A TEOLOGIA DA
PROSPERIDADE
TEXTO
ÁUREO - “Muitos
me dirão naquele Dia Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em
teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas
maravilhas?” (Mt 7.22).
VERDADE
PRÁTICA - Centrando
sua mensagem na saúde física e no acúmulo de bens terrenos, os teólogos da
prosperidade menosprezam a salvação em Cristo e os bens celestes.
LEITURA BÍBLICA
EM CLASSE - MATEUS 7.15-23
INTRODUÇÃO
A Confissão Positiva não é uma
denominação ou seita, mas um movimento introduzido sutilmente entre as igrejas
pentecostais, enfatizando o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. É
conhecida também como «Teologia da Prosperidade”, “Palavra da Fé” ou “Movimento
da Fé”. As crenças e práticas desse movimento são aberrações carregadas de
perigosas heresias.
HISTÓRICO
1.
Sua origem.
A Confissão Positiva é uma adaptação, com roupagem cristã, das idéias do
hipnotizador e curandeiro Finéias Parkhurst Quimby (1802-1866). Os quimbistas
criam no poder da mente, e negavam a existência da matéria, do sofrimento, do
pecado e da enfermidade. Deles surgiram vários movimentos ocultistas como o
Novo Pensamento, as seitas Ciência da Mente e Ciência Cristã, de Mary Baker
Eddy. Seus promotores procuram se passar por cristãos evangélicos (v. 15).
2.
Principal fundador: Essek W. Kenyon. O movimento surgiu de forma gradual por
meio de Essek William Kenyon (1867-1948). Kenyon, aproveitando-se dos conceitos
de Mary B. Eddy empenhou-se em pregar a salvação e a cura em Jesus Cristo. Dava
ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, além de aplicar a
técnica do poder do pensamento positivo.
Kenyon, que pastoreou várias
igrejas e fundaram outras, não era pentecostal. Ele foi influenciado pelas
seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a Metafísica do Novo Pensamento.
Hoje, é reconhecido como o Pai do movimento Confissão Positiva, tendo exercido
forte influência sobre Kenneth Hagin.
3.
Principal divulgador: Kenneth Hagin. Nasceu em 1917 com problema de coração
e ficou inválido durante 15 anos. Em 1933, converteu-se ao evangelho e, no ano
seguinte, o Senhor Jesus o curou. A partir de então, começou a pregar.
Ele recebeu o batismo no Espírito
Santo em 1937. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou- os em livros,
cassetes e seminários, dando sempre ênfase à confissão positiva. Em 1974,
fundou o Centro Rhema de Adestramento Bíblico, em Oklahoma.
FONTES
DE AUTORIDADE
1.
Revelação ou inspiração de seus líderes. Hagin fazia diferença entre as palavras
gregas rhêma e logos, pois ambas significam “palavra”. Ainda hoje, os
seguidores dessa crença afirmam que logos é a palavra de Deus escrita, a
Bíblia; e rhéma, a palavra falada por Deus em revelação ou inspiração a uma
pessoa em qualquer época. Desse modo, o crente pode repetir com fé qualquer
promessa bíblica, aplicando a sua necessidade pessoal e exigir o seu
cumprimento.
2.
Confissão positiva do crente. Os adeptos da Confissão Positiva crêem
ser a Bíblia a inerrante e inspirada Palavra de Deus, mas não a única, pois
admitem que a palavra do crente tenha a mesma autoridade. Para eles, as fontes
de autoridade são: a Bíblia, as revelações de seus líderes e a palavra da fé.
O crente deve declarar que já tem
o que Deus prometeu nos textos bíblicos e, tal confissão, confirmar-se-a. A
confissão negativa é reconhecer a presença das condições indesejáveis. Basta
negar a existência da enfermidade e ela simplesmente deixará de existir. É a
doutrina de Quimby, da Ciência Cristã e do Movimento Nova Era.
3.
A autoridade para a vida do cristão. Atribuir tanta autoridade assim às
palavras de uma pessoa extrapola os limites bíblicos. A emoção também caiu com
a natureza humana e, por isso, a fé não pode ser fundamentada em experiências
(Jr 17.9). As experiências pessoais são marcas importantes na vida dos
pentecostais.
Cremos em um Deus que se comunica
com os seus filhos por sonhos, visões e profecias (At 2.17,18),
mas essas experiências são para a edificação pessoal e não para estabelecer
doutrinas. O cristianismo autêntico não deve ir além das Escrituras Sagradas
(Is 8.20; 1 Co 4.6). A Bíblia é a única autoridade para a vida do cristão.
RHÉMA
E LOGOS
1.
Termos sinônimos.
O vocábulo rhèma aparece 68 vezes e, logos, 330 no texto grego do Novo
Testamento. Como não existem sinônimos perfeitos, exatamente iguais, aqui
também não é diferente. O termo rhéma significa “palavra, coisa”; enquanto em
logos, os léxicos apresentam uma extensa variedade de significados como: “palavra,
discurso, pregação, relato, etc.”. Mas ambos os termos coincidem-se (Lc 9. 44,
45).
O conceito de rhéma e de logos,
inventado por Hagin, não resiste à exegese bíblica. Não é verdade que haja a
tal diferença entre as referidas palavras.
2.
Termos usados para designar as Escrituras. Ambos os termos são igualmente
usados para identificar as Escrituras Sagradas. Encontramos no texto grego do
Antigo Testamento (Septuaginta) a expressão rhéma tou theou, “palavra de Deus”
em Isaías 40.8.
Nas páginas do Novo Testamento, a
mesma passagem é citada pelo apóstolo Pedro (I Pe 1.25).
Mas, encontramos também, logon
tou theou, “palavra de Deus”, com o mesmo significado (Mc 7.13).
Esses exemplos provam, por si só,
que o conceito de Hagin é falacioso, sem base bíblica.
3.
Falácias da Confissão Positiva. O conceito de confissão positiva e
negativa é falso; não se confirma na Bíblia ou na prática da vida cristã. Deus
é soberano; nós, os seus servos. Jesus ensinou-nos: “Seja feita a tua vontade,
tanto na terra corno no céu” (Mt 6.10). Basta tão-somente esse versículo para
reduzir a cinzas a insolência dos promotores da Confissão Positiva. A Bíblia
ensina, ainda, que devemos confessar nossas culpas para sermos sarados (Tg 5.16), e isso, não parece ser confissão
positiva.
CRENÇAS E
PRÁTICAS
1.
Teologia.
De maneira genérica, os adeptos da Confissão Positiva seguem uma linha ortodoxa
no que tange aos pontos cardeais da fé cristã. Não se trata de uma seita, mas
de um movimento que permeia as igrejas; daí a diversidade de ensinos entre seus
adeptos. Sobre Deus, uns são unicistas; outros deificam o homem. Essa falta de
padrão doutrinário existe, sobretudo, a respeito do Senhor Jesus e de sua obra.
Os ensinos da Confissão Positiva, por conseguinte, é um desvio das doutrinas
bíblicas apesar de sua aparência ortodoxa.
2.
Sua marca.
As marcas distintivas do movimento são: a prosperidade e a pregação restrita
aos pobres e enfermos, oferecendo-lhes riquezas e saúde. No entanto, deixa de
lado o essencial: a salvação. A mensagem dos profetas da prosperidade pode
fazer sentido nos países ricos onde as oportunidades são mais amplas, mas, nas
regiões pobres do planeta, são irrelevantes. Isso é mais uma prova de que se
trata de um evangelho humano, contrário à Bíblia, pois o evangelho de Jesus
Cristo é para todos os seres humanos em todas as épocas (Mt 28.19, 20; Tt
2.11).
3.
A salvação.
Em vez de trazer riquezas materiais aos pobres e saúde aos enfermos, o
propósito principal da vinda de Jesus ao mundo foi salvar os pecadores (I Trn
1.15), muito embora o seu ministério tenha sido coroado de êxito no campo da
cura divina e da libertação (At 10.38).
O que esses pregadores fazem não
passa de espetáculo, contrariando o verdadeiro propósito do evangelho. Não foi
essa a mensagem pregada pelos apóstolos. Paulo afirma haver se contentado com a
abundância e com a escassez (Fp 4.11-13).
A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - Texto:
Ap 3.14-22
A
teologia da prosperidade traz o ensino diabólico de que o cristão não deve ser
pobre, adoecer ou sofrer; em outras palavras o cristão não deverá aceitar estas
coisas em sua vida. Segundo esta teologia, o cristão deve ser próspero em todos
os sentidos. Quando um crente tem problemas de saúde ou dinheiro é porque
alguma coisa está errada em sua vida. Para a teologia da prosperidade, ter
dinheiro significa ter fé!
Usam
textos como: Sl 37.25; Mt 18.18-19; Lc 17.6; Jo 14. 12-14; Rm 8.31; Fp 4.13.
Citam
exemplos de personagens do Antigo Testamento, como por exemplo: Abraão (Gn
24.1) ,Jacó (Gn 30.43), José (quando governador do Egito), o rei Davi, o rei
Salomão, Daniel (quando morou no palácio do rei) etc...
Na aula
de hoje estudaremos sobre a verdade bíblica quanto à prosperidade financeira,
nas aulas seguintes continuaremos a estudar sobre a questão financeira, sobre a
saúde e sobre o culto a personalidade respectivamente. Preste bastante atenção
neste tema, pois ele faz parte do ensino de muitas seitas evangélicas e é
defendido e divulgado através de pregações de homens que se dizem de Deus.
A prosperidade financeira
A
teologia da prosperidade afirma que todo cristão deve ganhar bem e jamais
passar qualquer tipo de aperto financeiro; afirma ainda que aqueles que não são
bem sucedidos financeiramente; estão debaixo de maldição, ou não tem fé; ou
ainda não aprenderam que precisam determinar e não aceitar a pobreza. Dizem os
pregadores da prosperidade que aqueles que não aceitam esta doutrina, pregam um
Evangelho de misérias e vivem derrotados. Até que ponto estas declarações e
ensinos são verdadeiros? Vamos passar agora a analisar a questão financeira a
luz da Bíblia.
O
contraste entre as bênçãos para Israel e as prometidas para a Igreja.
Por qual
motivo, quando é mencionado um personagem próspero, este personagem está no
Antigo Testamento? Simples:
Deus
prometeu bênçãos na Terra para a nação de Israel, mais para a Igreja está
reservado o céu (Ef 1.3), coisa muito superior! Abraão, Isaque, Jacó,
Daniel, Davi, Salomão, etc... ; todos estes personagens estão no Antigo
Testamento e pertenciam à nação de Israel, entretanto, quando olhamos para a
Igreja, vemos justamente o oposto. Observe At 3.1-8; I Co 1. 26-31; II Co 6.
4-10.
Pouquíssimos
ricos entregam a vida verdadeiramente a Cristo! Na realidade, é raro isto
acontecer. Jesus disse que é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma
agulha (porta estreita existente nas muralhas que rodeavam as cidades) do que
um rico entrar no reino dos céus( Mt 19. 16-30)! Nesta passagem vemos
que o coração daquele homem era tão preso aos bens materiais que o impediram de
seguir a Jesus. Todo o ensino de Jesus nos Evangelhos deixa bem claro que não
devemos nos apegar as coisas desta vida (Mt 6.19- 33; Lc 12. 13-21).
Incentivando
a avareza! O amor
ao dinheiro é chamado de avareza, aquele que ama ao dinheiro o tem por primeiro
em sua vida; seus alvos e objetivos giram sempre em torno de adquirir para si
mesmo grande quantidade de bens. Quem ama o dinheiro quer sempre mais, nunca se
conforma com o que tem; se ele tem um carro, ele quer um avião; se tiver uma
casa, quer uma fazenda e assim vai, sempre querendo mais! Para este não importa
se o irmão está necessitado. A avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.15)
e a teologia da prosperidade gera homens avarentos! Esta teologia incentiva
tanto à prosperidade financeira quanto torna as pessoas escravas do dinheiro.
Leia Mt 6.24.
O
dinheiro na Bíblia A
Palavra de Deus deixa bem claro que o amor ao dinheiro é a raiz de todo mal!
I Tm 6.10(a).
Podemos
ver este princípio nitidamente no mundo. Grandes empresas por amor ao dinheiro
destroem o meio ambiente, políticos permitem certas coisas em troca do
dinheiro, autoridades são corrompidas por amor ao dinheiro, guerras existem
devido ao grande desejo por dinheiro. No mundo isso não é de espantar, mais
quando vemos este princípio na igreja, isso nos deixa perplexos!
Devido ao
amor ao dinheiro no coração de alguns que se dizem irmãos a igreja sofre,
irmãos vivem necessitados, a obra de evangelização e missões não é realizada e
almas estão deixando de ouvir a Palavra de Deus.
Analisando
o texto de ITm 6.3-11, podemos perceber algumas verdades importantes: O
Evangelho não deve ser visto como fonte de lucro, como muitos pastores fazem
hoje em dia (v.5). Veja ainda o texto de II Pe 2. 1-3
(especialmente o v.3[a] )
O lucro
que temos na obra de Deus é espiritual(v.6)!
Para recebermos a recompensa de Deus no futuro, precisamos aprender a nos contentarmos com o presente (v.6-8).
Almejar a riqueza é um grande laço (v.9).
O amor ao dinheiro traz muitos outros pecados consigo(v.10).
O apego ao dinheiro leva ao fracasso espiritual(v.10).
Devemos fugir desta busca pelo sucesso financeiro(v.11), e buscarmos coisa superior ainda mesmo nesta vida, que são a justiça, piedade, fé, amor, paciência e mansidão.
Para recebermos a recompensa de Deus no futuro, precisamos aprender a nos contentarmos com o presente (v.6-8).
Almejar a riqueza é um grande laço (v.9).
O amor ao dinheiro traz muitos outros pecados consigo(v.10).
O apego ao dinheiro leva ao fracasso espiritual(v.10).
Devemos fugir desta busca pelo sucesso financeiro(v.11), e buscarmos coisa superior ainda mesmo nesta vida, que são a justiça, piedade, fé, amor, paciência e mansidão.
Paulo
continua o raciocínio em I Tm 6, orientando a Timóteo que a recompensa
dele virá quando Cristo voltar (v.12-16) e logo depois aconselha àqueles
que possuem bens, a não confiarem em suas riquezas incertas, mais sim, a
guardarem riquezas no céu, estando prontos a praticarem a fé (v.17-19).
O
exemplo de Jesus - Andam
dizendo por aí que Jesus era muito rico e que entrou em Jerusalém montado em um
jumento zero Km. Dizem ainda que por Jesus ser rei, nós somos filhos do rei e,
portanto, devemos ter do bom e do melhor.
Primeiramente acho que na Bíblia dos mestres da prosperidade não existe o texto de Zc 9.9, que afirma ser Jesus um rei justo, salvador e humilde. Este foi um dos motivos pelos quais os judeus não o receberam, pois esperavam um messias/rei, forte, com um grande exército armado, envolto de riquezas, aos moldes dos antigos reis de Israel; um rei que os libertasse das mãos dos romanos.
Primeiramente acho que na Bíblia dos mestres da prosperidade não existe o texto de Zc 9.9, que afirma ser Jesus um rei justo, salvador e humilde. Este foi um dos motivos pelos quais os judeus não o receberam, pois esperavam um messias/rei, forte, com um grande exército armado, envolto de riquezas, aos moldes dos antigos reis de Israel; um rei que os libertasse das mãos dos romanos.
Também
quero deixar claro para os ignorantes que o transporte dos ricos eram
carruagens e camelos. As pessoas também andavam a cavalo. Os reis eram
acompanhados por comitivas e caravanas, à frente deles vinha o arauto e
geralmente o rei era acompanhado de uma guarda. Jumento era animal de carga!
Deveriam
os mestres da prosperidade, rasgar de suas Bíblias textos como o de Fp
2.5-11 que mostra a humildade de Jesus e o seu amor, que o levou a abdicar
de tudo por amor a cada um de nós!
Deveriam
ainda eliminar o texto no qual Jesus afirma que o seu reino não é deste mundo (
Jo18.36). Somos filhos do rei! Sim, verdadeiramente somos filhos do Rei
dos Reis e Senhor dos Senhores, entretanto, o seu reino não é deste mundo! Um
dia reinaremos com ele, mais enquanto isso precisamos participar por um pouco
de tempo, das suas aflições!
Laodicéia
Na Bíblia
vemos no livro do Apocalipse a carta endereçada a igreja de Laodicéia
como símbolo da Igreja que não será arrebatada. Encontramos Laodicéia
estampada na cara de certas igrejas e pastores nos dias de hoje; estão
enriquecidos e se vangloriam das suas riquezas (Ap 3.17).
TEOLOGIA DA PROSPERIDADE - Texto:
II Pe 3.15-17
Meus
amados; nesta aula iremos continuar a análise de alguns textos bíblicos que a
teologia da prosperidade costuma usar para justificar as suas mentiras.
Distorcer a Palavra de Deus é a especialidade da teologia da prosperidade, conhecer a Bíblia é a obrigação de todo cristão, defender a Verdade é questão de gratidão e respeito à Palavra de Deus!
Distorcer a Palavra de Deus é a especialidade da teologia da prosperidade, conhecer a Bíblia é a obrigação de todo cristão, defender a Verdade é questão de gratidão e respeito à Palavra de Deus!
Lc 17.6 -- Este texto comumente é
distorcido pelos supostos mestres da fé para justificar a pretensão de que os
crentes podem fazer coisas “tremendas” em nome da fé. Quando não conseguimos
sucesso; como, por exemplo, o emprego que determinamos, ou a cura que
declaramos, obviamente e por falta de fé, que no caso do infeliz, não teve fé
nem do tamanho de um grão de mostarda.
Verdade
bíblica: O texto
em pauta está em uma passagem que se inicia em Lc 17.3 e vai até o versículo
10. Mais uma vez a teologia da prosperidade tira um texto do contexto. Esta
passagem refere-se ao dever do cristão de perdoar.
Jesus estava falando sobre o perdão Lc17.3,4 ; este perdão deveria ser acompanhado de longanimidade. Os discípulos, que tinham o coração endurecido; quando viram que era necessário perdoar várias vezes, disseram: aumenta a nossa fé, ou seja, se é para perdoar tanto, nos dê fé para isso! Lc 17.5 .
Jesus estava falando sobre o perdão Lc17.3,4 ; este perdão deveria ser acompanhado de longanimidade. Os discípulos, que tinham o coração endurecido; quando viram que era necessário perdoar várias vezes, disseram: aumenta a nossa fé, ou seja, se é para perdoar tanto, nos dê fé para isso! Lc 17.5 .
O Senhor então responde dizendo que não era necessário fé para perdoar, uma
pequena fé faria grandes coisas, conclui ao contar uma parábola (vs 7-9)
que o perdão é questão de obediência somente! Lc 17.10 .Quando perdoamos
não estamos fazendo nenhuma proeza, mais apenas a nossa obrigação, um
cumprimento de ordem!
Jo 14.
12-14 -- Afirmam
que este versículo diz que podemos fazer coisas maiores do que as que Jesus
fez. Por exemplo: Se Jesus ressuscitou um defunto que esteve morto por quatro
dias, poderíamos ressuscitar um que já estivesse morto faz um mês! Citam o
exemplo de Pedro, o qual a sua sombra curava; afirmam ser este um sinal mais
poderoso do que os feitos pelo Senhor! Nisto tudo há um sentido de comparação,
disputa e orgulho. É extremamente excitante para o mestre da prosperidade
pensar que pode fazer coisas mais poderosas do que Jesus fez!
Obviamente
que a passagem não está dizendo isto. Seria impossível querer comparar a
operação de Deus na vida de Jesus com a de qualquer homem; Jesus acalmou a
tempestade e o mar, andou por sobre as águas, multiplicou os pães, deu vista
aos cegos, ressuscitou os mortos e deu a sua própria vida para depois ressurgir
dentre os mortos!
Mais
maravilhoso ainda foram as suas palavras, entretanto, a sua obra mais
importante foi a nossa redenção, coisa que homem algum poderia fazer ou jamais
fará igual! Devemos considerar ainda que qualquer apóstolo do passado ou
cristão de hoje, quando realizada um milagre, este milagre foi realizado em
nome de Jesus! Quando a sombra de Pedro curava, na verdade não era a sua sombra
e sim o poder de Deus em sua vida. Em todo milagre Jesus continua fazendo a
sua obra! (At 3.12-16)
Significado
do texto: Quando
Jesus disse que faríamos obras maiores isso tem um sentido bastante profundo,
vejamos:
1)No versículo 6, Jesus
afirma ser o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém vai ao Pai se não for
por intermédio dele. Segue-se o ensino de que aquele que conhece a Jesus
conhece o Pai; Felipe pediu para que Jesus mostrasse o Pai e o Senhor respondeu
que ele e o Pai são um e que se ele não estava vendo isto; ao menos ele deveria
reconhecer as obras que ele fazia como sendo as mesmas do Pai (vs 7-11).
Aquele que nele cresse faria a mesma coisa, ou seja, através de todas as nossas
atitudes revelaríamos o nosso Pai! Assim como as obras de Jesus revelavam que
verdadeiramente ele era o Filho de Deus, as nossas obras mostram que somos
filhos de Deus também, embora por adoção, através do novo nascimento.
Não
somente isto; faríamos obras maiores ainda em nome de Jesus, se crêssemos nele,
ou seja, o mesmo Espírito Santo seria derramado em nossos corações e o que
pedíssemos seria feito em nome de Jesus, provando mais uma vez que ele é o
unigênito do Pai e que a sua obra redentora foi eficiente. Quando pedimos algo
em nome de Jesus, Cristo é glorificado e, logicamente, o Pai também! (vs
12,14)
Não podemos esquecer que estas obras são feitas em nome de Jesus, caso o
contrário, não seriam feitas obras que glorificassem a Deus. Jesus continua a
realizar a vontade do Pai através da nossa vida, e quem nos capacita para isso
é o Espírito Santo derramado em nossos corações. Mostramos a nossa fé através
das nossas ações! Este princípio é visto no livro de Tiago (Tg 2.14-26).
2) “e outras maiores fará”, ou seja,
a obra de Cristo era maravilhosa e se tornaria mais maravilhosa ainda quando
manifesta em nossa vida. Cristo continuaria a agir através de nós. Continua a
ser Cristo quem faz!
3) Observe o motivo: Porque ele iria
para o Pai! Isto implica: Sua intercessão como sumo sacerdote; a conclusão da
redenção; o derramar do Consolador em nossos corações!(Jo 16.7). Faríamos
grandes obras porque o Espírito Santo habitaria em nosso coração! O mesmo
Espírito que operou plenamente em Cristo!
4)Fazer as mesmas obras em
qualidade. Veja o contexto: Jesus faz as mesmas obras do Pai e isto mostra que
ele é o seu Filho!(Jo 14.10,11); da mesma forma, a obra de Jesus é
manifesta em nossa vida, provando que Cristo está em nosso coração! Tudo o que
Cristo realizou, deve continuar a ser feito através de cada cristão!
5)O Pai era glorificado em tudo
quanto o Filho fazia; o filho é glorificado em tudo o que nós fazemos e, por
conseguinte, o Pai é glorificado no Filho novamente (Jo 14.13,14).
A obra de
Deus ampliou-se em nós! O mesmo Deus continua operando em nome do seu Filho
Jesus Cristo! A obra de Jesus não era fazer milagres, mais sim fazer a vontade
do seu Pai. Os milagres mostravam a sua autoridade. Todo o contexto de ações na
vida de Cristo visava revelar o seu Pai. Seus ensinos, milagres, morte,
ressurreição, redenção, etc...Tudo glorificava ao Pai.
Tudo o que Jesus fez é
obra, ou somente os milagres? Do mesmo modo a obra de Deus em nós, não são
apenas milagres, mais a pregação do Evangelho, ensino, sofrimento e até mesmo a
morte. Todo este conjunto deve mostra a presença de Deus em nossa vida! Obras
grandiosas de Cristo em nossa vida!
6)Maiores em vista da nossa
limitação: Jesus santo fez maravilhas; nós, homens pecadores, também fazemos,
provando que ele nos transformou e está conosco!
Jesus obedeceu ao Pai, e nós, através do Espírito Santo, também obedecemos!
Jesus obedeceu ao Pai, e nós, através do Espírito Santo, também obedecemos!
7)Maiores em extensão, pois cada cristão verdadeiro em todo mundo,
glorifica a Cristo através da sua vida.
Rm 8.31 -- Neste versículo, a teologia
da prosperidade apóia a afirmação de que nenhuma adversidade poderá vir sobre a
nossa vida, quando na verdade o texto informa que passaremos provas e que Deus
nos dará graça para vencer a todas! Veja o v. 28, por exemplo, e os vs.
29,30 que falam da garantia da salvação.
Se Deus nos deu esta garantia, o que então poderá interromper a nossa trajetória? As lutas não poderão roubar a nossa salvação! (Rm 8. 31-39)
Se Deus nos deu esta garantia, o que então poderá interromper a nossa trajetória? As lutas não poderão roubar a nossa salvação! (Rm 8. 31-39)
Fp 4.13 -- Este é um dos prediletos da teologia da
prosperidade. Em uma manobra bastante astuta, retiram este texto do seu
contexto e afirmam: Você pode tudo! Você pode sair da miséria, ter um carrão do
ano, ser um empresário bem sucedido; basta crê nesta Palavra de Fp 4.13!
A Verdade: Este texto diz exatamente o
contrário: Paulo começa falando das dificuldades que passara e da ajuda vinda
dos irmãos de Filipos (vs.10 e 11). Paulo continua dizendo que ficou
feliz com a ajuda, mais que se esta ajuda não tivesse vindo, ele poderia
perfeitamente sobreviver. Ter ou não dinheiro não significava nada para ele,
pois Deus estava consigo lhe dando força para vencer todas as situações. (Fp
12-14). Nenhuma situação poderia abalar o apóstolo dos gentios!
Irmãos;
dentro ainda da teologia da prosperidade, existe a afirmativa que o crente não
pode ficar doente. É justamente sobre as enfermidades que nós iremos nos deter
na aula de hoje. Iremos aprender sobre a origem das doenças e o porquê do
crente também ficar doente.
A origem
das doenças
Toda boa
dádiva vem de Deus e todo mal não pode proceder dele (Tg 1.16,17;
3.11,12). Partindo destas verdades, concluímos que a doença não vem de
Deus.
Quando o Senhor criou o homem, ele o fez para que não morresse e não adoecesse. O homem foi criado perfeito, porém o pecado trouxe a morte e todo tipo de problema não somente sobre o homem, mais também sobre toda a natureza (Gn 3.16-19 ; Rm 3.23; 5.12; 6.23; 8.19-23). Com a queda do homem houve um grande desequilíbrio na Terra.
Podemos resumir afirmando:
Quando o Senhor criou o homem, ele o fez para que não morresse e não adoecesse. O homem foi criado perfeito, porém o pecado trouxe a morte e todo tipo de problema não somente sobre o homem, mais também sobre toda a natureza (Gn 3.16-19 ; Rm 3.23; 5.12; 6.23; 8.19-23). Com a queda do homem houve um grande desequilíbrio na Terra.
Podemos resumir afirmando:
Assim como trouxe a morte, o
pecado trouxe todos os tipos de doenças!
Por que o
cristão fica doente?
1)Anteriormente afirmamos que a
origem das doenças é o pecado.
Não estamos afirmando com isso, que todos os doentes estão em pecado, mais afirmamos que a origem das doenças no mundo é o pecado! Como estamos ainda no mundo, estamos sujeitos a ficarmos doentes.
Não estamos afirmando com isso, que todos os doentes estão em pecado, mais afirmamos que a origem das doenças no mundo é o pecado! Como estamos ainda no mundo, estamos sujeitos a ficarmos doentes.
Eis aí o
primeiro motivo pelo qual estamos sujeitos a ficar doente: Ainda não fomos
glorificados (embora já tenhamos a plena garantia que isto ocorrerá). Temos
domínio sobre o pecado, fomos redimidos e ganhamos a vida eterna. Temos a
garantia de que seremos transformados; entretanto, algumas bênçãos já
conquistadas serão concretizadas com a vinda de Jesus, logo, não vivemos na
prática do pecado, pois temos domínio sobre ele, mais ainda pecamos; temos a
vida eterna, mais ainda morremos biologicamente; ganhamos um corpo glorioso,
mais ainda estamos neste! ( I Co 15. 50-55)
Do mesmo
modo que este corpo ainda é sujeito a pecar, ele é sujeito a ficar doente! Assim
como o sol nasce para todos e a chuva cai para ímpios e para crentes(Mt 5.
45) , assim como existem crentes morando onde há guerras, assim como em uma
cidade atingida por um furacão moram cristãos e não cristãos, do mesmo modo
quando há um surto de gripe, o crente também fica gripado!
Obs: O
furacão pode passar, mais a vida do crente está nas mãos do Senhor! A diferença
sempre estará no fato de que Deus está conosco sempre! Podemos até entrar na
fornalha, mais Deus entrará conosco! ( Is 43.1,2)
Nem sempre uma pessoa quando fica doente é porque não tem fé, mais certamente poderá mostrar a sua fé no momento da enfermidade!
Nem sempre uma pessoa quando fica doente é porque não tem fé, mais certamente poderá mostrar a sua fé no momento da enfermidade!
Como
podem, os pregadores da prosperidade, afirmarem que os crentes não ficam
doentes? Como podem, soberbamente, afirmarem que não adoecem? Por acaso gripe
não é doença? Dor de barriga é normal? E o que dizer daquelas dores de cabeça
que quase todo ser humano já teve ao menos uma vez? E a velhice? Por acaso
todos não envelhecem? Velhice é o colapso das estruturas do corpo! Deus não
criou o homem para ficar velho, mais o pecado trouxe, dentre muitos problemas,
a velhice!
2) Além do citado anteriormente, o
crente também pode ficar doente quando é provado. Embora a doença não venha de
Deus, o Senhor poderá permitir quando houver algum propósito.
3) Existem doenças que são
conseqüências dos nossos próprios pecados. Veja bem: Podemos adoecer devido ao
pecado da raça humana, mais nem sempre uma doença será por causa de pecados que
cometemos! Existem enfermidades que procedem do pecado. Ex: Um cristão que cai
no pecado sexual e contrai uma doença; uma pessoa que fumou durante 50 anos de
sua vida e depois se entrega a Jesus, neste caso ela pode ter uma doença devido
aos longos anos que passou fumando.
4) Existe a doença espiritual. O
cristão quando peca, fica doente espiritualmente ( I Co 11. 29,30).
5) As enfermidades da alma e do
espírito, não podem atingir os salvos. Ex: Certos tipos de depressão. O crente
deprimido precisa de concerto!
A possessão demoníaca não tem lugar no cristão!
A possessão demoníaca não tem lugar no cristão!
6) Obras de feitiçaria não tem
poder sobre a vida do salvo
CONCLUSÃO
Devemos combater os abusos e
aberrações doutrinárias desses pregadores. Tomemos cuidado, porém, para não
sermos levados ao ceticismo e ao indiferentismo religioso. Religião sem o
sobrenatural é mera filosofia. Temos promessas de Deus. Aliás, a história,
desde os tempos bíblicos, registra inúmeros testemunhos sobre sinais, prodígios
e maravilhas (Mc 16.20). Mas os tais pregadores, a começar pela origem de sua
teologia, estão fora do padrão bíblico.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAGIA
Lições
bíblicas CPAD 2006