27 de setembro de 2023

A Grande Comissão Um Enfoque Etnocêntrico

 

A Grande Comissão Um Enfoque Etnocêntrico

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.”  (Mc 16.15)

Esmiuçando o versículo-chave:

Semelhante ao relato de Mateus da Grande Comissão, com o contraste adicional entre aqueles que foram batizados (crentes) e os que se recusaram a crer e são condenados.

Em Mateus ficamos sabendo que, com base na autoridade de Cristo, os discípulos foram enviados a fazer "discípulos de todas as nações". O amplo escopo do comissionamento dos discípulos é consumado por meio da autoridade ilimitada de Jesus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Mateus 28.19,20;                                    Marcos 16.15-18

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mt 28.19). O tema de Mateus é Cristo como Rei, e a incumbência final de Jesus aos seus súditos reflete uma perspectiva global.

O ministério terreno de Cristo foi dirigido a Israel (Mt10.5,6),

Mas a proclamação do seu Reino e a adesão à sua autoridade estende-se a todas as nações. A forma pela qual os discípulos devem reconhecer abertamente sua lealdade a Cristo é através do batismo em águas, ministrado em nome da Trindade.

Iniciamos o último trimestre deste ano abordando um tema crucial para a Igreja neste dias – missões. Importante que se diga, a evangelização requer da Igreja a proclamação integral do Evangelho ao mundo todo.

- “Ide... ensinai...batizando”, estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da Igreja. A igreja deve ir a todo o mundo e pregar o evangelho a todos de conformidade com a revelação do Novo Testamento, da parte de Cristo e dos apóstolos. Esta tarefa inclui a responsabilidade primordial de enviar missionários a todas as nações (At 13.1-4).

O evangelho pregado centraliza-se no arrependimento e na remissão de pecados (Lc 24.47), na promessa do recebimento de ”o dom do Espírito Santo” (At 2.38), e na exortação de separar-nos desta geração perversa (At 2.40), ao mesmo tempo em que esperamos a volta de Jesus, do céu (At 3.19, 20; 1Ts 1.10)

I – A GRANDE COMISSÃO

1. O que é a Grande Comissão? A Grande Comissão é a ordem que Jesus deu para ir e fazer discípulos em todo o mundo. Jesus deu essa ordem aos apóstolos quando ressuscitou. A Grande Comissão é uma ordem para todos os crentes. É importante observar que a comissão de Cristo para ir e fazer discípulos é dada à igreja como um todo, não apenas a cristãos em particular. É comum enxergar a Grande Comissão como uma ordem para que cada cristão em particular se envolva em evangelização. E algumas missões têm advogado que, a menos que você tenha um chamado específico para permanecer em sua terra natal, você deve se tornar um missionário transcultural em obediência à Grande Comissão.

Por mais bem intencionadas que essas perspectivas possam ser, elas erram o alvo ao deixar de pôr a ordem Cristo no contexto do ensino do Novo Testamento acerca do corpo de Cristo. O apóstolo Paulo escreveu: “Porque assim como num só corpo temos muitos membros, mas nem todos os membros têm a mesma função, assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros, tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada” (Rm 12.4-6).

Embora cada cristão tenha um papel a desempenhar na Grande Comissão, nem todos nós temos o mesmo papel.

No texto de Mateus, que é o texto principal da Grande Comissão, o verbo principal da oração não é, como equivocadamente a maioria acredita, o “Ide”; mas o verbo de maior enfoque é “fazei”! Certamente, há alguns que têm o papel de missionários, evangelistas, pastores, ou mestres da Bíblia. E alguns irão para o outro lado do planeta para cumprir esses papéis. Há uma imensa necessidade no mundo hoje de missionários transculturais, e o campo missionário é um lugar fantástico para servir a Cristo. Mas não é para todo mundo. Quando Jesus disse: “Ide”, ele não estava ordenando que todos os seus discípulos fossem para o exterior. Logo antes de sua ascensão, Jesus foi bastante específico acerca dos pontos geográficos aonde ele esperava que seus discípulos fossem. Ele lhes disse: “E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (At 1.8).

Jesus e os seus discípulos estavam em Jerusalém quando ele disse essas palavras. Jesus queria que eles começassem a dar testemunho da sua vida, morte e ressurreição ali mesmo onde eles estavam – em Jerusalém. Assim, o verbo “fazei” é aquele que cada membro do Corpo de Cristo pode e deve fazer! Assim como os discípulos originais que estavam em Jerusalém, nós buscamos viver com fidelidade no lugar em que nos encontramos, “estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” (1Pedro 3.15).

E, a despeito da nossa condição de vida, sempre há algum modo de tomarmos nossa parte em fazer discípulos de todas as nações.

2. A questão cultural. O Comentário Barnes esclarece Marcos 16.15 assim:

Por todo o mundo. Tanto aos gentios quanto aos judeus. Era contrário às opiniões dos judeus que os gentios deveriam ser admitidos aos privilégios do reino do Messias, ou que o muro de separação entre eles deveria ser derrubado.

Ver Atos 22:21-22. Muito antes que os discípulos pudessem ser formados para a crença de que o evangelho deveria ser pregado a todos as pessoas; e foi somente por revelação especial, mesmo depois desta ordem, que Pedro pregou ao centurião gentio, Atos 10; Jesus graciosamente ordenou que a pregação do evangelho não fosse impedida por barreiras. Onde quer que haja pessoas, ali deve ser proclamado. A cada pecador ele oferece vida, e todo o mundo está incluído na mensagem de misericórdia, e a cada filho de Adão é oferecida a salvação eterna.

- Pregai – proclamem; façam conhecido; ofereçam. Fazer isso a toda criatura é oferecer perdão e vida eterna a ela nos termos do plano de misericórdia – por meio do arrependimento e da fé no Senhor Jesus.

- O Evangelho. As boas notícias. As novas de salvação. A certeza de que o Messias veio, e que o pecado pode ser perdoado e a alma salva.

- A cada criatura. Ou seja, a todo ser humano. Ninguém tem o direito de limitar esta oferta a qualquer classe de pessoas. Deus ordena a seus servos que ofereçam a salvação a “todos os homens”. Se eles rejeitam, é por sua própria conta e risco. Deus não é culpado se eles não escolherem ser salvos. Sua misericórdia é manifesta; sua graça é ilimitada ao oferecer a vida a uma criatura tão culpada como ser humano. [Barnes]

- Desde que o Evangelho implica em mudança de mente, mudança de vida, radicalmente irá mudar também qualquer cultura contrária a ele! Não obstante isso, a mensagem do Evangelho pode ser pregada em qualquer contexto cultural.

Quando lemos sobre os primórdios da história do cristianismo, vemos que a grande força dos convertidos daqueles dias estava em viver de uma forma diferente – tratando o “inferior” com respeito, amando o próximo, ajudando o necessitado, vivendo em unidade apesar das diferenças – e que este “novo” estilo, bem diferente dos valores comumente aceitos pela população do Império Romano, era um grande aliado na pregação do evangelho da salvação em Jesus Cristo.

A chamada Igreja Primitiva era pacífica, mas de modo algum passiva diante dos desafios da cultura romana, o que também aconteceu ao longo da história, de forma mais intensa ou mais frouxa, dependendo da época, mas sempre tendo na comunidade genuinamente cristã, uma contracultura transformadora (por genuína, digo aqueles que realmente seguiam o ensino de Cristo, e não os que carregavam apenas o título).

3. A ordem de fazer discípulos em todas as nações. A ordem é fazer discípulos em todas as nações. O termo grego ethne, traduzido por nações no versículo 19, significa ‘grupos de pessoas’ – hoje em dia estima-se que haja cerca de 24.000 etnias no mundo. A exemplo de Paulo, que centralizou seu esforço ministerial nas missões, principalmente nas áreas onde o evangelho não tinha sido pregado suficientemente e assim facultou àqueles que não tinham ouvido a oportunidade de aceitarem a Cristo. Paulo questiona: “Como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rm 10.14).

Um ‘púlpito’ pessoal é designado a cada crente – em casa, na comunidade, no trabalho ou na escola – para mostrar e contar aos outros as boas novas. Como diz Paulo: ‘eu sou devedor’, para demonstrar seu senso de obrigação de anunciar o evangelho.

4. A eficácia e os objetivos da Grande Comissão. Em cinco referências do Novo Testamento, Jesus incumbe diretamente seus discípulos a ir e pregar o evangelho a todo o mundo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.45-48; Jo 20.21-23, e At 1.8).

Certamente, a Igreja e o mundo são comunidades distintas. O mundo é tenebroso, sem luz. O mundo (humanidade não regenerada em Cristo), manifesta uma tendência à podridão, à imundícia, em função do domínio do pecado.

A Igreja, apesar de distinta, permanece no mundo com duplo papel: como sal para interromper, ou pelo menos retardar, o processo da corrupção social; e, como luz, para desfazer as trevas. Nas bem aventuranças, Jesus ensinou aos seus discípulos acerca do caráter cristão que deve marcar suas vidas.

Na última bem aventurança, Jesus chamou a atenção dos seus discípulos para a perseguição que eles haveriam de sofrer por evidenciarem em suas vidas o caráter do Reino. Essa perseguição é a reação de ódio do mundo contra os discípulos fiéis de Jesus Cristo.

Assim o mundo reage em relação aos discípulos de Cristo. Como então, o cristão deve reagir em relação ao mundo em que vive? Será que os cristãos podem influenciar o mundo? Cristo nos ensina que sim. Logo depois de ensinar as bem-aventuranças ele chama seus discípulos de “sal da terra” e “luz do mundo”.

- Notadamente, ser cheio do Espírito Santo é ser totalmente controlado por Ele! A Bíblia diz que você recebe o Espírito Santo quando você se converte. O Espírito Santo tem um papel importante na salvação. Mas ser cheio do Espírito Santo é algo diferente. Efésios 5:18-20 explica que o Espírito Santo pode lhe encher e que essa experiência é melhor que o sentimento de estar embriagado!

O resultado é grande alegria, louvor e gratidão a Deus! O Espírito Santo lhe torna mais desinibido e capaz de dar glória a Deus. De igual forma, é preciso esclarecer que nem todos que são cheios do Espírito Santo falam em línguas ou recebem algum dom “mais sobrenatural”. O Espírito distribui os dons como quer. No entanto, toda experiência de ser cheio do Espírito Santo é poderosa e importante. Uma pessoa pode ter várias experiências de ser cheia do Espírito Santo ao longo da vida.

II – MISSÕES TRANSCULTURAIS

1. Conceito. A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Missionário Transcultural. Obreiro cristão de tempo integral enviado por sua igreja para trabalhar entre povos de outras culturas, quer dentro de sua própria nação quer no exterior. A suprema tarefa da Igreja sem sombra da dúvida é a Grande Comissão. As palavras de Jesus relatadas nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos aponta para o alvo para o qual a Igreja deve seguir e o objetivo a ser alcançado.

- Quando falamos de missões transculturais, estamos falando do esforço da Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo. Não se trata de cruzar barreiras geo-políticas, mas cruzar barreiras como a da lingüística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc.

2. Visão transcultural da Bíblia. O Antigo Testamento já apresenta a noção de visão transcultural e apresenta o Deus de Israel como um Deus missionário que, desde os tempos antigos, planejou o testemunho de Jesus Cristo fosse proclamado a todos os homens (Gn 12.3; cf. Mt 24.14; 28.18- 20).

A vontade divina é que todos os moradores da terra tenham conhecimento a respeito da pessoa de Jesus. Nesse sentido, o meio planejado por Deus para o mundo conhecer o seu Filho passava por uma nação. O Pai chamou a nação de Israel para ser um povo missionário. Dessa forma, os israelitas deveriam ser testemunhas de Deus (Is 42.5-7; 43.10-13).

O projeto missionário foi iniciado já no Antigo Testamento, ainda no Jardim do Éden, após a queda de Adão e Eva, ao instituir a busca aos perdidos. Podemos citar ainda Abraão, que atendendo à ordenança divina saiu da casa de seu pai, da sua parentela, para habitar em uma terra de pagãos, os cananeus, e nessa terra pagã, ele se tornou testemunha do monoteísmo em meio a uma cultura politeísta.

Deus estava se revelando por meio de Abraão. Poderíamos falar da história da viúva de Sarepta e o profeta Elias, de Jonas e Nínive. Nos livros proféticos encontramos profecias de restauração, incluindo um dia futuro no qual as nações estarão entre os redimidos (Is 45.6,22; 49.6; 52.10).

Portanto, a preocupação de Deus para com as nações é clara no Antigo Testamento

- Melquisedeque e Jetro, sacerdotes do Deus Altíssimo, proclamavam o Senhor e O anunciavam de alguma forma para outros povos. O profeta Daniel, ao estar cativo na Babilônia, testemunhou das maravilhas do Criador. Por intermédio desse profeta o rei Nabucodonosor diz que se curva e exalta ao Deus de Israel, que é único; o Israel cativo semeou a mensagem de Deus dentro do império pagão babilônico. Ainda que no Antigo Testamento a obra missionária fosse mais restrita, no entanto, o conceito de missões é ampliado antes da vinda de Cristo.

Salmos 96.3, Davi diz: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos, as suas maravilhas”. Em toda a Antiga Aliança, Deus se revela a Israel para que então Ele fosse conhecido por outros povos.

3. Barreiras nas Missões Transculturais. Quando estudamos o texto de João 4.1-9, percebemos que o objetivo de Jesus nunca foi entrar em uma disputa religiosa. Assim, decidiu sair do saturado centro religioso judaico (Judeia) para alcançar os sedentos da verdade em Samaria (v.1-3).

Ainda hoje, muitos carecem da Água da vida. A missão da Igreja é procurar esses sedentos. Sair da comodidade para alcançar os perdidos.

Neste texto, Jesus preanunciou algumas barreiras que precisam ser rompidas na apresentação do evangelho a um outro povo.

Barreiras geográficas (v.4-6)

Os judeus evitavam atravessar a província de Samaria devido a inimizade que havia entre os dois povos. A rota normal para um judeu chegar a Galileia, era fazer uma volta pela região da Pereia. Mas, Jesus viu a necessidade de passar por Samaria, quebrando uma barreira geográfica, porque ali havia pecadores que precisavam conhecer a verdade (v.4).

Segundo algumas pesquisas, os locais geográficos de mais difícil acesso são os locais onde estão os povos mais necessitados de conhecerem o evangelho de Cristo. Alcançar esses lugares é uma obra desgastante (v.6).

No Brasil há mais de 300 tribos indígenas, sendo que aproximadamente 100 destas não tem nenhuma presença missionária evangélica. Essas tribos, em sua maioria, encontram-se em áreas de difícil acesso, longe de cidades modernas ou até mesmo de estradas, como na Floresta Amazônica ou no sertão nordestino.

Para levar o evangelho de Cristo àqueles que nunca ouviram do amor de Deus, a Igreja precisa sair da zona de conforto e romper as barreiras geográficas.

Barreiras sociais (v.7-8)

Jesus sentado ao lado do poço se encontra com uma mulher. Em sua humanidade, cansado e com sede, pede-lhe água para beber (v.7). Para um judeu da época, não era permitido conversar com uma mulher a sós, mesmo que publicamente. Se um homem de certa posição falasse com uma mulher em local onde pudessem serem vistos, isso era considerado um ato escandaloso.

Algumas autoridades religiosas achavam que este gesto era motivo para divórcio imediato. Os mais extremistas eram da opinião que na rua o homem não podia conversar nem com a própria esposa. Até os próprios discípulos de Jesus desejaram censurar a atitude do Mestre ao conversar com aquela mulher (Jo 4.27).

Jesus foi alguém que dedicou atenção especial às mulheres, não fazendo nenhuma distinção social. Era sustentado por mulheres, aceitou-as em seu grupo de discípulos, ensinou verdades espirituais a elas, conversava pessoalmente com elas e deixava ser tocado por elas.

O evangelho de Cristo não faz qualquer distinção social. Todos podem ouvir e receber a mensagem de salvação. O evangelho precisa chegar aos povos em que, muitas vezes, há barreiras sociais.

Para levar o evangelho de Cristo àqueles que nunca ouviram do amor de Deus, a Igreja precisa sair da zona de conforto e romper as barreiras sociais.

Barreiras culturais (v.9)

Jesus ultrapassou também a barreira cultural que havia entre judeus e samaritanos ao conversar com aquela mulher (v.9). O preconceito racial era uma barreira cultural entre judeus e samaritanos. Os samaritanos eram uma mistura de judeus com pagãos (2Rs 17.24), oriunda da época do Cativeiro Assírio em 722 a.C. Até Jesus foi chamado de “samaritano” (Jo 8.48), um insulto que os judeus usaram contra Ele.

Além do judeu não se dar com o samaritano, ele nunca usaria o mesmo utensílio para beber água, como Jesus estava pedindo. Qualquer judeu se sentiria contaminado se comesse ou bebesse em Samaria, mas não Jesus. O amor a Deus e aos perdidos era maior que essas diferenças culturais.

Para conseguir a atenção dos perdidos, precisamos nos despir de qualquer barreira cultural (alimentação, vestimentas, modo de vida, etc.) que possa haver para que eles ouçam a verdade do evangelho. O conhecido missionário Hudson Taylor foi um dos primeiros a entender a importância disto. Ele insistiu em se vestir, comer e viver como os chineses para os quais foi chamado por Deus. Quando criou uma sociedade missionária, instituiu essa prática a todos os seus membros.

Somos atraídos por aqueles que parecem iguais a nós, e damos as costas aos que parecem diferentes e esquisitos. As pessoas precisam ser atraídas ao missionário antes de serem atraídas à mensagem dele.

Para levar o evangelho de Cristo àqueles que nunca ouviram do amor de Deus, a Igreja precisa sair da zona de conforto e romper as barreiras culturais.

III – VISÃO GLOBAL DO EVANGELHO NO MUNDO

1. Evangelização e Discipulado.  O tema de Mateus é Cristo como Rei, e a incumbencia final de Jesus aos seus súditos reflete uma perspectiva global. O ministério terreno de Cristo foi dirigido a Israel (Mt10.5,6), mas a proclamação do seu Reino e a adesão à sua autoridade estende-se a todas as nações. A forma pela qual os discípulos devem reconhecer abertamente sua lealdade a Cristo é através do batismo em águas, ministrado em nome da Trindade.

- Mateus 28.18-20 declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da Igreja. O cerne da Grande Comissão está no versículo 19; Todos os verbos estão no gerúndio, mas fazer discípulos é uma ordem.

Um discípulo é um seguidor. Isso implica:

1) Fazer do Reino de Deus seu tesouro;

2) Renunciar tudo por amor a Jesus;

3) Isso significa guardar as palavras de Jesus.

O alcance da Grande Comissão, também no versículo 19, é: “Fazei discípulos de todas as nações”. A palavra nações é etnias. Onde houver um povo, com sua língua, cultura, raça, etnia ali o evangelho deve chegar. Ali Deus comprou com o sangue de Cristo aqueles que devem ser chamados e discipulados. O coração de Deus pulsa pelo mundo todo. Deus disse a Abraão: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Apocalipse 5.9 diz que Deus comprou com o sangue do Seu Filho os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.

2. Arrependimento  e  capacitação  do  Espírito.  A missão dos apóstolos de difundir o evangelho foi a razão principal para a qual o Espírito Santo os capacitou. Esse acontecimento alterou dramaticamente a história mundial, e a mensagem do evangelho finalmente chegou a todas as partes da terra (Mt 28.19-20).

Os apóstolos já haviam experimentado o poder do Espírito Santo de salvar, guiar, ensinar e realizar milagres. Em breve eles receberiam a presença habitadora do Espírito e uma nova dimensão de poder para testemunhar (At 2.4; 1Co 6 .19-20; Ef 3.16,20).

Pessoas que contam a verdade sobre Jesus Cristo eram essas testemunhas que o texto aponta (Jo 14.26; 1Pe 3.15).

A palavra grega significa para testemunha significa “pessoa que dá a vida pela sua fé", pois esse foi o preço comumente pago pelo testemunho.

 - Viver em uma nova cultura sempre será um choque na vida de qualquer missionário, pois do ponto de vista da pessoa que está se inserindo na cultura, ele espera ainda ver costumes de sua cultura, no entanto começa a estranhar algumas atitudes. Oliveira (2009, p. 17) diz que “É comum observarmos e julgarmos as demais culturas a partir da nossa.

Ficamos estarrecidos e não nos conformamos ao observar como as pessoas em outros ambientes étnicos agem” O missionário que se envolve em missões transculturais deve ficar atento a esses aspectos, mostrando-se apto a aprender e a compreender a nova cultura que está inserido e ter o máximo de cuidado para não impor a sua cultura. Não é transformar a cultura do outro através da nossa, mas imitar Jesus e pelo seu modelo, identificar-se com o outro para poder falar do amor.

- “A comunicação do evangelho é muito difícil se não imitarmos Jesus, o qual, para se fazer compreendido e mostrar amor, identificou-se com os homens, não só encarnando-se em forma humana, mas também encarnando-se culturalmente. ‘Ele veio para os seus...’ O seus eram o povo Judeu. Por isso, Ele falou a língua daquele povo, vestiu-se conforme os costumes da época, comeu o que eles comiam, dormiu onde eles dormiam – enfim, Jesus foi judeu como todos os outros, humanamente falando”.

CONCLUSÃO

É interessante observar como o cristianismo ganhou “caras” nas diferentes culturas mundo a fora. Assim compreendemos que é primordial o identificar-se com o outro.

Missões transculturais parece uma tarefa enorme, e é, por isto precisamos aprender a trabalhar com parcerias, olhando o todo, percebendo onde encontramos lugares onde o evangelho não está sendo pregado e ir até lá, mesmo que através de parceiros.

A Igreja de Jesus precisa começar a pensar sobre possibilidades de realizar missão transcultural; como corpo de Cristo e comissionados por Ele, precisamos orar para que possamos tomar as decisões corretas e ouvir atentamente a voz de Deus.

- O nosso Deus é o Deus da História e Ele tem um propósito para ela. As Escrituras são claras quanto a isso e descrevem este propósito do início ao fim. Se cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus devemos crer necessariamente que missões transculturais é o programa de Deus, visto que de Gênesis a Apocalipse ela nos revela o amor de Deus pelas nações da terra (Gn 12.3; Is 49.6; Ap 5.9).

Boa aula

25 de setembro de 2023

LIÇÕES BÍBLICAS – 4º TRIMESTRE/2023

 

LIÇÕES BÍBLICAS – 4º TRIMESTRE/2023

Neste último Trimestre de 2023, vamos explorar um tema fundamental em nossas Escolas Bíblica Dominical em todo o Brasil: “Até os Confins da Terra – Pregando o Evangelho a Todos os Povos até a Volta de Cristo”. O comentarista das Lições é o pastor WAGNER GABY.

A Missão de pregar o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo é um tema intrinsecamente ligado à essência da missão cristã. Essa missão transcende o tempo e o espaço, abrangendo todas as eras da igreja e todas as nações da Terra.

Como Introdução do Trimestre, vejamos alguns aspectos teológicos dessa missão, sua base bíblica e as implicações para nossa fé e prática cristã.

1. A Base Bíblica da Missão

A base bíblica para a missão de pregar o Evangelho a todos os povos é incontestável. Jesus Cristo, em Mateus 28:19,20, deu um mandamento claro a Seus discípulos: "Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado". Este é o chamado imperativo de Cristo a cada cristão, que, por sua natureza, abrange todas as nações e povos.

É fundamental compreender a importância desse mandamento. O Evangelho é a boa notícia da salvação em Cristo Jesus, a mensagem que oferece perdão de pecados, reconciliação com Deus e vida eterna. Essa mensagem transcende fronteiras geográficas, culturais e étnicas. Ela é para todos os povos, línguas e nações. Como embaixadores do Evangelho, somos chamados a compartilhar essa esperança transformadora com todos que encontrarmos, independentemente de quem são ou onde vivem.

2. A Teologia da Missão

A missão é transcultural. Ela é uma extensão da própria natureza de Deus, que é amor e deseja que todos sejam salvos (1Timóteo 2:4). A teologia da missão nos ensina que Deus escolheu a igreja como Seu instrumento para levar a mensagem da salvação a todas as nações. A missão não é uma atividade secundária da igreja, mas seu propósito central.

A missão também nos leva a refletir sobre a doutrina da reconciliação. Em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo mesmo (2Coríntios 5:19). Portanto, nossa missão é proclamar essa reconciliação, convidando as pessoas a se reconciliarem com Deus por meio de Jesus Cristo.

3. Os Desafios Teológicos da Missão

Ao embarcar nessa missão, encontramos desafios teológicos significativos. Por exemplo, a questão da pluralidade religiosa e cultural nos leva a considerar como comunicar o Evangelho de maneira relevante e eficaz em contextos diversos. Devemos lembrar que a verdade do Evangelho é universal, mas sua aplicação pode variar culturalmente.

Os desafios que enfrentamos ao cumprir a Grande Comissão de Jesus, principalmente quando se trata de missões transculturais, são muitos. Primeiro, a diversidade cultural e religiosa do mundo requer sensibilidade e compreensão para alcançar diferentes grupos de pessoas. Cada cultura tem sua própria maneira de ver o mundo e sua espiritualidade, e devemos abordá-las com respeito e amor. Além disso, a barreira do idioma pode ser um obstáculo significativo, mas a tradução das Escrituras e a aprendizagem de línguas estrangeiras são ferramentas essenciais para superá-la.

Outro desafio é a oposição e a perseguição que alguns missionários podem enfrentar em áreas hostis ao cristianismo. No entanto, devemos lembrar que Deus está conosco em todos os momentos e que Ele pode transformar até mesmo as situações mais adversas em oportunidades para a Sua glória. A perseverança e a oração são nossos aliados nessa jornada.

Outro desafio é a compreensão da justiça social na missão. A missão não é apenas espiritual, mas também social, buscando transformar vidas e comunidades. Isso requer um entendimento profundo da teologia da justiça e da compaixão.

Mas, apesar dos desafios, há inúmeras bênçãos associadas à obediência a esse chamado. Em primeiro lugar, a alegria de ver vidas transformadas pelo Evangelho é incomparável. Testemunhar almas perdidas sendo encontradas por Cristo e vendo comunidades inteiras se voltando para Ele é uma experiência indescritível. Além disso, o Senhor promete estar conosco sempre, fortalecendo-nos e guiando-nos ao longo do caminho.

4. As Implicações Práticas

As implicações práticas dessa missão são vastas. Significa sair da nossa zona de conforto, superar barreiras culturais e linguísticas, e estar disposto a sacrificar-se pelo bem do reino de Deus. Requer também uma abordagem holística, considerando tanto as necessidades espirituais quanto as físicas das pessoas. Além disso, a missão nos lembra da importância da formação teológica e do conhecimento das Escrituras. Um conhecimento sólido da Palavra de Deus é essencial para comunicar com precisão o Evangelho.

5. A Grande Comissão

A Grande Comissão é, sem sombra de dúvidas, a suprema tarefa da igreja. Templos, escolas, orfanatos, asilos para idosos, creches e hospitais devem ser encarados no contexto da igreja local como acessórios, entretanto a evangelização dos povos deve ocupar a primazia dos recursos financeiro e pessoal. A igreja pode fazer tudo aqui na terra, mas se não cumprir a grande Comissão, não fez nada. Pregar o Evangelho é urgente e essencial! A Grande Comissão (Mt.28:19,20), envolve:

-Ir. Proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura.

-Ensinar. Ensinar tanto aos novos convertidos como aos maturados na fé, tornando-os fiéis seguidores de Cristo.

-Batizar. Integrar os novos convertidos na igreja local, a fim de que cresçam na graça e no conhecimento por intermédio da ação do Espírito Santo em sua vida, desfrutando sempre da comunhão dos santos.

A Grande Comissão vai além do simples ato de falar de Jesus, o que denominamos comumente de evangelizar. Trata-se de um processo pelo qual Jesus se torna vivo e presente na vida dos fiéis, de forma que eles ajam de acordo com os padrões divinos. É tornar o Evangelho uma prática na vida das pessoas. Não é apenas falar de Jesus e esperar que a pessoa se decida por influência da pregação.

É bom ressaltar que “pregar o evangelho” não é apenas fazer um sermão, uma exposição da Palavra de Deus a um grupo de ouvintes, com eloquência, com unção do Espírito Santo. Isto também é pregar, mas não é esta a única forma que se tem para pregar o Evangelho, nem a só a isto que Jesus Se refere na “Grande Comissão”.

“Pregar o evangelho” é mostrar antecipadamente o Cristo, de forma adiantada, antes que se mostre quem é Ele nas Escrituras, que dEle testificam (João 5:39). Mas como podemos mostrar Jesus antes que O mostremos na Bíblia Sagrada? Através de nossas próprias vidas! O povo de Antioquia, ao ouvir a mensagem do Evangelho, começou a chamar os discípulos de cristãos, porque, ao compararem o modo de vida de cada crente com o que era mostrado nas Escrituras, descobriram que os crentes daquela igreja eram “parecidos com Cristo”, ou seja, eram “cristãos”. Portanto, a melhor e mais impressionante forma de pregarmos o Evangelho é vivermos de acordo com o Evangelho, é termos uma vida sincera e irrepreensível diante de Deus e dos homens.

LIÇÕES PROPOSTAS A SEREM ESTUDADAS AO LONGO DO TRIMESTRE:

Lição 01 - A Grande Comissão: Um Enfoque Etnocêntrico.

A Grande Comissão, que instrui os discípulos a fazerem discípulos de todas as nações, transcende as barreiras culturais e étnicas. Ela nos desafia a superar quaisquer obstáculos cultural e social, e a levar o Evangelho a todos os povos, reconhecendo a diversidade e a igualdade de valor de todas as pessoas aos olhos de Deus.

Portanto, a Grande Comissão não é apenas um chamado à evangelização, mas também um chamado a transcender fronteiras culturais e étnicas. Ela demanda que os discípulos levem o Evangelho a todos os povos, reconhecendo e respeitando suas diversas identidades culturais.

Lição 02 - Missões Transculturais: À sua Origem na Natureza de Deus.

As missões transculturais têm suas raízes na natureza de Deus, que é amor e deseja a salvação de todos os seres humanos. Deus é transcultural, e seu plano de redenção abrange todas as culturas, línguas e etnias. As missões refletem esse caráter divino, levando a mensagem da salvação a todos os cantos do mundo

Lição 03 - Missões Transculturais no Antigo Testamento.

No Antigo Testamento, vemos exemplos de missões transculturais por meio da vida de profetas e personagens como Jonas e Noé. Deus usou esses homens para comunicar sua vontade e chamar povos estrangeiros ao arrependimento e à fé. Embora de maneira prenunciada, vemos também a bênção de Abraão, que tinha o propósito de abençoar todas as nações por meio dele.

Lição 04 - Missões Transculturais no Novo Testamento.

O Novo Testamento é rico em narrativas e ensinamentos sobre missões transculturais, especialmente a expansão do cristianismo pelos apóstolos. Eles foram comissionados a pregar o Evangelho a todas as nações, estabelecendo um modelo para a evangelização transcultural que ainda nos inspira hoje.

Lição 05 - Uma Perspectiva Pentecostal de Missões.

A perspectiva pentecostal enfatiza a obra do Espírito Santo na capacitação e direção dos missionários e evangelistas; realça a importância do Espírito Santo no avanço das missões, conferindo poder, ousadia e habilidades linguísticas para superar barreiras culturais e levar o Evangelho a todos os cantos da terra.

Lição 06 - Orando, Contribuindo e Fazendo Missões.

Envolvimento integral na missão transcultural envolve oração fervorosa pelo avanço do Evangelho, contribuição financeira para sustentar missionários e participação direta na obra missionária, seja indo ao campo ou apoiando de outras maneiras.

Lição 07 - A Responsabilidade da Igreja com os Missionários.

A igreja deve apoiar e sustentar os missionários de forma integral, proporcionando suporte emocional, espiritual e financeiro ao longo de sua jornada missionária.

Lição 08 - Missionários Fazedores de Tendas.

Esta Lição destaca a importância da auto-sustentabilidade dos missionários, permitindo que eles se envolvam eficazmente na cultura local.

Lição 09 - A Igreja e o Sustento Missionário.

A igreja tem o papel vital de prover recursos financeiros para sustentar os missionários, garantindo que possam dedicar-se plenamente à sua missão.

Lição 10 - O Desafio da Janela 10/40.

O Desafio da Janela 10/40 refere-se a uma estratégia de evangelismo e missões que foca na região do mundo entre as latitudes 10 e 40 graus ao norte do equador. Essa região inclui muitos países com uma alta concentração de não-cristãos e acesso limitado ao Evangelho, sendo vista como um importante campo missionário. O desafio busca direcionar esforços missionários para alcançar as pessoas que vivem nesse "cinturão" geográfico, visando compartilhar a mensagem do Evangelho e promover o avanço do Cristianismo nesses lugares.

Lição 11 - Missões e a Igreja Perseguida.

As missões transculturais muitas vezes envolvem a propagação do Evangelho em áreas onde os cristãos enfrentam discriminação, hostilidade ou perseguição devido à sua fé em Cristo. Em muitos lugares como, por exemplo, países comunistas e mulçumanos, os cristãos vivem em condições adversas, enfrentando desafios como restrições legais, violência e opressão. Missões nesses contextos buscam apoiar, fortalecer e compartilhar a fé em meio às dificuldades, muitas vezes promovendo a mensagem do Evangelho de maneira discreta e adaptada à situação de risco.

Lição 12 - O Modelo de Missões da Igreja de Antioquia.

A Igreja de Antioquia fornece um modelo inspirador de envio missionário, onde a comunidade eclesiástica se mobiliza e apoia ativamente os missionários.

Lição 13 - O Propósito de Missões.

O propósito principal das missões é a expansão do Reino de Deus e a proclamação do Evangelho, visando a transformação de vidas e comunidades.

Lição 14 - Missões e a Volta do Senhor Jesus.

O mandato missionário está intrinsecamente ligado à expectativa da segunda vinda de Cristo, impulsionando a urgência e dedicação na realização da missão até sua gloriosa e tão esperada volta.

CONCLUSÃO

Estas Lições ilustram que a missão transcultural é uma responsabilidade central da fé cristã, impulsionada pelo amor, direcionada pela Palavra de Deus e vital para a realização da Grande Comissão até a volta gloriosa de Jesus Cristo.

O mandamento de pregar o Evangelho a todos os povos até a volta de Cristo é uma tarefa divina que nos foi confiada; é um chamado que requer sacrifício, coragem e persistência, mas que também traz inúmeras bênçãos espirituais e alegria indescritível. Devemos abraçar essa missão com zelo e dedicação, sabendo que Deus está conosco a cada passo do caminho.

E é bom enfatizar que o Ide de Jesus não foi apenas para os cristãos da Igreja do primeiro século, mas a todos os cristãos sem exceção. Onde há um pecador, sem o conhecimento do Evangelho, se encontra um campo missionário; e qualquer cristão pode evangelizá-lo com seu testemunho pessoal.

Que o amor de Cristo nos inspire a levar Seu Evangelho aos confins da Terra, para que todos os povos possam conhecer a esperança que encontramos Nele. Que Deus abençoe a Igreja nessa gloriosa jornada missionária enquanto buscamos obedecer ao grande mandamento de nosso Senhor e Salvador: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc.16:15,16).

Luciano de Paula Lourenço