22 de março de 2009

O GLORIOSO EVANGELHO


O GLORIOSO EVANGELHO

“Conforme o evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado”, 1 Tm 1.11.

Do mesmo modo que artistas e colecionadores procuram por em moda desenhos, peças de olaria, louça, e objetos curiosos, de mil e novecentos anos atrás, como os recentemente encontrados nas ruínas de Pompéia, e assim como tudo isso é admirado por todos os de senso artístico, igualmente qualquer pessoa que “desenterra” o verdadeiro Evangelho dos montes de “matéria” sob que tem sido sepultado, encontrará algo que lhe cause espanto e admiração.

Inumeráveis substitutos têm sido apresentados ao que o versículo do texto chama de “O Evangelho da glória”. Quando Moisés enviou doze homens para espiar a terra de Canaã, dez deles voltaram desanimados e disseram: “Também vimos ali...”, Nm 13.33. Mas Josué e Calebe, que faziam parte daquele grupo de doze, consideraram o assunto dum ponto de vista diferente.

Tinham visto as cidades e os gigantes, mas também viram o Deus de Israel. Veio-lhes à lembrança como Deus os tirara do. Egito, apesar do poderio de Faraó; como os conduzira pelo Mar Vermelho; como abrira as águas para que passassem; como lhes havia enviado o pão do céu, e feito com que água corresse da rocha.

Estavam agora diante da terra que Jeová lhes prometera dar como herança. Portanto pela fé que tinham os gigantes para eles não passavam de gafanhotos. Por isso o relato daquela minoria aparentemente inexpressiva foi decisivo: “Somos capazes de conquistar a terra.”

Damos graças a Deus por Josué e Calebe! Sempre que uma pessoa caminha com Deus, considera os “gigantes” como gafanhotos; mas logo que perde o contato com Deus e começa a pensar em si mesmo, tornam-se como gafanhotos aos seus próprios olhos, e os “gafanhotos” lhes parecem gigantes. Quem dera que cada cristão fosse como Josué e Calebe! Então, em vez de ficarem desencorajados por causa desses salões, teatros e cassinos, que abundam nas cidades estariam prontos a avançar em nome do Senhor e a vencer gloriosamente as hostes inimigas.
Alguns crentes dizem que não podemos ter reuniões com sucesso porque a mente do povo está ocupada com as coisas materiais. Acreditamos não ser possível fazer algo que importe em reavivamento enquanto as multidões não começarem a pensar nas coisas espirituais. Esses olham para os gigantes, e isso não está certo. Se Deus está conosco, o certo é que teremos absoluto sucesso uma onda de salvação passará por nossa cidade e muitos dos pecadores dos mais indignos aceitarão o Senhor Jesus.

Israel não confiava em Deus e por isso aceitou o relatório da maioria. Ficaram tão zangados com Josué e Calebe, que iam apedrejá-lo, mas o Senhor os guardou, porque precisava deles. Pela sua rebelião Israel voltou ao deserto onde permaneceu durante quarenta longos anos, ou seja, até que todos ficassem ali sepultados, exceto esses dois varões valorosos que haviam confiado no Senhor!

A CONQUISTA DE CANAÃ PELA PROVIDÊNCIA DE DEUS

Agora Israel se chega novamente ao Jordão. Ë o tempo das colheitas e.o Jordão transborda. Deus ia novamente experimentar a fé desse povo. Alguns poderiam ter dito: “como atravessaremos o rio com essa cheia?! Não temos meios e a correnteza é veloz?!” Contudo, embora estivessem por três dias olhando o rio, não se ouvia uma palavra de queixa. Deus disse que se preparassem. No quarto dia obedecendo à ordem divina, os sacerdotes desceram às águas do rio, levando a arca do concerto. Elas se dividiram e o povo passou pelo rio a pé enxuto. Não havia nem umidade nos sapatos.

A arca de Deus foi colocada no leito do Jordão. Deus desceu à morte, (morte é que o Jordão significa) e manteve afastadas as águas até que o povo passasse. Então com as doze pedras tiradas dali, Josué constituiu um monumento para assinalar o lugar em que Deus havia feito o seu povo atravessar o Jordão. “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra e da morte, não temeria mal algum, pois tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam”, Sl 23.4. Logo que chegaram à outra margem, guardaram a lei de Deus e circuncidaram o povo, pondo assim um ponto final à vi1a passada no deserto.

Alguns dias depois, Josué contempla Jericó. Nesse momento um homem com a espada desembainhada aparece à sua frente:
“Es por nós ou pelos nossos adversários?”, pergunta Josué. “Não, mas como capitão das hostes do Senhor venho eu”, respondeu o ser celestial. Não temos dúvida de que esse era o Filho de Deus. Por certo ele e Josué planejaram a batalha para capturar Jericó.

E que plano! Era a mais estranha batalha que se podia imaginar: Sete sacerdotes com sete trombetas feitas de chifre de carneiro iriam marchar em volta da cidade e soprar seus instrumentos enquanto a arca do Senhor os seguia tendo os homens armados à frente! Por seis dias rodearam a cidade sem que nada de anormal acontecesse. Os habitantes de Jericó estariam rindo da manobra e pareciam seguros. Mas na sétima volta houve algo diferente: todo o Israel clamou em alta voz e eis que as muralhas da cidade caiam. Jericó é conquistada. Foi uma obra de Deus: não se podia negar a mão divina nessa singular ação de guerra!

Deus havia prometido a Josué: “Ninguém te poderá resistir!” E, Ele cumpriu a sua promessa. Ninguém pôde vencer Josué todos os dias da sua vida. Os reis cananeus, com seus grandes exércitos, seus gigantes, seus carros, seus cavaleiros foram sempre como “gafanhotos” perante esse corajoso servo de Deus. Josué venceu trinta e um deles, conquistando, assim, a terra de Canaã e dividindo-a entre as doze tribos de Israel. No entanto para si escolheu apenas uma montanha que lhe era querida porque ficava perto de Siló!

O PECADO ENTRE OS CRISTÃOS PODE IMPEDIR A BÊNÇÃO DE DEUS.

Lemos, na verdade, duma ocasião em que um exército, enviado por Josué para conquistar Aí não conseguiu vencer o inimigo. Josué sentira-se tão confiante que só mandara três mil homens contra essa cidade, mas, por uma forte razão, essa força foi desbaratada.

“Então Josué rasgou os seus vestidos, e se prostrou na terra sobre o seu rosto perante a arca do Senhor, até a tarde, ele e os anciãos de Israel; e deitaram pó sobre suas cabeças... Então disse o Senhor a Josué: Levanta-te. Por que estás prostrado assim sobre o teu rosto? Israel pecou, e até transgrediu o meu concerto que lhes tinha ordenado, e até tomaram o anátema e também furtaram e também mentiram. E até debaixo da sua bagagem o puseram. Pelo que os filhos de Israel não puderam subsistir perante os seus inimigos, viraram as costas diante dos seus inimigos, porquanto estão amaldiçoados.

Não serei mais convosco, se não desarraigardes o anátema do meio de vós, Js 7.6,10-12. Foi essa a causa pela qual não tiveram sucesso; foi por isso que foram vencidos. Falamos sempre que os não-crentes devem confessar os seus pecados e voltar a Deus, mas, para isso é necessário que primeiro a igreja confesse os pecados dela, sem o que não podemos esperar que os pecadores o façam. Alguém disse: “Um pecado não confessado é como uma bala no corpo duma pessoa”. Não podemos ter saúde espiritual enquanto houver pecado em nós.

DEUS NUNCA DESILUDIU QUEM NELE CONFIA

E bom pensar na lida de Josué depois de ter terminado os dias de combate, e de ter conduzido o povo de Deus à terra que lhe havia sido prometida. Podemos vê-lo convocando os anciãos de Israel para fazerem pacto solene com eles, de que não deixariam o Senhor que os tinha tirado da terra do Egito.

Finalmente, ao se aproximar da morte, o grande servo de Deus deixa este testemunho: “Palavra alguma falhou de todas as boas palavras que o Senhor falara à casa de Israel; tudo se cumpriu”. Depois lemos que “Israel serviu ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que ainda viveram muito depois de Josué e sabiam toda obra que o Senhor tinha feito a Israel.”

Este é um relato glorioso. Depois de Josué ter morrido, o poder de seu exemplo santo continuou durante uma geração! Que o Senhor nos ajude a termos coragem! Estamos agora em Cades-Bernéia. A “Terra Prometida” está perante nós. Avancemos e possuamos, e que o Senhor cumpra o desejo dos nossos corações na salvação de multidões de almas!

Irmãos tende coragem, não temais. Crede que Deus quer usar-vos e então Ele vos usará de tal modo que, como Josué, nada se susterá à vossa frente. Vários crentes nos têm perguntado se não nos sentimos encorajados por grandes congregações.

Numa reunião de oração a que assistimos, muitos irmãos sentiram-se quebrantados. Isso é que nos encoraja - o quebrantamento dos corações perante o Senhor, por isso é que nos sentimos encorajados. E consolador ver multidões nos cultos de pregação, mas não devemos depender de número.
Se o povo de Deus transborda de fé e coragem, um basta para vencer mil e dois para vencer dez mil. Se tivéssemos apenas poucas centenas de pessoas cheias do Espírito Santo e de coragem, para meditarem na Palavra de Deus, poderíamos levantar o estandarte de Jesus Cristo na nossa cidade cheia de pecado, e o próprio Senhor se levantaria e faria a terra tremer do poder de Deus.

Muitos crentes estão sempre vendo leões no caminho. Sempre vendo o fracasso. Parece-nos que tais pessoas impedem a causa de Deus mais que outra qualquer coisa. Esses contagiam outros e os impedem de receber bênçãos. Olhem para Elias no Monte Carmelo: Está de pé, corajoso como um leão, perante os sacerdotes de Baal.

Fez uma grande obra naquele dia. Mas, com espanto, lemos a seguir que uma mulher manda ao profeta uma mensagem ameaçadora e ele fica assustado que foge para o deserto e se assenta debaixo dum zimbro, onde orou ao Senhor que lhe tirasse a vida! Oh! Irmãos! É contristador vermos o povo de Deus debaixo do zimbro! O que o povo de Deus deve fazer é enfrentar destemidamente o perigo, porque: “como fui com Moisés, assim serei contigo: não te deixarei nem te desampararei”, Js 1.5b. Amém


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS