Ética
Cristã e Ideologia de Gênero
TEXTO
ÁUREO
"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de
Deus o criou; macho e fêmea os criou." (Gn 1.27)
VERDADE
PRÁTICA
A doutrina da criação do ser humano revelada nas
Escrituras Sagradas, em que a distinção dos sexos é o padrão, não pode ser
relativizada.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Sl 1.1,2: Os cristãos não andam segundo o
mundo
Terça – Rm 15.4: As Escrituras servem ao nosso
aprendizado
Quarta – 1Tm 3.16,17: A Escritura é divinamente
inspirada e proveitosa para a boa conduta
Quinta – Sl 100.5: A verdade do Senhor é imutável e
dura de geração a geração
Sexta – 1Pe 1.15: Os seguidores de Cristo foram
chamados para ser santos em toda a esfera da vida
Sábado – Ap 1.3: Bem-aventurados os que leem,
escutam e guardam a Palavra de Deus
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE = Isaías 5.18-24
18 Ai dos que puxam a iniquidade com cordas de
vaidade, e o pecado com tirantes de carro!
19 E dizem: Avie-se, e acabe a sua obra, para que a
vejamos; e aproxime-se e venha o conselho do Santo de Israel, para que o
conheçamos.
20 Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que
fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce
amargo!
21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e
prudentes diante de si mesmos!
22 Ai dos que são poderosos para beber vinho, e
homens de poder para misturar bebida forte;
23 Dos que justificam ao ímpio por suborno, e aos
justos negam a justiça!
24 Por isso, como a língua de fogo consome a palha,
e o restolho se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua
flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos,
e desprezaram a palavra do Santo de Israel.
HINOS
SUGERIDOS: 75, 133, 490 DA HARPA CRISTÃ
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
- Explicar Ideologia de Gênero;
- Arrazoar a respeito das consequências da Ideologia
de Gênero;
- Mostrar o ideal divino quanto aos sexos.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Muitos em nome da diversidade ou do direito à
opinião solapam a ideia de verdade objetiva das coisas. A estratégia é dar
ênfase a um fato que não se pode negar, mas ignorar a obviedade de tantos
outros. Por exemplo, quem pode negar a diversidade cultural? Quem pode negar o
direito à opinião? Entretanto, também é verdade que existem culturas que
degradam o ser humano, bem como opiniões que são desqualificadas e
completamente absurdas. Outrossim, a história mostra que pessoas que
pautaram-se pela Palavra de Deus tiveram valores éticos-espirituais muito
claros.
INTRODUÇÃO
Nos últimos meses um assunto ganhou a mídia e ainda
vem provocando polêmica, debates acalorados e até manifestações de protesto: é
a Ideologia de Gênero. O tenho observado é que muitas igrejas não estão
encarando esse assunto com a seriedade necessária. Muitos líderes se omitem e
não levam o assunto para ser discutido no seio da Igreja.
Acredito que é importante fazermos um alerta sobre
esse grande inimigo que vem rondando as famílias, não apenas cristãs, mas todas
aquelas que estão expostas às influências negativas da sociedade. A Ideologia
de Gênero, ou melhor dizendo, a Ideologia da Ausência de Sexo, é uma crença
segundo a qual os dois sexos — masculino e feminino — são considerados
construções culturais e sociais, e que por isso os chamados “papéis de gênero”
(que incluem a maternidade, na mulher), que decorrem das diferenças de sexos
alegadamente "construídas" — e que por isso, não existem —, são
também "construções sociais e culturais". É um equivocado conceito
totalitário que nega a identidade criada por Deus para diferir entre homem e
mulher. Sendo assim, a afirmativa da Palavra de Deus, registrada no livro de
Gênesis e usada como abertura deste texto não teria valor nenhum, segundo reza
a Ideologia do Gênero.
A ideologia de gênero não é nada mais que a negação
de que existem sexos ao nascimento, com a afirmação que a sexualidade é uma
construção social, onde a pessoa escolheria o que deseja ser. É também
implantada na linguagem, com a negação de gênero nas palavras, com a
substituição das letras 'o' e 'a' pela letra 'x'; para dar um exemplo, a
palavra menino, ou a sua variação no feminino, que seria a palavra menina,
transformam-se em menin'x', visando a neutralidade.
A
IDEOLOGIA DE GENERO
Na submissão da mulher ao homem através da família,
e na própria instituição familiar, Marx [Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de
maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi um intelectual e
revolucionário alemão, fundador da doutrina comunista moderna, que atuou como
economista, filósofo, historiador, teórico político e jornalista.] e Engels
[Friedrich Engels Barmen (28 de novembro
de 1820 — Londres, 5 de agosto de 1895) foi um teórico revolucionário alemão
que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo.]
entenderam estar a origem de todos os sistemas de opressão que se
desenvolveriam em seguida. Se essa submissão fosse consequência da biologia
humana, não haveria nada que fosse possível fazer.
Mas no livro “A origem da família, da propriedade
privada e do Estado”, o último livro escrito por Marx e terminado por Engels,
esses autores afirmam que a família não é consequência da biologia humana, mas
do resultado de uma opressão social produzida pela acumulação da riqueza entre
os primeiros povos agricultores. Eles não utilizaram o termo gênero, que ainda
não havia sido inventado, mas chegaram bastante perto.
Tal
ideologia é um crime em vários aspectos:
Primeiramente,
se considerarmos a ideia de a administração central decidir o que o aluno deve
ou não aprender, ignorando totalmente o direito de escolha dos pais em relação
à metodologia de ensino desejada por eles.
Segundamente,
pela atribuição dos municípios perante o Plano Nacional de Educação, que é a de
fornecer a chamada educação básica, que vai do chamado maternal até o quinto
ano do ensino fundamental; ou seja, esse tipo de ideologia seria ensinado para
crianças de 0 a 10 anos, o que seria uma afronta dos atuais administradores
governamentais, “especialistas” em educação, e de suas agendas panfletárias à
educação formativa fornecida pelos pais de acordo com os seus preceitos,
opiniões, crenças e tradições, numa clara forma de doutrinação ideológica.
Terceiro,
que o gênero é um conceito ideológico que tenta anular as diferenças e aptidões
naturais de cada sexo; e há ainda o quarto aspecto, que consiste em ignorar o
indivíduo em prol da formação de militância e blocos coletivos.
Os pais não podem deixar que o Estado tente definir
o que é melhor para os seus filhos em matéria de educação. É tarefa e direito
dos próprios pais definir como esse tema será abordado e tratado nas famílias.
Se os Planos Municipais de Educação forem aprovados
tal como estão sendo propostos, os pais e mães brasileiros se tornarão reféns
das agendas defendidas pelo governo, que, como já vimos anteriormente e como já
ocorre em diversos lugares do país, distribui materiais “didáticos” que visam
corromper precocemente as crianças brasileiras. Ou que se proponham novas
soluções, como o voucher educacional, onde os pais escolheriam qual tipo de
educação seu filho teria, com o governo apenas pagando a escola.
CONSEQUÊNCIAS
DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
Mas o que a fé judaico-cristã pensa sobre este
homem, esta mulher e sua família? Vamos analisar a Bíblia Sagrada, o código de
ética dos judeus e dos cristãos. Logo no início encontraremos em Gênesis 2 e
versículos, a ideia do criador, de DEUS, no tocante ao ser que o mesmo criou,
ou seja, o homem e a mulher, vejamos: Gênesis 2:7,18 — “E formou o Senhor Deus o homem do pó da
terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma
vivente. (...) E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;
far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele”
Deus dá origem ao homem, e deste criará uma
AJUDADORA – NÃO AJUDADOR – o que deixa claro que está falando sobre masculino e
feminino, ou seja, de sexo, que são opostos e que se completam. Mais a seguir
Ele continua: Gênesis 2:22-24 — “E da
costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão.
E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta
será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto, deixará o homem o
seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e será ambos uma carne”.
Não há como negar ou manipular o que está escrito na
Biblia sagrada e inscrito na natureza humana. Deus deixa clara a formação do
homem e mulher, e assim define o conceito de sexo masculino e feminino, questão
ligada à natureza, à própria biologia, à fisiologia, etc. A civilização, partiu
desse dogma, a confirmação intelectual e científica veio com a chamada teoria
de Darwim que outrora nega Deus, mas reafirma através de sua teoria da seleção
natural, da que atesta que a evolução das espécies, só se consolida, somente é
possível, mediante a procriação entre um homem e uma mulher, um macho e uma
fêmea, sem que tivesse a intenção de exaltar ou endossar a criação Divina.
Deus criou seu povo, sua evolução só foi possível
com a organização social e pelo casamento heterossexual, assim foi determinado
por Ele e pela natureza humana. Tudo que é evidente não necessita ser provado.
O desenvolvimento natural de homem e mulher nos é
trazido quando da orientação que homem e mulher serão uma só carne. Dentre
vários prismas de interpretação que podemos trabalhar, iremos atentar apenas ao
que toca a formulação de família. Neste ponto começamos a observar o conteúdo
lógico, ou seja, homem, mulher, sexos e união.
Há um grande conflito aqui, pois ideologia como a do
próprio Karl Marx — o tão venerado e
adorado mestre dos revolucionários e progressistas — era uma “falsa
consciência” e não um conjunto de ideias. E o “falso” discurso vê as coisas não
como elas são de fato, mais de maneira invertida, de maneira diferente e
deturpada. Isso serve para tudo, mas aqui vou me ater à sexualização como forma
de prazer: “Ideologia da cultura sexual”. Deus é lógica, é matemática, é
biologia, é a evolução da humanidade. Deus não é ideologia, não se serve nem se
presta a falácias.
Quais
as consequências da Ideologia de Gênero
Uma
das consequências da Ideologia de Gênero é a eliminação do conceito de “pessoa”
A Agenda de Gênero, que comumente se conhece como
“Ideologia de Gênero”, pode ser comparada a uma espécie de explosão ou
destruição em massa. O efeito dominó é a imagem mais plástica que vem
frequentemente no imaginário.
1ª
consequência. A eliminação do conceito de “pessoa”. A
pessoa é uma realidade primaria e original. O psicólogo Carl Rogers afirmava:
“É sempre altamente enriquecedor poder aceitar a outra pessoa”. A aceitação é o
primeiro passo para vivermos nossa vida. Hoje, há uma constante rejeição e
negação do que somos. Deus nos fez a Sua imagem e semelhança, e isso tem um
valor incalculável! Não posso tornar inválido o que Deus fez em mim. Como negar
minha sexualidade, como negar minha origem, como negar aquilo de mais precioso
eu sou! O ser “pessoa” não é um elemento qualquer, mas a construção mais
autêntica de cada ser humano. A pessoa não é uma máscara como pretendiam
afirmar os gregos, ser pessoa é, nada mais nem nada menos, que a maior
qualificação que o homem recebe em todos os tempos, pois do ser pessoa deriva o
seu ser capaz de tornar as coisas diferentes. A proposta da Ideologia de Gênero
é a exaltação do “indivíduo”, anônimo e desconhecido, onde Deus não tem lugar.
2ª
consequência. Uma segunda consequência poderíamos
chamá-la da suplantação da sexualidade pelo sexuado. No conceito da Ideologia
de Gênero, o indivíduo tem todas as faculdades para fazer, no seu devido
momento, a opção sexual. O termo “opção sexual” cada vez mais traz confusão.
Para muitos, cada indivíduo deve fazer opções no momento em que mais lhe
convêm. Não existe, segundo a proposta da ideologia, ninguém que possa afirmar
que somos homem ou mulher desde o início da nossa vida.
Os criadores dessa ideologia negam que exista uma
propriedade que determine nosso gênero sexual, razão pela qual os comportamentos
sexuais foram convenções criadas e idealizadas pela própria sociedade. Se nós
aceitássemos essa tese, então teríamos de dizer que nenhum ser humano, até
hoje, foi verdadeiramente homem ou verdadeiramente mulher, tese que carece de
todo sentido.
Em cada um de nós, Deus plasmou o seu querer
criador. Ele nos fez de tal forma que não somos produto nem do determinismo
muito menos do casual encontro de gametas ou materiais genéticos. Em cada um há
um projeto originário e original. Fomos criados a Sua imagem e semelhança. O
homem sempre será homem a mulher sempre será mulher.
3ª
consequência. Uma terceira consequência, talvez a mais
crítica de todas e assim também a mais sutil, é a eliminação das relações
pessoais afetivas e os vínculos familiares. A Ideologia de Gênero postula que
os critérios familiares são secundários, a figura do pai, da mãe e dos irmãos é
completamente relativa.
Uma relação familiar pode passar a ser chamada de
espaço de “cuidado”, assim como também a monogamia, a fidelidade, a
exclusividade e o compromisso definitivo são desnecessários. Todos somos
“iguais”. Essa proposta é perceptível no momento em que vivemos junto a jovens
casais, pois muitas deles desejam viver uma espécie de “experiência de
convivência” para descobrir se vale ou não a pena estabelecer um vínculo
conjugal definitivo.
Muitos casais de namorados e noivos já levam uma
vida marital como se isso fosse o mais “normal” durante o tempo no qual só se
conhecem; na mentalidade proposta pela ideologia de gênero podem acontecer
inúmeras situações, sem medir os resultados e sem valorar os fins que essas
mesmas situações produzem.
Nós acreditamos que o amor tem nome de pessoa, exige
respeito, comunhão e cria vínculos de responsabilidade, entrega e compromisso.
Quem se decide a amar, segundo a proposta do Evangelho, sabe que dar a vida
pelo outro exige tempo, dedicação e exclusividade, e que o amor entre os
cônjuges só poderá ser vivido no amor esponsal e conjugal da vida matrimonial.
Poderíamos citar ainda muitas outras consequências,
mas considero que essas três já nos levam a pensar profundamente no mal que a
Ideologia de Gênero cria no sadio desenvolvimento das pessoas.
Devemos ser profetas, promotores da vida e
esclarecer que a Ideologia de Gênero agride a vida em todas as suas dimensões.
É necessário um diálogo, é necessário um esclarecimento, é necessária uma
conversão interior. Promovamos a vida e com ela o respeito ao Criador, que nos
fez a Sua imagem e semelhança.
Polêmica
social
Para os defensores desta bizarra ideologia, homem e
mulher não se diferem em questões naturais e biológicas, apenas em um conceito
cultural e social. Esta premissa não apenas promove o fim da construção Divina
da família (pai e mãe), como também influencia toda e qualquer prática sexual,
já que não existiria distinção social de homens e mulheres.
No Brasil, a discussão de conservadores x defensores
da Ideologia de Gênero vem criando atritos entre civis e líderes políticos.
Grupos de ativistas favoráveis à ideia anti-bíblica apoiam a posição das
Prefeituras que querem incluir o estudo da IG no PME. E, quando tenta se opor a
eles e se pronunciar a favor da família tradicional é atacado por uma “chuva”
de ofensas e impropérios dirigidos. São chamados de "fundamentalistas
religiosos". Nos Estados Unidos, a polêmica também está em foco com a
notícia de que os alunos do Condado de FairFax, na Virgínia, em breve receberão
aulas sobre o conceito adulterado de homem e mulher. A reação foi imediata por
meio de pais ofendidos e pastores evangélicos procurando despertar suas igrejas
sobre esta realidade nos meios de comunicação.
O
IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS
Deus nos criou para sermos amorosos, relacionáveis,
seres sexuais, e quando seguimos o projeto e o propósito de Deus para estas
coisas, vamos experimentar a satisfação, realização e prazer.
"Porque eu bem sei os pensamentos que penso de
vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que
esperais" (Jeremias 29:11).
· Deus é bom, e Ele nos ama, e Ele tem bons
pensamentos e planos para nós.
· A Bíblia é o modelo - O projeto de Deus para as
nossas vidas, em sua infinita sabedoria.
Vamos
pensar sobre o sexo da maneira como Deus pensa sobre o sexo.
1- Todas as idades precisam de saber isso - casados
ou solteiros, jovens ou velhos.
2 - Isso pode parecer estranho para você, que Deus
pensa sobre o sexo.
3 - Deus pensou sobre isso, ele criou, e Ele tem um
jeito para que ele funcione.
4 - Deus disse: "era muito bom" Não
deveria ser difícil para nós falarmos sobre sexo.
1.
Deus é a favor do sexo
"E criou Deus o homem à Sua imagem; à imagem de
Deus o criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse:
Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra..." (Gênesis 1:27-28).
As duas mais importantes verdades que aprendemos da
Palavra de Deus: Deus nos criou, e nos ama.
Quando Deus criou Adão e Eva, Ele lhes ordenou que
tivessem relações sexuais.
Deus nos projetou para sermos criaturas sexuais. Ele
espera que o sexo seja uma experiência deliciosa.
Provérbios 5:18-19 - Deus encoraja os homens a
desfrutar e estar satisfeito com a sua esposa.
Cantares de Salomão – Descreve o amor e o
relacionamento sexual entre uma mulher e o marido
I Coríntios 7 – Aos maridos e esposas a Bíblia diz
para desfrutar do sexo
Satanás veio e roubou o que Deus criou, e o sexo é
visto como algo sujo ou vergonhoso que você não deveria falar.
Deus quer que nós conheçamos sobre esse presente
maravilhoso, e não aprender sobre ele na TV, nas ruas, em alguma festa de
pijamas, ou em um filme pornográfico.
2.
Deus criou o sexo para o relacionamento conjugal
"Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua
mãe e se unirá à sua mulher, e serão ambos uma só carne. E ambos estavam nus, o
homem e sua mulher; e não se envergonhavam" (Gênesis 2:24-25).
O projeto de Deus é um homem e uma mulher em uma
relação de casamento comprometidos ao longo da vida.
O que aconteceria no planeta se todo mundo começasse
a seguir o designo de Deus?
Não haveria mais prostituição, o tráfico de escravos
do sexo, adultério, estupro, pedofilia, gravidez na adolescência, a
pornografia, culpa, vergonha, medo e dor. Nosso mundo não seria melhor?
.
O sexo fora do casamento é errado: "Não sabeis que os
vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de
Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o
homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz,
serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com
ele.
Fugi
da impureza. Qualquer outro pecado que uma pessoa
cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o
próprio corpo. Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós
mesmos?" (1 Corintios 6:15-19).
Sexo não é apenas um ato físico, mas há uma união
espiritual - uma alma unida - que ocorre.
Sexo antes do casamento é errado, porque ele viola a
lei do amor.
1 Coríntios 13:4 diz: "O amor é paciente."
O verdadeiro amor espera!
Não existe sexo seguro fora do casamento! Claro,
talvez você possa se livrar de uma AIDS, de se engravidar, e de outras doenças
sexualmente transmissíveis. Mas você não pode proteger seu coração.
Vamos falar mais sobre os benefícios da espera até o
casamento: "Por que esperar?"
Ilustração
do guarda-chuvas: os mandamentos de Deus são para nossa
proteção.
"Agora, pois, ó Israel, que é que o SENHOR
requer de ti? Não é que temas o SENHOR, teu Deus, e andes em todos os seus
caminhos, e o ames, e sirvas ao SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração e de
toda a tua alma, para guardares os mandamentos do SENHOR e os seus estatutos
que hoje te ordeno, para o teu bem?" (Deuteronômio 10:12-13).
· Por que Deus nos deu Seus mandamentos? Para o
nosso próprio bem e proteção!
· Quando você segue o plano de Deus, você está sob o
guarda-chuva da proteção.
"Tomará alguém fogo no seu seio, sem que as
suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre as brasa, sem que se queimem os
seus pés? Assim será o que entrar (dorme) á mulher do seu próximo; não ficará
inocente todo aquele que tocar" (Provérbios 6:27-29).
É preciso reconhecer que há conseqüências para o
pecado! Quando não seguimos o desígnio de Deus, vamos “ficar molhados"
(não sob o guarda-chuvas).
4.
Por que Deus criou o sexo?
a. Para produzir a vida:
"E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai, e
multiplicai-vos..." (Gênesis 1:28).
1. Deus nos ordena a ter filhos, povoar a terra.
Este é um dos propósitos
b.
Para proporcionar prazer: "Seja bendito o teu manacial,
e alegra-te com a mulher da tua mocidade... Deixe seus seios satisfazê-lo em
todos os momentos e sempre extasiado com o seu amor" (Provérbios 5:18-19).
1. Se você for casado, encorajo-vos a ler o Cantares
de Salomão - Que descreve uma relação sexual intima entre marido e mulher.
2. A questão é - O sexo não é apenas para fazer
bebês, é para seu divertimento, também! (Só no casamento)
c.
Para promover a unidade: "Por isso o homem deixará seu
pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois serão uma só carne." (Efésios
5:31).
1. Existe uma unidade, uma intimidade, que se
realiza. A Bíblia fala sobre “Conhecer” a sua esposa.
d.
Para proteger casais casados: "O marido não
deve privar sua esposa de intimidade sexual, que é seu direito como uma mulher
casada, nem deve privar a mulher de seu marido... Então faça não privar-se de
relações sexuais. A única excepção a esta regra seria o acordo de ambos, marido
e mulher que se abstenha de intimidade sexual por um tempo limitado, por isso
eles podem dar-se mais totalmente à oração. Mais tarde eles devem se reunir
novamente para que Satanás não seja capaz de tentá-los por causa de sua falta
de auto-controle" (1 Coríntios. 7:3,5).
1. Uma vida sexual saudável no casamento lhe ajudará
a defender contra a tentação.
2. Você descobrirá a frequência!
Uma
palavra aos pais:
Se você não ensinar aos seus filhos, eles serão
ensinados por alguém. Duas chaves:
1. Ensiná-los a fazer escolhas certas.
a. Se entra lixo, sai lixo! Guarda o coração.
2. Incentive-os a esperar até que eles se tornem
mais velhos, para começar a namorar
3. Estatisticamente:
a. Os que começam a namorar aos 12 anos, 91% são
sexualmente ativos antes do casamento.
b. Os que começam a namorar aos 14 anos, 56% são
sexualmente ativos antes do casamento
c. Os que esperam até os 16 anos, apenas 20% são
sexualmente ativos antes do casamento.
Conclusão
A
veracidade das Escrituras. O verso bíblico usado na
apresentação deste texto é uma afirmativa Divina para estabelecer termos
eternos e proteger o ser humano da influência diabólica que visa enfraquecer e
aniquilar o projeto mais perfeito estabelecido pelo Senhor para os que vivem na
terra: a família. A Ideologia do Gênero anula a figura do homem e a figura da
mulher, negando-lhes as funções sociais que cada um tem: ele o líder e ela o
ser mais frágil que precisa ser cuidada e ao mesmo tempo, cumpre a função de
auxiliadora.
Além disso, segundo a bandeira defendida pela
Ideologia do Gênero, qualquer prática sexual seria considerada aceitável, até
mesmo a pedofilia e o incesto. Por isso, não existe outra forma de proteger a
raça humana de sua degradação além de usar a fórmula feita pelo próprio Criador:
“homem e mulher os criou”. Dois seres da mesma espécie diferentes em sua
formação biológica, cognitiva e social, porém igualmente amados pelo Todo
Poderoso que os desenhou com Suas Próprias Mãos.
Deus é a favor do sexo. Deus criou o sexo para o
relacionamento conjugal. O sexo pré-marital é errado. O sexo no casamento é
para a produção da vida, proporcionar prazer, promover a unidade, e proteger os
casais. É importante falar sobre amor, sexo e relacionamentos, e conhecer o
desígnio de Deus.
Por: Evangelista Isaias
Silva de Jesus (auxiliar)
Igreja Evangélica Assembleia
de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bibliografia
Ética Cristã
e Ideologia de Gênero
As
Ciências Sociais ensinam que as desigualdades sociais entre os sexos são o
resultado de relações históricas de opressão e preconceito. A esse entendimento
dá-se o nome de “questão de gênero”. Essa concepção não reconhece que as
características físicas e biológicas de alguém devam ser usadas como parâmetro
comportamental. Nessa perspectiva, refutam ideia de que o “sexo masculino” deva
se comportar como menino e de que o “sexo feminino” deva se comportar como
menina. Alegam que o comportamento social esperado de homens e mulheres é
estabelecido pela cultura e não pelas questões físicas e biológicas.
1.0 QUE É A
IDEOLOGIA DE GÊNERO
A
ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis dos sexos masculino e
feminino. A ideologia de gênero, também conhecida como “ausência de sexo”, é um
mal presente na sociedade pós-moderna e indica o grau da corrupção da espécie
humana.
A
palavra “ideologia” é composta pelos vocábulos gregos eidos, que 111 dica
“ideia”, e logos, com o sentido de “raciocínio”. Assim, ideologia significa
qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira
de pensar e de agir das pessoas, seja individualmente, seja em sociedade. Em um
sentido amplo, a ideologia se apresenta como aquilo que seria ou é ideal para
um determinado grupo.
Na
busca da hegemonia política, o filósofo e político italiano Antônio Cramsci
(1891-1937) Gramsci recomenda a reforma intelectual e moral da sociedade por
meio de pessoas influentes como políticos, músicos, artistas,
famosos,jornalistas e por todos os meios disponíveis que possam manipular a
opinião pública. Mediante essas ações, é possível modificar o senso comum do
“certo” e do “errado”. Com o uso intenso da mídia, das artes da literatura, das
escolas, universidades e por via de palavras de ordem e a massificação de uma
“nova cultura”, cria-se o “homem coletivo”, que passivamente assimila a
“filosofia nova” e passa a pensar como todo o mundo. A partir desse momento,
quem ousar discordar do “senso comum modificado” sofrerá o patrulhamento
ideológico.
Esse
patrulhamento tem como objetivo desqualificar quem faz oposição e pensa
diferente, O propósito é desprestigiar quem se manifesta contrário à ideologia.
As pessoas que oferecem resistência são estigmatizadas e são acusadas com
termos pejorativos tais como “fundamentalista”, “homofóbico”, “preconceituoso”,
“machista”, “racista” e “reacionário” dentre outros. Desse modo são construídas
muralhas invisíveis que amordaçam o cidadão temeroso da censura. Assim, a
liberdade de expressão é controlada pelas grades do “politicamente correto”.
2. Ideologia
de Gênero
A
palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da
Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente, deveria indicar o “masculino” e o
“feminino”. Nesse sentido, a expressão é inofensiva, porém, na sociedade
pós-moderna, tal significado é relativizado e desvirtuado em “ideologia de
gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de sexo”. Esse
conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, e alega que o ser humano
nasce sexualmente neutro. Afirmam que os gêneros — masculino e feminino — são
construções culturais impostas pela sociedade.
Quanto
à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual
não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano. Nesse caso,
consideram que a atração pelo sexo oposto corresponde a determinados
estereótipos e papéis sociais previamente estabelecidos pelo contexto
histórico, político e cultural da sociedade.
A ideologia
de gênero e sua propagação
Como
acontece com toda a ideologia, a identidade de gênero vem sendo amplamente
divulgada pela grande mídia em busca da construção do “homem coletivo”. Na
tentativa de desqualificar seus oponentes, imprime-se, por exemplo, a ideia de
que o relacionamento afetivo entre pessoas de mesmo sexo é objeto de
discriminação e preconceito homofóbico. Desse modo, instituiu-se a denominada
“mordaça gay”, em que, por meio do “patrulhamento ideológico”, cidadãos de bem
convivem com o cerceamento de sua liberdade de expressão, nada podendo dizer em
contrário à ideologia de gênero sob pena de ser considerado preconceituoso.
3. Marxismo
e Feminismo como Fonte dessa Ideologia
O
marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro A Origem
da Família, a Propriedade Privada e o Estado (1884), em que a família
patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse
modo, a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista
Simone de Beauvoir, autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), em que é afirmado
que “não se nasce mulher, torna-se mulher”.
Assim,
do contexto social marxista que deu origem à “luta de classes” surgiu na
pós-modernidade a ideologia culturalista como sendo “luta de gêneros”, ou seja,
uma fantasiosa “luta de classes entre homens e mulheres”.
O conceito
marxista de família = O conceito marxista acerca da família patriarcal está desenvolvido
no livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884),
elaborado pelo sociólogo alemão Karl Marx, porém organizado e assinado por
Friedrich Engeis, dado à morte de Marx antes da publicação da obra (ENGELS,
2014, p. 1-3).
Nesse
livro, ele pretende explicar a gênese da realidade familiar por meio de um viés
de liberdade sexual desraigada e casamento dissolúvel. Marx dividiu os tipos
familiares de quatro maneiras, quais sejam: família consangüínea, família punaluana,
família sindiásmica e família monogâmica. Sua veraz crítica e seu conceito de
patriarcado é com a família monogâmica, pois em seu entendimento ela “baseia-se
no triunfo do homem” e “os laços conjugais não podem ser rompidos por qualquer
uma das partes” (ENGELS, 2014, p. 67).
Na
visão marxista, esse modelo de matrimônio escraviza o cônjuge a ter relações
sexuais apenas com o seu cônjuge, e, na opinião do sociólogo, isso é uma
discrepância, tendo em vista que a liberdade sexual é necessária para a
sociedade (ENGELS, 2014, p. 70-72). Desse modo, a intenção de Marx é
desconstruir o sistema patriarcal e promover a liberdade sexual. Por isso,
afirma-se que a ideologia de gênero é desdobramento do marxismo que também
pretende eliminar o modelo familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual.
O conceito
feminista de gênero
A
francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), considerada uma das mais importantes
feministas da história, escreveu, como já afirmado, uma polêmica obra a
respeito do feminismo, o livro O Segundo Sexo (1949). Filósofos afirmam que as
mais de 800 páginas de seu livro podem ser sintetizadas pela frase já
imortalizada pelos adeptos da ideologia de gênero: “Não se nasce mulher,
torna-se mulher”. Beauvoir afirma em sua obra que “todo ser humano do sexo
feminino não é, portanto, necessariamente mulher; cumpre-lhe participar dessa
realidade misteriosa e ameaçada que é a feminilidade.” (BEAUVOIR, 2009, p. 13).
Diante
de tal construção teórica e filosófica, surgiu o conceito feminista de gênero,
isto é, que a pessoa do sexo feminino não nasce mulher, sendo a construção
social da sociedade machista que a transforma em mulher. A partir daí nasceu a
expressão “empoderamento”, para sinalizar a luta pela igualdade de gêneros e a
busca da libertação sexual, em que todos podem fazer opção de querer ser homem
ou mulher.
II.
CONSQUÊNCIAS
A
ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis de homens e mulheres e
assim descontinuar o casamento e a família tradicional. AsEscrituras Sagradas
ensinam que o pecado provoca graves consequências e o ser humano recebe em si
mesmo o resultado de seus erros (Rm 1.27).
1. Troca de
Papéis entre Homens e Mulheres
A
ideologia de gênero ensina que os papéis dos homens e das mulheres foram
socialmente construídos e que tais padrões devem ser desconstruídos. Essa
posição não aceita o sexo biológico (macho e fêmea) como fator determinante
para os papéis masculino e feminino. Sob esse aspecto, alguém pode ser
biologicamente homem e desejar desenvolver comportamento típico de mulher e
vice-versa. Faz-se ainda apologia à prática do homossexualismo e do
lesbianismo. Tal posição despreza os papéis biblicamente constituídos (Rm
1.25-32; Ef 5.22-33).
O perigo da
inversão de valores
Na
época do profeta Isaías, a ordem social, o estado moral, ético e espiritual do
povo de Judá era lamentável e em muito se assemelha aos dias que vivemos, O mal
era caracterizado pela inversão dos valores.
O
profeta fora enviado a uma nação que se recusava ouvir a palavra de Deus (Is
1.2-6,10-17; 6.9-13). Nesse cenário de podridão moral e espiritual, Deus
levantou um atalaia para profetizar contra a nação. Dentre as reprimendas, o
profeta vaticinou “seis ais” que confrontavam o comportamento inadequado
daquele povo.
O
primeiro “ai” era contra o materialismo desenfreado e o enriquecimento ilícito
(Is 5.8-10).
O
segundo “ai” duplamente anunciado condenava a bebedeira e a embriaguez que
conduzia à ociosidade (Is 5.11,12,22).
O
terceiro “ai” repreendia os que zombavam da verdade e duvidavam do juízo divino
apostando no ceticismo (Is 5.18,19).
O
quarto “ai” era um alerta acerca da perversão dos valores. Tratava-se de uma
dura advertência acerca do extremo perigo do relativismo cultural (Is 5.20).
O
quinto “ai” era uma condenação aos presunçosos que se julgavam sábios e únicos
donos da verdade (Is 5.21).
E
o sexto e último “ai” repreendia a corrupção, o suborno e a perversão do
direito (Is 5.23). Essas atitudes reprováveis e imorais causaram a derrocada
daquela nação (Is 5.24,25).
Em
nosso tempo, a situação não é diferente; a sociedade está em estágio de
putrefação moral e ética, pois a verdade vem sendo modificada por intensa
manipulação do pensamento. Homens inescrupulosos afrontam a verdade de Deus e a
sua Palavra promovendo ideologias contrárias à revelação divina. A ideologia de
gênero, com a sua inversão de valores, tem invadido, inclusive, diversos
setores da igreja que se autodenomina cristã.
O
farisaísmo — como dissimulação da verdade — tem adentrado em nosso meio. A
reprimenda de Cristo os classificando como “Condutores cegos! Coais um mosquito
e engolis um camelo” (Mt 23.24) vem sendo ignorada por um número considerável
da igreja e de sua liderança. Contudo, as Escrituras são categóricas em revelar
que não haverá escape para os transgressores.
Aos
que relativizam a verdade, a Palavra de Deus vaticina: “não será tardia a
sentença, e a sua perdição não dormita” (2 Pe 2.1-3). A igreja não pode fechar
os olhos para a inversão dos papéis de homens e mulheres divinamente revelados
nas Escrituras (Ef 5.22-33).
2. Confusão
de Identidade para o Ser Humano
Os
adeptos dessa ideologia fazem questão de criar conceitos relativistas. Afirmam
que a sexualidade (desejo sexual) e o gênero (homem e mulher) não estão
relacionados com o sexo (órgãos genitais). Desse modo, a identidade de gênero e
a orientação sexual passam a ser moldadas ao longo da vida. Por exemplo, a
criança passa a decidir depois de crescida se quer ser menino ou menina. No
entanto, essa indefinição acerca da própria identidade produz efeito dramático
no ser humano por causa da confusão de papéis, e provoca sérios problemas de
ordem espiritual e psicossocial. Tal ideologia induz, inclusive, à insolência
de a criatura questionar o seu Criador (Rm 9.20).
Identidade
de gênero
Biblicamente,
a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados às
características físicas do sexo (masculino e feminino), e não com o construto
cultural da sociedade. O conceito de “identidade de gênero” não aceita o sexo
biológico (masculino e feminino) como fator determinante da sexualidade.
Ensinam que os indivíduos desenvolvem sua “identidade de gênero” durante o
processo de socialização com a cultura na qual estão inseridos. Assim, o
propósito dessa ideologia na área da moralidade é desassociar o sexo da
sexualidade e com isso provocar a inversão dos valores também do casamento e da
família.
3.
Desvalorização do Casamento e da Família
A
ideia é de que o desaparecimento dos papéis ligado ao sexo provoque um
destruidor impacto sobre a família. A ideologia considera que a atração pelo
sexo oposto, o casamento e a família correspondem a determinados estereótipos e
papéis sociais previamente estabelecidos pela sociedade.
Tudo
passa a ser relativizado e permitido, isto é, ninguém poderá afirmar que algum
modo de relações entre os sexos possa ser mau ou antinatural. O casamento
heterossexual e a família tradicional são totalmente desconsiderados. Esses e
outros males são resultados da depravação humana e sinais da iminente volta de
Cristo (2 Tm 3.1-5).
A depravação
da sexualidade
Quando
se adota a identidade de gênero como parâmetro ou medida, os valores e os
conceitos morais tornam-se relativos. Caso fosse verdadeiro que o ser humano tenha
capacidade para “autoconstruir” seu próprio gênero “nenhum modo de relação
sexual poderá ser considerado puro ou impuro, certo ou errado” (SCALA, 2011, p.
65). Assim, instala-se o relativismo e a resultante inversão/alteração de
valores (Is 5.20).
A
partir disso, não se poderá restringir a liberdade sexual de ninguém. A começar
pelo postulado básico da “identidade de gênero” de que não existe uma
identidade biológica em relação à sexualidade e que todas as relações sexuais
são apenas o construto da sociedade, então toda relação sexual consentida será
considerada moralmente boa e, portanto, lícita e aceitável, não sendo passível
de crítica ou condenação por parte da sociedade e das autoridades públicas.
Em
vista disso, serão desconstruídas as relações familiares, o casamento, a
reprodução, a educação, a religião, a sexualidade, dentre outros. Práticas que
hoje são moralmente condenadas passarão a ser consideradas igualmente lícitas
tanto do ponto de vista moral, legal e jurídico. Depravações sexuais como
zoofilia (sexo do homem com animais); necrofilia (atividade sexual com cadáver)
e até a pedofilia (sexo de adultos com criança) serão toleradas como resultado
da aceitação da “ideologia de gênero”.
Convém
aqui registrar que a prática da zoofilia é tipificada como crime (Art. 32, Lei
9.605/1998), a necrofihia (Art. 212, Código Penal Brasileiro), bem como a
pedofilia, é considerada crime contra vulnerável previsto no Código Penal
Brasileiro (Art. 217-A), além de ser tipificada como doença na categoria “Transtornos
da preferência sexual” listada na Classificação Internacional de Doenças
(CID-10, Código F65.4).
Apesar
de estarmos conscientes desses fatos, sabemos que a cultura se modifica e seus
conceitos e valores podem ser relativizados. Entretanto, as Escrituras Sagradas
ensinam que as verdades divinamente reveladas independem da cultura, e,
portanto, não são passíveis de alteração. Para o cristão, a autoridade e a
inspiração divina das Escrituras são fatos inquestionáveis.
O
reformador alemão Martinho Lutero (1483- 1546) compreendia que o sentido de
“Sola Scriptura” era literal, ou seja, somente a Escritura — e não a Escritura
somada à interpretação dos homens ou a cultura dos povos — é a fonte de
revelação cristã. Sua defesa era pela centralidade da palavra de Deus. (LUTERO,
v. 2, 2010. p. 403). O reformador holandês Jacó Armínio (1560-1609) igualmente
defendeu a centralidade das Escrituras e ensinou que todas as doutrinas
necessárias para o cristão já nos foram transmitidas pela revelação da Palavra
de Deus (ARMINIO, v. 1,2015, p. 377). Portanto, para o cristão as doutrinas
bíblicas se constituem em única autoridade infalível de fé e prática.
III. O IDEAL
DIVINO QUANTO AOS SEXOS
A
Palavra de Deus revela que o homem foi criado macho e fêmea (Gn 1.27). Entre
outros propósitos divinos estava a união heterossexual entre um homem e uma
mulher. Portanto, a revelação divina contida na Bíblia Sagrada está acima da
ideologia de gênero e transcende a cultura pós-moderna relativizada de nossa
época.
1. Criação
de Dois Sexos
Deus
criou dois sexos anatomicamente distintos: “E criou Deus o homem à sua imagem;
à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn 1.27). Portanto,
biologicamente, o sexo está relacionado às formas do corpo humano e aos órgãos
genitais. Assim sendo, os seres humanos nascem pertencendo ao sexo masculino ou
ao sexo feminino, O homem é designado como macho e a mulher como fêmea. Por
conseguinte, não podemos alterar a verdade bíblica para acomodar a ideologia de
gênero, pois a cultura permanece sob o julgamento de Deus (1 Pe 4.17)
Não podemos
mudar a verdade
Paulo
alerta a igreja de Corinto: “nada podemos contra a verdade, senão pela verdade”
(2 Co 13.8). No contexto dessa passagem, tanto o “evangelho” quanto a “retidão
moral” é apresentado como conceito da verdade. Essa expressão paulina indica
que rejeitar a verdade, seja ela no campo da ética, seja da moral, implica
combater contra aquEle que é a verdade — Cristo e seu evangelho. Portanto, não
é possível anular a verdade, ainda que alguma ideologia o queira fazer.
Aqui
está evidenciado um princípio geral: não importa o que o homem faça para torcer
a verdade, no final, quer queira quer não, a verdade triunfará sobre a
falsidade e o engano. Pode até ser que a verdade fique oculta ou subjugada por
um determinado espaço de tempo, mas por fim ela ressurgirá triunfante.
Por
conseguinte, diante da exortação paulina, não podemos alterar a verdade bíblica
para acomodar a fé cristã aos valores da cultura secular. Nem tampouco devemos
ceder ao conformismo e assistir passivamente à deturpação da verdade. Não
estamos autorizados a acrescentar ou retirar algo da verdade revelada por Deus
(Ap 22.18,19). As Escrituras são enfáticas ao revelar que Deus criou apenas
dois sexos: macho e fêmea (Gn 1.27). Portanto, enquanto a Igreja estiver na
terra, temos que oferecer resistência à tentativa de deturpação da verdade.
2. Casamento
Monogâmico e heterossexual
Ao
instituir o casamento, Deus ordenou: “o homem deixará pai e mãe e se unirá à
sua mulher, e eles se tornarão uma só carne” (Gn 2.24, NVI). Isso significa que
a união monogâmica (um homem e uma mulher) e heterossexual (um macho e uma
fêmea) sempre fez parte da criação original de Deus.
A
diferenciação dos sexos visa à complementaridade mútua na união conjugal: “nem
o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão” (1 Co 11.11). Assim,
mudam-se as culturas e os costumes, mas a palavra do nosso Deus permanece
inalterável (Mt 24.35).
O modelo da
família cristã
A
Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil crê, professa e ensina que a
família é “instituição criada por Deus, que tem por princípios reguladores e
estruturantes a monogamia [...] e a heterossexualidade” (SOARES, 2017, p. 205).
Por essas razões, nossa confissão de fé rejeita a homossexualidade (1 Co 6.10)
e qualquer configuração social que se denomina família cuja existência é
fundamentada em prática, união ou qualquer conduta que atenta contra a
monogamia e a heterossexualidade, consoante ao modelo instituído pelo Criador e
ensinado pelo Senhor Jesus (Mt 19.4-6). Esse tema será discutido novamente com
maior profundidade no capítulo 9, que abordará o planejamento familiar.
3. Educação
dos Filhos com Distinção dos Sexos
Educar
não consiste apenas em suprir os meios de subsistência e proporcionar o bem-estar
necessário. Cabe também aos pais educar os filhos na admoestação do Senhor (Ef
6.4), promover o diálogo e o amor mútuo (Ef 6.1,2). A família cristã não pode
perder a referência bíblica na educação de seus filhos. Explicar e orientar que
homens e mulheres, por exemplo, possuem órgãos sexuais distintos que os
diferenciam sexualmente é responsabilidade dos pais.
Deve-se
ensinar, ainda, o respeito e a não discriminação, mas também a diferenciação
entre os sexos a fim de coibir a inoportuna “luta de gêneros” (Gn 1.27; 1 Co
11.11,12; Ef 5.22-25).
A ideologia
de gênero na educação secular
Nesse
aspecto, os pais ou os responsáveis pelos estudantes devem redobrar a atenção.
Ativistas labutam para implantar a “ideologia de gênero” nas escolas por meio
de material didático e uma nova pedagogia voltada para a desconstrução sexual e
o doutrinamento das crianças e alunos em geral.
No
Brasil, em 2014, durante a tramitação no Congresso Nacional do PNE (Plano
Nacional de Educação), que dita as diretrizes e metas da educação para os
próximos dez anos, após diversas pressões de parlamentares cristãos, a
ideologia de gênero foi retirada do texto. Após uma série de debates, o
Ministério da Educação manteve a ideologia de gênero na Base Nacional Comum
Curricular, porém, agora na disciplina de ensino religioso. A Base Nacional se
limita, por enquanto, ao ensino infantil e fundamental (basenacionalcomum.
mec.gov.br).
Por
fim, o que se pode afirmar é que a ideologia de gênero pretende relativizar a
verdade bíblica e impor ao cidadão aquilo que deve ser considerado como ideal.
Acuada pelo “patrulhamento ideológico”, parcela da sociedade não esboça reação,
faz concessões em nome do “politicamente correto”, e o mal vem sendo propagado.
No entanto, os cristãos possuem o dever de reagir e “batalhar pela fé que uma
vez foi dada aos santos” (Jd 3).
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Setor I - Em Dourados – MS
Livro Valores Cristãos – lª. Edição CPAD – Douglas
Baptista