O MINISTERIO DE PASTOR
TEXTO ÁUREO = Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor da
sua vida pelas ovelhas. (Jo 10.11).
VERDADE PRATICA = Por meio do ministério pastoral,,
conduzimos as ovelhas ao Supremo Pastor, Jesus Cristo.
LEITURA BÍBLICA = João
10.11,14 = Tito 1.7-11 = I Pedro 5.2-4
INTRODUÇAO
O que é um
pastor???! Como é de praxe para responder esta pergunta começamos pelo mais
lógico e simples. O pastor é quem pastoreia, cuida do rebanho, o responsável
pelas ovelhas. Bastante lógico e simples. Não é? E é isto que a Bíblia quer
passar com a função de pastor, em todas as suas figuras, tanto no Novo como no
Velho Testamento.
Veja
o exemplo de Davi que era pastor de ovelhas e usa essa figura no Salmo 23 para
mostrar como se sentia, como ovelha, em relação a Deus que é seu Pastor. Também
Jesus usa a figura de pastor se colocando como o Bom Pastor. Eu sou o bom
pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10:11
Sendo
assim por comparação entendemos que o pastor humano, sacerdote cristão é o
guardador e guia das ovelhas de Cristo, que é o Sumo-Pastor, pela qual eles
darão conta.
Obedecei
a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem
há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque
isso não vos seria útil. Hebreus 13:17
JESUS O
SUPREMO PASTOR= SALMOS 23
O
Salmos 23 é o Salmo do Supremo Pastor. É uma canção de fé. O salmista tinha
larga experiência como pastor de ovelhas. Num breve texto, ele conseguiu
resumir diversos aspectos do cuidado de Deus para com os seus servos,
"ovelhas do seu pasto" (Sl 100.3).
Davi
conhecia reis, profetas, sacerdotes, generais etc., mas, para expressar melhor
a sua visão de Deus, tomou emprestado a figura de um bondoso pastor de ovelhas,
e o seu relacionamento com o rebanho. Davi sabia o que era ser pastor, pois
exerceu essa atividade quando jovem (Sl 78. 70-71). Sabia que Deus é o pastor
de Israel (Sl 80.1); que "Ele é o nosso Deus , e nós, povo do seu pasto e
ovelhas da sua mão" (Sl 95.7; Sl 100 2b; Is 40.11; Ez 34:6-19).
1 - ESTE
PASTOR PERMITE QUE TENHAMOS UM RELACIONAMENTO PESSOAL MUITO ESTREITO COM ELE.
(SL 23.1a)
Ele
é meu pastor (Jó 19.25; Sl 42. 5b, 11 ;Mq 7.7; Hc 3.18; Jo 20.28 ; Fp 3.8).
Este relacionamento pessoal é reconhecido pelo Senhor, também. São "minhas
ovelhas" (Jo 10.14), "meus servo(s)" em Jó 2.3 e 42.8; Ez 38.17;
At 2.18).
2 - ESTE PASTOR SUPRE TODAS AS NOSSAS
NECESSIDADES (SL 3.1b) - ver 2Pe 1.3; 2Co 9.8.
3 - ESTE
PASTOR DAR PAZ E DESCANSO (SL 23.2) - Ver Jo 21.15-17; Mt 11.28; Jo 14.27.
4 - ESTE
PASTOR RESTAURA NOSSAS FORÇAS - (SL 23 3a) - Ver Ez 34.16.
5 - ESTE PASTOR FAZ COM QUE VIVAMOS COM
RETIDÃO (SL 23. 3b) - As "veredas da Justiça" são as que Ele mesmo abriu
(SL 40.80). Sem a sua direção, ninguém consegue viver a justiça (Fp 2.12-13; Gl
5.22-23; 2Tm 2.19).
6 - ESTE
PASTOR PROTEGE ATÉ QUANDO A MORTE LANÇA A SUA SOMBRA (SL 23.4a) . Ele é o
lírio de todos os vales (ver Jo 11.25; Ap 1.18). Nem a morte poderá nos separar
dEle (Rm 8.38-39).
7 - ESTE
PASTOR DISCIPLINA COM VARA E O CAJADO (SL 23.4b). A
disciplina deste pastor protege (Hb 12.7-11).
8 - ESTE
PASTOR PREPARA MESA DE BANQUETE (SL 23.5). A mesa na Bíblia simboliza
comunhão. Ver (Lc 22.15; Ap 3.20). Estamos aproveitando o convite de comer com
Ele? Maravilhoso que essa comunhão se pratica "a vista dos meus
inimigos". Quanto maiores as pressões e a hostilidade dos maus, mais
precisamos cultivar o convívio com este Pastor. Mais maravilhoso ainda, o óleo
na cabeça e o cálice a transbordar relembram o Espírito que é a promessa de
Deus à ovelha de Cristo, e a vida abundante que ele deseja para os seus(Jo 10.
10).
9 - ESTE
PASTOR CERCA COM BONDADE E FIDELIDADE (SL 23.6a). Marcas
inconfundíveis do Pastor. Sua fidelidade garante a segurança de cada ovelha que
lhe pertence, nesta vida e na eternidade (Êx 34. 6-7).
10 - ESTE
PASTOR CONDUZ À CASA DO SENHOR (SL 23.6b). Davi exultava na alegria do
culto ao Senhor. Está alegria haverá de continuar no lar celeste (Jo 14.2-3).
Jesus, O Bom
Pastor Dá a Vida por Suas Ovelhas
"Eu
sou o Bom Pastor; o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas". Lindas
palavras que trazem doçura e paz à nossa alma.
É
confortante saber que somos ovelhas pastoreadas pelo supremo pastor, em quem
todas as coisas se tornam luminosa claridade. Jesus nos revela o cuidado que
Ele tem por nós. No seu infinito amor, a sua eterna bondade está sempre nos
acolhendo, guardando e protegendo do mal.
Jesus
proferiu a parábola do bom pastor, enquanto estava em Jerusalém para a Festa
dos Tabernáculos, em meados do mês de outubro. Este discurso está intimamente
ligado à expulsão do cego, curado no tanque de Siloé, do templo, pelos
fariseus.
"Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das
ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que
entra pela porta é o pastor das ovelhas." João 10:1-2
Jesus
freqüentemente utilizava dos elementos presentes na vida cotidiana dos seus
ouvintes. Na Palestina, as ovelhas são as vezes, a parte mais considerável do
gado.
A Vida
Pastoril na Palestina
Os
rebanhos, que eram compostos em sua maioria de cabras e ovelhas, dependiam
demasiadamente de água abundante. Porém com a escassez em diversos locais da
palestina, vários pastores formavam uma espécie de sociedade, construindo um
redil comum.
Construídos no campo com palha ou madeira, os
redis eram freqüentemente cercados por uma muralha de pedra, e, por sobre o
muro, colocavam feixes de espinhos apoiados em pedras maiores. Ficava um
guardião velando toda a noite para defender o aprisco das feras e dos ladrões.
Caso algum ladrão ou animal feroz subisse no muro, a pedra cairia e acordaria o
pastor em vigília.
A Porta do
Aprisco
Durante
o dia, os pastores separavam os rebanhos, conduzindo-os aos diversos pastos. À
tarde todos os animais eram reunidos no redil. O pastor que ficava à entrada do
curral era chamado de "porta". "Tornou, pois, Jesus a
dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das
ovelhas." João 10:7
Dar
nome as ovelhas era uma prática antiga. Se em um redil estivessem as ovelhas de
três pastores diferentes e a um deles pertencesse cinquenta ovelhas, somente as
cinquenta atenderiam a sua voz.
"A
este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas
ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai
adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz." João
10:3-4
Lobos e
ladrões ameaçavam as ovelhas. Esta é a razão pelo qual o pastor utilizava
o seu cajado. Era neste momento em que se diferenciava o verdadeiro pastor,
dono de suas ovelhas e o mercenário.
O Bom Pastor
Conduz Suas Ovelhas.
O
bom pastor enfrentava as feras e os ladrões, expondo a sua própria vida. Já o
mercenário só se preocupava em obter o ganho das ovelhas e em caso de perigo,
este fugia.
Eu Sou o Bom
Pastor
Jesus
se declara o bom pastor. A declaração "Eu Sou" tinha um significado
muito importante para os judeus do primeiro século, pois Deus havia se revelado
a Moisés de forma semelhante. "Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua
vida pelas ovelhas." João 10:11
Ele
se declara a porta do redil. O Mestre é aquele que dá a vida e acesso ao
alimento espiritual, como o pastor que ficava à porta do redil, velando toda a
noite, protegendo e cuidando das suas ovelhas. A noite falava de tempos de
escuridão, tempos difíceis, tempos de angústias e sofrimento. Mas os discípulos
de Jesus têm a promessa de que o verdadeiro Bom Pastor estará em uma vigília
eterna, à porta do seu aprisco, pronto a defender cada uma de suas ovelhas, de
todo perigo. E Ele mesmo é o dono dos mais verdes campos para as pastagens, Ele
tem em abundância o alimento espiritual que dá a vida eterna.
As
suas palavras são o alimento para a nossa alma, pois são espírito e vida, que
nutrem e fortificam o homem espiritual. "Eu sou a porta; se alguém entrar
por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens." João 10:9
Jesus
é o bom pastor que entregou a sua vida física para nos dar direito à uma vida
espiritual, a vida eterna. Ele reunirá todas as suas ovelhas dos quatro cantos
da terra. Até aquelas que "dormem" ouvirão a sua voz e se levantarão
dos seus sepulcros, em glória.
O Ladrão Vem
Para Roubar Matar e Destruir
"O
ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham
vida, e a tenham com abundância." João 10:10
Há
muitos falsos mestres, que estão interessados naquilo em que as ovelhas podem
oferecer. Preocupam-se em tirar o que puderem das ovelhas. Os ladrões tiram até
a vida, porém o Senhor concede vida.
O
mercenário é aquele que cuida do rebanho visando apenas seus próprios
interesses.
O Bom Pastor
Conhece as Suas Ovelhas
O
bom pastor conhece as suas ovelhas e delas é conhecido, ou seja, há uma comunhão
entre Jesus e seus servos, semelhante à comunhão entre o Pai e o Filho.
"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou
conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a
minha vida pelas ovelhas." João 10:14-16
Jesus
tem a autoridade de oferecer voluntariamente a sua própria vida por suas
ovelhas, e como Deus, tem também o poder de voltar a tomá-la. Jesus conhecia as
suas ovelhas, e tratava todas com equidade, justiça e igualdade.
O Bom Pastor
Curou
pessoas de todas as classes sociais, tanto as desprezadas quanto as ricas;
Compreendeu as emoções das pessoas, seus medos, tristezas, desespero,
ansiedades e conflitos, e nunca as desprezou por isso;
Demonstrou paciência e compaixão quando se deparou com enfermos; Curava
enfermidades e perdoava pecados;
Não permitiu que tradições religiosas o impedissem de aliviar o
sofrimento humano;
Distribuiu graça, alegria, paz e misericórdia.
Jesus Profetiza
o Crescimento da Sua Igreja
"Ainda
tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas,
e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor." João 10:16
Havia
muitas ovelhas que não eram do aprisco de Israel. Jesus já falava em relação à
sua Igreja, presente hoje no mundo inteiro. Ele mesmo foi quem garantiu a
vitória a todos aqueles que o obedecem e que o amam. Hoje tanto os judeus
convertidos, quanto a igreja do Senhor constituem e formam um só corpo, rebanho
de um único pastor, o Rei Jesus.
Ser
uma ovelha de Jesus é conhecer e ser conhecido dele. Aquele que conhece a voz
do Bom Pastor cumpre os seus mandamentos.
Ele nos deixou a promessa de que ninguém tem o poder de tirar as suas
ovelhas de suas mãos! Creia, estamos seguros em Deus.
AS CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO PASTOR = 1Tm 3.1,2
Se
algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a
responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante
(3.1).
É
necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de DEUS
(3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja
certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho
pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13;
4.12; Tt 1.5-9.
Isso
significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial
tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou
porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não
tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu mediante o
ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor
ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de
ministro.
(1) Os
padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e
espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais
importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade
administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais
concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas
decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam
primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10).
Partindo
daí, o ESPÍRITO SANTO estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que
ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e
aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de
fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter
deve demonstrar o ensino de CRISTO em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco”
conduz à posição de governar “sobre o muito”.
(2) O líder
cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua
vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a
congregação como dignas de imitação.
(a)
Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade,
fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho
(4.12,15).
(b)
O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente
pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme
os padrões bíblicos.
O
pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser tomada como padrão ou
exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).
(3) O
ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e
na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a
família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos.
Se
aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (3.5). Ele deve ser
“marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao
ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A
tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é
“homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.
(4)
Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se
para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local
(cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS,
mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na
fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente
requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais
e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2;
21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).
(5) A
Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu
opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso
não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS realmente
perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo DEUS e
arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o ESPÍRITO
SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a
vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o
indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).
(6) Mas o
que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu
pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por
alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da
igreja de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação,
no entanto, é falha por vários motivos.
(a)
O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de
JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. DEUS não
somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram
extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A
liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de JESUS
CRISTO, requer padrões espirituais muito mais altos.
(b)
Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi
não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve
diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo
do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8;
28.3).
Observe-se
também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de
DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm
12.9-14).
(7) As
igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por
DEUS para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação
divina.
É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na
sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na
caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).
O MINISTÉRIO
PASTORAL
Me
proponho a aprofundar a análise do significado e sentido bíblico do ministério
pastoral, partindo da premissa de que se trata de uma missão específica e
singular, tendo como respaldo o chamado divino e como ferramenta(s) de
trabalho, dons e talentos naturais e espirituais, doados por Deus. Portanto,
penso que muitas polêmicas ocorrem quando se desconhece a missão, o chamado
divino e o uso dos dons e talentos com relação ao pastorado.
1. A Missão = Atos 9: 15 e
16 Vai, porque este é para mim um instrumento para levar o meu nome perante os
gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel, pois Eu lhe mostrarei
quanto lhe importa sofrer pelo meu Nome.
Quando alguém é chamado e vocacionado por Deus
para exercer o ministério pastoral recebe uma responsabilidade, um desafio e um
trabalho muito maior que toda sua capacidade física, emocional ou intelectual
poderiam conseguir realizar. É chamado para cumprir uma missão muito além de
suas forças, intelecto ou influência. Terá que tratar com pessoas de todos os
tipos (temperamentos, formação, história), e acima de tudo, terá que cuidar e
liderar de forma que essas pessoas rumem ao crescimento e maturidade
espiritual.
É um trabalho árduo, diário, constante e
muitas vezes solitário.
Além de pregar, ensinar, treinar, discipular,
visitar, administrar, liderar, aconselhar e estar presente em atividades e
circunstâncias diversas, terá que se preparar sempre em oração, consagração,
meditação e estudo da Palavra de Deus.
O rebanho do Senhor deve ser tratado com o
máximo de cuidado, responsabilidade e amor. Por isso, o pastor terá muitas
vezes que renunciar seus próprios interesses e planos em prol da edificação da
congregação da qual Deus permitiu que apascentasse.
Além dessas tarefas que mencionei e de outras
próprias do ofício pastoral (Batismo, Ceia, Casamentos, etc…), do pastor é
exigido disponibilidade. É um trabalho de 24 horas diárias. É um trabalho de
tempo integral. Essa exigência do rebanho e penso da própria missão de pastorear,
vê-se implícito no ministério do Senhor Jesus, de Paulo, Pedro, Timóteo, Tito e
dos demais apóstolos e em todo o NT.
Faço
aqui uma respeitosa observação aos meus colegas pastores de tempo parcial. Sei
que existem pastores de tempo parcial. Sei também e entendo, que em algumas
circunstâncias o pastor se vê obrigado a ter um trabalho secular para poder
sustentar a si e sua família dignamente. Sei que existem, lamentavelmente,
igrejas que não se importam em suprir as necessidades de seu pastor. Sei também
que alguns fazem a opção por não depender totalmente do ministério pastoral que
exercem.
Não
estou aqui para julgá-los ou a seus motivos. Mas, mesmo esses entendem e sabem
que o ministério pastoral exige tempo integral e que hoje uma realidade
circunstancial os impede, mas que desejam no futuro poder cumprir esse ideal
bíblico. Por isso, registro aqui o meu respeito a todos eles.
Retornando
ao meu argumento da disponibilidade, o pastor muitas vezes é chamado pelo
rebanho para estar presente em momentos de profunda alegria e também de
profunda tristeza. Faz-se um casamento a noite e um culto fúnebre na manhã
seguinte. Dedica-se uma criança a Deus e logo depois visita-se um enfermo em um
leito de hospital. São situações que as pessoas desejam a presença de seu pastor,
e dele exigem disposição e prontidão em assisti-los. São momentos e situações
marcantes para as pessoas e o bom pastor deve estar lá, participando da alegria
ou da tristeza, sempre levando a Palavra de Deus que trará ou o conforto para
quem está em angústia ou a orientação para aquele que celebra.
É
um trabalho que requer saúde mental, física, emocional e espiritual. É um
serviço que requer esforço, dedicação, responsabilidade e renúncia.
Além
disso, a missão de pastorear exige a atualização contínua, o aperfeiçoamento
das metodologias e das práticas, bem como o constante mergulho na infinitude do
conhecimento bíblico. O pastor deve sempre buscar aprender teoricamente
(cursos, atualizações, etc…) como também na sua experiência do dia-a-dia
pastoral. Aprender a ouvir a Deus cada vez mais e também as pessoas. Reconhecer
que é servo e depende de Deus para fazer o trabalho e que o rebanho não é dele,
mas do Senhor, e que foi chamado para levar esse rebanho ao bom alimento, boa
água, descanso e a proteção do Bom Pastor, Cristo.
E,
finalmente, precisa crer que todo esse trabalho, mesmo com lágrimas e suor
muitas vezes, mesmo com ingratidões e decepções em outras, não é vão no Senhor.
2. A Capacitação = Efésios
4:11-12 E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros
para evangelistas e outros para pastores e mestres com vistas ao
aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação
do corpo de Cristo…
Como
bem disse, a missão de pastorear parte do rebanho do Senhor exige algo além do
que é natural. É necessário uma capacitação espiritual, sobrenatural.
Para
tanto, o pastor recebe, da parte de Deus, dons espirituais (ferramentas) para
exercer seu trabalho. Dons como o de pastor, de ensino, de profeta e outros são
doados a ele, sendo sempre algo singular, ou seja, não existe um pastor igual
ao outro. Deus capacita cada um de uma forma própria e notamos isso claramente
nos diversos ministérios exercidos por pastores. Uns enfocam mais o ensino,
outros a pregação, outros ainda o trato com as pessoas, etc. São direcionados
por Deus através da capacitação (dons) que recebem.
Diria,
que cada algum recebe um “kit pastoral” contendo dons espirituais e talentos
naturais, possibilitando a eles exercer a missão com eficácia, desde que os
usem com responsabilidade e amor.
3. O salário
1º-Timóteo
5:18 (…) O trabalhador é digno de seu salário
1º-Coríntios
9:14 Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o Evangelho que vivam do
Evangelho (…)
Esse
ponto, penso eu, é o mais polêmico. Não por que não seja esclarecido
biblicamente, mas porque muitas pessoas, inclusive irmãos, tem total
desconhecimento dessa questão.
Pode
o pastor ter um salário? Pode ser remunerado? Essas indagações e
questionamentos advém do conceito que pastorear não é um trabalho. Muitos
confundem ainda mais isso afirmando que ser pastor é uma questão de vocação,
não uma profissão, por isso não deve ter salário.
Sempre
respondo a estas pessoas asseverando que entendo que pastorear não é um
trabalho profissional, mas não deixa por isso de ser um trabalho. O vocacionado
não foi chamado para ser um desocupado. Ao contrário, foi chamado para
trabalhar, e muito. O pastor não é um profissional, o pastorado não é uma
profissão. Mas, é um trabalho!
Mas,
deixa eu complicar mais um pouco a questão…
Engana-se
quem pensa que o salário que um pastor possa receber de uma igreja é a paga por
esse trabalho que exerce, cumprindo sua missão determinada pelo seu patrão,
Deus. Engana-se quem pensa que o trabalho de um pastor possa ser remunerado.
O
trabalho de pastorear não pode ser pago por dinheiro algum. O valor desse
trabalho não é material, visível ou palpável. É em essência um trabalho
espiritual e por isso não há dinheiro ou contribuição que possa pagá-lo
dignamente ou corretamente.
A
verdade bíblica é:
O
pastor não recebe salário pelo que ele faz.
Recebe salário para poder fazer o que deve ser feito.
O
salário pastoral é para o sustento do pastor e de sua família, para que ele
possa ter tranqüilidade para exercer seu ministério sem a preocupação com suas
necessidades básicas e dos seus. Sem esse devido sustento, terá que buscar
outras atividades, além das que já exerce.
Analisando
biblicamente isso, nota-se que além disso que já expus, Paulo ao escrever aos
coríntios (1 Coríntios 9), afirma que ele tinha o direito de ser apoiado pelas
igrejas locais entre as quais trabalhava. Tinha o direito de comer e beber
(v.4), o direito de levar uma esposa (v.5), o direito de não trabalhar
secularmente (v.6). E quando analisamos mais profundamente o texto, vemos que
não eram direitos meramente fundamentados em conveniências ou desejos pessoais,
mas na prática de outros apóstolos (v.5), com base na analogia da experiência
humana, ou seja, nas ilustrações do soldado, do agricultor e do pastor
(vs.7,10), com base na ordens claras da lei mosaica (vs. 8,9), com base nos
direitos reconhecidos dos levitas no templo (v. 13), e, finalmente, com base no
decreto explícito do próprio Cristo (v.14). Os que eram chamados para o
serviço, o trabalho de tempo integral, fossem quem fossem, estivessem onde
estivessem, eram, portanto, da direta responsabilidade das igrejas de Deus, ou
seja, o cuidado pelos servos de Deus chamados para pastorear, era
responsabilidade do povo de Deus, e ainda o são.
Por
isso, penso que cada congregação deve refletir sobre isso e decidir que tipo de
pastor deseja. Se preferir um de tempo integral, deve obrigatoriamente,
sustentá-lo, bem como sua família de forma digna e fiel às Escrituras.
Um
amigo certa vez me disse com verdade:Cada igreja tem o pastor que merece.
E é um fato. Se o pastor precisar diminuir de
seu tempo para o pastorado por causa de outras atividades extra-pastorais para
poder sustentar seu lar, não pode ser cobrado se seu pastorado não estiver
dando os frutos desejados, se sua pregação não estiver bem preparada, se não
faz visitas regularmente, se não é encontrado quando se precisa de um
aconselhamento ou em um momento marcante ou ainda porque sua presença não é
constante nos trabalhos e programações da igreja. Simplesmente, ele não pode
estar em dois lugares ao mesmo tempo. É uma lei da física.
Portanto,
a discussão sobre salário é totalmente equivocada, porque muitos não entendem
esse conceito. O salário não é o pagamento pelos serviços prestados. O salário
pastoral é para poder prestar o serviço.
E
o valor? Pode o pastor ter carteira assinada?
Ora,
o valor varia de pastor para pastor. depende do tamanho de sua família. Depende
do tamanho do rebanho que pastoreia. Mas, principalmente, depende do
entendimento sobre essa questão e enfaticamente, depende do amor que o rebanho
tem pelo seu pastor.
Com
relação a carteira assinada e possuir vínculos empregatícios, penso que são
formas usadas em algumas denominações que trazem muito mais obscurantismo sobre
a questão do que esclarecimentos.
Produzem
ou incentivam o conceito que já mencionei, do pagamento pelo trabalho
realizado, ou pior do pastor como um empregado da igreja e um funcionário tendo
a igreja como seu patrão. Outras formas e métodos para sustentar seu pastor
devem ser buscadas, não criando ainda mais problemas onde já existem tantos.
4. Os Maus Pastores = 2º Pedro
2:1b,2 e 3 (…) assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais
introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras (…) e muitos seguirão
suas práticas libertinas, e por causa deles, será infamado o caminho da
verdade; também movidos por avareza , farão comercio de vós, com palavras
fictícias; para eles o juízo lavrado ha longo tempo não tarda, e a sua
destruição não dorme (…)
Lamentavelmente,
mas não surpreendemente, existem aqueles que não são legítimos pastores. Não
foram chamados, muito menos são vocacionados. Não possuem capacitação de Deus
para pastorear. Mas, estão por aí a fora causando muitos prejuízos a Igreja de
uma fôrma geral e a muitos irmãos individualmente.
Usam
e abusam da igreja para poder enriquecer, para ganharem notoriedade e para
atrapalhar o ministério de pastores fiéis a Deus. Não amam o rebanho, porque
nunca amaram a Deus. Não sabem fazer o trabalho, porque não são trabalhadores
do Reino da Luz, mas sim das Trevas. Não podem ser contados com os bons
pastores e nem os seus maus exemplos servirem de combustível para aumentar o
entendimento sobre o que é e o que significa o ministério pastoral. Para eles
está reservado as trevas, a escuridão. Deus os julgará.
Conclusão
A
promessa da presença de Deus na vida do bom pastor é uma verdade e um fato a
ser considerado por todos que exercem esse ministério. Essa presença nos
fortalece, conforta e nos respalda. Sua Palavra nos guia e nos orienta. O
Espírito Santo nos ensina e nos enche de alegria em poder serlivá-lo em tão
sagrada missão.
E
podemos ter a cerzeza, querido colega de ministério, que mesmo poucos
entendendo o que é e o que significa ser pastor, Ele certamente entende. Ele
amorosamente nos entende.
Senhor
Deus que me chamou, lhe amo com todas as minhas forças, com todo o meu
entendimento e com tudo que sou e tenho. Porque tudo vem de Ti, é para Ti e por
Ti.
Elaboração pelo:- Evangelista
Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA