19 de agosto de 2009

O GLORIOSO PROPÓSITO DA SALVAÇÃO

O GLORIOSO PROPÓSITO DA SALVAÇÃO

TEXTO ÁUREO - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Ef 1.3).

VERDADE PRÁTICA - A epístola aos Efésios apresenta o piano da salvação envolvendo o passado, presente e o futuro dos crentes.

LEITURA BÍBLICA = EFÉSIOS 1.1-3; = COLOSSENSES 1.24-27

INTRODUÇÃO

Estudaremos neste trimestre a epístola de Paulo aos Efésios que se destaca pela universalidade do seu conteúdo, não só à igreja em Éfeso, mas a todas as igrejas sob a liderança pastoral de Paulo, bem como a toda a Igreja de Deus em todo o mundo e em todos os tempos. O caráter universal dessa epístola é percebido pelo plano da salvação proposto por Deus desde a fundação do mundo e que alcança a toda criatura humana, independente de raça, cor ou nação. Esse plano não discrimina judeu nem gentio, mas coloca todos debaixo da graça imensurável de Deus em Cristo Jesus.

1. O FUNDAMENTO HISTÓRICO

Nos capítulos 19 e 20 de Atos dos Apóstolos está narrado o episódio que levou o apóstolo Paulo a passar três anos na cidade de Éfeso, cidade a qual dispensou um bom tempo de seu ministério. Diz o relato bíblico que “a palavra do Senhor crescia poderosamente e prevalecia” (At 19.19, 20). A operação divina por meio de Paulo em Éfeso alvoroçou os adeptos do culto a Diana, que tinha seu templo na cidade (At 19.23-41).

1. O aspecto circunstancial. Quando Paulo escreveu a epístola aos Efésios, estava preso em Roma, de onde a enviou àquela igreja através de Tíquico, por quem, também, enviou as cartas a Filemom e à igreja de Colossos, provavelmente entre 61 e 63 d. C. É considerada uma das “cartas da prisão” porque as escreveu enquanto estava preso em Roma. Na primavera de 63 d.C., provavelmente, foi liberto.

2. O aspecto geográfico. Efeso ficava situada na costa ocidental da antiga Asia Menor, hoje parte da Turquia e que ficava distante de Atenas, na Grécia, apenas 240 quilômetros. Naquela época Éfeso era uma importante metrópole pertencente ao Império Romano e que chegou a ter uma população de aproximadamente 300 mil habitantes. Éfeso era uma próspera cidade, com porto de mar, o qual favorecia a peregrinação obrigatória dos adeptos dos deuses pagãos daquela região, tais como Diana (cultuada entre os gregos como Artêmis). A indústria e o comércio de Éfeso atraíam gente de todas as regiões adjacentes.

II. IDENTIDADE E DESTINATÁRIOS

Os dois primeiros versículos da epístola constituem a saudação do apóstolo Paulo, Naquela época havia uma forma peculiar de se iniciar uma carta contendo no começo o nome do autor e em seguida o destinatário.

1. A identificação de Paulo (v.1). Ele começa, como era o costume da época, usando o prenome Paulo e, a seguir, além de sua identificação pessoal, apresenta os títulos que identificavam o seu ministério apostólico. “Apóstolo de Jesus Cristo”. “Apóstolo” foi o termo que Jesus aplicou aos doze primeiros obreiros que Ele chamou dentre os discípulos. Paulo não tinha falsa modéstia, nem tinha em seu coração qualquer atitude de vaidade e presunção, aplicando a si mesmo um título sem merecê-lo. Paulo esclarece que seu apostolado não veio de homens, mas “pela vontade de Deus”. Ele exalta a vontade de Deus porque ela expressa a soberania divina na edificação e destino da Igreja de Cristo. Se o título de apóstolo dependesse apenas da vontade de homens Paulo não teria a aprovação do Espírito Santo no seu ministério.

2. Os destinatários (v.1). Paulo saúda os cristãos de Efeso chamando-os de “santos” e “fiéis”. São dois termos típicos aplicados aos cristãos através do Novo Testamento. A Igreja é constituída de “santos e fiéis”. Ao tratar os cristãos de Éfeso como “santos”, o apóstolo reforçava a posição desses cristãos em relação à idolatria daquela cidade. Eram santos porque eram separados da vida mundana de Éfeso. Eram chamados fiéis porque não se deixaram levar pela força demoníaca que dominava os habitantes da cidade e os escravizava ao paganismo.

3. A saudação peculiar da Igreja primitiva: “graça e paz” (v.2). O apóstolo Paulo usava estas palavras em suas saudações em todas as epístolas enviadas às igrejas. Na tradição judaica usava-se apenas a palavra “paz” (shalom, no hebraico), mas Paulo por inspiração divina, adicionou a palavra “graça” àjá conhecida “paz”, e deu à saudação cristã um sentido muito especial: “graça e paz”. Os crentes em Cristo têm agora a “paz” da parte de Deus Pai, mas obtiveram a “graça” por Jesus Cristo.

III. BÊNÇÃOS E PRIVILÉGIOS EM CRISTO

O versículo 3 abre o cortejo de “todas as bênçãos espirituais em Cristo”. O apóstolo começa com uma exclamação de louvor e adoração ao Senhor, demonstrando que a vida cristã só tem sentido se tivermos sempre uma atitude de reconhecimento e ação de graças ao doador de todas as bênçãos: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

1. A fonte das bênçãos (v.3). A palavra “bendito” toma exclusiva e singular a fonte de todas as bênçãos que é Deus Pai. Só Ele é digno de ser bendito porque somente Ele é o perfeito doador de bênçãos.

A fonte é original. Não é imaginária, nem falsa. Ela é identificada como “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Por três vezes nesse mesmo capítulo a Palavra de Deus nos ensina que a finalidade de todas as coisas realizadas por Deus é o louvor da sua glória (Ef 1.6,12,14).

2. O caráter das bênçãos (v.3). “O qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais”. As bênçãos de que trata a Bíblia aqui, tem uma total abrangência mediante a palavra “todas”, porque essa palavra refere- se, não à coisas naturais e materiais, mas essencialmente, espirituais. As bênçãos espirituais em Cristo estão acima de todo e qualquer bem físico ou material. As riquezas de que fala o apóstolo são espirituais, porque, na realidade, Paulo não tinha nada materialmente. Sua fé e confiança estavam depositadas na contemplação das riquezas espirituais. Lamentavelmente, esse texto tem sido interpretado erradamente, como se referisse às riquezas materiais, como sendo bênçãos espirituais. Cuidado com a falsa teologia da prosperidade.

3. O campo de fruição das bênçãos (v.3). A expressão “nos lugares celestiais” indica a sublimidade da vida cristã, o nível mais elevado no qual fomos colocados. Essas “bênçãos espirituais” são alcançadas evidentemente pelos que, pela fé em Cristo, vivem no plano espiritual (Gl 2.20; Cl 3.3), pois o termo “lugares celestiais” não tem um sentido geográfico, físico ou espacial, mas trata- se de estado e realidade espirituais que são alcançados somente pelos que, por amor e dedicação a Cristo, renunciaram a uma vida carnal e vivem uma vida biblicamente espiritual (Rm 8. 1h).

Em outras versões da Bíblia usa-se o termo “regiões” que não muda o sentido do termo “lugares”. Ser abençoado “nos lugares celestiais” significa ter alcançado um estado de vida espiritual e galgado uma posição espiritualmente acima do plano meramente físico ou material. Em Cristo, o crente é levantado desse mundo tenebroso e colocado numa posição de superioridade. Significa que está por cima, nunca por baixo, o que deve ser uma coisa normal da nova criatura (2 Co 5.17).

CONCLUSÃO

Vimos através desta lição o plano de Deus quanto à constituição do seu novo povo, a Igreja. Dentro do propósito divino, ela, seria formada de modo diferente do que Israel, o povo da antiga aliança. Louvemos ao Senhor pelo seu maravilhoso plano para constituir esse novo povo, o qual, embora no mundo, lhe pertence unicamente.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Lições bíblicas CPAD

JESUS A SALVAÇÃO

JESUS A SALVAÇÃO

TEXTO ÁUREO - “Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido” (Mt 18.11).

VERDADE PRÁTICA - Jesus veio ao mundo com a sublime missão de propiciar a salvação a todos os homens, mas só serão salvos os que o aceitarem como único e suficiente Salvador.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - MATEUS 1.21; - 8.25; - 10.22; LUCAS 1.47; - 2.11,30

INTRODUÇÃO

Desde o ventre de sua mãe, Jesus já era apresentado por Deus como aquele que haveria de trazer a solução para a reconciliação do homem com o seu Criador, livrando-o da condenação eterna, resultante do pecado do primeiro Adão. A nossa salvação foi, e é, sem dúvida, o maior de todos os milagres operados por Jesus. Com esta lição, iniciamos uma incursão pelas páginas dos Evangelhos, extraindo alguns dos maravilhosos ensinos de Jesus, nosso Senhor.

1. O NOME DE JESUS ANUNCIADO

1. Sete séculos antes. Jesus teve seu nome previsto, séculos antes de seu nascimento, e divulgado nas páginas áureas das Escrituras. O profeta messiânico, Isaías, com setecentos anos de antecedência, vaticinou que seu nome seria “...Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9.6b). Para cumprir sua missão salvífica, Ele teria que ter um nome assim, revelando sua personalidade e seu caráter único e inigualável.

2. O nome de Jesus e sua missão. Quando José, desposado com a jovem Maria, percebeu que sua noiva estava grávida (cf. Mt 1.18), sem haver-se ajuntado com ele, “intentou deixá-la secretamente” (Mt 1.19).

Contudo, por ordem divina, o anjo do Senhor lhe apareceu, tranqüilizando-lhe, e dizendo que ela estava grávida pelo poder do Espírito Santo, e teria um filho, cujo nome seria Jesus, “porque ele salvará o seu povo dos seus peca- dos” (Mt 1.20,21). [grifo nosso)

3. O nome de Jesus e seu significado. O nome Jesus é a forma grega do nome Josué (no hebraico, Yeoshuah), que significa “0 Senhor salva”, ou “Jeová Salva”. O significado do nome está em harmonia com a missão salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo.

Isso é confirmado em Hb 7.25, que diz “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus...” e em At 4.12: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”.

II. JESUS PROCLAMADO COMO SALVADOR

1. O testemunho do anjo. Antes, o anjo Gabriel já anunciara a Maria que o nome do seu filho seria Jesus, que significa “salva dor”. Aos pastores de Belém, um mensageiro celestial asseverou que não temessem, pois, na cidade de Davi, havia nascido “o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11).

2. O testemunho de Simeão. Por revelação do Espírito Santo, o velho Simeão, “homem justo e temente a Deus”(cf. Lc 2.25) soube que não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor. E, pelo Espírito, foi ao templo (Lc 2.2627a). [grifo nosso) No santuário, Simeão, ao ver o menino Jesus, o tomou nos braços, e exclamou: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, pois já os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2.29,30).

3. O testemunho de João, o Batista. Como um pregoeiro da verdade, João Batista testificou da missão de Jesus, exclamando, às margens do Jordão: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29b), e o fez por revelação divina, pois Deus lhe dissera que o Cristo seria aquele sobre quem João visse descer o Espírito Santo em forma corpórea de pomba (Jo 1.32-34; Mt 1.16,17).

4. O seu próprio testemunho. Na casa de Zaqueu, após este confessar seus pecados, Jesus afirmou que a salvação chegara àquela casa, “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.8-10). Apresentando-se como o Bom Pastor, Jesus afirmou: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á...” (Jo 10.9 a). No memorável sermão, à entrada de Jerusalém, o Senhor afirmou que não veio para julgar, “mas para salvar o mundo” (Jo 12.47). A Nicodemos, príncipe dos Judeus, Jesus disse que todo aquele que nEle crê não perece, mas tem a vida eterna (cf. Jo 3.16). Em Jo 5.24, Ele afirmou que quem ouve a sua palavra tem a vida eterna.

III. OS ENSINOS DE JESUS SOBRE A SALVAÇAO

1. A fé como meio para a salvação (Jo 3.16). No diálogo com Nicodemos, Jesus asseverou a necessidade do novo nascimento (Jo 3.1-5), e revelou a verdade central do Novo Testamento, considerada por muitos estudiosos o “Texto Áureo” dos Evangelhos, ao dizer que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Da parte de Deus, o amor que salva.

Da parte do homem, a fé que aceita a salvação de Deus (ver Ef 2.8,9). A fé que salva não é a fé meramente intelectual (ver At 8.13,2 1). Mas é a fé viva, que nasce no coração, estimulada pelo Espírito, com base na Palavra de Deus. “...a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). O amor leva Deus ao encontro do homem perdido. A fé leva o homem perdido ao encontro com Deus.

2. Á necessidade do arrependimento. O termo “arrependimento” na Bíblia tem o sentido de contrição, tristeza e angústia do pecador diante de Deus, por seus pecados, e também voltar-se resoluto para Deus.

É uma mudança total de rumo na vida: deixar a senda de pecado e caminhar de volta a Deus e, continuar a caminhar com Deus.

3. A renúncia Indispensável. O arrependimento para a salvação não pode ser apenas um impulso de um momento. Precisa ser vivido na prática, na continuidade da vivência do cristão. Para tanto, há necessidade de renúncia quanto à velha vida (cl’. 2 Co 5.17). Jesus disse: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24). Aqui está o ponto crítico da conversão de um pecador. A natureza humana, contaminada pelo germe do egoísmo, e da rebeldia contra Deus, reluta e resiste em dar lugar à renúncia dos interesses mesquinhos, carnais e efémeros, para aceitar o senhorio de Cristo.

4. A perseverança do salvo. A vida cristã não é um “mar de rosas”. Jesus afirmou aos seus discípulos que teriam aflições, no mundo, mas que tivessem bom ânimo, pois Ele venceu o mundo (cf. Jo 16.33). Jesus nos garante a vitória, na luta pela permanência como salvos em seu nome. Mas, para chegarmos na eternidade, com Deus, é necessário que tenhamos perseverança.

O cristão enfrenta lutas e desafios constantes, a começar de parte de seus próprios familiares e conhecidos, O Senhor previu que pais e filhos não se entenderiam, e que os crentes seriam odiados por causa de seu nome (Mt 10.21,22), mas que “...aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 1O.22b). Diante disso, não há base bíblica para a doutrina da predestinação absoluta, segundo a qual uns já nascem para serem salvos, e outros, desafortunados, já nascem miseravelmente predestinados à perdição. Isso não condiz com o caráter de Deus, revelado nas Escrituras. Para ser salvo, é necessário crer em Jesus, com arrependimento, e permanecer salvo, através da santificação (cf. Hb 12.14). A santificação se manifesta através da perseverança, em obediência aos ensinos de Jesus.

IV. A FÉ PESSOAL RECONHECIDA

A doutrina calvinista ensina que o homem nada faz para ser salvo. Segundo esse ensino, a salvação vem de cima, como um “prato feito” para o pecador. Se ele é um “eleito”, não precisa nem estender a mão para receber a salvação. Nesse ensino, não há lugar para a fé pessoal. Mas Jesus valorizou a fé de cada pessoa que o buscou de todo o coração.

A mulher que foi curada do fluxo de sangue ouviu de Jesus: “...Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou” (Mt 9.22); vendo a fé do paralítico de Cafarnaum, Ele disse: “Pilho, perdoados estão os teus pecados “(Mc 2.5); à pecadora que ungiu seus pés, Jesus disse: “A tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 7.50). A fonte da salvação é a graça de Deus: “Pela graça sois salvos...”; mas a fé é o meio da parte de Deus, qual é a mão estendida do pecador em direção à mão estendida do amor de Deus: “...por meio da fé”. (Ver Ef 2.8,9.) “...e isso não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). Grifamos a palavra isso, lembrando que ela se refere diretamente à salvação e indiretamente à fé.

A salvação é o grandioso dom de Deus, bem evidente nesta passagem e no seu contexto.

CONCLUSÃO

Sem dúvida alguma, a salvação trazida por Jesus Cristo, foi o maior milagre propiciado por Deus ao ser humano, depois da Queda, no Éden. As curas, as maravilhas, a sua mensagem, tudo foi usado por Ele para despertar o homem para aceitar o dom de Deus, a salvação (Ef 2.8). O perdido, uma vez que creia e se arrependa dos seus pecados, confessando a Cristo como seu Salvador e Senhor, tem a vida eterna (Jo 5.24).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus (auxiliar)

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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