4 de junho de 2010

O VALOR DA TEMPERANÇA 02

O VALOR DA TEMPERANÇA

Texto Áureo = “Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade. “ Pv 16.32.

Verdade Prática = O autodomínio é uma condição outorgada ao crente pelo Espírito Santo que o ajuda a vencer as lutas da vida.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE:- Jr 35:1-5, 8, 18-19

INTRODUÇÃO

A lição “O Valor da Temperança” abre-nos perspectivas maravilhosas sobre como Deus nos dá meios para vencer os ataques do inimigo e para nós nos dominarmos a fim de sermos úteis ao Senhor.

1. A IMPORTÂNCIA DA TEMPERANÇA

1. Temperança é moderação. Temperança é a qualidade de quem é moderado, de quem tem autocontrole, sendo capaz de dominar seu

espírito, seus sentimentos e paixões. A Bíblia, na edição revista e atualizada no Brasil, usa a expressão “domínio próprio”.

2. A perda do domínio próprio e da criação. Desde o principio Deus entregou ao homem o domínio 8obre a criação (Gn 1.26), bem como domínio sobre o mal, pois Ele disse a Caim: “O pecado jaz à porta e para ti será o seu desejo e sobre ele DOMINARÁS” (Gn 4.7). A queda do homem tirou-lhe esta força de domínio e o escravizou, tanto debaixo do pecado (Rm 7.14; J0 8.34), como debaixo das coisas materiais. Jesus falou do homem rico que se deixou dominar pelas suas grandes colheitas e na sua avareza esqueceu de cuidar de sua alma (Lc 12.15-21). A Bíblia adverte contra o perigo de honrar e servir mais à criatura do que ao Criador (Rm 1.25).

3. A temperança restaurada. A salvação restaura na vida do homem também, esse domínio perdido. Em primeiro lugar a salvação liberta o homem da escravidão sob o inimigo (Rm 6.18-22), dando-lhe poder para dominar o mal (Rm 6.6- 13; 8.12-15). Nesta luta contra o mal Deus enriquece a vida do crente com o fruto do Espírito, cuja última expressão é a temperança (Gl 5.22).

Temperança não se refere à força de vontade de origem humana que alguns possuem e outros não, mas refere-se a um suprimento de força dado pelo Espírito Santo, com a qual o crente toma-se apto para vencer a sua própria carne, não permitindo que o mal entre na sua vida. Vamos neste comentário dividir este importante assunto em duas partes:

• Domínio sobre o mal para viver uma vida de vitória espiritual.

• Domínio sobre as coisas materiais para que elas não nos impeçam de servir ao Senhor.

II. DOMINANDO O MAL

O crente deve dominar o mal e não ser dominado por ele. A Bíblia nos oferece uma mensagem de esperança, pois diz: “Deus nos deu o espírito de domínio próprio” (2 Tm 1.7), (Bíblia de Scofield). Vejamos alguns exemplos que mostram como Deus ajuda o crente a exercer o domínio sobre o mal.

1. Daniel venceu o perigo de se contaminar. Daniel e seus três amigos foram levados cativos para Babilônia. Na escola de preparação para o serviço palaciano era-lhes determinado que comecem comidas que, conforme a lei de Deus, não lhes eram lícitas. Daniel “Assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei” (Dn 1.8). Deus o ajudou a cumprir este propósito e Daniel obteve uma grande vitória a qual lhe abriu as portas para ser uma bênção tanto para seu próprio povo como para o povo em cujo meio vivia.

A mesma coisa repete-se hoje, pois muitos crentes enfrentam imposições por parte do meio em que convivem, para que em nome de um comportamento social adequado levantem um brinde de álcool, assistam a teatros, bailes, etc. Através do domínio próprio o crente pode educadamente dizer NÃO. Idem quando o crente é convidado a participar de negócios ilícitos ou de coisas semelhantes.

2. O crente domina-se com a ajuda do Espírito Santo. O Espírito Santo ajuda o crente a ter condições de impedir que entre na sua vida o pecado que jaz à sua porta (Gn 4.7)

a. O inimigo ataca a “porta” do pensamento. A Bíblia diz que os maus pensamentos procedem do coração (Mt 15.19). Para o crente, porém, a coisa é diferente porque o seu coração foi purificado pela fé (At 15.8), e se tornou limpo (Mt 5.8). Agora, “O homem bom tira coisas boas do seu bom tesouro” (Mt 12.35). “Não pode a árvore boa dar maus frutos’ (Mt 7.18). Quando maus pensamentos querem dominar o crente, ele então deve estar ciente de que isto não procede mais do seu coração mas vem de fora, do inimigo, que desta forma deseja entrar. Pelo Espírito Santo, que ajuda no domínio próprio, o crente tem poder para dizer: “por aqui não entra”, e assim os seus pensamentos serão guardados em Cristo Jesus (Fp 4.7) (Tradução Brasileira).

b. O inimigo ataca a “porta” dos olhos, procurando através de revistas obscenas e programas imorais de TV, e até de propagandas comerciais, induzir o crente cair em tentação. Através do domínio próprio o crente diz: “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101.3; Is 33.15). Ele prefere olhar para Jesus (Hb 12.2), e ver as maravilhas da Sua lei (Sl 119.18).

c. O inimigo procura entrar pela “porta” dos ouvidos. Assim ele fez quando falou aos ouvidos de Eva as palavras pelas quais ela caiu em pecado. O crente deve reagir, não aceitando as “más conversações”, pois elas corrompem (1 Co 15.33; Pv 17.4). O crente tapa seus ouvidos (Is 33.15), para não ouvir o mal, pois ele deseja ouvir aquilo que promove edificação (Ef 4.29; Ap 2.7; Is 50.4).

d. O crente deve vigiara “porta” dos sentimentos, e qualquer outra entrada que o inimigo possa utilizar. Assim fazendo o crente sempre terá plena vitória.

III. DOMINANDO SOBRE OS BENS MATERIAIS

O crente deve ter domínio sobre , as coisas materiais. Jesus disse:

“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6.33). necessário saber dominar as coisas materiais para que elas jamais venham a impedir a nossa vida espiritual. Através do domínio próprio o crente usufrui das coisas materias sem tornar-se escravo delas.

1. Dominando o tempo e o trabalho. O crente deve dominar o seu tempo e o seu trabalho a fim de que as suas atividades materiais não lhe roubem o tempo de oração e meditação na Palavra de Deus. Não é razoável deixar a Palavra de Deus (At 6.2).

2. Dominando-se para servir ao Senhor. O crente deve dominar- se para ter condições de servir ao Senhor. Assim como um atleta se abstém de muitas coisas para ganhar uma coroa corruptível, (1 Co 9.25), assim também o crente deve, quando necessário, abrir mão da comida, para jejuar; do descanso, para orar; do conforto do lar no seio da família, para atender o trabalho do Senhor, subjugando assim o seu corpo à servidão para ganhar valores eternos (1 Co 9.25-27).

ARMAS PARA O DOMÍNIO PRÓPRIO

Obviamente, a temperança é fruto do Espírito e, portanto, somente conseguirá ter domínio próprio àquele que possui o Espírito de Deus. Algumas religiões pregam a “meditação”, outras a “concentração”, outras os exercícios de “repetição”, algumas o jejum e outras o isolamento, para seus adeptos conquistarem o autocontrole. Claramente estes esforços tornam-se vãos, Algumas conquistas ser conseguidas na esfera do corpo ou da mente, no entanto, somente Jesus pode trabalhar no coração do homem. Algumas “armas” auxiliam o cristão a ter o domínio próprio, mais não podemos cair na ilusão de que com nossos esforços e méritos conseguiremos a temperança. Estas “armas” visam uma maior proximidade com o Senhor para encontrar nele a força para vencer. Vejam a seguir algumas atitudes que vão ajudá-lo:

ORAÇÃO -Através dela falamos com Deus e nos tornamos mais sensíveis a sua voz.
Na sua Bíblia, leia Mt 6. 5-15

JEJUM -O jejum é uma arma poderosa para auxiliar a autodisciplina, através dele nos separamos para consagrar ao Senhor, permitindo que Deus mortifique a nossa carne, santificando a nossa vida.
Quanto ao jejum, leia: Mt 6. 16-18 ; Is 58

VIGILÂNCIA -Sem ela não adianta orar e nem jejuar!
Leia: Mc 14.38

BÍBLIA –Nela está a revelação de Deus para a nossa vida e o modelo de caráter. Leia: Jo 17.17

O DOMÍNIO PRÓPRIO E O AMADURECIMENTO

Você já observou um recém convertido? Muitas vezes ele tem atitudes precipitadas, isso acontece devido ao fruto do Espírito amadurecer na vida do cristão à medida que ele busca ao se Senhor. Quanto mais amadurecido for o cristão, maior será o seu domínio próprio; não estou falando de tempo de conversão, mais o amadurecimento acontece à medida que abrimos o coração para a vontade de Deus e o obedecemos.

CONCLUSÃO:

Vimos nesta aula que o domínio próprio é uma qualidade do fruto do Espírito muito preciosa e que Deus deseja que ele exista em todas as áreas da nossa vida.
Vimos também que existem atitudes que nos aproximam mais de Deus e que, portanto, aumentam a temperança. Aprendemos também que esse domínio próprio é sinal de amadurecimento. Busquemos então uma vida de consagração para que tenhamos mais domínio próprio e sejamos sóbrios, não nos precipitando no responder ou no falar, controlando pelo poder do Espírito a nossa “velha natureza” em todas as áreas da nossa vida.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Bibliografia

www.igrejasementedavida.com.br

Lições bíblicas CPAD 1984