DESPERTEMOS
PARA A VINDA DO GRANDE REI
Texto
Base: Mateus 25:1-13
"Vigiai, pois, porque não sabeis a
que hora há de vir o vosso Senhor” (Mt.24:42).
Mateus
25:1-13
1- Então, o Reino dos céus será
semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do
esposo.
2- E cinco delas eram prudentes, e
cinco, loucas.
3- As loucas, tomando as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo.
4- Mas as prudentes levaram azeite em
suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
5- E, tardando o esposo, tosquenejaram
todas e adormeceram.
6- Mas, à meia-noite, ouviu-se um
clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
7- Então, todas aquelas virgens se
levantaram e prepararam as suas lâmpadas.
8-
E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as
nossas lâmpadas se apagam.
9- Mas as prudentes responderam,
dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o
vendem e comprai-o para vós.
10- E, tendo elas ido comprá-lo, chegou
o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e
fechou-se a porta.
11- E, depois, chegaram também as outras
virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
12- E ele, respondendo, disse: Em
verdade vos digo que vos não conheço.
13- Vigiai, pois, porque não sabeis o
Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao estudo das
Parábolas de Jesus, estudaremos nesta Aula a respeito da Parábola das Dez
Virgens, narrada apenas no Evangelho de Jesus Cristo segundo escreveu Mateus,
em virtude de a mesma está umbilicalmente ligada a costumes próprios dos
judeus, o que tornaria a sua compreensão difícil para os destinatários gentios
dos outros dois evangelhos sinóticos (Marcos e Lucas). O aspecto do
despertamento é o assunto central a ser apreendido nesta Parábola. A sua
mensagem principal é muito evidente e essencial: urge estarmos preparados para
encontrarmos com o grande Rei, ou como alerta a Parábola, o Noivo. Aqui, Jesus
declara solenemente a impossibilidade de sabermos o momento da sua volta, por
isso, temos de estar preparados, vigilantes e despertados para tal
acontecimento.
I. INTERPRETANDO A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS
“A Parábola das Dez Virgens é um
comentário adicional sobre a Parábola dos Dois Servos (Mt.24:45-51), que
estudamos na Aula anterior. Note como Mateus liga as duas parábolas com o
conectivo 'Então'. Na parábola anterior os servos são recompensados ou
condenados de acordo com o comportamento íntegro ou abusivo de cada um. Nesta
parábola, as virgens prudentes e loucas (ou sábias e tolas) são avisadas a
perseverar enquanto esperam o noivo”. Jesus afirma que o Reino dos céus é
semelhante a dez virgens, ou seja, compara o Reino de Deus com dez dessas moças
que acompanhavam a noiva desde o início dos preparativos para seu encontro com
o noivo até a chegada ao novo lar do casal.
1.
O Reino dos céus será semelhante a dez virgens. Jesus afirma
que o Reino dos céus é semelhante a dez virgens. A linguagem é figurada, porém
a mensagem é literal. Jesus queria ensinar aos seus discípulos sobre a, sempre,
necessidade de cada crente estar preparado para a vinda de Cristo.
Para bem entendermos quem são estas
virgens, faz-se necessário que saibamos o costume judaico da celebração do
casamento. Estas virgens, segundo o costume judaico, preparavam a noiva desde o
início do primeiro dia das bodas, de modo que a noiva estivesse devidamente
trajada e adornada para se encontrar com o noivo no final do dia. A noiva era
praticamente adornada como uma rainha (veja Ap.21:2). Depois de banhada, ela
tinha os cabelos trançados com todas as pedras preciosas que a família possuía
ou podia tomar emprestado (cf.Sl.45:14,15; Is.61:10; Ez.16:11,12).
As moças que a ajudavam a vestir-se
permaneceriam a seu lado como “companheiras”. No fim do dia havia uma
procissão. O noivo saía de sua casa para buscar a noiva na casa dos pais dela.
Nesse ponto, a noiva usava um véu. Em algum ponto o véu era retirado e colocado
no ombro do noivo, e feita a seguinte declaração: “O governo estará sobre os
seus ombros”. A procissão deixava então a casa da noiva e seguia para o novo
lar do casal, e a estrada escura era iluminada por lâmpadas a óleo carregadas
pelos convidados.
Na história contada por Jesus, o noivo
demorou mais do que o esperado, de modo que o azeite nas lâmpadas das dez
virgens começou a se acabar. Só as que tinham levado um frasco de óleo de
reserva puderam reabastecer suas lâmpadas e dar as boas-vindas ao noivo
(Mt.25:8,9). Havia canções e músicas ao longo do caminho (cf.Jr.16:9), e
algumas vezes a própria noiva participava da dança (cf.Ct.6.13).
As virgens eram as “companheiras” da
noiva, que estavam com ela desde o início dos preparativos para a festividade
(o que, atualmente, se denomina de “o dia da noiva”) e que a levavam até a casa
onde passaria a morar com o noivo.
As virgens, portanto, não são noivas:
elas são pessoas que participam do propósito da noiva de se encontrar com o seu
noivo e de morar com ele, em um lugar diferente de onde estava morando, ou
seja, a casa dos seus pais; são pessoas que sabem muito bem o que está acontecendo,
ou seja, que a noiva vai se mudar de lugar de habitação, que vai deixar a casa
dos seus pais para ir morar na casa do noivo. As virgens têm consciência plena
de que a noiva precisa se preparar, trocar as suas vestes, pôr adornos e
enfeites, a fim de que, como rainha, chegar ao encontro do noivo e ir com ele
para morar na casa dele.
Muitos se embaraçam com a interpretação
da parábola, vez que entendem que, se as virgens não são noivas, não poderiam,
portanto, representar a Igreja, já que esta é a Noiva do Cordeiro. O fato,
porém, de a Igreja ser tida como a Esposa do Cordeiro (Ap.21:9; 22:17) em nada
impede que as virgens simbolizem a Igreja. Não devemos nos esquecer que a
parábola é uma comparação, é uma linguagem simbólica, de forma que o fato de um
elemento significar a Igreja sem que este elemento seja a noiva não é problema
algum, até porque sabemos que Jesus não é agricultor, não é um tesouro, não é o
dono de um campo, e isto não impediu que o Senhor se referisse a si mesmo nas
parábolas como sendo um destes elementos.
O fato é que, na parábola das dez
virgens, não há qualquer menção à noiva, que é a personagem que fica faltando,
o que é de se admirar, já que Jesus está a falar de uma festividade de
casamento, onde o centro das atenções é, precisamente, a noiva. Porém, na
parábola das dez virgens, a grande ausente é a noiva.
A noiva, que, como sabemos, é a Igreja,
está ausente aqui nesta parábola, porque é alguém que surgirá somente quando o
Noivo voltar, ou seja, quando do arrebatamento da Igreja, quando, então, os
salvos de todas as épocas, pela primeira vez, estarão reunidos diante do Senhor
Jesus. Até lá, jamais se terá a “Universal Assembleia e Igreja dos
Primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb.12:23a).
Com certeza, a Igreja só será plenamente
conhecida quando todos os remidos, de todos os tempos estiverem reunidos em
número incalculável, liderados pelo Senhor Jesus Cristo que irá adiante da
grande multidão e nos apresentará ao Pai, dizendo: “… Eis-me aqui, e aos filhos
que Deus me deu”(Hb.2:13). Então haverá festa nos céus. Todas as hostes
celestiais se alegrarão juntamente com todos os seus servos (Ap.19:5-7).
Note que todas as dez virgens foram
surpreendidas, ao vir o noivo (Mt.25:5-7). Isto indica que a parábola das dez
virgens refere-se aos crentes vivos antes da tribulação e não àqueles durante a
tribulação, os quais terão sinais específicos precedendo a volta de Cristo no
final da tribulação.
Alguns
pontos semelhantes:
a) Todas eram Virgens. O fato de
serem virgens não significa que eram puras, ou santas; se fossem, não ficaria
de fora a metade delas. Assim, todas são virgens porque nenhuma delas pode ser
contada entre os idólatras, ou pagãos. Todas dizem servir somente a Deus. Todas
se identificam como sendo “evangélicas”. Por isto se diz que todas são virgens.
b) Todas estavam com vestes iguais. No seu aspecto
exterior eram iguais, porém, interiormente eram diferentes. É o que acontece
hoje. Pelo aspecto exterior não podemos identificar e diferenciar os
verdadeiros e os falsos crentes. Esta semelhança ficou, também, caracterizada
na Parábola do Trigo e do Joio, que por serem tão semelhantes, o Senhor ordenou
que deixassem crescer juntos, reservando a separação para o tempo da ceifa. No
caso das dez virgens esta separação será feita quando vier o noivo.
c) Todas tinham lâmpadas nas mãos. A lâmpada é um
dos símbolos da Palavra de Deus –“Lâmpada para os meus pés é a tua
Palavra...”(Salmo 119:105). Hoje, não há uma só Igreja evangélica que não tenha
a Bíblia Sagrada como regra de fé e como base de suas doutrinas, erradas ou
não.
Todos procuram extrair da Bíblia a base
de seus fundamentos doutrinários. Nenhum crente evangélico irá para sua igreja
levando um livro espírita, ou mulçumano, ou de qualquer outra religião. Todos
possuem uma Bíblia, mesmo que não a leiam e nem a sigam, porém, a lâmpada está
em suas mãos. Todas as virgens - Prudentes, ou Loucas -, tinham uma lâmpada nas
mãos. Todas as Igrejas evangélicas, todos os que dizem ser cristãos, tem uma
Bíblia nas mãos, tal como na Parábola.
d) Todas estavam no mesmo lugar. Não se diz que
as virgens prudentes estavam dentro da casa e que as virgens loucas estavam
fora, mas todas estavam juntas, no mesmo lugar. Se as virgens loucas são
mundanas é porque o mundo está dentro de suas “igrejas”. Não são elas que estão
lá fora, no mundo, pois quem está lá fora, no mundo, não é chamado de crente.
Segundo a Parábola, lá elas estavam todas juntas; aqui, na vida real, também.
Na Parábola do joio e do trigo, o joio
estava junto com o trigo; na Parábola dos peixes bons e peixes ruins, os peixes
ruins estavam na mesma rede, juntos com os peixes bons. Na Parábola das dez
virgens, as virgens loucas estão no mesmo lugar, juntas com as Virgens
Prudentes - estão nas Igrejas Locais. Elas podem ser membros da mesma Igreja
Local; elas podem cantar nos mesmos corais e tocar na mesma orquestra; elas
podem ser alunas e até professores da Escola Dominical; e, por incrível que
possa parecer, elas podem, também, estar assentadas e pregando no mesmo púlpito.
e) Todas estavam esperando o Noivo. Todas as
Igrejas chamadas evangélicas, mesmo aquelas
onde não existem praticamente nada
de ensino bíblico, mesmo aquelas que vivem de “campanha em campanha” pela
conquista das coisas desta Terra, mesmo aquelas que só usam as mãos para bater
palmas, quase sempre aos seus próprios líderes; mesmo nessas Igrejas, e entre
estes crentes, há uma noção, embora vaga, sobre a vinda de Jesus. Se indagados
saberão dizer que estão esperando Jesus, embora talvez até desejem que demore,
pois, nada sabem sobre o céu e só esperam pelas bênçãos da terra, as únicas que
eles conhecem. Todas as virgens estavam esperando o esposo, assim como todos os
crentes dizem que estão esperando Jesus.
f) Todas tosquenejaram e dormiram. Não foram somente
as loucas que dormiram. Ao usar a expressão “tardando o esposo” o Senhor Jesus
quis deixar claro que Ele demoraria a voltar. Nesta demora já se passaram quase
dois mil anos, e o “Esposo” ainda não veio.
Dormir pode significar descansar. O
Senhor não queria ser esperado por pessoas aflitas, inquietas, temerosas,
preocupadas, sem paz. Todas podiam dormir, ou descansar, porque, certamente, o
esposo viria. O erro das Virgens Loucas foi dormir sem antes por a vida em
ordem. Elas deveriam, antes de descansar, ou dormir, providenciar azeite para
suas vasilhas. Foram negligentes.
Assim, se nossa “lâmpada” estiver acesa
e se houver azeite em nossa “vasilha”, então “descansemos no Senhor e esperemos
nele”(Salmo 37:7). As Virgens Loucas ficaram de fora, não porque dormiram, mas
porque não tinham azeite em suas vasilhas. Se alguém se diz seguidor de Cristo,
isto é, cristão, e tem o Espírito Santo habitando continuamente em sua vida,
não há o que temer, descanse em paz.
2.
Duas classes de virgens. Jesus afirmou que as dez virgens – cinco prudentes
e cinco loucas - saíram ao encontro do noivo. Isto nos mostra a existência de
duas classes de crentes que, aparentemente, estão servindo a Deus, que,
aparentemente, estão aguardando o encontro com o Noivo, e isto perdurará até o
final do dia; ou seja, somente quando do Arrebatamento da Igreja se saberá quem
pertence à “Universal Assembleia dos Santos” - Igreja genuína, que está
preparada para se encontrar com Jesus -, e quem pertence à falsa Igreja, aquela
formada por pessoas que, embora afirmem que estejam esperando Jesus,
simplesmente não vivem de acordo com esta suposta esperança, não estão
devidamente preparados para se encontrar com Jesus.
a)
As Virgens Prudentes.
As cinco Virgens Prudentes eram pessoas que conheciam o cerimonial, que
conheciam o caminho que seria percorrido e que, portanto, sabiam que deveriam
ter azeite suficiente para a espera do noivo e sabiam o caminho até o novo lar
do casal. Elas tinham pleno conhecimento do que estava ocorrendo à sua volta,
de que havia possibilidade de o noivo demorar, mas que ele certamente viria e
que, portanto, era de bom senso, era necessário, para evitar inconveniências,
que houvesse uma reserva de azeite para poder alimentar as lâmpadas até a
chegada ao novo lar do casal.
As virgens prudentes conheciam o que se
passava à sua volta, conheciam o noivo, seus atributos e tinham como provável a
sua demora e, portanto, a necessidade de um abastecimento de azeite até o
momento de sua chegada. Jesus mostra-nos, portanto, que não há como se chegar
ao novo lar do casal, não há como entrar na casa do noivo a não ser através da
prudência, ou seja, do prévio conhecimento do noivo, do prévio conhecimento das
circunstâncias que nos rodeiam.
As virgens prudentes estavam dispostas a
seguir o cerimonial programado, em seguir o noivo para sua casa nova, mas
queriam tanto fazê-lo que não aceitaram a hipótese de faltar azeite durante a
iluminação do caminho até a casa do noivo. O dia já declinava, haviam
procurado, durante todo o dia, preparar a noiva e não iriam, agora, neste
último instante, descuidar deste importante pormenor: o azeite.
Vejamos que a única coisa que poderia
dar errado, nesta altura do dia, em que todos os preparativos já haviam sido
tomados, era a falta de azeite. As lâmpadas já estavam em suas mãos e se tinha
apenas de esperar o noivo, que certamente viria. Assim, o que dependia das
virgens era apenas tomar o cuidado de não deixar faltar o azeite até a chegada
na nova moradia dos nubentes.
Esta é, precisamente, a situação em que
se encontra a Igreja genuína, a Igreja militante, a Igreja que está preparada
para se encontrar com o Senhor. Ela percebe que se está no final do dia, ou
seja, no final da dispensação da graça. A noite está chegando, quando ninguém
mais poderá trabalhar (João 9:4) e, desta forma, é hora de empunhar as
lâmpadas, mas devemos tomar todo o cuidado para que não falte o azeite para
abastecê-la.
Os salvos que estão em comunhão com o
Senhor e percebem que Ele está voltando, e que as profecias estão se cumprindo,
precisam estar alerta para o momento da chegada do noivo, que vem buscar a
noiva para levá-la à nova moradia.
No instante do arrebatamento, o salvo
deve estar ciente de que não pode deixar faltar o azeite em sua lâmpada, ou
seja, de que é preciso manter esta comunhão com o Senhor, que é preciso estar
na luz, como Ele na luz está (1João 1:7), para que não seja apanhado
desprevenido no instante da chegada do noivo.
b)
As Virgens Loucas.
Estas representam os crentes não salvos, aqueles que abraçaram o evangelho como
se fosse uma religião; aqueles que mudaram de religião, mas não mudaram de
vida; estão na Igreja, são batizados nas águas, são parecidos com os
verdadeiros crentes, mas, não têm vida espiritual, porque não têm “Azeite”, ou
seja, não estão em plena comunhão com o Espírito Santo.
Observação:
(1)
as virgens loucas, não tendo conseguido o Azeite, por empréstimo, junto às
Virgens Prudentes, então elas foram comprá-lo. Isto demonstra
duas coisas: elas sabiam onde poderiam “comprar” Azeite; e elas tinham
condições, ou o “dinheiro” necessário para pagarem o preço requerido. Assim, se
não tinham Azeite em suas vasilhas, foi por pura negligência. Elas tiveram
tempo, pois, o esposo tardou a chegar; elas sabiam que havia Azeite disponível
para ser adquirido; elas tinham condições para poder adquirir.
(2)
Elas foram comprar, mas não conseguiram. No dia do Arrebatamento da Igreja,
quando chegar “meia-noite” e quando se ouvir “um clamor: ai vem o esposo!”,
então, a Noiva que deverá estar pronta, será levada pelo Espírito Santo para
ser entregue a Jesus. Ao deixar a Terra Ele terminará sua missão, nesta
dispensação da graça, em relação à Igreja. Em sendo desta forma, é certo que as
Virgens Loucas não mais encontrarão o Espírito Santo na Terra. Elas irão
comprar Azeite, mas não encontrarão Azeite para comprar.
A Verdade Bíblica é que, com o
Arrebatamento, o Espírito Santo terminará o seu ministério, nesta dispensação
da graça, em relação à Igreja. Assim, quando as Virgens Loucas saírem para
“comprar Azeite”, o Espírito Santo já haverá entregado a Noiva ao Esposo, tendo
terminado ali sua missão que havia começado no dia do Pentecostes. Por esta
razão não haverá mais Azeite disponível para ser adquirido. Elas sairão para
comprar Azeite, mas não acharão, pois já haverá começado “o grande e terrível
dia do Senhor” (a Grande Tribulação). Já haverá terminado a dispensação da
graça, na qual por mais de dois mil anos Deus falara ao homem com voz meiga e
suave, sendo que, mesmo assim, muitos não quiseram ouvir. A nova dispensação
trará consigo os juízos de Deus sobre os moradores da terra, razão porque as
Virgens Loucas, da Parábola, ouviram-no dizer, com voz firme e forte: “Em
verdade vos digo que vos não conheço”.
3.
O que representa o Azeite. As lâmpadas usadas numa ocasião festiva, como era a
cerimônia de um casamento, eram reveladas como símbolo de vida, de alegria e de
paz, e, portanto, era indispensável que não se tolerasse sequer a hipótese de
as lâmpadas virem se apagar. Tratava-se, portanto, de uma preocupação das mais
exigíveis para as virgens, consideradas acompanhantes da noiva. Levar o azeite
consigo era, portanto, a principal obrigação das virgens, neste momento do dia,
um dever supremo, a sua principal responsabilidade.
As virgens loucas não levaram o azeite
consigo, ou seja, na interpretação costumeira, não tinham o Espírito Santo.
Entretanto, como entender que tinham suas lâmpadas acesas, se não tinham o
Espírito Santo? Como entender que tinham algum azeite, se aqueles que andam
segundo a carne não têm o Espírito? Esta dificuldade surge se identificarmos o
azeite com o Espírito Santo, mas, se verificarmos que o azeite simboliza a
comunhão com o Espírito Santo, veremos que a situação se esclarece e que
passamos a compreender o que se passa na parábola.
Lembremos que as virgens simbolizam as
pessoas que, tendo ouvido o Evangelho, resolveram ter o mesmo destino da
Igreja, resolveram ir para o céu, creram no retorno de Cristo e na promessa de
que nos dará uma nova morada, a vida eterna.
Lamentavelmente, porém, as pessoas aqui
representadas pelas virgens loucas não decidem conhecer o Senhor. Nascidas de
novo, despertadas para a realidade da vinda de Cristo e da vida eterna, dizem
estar se preparando para o encontro com o esposo, mas, infelizmente, não o
fazem; não se separam do pecado, não criam uma intimidade com Deus e, pouco a
pouco, aquela chama que acendeu pelo efeito da fé salvadora, vai enfraquecendo
e, como não foi levado azeite consigo, instantes antes da chegada do esposo, a
lâmpada começa a se apagar, sem condições de haver um reabastecimento, porque
não há mais comunhão, não se construiu um relacionamento entre esta pessoa e
Deus depois do instante do novo nascimento.
Para ser de Cristo não basta ser
evangélico; não basta ter a Bíblia nas mãos, na cabeça, ou no púlpito. Para ser
de Cristo é preciso ter azeite na vasilha, ter plena comunhão com o Espírito
Santo - “... se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”(Rm.8:9).
4.
A chegada do Noivo.
À meia-noite se ouviu um grito de que o “noivo estava chegando”. Ao afirmar
isso, Jesus declara que Ele voltará no momento em que a humanidade estiver
envolvida, com maior intensidade, nas trevas do pecado (Mt.4:16; 6:23; João
3:19).
a)
O clamor da meia noite (Mt.25:6). O momento em que se notou a diferença
entre as virgens prudentes e as virgens loucas foi o momento do clamor: “À
meia-noite, ouviu-se o clamor: aí vem o noivo, saí-lhe ao encontro” (Mt.25:6).
O momento do clamor é o que se costuma
dizer de “a hora da verdade”. Todas as virgens haviam saído ao encontro do
esposo, mas nem todas estavam preparadas para fazê-lo. O clamor do esposo
representa aqui o instante do alarido, da voz de arcanjo, da trombeta de Deus
(1Ts.4:16), ou seja, o Dia da Vinda de Jesus, para conduzir a sua Noiva ao novo
Lar, ao Céu. Será apenas neste instante que se saberá a diferença entre os
genuínos salvos e aqueles que apenas servem a Deus nominalmente.
Quando Deus
fizer a chamada, então saberemos quem tem levado azeite consigo e quem não o
tem.
Até que se ouvisse o clamor, todas as
virgens estavam adormecidas, todas se encontravam com suas lâmpadas acesas,
aparentemente todas estavam em condições de ir ao encontro do noivo. Assim
ocorre nos nossos dias: dentro das igrejas locais, todos parecem estar servindo
a Deus, todos parecem estar esperando Jesus, todos parecem estar em comunhão
com o Senhor. Entretanto, isto não é verdade. Existem aqueles que são salvos,
que servem a Deus com sinceridade de propósito, com prudência, que estão em
comunhão com o Senhor e aqueles que são apenas cristãos nominais, que não
servem a Deus, que vivem uma vida de aparência, denominamos isso de hipocrisia.
No instante da chamada, porém, a aparência se desfará e as lâmpadas se
apagarão, porque não haverá azeite, não haverá comunhão com Deus.
b)
A chegada do Noivo (Mt.25:10). O Noivo aqui é o Senhor Jesus. O
casamento sempre foi uma figura que representa o relacionamento entre Deus e o
seu povo. Assim, Israel sempre foi apresentado como sendo a esposa do Senhor,
como também a Igreja, apresentada como a esposa do Cordeiro.
O relacionamento matrimonial é uma
figura típica do relacionamento de Deus com o seu povo, porque é um
relacionamento fundado em amor e em fidelidade, precisamente como deve ser o
relacionamento entre Deus e os homens. O noivo era a pessoa que viria buscar a
noiva no final do dia para levá-la até o novo lar do casal. A parábola,
portanto, reforça a promessa de Jesus de que virá buscar a sua Igreja(João 14:1-3),
promessa que é a mensagem mais repetida em todo o Novo Testamento.
O noivo prometeu vir e viria até o final
do dia, pois aquele era o dia marcado para o casamento. Entretanto, não disse a
que hora viria, de modo que a noiva deveria aguardá-lo até o final do dia, e a
parábola nos diz que o noivo chegou à meia-noite, ou seja, no final do dia,
mas, apesar da demora, cumpriu a sua promessa e veio buscar a noiva.
Jesus, igualmente, cumprirá a sua
promessa. No momento certo, que não sabemos nem temos condição de saber qual é
(Mt.24:36), Jesus virá e levará consigo tão somente aqueles que estiverem
preparados.
A volta do Senhor é uma realidade que se
apresenta cada vez mais iminente e, por isso, tem de ser divulgada e pregada a
cada momento, com maior intensidade pela sua Igreja. A meia-noite está
chegando, a volta do noivo se aproxima, e nós, que tanto a desejamos, devemos
anunciá-la, para que outros possam dela usufruir. Infelizmente, a mensagem da
volta de Cristo tem desaparecido dos nossos púlpitos e tem sido substituída por
mensagens de prosperidade material e pelas coisas desta vida.
c)
As Bodas (Mt.25:10).
Na parábola, Jesus deixa bem claro que quem não tiver levado azeite consigo não
o encontrará enquanto noivo, não participará das bodas. A parábola, portanto,
reforça a lição de que a Igreja não sofrerá a grande tribulação e que
participará das bodas do Cordeiro, separadamente daqueles que serviram a Cristo
apenas de aparência, ou seja, das virgens loucas. As virgens loucas não
chegaram a ver o esposo, apenas ouviram o clamor e notaram que suas lâmpadas se
apagavam; pediram azeite para as virgens prudentes, mas estas só tinham o
suficiente para si. Assim, foram comprar mais azeite, mas, quando chegaram, já
era tarde demais, pois a porta já havia se fechado e as bodas se iniciado sem
elas.
II. O ARREBATAMENTO DA IGREJA É IMINENTE
“Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia
nem a hora em que o Filho do Homem há de vir” (Mt.25:13).
1.
O Arrebatamento.
O Arrebatamento da Igreja é o evento que porá fim à dispensação da Graça, a
este tempo que estamos vivendo em que o Espírito Santo atua livremente através
de todos os homens e mulheres que, independentemente de raça, tribo ou nação,
aceitam a mensagem do Evangelho, creem que Jesus é o Salvador e se submetem ao
seu senhorio, passando a viver segundo a sua vontade. É o momento da retirada
repentina, de improviso, de sobre a face da Terra, de todos os redimidos que
permaneceram fiéis, antes que se inicie o período mais tenebroso da história da
humanidade - a Grande Tribulação. O Arrebatamento é tremendo em sua vitória
sobrenatural sobre a morte; é o milagre que Satanás não pode imitar; é o
testemunho sobrenatural de Jesus Cristo que ganhou a vitória sobre a morte e o
inferno. Jesus, então, como diz Paulo, descerá e se encontrará com a Igreja nos
ares, que é a reunião dos salvos em Cristo (1Ts 4:16,17).
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu
com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram
em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e
assim estaremos sempre com o Senhor” (1Ts.4:16,17).
2.
Diferença entre o Arrebatamento e a Vinda de Jesus em glória. Geralmente, ao
se ler sobre estes dois eventos, cria-se uma certa confusão e acaba-se
considerando todos os trechos da Bíblia como pertencentes a um mesmo evento.
Porém, a Bíblia deixa claro que são dois estágios distintos da Segunda Vinda de
Cristo.
No Arrebatamento, muitos na Igreja não
estarão esperando Jesus. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade
quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele - “Portanto, estai vós também
apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais” (Lc.12:40).
Não somente as “virgens loucas”, mas até as “prudentes” estarão dormindo - “E,
tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt.25:5).
A
Vinda de Cristo em Glória ocorrerá quando todos os sinais já tiverem sido
cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo
declarou: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está
próximo, às portas” (Mt.24:33). Até o Anticristo saberá: “E vi a besta e os
reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele
que estava montado no cavalo e contra o Seu exército” (Ap.19:19). As Escrituras
dizem que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra,
fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Zacarias
declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc.12:10b), e todos os
judeus vivos na Terra reconhecerão seu Messias. Exatamente como os profetas
previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará dessa vez
para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Paulo declara: “... todo o
Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm.11:26).
Portanto, a Vinda do Senhor é uma só,
porém, manifesta em duas fases distintas, envolvendo três tipos de povos
(1Co.10:32): para a Igreja, Jesus virá como Noivo; para os Judeus, como
Messias; e para os Gentios, como Juiz.
3.
Quem será arrebatado.
Este acontecimento envolverá somente a Igreja, ou seja, todos aqueles que fazem
parte da Nova Aliança, isto é, todos aqueles que foram transformados mediante o
Novo Nascimento. Aqueles que foram redimidos pelo sangue de Jesus e
permaneceram fiéis a Ele serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares,
participar das Bodas do Cordeiro e estar para sempre com o Senhor. Abrangerá
tanto os que estiverem vivos na Terra quanto os que “dormem” no Senhor e estão
no Paraíso (1Co.15:51,52; 1Ts.4:16,17). Os cristãos que estiverem vivos e
aqueles que já “dormem” no Senhor serão arrebatados (1Ts.4:16,17). Chamamos
esse evento de a “Grande Colheita” dos justos.
Estamos vivendo um espaço de tempo
indeterminado chamado era da Igreja ou era da Graça, o qual se iniciou no dia
do Pentecostes e se findará no Dia do Arrebatamento. Este período de tempo
indeterminado está compreendido entre a 69ª e 70ª semana de anos, conforme as
profecias do livro de Daniel (Dn.9:20-27). Após o arrebatamento, iniciar-se-á
um período de grande sofrimento e angústia na Terra, chamado de Grande
Tribulação, ou septuagésima semana de Daniel. A Igreja não passará por esse
tenebroso período.
III. UMA VIDA CHEIA DO ESPÍRITO E DE SANTIDADE
"Sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver" (1Pd.1:15).
A parábola das dez virgens ressalta o
valor de cada cristão estar pronto e com a vida santificada, isto é, vivendo de
forma separada das coisas profanas, consagrando a vida para agradar ao seu
Noivo, o Senhor Jesus (Ap.19:.7). Ele que é santo, virá buscar os que são
santos (1Ts.3:13; 5:23; 2Ts.1:10; Hb.12:14). Por isso, a vontade dEle para a
vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (1Ts.4:3).
A
santidade é o que identifica o povo de Deus. Por isso, a exigência permanente
de Deus com relação à santidade do Seu povo. Todavia, os dias de hoje são
difíceis e não são poucos os que têm se esforçado em encontrar guarida para as
suas “inclinações da carne”, mas o Senhor, na Sua Palavra, é bem claro, é
claríssimo: “os que estão na carne, não podem agradar a Deus” (Rm.8:8).
Portanto, o santificar-se não é uma opção na vida do salvo, é uma ordenança
divina: “Santificai-vos e sede santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus”
(Lv.20:7). A nossa santificação é da vontade de Deus: “Porque esta é a vontade
de Deus, a vossa santificação” (1Ts.4:3).
É bom ressaltar que ainda estamos neste
mundo e, por causa disto, estamos sujeitos a pecar, mesmo tendo aceitado a
Cristo como nosso Senhor e Salvador. O apóstolo João aprofundou-se nesta
questão e demonstrou que os homens não estão livres totalmente do pecado (1João
1:8-2:2), pois ainda não foram libertos do “corpo do pecado”.
No entanto, o verdadeiro salvo não é uma
pessoa que tenha um modo de vida voltado para as coisas pecaminosas, cujos
propósitos e tendências sejam todas no sentido da separação de Deus mediante a
prática da iniquidade.
O crescimento do crente "em
santificação" ocorre à medida que o Espírito Santo o rege soberanamente e,
o crente, por sua vez, busca-o, em cooperação com Deus.
Na Igreja Visível existem as pessoas que
são salvas, que passaram pelo processo do Novo Nascimento, que se tornaram uma
nova criatura, que experimentaram uma mudança de vida, da forma de pensar, de
sentir, de falar, para as quais, verdadeiramente, “as coisas velhas já
passaram, eis que tudo se fez novo” (2Co.5:17).
·
Pessoas que procuram viver uma vida agradável a Deus, seguindo “a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14).
·
Pessoas que se consideram mortas para os prazeres do mundo e as
concupiscências da carne, seguindo e observando este principio estabelecido
pela Palavra de Deus – “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as
coisas que são de cima, onde Cristo está assentado á destra de Deus. Pensai nas
coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Col.3:1,2).
·
Pessoas que procuram viver suas vidas em santidade, abrindo mão até
mesmo de muitas coisas que outros crentes fazem. Elas podem dizer como disse
Paulo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convém; todas
as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”
(1Co.6:12).
·
Pessoas que não apenas estão com a Bíblia Sagrada nas mãos, mas que
procuram viver de acordo com o que nela está escrito. E, nela, dentre muitas
coisas, está escrito: “Em todo tempo sejam alvas as tuas vestes e nunca falte o
óleo sobre a tua cabeça”.
·
Pessoas que, nesta Parábola, são representadas pelas Virgens Prudentes,
aquelas que estavam preparadas e que tinham Azeite em suas Vasilhas.
Viver na plenitude do Espírito Santo é a
maior necessidade para a nossa vida hoje, mas ninguém pode ser cheio do
Espírito Santo de Deus se não adotar um estilo de vida santo. Santidade é o
caminho para receber o poder do Espírito Santo (Lc.1:28,30).
Portanto:
·
Devemos ser santos porque somos filhos de Deus - “Amados, agora somos
filhos de Deus...”(1João 3:2). Quando um filho ama seu pai ele se orgulha
quando alguém diz que ele se parece com o pai. O mesmo sentimento compartilha o
pai quando alguém diz que seu filho é a “sua cara”. Contudo, não havendo amor
essa mesma declaração aborrece tanto o filho como o pai.
·
Devemos ser santos porque queremos fazer a vontade do Pai - “Porque esta é a vontade de Deus, a vossa
santificação...”(1Tes.4:3). Todo bom filho sente prazer e se esforça para fazer
a vontade de seu pai. Todo pai fica feliz quando seu filho procura ser-lhe
agradável. A Bíblia diz que Deus quer que seus filhos sejam santos.
·
Devemos ser santos porque queremos ser morada de Deus e um Templo para o
seu Espírito - “Jesus respondeu, e disse-lhe: se alguém me ama, guardará a
minha palavra, e meu pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele
morada”(João 14:23); “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito
Santo, que habita em vós...”(1Co.6:9). A Bíblia diz que Deus é Santo na sua
essência, ou seja, é absolutamente santo. Nós com todas nossas impurezas não
sentimos bem habitando, ou convivendo num lugar sujo, imundo, quanto mais Deus.
Daí, se eu quero que ele habite em mim, então preciso não apenas estar limpo,
preciso estar purificado.
·
Devemos ser santos porque queremos ser um vaso nas mãos de Deus.
Santificação significa ser separado para uso de Deus. Assim sendo, qualquer que
desejar ser um vaso nas mãos de Deus, tem que ser um vaso separado para seu
uso. Esta é a condição exigida pela Palavra de Deus, conforme escreveu Paulo:
“Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de
pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se
alguém se purifica destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo
para uso do Senhor e preparado para toda boa obra”(2Tm.2:20,21).
·
Devemos ser santos porque somos peregrinos a caminho da Canaã Celestial
- “...Andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação”(1Pd.1:17). Os que
não conhecem a Bíblia pensam que para ser santo é preciso estar morando no céu.
Pensam que é somente lá que vivem os santos. Porém, pela Palavra de Deus
sabemos que Deus exigiu que Israel fosse santo durante a peregrinação através
do deserto. Foi lá no Monte Sinai que Deus disse: “...Santos sereis, porque eu,
o Senhor, vosso Deus, sou santo”(Lv.19:2). Naquele deserto, Israel teria que
andar com Deus. Porém, o profeta Amós, pergunta: “Andarão dois juntos, se não
estiverem de acordo?”(Amós 3:3). Deus é Santo, e só existe uma maneira de poder
andar com Ele: sendo santo.
·
Devemos ser santos porque queremos morar no Céu - “Senhor, quem
habitarás no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” (Salmo 15:1). O
Senhor Deus diz: “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para que estejam
comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá”(Salmo 101:6).
Somente os santos morarão no céu. Que o
Senhor nos ajude a andar de valor em valor até que venhamos a completar a nossa
carreira espiritual.
CONCLUSÃO
A Parábola das dez virgens ressalta o
fato que todos os crentes devem constantemente examinar a sua vida espiritual,
tendo em vista a vinda de Jesus Cristo num tempo desconhecido, inesperado e
repentino. Devemos perseverar na fé, para que uma vez chegados o dia e a hora,
sejamos levados pelo Senhor na sua vinda. Portanto, estar despreparado e sem
comunhão pessoal com o Senhor quando Ele voltar, significa ser lançado fora da
sua presença e do seu Reino. A Parábola deixa claro que uma grande parte dos
crentes estará despreparada no momento da volta de Cristo. Ele deixa, pois,
claro que Ele não vai esperar até que todas as igrejas locais estejam
preparadas para a sua vinda. Que possamos estar de prontidão para a vinda do
nosso Noivo
.
Disponível no Blog:
http://luloure.blogspot.com
Referências Bibliográficas:
Bíblia de Estudo Pentecostal.
Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário Bíblico popular (Novo
Testamento) - William Macdonald.
Revista Ensinador Cristão – nº 76. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário do Novo Testamento –
Aplicação Pessoal. CPAD.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. Vinda de
Jesus e a Vigilância do crente. PortalEBD_2005.
Dr. Caramuru Afonso Francisco. VIGIAI,
POIS NÃO SABEIS QUANDO VIRÁ O SENHOR. PortalEBD.