17 de fevereiro de 2023

O AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO

 

O AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO

Texto Áureo

Ezequiel 47:5

E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar.

Leitura bíblica

Ezequiel 37:7-10; Ezequiel 47:1-9

Ezequiel 37:7-10

Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.

E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito.

E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová : Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.

E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

Ezequiel 47:1-9

Depois disso, me fez voltar à entrada da casa, e eis que saíam umas águas de debaixo do umbral da casa, para o oriente; porque a face da casa olhava para o oriente, e as águas vinham de baixo, desde a banda direita da casa, da banda do sul do altar.

E ele me tirou pelo caminho da porta do norte e me fez dar uma volta pelo caminho de fora, até a porta exterior, pelo caminho que olha para o oriente; e eis que corriam umas águas desde a banda direita.

Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.

E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.

E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar.

E me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do ribeiro.

E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda.

Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas.

E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro.

                      
Em outros séculos houve algumas manifestações do tipo pentecostal da história da Igreja.

AVIVAMENTO - Revendo o Conceito:

Conceito de avivamento espiritual

Ezequiel 37. 7 ss: Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. Então, profetizei como se me deu ordem; e houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um rebuliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso.

E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito.

E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam.

O texto de Ezequiel tem em sua primeira camada, a promessa para o povo de Israel. Porém uma exegese universal/tipológico leva-nos ao entendimento de um avivamento sob a tipologia do avivamento, ou seja, como algo sem vida, como um esqueleto pode ser reavivado e passar a ter uma reconstrução, com nervos, carne e pele.

A tipologia vai além e de forma sobrenatural no texto, apesar de ser um corpo não possui espírito (de vida).

Aqui entendemos que, a tipologia está ligada ao “ruach” (o ar que passa pelo hálito de Deus, O Sopro de Vida).

Ezequiel 37:10 E profetizei como ele me deu ordem; então, o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército grande em extremo.

Desta forma, o Avivamento só pode ser produzido pelo Pneuma - Espírito Santo – assim como, os ossos com nervos, carne e pele só passaram a viver e se transformaram em um grande exército, o avivamento no Mundo se dá sempre pela ação pneumática do Espírito Santo agindo em toda Terra!

O Avivamento e a Manifestação do Espírito Santo.

A importância do falar em novas línguas.

Quem crer e for batizado será salvo[...]. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome (...); falarão novas línguas; Marcos 16:16,17

A palavra “Avivamento” vem do verbo “avivar” que significa: tornar mais vivo, despertar, reanimar-se e vivificar-se. John Stott conceitua avivamento como:

“... uma visitação inteiramente sobrenatural do Espírito soberano de Deus, pela qual uma comunidade inteira toma consciência de Sua santa presença e é surpreendida por ela”. Devemos compreender que Avivamento é o cumprimento da Promessa de Deus em Joel 2 e a resposta da oração, inspirada pelo Espírito Santo, do profeta Habacuque que dizia: “Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos”.

Avivamento é, acima de tudo, a manifestação de Deus no meio do povo, através do Espírito Santo, com a finalidade de renovar, reavivar e despertar a Igreja sonolenta e acomodada.

“A igreja do primeiro século era uma igreja carismática. Lucas, que gravou sua história no livro de Atos, incluiu nele fielmente a abundância de fenômenos sobrenaturais que retrataram sua vida e seu ministério. Línguas, profecias, curas e milagres – e todos os outros carismas – eram comuns e até mesmo tidos como norma (Atos 1: 8; 10: 19; 13: 2); (HYATT,2018, p. 20).”

Visão distorcida do Pentecostalismo:

Cabe ainda ressaltar, sobretudo a partir dos trabalhos de Rivera (2001), a importância do livro de Atos dos Apóstolos como texto seminal do pentecostalismo. O citado autor comenta que, enquanto o cristianismo tradicional, incluindo as igrejas protestantes históricas, tem como fato fundador as doutrinas em torno de Jesus Cristo, o pentecostalismo apresenta uma ruptura radical ao eleger o evento de Pentecostes como ponto fundamental em detrimento dos discursos doutrinários baseados nos ensinamentos de Jesus, ...

 Avivamento Mundial na profecia de Ezequiel:

Ezequiel 47. 1-9 Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; e mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.

E mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; e mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.

E mediu mais mil e era um ribeiro, que eu não podia atravessar, porque as águas eram profundas, águas que se deviam passar a nado, ribeiro pelo qual não se podia passar.

E me disse: Viste, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do ribeiro.

E, tornando eu, eis que à margem do ribeiro havia uma grande abundância de árvores, de uma e de outra banda.

Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar; e, sendo levadas ao mar, sararão as águas.

E será que toda criatura vivente que vier por onde quer que entrarem esses dois ribeiros viverá, e haverá muitíssimo peixe; porque lá chegarão essas águas e sararão, e viverá tudo por onde quer que entrar esse ribeiro.

A sequência da profecia/revelação ou translado em visão, de Ezequiel aponta para um avanço por etapas do Avivamento no Mundo.

Lucas 24:47 ..., e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.

Esperança por meio de Águas Vivas (47.1-12)

O profeta é transportado nas águas de um ribeiro.

Posso entender, que há simbolismo sobre o mover do avivamento para todo o Mundo.

De um nível dos tornozelos, passando para o nível dos joelhos até águas que inundavam uma área que só podia passar a não ser a nado.

Entendemos:

          Nível dos tornozelos – Jerusalém – Atos 2 – Jerusalém

          Nível dos joelhos – Samaria

          Nível dos lombos – Em toda a região palestina e demais de regiões vizinhas

          Nível de nadar –      Em todo os continentes

Jesus ordenou em consonância a este entendimento, que a ação se inicia-se em Jerusalém (E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que(disse ele) de mim ouvistes. Atos 1:4), é a primeira caminhada do avivamento desde a Igreja primitiva entre os Apóstolos.

Entendendo:

A repartição da terra que começou a ser descrita em 45.1-8 continua em 47.1348.35 aponta para uma universalização das águas do Espírito envolvendo o Profeta, da mesma forma que ele foi obrigado a nadar, o Espírito Santo quer inundar além de Jerusalém.

Aqui encontramos um interlúdio poético acerca de águas refrescantes para as nações. Elas vinham de debaixo do umbral da casa (Templo), para o oriente; essa água da redenção vinha de baixo, da banda do sul do altar. Em sua visão, Ezequiel foi levado para observar a corrente de água fluindo através do Templo.

Ezequiel aponta para o fluxo das águas desde Jerusalém, por debaixo do umbral do Templo a Casa do Senhor. Em Jerusalém onde se deu o batismo no Espírito Santo.

Batismo no (/com) Espírito Santo é o revestimento de poder para propagar a mensagem do Evangelho por todo Mundo, desde então a chama do movimento que avivou a Igreja em Jerusalém, no mover carismático começa a se espalhar [Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina] através desses cristãos inflamados pela mesma experiência que vivenciou os apóstolos, no dia de Pentecostes.

Logo após o Espírito Santo iniciou o reavivamento espiritual além de Jerusalém, entre os da Judéia e Samaria

Marcos 16:15-17 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.

E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;

Atos 1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.

Origem do termo Pentecostal:

O movimento Pentecostal no presente século é fruto de um Avivamento genuíno que ocorreu na América do Norte, após seu início na Grã-Bretanha, no início do século passado, e que se espalhou por todo mundo, inclusive no Brasil.

Historicamente, é que o termo pentecostal está ligado sociologicamente à explosão de avivamentos que aconteceram nos Estados Unidos no final do século XIX e início do século XX. Na verdade, o Espírito Santo nunca se tornou inoperante, mesmo em tempos obscuros na história da igreja.

Avivamento ou Pentecostalismo:

Dons como a glossolalia (falar em línguas) tornaram-se tão raros que as igrejas acabaram esquecendo a função deles na comunidade cristã”. Isso não significa que a glossolalia tenha desaparecido da igreja ao longo dos séculos. Burgess mostra precedentes históricos do vínculo do batismo no Espírito Santo com o falar em línguas, tal qual ensina o pentecostalismo moderno: “Reconhecidamente, a ênfase nas línguas é um tanto rara, mas as línguas de fato existiram antes em vários contextos cristãos”.

Nenhum Avivamento, citados abaixo, foi conhecido como Pentecostal, pois o termo é do início do século XX, quando houve o derramamento do Espírito Santo nos Estados Unidos da América, semelhante à manifestação de Atos dois.

Deus sempre avivou ou reavivou sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da Era Cristã foram marcados por reavivamentos maravilhosos, onde Deus se manifestou aos seus servos de forma sobrenatural.

O pentecostalismo está dentro de um gênero de manifestação religiosa que chamamos de entusiasmo religioso. Entusiasmo vem de “en” (prefixo que significa dentro) e “Theos”, que é Deus, e significa Deus dentro, sendo uma palavra de origem religiosa.

Avivamento na História da Igreja:

As manifestações entusiásticas ou carismáticas, como também são chamadas, têm ocorrido no cristianismo desde seus primórdios. A primeira manifestação ou continuação que se conhece na história da igreja foi o movimento montanista, na segunda metade do segundo século, mais ou menos por volta do ano 170. Esse movimento ocorreu na Ásia menor, atual Turquia, numa região chamada Frigia, e o fundador foi o profeta cristão Montano, que se considerava o porta-voz do Espírito Santo, e anunciou para breve o fim do mundo. Ele era acompanhado por duas profetisas: Maximila e Priscila.

Montanismo

Outros movimentos de avivamento, ao longo dos séculos

O Montanismo foi sem dúvida alguma o primeiro grande avivamento da Igreja.

Montano (126-180 d. C.) pai de um movimento que ansiava pela volta aos dias da igreja do primeiro século.

No século II Montano (126-180 d. C.), líder religioso da Frígia na Ásia Menor no século II, é considerado pai de um movimento que ansiava pela volta aos dias da igreja do primeiro século, no qual todas as ações seriam comandadas pelo Espírito Santo através de experiências extáticas.

Paul Tillich afirma em História do Pensamento Cristão: “A igreja cristã excluiu o montanismo do seu seio. Foi um avivamento do Espírito, não há provas que confirmem as acusações feitas contra Montano. Contudo, a vitória sobre o montanismo resultou em perda”.

Esse elogio e busca da tomada do crente pelo sagrado – manifestado, sobretudo, pelo dom de línguas – é também noticiado por:

Tertuliano (160-220 d. C.),

Orígenes (185-254 d. C.),

Pacômio (292-348 d. C.),

Crisóstomo (345-407 d. C.) e

Agostinho (354-430 d. C.), apenas para citar alguns dos nomes de maior vulto.

No 3º (terceiro século), continuamos com os relatos de líderes do cristianismo primitivo conhecidos por toda cristandade como:

Irineu de Lyon (125-200 d.C.),

Novaciano (210-280 d.C.),

Cipriano (195-258 d.C.) e

Tertuliano, talvez o mais famoso deles, considerado o “principal apologista” da Era dos Pais da Igreja (RENNER, 2015, p. 50).

Sobre o testemunho relatado de Tertuliano acerca dos dons em sua época, Hyatt escreveu:

“Tertuliano demonstra, portanto, que no terceiro século os dons espirituais ainda eram comuns na igreja. Seu ponto de vista sobre a obra do Espírito Santo após o batismo é especialmente interessante sob a ótica do movimento pentecostal/carismático moderno, que também ensina que há um aumento de poder que se segue à conversão.”

Como outros de sua era, Tertuliano não fornece nenhum indício de que esses dons viessem a cessar. (HYATT, 2018, p. 26).

Já no século XII, há os Cátaros (significava puro), com homens que se diziam purificados pela visita do Espírito Santo; praticamente abandonaram a relação com a Igreja medieval e buscaram uma aproximação com os carismas da Igreja Primitiva nos padrões do Novo Testamento, numa busca do Pentecostes, com práticas do uso de dons espirituais (“visões, profecias e possessões espirituais”).

Século XII a XIII – Valdenses (nome derivado do líder do movimento Pedro Valdo (1140-1218)), um movimento de renovação e avivamento dentro da Igreja, predecessores da Reforma Protestante

No século XVI, os Anabatistas, muito lembrados pelos estudiosos do pentecostalismo;

No início do século XVIII, os Camisardos;

A partir do século XVII aos dias atuais, os Quakers/Quacres; George Fox (“enquanto orávamos, o poder de Deus foi tão grande que a casa parecia tremer. Quando terminei, alguns professores disseram que foi como nos dias dos apóstolos, quando a casa onde eles estavam tremia”) foi o fundador do movimento Quaker.

Pietismo – um importante movimento carismático na Alemanha, com repercussão até a ação entre os Holiness, anos depois.

Evidências do avivamento no Pietismo: manifestação dos carismas do Espírito, as profecias e o falar em línguas.

Neste século XVII, não poderíamos destacar o surgimento o movimento dos moravianos, que alcançou a vida e a vocação de John Wesley (1703-1791), que pregava a santificação pela obra do Espírito Santo. Mais tarde, essa experiência de santificação ficou sendo conhecido como a “segunda obra da graça” ou o “batismo no Espírito” com o despertar do movimento metodista.

A Igreja Morávia tem suas origens no pré-reformador João Huss (1373-1415), João Huss, o ganso que profetizou o aparecimento do cisne (Lutero), 100 anos depois.

Alcance:

O movimento de avivamento pietista não ficou restrito somente à Alemanha, mas passou pela Holanda, pela Inglaterra e pela Índia.

Entre os séculos XVIII até os dias atuais e com especial popularidade no século XIX, os Shakers (Bitun, 2007; Souza, 2013). "Shaker", em inglês, significa algo como "chacoalhante", e era assim, em êxtase, que eles ficavam durante os cultos.

A origem do nome é pejorativa -o nome oficial do grupo era Sociedade Unida dos Crentes na Segunda Aparição de Cristo.

O museu Hancock, em Pittsfield, oeste do Estado, procura reproduzir a rotina dos shakers no século 19 -inclusive com encenações "ao vivo". Em 1830, 300 pessoas viviam na Hancock. Havia 19 comunidades semelhantes nos EUA -uma ainda existe, em Sabbathday Lake, Maine, também na Nova Inglaterra.”

Ezequiel 47.

Avivamento ao longo dos séculos:

Justino Mártir (100-165 d.C.), que em seu Diálogo com Trifão nos relata algumas das experiências sobrenaturais que observara presente dentro da igreja de sua época: “Pois os dons proféticos permanecem conosco até o dia de hoje. [...] Agora ainda é possível ver entre nós homens e mulheres que possuem os dons do Espírito de Deus” (ROBERTS; DONALDSON,1874, p. 243)

No segundo século da Era Cristã, logo após o período Apostólico, Justino Mártir não nos mostra nenhum indício sobre a cessação dos carismas e da experiência pentecostal.

No século XVI, Deus levantou homens como Martinho Lutero, João Calvino e John Knox. No século XVIII, ocorreu o Avivamento Morávio com o Conde Zinzendorf, o Grande Reavivamento na Inglaterra com John Wesley, Charles Wesley e George Whitefield e o Reavivamento Americano com Jonathan Edwards.

O que todos esses movimentos tinham e têm em comum, desde o século II até o tempo presente, é que dialogam, de certa forma, com o pentecostalismo moderno. Campos (2005) aponta essa tendência como uma inclinação ao caráter irracional da mística religiosa. Falando-se em Ocidente, Souza (2013) lembra que, a partir do quinto século de nossa era, a Igreja Católica Romana se institucionaliza fortemente, recebendo mais tarde a influência da filosofia escolástica. Essa tendência de hierarquização, controle institucional e estudo sistematizado afeta a Reforma Luterana do século XVI e, por afinidade, em maior ou menor grau, todo o protestantismo histórico2, relegando aos movimentos carismáticos, tais como os acima citados, certo status marginal.

Era um movimento tipicamente carismático, apelando para novas revelações, relativizando o valor da igreja, dos bispos e da própria Bíblia. Mas, depois, ao longo do tempo, da Idade Média, houve muitos movimentos desse tipo, movimentos pequenos, que acabavam sendo objeto de forte repressão por parte da igreja oficial, e não duraram muito tempo. Com certeza, depois da Reforma Protestante, multiplicaram-se essas manifestações entusiásticas, principalmente em conexão com avivamentos. O pentecostalismo tem uma genealogia. É filho de um movimento, surgido nos Estados Unidos, chamado Holiness, ou santidade; este, por sua vez, é filho do metodismo, que é filho do anglicanismo. Essa seria a genealogia do movimento pentecostal.

Perigo da Institucionalização da Igreja:

O Avivamento não coaduna com negócios.

A Idade Média (600-1517 d.C.)

Era das Trevas (500-1300 d.C.) – silêncio sobre o pentecoste/Avivamento.

Praticamente todo historiador do cristianismo concorda que a institucionalização da igreja primitiva foi acompanhada pelo esmorecimento dos dons carismáticos”. Ash Jr. (1976, p. 227)

O perigo de “negociar” (fazer negócio com a Igreja) (II Pe.2.3) infere na redução da ação carismática dos Dons do Espírito e impedem o Avivamento, pois leva ao amortecimento/”desaparecimento” dos dons espirituais.

Esta Institucionalização da Igreja se dá em primeira mão com Constantino, 

A resenha de John Wesley de 1750, dizia:

O principal motivo pelo qual os dons desapareceram tão cedo não foi somente a perda rápida da fé e santidade, mas sim os homens excessivamente formais, ortodoxos e secos que começaram a ridicularizar todos os dons que eles mesmos não tinham e a censurá-los por serem todos ou loucura ou impostura.” (CURNACK, 1938, p. 490).

Cessacionismo:

Oriento ler o excelente artigo do nobre pastor Ezequias Soares um dos nossos gigante teólogos das AD’s Pastor no Ministério do Belém-SP

 

“Não devemos mais alimentar a expectativa de que quem receba a imposição de mãos deva receber o Espírito Santo e falar em línguas”. Agostinho de Hipona

A ação do Espírito Santo no Mundo é motivo de entendimento diverso, não só em nossos dias, mas desde os tempos de Agostinho (354-430 d. C.), era uma época de distanciamento da ação espiritual, e introdução de um pensamento mais antropológico, com evidências de introdução de doutrinas eivadas de gnosticismo, além de um afastamento das Doutrinas e viver apostólico.

 

O fundamento principal da filosofia cartesiana consiste na pesquisa da verdade, com relação a existência dos "objetos", dentro de um universo de coisas reais. O método cartesiano está fundamentado no princípio de jamais acreditar em nada que não tivesse fundamento para provar a verdade.

Agostinho conhecido como o “pai da Teoria Cessação” por ter sido o primeiro

a escrever relatos sobre a escassez dos carismas (dons).

“Agostinho de Hipona (354-430) e João Crisóstomo (354-407), bispo de Constantinopla, são exemplos clássicos dessa teologia cessacionista. Para Agostinho, o sinal das línguas “foi dado e então expirou.”

 

Após a propagação da mensagem cessacionista, justamente por essa falta de crença nos Dons Espirituais, o movimento decorrente da experiência do dia de Pentecostes foi marginalizado na história, por um longo período do Cristianismo que haveria de vir. Termo utilizado por Eddie Hyatt em sua obra “2000 Anos de Cristianismo Carismático: um olhar do século 21 na história da igreja a partir de uma perspectiva carismático-pentecostal”

FONTE:

Edição 329 - 17 Mai 2010 - Ihu On-Line - professor do Instituto Presbiteriano Mackenzie, Alderi Souza de Matos;

https://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/3207-alderi-souza-de-matos#:~:text=Alderi%20Souza%20de%20Matos%20%E2%80%93%20Aqui,segundo%20grupo%2C%20Assembleia%20de%20Deus.

Pentecostalismo: traços históricos - Graziela Wolfart

A História do Pentecostalismo – Pr. Florêncio Moreira de Ataídes - Sexto presidente da MISPA - Missão Priscila e Áquila

Pastor da IPR desde 09-12-1989

http://iprb.org.br/_ANTIGO/artigos/textos/art101_150/art137.htm

NOVA INGLATERRA

Comunidade rural e puritana repelia o sexo até para procriação, mas não dispensava bens materiais - do enviado especial a Massachusetts. Folha de São Paulo – Rodrigo Leite; São Paulo, segunda, 9 de março de 1998; https://www1.folha.uol.com.br/fsp/turismo/fx09039806.htm

Site: Subsídiosdominical O que aconteceu com os dons espirituais? Artigo: Pr. Esequias Soares