, teu Deus, te dá.” — Êx 20:12;
De 5:16; Ef 6:2, 3.
A
conclusão que chego é de que todos os pais e filhos devem buscar o perdão para
os desencontros que já houve em suas vidas e seguirem por um novo caminho: o
caminho da graça, da misericórdia e da bondade de Deus.
Elaboração pelo:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Referências Bibliográficas:
Lições
Biblicas 1º. Trimestre 2014
LIÇÕES BÍBLICAS - EDITORA BETEL.
2º Trimestre de 2013, ano 23 nº 87, lição 06 – Jovens e Adultos – Pontos
salientes da nossa fé.
LIÇÕES BÍBLICAS - EDITORA BETEL.
1º Trimestre de 1999, ano 09 nº 30 – Jovens e Adultos – Livro de 2º Samuel.
Deus anuncia um reino que não terá fim.
LIÇÕES BÍBLICAS - EDITORA BETEL.
3º Trimestre de 2010, ano 20 nº 76 – Jovens e Adultos – Relacionamento Cristão.