6 de outubro de 2021

SAULO DE TARSO O PERSEGUIDOR

 

SAULO DE TARSO O PERSEGUIDOR

 

Texto Áureo

1. E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor (Isto implica que ele tinha sido um perseguidor antes. Para provar isso, só precisamos voltar para Atos 7.58, onde o encontraremos tão extraordinariamente ativo na morte de Estêvão, que "as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem, cujo nome era Saulo”. George Whitefield (pregador inglês) diz que; “Paulo parece, apesar de ainda jovem, ter alguma autoridade”. Talvez, por seu zelo contra os Cristãos, ele foi preferido e autorizado a sentar-se no grande conselho ou Sinédrio. Para nós é dito, em Atos 8.1 "Que também Saulo consentiu na morte dele (Estevão), e novamente, em Atos 8.3, ele é trazido como superior a todos em sua oposição; porque assim fala o evangelista, "Quanto a Saulo, assolava a igreja, entrando pelas casas, e arrastando homens e mulheres, os entregava à prisão”) , dirigiu-se ao sumo sacerdote.

Atos 9.1

 

1 Saulo de Tarso, o Perseguidor Implacável

 

1.  Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor” (1 Timóteo 1.13).

2.  As ameaças de Saulo de Tarso.

3.  Por que Saulo perseguia os cristãos ?

 

a mim, que, dantes, fui blasfemo (A final o que é blasfemar contra um seguidor de Jesus?

A palavra blasfêmia significa discurso, expressão, opinião, enunciado capaz de denegrir e ofender algo respeitoso ou reverenciado. Palavra injuriosa contra pessoa ou coisa respeitável) , e perseguidor, e opressor; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade (Paulo se lembra de seu passado e diz que Jesus Cristo teve misericórdia dele porque tinha cometido seus pecados contra Cristo e sua “Igreja” nos dias de sua ignorância, antes de converter-se. Paulo mostra a Timóteo que, antes de sua conversão (Paulo) odiava a Jesus, mas agora, Jesus era o objetivo amado de sua total submissão).

 

1  Timóteo 1.13

 

Charles Rozell Swindoll (pastor, teólogo e escritor americano) diz que ; “Paulo parecia mais um terrorista do que um seguidor dedicado do judaismo” Porque Atos 8.3 diz:

 

E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.

 

Certamente Paulo só não matou estes homens e mulheres cristãos porque ele (Paulo) não tinha autoridade para matá-los. Paulo estava certo de que Jesus era um impostor e não o “Cristo” porque Jesus atacou duramente as autoridades judaicas (Marcos 12.40; Lucas 20.47; João 5.16-47; 6.41,52; 7.1,13; 8.48; 10.31,33). Swindoll observa que e os pais de Paulo eram fariseus, membros do partido mais fervoroso do nacionalismo judaico e severo na obediência à lei de Moisés. Eles buscavam proteger seus filhos da contaminação. Até mesmo amizades com crianças gentias eram desencorajadas, portanto ouvir que Jesus censurou as autoridades judaicas era para Paulo um ultraje (ofensa muito grave). Na visão de Paulo os discípulos de Jesus tinham de sofrer a pena pelos desacatos de Jesus.

 

Tempos depois, Paulo colheu o que ele plantou, ou seja, ele blasfemava,perseguia e oprimia a “Igreja” e quando se converteu e passou a pregar, os judeus incrédulos começaram a blasfemar contra a sua mensagem (Atos 13.45), assim como ele blasfemava contra a mensagem dos cristãos (1 Timóteo 1.13), ele foi perserguido e oprimido (2 Coríntios 11.23-28).

 

Vejamos também Atos 9.1,2:

 

1.  E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote

 

2.  e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.

Atos 9.1,2

 

Por quê Paulo escolheu Damasco para prender os cristãos?

R: Segundo French Arrington (teólogo, pastor e professor de exegese bíblica americano) Damasco era o “ponto central” de comércio com uma extensa linha de caravana alcançando o norte da Síria, Mesopotâmia, Anatólia, Pérsia e Arábia.

Se o cristianismo “florescesse e saísse” de Damasco, logo chegaria para todos estes lugares. Por isso, no ponto de vista do Paulo e do Sinédrio (o tribunal dos judeus. Conforme a tradição judaica, o Sinédrio teve início com os 70 anciãos indicados por Moisés em Números 11.16 e foi reorganizado por Esdras depois do exílio, nos dias de Paulo o Sinédrio era composto por 71 integrantes e presidido pelo sumo sacerdote. Há muitos estudiosos que creem que Paulo era menbro do Sinédrio e vários outros que creem que Paulo não era membro do sinédrio por ser muito jovem, eu particularmente creio que Paulo era sim um membro do Sinédrio, pelos motivos que expus na lição 1) logo o cristianismo

chegaria para todos estes lugares, por isso, o cristianismo tinha de ser detido em Damasco. Entre Jerusalém e Damasco havia cerca de duzentos e trinta quilômetros. A viagem devia fazer-se a pé e levaria em torno de uma semana.

 

2 A Perseguição Contra a Igreja de Cristo

 

1.  Contra os seguidores de Jesus.

2.  Saulo de Tarso e Estevão.

 

1.  E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e da Samaria, exceto os apóstolos (Concordo com a observação de João Calvino e Hernandes Dias Lopes que dizem que “os apóstolos não fugiram de Jerusalém, porque é dever de um bom pastor dar a própria vida em defesa das ovelhas quando elas são atacadas por um lobo”. Assim como Cristo fez (João 10.11-13), os apóstolos também fizeram, por quê provavelmente se lembraram das palavras de Cristo).

 

2.  E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão e fizeram sobre ele grande pranto (Do ponto de vista humano, aquele foi um dia tenebroso para os crentes, mas do ponto de vista de Deus foi o começo de uma grande revolução espiritual, quando a “Igreja” alargou suas fronteiras em direção aos confins da terra. Com a morte de Estêvão um vento forte de perseguição soprou sobre a “Igreja”.

 

Mas a perseguição é como o vento em relação à semente: “Apenas a espalha”. Enquanto os crentes foram espalhados pela perseguição, os apóstolos permaneceram em Jerusalém, mas os crentes dispersos iam pregando o Evangelho por onde quer que passavam e a “Igreja” ia crescendo, Atos 8.4).

 

3.  E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão (O verbo “assolar” descreve um animal selvagem despedaçando a vítima. Segundo William Barclay (pastor e teólogo escocês), a palavra utilizada no grego se aplica a um javali que entra numa vinha para destroçá-la ou uma fera selvagem que salta sobre uma presa para devorá-la. Fritz Rienecker (teólogo alemão) diz ainda que essa palavra era usada para injúria física, particularmente, a causada por animais selvagens. Saulo não poupava nem mesmo as mulheres. Também as lançava nas prisões. Ele buscava a prisão e a morte de suas vítimas em Jerusalém e fora dela. Devastava e assolava a “Igreja” (Atos 8.3; Gálatas 1.13), exterminando os que invocavam o nome de Jesus (Atos 9.21).

 

4.  Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra (onde quer que chegassem, a Samaria ou a Damasco, ou mesmo a longínqua Antioquia da Síria, os cristãos se constituíam em pregadores do evangelho e a “Igreja” crescia. Dessa forma o ódio feroz de Saulo era um fator favorável à propagação do evangelho e da “Igreja”).

Atos 8.1-4

A respeito da morte de Estevão que era homem cheio de fé e de poder, que fazia prodígios e sinais entre o povo (Atos 6.8), e cheio de sabedoria e do Espírito Santo (Atos 6.10), um homem que viu os céus abertos e viu o Cristo a direita de Deus (Atos 7.55,56) mas mesmo assim Deus permitiu que ele morresse cruelmente apedrejado (Atos 7.57-60).

 

Talvez muitos pensem, por quê Deus permitiu tamanha crueldade contra seu servo? Refletindo sobre isso eu me lembro do Salmo 91.15:

 

Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; livrá-lo-ei e o glorificarei. Salmo 91.15

 

 

Quando os crentes passam por angústias, sofrimentos terríveis e muitas vezes a morte, eles não podem duvidar em momento algum que Deus está com eles durante a angústia e sofrimentos, e quando tais crentes morrem mesmo que seja de forma cruel nas mãos dos perseguidores, podemos entender que ao permitir a morte de tais crentes Deus abreviou o sofrimento deles, e estarão com Deus para todo o sempre, e Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque as primeiras coisas são passadas (Apocalípse 21.4).

3. Uma intolerância religiosa e política contra a “Igreja” atual.

 

Alguns podem até pensar que atualmente no Brasil estamos sofrendo “intolerância religiosa e política contra a Igreja”.

Mas a verdade é que nós cristãos do Brasil ainda não sabemos o que é “intolerância religiosa e política contra a Igreja”.

 

Em países como Coréia do Norte ser descoberto como um cristão é uma sentença de morte. Se um cristão não for morto instantaneamente, será levado para um campo de trabalho forçado como um

criminoso político. Essas prisões têm condições terríveis, e são poucos os que saem de lá vivos. Qualquer um da família receberá a mesma punição. Fontes relatam que Kim Jong-un, líder do país, expandiu o sistema de segurança dos campos de prisão, onde estima-se que 50 a 70 mil cristãos estão presos atualmente.

Todos os norte-coreanos estão sob controle extremo do governo, mas principalmente os homens adultos. Seus empregos devem ser alocados pelo governo e não podem ser alterados. A qualquer pessoa que tenha qualquer ligação cristã na árvore genealógica será negada promoção, como empregos de prestígio ou serviço militar preferencial.

 

No Afeganistão os cristãos são alvos da fúria do Talibã (movimento militante do Afeganistão), embora suas vidas jamais tenham conseguido seguir em paz, num país de imensa maioria islâmica. Praticar o cristianismo, visto como uma religião Ocidental, sempre implicou em grandes riscos que se amplificaram com a presença radical do Talebã, cujas patrulhas caçam até em suas casas. A tática do Talibã é governar pelo medo. Bíblias e outras referências cristãs são enterradas, escondidas e descartadas.

 

Utilizando métodos comuns a todos os regimes totalitários, o Talibã recorre a espiões e informantes que perseguem pessoas que tenham em seus celulares textos bíblicos e as ameaçam de morte. Os cristãos do Afeganistão cada vez mais são obrigados a seguir sua fé de forma clandestina, marginal e sob o a ameaça permanente. Ser cristão num país dominado pelo Talibã se tornou um ato de extremo heroísmo.

 

A Nigéria tem uma população de 200 milhões de habitantes, divididos quase que igualmente entre cristãos e muçulmanos. Os cristãos vivem predominantemente no Sul, e os muçulmanos, no Norte. Mais de 11,5 mil cristãos foram assassinados na Nigéria desde 2015.

 

Os cristãos também sofrem extrema perseguição em países como Sudão, Índia, Cuba, Sri Lamka, Emirados Árabes Unidos, Níger, Republica Democrática do Congo, entre outros.

 

Ao ler um pouco sobre a situação de muitos cristãos ao redor do mundo, é fácil perceber que a “Igreja” brasileira ainda não sabe o que é ser perseguido por ser cristão.

 

Por favor não se esqueça e não deixe de orar pelos irmãos que estão sendo perseguidos ao redor do mundo, simplesmene por ser cristãos.

3 Quando Um Sistema Se Volta Contra a Igreja

 

1.  Como era a perseguição contra os primeiros discípulos?

 

2.  Perseguição, tortura e método.

 

Os primeiros discípulos foram tratados como animais, sendo arrastados e presos, e muitos foram mortos (Atos 7.59; 8.3).

 

Analisando 2 Coríntios 11.23-27 que fala dos sofrimentos de Paulo, podemos imaginar os sofrimentos que os cristãos passavam, simplesmente por ser cristãos. Pois, todo este sofrimento que Paulo descreve ter passado foi simplesmente por ser cristão.

23.  São ministros de Cristo? ( Falo como fora de mim. ) Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.

24.  Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um;

25.  três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;

26.  em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos;

27.  em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez.

2 Coríntios 11.23-27

 

Em pouco tempo, pela ótica do Império Romano o cristianismo foi posto como fora da legalidade, perseguido e considerado como o mais perigoso inimigo do poder de Roma, o que ia de encontro ao culto ao Imperador, instrumento símbolo da força e unidade do Império. As autoridades civis e o próprio povo, antes indiferentes, demonstraram-se logo hostis à nova religião, em virtude dos cristãos recusarem o culto ao Imperador e a adoração às divindades pagãs de Roma. Os cristãos foram, por isso, acusados de praticar deslealdade para com a pátria, ateísmo e delitos ocultos, além de ser acusados da causa das calamidades naturais, como a peste, as inundações, dentre outros.

 

Relatos históricos (embora haja muito debate quanto a isso) dizem que muitos cristãos também sofreram com "condenação a bestas" era uma forma de pena capital romana na qual a pessoa condenada era morta por animais selvagens, geralmente leões ou outros felinos. Essa forma de execução, que chegou à Roma antiga por volta do século 2 a.C., era aplicada aos piores criminosos, escravos fugitivos e cristãos.

3. Perseguição aos pentecostais.

 

Os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, este ex-pastor da Swedish Baptist Church, (Igreja Batista Sueca), de Menominee, Michigan, EUA, foram os apóstolos tomados por Deus para o lançamento das primeiras sementes do movimento Pentecostal no Brasil: o Senhor os aproximou por ocasião de uma convenção de igrejas batistas reavivadas, em Chicago, quando sentiram o chamado para terras distantes. Em mensagem profética, o Senhor lhes falou, mais tarde, na cidade de South Bend, quando pela primeira vez ouviram o nome "Pará". Consultaram um mapa e souberam, então,que se tratava de uma "Província" (estado) do Brasil. Empreenderam uma jornada em que muitos acontecimentos surpreendentes se verificaram,constituindo todos eles evidentes provas de que Deus lhes testava a fé. Em 5 de novembro de 1910, os dois suecos deixavam Nova Iorque, a bordo do navio "Clement", oportunidade em que promoveram a evangelização dos tripulantes e passageiros, registrando-se algumas decisões para Cristo. A chegada a Belém do Pará deu-se a 19 de novembro.

 

Alojados no porão da Igreja Batista, na rua Balby n.° 406, permaneciam muitas horas em orações, com suas vidas no altar de Deus. E, tão-logo começaram a falar em língua portuguesa, iniciaram trabalho evangelístico, enquanto doutrinavam a respeito do batismo com o Espírito Santo. Na pequena igreja opunham-se alguns, com grande resistência, aos ensinos dos dois missionários. Juntos, eles enfrentam preconceito e perseguições, mas conseguiram ser bem-sucedidos em seu propósito (porque não desistiram e porque Deus foi com eles).

Devemos nos conscientizar de que o “fazer a obra de Deus” custou e custa um alto preço.

Conclusão

 

Se a “Igreja” fosse uma mera organização humana, já teria sido destruída a muito tempo. Mas a “Igreja” é uma instiuição divina edificada pelo próprio Cristo, e, por isso, a “Igreja subsiste ao longo dos séculos e continuará a subsisitir até a vinda de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo. Amém.

 

 

Fontes

 

Bíblia de Estudo Pentecostal,

Bíblia de Estudo Arqueológica,

Bíblia de Estudo Explicada,

A vida e os tempos do apóstolo Paulo – Charles Ferguson Ball,

A conversão de Saulo – George Whitefield,

Série Heróis da Fé – Charles Swindoll,

A Mente de Paulo – William Barclay,

Comentário Bíblico William Barclay Novo Testamento,

Comentário Bíblico Africano,

Comentário de toda a Bíblia F. B. Meyer,

Comentário Expositivo Hagnos,

Revista Cristão Alerta Trimenstre de 2021,

Perseguições e Martírios na História Eclesiástica - Análise dos Escritos de Eusébio de Cesaréia,

História da Igreja Cristã- Jesse Lyman Hurlbut,

Livro de Apoio – 4º Trimestre de 2021,

Apontamentos teológicos professor José Junior.


 

 

 

Nota do Autor:

 

José Junior é evangelista da Assembléia de Deus Ipiranga em Andradina SP, e elabora estudos de cada uma das lições da Revista Lições Bíblicas Adultos da CPAD.

Você pode solicitar os estudos gratuitos em pdf através do Whatsapp (18) 9 9691- 1591 ou pode baixar através da página SUBSÍDIOS EBD ANDRADINA no FACEBOOK.

 

 

 

Clique nos ícones abaixo para interagir:


Para evitar “floods” o número do Whatsapp está logo a direita. Salve o contato e contate-nos para receber os estudos das lições gratuitamente.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Rua: Paes Leme                                 1954                                                               Andradina SP Pastor Setorial: Allan Barbosa

Superintendente de EBD: Adriano Rogério Sanches