27 de setembro de 2012

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES
TEXTO ÁUREO = “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13).
VERDADE PRÁTICA = As tribulações levam-nos a amadurecer em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.
LEITURA BIBLICA = FILIPENSES 4: 10-13
INTRODUÇÃO
“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”. (1º Pedro 4. 12-14).
Muitos se dizem discípulos de Jesus, e até alguns pregadores usam as palavras de Paulo em Colossenses 1.24, quando diz: “... cumpro o resto das aflições de Cristo...”. Creio no que a Bíblia diz que somos participantes de tais aflições (2º Co 1.5-7; 2º Tm 2.3, 4.5; Hb 10.32; 1º Pe 4.13, 5.9), mas muitos usam isto mais como uma lamentação, uma lamúria, demonstrando-se mais vítimas, do quê verdadeiros soldados do exército de Cristo, e assim não vão muito longe em seus ministérios, desistindo no “meio do caminho”.
 O fato é que nem todas as aflições que passamos é por causa do nome de Jesus Cristo, mas sim, diversas vezes por causa de nossa própria escolha, nossas desobediências à Palavra do Senhor, nossa falta de vigilância, falta de prudência e paciência, etc...Por outro lado, em 1º João 2.6, nos é dito: “Aquele que diz que está Nele também deve andar como Ele andou”...Se Jesus Cristo foi perseguido e afligido, quanto mais nós, que não somos nem um pouco melhores do que ELE: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa (João 15.20)”..
Mas o melhor de tudo isso é que um dia, todas estas aflições terão um fim. O próprio apóstolo Paulo, afligido muitas vezes pelos falsos irmãos em Corinto, disse assim: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente. (2º Co 4.17)”. Pois ele sabia, que tem um lugar reservado no céu, aonde não há lágrimas, nem dor, nem pranto, quando o próprio Senhor Jesus enxugará de nossos olhos todas as nossas lágrimas e nos consolará de todas as nossas aflições (Ap 21.4).
AS AFLIÇÕES DE PAULO
Uma das marcas indiscutíveis do ministério de Paulo foi o sofrimento que teve durante sua vida ministerial. Suas cartas relatam estes sofrimentos: 1 Coríntios 4.9-13 – marcas da cruz de Cristo; 1 Coríntios 16.8-10 – adversários e tribulações; 1 Coríntios 15.32 – lutas; 2 Coríntios 7.5 – conflitos e temores; Gálatas 4.11-15 e 2 Coríntios 12.7 – enfermidades (talvez acessos de malária); 2 Coríntios 11.23-33 – elenco completo de sofrimentos: prisões; açoites; perigos de morte; fustigado com varas; apedrejado; naufrágio; perigos nas viagens, nas cidades, nos mares, entre judeus, entre gentios, nos rios; fome e sede; frio e nudez; etc.
Paulo sabia o que era sofrer e a respeito disso deu testemunho em sua II Epístola aos Coríntios (II Co. 11.6.29; 12.10). E por causa de tais aflições, poderia, também, “consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmo somos consolados de Deus” (II Co. 1.4).
Essa é uma demonstração de um dos motivos pelos quais somos afligidos, a fim de que possamos nos colocar no lugar daqueles que padecem.  Sofrer, para Paulo, é um ato de comunicação, de identificação do crente com os sofrimentos de Cristo (II Co. 1.5; Fp. 3.10).
Os sofrimentos de Paulo, bem como os dos coríntios, faziam com que eles fossem participantes dos sofrimentos de Cristo.  Mas eles também partilharam do consolo em meio às tribulações, mesmo que essas aflições parecessem desesperadoras (II Co. 1.8).
Esse consolo teve como fundamento a confiança, não em nós, mas em Deus, que tem poder até para ressuscita os mortos (II Co. 1.9).  O Apóstolo revelou que havia recebido sentença de morte, isso se refere, provavelmente, às perseguições que sofreu por parte dos religiosos judeus durante sua viagem, que quiserem matá-lo (At. 20.19; 21.27).
Certo Alexandre, naquele momento, causou muitos males a Paulo, que, mesmo abandonado (II Tm. 4.14)  Não se indispôs contra o Senhor, antes encontrou nEle e na esperança da Sua vinda, o conforto necessário para superar as aflições (II Co. 4.17,18).

Paulo revelou que Deus permite que os seus filhos sejam afligidos (II Co. 1.5). Quando padecemos por sofrimentos por causa de Cristo o próprio Senhor sofre em nós (At. 9.4; Cl. 1.24). Nem sempre Deus livra o cristão do sofrimento, mas no sofrimento, e, como lemos na galeria dos heróis da fé de hebreus 11, determinadas aflições somente cessarão na eternidade.  Mas o sofrimento do crente sempre tem um propósito, um deles é a produção de consolo e salvação para os outros (II Co. 1.6).
A morte de vários cristãos ao longo da história serviu de semente para que o evangelho aflorasse em várias regiões do mundo. O sofrimento serve também como instrumento de conforto e consolo para outros crentes que sofrem.  Afinal, a promessa de consolo vem do Senhor que também produz em nós essa mesma característica a fim de consolar outros (II Co. 1.7).
O sofrimento não necessariamente decorre de pecado, na verdade, os crentes mais consagrados podem passar por provas desesperadoras (II Co. 1.8). Paulo testemunha que sofreu inúmeras perseguições tanto por parte dos judeus (At. 20.19; 21.27),
Quanto dos gentios (At. 19.23-40) e é bem provável que em uma dessas situações tenha sido sentenciado à morte. Mas o crente sabe que a morte não é o fim, a eternidade deva ser o alvo central da vida do cristão sofredor, pois quando tudo terminar, Deus estenderá sua mão, contanto que confiemos nEle, não em nós mesmos (II Co. 1.9).  Ele é o mesmo Deus e do mesmo modo que agiu no passado agirá no presente e no futuro a fim de cumprir com Sua palavra (II Co. 1.10).

A TRISTEZA DO APÓSTOLO =  Nem sempre o ambiente em que estamos vivendo, mesmo em nossas igrejas, irá determinar que continuaremos envolvidos com Deus. Nem sempre pessoas com as quais convivemos, por mais espirituais que elas possam ser, irão fazer-nos continuar a nos envolver com o Senhor e com a Sua obra. Também, as experiências que já tivemos no passado, por mais bem sucedidas que elas tenham sido, não irão fazer-nos seguir em frente no objetivo de continuarmos envolvidos com Deus. O apóstolo Paulo faz uma tremenda recomendação ao colega Timóteo, exortando-o a que ele continue envolvido com Deus e com a Sua obra até o fim dos seus dias. Paulo exorta Timóteo a que cumpra cabalmente, completamente, o seu ministério, vejam: "...Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério..." 2 Tm.4.5
Interessante que assim como o apóstolo Paulo exorta um colega a que permaneça envolvido com Deus até o fim dos seus dias também, o mesmo apóstolo, no mesmo livro, e no mesmo capítulo, lamenta a perda de um outro colega. Vejam: "...Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica..." 2 Tm.4.9 e 10
O QUÊ ACONTECEU COM O NOSSO IRMÃO DEMAS ??? PRIMEIRO? Demas vivia num excelente ambiente. No verso 24 de Filemon e no verso 14 do capítulo 4 de Colossenses, percebemos nitidamente que o ambiente em que Demas vivia era dos mais saudáveis e propícios.
OBSERVA: "...Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas." Cl. 4:14
"...Saúdam-te Epafras, prisioneiro comigo, em Cristo Jesus, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores...." Fl. 1:24
Demas encontrava-se num ambiente evangélico.Ele estava no meio de muitos irmãos crentes e, também, estava comunicando-se com outros tantos
SEGUNDO? Demas trabalhava numa excelente equipe de trabalho.Também nestes 2 versos que eu citei, nós concluímos que Demas tinha pelo menos 3 amigos de altíssimo nível: Marcos, Lucas e Paulo. Me dá água na boca só de imaginar ser chamado de colaborador do apóstolo Paulo. Já imaginou? Você estar trabalhando com Paulo, com Lucas, com Marcos, sendo ajudados por esses irmãos preciosos, sendo exortado por eles....
TERCEIRO? Demas havia tido experiências muito bem sucedidas. Não consta na Bíblia nenhum registro de experiências na Vida do nosso irmão Demas. Mas não dá para ser um colaborador de Paulo e não passar por várias experiências maravilhosas com Deus, não é verdade ?
O fato é que a Palavra de Deus diz que Demas amou o presente século e abandonou o apóstolo Paulo!!!
Mas que coisa !!! Um quadro tão propício, tão promissor !!! Um ambiente tão agradável e maravilhoso !!! Um circulo de amigos tão espirituais !!! Tantas experiências de ver o livramento de Deus nas suas vidas !! Por quê esse irmão não continuou sendo fiel e cada dia mais envolvido com Deus e com a Sua obra ??? O quê terá motivado esse irmão a abandonar uma vida com Deus, e se envolver com as coisas do mundo?
RESPOSTA: A Palavra de Deus, na verdade, não nos diz o quê, realmente, aconteceu com o nosso irmão Demas. A Palavra de Deus apenas nos diz o que ele fez, ou seja, Ele deixou de se envolver com Deus e se envolveu com o mundo. Mas se a Palavra de Deus não fala sobre o que aconteceu, de fato, com Demas, ela fala sobre o colega de Demas, o apóstolo Paulo. Paulo era tremendamente envolvido com Deus e com a Sua obra !!! Paulo soube como ninguém, a valorizar as coisas eternas, as coisas de Deus e, por causa disso, tinha um grande envolvimento com Ele ! Paulo faz uma exortação em II Cor.4.18 e 19, que certamente o seu colega Demas não considerou:
OBSERVA: "...Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas...." II Co. 4.17-18
O apóstolo Paulo aqui nestes versos nos afirma que uma vida de envolvimento com Deus é uma vida que deve ser vivida sem se basear nas circunstâncias do dia a dia. Ninguém que quiser levar uma vida de envolvimento com Deus poderá ficar observando as coisas difíceis que lhe acontecem.
Porque as coisas que vemos são temporais, são passageiras !!! E quem melhor do que o apóstolo Paulo para falar sobre não atentar nas coisas que se vêem? Quanta coisa Paulo via ??? Quanta coisa Paulo sentia na sua própria pele ???
Que Deus nos livre de agirmos como o pobre irmão Demas !!! Que Deus nos livre de andar por vista e não por fé !!! Demas, ao andar por vista, optou pela decisão mais errada: optou pelo mundo, foi envolvido pelo mundo. Paulo disse que Demas amou o presente século!!!
CONTENTANDO-SE EM CRISTO
OS ANOS FINAIS E O MARTÍRIO = Se assumirmos que Paulo é o autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em outro lugar.
Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo 1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas.

De Macedônia, Paulo escreveu sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1 Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24). Neste ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia planejado (2 Timóteo 4:13).
Em algum ponto os romanos provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma.
Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele escreveu a sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21).
Ele pediu a Timóteo que viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava estudando a palavra até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16). Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17).
Apesar de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja com vosco" (2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo.
Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte.
Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).
LIVRE DA OPRESSÃO DA NECESSIDADE = Alegria em Cristo (4:4-7). Não é fácil estar contente no sofrimento, mas isto é o que o cristão é chamado freqüentemente a fazer. O cristão que está lutando contra Satanás sofrerá nesta vida (veja 2 Timóteo 3:12). Mas podemos regozijar-nos, não importa quão dura seja a situação, se rego-zijamos "no Senhor". Se simplesmente nos mantivermos perto do Senhor, em oração, e pelo nosso próprio comportamento moderado, até mesmo no sofrimento poderemos conhecer a paz "que excede todo o entendimento" (4:7). Paulo está escrevendo com experiência: lembre-se, foi em Filipos que ele e Silas estavam alegremente cantando hinos a Deus mesmo depois de terem sido espancados e atirados na prisão (veja Atos 16:19-25).
Como pensar (4:8-9). Tornar-se um cristão forte envolve uma mudança completa de personalidade, do coração para fora. Para se comportar como um cristão, precisa-se pensar como um cristão. O cristão precisa pensar ativamente, e não passivamente. Paulo diz para deixar que esta coisa "ocupe o vosso pensamento" (4:8).
Uma mente ociosa acolherá todo tipo de pensamentos, desde os bons até os maus; mas uma mente ativa trabalhará para controlar-se, detendo-se no que é nobre e bom, deixando fora o que corrompe. Jesus ensinou que, não somente nossos atos, mas nossos pensamentos por trás deles serão julgados no dia final (veja Mateus 5:21-32).
Ao receber ajuda dos Filipenses, Paulo se regozija grandemente "no Senhor" (4:10). Mesmo assim, ele explica que seu contentamento vem, não das coisas que ele tem nesta vida, mas em sua relação com o Senhor. O contentamento, nesta vida, é uma atitude aprendida (4:11). Em todas as coisas que Paulo sofreu por amor do evangelho (veja 1:17; 3:4-11; 2 Coríntios 11:23-30), ele aprendeu a manter sua atenção em Cristo (veja também 2 Coríntios 12:7-10). Se aprendemos a ter Cristo como o foco de nossa vida, a nossa circunstância material perderá sua importância (4:12-13).
CONTENTE E FUNDAMENTADO EM CRISTO = Ainda que Paulo não precisasse do donativo deles para ficar contente, assim mesmo ele se regozijou em recebê-lo porque eles participaram da aflição dele (4:14). Eles tinham ajudado a Paulo desde o início, quando ele saiu de Filipos para ensinar em Tessalônica (4:15-16; veja Atos 16:11-17:4 e 2 Coríntios 8:1-5). Agora que tinham oportunidade de ajudá-lo novamente, isso significaria "fruto" para crédito deles (4:17). Eles colheriam ricas recompensas do Pai (4:19). A dádiva deles era um sacrifício pessoal, "como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus" (4:18). Não é o objeto do sacrifício que dá a suave fragrância a Deus, mas o coração daquele que faz o sacrifício. Os corações dos filipenses eram suaves para Deus, em seu abundante amor para com Paulo.
Essa generosidade é o modelo para os cristãos de hoje. Eles não deram esperando receber bênçãos em retribuição. Não deram porque era algo que "a igreja" exigia. Eles deram com ânimo e de coração, sabendo que sua dádiva estava indo para a divulgação do evangelho e que "Deus ama a quem dá com alegria" (2 Coríntios 9:7).
AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
Aperfeiçoar o caráter cristão = Rm 5.3-4 – Nesse texto, Paulo afirma que o sofrimento é um meio que Deus usa para aperfeiçoar o caráter dos cristãos. Mas, diferentemente da versão Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica Brasileira, há outras versões da Bíblia que traduzem o texto de uma forma diferente. A palavra “tribulações” é traduzida como “sofrimentos”, “perseverança” é traduzida como “paciência” e “experiência” é traduzida como “caráter provado”. Assim: Paulo diz que os sofrimentos produzem perseverança – Na língua grega, a palavra “perseverança” pode também ser traduzida por paciência, persistência, constância.
Essas são algumas características que se apresentam no homem maduro, que se mantêm leal à sua fé e aos seus propósitos mesmo quando está debaixo das maiores tribulações ou sofrimentos. Em geral, não crescemos quando estamos em plena calmaria de problemas. Em todos os ramos, o desenvolvimento aparece em hora de crise ou sofrimento.
Paulo diz que a perseverança produz experiência – Essa é parte da reação em cadeia. Assim como os sofrimentos produzem a perseverança (ou paciência, ou constância, ou persistência), esta produz experiência. Na língua grega, a palavra “experiência” pode ser traduzida por “caráter provado”. A idéia é a de alguém que foi testado e saiu vitorioso no teste, tendo desenvolvido um caráter amadurecido pelos sofrimentos.
Paulo diz que a experiência produz esperança – O sofrimento do cristão o conduz à perseverança, à firmeza, à constância e à paciência porque eles são conectados à esperança. Há alguma coisa no final que os faz levantar os olhos e crer na mudança dos acontecimentos. Para o cristão, o sofrimento é o ponto em que o poder da esperança fica cada vez mais claro, ligando o nosso presente ao futuro de vitória, porque para o cristão “os sofrimentos do tempo presente na são para comparar com a glória a vir ser revelada em nós” (Rm 8.18).
NÃO PELA AUTOSSUFICIÊNCIA == Dependência de Deus = Salmo  31.15, Encontramos neste salmo, Davi angustiado, passando por momentos difíceis, por que não dizer que sua vida estava sendo atingida por uma tempestade. Em todo o salmo podemos extrair ricas lições que servirão para o nosso cotidiano. Não podemos deixar de perceber o que esta passagem transmite para nós; segurança, confiança e acima de tudo à experiência da dependência de Deus. O que eu pude observar que desde o primeiro versículo, ele nos revela Deus como sua fortaleza, revela também Davi pedindo ajuda, socorro, clamando por justiça. E também não poderia deixar de mencionar que ele revela a bondade e misericórdia de Deus. Confiança, Fé e arrependimento são as bases para se alcançar á misericórdia de Deus. Como será que se encontra a sua vida? Atribulada pelas perseguições? Decepcionado com as injustiças? Veja o que Davi queria nos passar; tenha fé, confiança, creia e passe a depender de Deus.
SALMOS 91:-2= No primeiro verso, a imagem visual é de um que é protegido no lugar mais seguro de Deus, Sua sombra, e assim, protegido por Sua presença. Devemos nos concentrar naquele que “habita” ou vive no lugar secreto de Deus este será protegido pela sua presença toda-poderosa. Não é o que afirma habitar na presença de Deus que será protegido, mas aquele que realmente vive lá.
 O ensinamento claro em tudo isso é que para os crentes poderem se apropriar de qualquer das promessas de Deus devem viver em comunhão ininterrupta com Deus, nunca agindo de vontade própria, mas fazendo apenas o que Deus dirige em Sua Palavra. Devem ser totalmente consagrados ao serviço de Deus e completamente rendidos à autoridade de Jesus.
Versículo dois nos diz que precisamos confiar e reconhecê-Lo como o nosso refúgio e fortaleza. Não devemos confiar em nossa própria força e intelecto para nos salvar do perigo, e necessitamos reconhecer aonde a nossa proteção real se encontra. Isto implica fé. Hebreus 11:6 declara: “E sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e que Ele recompensa aqueles que o buscam.”
Tudo posso naquele que me fortalece
A teologia bíblica exige que a interpretação do texto bíblico seja em harmonia com o contexto. O verso 13 de Filipenses 4 tem sido explorado e manipulado erroneamente. Muitos o usam indevidamente para pedir milagres; afirmam que podem conquistar posições elevadas no mundo secular; podem vencer o diabo, enfim, usam o verso para seus interesses pessoais. O sentido dele é o enfoque de uma situação de equilíbrio emocional, de uma pessoa resignada; com autodomínio disciplinado em diferentes circunstâncias.
Mas o contentamento não é algo que se consegue do dia para a noite, é resultado do fruto do Espírito (Gl. 5.22), trata-se de uma alegria que não se deixa abalar, mesmo quando tudo parece não se ajustar aos nossos bem estar.
“Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre”. “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade”. Fp 4. 11-12. Aceito a abundância ou a carestia.
CONCLUSÃO
Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado a dirigido pelo Espírito santo para proclamar o evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas.
Seu desejo de perseverar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito a salvação somente pela graça brilha através de todos os seu escritos.
Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã.
Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.
Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão abaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos Gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta. Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
BIBLIOGRAFIA
Fonte: Ilumina
Lições Bíblicas CPAD 2010
estudos.gospelmais.com.br
mvmportuguese.wordpress.com
estudosbiblicos.no.comunidades.net
Lições bíblicas CPAD 1º. Trimestre 2012            
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
LOPES, H. D. II Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008


19 de setembro de 2012

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE


A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

TEXTO ÁUREO = “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, recompensará” (Mt 6.6).

VERDADE PRÁTICA = A verdadeira motivação do crente não está na fama ou no poder, mas em viver para glorificar a Cristo.

LEITURA BIBLICA = Marcos 1: 35-45

INTRODUÇÃO

O ser humano é viciado em poder. A idéia de se exercer domínio sobre outras pessoas parece muito sedutora. Por causa da sensação de poder o ser humano passa por cima de muitos, quebra princípios, mente, manipula, usa, oprime. Na Bíblia temos vários exemplos disso. Adão e Eva, iludidos pela serpente, comeram do fruto que não deveriam comer porque desejaram ser iguais a Deus(Gênesis 3). Davi tomou para si a mulher de Urias e o matou, porque por um momento pensou que a monarquia lhe daria esse direito (2 Samuel 11).

Simão, o mago, ofereceu dinheiro aos apóstolos para que lhe fosse dado o poder do Espírito Santo e assim pudesse continuar impressionando o povo (Atos 8:9-24). A busca desenfreada pelo poder parece cegar as pessoas. Ao olhar para a sociedade vemos que alguns se tornam verdadeiros monstros egoístas quando são contemplados e absorvidos pela fama e pelo dinheiro. Alguns se tornam desumanos ao entrarem em contato com o poder.

Jesus definitivamente não foi uma figura sensacionalista como outros líderes e governantes na história mundial. Não foi autoritário como os grandes ditadores. Não foi manipulador e nem usou de artifícios estrondosos para atrair as multidões. No entanto, ele é a pessoa mais influente e fascinante que já pisou sobre a terra. Diante do tentador que lhe ofereceu uma fama passageira, se concordasse em pular do alto do templo e ser segurado pelos anjos, ele não cedeu.

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

A vaidade em relação do dinheiro = O dinheiro, em si, não é mau. A Bíblia não diz em nenhuma parte que o dinheiro é perigoso. Ela nos adverte quanto ao “amor do dinheiro”, que é a “raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10). Uma boa “prebenda” pode levar muitos à vaidade. A Palavra de Deus é infalível. Aqueles que, na direção de igrejas, principalmente de grande porte, cuja renda mensal é considerada alta, não têm cuidado de vigiar no trato com recursos financeiros, acabam afundando na cobiça, esquecendo-se da missão, e tornando-se verdadeiros cambistas, negociantes e mercantilistas do tesouro da casa do Senhor.

E isso é vaidade, futilidade. A vaidade e o poder que detêm os torna como se fossem donos do tesouro da igreja, e passam a gastar como bem querem e entendem, sem dar satisfação sequer à Diretoria, e muito menos à igreja, que se sente desconfiada, por nunca ouvir um relatório financeiro da tesouraria.

É lamentável, mas há obreiros que compram bens pessoais, ás custas do dinheiro dos dízimos e ofertas do Senhor. Certamente, a maldição os alcançará, pois estão sonegando os recursos destinado à Obra do Senhor. Essa vaidade é prejudicial ao bom nome da igreja. A Bíblia conta o que ocorreu com Gideão. Numa fase de sua vida, deixou-se levar pela direção de Deus, e foi grandemente abençoado, sendo protagonista de espetacular vitória contra os midianitas, à frente de apenas 300 homens (Jz 7).

Contudo, após a grande vitória, cobiçou o ouro de seus liderados, solicitando que cada um deles lhe desse “os pendentes de ouro do despojo”, no que foi atendido pelos que o admiravam (Jz 8.24). Tentado pela cobiça do metal precioso, Gideão deixou que subisse para a cabeça o desejo de ter sua própria “igreja”, levantando um lugar de adoração, com o ouro que lhe foi presenteado, mandando confeccionar um éfode,” todo o Israel se prostituiu ali após dele: foi por tropeço a Gideão e à sua casa...e sucedeu que, quando Gideão faleceu, os filhos de Israel e se tornaram, e se prostituíram após dos baalins: e puseram Baal-Berite por seu deus” (Jz 8.27,32).

Tem razão a Palavra de Deus, quando adverte que “o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males...”.

A vaidade do poder do cargo = Há obreiros que, enquanto dirigentes de pequenas igrejas, são humildes, despretensiosos e dedicados à missão que lhe foi confiada. Contudo, ao verem a obra crescer, fazendo-os líderes de grandes igrejas, esquecem que “nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1 Co 3:7), e passam a se comportar como verdadeiros imperadores ou ditadores eclesiásticos. O cargo de pastor, do bispo ou do presbítero é de grande valor para a igreja. A Bíblia diz Deus deu pastores à igreja, ao lado de evangelistas e mestres, “querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.12). Aí está o objetivo do cargo ou da função pastoral.

Quando o ministro perde essa visão, acaba pensando que o cargo é fonte de poder pessoal, humano e carnal, e passa a usar a posição para a satisfação de interesses pessoais ou de grupos que se formam ao seu redor, e deixa-se dominar pela vaidade ministerial. Uzias, que reinou em lugar de seu pai, Amazias, aos dezesseis anos de idade, teve um grande ministério, aconselhando-se com Zacarias.  A Bíblia diz que ele, “nos dias em que buscou o Senhor, Deus o fez prosperar” (2 Cr 26.3,5).

Acrescenta, ainda a Palavra, que Uzias foi “maravilhosamente ajudado até que se tornou forte.
“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso” (2 Cr 26.15,16).

A vaidade no tratamento = Todo homem de Deus tem o dever de tratar bem às pessoas e o direito de ser bem tratado pelos que dele se aproxima,, pois não é uma pessoa qualquer, mas um servo de Deus, que está incumbido da missão mais importante da face da terra. A Bíblia diz: “a quem honra, honra” (Rm 13.7). Contudo, há aqueles que, dominados pelo sentimento vaidoso, extrapolam seus interesses, e passam a exigir um tratamento exagerado em torno de sua pessoa.

O crente fiel não se porta soberbamente. Provérbios 6:16-19 diz: “Seis coisas o SENHOR aborrece, e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que pro fere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos.”

Encontramos nessa lista um pecado que envolve, principalmente, o uso errado da língua. Contendas são obras de maldizentes. “Sem lenha, ofogo se apago; e, não havendo maldizente, cessa o contendo” (Provérbios 26:20). Há, infelizmente, pessoas neste mundo que se ocupam falando mal dos outros e semeando contendas. Deus detesta tal comportamento. Em Romanos 1:29, ele inclui contendas entre os piores dos pecados.

A soberba é uma das fontes das contendas que dividem irmãos. Provérbios 13:10 diz: “Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.” Provérbios 17:19 afirma o mesmo fato: “O que ama a contenda ama o pecado; o que faz alta a sua porta facilita a própria queda.”

Contendas são fáceis a começar e difíceis a terminar. Como um pequeno buraco numa barragem facilmente sai do controle da pessoa que o fez, uma pequena contenda cresce de tal maneira que ninguém consegue freá-la. “Como o abrir se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas” (Provérbios 17:14). A melhor maneira de resolver uma briga é não começá-la.

NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA

O que realmente vem a ser fama? Eu defino como o “desejo desenfreado de sair do anonimato”. Uma pessoa que deseja fama na verdade está buscando basicamente quatro coisas malignas, ou seja: O dinheiro, o sucesso, a publicidade e o glamour. Os quatro males que a fama traz.

Dinheiro: A raiz de todos os males                                                                                         Sucesso: Ser bem sucedido naquilo que faz;                                                                    Publicidade: Ser conhecido por muitos;                                                                                             Glamour:  Qualidade de ser atraente, charmosa.

Mas a Fama é algo que pessoas perseguem ao longo da história da humanidade e, talvez, este seja o ponto: a perseguição da Fama. Talvez um dos efeitos da Fama, seja a sensação de poder que ela sugere às pessoas, afinal ao longo da história humana a graduação de lideranças foi feita pelo valor do poder que determinada pessoa detinha em seus domínios.
Mas antes da fama todos são iguais, pessoas normais que desejam aquilo que na verdade não conhecem. Ao buscarem a fama que o mundo traz na verdade estão cavando a própria sepultura. Essa síndrome da busca desenfreada pela Fama faz com que muitos deixem de acreditar na capacidade, no empreendedorismo e em outros meios de conquistar vitórias em suas vidas, e acima de tudo deixam de acreditar na capacidade de Deus. A Bíblia é o maior manual de comportamento humano e é ela a boca de Deus que molda e conduz a vida daqueles que querem morar junto de Deus.

O PROBLEMA DO SUCESSO:- O espaço na mídia oferece a ilusão de que podemos obter sucesso imediato em todas as coisas, O segredo do sucesso é saber e fazer o que Deus requer. A Bíblia diz em Josué 1:8 “Não se aparte da tua boca o livro desta lei, antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.”

O ANONIMATO NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA

A Sabedoria é Melhor que a Força (9.13-18) - O próprio Qoheleth conhecia o valor relativo da sabedoria, embora tenha expressado o seu argumento a favor da sorte e da morte (11 e 12) de maneira tão vigorosa que alguém poderia não enxergar as qualificações que ele apresenta a seguir. Novamente o nosso filósofo e político lembrou de um incidente histórico no qual o significado foi grande (13) para ele (cf. 4.13-16). Uma pequena cidade (14) com poucos recursos para se defender foi salva do ataque de um grande rei porque vivia nela um sábio pobre (15). Aqui a sabedoria prova o seu próprio valor. Embora o homem fosse pobre e aparentemente não reconhecido como líder, ainda assim as suas sábias sugestões se provaram louváveis por seu povo e ele livrou aquela cidade pela sua sabedoria.

Mas o pobre e pessimista Qoheleth não consegue deixar um fato heróico e otimista ficar sem mancha; ele tem a necessidade de apontar para “a mosca na sopa” — ninguém se lembrava daquele pobre homem. Apesar disso, o valor da sabedoria vence no final: Melhor é a sabedoria do que a força (16), mesmo quando a sabedoria do pobre foi desprezada e as suas palavras não foram ouvidas.

Ao refletir sobre isso, Qoheleth diz que melhores são as palavras dos sábios [...] do que o clamor do que domina sobre os tolos (17) e também que melhor é a sabedoria do que as armas de guerra (18). 

Os versículos 17 e 18 incluem uma estrofe de quatro linhas que Qoheleth compôs ou copiou, pois ela expressa seus pensamentos muito bem. Moffatt a traduz assim:
As palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais do que os gritas de quem governa entre festeiros.Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só errante destrói uma boa estratégia.

A Simplicidade - O coração do Senhor nos torna simples, porque Ele quer se mover na simplicidade. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Quando andamos e agimos na simplicidade que há em Cristo, estreitamos nosso relacionamento com Deus. Esse tipo de relacionamento entre pais e filhos é algo muito saudável para o corpo porque é simples. Como filhos precisamos de coisas simples, assim como nosso Pai é. Precisamos do seu abraço, do seu afago, sentir o seu calor, ter o seu coração. Deus quer nos tratar como Ele trata a Jesus e quer que nos O tratemos como Jesus O trata. Um coração simples e serviçal abençoa tremendamente o corpo de Cristo.
“Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas sim aquele a quem o Senhor louva”. II Coríntios 10:18, - Que com o coração simples possamos fazer valer todo o projeto preparado por Deus para nós e sua Igreja.

O equilíbrio. No mundo contemporâneo, somos pressionados a sermos sempre os melhores em todas as coisas. O Evangelho, entretanto, oferece-nos a oportunidade de retirarmos de sobre nós esse fardo mundano (Mt 11 .30). Você não precisa viver o estresse de ser quem não é! Você deve tornar-se o que o Senhor o chamou para ser. Não tente provar nada a ninguém.

O Filho de Deus conhece-nos por dentro e por fora. Ele sabe as nossas intenções, pensamentos e desejos mais íntimos. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar fama. A ilusão midiática não passa disso — é apenas uma ilusão! Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem à fama, ao sucesso, à riqueza ou ao poder. Façamos o contrário, prostrando-nos aos pés de Cristo e fazendo do Calvário o nosso verdadeiro esteio. Se há alguma coisa em que devemos gloriar-nos, que seja na Cruz de Cristo (1 Co 2.2; Cl 6.14).

CONCLUSÃO

Aqui não vai nenhuma palavra de condenação de nossa parte, mas uma palavra de amor e de alerta. Cuidado!!!! Examine bem a sua situação, o seu ministério, a sua banda ou seja lá em que posição estiver. Se você caiu nessa armadilha, onde o que está lhe movendo a servir a Deus é algum desses três ingredientes, pare agora mesmo, mude de direção, submeta-se a Jesus que é a justiça de Deus, acerte sua vida com Ele agora mesmo.

Peça a Ele que lhe faça viver inserido no Seu reino e comece a mostrar aos outros que há um outro caminho para o sucesso, um caminho sobremodo excelente, traçado por Deus para os cidadãos do Seu reino.

Mas como vencer este mau do século? Como superar os males da fama? Quando Deus está em nós, então aprendemos a vencer todos os males dessa vida. Quando temos uma vida na presença do Senhor, então nos levantamos após uma luta e declaramos que maior é aquele que está conosco do que aquele que está no mundo.
Quando estamos na direção da palavra de Deus podemos vencer os males que a fama tenta nos dar para nos destruir.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

www.jesusvoltara.com.br
www.estudogospel.com.br
Comentário Bíblico Beacon

12 de setembro de 2012

AS DORES DO ABONDONO


AS DORES DO ABONDONO

Texto Áureo  = Deus faz que o solitário more em família; tira os cativos para a prosperidade; só os rebeldes habitam em terra estéril. (Sl 68.6).

Leitura Bíblica = Zacarias 1: 1; 8:1-3,20-23

9 -  Procura vir ter comigo depressa.

10 - Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia


10 - Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.

11 -  Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério.

12  - Quanto a Tíquico, mandei-o até Éfeso.

13 -  Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos.

14  - Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga segundo as suas obras.

15 - Tu, guarda-te também dele, porque resistiu fortemente às nossas palavras.

16 - Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram. Que isto não lhes seja posto em conta!

17 -  Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão.

18  - O Senhor me livrará também de toda obra maligna e me levará salvo para o seu reino celestial. A ele, glória pelos séculos dos séculos. Amém!

Introdução

A lição deste domingo aborta um tema de grande relevância na sociedade moderna. Diante do desafio do dia a dia, a igreja composta pelos membros e obreiros, devem estar atentos aqueles que por inúmeras situações podem ser abandonadas. O tema proposto requer de cada um de nós uma responsabilidade ainda maior com aqueles que podem se encontrar em situação de abandono.

Que o Espírito de Deus, de sabedoria a cada um dos seus servos para encontrar em nosso meio pessoas que necessitam de ajuda.

I. O ABONDONO FAMILIAR

A família é criação divina e, contudo uma obra de Deus. Quando criado por Deus o homem começou a sua trajetória na terra como solitário. Lembramos-nos do que disse Deus; “Não é bom que o homem esteja só”; (Gn 2.18). Deus viu a necessidade de o homem ter alguém com quem conversar dividir, conquistar etc. A necessidade não era apenas para permanência ou continuação da “espécie”, havia um pensamento divino sobre isso.

E disse Deus, não é bom que “este” homem esteja só. Na realidade o que Deus queria dizer, era que o homem não tem condição de estar só. O sentimento de solidão era a maior preocupação de Deus quando criou o homem e o fez habitar no seu jardim.

Contudo a criação divina não suportaria viver abandonado ou simplesmente incomunicável com outro semelhante. É comum ouvir que na criação o homem andava pelo Jardim de Deus, e observava todas as criaturas criadas por Ele, andarem com seus respectivos pares, isso é verdade. Na presciência divina aquilo que parecia normal, digamos assim, para Adão, não era normal para o SENHOR. A obra da criação só poderia ser completa e perfeita se nenhum item ficasse faltando. Surge a necessidade de se criar uma parceira ao homem, para que a solidão não o trouxesse o sentimento de abandono.

No mundo atual existem bilhões de pessoas que passam a maior parte de sua vida em uma sociedade onde a comunicação com outros semelhantes é considerada comum e normal. Alguns destes indivíduos, mesmo vivendo num mundo tão populoso vivem em estar em situação de solidão e abandono. Contudo não é o estar em meio a multidão, que nos torna mais ou menos solitários. É imprescindível que observemos algumas situações.

A= O auxilio familiar na ora da doença. É imprescindível que homem esteja atento aos seus familiares doentes. Não é raro ouvir que algumas pessoas foram abandonadas pelos seus familiares quando se encontram enfermas. Essas pessoas que muitas vezes estavam na igreja e participavam dos cultos, a partir do momento que se encontram enfermas, são esquecidas pelos “irmãos” e lembradas de vez em quando por um pedacinho de papel com os seguintes dizeres; “ o irmão... pede oração”. Quando muitas vezes ele precisa realmente é de uma visita do pastor, da dirigente do circulo de oração, ou de um membro qualquer que seja ele simplesmente precisa.

Quando entramos em uma tribulação, pois uma enfermidade se torna uma tribulação para quem esta passando por ela. Contudo a doença é agravada quando não se tem um apoio necessário. O sentimento de abandono pode agravar ainda mais. 

B= O vicio na sociedade moderna tem se tornado um desafio tanto para as autoridades responsáveis, quanto paras famílias. As drogas prejudicam em primeiro lugar a vida de quem usa e como consequência lógica. Numa família estruturada onde os pais acompanham a criação dos filhos. Onde existe uma supervisão dos pais, com padrões básicos de perguntas como; onde estão? Com quem estão? Onde moram? Como são os pais deste “coleguinha”? e ai por diante, dificilmente sofreram com este problema.

Como servos do SENHOR, podemos não saber de muitas coisas, mas temos a mente de Cristo, e sabemos que quando orientamos os nossos filhos na direção certa, a obrigação de ensinar cabe exclusivamente sobre aos pais. Nos dias hodiernos a educação dos filhos tem passados para escolas e professores. Como professor sei que muitos que saem da faculdade não são aptos se quer para educar os seus próprios filhos. A escola existe para transmitir conhecimento, ensinar aos pequenos a ler, escrever etc. A educação propriamente dita é dada no seio familiar, deste a menor idade até a fase adulta.

Educar é uma tarefa árdua e exaustiva, e requer um esforço redobrado quando queremos que nossos filhos sejam fieis ao SENHOR. Uma família desestrutura, tem uma grande possibilidade de gerar filhos desestruturados, e com isso vítimas frágeis diante dos vícios.

C= Na velhice, a melhor idade é um momento crucial na vida de todo o ser humano que consegue alcança-la. A expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando nas últimas décadas. Estamos vivendo mais e melhor. Com o crescimento dos números de pessoas com mais de sessenta anos, surgiu uma preocupação pouco relevante nos séculos passados, que é o cuidado com os velhos.

 A questão familiar já era uma preocupação nos tempos bíblicos, cuidar daqueles que cuidaram dos seus (Ef 6.1-3). Não é novidade em nosso meio, casos de pessoas idosos abandonados em asilos ou nas chamadas casas de repousos. Esses que na maior parte de suas vidas se dedicaram na criação dos filhos, hoje se encontram em situação critica de miséria e abandono. Vivemos no meio de uma geração corrupta e sem amor ao próximo, numa sociedade privada da dedicação e amparo.

Conheci um casal, destes onde um filho abandonou a mãe numa cada de repouso, porque a velhinha não “cabia em sua vida”. O que impressiona é a deslealdade a que  submetem o ser humano. É claro que nem todos agem da mesma forma, ou se comportam igual. Existem aqueles que prezam pelo bem estar dos seus.

Contudo existem aqueles senhores e senhoras, que mesmos possuidores de cuidados pela idade que possuem, preferem viver muitas vezes em suas casas, onde criaram seus filhos. Estas pessoas que por sua particularidade, preferem viver em seus domicílios onde possuem “liberdade”.

 Diante deste fato não se pode, principalmente em nosso meio, a desculpa de não sobrou tempo para visitar o pai, a mãe, um parente ou até mesmo um amigo. Precisamos estar atentos esta ocorrendo ao nosso derredor. 

A igreja chamada “primitiva” tem muito a nos ensinar, quando por sua vez os apóstolos estavam preocupados com pregação da palavra, existia uma classe de pessoas desamparadas e isso acontecia dentro da igreja. “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária”(At 6.1).  Neste texto a palavra esquecida se aproxima do sentido abandonada. Na distribuição diária de alimentos que ocorriam entre os irmãos havia uma classe de pessoas que simplesmente não estavam fazendo parte do rol dos beneficiados. As viúvas esquecidas não tinham quem lutasse por elas, até aquele momento. Pense nisso, muitas vezes envolvidos em muitas ocupações esquecemos alguns que necessitam de um amparo.

II O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFICEIS.

A= O desemprego é um dos fatores sociais que mais trás consequência na vida de um ser humano. Diante do fato do desempregado, ter em sua maioria uma família pra sustentar, ele esta por sua vez sem o amparo do salário mensal. Por menor que seja este salário o individuo consegue organizar as suas dividas e contornar o mês sem muitos contratempos. Por outro lado o desemprego desencadeia uma série de consequências inimagináveis. Começa pela alta estima do individuo, que dependendo do grau de formação, e a idade, pode ser maior ou menor conforme cada pessoa.

Mas o fato de estar desempregado gera o transtorno financeiro, que além de prejudicar a vida cotidiana, prejudica a relação entre os que estão vivendo esta situação. Portanto o desemprego gera um grande desconforto entre os que passam por esta situação.

Muitas famílias entram em colapso por causa de uma demissão não esperada. E é neste momento que muitas vezes faltam os amigos, vizinho e até mesmos os parentes. E quando se trata de um lar cristão, os irmãos devem estar atentos às condição financeira  (Gl 6.10).

É possível que muitos dos irmãos que passem por dificuldades financeiras podem ser esquecidos pela igreja. O abandono nesta situação pode gerar um trauma na vida espiritual destas pessoas.

B= A igreja deve ser o lugar onde o abandono deveria ocorrer com menor frequência. Mas isso é algo ainda a ser superado em muitos lugares. As reuniões que ocorrem na igreja, muitas vezes não se conseguem enxergar os problemas que cada irmão esteja passando. Mas estas pessoas em hipótese nenhuma podem ser abandonadas. Deve haver departamentos que cuidam destas pessoas dentro da casa do SENHOR. Quanto maior for a igreja, maior será o número de pessoas que podem se sentir abandonadas. Lembramos-nos das palavras de Jesus que disse; “Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.” ( Mt 25.39)

III O DEUS QUE NÃO ABANDONA

Diferentemente da ação do homem em relação ao seu semelhante, encontramos um Deus que se preocupa com os seus. Diante de toda sorte de desfavores o  nosso SENHOR sempre está presente. Encontramos nos textos bíblicos muitos personagens que por estarem na dependência exclusiva de Deus conseguiram suportar as angustias. O nosso SENHOR sempre aparece nos momentos mais difíceis, como foi no caso de Elias. O profeta que se encontrava numa situação de extrema dificuldade espiritual, num momento de crise ministerial ( 1 Rs 19), procurou com toda sua força uma saída para aquela situação.

Mas Deus sempre tem a resposta certa no momento certo. Deus esperou Elias ponderar todas as suas críticas, suas angustias, todos seus problemas (vers 14). A voz do SENHOR ecoou dentro da caverna; “o que fazes aqui Elias,” o profeta não teve uma resposta convincente. No momento em que Elias se sentia abandonado, o SENHOR se apresenta a ele como uma mensagem de animo, dizendo que deveria continuar a sua jornada, deveria sair da caverna (vers. 15).

Quantos que encontramos no decorrer da nossa vida, ou até nos mesmos, que possuem uma caverna para se  esconder do mundo, dos problemas, das dificuldades. A caverna é o lugar onde o homem se encontra só, mais é nestes lugares que Deus se revela como o operador de maravilhas.

Quando o homem faz a vontade do nosso SENHOR, Ele próprio cuida com     maior zelo daqueles que o temem (Sl 103.13). Por isso Ele sempre se apresenta para socorrer-nos mais complicados da nossa vida.

Conclusão

A segurança divina garante ao homem uma sustentabilidade inigualável. No mundo podemos até mesmos estarmos só, mas nunca estaremos  abandonado. Jesus certa vez disse; no mundo tereis aflições, mas devemos ter bom animo. Toda luta tem uma data marcada por Deus para terminar. Você pode estar saindo de uma situação difícil onde experimentou as mais complexas realidades. Contudo temos um Deus nos céus que sempre este pronto a socorrer-nos nos momentos mais difíceis.



Evang. Juarez Alves Pereira
Assembléia de Deus
Bairro Parque nova Dourados