31 de julho de 2023

A Desconstrução da Masculinidade Bíblica

 

A Desconstrução da Masculinidade Bíblica

TEXTO ÁUREO

“E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. (Gn 2.15)

VERDADE PRÁTICA

O homem foi criado com qualidades que expressam virilidade, res- ponsabilidade e liderança.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Rute 4.7-12

INTRODUÇÃO

O conceito progressista de ruptura dos padrões bíblicos atua na desconstrução da masculinidade. Assim, os marcos judaico-cris- tãos do papel do homem são questionados. Nesse contexto, a mas- culinidade e relativizada e o modelo bíblico de homem, descons- truído. Nesta lição, apresentaremos o mandato divino para o ho- mem, as ofensivas de desmasculinização e o exemplo de masculi- nidade bíblica que Deus requer do homem cristão.

Diariamente, testemunhamos uma campanha que busca enfraquecer a masculinidade dos ho- mens. Papeis que antes eram típicos do homem, hoje já não são mais vistos assim. Esse pro- cesso ocorreu gradualmente ao longo dos últimos séculos, especialmente após o Iluminismo, quando muitos valores éticos baseados nas Escrituras foram questionados.

Na segunda metade do século XX, a revolução sexual, promovida por ideias marxistas nos anos 60, intensificou ainda mais essa mudança cultural. O modelo bíblico de família e casamento, com um homem e uma mulher, passou a ser visto de forma negativa e alvo de destruição. Al- guns podem pensar que, por fazermos parte da igreja, estamos imunes ao que acontece fora dela. Entretanto, isso não é verdade! A desconstrução do homem bíblico tem impacto em toda sociedade , inclusive na família cristã.

Portanto , nessa lição vamos tratar sobre a masculinidade segundo a bíblia , as ofensivas contra ela e o exemplo bíblicos que Deus requer do homem cristão.

I     -A MASCULINIDADE BÍBLICA

 

1-         A criação divina do ser humano.

Deus é o Criador de todas as coisas nos céus, na terra e no mar (Gn 1.1; At 4.24). A Escritura registra que Ele criou o ser humano e o definiu pelo sexo: macho e fêmea, homem e mulher (Gn 1.27).

Essa diferen- ciação visa ao complemento mútuo na união conjugal e ao desem- penho dos papéis divinamente designados a cada um (1 Co 11.11,12).

Desse modo, pode-se afirmar que nenhuma outra criatura foi feita como o ser humano. Os peixes, as aves e todos o s outros animais foram produzidos segundo a sua espécie (Gn 1.21,24,25). Entre- tanto, ao criar o ser humano, Deus o fez olhando para si mesmo, isto é, sua própria imagem e semelhança (Gn 1.26). Por conseguinte, o ser humano é considerado a coroa da Criação.

Gênesis 1:26 revela um momento crucial na narrativa da criação. Nele, Deus declara: Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança, e domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.”

Neste versículo, vemos a singularidade da criação humana, pois somos feitos à imagem e se- melhança de Deus. Essa característica nos distingue de todas as outras criaturas e nos confere uma posição especial na Criação divina. Deus compartilhou parte de Sua natureza conosco, ho- mem e mulher, conferindo-nos capacidades intelectuais, emocionais e espirituais únicas.

Essa identidade especial também implica em responsabilidades e propósitos específicos. Desse modo, podemos afirmar que os papéis divinamente designados para homens e mulheres têm propósitos específicos na construção de uma sociedade saudável e equilibrada.

Isso , portanto , não significa que um gênero é superior ou inferior ao outro, mas que ambos fo- ram criados por Deus para desempenharem funções distintas e essenciais.

 

2-            Características da masculinidade.

As Escrituras revelam um conjunto de características do papel do homem na história, bem como segundo a sua constituição bioló- gica. Ao criar o homem, Deus lhe confiou duas tarefas primárias e essenciais: cultivar e guardar (Gn 2.15). Esses dois termos resumem o mandado divino para o comportamento masculino. Significa que as funções de provedor e protetor são próprias da natureza do homem. Nesse sentido, Paulo ratifica que cabe ao homem proteger sua esposa e família, bem como prover-lhes uma vida digna (Ef 5.28-30). Ressalta-se que a masculinidade bíblica enaltece o amor e o cuidado em relação à mulher e que “o machismo” a inferi- oriza e a desonra. Nesse aspecto, a Bíblia ensina ao homem a hon- rar a mulher com toda a dignidade (1 Pe 3.7).

O livro de Gênesis ensina que o Senhor orientou Adão a cuidar e guardar o jardim onde ele e Eva viveriam (Gn 2.15). Antes de criar a mulher e instituir a família, Deus já havia definido o papel do homem como protetor de sua casa, incumbindo-o de vigiar de perto e preservar o ambiente, assegurando que nenhuma ameaça entrasse no Éden.

Agora, pare e pense comigo: que tipo de proteção o Senhor tinha em mente quando deu essa ordem a Adão? Quem mais havia no jardim? Ninguém, não é verdade?

Nem mesmo Eva fora criada a essa altura, e o homem estava literalmente sozinho no Éden (Gn 2.7-15), o que nos leva ao entendimento de que Adão deveria pro-

teger sua esposa de um possível ataque por parte daquele a quem a Bíblia chama “antiga serpente” (Ap 12.9).

À luz dessa verdade, aliada ao ensino de Paulo, que nos mostra que o marido deve amar sua esposa da forma como Cristo amou a Igreja, dando sua vida por ela (Ef 5.25), chegamos à con- clusão de que uma das responsabilidades do homem é cuidar de sua mulher, assim como quem cuida de si mesmo. Em outras palavras, a mulher precisa sentir-se salva, segura e protegida.

Paulo, ao escrever aos efésios, afirmou que os maridos devem amar suas esposas como ao pró- prio corpo Quem ama a esposa ama a si mesmo, pois ninguém jamais odiou a própria carne; antes, alimenta-a e cuida dela, como também Cristo faz com a igreja; porque somos membros do seu corpo (Ef 5.28-30).

Especificamente nessa passagem, Paulo ensina que, assim como Cristo cuida de sua igreja, alimenta-a e sustenta-a, o marido tem a responsabilidade de prover à sua esposa o sustento necessário. Em outras palavras, o ensino paulino afirma que um dos papéis do ho- mem é trazer ao lar provisão e sustento, o que nos leva ao entendi- mento de que, ao criá-lo, Deus lhe concedeu tanto o atributo como a responsabilidade de ser o provedor de sua casa.

Entretanto, a visão deste mundo relativista não tem sido essa. Em verdade, o feminismo tem im- posto o conceito de que os tempos mudaram e que o homem não é mais responsável do que a mulher por prover as necessidades financeiras da família.

 

Além disso, o movimento feminista tem ensinado que a ideia de provisão masculina, além de machista, ofende a dignidade da mulher. E, claramente, não se trata disso. Deus criou homem e mulher iguais, porém com funções diferentes. Ao homem, foi dado o papel de cuidar, proteger e, obviamente, trazer para sua mulher a provisão de suas necessidades. Vale a pena ressaltar que foi Adão quem ouviu do Senhor que, do suor do rosto, ele comeria o pão, e não sua mulher (Gn 3.19).

À luz dessa premissa, talvez você esteja indagando: Então, é er- rado a mulher trabalhar?”.

Creio que não. Desde que o casal chegue a um bom senso, e que isso não fira os princípios bí- blicos quanto ao cuidado da família. Contudo, o que não dá para negociar é o fato de que o ho- mem é quem deve ser o provedor do lar e da família (Sl 128.1-3). A mulher deve ser uma auxilia- dora, até porque a responsabilidade de sustentar a casa é do homem. Esse, inclusive, não é um pensamento machista, mas bíblico.

3-             A liderança masculina.

Deus confiou ao homem a responsabilidade da liderança (Gn 1.26; 3.16). Na Bíblia, Deus é a ca- beça de Cristo; Cristo é a cabeça do homem; e o homem é a cabeça da mulher (1 Co 11.3). O mo- vimento feminista, de viés neomarxista, considera esse modelo como um sistema machista opressor para com a mulher.
Ao contrário dessa falácia, o apóstolo Paulo revela que o homem deve liderar a sua casa do mesmo modo que Cristo lidera a Igreja (Ef 5.29). Uma vez que Cristo se entregou pelo bem-estar da Igreja, a liderança masculina requer a prática de algum tipo de sa- crifício pela mulher (Ef 5.25b). Nesse sentido, no exercício da liderança, o homem deve evidenciar virtudes, tais como: fortaleza, sabedoria, coragem , amor e respeito (Jz 6.14; 2 Cr 1.10; Ne 6.11; Jo 15.12,13).

Uma das acusações que, em geral, os cristãos enfrentam é que a blia é machista. E é ma- chista, dizem as feministas, pelo simples fato de que defende a exclusividade da liderança do homem na família.

Ora, ao contrário da visão feminista, o marido foi constituído por Deus como cabeça da esposa, assim como Deus é o cabeça de Cristo, e Cristo é o cabeça da igreja (1Co 11.3). Essa liderança nada tem a ver com superioridade; pelo contrário, aponta somente para papéis.

Aliás, em 1 Co 11.3, o homem é citado como o cabeça da mulher, mas observe que, nos versos 11 e 12, Paulo iguala a ambos. O que está implícito nisso é que a mulher é sujeita ao homem em termos de função e liderança, e que, mesmo assim, se trata de uma sujei- ção baseada inteiramente no amor ou seja, quanto mais o ho- mem amar sua esposa, mas ela se sentirá impelida a ser submissa.

 

Portanto, não existem pressupostos bíblicos para afirmar que a mulher é inferior ao homem em termos de natureza, até porque ambos possuem a mesma natureza a natureza humana. Am- bos dependem um do outro, o homem é apenas o cabeça do lar, pois ficou com ele a tarefa de liderar o lar, mas nem por isso a mulher é inferior ao seu marido.

II  – A EROSÃO DA MASCULINIDADE

 

1-         Apologia a homossexualidade.

Em tempos pós-modernos, a “ideologia de gênero” faz continuas in- vestidas de legitimação da homossexualidade. Esse conceito ignora as características físicas e biológicas, alegando que o ser humano nasce sexualmente neutro. Essa concepção invalida a criação di- vina da raça humana como ser binário “masculino” e “feminino” (Gn 1.27). Ensina que a identidade de gênero e a orientação sexual inde- pendem da anatomia do corpo. Assim, não aceita que os órgãos do sistema reprodutor humano sirvam de parâmetro para a sexuali- dade. Como consequência, a sexualidade antinatural e incentivada (Rm 1.26,27). Disso decorre uma crise do comportamento masculino no tempo presente (1 Co 6.10).

A aceitação e promoção da diversidade sexual desafiam e se opoem aos padrões tradicionais de masculinidade  nas Escrituras.

Essas ideologias podem ser destacadas como um dos principais pontos utilizado para a des- contrução da masculinidade.

A propagação dessa ideia é feita diariamente por varios meios de comunição , redes sociais , aplicativos , filmes e series.

Basta reparar como assuntos envolvendo idelogia/identidade de genero ou homosexualismo ganham destaque na midia. Por outro lado , qualquer um que se levante contra essas ideias tornam-se alvo de perseguição dessa militancia.

2-            Responsabilidade negligenciada.

Em virtude da relativização da masculinidade, o modelo bíblico vem sendo abandonado. A identidade masculina, que deveria estar as- sociada à virilidade, à capacidade de prover e proteger a família, é substituída por indivíduos de duplo ânimo, vacilantes e inconse- quentes (Tg 1.8).

Uma parcela é incapaz de sustentar a sua própria casa, não pelo desemprego, mas pela aversão ao trabalho (Pv 21.25).

Os efeitos desse comportamento resultam em imeros ca- sos de desajustes familiares e divórcio.

Os movimentos feministas tem trabalhado arduamente para alterar a estrutura social e institu- cional das relações familiares, invertendo papéis, relativizando o conceito de masculinidade e promovendo uma nova agenda social, cujo protagonista são, efetivamente, as mulheres.

Para agravar essa situação, tornou-se comum encontrarmos homens preguiçosos, que não gostam de trabalhar e que vivem na condição de dependentes financeiros de suas esposas. Quantos de nós, por exemplo, não conhecemos homens acomodados? Quantos não são aque- les que vivem desvinculados de compromisso, à custa de suas mulheres? Muitos Pois é, contra- pondo-se a essa geração de preguiçosos, as Escrituras nos mostram que a verdadeira masculi- nidade relaciona o homem ao trabalho.

Paulo, ao escrever aos tessalonicenses, ensina que os cristãos de- vem, por seus próprios esforços, suprir suas necessidades, sem que haja intervenção de outra pessoa (1Ts 4.10-12).

Em outras palavras, também podemos afirmar que um homem, quando casa, não deve depen- der de ninguém para sustentar sua família; pelo contrário, deve promover seu próprio sustento, mediante o trabalho de suas mãos. Aliás, em Gênesis 2.24, o Senhor diz que o homem deveria deixar pai e mãe, e unir-se à sua mulher, o que nos traz o nítido entendimento de que isso im- plica independência financeira.

 

Os homens precisam amadurecer, crescer, trabalhar e sustentar seus lares, portanto não existe base bíblica que justifique o casamento sem independência financeira dos pais.

Outro ponto interessante que pode e precisa ser abordado é a afirmação de Paulo no sentido de que, se alguém não tem cuidado dos seus, especialmente daqueles da própria casa, é porque tem negado a fé e é pior do que o descrente (1Tm 5.8).

 

Em verdade, quando o apóstolo dos gentios fala de cuidado, o contexto é justamente o cuidado material. Qualquer pessoa tem a obrigação de cuidar de seus familiares, mas a posição do ho- mem como provedor o coloca numa condição de maior responsabilidade.

As Escrituras são claras em afirmar que Deus projetou o homem para ser o provedor e o protetor

o homem foi emocional e fisicamente estruturado para isso. Ao tirar o homem desse papel, a família corre risco e a sociedade também.

3-             Crise de liderança.

A crise de masculinidade tem gerado homens incapazes de exercer liderança. Uma sociedade sem deres eficazes transforma-se em anarquia. No período do profeta Ezequiel, Jerusalém es- tava imersa na corrupção, fraudes, mentiras, opressão, extorsão, imoralidade, injustiça e violência (Ez 22.2-13). Deus revelou ao profeta que uma das causas do juízo iminente era crise de liderança e que procurava alguém para reverter a situação (Ez 22.30).
Nesse caso, Deus ainda procura esse tipo de homem na atualidade (1 R s 2.2).

Quando estava chegando o dia da morte de Davi, ele deu alguns conselhos ao seu filho Salo- mão. Entre as diferentes orientações, esse notável rei disse ao filho que ele, ao assumir o go- verno de Israel, precisaria ser homem (1Rs 2.1-3).

Ao dizer “sê homem”, Davi está transmitindo muito mais do que uma simples noção de maturi- dade física. Ele está chamando Salomão a abraçar a verdadeira essência da masculinidade bíblica.

Ser homem é abraçar a responsabilidade de liderar com justiça, misericórdia e sabedoria, pro- tegendo os valores e princípios fundamentais da fé.

Apesar de vivermos uma crise de masculinidade , ainda é possível resgatarmos, à luz das Escri- turas, conceitos, valores e comportamentos relacionados ao homem e ao seu papel na família, na igreja e na sociedade.

III         BOAZ: SÍMBOLO BÍBLICO DE MASCULINIDADE

1-       Modelo de generosidade.

Boaz é um grande símbolo de masculinidade bíblica. Ele era um pa- rente de Elimeleque, o falecido esposo de Noemi (Rt 2.1). Esta per- dera o marido, os filhos e ficará apenas com a moabita Rute, uma de suas noras, também viúva e sem filhos (Rt 1.3,5,16). Para sobrevi- ver, Rute foi trabalhar no campo de Boaz (Rt 23,5,6). Ao saber que Rute deixará a sua terra para apoiar a sogra, Boaz a tratou com ge- nerosidade (Rt 2 .11,12 ). Ele se dirigiu a ela com ternura (Rt 2.8); a protegeu para não ser molestada (Rt 2.9); a alimentou (Rt 2.14); e ordenou que fosse favorecida na colheita (Rt 2.15,16). Porém, pela lei, uma viúva sem filhos poderia ser resgatada pelo casamento com um parente próximo do falecido (Dt 25.5,6; Rt 4.9,10). Assim, apesar da com paixão de Boaz, Noemi e Rute ainda estavam em apuros.

Na narrativa bíblica de Rute, Boaz demonstra uma atitude exemplar de masculinidade bíblica, caracterizada por sua generosidade, compaixão e integridade. Como homem de Deus, ele exibiu uma conduta nobre e altruísta, refletindo os princípios divinos em suas ações.

A generosidade de Boaz é evidente em como ele acolhe Rute, uma estrangeira viúva, e permite que ela colha espigas em seus campos.

Além disso, Boaz demonstra compaixão ao reconhecer a difícil situação de Rute e, em vez de julgá-la ou tratá-la com indiferença, ele estende a mão para ajudá-la.

 

A integridade de Boaz é outra característica marcante de sua masculinidade bíblica. Ele é um homem justo, que segue as leis de Deus e age com retidão em suas relações com os outros. Sua honestidade e respeito pelos princípios divinos o tornam um exemplo de liderança e honradez.

2-         Modelo de responsabilidade.

Ao prometer resgatar Rute e a herança de Elimeleque, Boaz estava ciente que o direito era de um parente mais próximo que ele (Rt 3.12,13). Assim, movido pelo senso de responsabilidade, liderança e honra, Boaz levou o caso aos anciãos (Rt 4.1,2). Na audiência, expli- cou que as terras estavam à venda e aquele que as comprasse de- veria casar-se com Rute (Rt 4.4,5). O parente que tinha a primazia autorizou Boaz a comprar as terras e se casar com a moabita (Rt 4.6,9,10). Ao adquirir a propriedade e tomar Rute por mulher, Boaz tornou-se o provedor e protetor daquela família (Rt 4.13-16). O casal gerou a Obede, avô do Rei Davi de cuja linhagem nasceu Cristo (Rt 4 .22 , Mt 1.5,6 ,16 ). Boaz é símbolo de masculinidade enquanto ma- rido, pai e líder exemplar.

Ao adquirir a propriedade que pertencia ao falecido marido de Rute e tomar a jovem viúva como sua esposa, Boaz não apenas cumpre com suas obrigações legais como parente resga- tador, mas também assume um papel crucial como provedor e protetor daquela família.

Ao tornar-se o marido de Rute, Boaz assume a responsabilidade de cuidar dela e de sua sogra, Noemi, demonstrando um senso de compromisso e amor.

O parente mais próximo que não quis assumir o compromisso de resgatar a propriedade de Eli- meleque e casar-se com Rute, conforme a tradição da Lei do Levirato, destaca-se como um contraste em relação à nobre atitude de Boaz.

Essa atitude egoísta e negligente pode ser vista como uma manifestação de uma masculini- dade distorcida, que coloca os próprios interesses e conveniências acima das necessidades dos outros.

CONCLUSÃO

Deus criou o ser humano com dois gêneros: masculino e feminino (Gn 1.27). Por isso, a diferenciação dos sexos é um princípio determi- nado pela criação divina (Gn 2.23).

Nesse sentido, a masculinidade é um conjunto de atributos e funções inerentes ao homem. a desmasculinização decorre da inversão dos papéis do homem na sexualidade, na liderança e na prática de seus deveres. A masculi- nidade bíblica exige o autocontrole, sacrifício e firmeza de caráter no encargo de suas tarefas. Nesse aspecto, a sociedade, a família e a igreja esperam por homens que honrem a sua masculinidade e exerçam o papel que Deus os vocacionou a desempenharem.

Nos últimos anos, muitos têm tentado redefinir o que significa ser homem. Todavia, como cris- tãos, não devemos nortear nossa visão de mundo por aquilo  que as ideologias pos-moderna ou até mesmo a sociedade acreditam, mas, sim, pela Palavra de Deus. Como discípulos de Cristo, precisamos entender que a blia deve ser nossa única regra de fé.

Amém !