25 de junho de 2013

EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR



EU E MINHA CASA SERVIREMOS AO SENHOR  – Ev. José Costa Junior


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

   O assunto desta lição diz respeito a família servindo ao SENHOR. A Escritura Sagrada afirma: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Sl 127.1). Podemos entender “casa” também como família. Se o Senhor não edificar a família, todos os esforços humanos serão inúteis. "Um bom casamento não é apenas um contrato entre duas pessoas, mas uma aliança sagrada entre três - Deus, a esposa e o marido. Se não nos dedicarmos a dar honra a Deus, não há muito que possamos fazer para resistir à crescente degradação e destruição do laço conjugal hoje em dia."

O fracasso de muitos casamentos tem uma única explicação: a ausência de Deus na vida do casal. Não que Deus se tenha ausentado dessas pessoas, mas elas se tornaram impermeáveis à atuação divina. Isto pode ser ilustrado com uma maneira rudimentar usada para proteger plantas da geada, em alguns lugares: as pessoas cobrem as plantas com um plástico; a geada cai sobre elas, mas o plástico não deixa que elas sejam atingidas. Muitos casais têm colocado plásticos espirituais sobre seu casamento, impedindo assim que ele seja atingido pelas bênçãos de Deus. Tais plásticos podem ser a indiferença, o desinteresse ou a incredulidade. E o resultado é o fracasso.

Martin Luther King Júnior afirmou que a maioria das pessoas pode ser considerada ateus práticos. E explica: "Não negam a existência de Deus nas palavras, mas a negam constantemente nas suas vidas. Vivem como se Deus não existisse. Talvez, ao riscar Deus das suas agendas, não tenham bem consciência disso. Muitos deles não terão dito abertamente: 'Adeus, Senhor, vou deixar-Te, mas estão tão preocupados com as coisas deste mundo que, inconscientemente, se deixam arrastar pela maré impetuosa do materialismo".

John e Betty Drescher escreveram: "Se estivéssemos começando outra vez nosso casamento, faríamos um compromisso mútuo, desde o início, a fim de colocar em prática aquelas atitudes e atos que colocam Deus no centro de nosso lar".

A vida conjugal pode ser comparada à Arca de Noé. Geralmente as pessoas pensam que Noé com sua família gozavam de tranqüilidade e paz dentro da Arca. Mas se olharmos com os olhos naturais descobriremos que a arca de Noé era um constante burburinho. Imaginem dormir sossegado em uma ambiente cercado por animais selvagens, fedorentos como o caso do carcaju, gambá e outros, mas contudo isso, dentro da arca era lugar de salvação, e fora dela lugar de morte e podridão.

O autor de Eclesiastes ensina, sabiamente, que “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?  E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. Ec. 4:9-12.

Estes ensinamentos refletem a importância dos relacionamentos interpessoais, nos quais não há lugar para o egoísmo e o individualismo. Na trajetória da vida, sempre precisamos uns dos outros. No relacionamento  entre homem e mulher, no contexto do casamento, onde partilham lutas e vitórias, dificuldades e conquistas, tristezas e alegrias, desacertos e acertos. Vive-se melhor quando se tem alguém ao lado pra encorajar e auxiliar nos momentos em que as dificuldades surgem. A vida se torna mais prazerosa quando se tem alguém com quem compartilhar o choro e o riso. Dentro deste contexto é fundamental que DEUS esteja presente.

Muitas famílias estão tentando "fazer o melhor possível - com a ajuda de Deus", talvez por jamais terem tomado conhecimento do método bíblico (a fé que Jesus pode fazer todas as coisas através de seus membros) ou porque não compreendem como aplicá-lo no dia-a-dia. A resposta bíblica  é: "Cristo em vós, esperança da glória" (Cl 1.27). A disposição familiar de servir ao SENHOR é apenas uma questão de compreender como cooperar com Ele para que nosso Salvador possa trabalhar livremente na e através da de seus membros.

O objetivo deste estudo é trazer algumas informações e textos, colhidos dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão do papel da família que serve ao SENHOR. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.

I – EXEMPLOS BÍBLICOS DE FAMÍLIAS QUE SERVIRAM AO SENHOR

    Quantos pais e mães já persistiram em oração até ver todos os seus filhos salvos, baseando suas súplicas nesta promessa infalível: "Se dois de vós sobre a terra concordarem em pedir alguma coisa, ser-lhes-á feita por meu Pai que está nos céus"? Se somos verdadeiramente crentes, podemos orar com confiança inabalável, firmando-nos nas muitas promessas que encontramos através de toda a Bíblia.



A primeira promessa a considerar foi feita a Noé. Deus não chamou somente ao patriarca, mas também a toda a sua casa a entrar na arca; e, assim, foi salva toda a sua família. A arca serve-nos como tipo de Cristo, o único que nos salva do dilúvio de pecado que nos quer destruir.

Foi pela fé (Hb 11.7) que Noé cooperou com Deus, e conseguiu o indizível gozo de ver todos os seus entes queridos seguros consigo na arca, enquanto lá fora desciam as torrentes de água, provocando a maior destruição jamais vista pelos homens. Se tivermos a mesma fé, haveremos de ver cada um dos membros de nossas famílias refugiar-se em Jesus e, assim, salvar-se do horrendo dilúvio de incredulidade, pecado, vício e crime que destrói o mundo atual.

Na vida de Abraão, Deus cumpre mais uma vez a sua vontade acerca da família. Disse o Senhor ao patriarca: "Porque o tenho escolhido, a fim de que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, que guardem o caminho de Jeová" (Gn 18.19). Aqui, o Senhor enfatiza por que chamou a Abraão; chamou-o para que ele conhecesse sua responsabilidade para com seus filhos e sua casa. E o número daqueles que estavam a serviço do patriarca elevou-se até trezentas e dezoito almas (Gn 14.14). Quantos de nós poderiam ser escolhidos por haverem ordenado a sua casa conforme recomenda-nos o Senhor?

Por não seguirem o exemplo de Abraão, alguns dominam seus filhos com tanta dureza e tirania, que jamais conseguirão levá-los ao Deus de amor.

Josué é outro dos muitos exemplos de homens dedicados a Deus, que souberam ordenar toda a sua casa. Perante as tribos de Israel, reunidas em Siquém, conclamou o povo a seguir seu exemplo: "Eu e a minha casa, porém, serviremos ao Senhor". Seus filhos sabiam que sua religião era verdadeira, e que, enquanto Josué vivesse, teriam de servir fielmente a Deus.

Cornélio, depois de mandar chamar a Pedro, foi aos amigos e convidou-os para ouvir o conselho de Deus, mas não se esqueceu dos da sua casa. Estes, como andavam ordenadamente, assistiram à exposição do Evangelho, foram salvos e, em seguida, cheios do Espírito Santo. Se há regozijo nos céus por um pecador que se arrepende, quanto mais por uma casa inteira que se salva?!

  A história do carcereiro de Filipos é um dos relatos que mais evidenciam o interesse de Deus em salvar toda a família. Depois daquele terremoto que abalou os alicerces da prisão, e já antevendo a sua desgraça, perguntou o carcereiro:


"Que me é necessário fazer para me salvar?" Sabemos que a resposta que lhe deu Paulo é uma promessa tanto a ele, quanto a nós: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa". Quando o pecador crê na primeira parte da promessa, é salvo; e quando crê na segunda, pode levar toda a família a receber a mesma salvação.

  Eunice era uma judia casada com um homem grego, não cristão. Mesmo tendo um marido incrédulo, ela procurou obedecer à Palavra de Deus que dizia: "Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele" (Pv 22:6). Ela, juntamente, com sua mãe Lóide, procurou falar de Jesus a seu filho Timóteo. A sua lealdade ao evangelho foi herdada de sua mãe e passada a seu filho que, assim como elas, tinha uma fé não fingida. Este espírito de lealdade ao Senhor nos faz lembrar de muitas mulheres que criam seus filhos sem a ajuda de um pai crente no Senhor Jesus. Muitas destas heroínas são impedidas, por seus maridos descrentes, de assistirem aos cultos, à escola dominical, a encontro de senhoras, enfim... de participarem de qualquer coisa que se relacione com igreja ou com Deus. A situação, para muitas destas mulheres crentes que são mães que amam a Jesus, é muito complicada. Mas, como mulheres de Deus, elas possuem armas muito fortes que podem usar a seu favor:

A Palavra de Deus - arma que vai lhes dar sabedoria para agir; A Oração - arma que pode ser usada por elas, ajoelhadas diante do trono de Deus; Testemunho De Vida - arma que pode ser usada por elas que são o templo do Espírito Santo, podendo receber dEle orientação para ter uma vida santa.

II - SERVINDO A DEUS COM NOSSA FAMÍLIA

O culto em família não é uma atividade isolada. Temos de vê-la como parte essencial da tríplice adoração a Deus: adoração particular, familiar e pública. Somente a adoração particular a Deus, que é o ponto inicial e o fundamento de tudo o que fazemos como crentes, nos prepara para influenciar nossa família.

Nossas vidas têm de ser exemplos vivos, permanentes e amáveis para nossos filhos, cheias de gozo e louvor a Deus. Se formos esse tipo de exemplo, procuraremos colocar a Deus e a sua Palavra, com adoração, no centro de nosso lar. Haveremos de nos empenhar para, em todos os dias, incutir pensamentos sobre Deus, falar da glória dEle e render-Lhe louvor.

  Se estas coisas estiverem constantemente agindo em um lar, há muita probabilidade de que essa família virá a casa de Deus no Dia do Senhor, para oferecer, com prontidão, a adoração a Deus, em espírito e em verdade (Jo 4.19-24). Essa família terá adorado a Deus como um modo de viver nos seis dias anteriores, tanto na adoração particular como na familiar; e a adoração pública será um resultado natural. A falta de vida que muitas igrejas experimentam em nossos dias pode ter sua origem nas muitas famílias cujos membros adoram a Deus somente no domingo.

  Os filhos dessa família saberão que a adoração não é algo que alguém pratica ocasionalmente. Eles entenderão que a adoração envolve toda a vida (Dt 6.6-9). Em sua casa, eles experimentarão o começo e/ou o fim das atividades de cada dia realizando um culto familiar, que incluirá louvor, oração e leitura da Palavra. Eles aprenderão, desde cedo, por meio desse lar frutífero e dedicado à adoração que o Dia do Senhor é um dia bendito, o ápice de tudo o que fizeram durante a semana — adorando a Deus em todas as coisas de sua vida!    

  A falta de vida que muitas igrejas experimentam em nossos dias pode ter sua origem nas muitas famílias cujos membros adoram a Deus somente no domingo. Podemos ver com clareza a fonte dessa falta de vida, quando percebemos que tais membros não estão adorando consistentemente a Deus, em particular. As estatísticas revelam que somente 11% dos que professam ser crentes, lêem uma porção bíblica uma vez por dia. Se tão poucos crentes professos gastam tempo a sós com Deus, não devemos nos surpreender com o fato de que o culto familiar é quase inexistente.

  Se os pais estão experimentando diariamente a presença de Deus e crescendo em seu amor por Cristo, isto será evidenciado em sua liderança pastoral em seu lar. E, com certeza, a adoração pública, no Dia do Senhor, será transformada por tal vitalidade.

III - A FAMÍLIA QUE SERVE AO SENHOR E AMA SUA PALAVRA

  O que é uma família cheia da Palavra? É um grupo de indivíduos – começando com o pai e mãe – que começa a buscar intensamente uma vida cheia da Palavra! O apóstolo Paulo sumarizou bem esta poderosa verdade e crucial necessidade quando ele escreveu: “Deixe que a palavra de Cristo habite ricamente em você...” (Cl 3.16a, traduzido do original em inglês).

Deixe quesignifica “permita, convide, dê as boas-vindas, se entregue a”.
A Palavra de Cristopode ser uma palavra, um versículo, um capítulo, ou um Livro.
Habite ricamenteé tão belo. Significa “transbordar como uma banheira; derramar como uma fonte; encharcar e saturar como uma chuva pesada; permear como água em um suave pano absorvente”.
Em vocêsignifica “em sua mente, em seus pensamentos, em sua vida, em seus planos, em seu mundo – seu casamento, sua família, seu lar e seu trabalho”.

  Quando nós “permitimos, convidamos, damos as boas-vindas, nos entregamos a” um versículo, um capítulo, ou um Livro, uma porção da própria Palavra de Cristo se derrama em nossas vidas, encharcando – sendo absorvida por nossas almas e mudando cada aspecto de nossas vidas – nosso casamento, lar, vida e tudo! Esta é a vida cheia da Palavra! (É também a vida cheia do Espírito, como Ef 5.18 afirma).

  Quando nós temos uma vida cheia da Palavra isso significa que nós estamos: convidando Deus a falar; procurando a Sua direção; buscando a ajuda divina, a sabedoria piedosa, o envolvimento sobrenatural; cooperando com o Espírito Santo. Isso equivale a conectar-se à força para viver, usar o mapa que Deus tem proporcionado, seguir as direções em Seu livro e ouvir às instruções que Ele tem nos deixado para a vida diária. Uma vida cheia da Palavra é convidar Deus para falar, dar as boas-vindas à Sua ajuda; é buscar Sua percepção; querer Seu conselho; conseguir a Sua ajuda; mostrar que nós O honramos; ter uma parceria com Deus na paternidade/maternidade; e liberar a Deus para cada canto de nossas vidas. Isto lembra-nos que os casamentos e famílias se desenvolverão ou da nossa maneira (sem a Sua Palavra) ou da maneira de Deus (com as Escrituras investidas de autoridade por Seu Espírito). Nós devemos começar cada dia procurando ser esvaziados do eu, tendo com Sua Palavra lida, e nosso Deus buscado, e Seu Espírito convidado a agir em nós de maneira que Cristo seja honrado.

   A Palavra de Deus conta-nos estas quatro maravilhosas verdades para aqueles que permitem que as Escrituras permeiem suas vidas.

Parte Um: Não há maior recompensa do que uma vida cheia da Palavra (1 Ts 2:19-20).
Parte Dois: Não há maior parceria do que um casamento cheio da Palavra (1 Pe 3:1-7).
Parte Três: Não há maior alegria do que uma família cheia da Palavra (3 Jo 4).
Parte Quatro: Não há maior poder do que orações cheias da Palavra (Tg 4.2b).

IV – JOSUÉ E SUA FAMÍLIA COMO EXEMPLOS
 
  Ouçam o desafio de Josué ao povo de Israel: "Agora, pois, temei ao Senhor e servi-o com integridade e com fidelidade; deitai fora os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do Eufrates e no Egito e servi ao Senhor. Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. " Js 24.14-15

  Não tenho nada contra a afirmação daquele homem que, em certa ocasião, disse: "Assim como vai o lar, assim vai a Igreja, e assim vai a nação".
  Alguns anos atrás, na Groelândia, havia um interessante costume praticado toda vez que um estranho batia à porta de alguém. O dono da casa perguntaria naturalmente: "Quem é?" O estranho responderia: "Deus está em sua casa?" Se a resposta fosse "sim", o estranho poderia entrar na casa.

     Se alguém viesse à sua casa hoje e lhe fizesse esta mesma pergunta, o que você diria? Deus está em sua casa? Ele é a vida e a respiração de sua família? Deus é precioso para todos de sua casa? O nome de Jesus é exaltado em seu lar?

  Por que o nosso país é tão ímpio? Por que a maioria das igrejas evangélicas se mostram espiritualmente fracas? Por que os lares de muitos que professam ser crentes, em nossos dias, são conchas de formalidade em meio à desunião espiritual? A Bíblia nos ensina que uma das razões desse grave declínio é que nossas igrejas, em geral, estão vazias de homens que, como Josué, resolveram liderar sua família na adoração ao Deus vivo.

  Paulo disse aos homens da igreja de Corinto que vivessem como homens (1 Co 16.13). Em nossos dias, a verdadeira masculinidade recebeu uma nova definição carnalmente distorcida. Mas as Escrituras descrevem o verdadeiro cabeça do lar como alguém que lidera sua família na adoração diária do Deus vivo (Ef 6.4). Se você não sabe como fazer isso, pelo menos tem o desejo de aprender como fazê-lo? A contemplação do bem-estar eterno das almas que vivem sob o seu teto é tão profunda, que o impulsiona ao dever?

  As Escrituras nos ensinam que a igreja é o fator-chave em determinarmos se alguns homens estão agindo como verdadeiros homens. Quando a igreja começa a ser a igreja, liderada por homens de firmeza espiritual que estão agindo como verdadeiros homens, então, podemos esperar que haverá um efeito contagiante de todo o cristianismo.

  Por que Deus está julgando muitos povos? As famílias de membros de igrejas cristãs, em muitos países, têm seguido caminhos idólatras e abandonado a adoração ao Deus vivo em suas casas. Por conseguinte, a igreja está se tornando como o mundo. Jeremias disse: "Derrama a tua indignação sobre as nações que não te conhecem e sobre os povos que não invocam o teu nome, porque devoraram a Jacó, devoraram-no, consumiram-no e assolaram a sua morada ". Jr 10.25

  Deus nos mostra que as famílias constituem, de modo cumulativo, as nações. E, quando as nações se encontram sob julgamento, podemos deduzir corretamente que o seu erro em não adorar a Deus como famílias é a causa! Por essa razão, a ira é enviada sobre os lares de uma nação. De fato, essa negligência espiritual de almas, nas famílias, equivale à deterioração, à ruína e à devastação de uma nação!
  Mas essa ira também resulta do pecado de egoísmo. Rm 14.7-9 diz: "Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos ".

  Por que Jesus morreu? Jesus morreu para produzir um povo que seria zeloso para Ele — um povo que não viveria para si mesmo, e sim para servir os outros, especialmente quando reconhecem seu papel na realização do plano redentor de Deus.
À medida que você educa os seus filhos para conhecerem a Deus, não esqueça que um dia eles serão pais. Eles também criarão filhos — os seus netos — que, por sua vez, criarão seus bisnetos! Deus não está julgando apenas em nossos dias — Eles julgará também no futuro! 

CONCLUSÃO
 
  Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão importante tema e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS.



Ev. José Costa Junior

18 de junho de 2013

A FAMILIA E A IGREJA



A FAMILIA E A IGREJA

TEXTO ÁUREO = “E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At  5.42).

VERDADE PRÁTICA = É possível existir família sem igreja, isso precariamente e com graves prejuízos, mas igreja sem família, não.

LEITURA BIBLICA = ATOS 2.41- 47

INTRODUÇÃO

Conforme vimos na primeira lição deste trimestre, a família é a obra-prima de Deus. Ele a instituiu, visando a plena execução de seu plano redentor. Todas as instituições humanas foram criadas a partir da família que, historicamente, é definida como célula-mãe da sociedade. Aliás, até mesmo o povo de Deus, quer do Antigo, quer do Novo Testamento, foi estabelecido e formado a partir da família. A Igreja existiu primeiro no eterno plano e propósito de Deus (Ef 1.4), mas na história surgiu no Dia de Pentecostes. A Igreja aqui na terra é chamada na Bíblia de “família de Deus” (Ef 2.19). Nesta lição, estaremos vendo a relação entre a família e a igreja, como esta poderá auxiliar aquela e vice-versa. Constataremos que ambas, como projetos de Deus, requerem plenamente nossa atenção.

A ORIGEM DA FAMILIA

Com base nas Escrituras Sagradas podemos afirmar que a família é uma instituição de origem divina (Gn 5.1,2).
Após ter criado o homem, Deus fez uma avaliação de toda a Sua Obra e “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).

1. Os propósitos divinos. Deus não criou coisa alguma ao acaso. Tudo Ele criou com um propósito previamente estabelecido.

a. A criação do homem. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26) para que tivesse domínio sobre toda a terra. O propósito divino incluía uma vida de felicidade e prazer. Mesmo com trabalho (Gn 2.15), porém sem preocupações, medo ou ansiedade.

b. A criação da mulher. Tudo aquilo que Adão necessitava para sua subsistência havia ali naquele jardim. Contudo, faltava-lhe algo. Deus notou a sua solidão e então providenciou-lhe uma companheira. Deus reconheceu a necessidade de Adão e disse “não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele”. (Gn 2.18). Em outra versão (ARA) diz “uma auxiliadora que lhe seja idônea”.

2. Teorias errôneas. Muitos homens ilustres e estudiosos criaram teorias acerca da origem do homem.
Podemos afirmar, sem medo de errar, que tudo o que for escrito a esse respeito que exceda ou se contraponha à Palavra de Deus, é falso e mentiroso. Por essa razão não tem base para despertar credibilidade.

JESUS E A FAMÍLIA

Muitas cenas do ministério de Cristo (pregação, ensino, milagres, refeições, descanso) ocorreram em lares, envolvendo a família inteira, isto é, seus membros em geral. Isto pode ser facilmente visto nos Evangelhos. Quando Ele, da destra do Pai, enviou o Espírito Santo para formar a Igreja no Dia de Pentecostes, seus discípulos estavam reunidos e assentados numa casa de família (At 1.13; 2.2).

1. A família cristã. Na célebre e instrutiva passagem doutrinária sobre a família (Ef 5.22-33), vemos que num lar verdadeiramente cristão, o marido e a mulher, no seu modo de viver e de agir, figuram para a própria família, para a igreja e para o mundo, a união mística, perene e profunda entre Cristo e sua Igreja. A clássica passagem trata da família cristã, entretanto, o nome Igreja é mencionado seis vezes. Isto revela que a família e a igreja são entidades não apenas associadas, mas entretecidas e interdependentes.

2. A importância da família nos planos divinos. Deus deu origem a raça humana mediante uma família: Adão e Eva. Ele fundou a nação escolhida utilizando uma família: Abraão e Sara. Trouxe o Salvador Jesus ao mundo através de uma família: José e Maria, O primeiro ato de Deus após criar a família foi abençoá-la: “E Deus os abençoou” (Gn 1.28). Deus continuou dispensando esta bênção à família, como é patente em Gênesis 5.2; 12.3; 2 8.14, e através de toda a Bíblia.

3. A igreja do lar. Em termos humanos e terrenos, a igreja depende do lar, assim como o lar é dependente da igreja. Uma igreja não pode ser forte, viva e santa com famílias fracas na fé, amortecidas espiritualmente e sem santificação, por adotar o modo de viver do mundo.

4. Cada lar cristão uma igreja. “Lar” vem do latim “lare” que significa parte da cozinha onde se acendia fogo para preparar os alimentos e aquecer o ambiente; daí vem o termo “lareira”. O lar, pois, é o ambiente onde vive a família; ele deve ser aquecido não só pelo “amor do Espírito”, mas também do coração humano o “calor humano”, hoje tão raro, e que tanto ameaça a família. Cada lar cristão deve ser aqui e agora uma igreja do Senhor em miniatura, onde Deus seja conhecido, refletido, visto, obedecido e amado, a piedade seja cultivada e o cristianismo bíblico, praticado.

A FAMÍLIA NA IGREJA PRIMITIVA

1. A Igreja nasceu em um lar. A igreja na sua expressão visível e local nasceu em um lar, como já vimos em Atos 1.13; 2.2 (o cenáculo era um compartimento amplo, acolhedor, mobiliado e arrumado para a ceia). Nos três primeiros séculos da era cristã, provavelmente por razões financeiras, já que era difícil comunidades pequenas e pobres — que normalmente compunham as igrejas locais construírem templos, os irmãos reuniam-se nas casas particulares para partir o pão e comê-lo com alegria e singeleza de coração (At 2.46). Um exemplo disso era a Igreja em Roma: os crentes romanos congregavam-se em casas espalhadas pela cidade, por isso a expressão “a igreja que está em sua casa” (Rm 16.5; 1 Co 16.19; Cl 4.15; Fm v.2).

2. A família no Novo Testamento: quase sinônimo de Igreja. Havia uma perfeita integração entre a família e a igreja. Tão perfeita, que era difícil saber onde terminava a igreja e começava a família. Ambas achavam-se engajadas na expansão do Reino de Deus. E, assim, a igreja caía na graça do povo e crescia diariamente (At 2.47). Não fosse tal integração, a Igreja não teria chegado tão cedo à capital do Império Romano. Além do livro de Cantares de Salomão, que aborda o relacionamento conjugal, a Bíblia não contém mais livros completos sobre a família porque, como já vimos no Novo Testamento, tal instituição é quase sinônimo de igreja, e nos primeiros séculos, as igrejas não tinham templos; congregavam-se em casas de famílias abastadas. A doutrina da família não era apenas ouvida; era vista ao vivo, no lar.

Que este exemplo possa ser seguido rigorosamente! Só pode haver uma igreja forte espiritualmente se as famílias também estiverem fortes, e entre ambas houver perfeita harmonia. Se é verdade que a igreja local e visível procede do lar, logo, o que ocorre diuturnamente na família refletirá na igreja.

A HARMONIA NA FAMÍLIA (Fp 2.2,3)

1. A família comparada à Igreja. Paulo ressaltou a grande importância da família comparando-a à Igreja. Na Igreja existe a cabeça — Cristo, donde emana toda a autoridade e liderança. Da mesma forma deve acontecer com a família.
Assim como a Igreja está sujeita a Cristo voluntariamente, da mesma forma a mulher deve, por amor, estar sujeita ao seu marido.

a. Jesus e a Igreja — um modelo de vida. O homem é chamado a amar sua esposa da mesma forma como Cristo amou a sua Igreja.
Cristo amou a sua Igreja ao ponto de entregar-se por ela. É um amor que significa uma entrega de si mesmo.

2. Como manter uma família feliz (Sl 119.11; At 2.28; Pv 31.30). Viver para Deus é o segredo da felicidade. Ninguém pode sentir-se totalmente realizado se de fato não tem o coração mudado pelo amor de ,Jesus.

a. O crescimento de todos os membros. A família é considerada como um organismo vivo e como tal deve haver um notado crescimento por parte de todos os seus membros.
Este crescimento integral implica na satisfação das necessidades fundamentais e na concretização e realização dos desejos indispensáveis à vida, cumprindo-se assim o propósito divino.

3. A preservação de problemas na família (1 Co 14.40; Rm 12.2; Mt 6.10). Muitos problemas podem ser resolvidos e até mesmo evitados, se cada membro da família se propuser a servir ao Senhor de todo o coração, entregando-se totalmente a Ele, deixando de fato que Ele oriente.
Essa entrega total deve começar cedo, isto é, desde a escolha do cônjuge, e continuar pela vida afora em todas as situações.
Fazer da Bíblia o manual de estudos da família, ter cuidado em cultivar o culto doméstico, saber utilizar o tempo, podendo, dessa forma, reservar momentos agradáveis para reuniões em família, e ainda, que cada membro se conscientize da sua posição na família e cumpra os propósitos de Deus a seu respeito.

O PAPEL DA FAMILIA NA EXPANSÃO DA IGREJA

A Igreja de Cristo nasceu dentro da estrutura familiar no oriente. Estes viviam em comunidades de pessoas que eram ligadas por vínculos de matrimônio e parentesco e regida pela autoridade do pai. Esse sistema foi colocado a serviço de Deus para a edificação da igreja do Novo Testamento (At 10.24-48; 16.15, 31-33). A Escritora Dorothy Flory de Quijada em seu escrito sobre “A Família na missão de Deus” diz o seguinte: “o apóstolo Paulo menciona freqüentemente a família em seus escritos e usa termos de carinho para expressar suas próprias relações com o corpo de Cristo (Gi 1.2,3; 1 Tm 1.2) incluindo a imagem de uma mãe nutrindo e cuidando dos filhos (1 ‘Es 2.7)”. Essa declaração demonstra o quanto a igreja através dos seguidores de Cristo nutre a importância e a referência de uma família na configuração e desenvolvimento da Igreja de Cristo.

O PAPEL DA IGREJA COMO AUXILIADORA DA FAMILIA

A igreja atua como uma auxiliadora tanto na preparação quanto na preservação da família para o cumprimento de seus elevados propósitos e objetivos. Ela deve levar os pais a conscientizarem-se de sua responsabilidade na formação moral e espiritual de seus filhos.
Para que isso aconteça a igreja promove, o batismo (Mt 28.19; At 10.47, 48), a santa ceia (1 Co 11.23-27), a apresentação de recém-nascidos (Lc 2.22), cerimônias religiosas de casamento, que são precedidas de alguns encontros de orientação pastoral, curso e estudos com ênfase sobre a educação da família e seus aspectos primordiais, encoraja à prática da devoção e adoração no lar, promove a integração entre as famílias que compõem a igreja local. Essas e outras funções visam ao reconhecimento da salvação por intermédio de Jesus Cristo, da vida como um dom de Deus (Ef 1.3), traz à compreensão da natureza religiosa do matrimônio e da instituição da família (1 Co 7.10-17), e promove ações sociais (2 Co 8.1-7).
De acordo com o dicionário da língua portuguesa sociedade é o agrupamento de seres que convivem em estado gregário e em colaboração mútua. Dentro de uma concepção bíblica, Paulo procura resgatar através da igreja as condições saudáveis para se ter uma sociedade irrepreensível e sincera (Pp 2.15).
Podemos definir sociedade e seus aspectos sociedade como uma estrutura composta de famílias, cujas peculiaridades sáo descritas em termos das relações familiares nela existente. A estrutura social é formada por grupos que ligados entre si, são considerados como uma unidade onde todos participam e compartilham de uma mesma cultura com leis comuns.

A FAMÍLIA COOPERANDO COM A IGREJA

1. A família coopera eficazmente com a Igreja: através do seu bom testemunho perante o mundo, de uma vida no santo temor de Deus, da obediência às doutrinas bíblicas e observância das normas da igreja local através do seu pastor, uma vez que tudo esteja “conforme a sã doutrina”.

2. A freqüência normal e regular da família aos cultos e a outras atividades da igreja. A família deve apoiar os projetos e trabalhos da igreja não só orando e jejuando, mas também de várias outras formas, de acordo com o que for estabelecido pelo pastor.

3. A família contribuindo para a igreja. Os dízimos e ofertas da família devem ser entregues igreja como expressão da sua adoração, do seu amor e gratidão a Deus.

4. A freqüência normal e regular à Escola Bíblica Dominical. A principal agência de ensino da igreja é fundamental para toda a família: da criança ao idoso.

IV. A IGREJA COOPERANDO COM A FAMILIA

No capítulo 16 de sua Epístola aos Romanos, Paulo cita diversas famílias que muito o ajudaram em seu ministério, O apóstolo deixa bem patente que sem elas o seu trabalho seria infrutífero. Aliás, a mesma preocupação é manifestada em suas outras epístolas.
Por isto, deve a igreja ter um cuidado especial com as famílias, porque se estas forem bem constituídas, aquela também o será; se as segundas forem avivadas, a primeira haverá de experimentar um grande crescimento.

A igreja, por conseguinte, pode ajudar:

1. Orando pelas famílias. A família sofre os mais impiedosos ataques de Satanás. Por isto devem as igrejas estabelecer cultos de oração e intercessão pelos lares, a fim de que estes sejam fortes e espiritualmente sadios.

2. Aconselhando as famílias. É urgente que as igrejas, através de seu ministério, se dediquem ao aconselhamento das famílias. Desta forma, estaremos evitando conflitos e separações entre os cônjuges.

3. Visitando as famílias. As famílias devem ser visitadas regularmente por seus pastores, para que elas se sintam inseridas e engajadas no Reino de Deus. Receber o anjo da igreja, em casa, é sempre uma bênção.

4. Marcando reuniões específicas para as famílias. Nessas reuniões, o pastor da igreja terá oportunidade de dispensar um tratamento especial às famílias, ajudando-as a superar dificuldades e a solucionar problemas, Os temas serão específicos: conflitos conjugais, criação de filhos, finanças etc.

O LUGAR DA FAMÍLIA NA IGREJA

1. Cooperação nos cultos (Hb 10.19-25). Ao que tudo indica os crentes hebreus estavam negligenciando a assistência ao culto. Há muitos pais que se descuidam e não dão muita importância ao fato de levar seus filhos à Igreja.

2. Cooperação nos trabalhos. Todas as famílias da Igreja devem estar envolvidas nos trabalhos. E tempo de todo o crente estar ativo. Há muito trabalho para ser realizado (Rm 12.11).

3. Completando a vida espiritual do lar. (1 Co 16. 15-16). Os pais são os responsáveis diretos pelo bem estar espiritual de seus filhos, mas Deus instituiu a Igreja para os ajudar a cumprir esta árdua tarefa.

CONCLUSÃO

Portanto, não podemos separar a igreja da família, nem esta daquela; ambas fazem parte do grande projeto de Deus para a humanidade. Estava tão consciente disso o apóstolo Paulo que, em sua Epístola aos Efésios, explica ele mistério da Igreja, fazendo um belíssima alegoria com o casamento (Ef 5.22-32).
Esforcemo-nos, pois, a fim d que o nosso lar seja realmente um perfeita simbologia da Igreja. Somente assim, haveremos de glorificar a Deus através de nossa pie dosa atitude.
A família é o principio norteador da sociedade a igreja opera pelo equilíbrio espiritual sendo fonte para a família e referencial para a sociedade. Entendemos que a comunidade cristã tem tarefas que ultrapassam as fronteiras das famílias que a compõem. Por isso estas famílias são chamadas a vivenciar sua vocação cristã e influenciar a sociedade. A família está sendo desafiada nos dias atuais para ser igreja e viver as funções básicas da vida comunitária entre si, crescer espiritualmente, ou ouvir a palavra bíblica orar e cantar, bem como apoiar-se, ajudar-se, aconselhar-se e com isso alcançar o crescimento que é proposto pelo exercício da fé em amor no meio a uma geração corrompida.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas BETEL 2010
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 2004
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1990
LIÇÕES BIBLICAS CPAD 1985