12 de maio de 2015

PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE



PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE

Texto Áureo =”‘E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se Levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.” (Lc 7.16)

Verdade Prática = Ao curar os enfermos e dar vida aos mortos, Jesus demonstrou o seu poder messiânico e provou também o amor de Deus pela humanidade caída.

LUCAS 4.38,39; 7.11-17

A Secularização da Fé

“É impossível usar a luz elétrica e o telégrafo sem fio, e beneficiar-se das modernas descobertas médicas e cirúrgicas, e ao mesmo tempo acreditar no mundo de (...) milagres do Novo Testamento”. Estas palavras não foram ditas por um ateu, mas por um dos mais conceituados teólogos liberais da Alemanha, Rudolf Bultmann (1884-1976).

Bultmann não está sozinho na sua posição. Dezenas de outros teólogos também compartilham de seu pensamento. Recentemente o teólogo liberal Jonh Shely Spong escreveu:

“Partindo do princípio de que não considero Deus um “ser”, não posso também interpretar Jesus como a encarnação desse Deus sobrenatural, nem posso assumir com credibilidade que ele possua poder divino suficiente para fazer coisas tão miraculosas quanto acalmar as águas do mar, expulsar demônios, andar sobre a água ou multiplicar cinco pães para alimentar cinco mil pessoas. Se tivermos que reivindicar a natureza divina desse Jesus, terá que ser sobre outras bases.

Milagres da natureza, estou convencido, dizem muito sobre o poder que as pessoas atribuíram a Jesus, mas não dizem nada sobre o que ocorreu literalmente.”

“Não creio que Jesus”, continua Spong, “pudesse ressuscitar os mortos, curar pessoas cuja paralisia já fora diagnosticada pela medicina, restaurar a visão dos cegos de nascença ou daqueles que perderam a visão por outra causa, nem acredito que ele tenha feito literalmente tudo isso. Também não creio que ele fez ouvir alguém surdo e mudo de nascença. Histórias de cura podem ser vistas de diversas formas. Considerá-las sobrenaturais ou milagrosas, em minha opinião, é a possibilidade de menor credibilidade”.

As obras de Bultmann e Sporig procuram provar que milagres não existem. Para entendermos o pensamento desses teólogos liberais será preciso recuarmos no tempo, mais precisamente aos séculos XVII e XVIII. 

Foi durante esse período da história que a cultura ocidental experimentou o que os filósofos denominam de mudança de paradigma.

A visão de mundo aceita até então, era aquela dada pelo catolicismo medieval. As explicações para os fenômenos cosmológicos não eram dadas por físicos e matemáticos, mas pelos teólogos da Escolástica.

As novas descobertas nos campos da física e da matemática passaram a se contrastar com a cosmovisão católica.

Em 1637, o matemático Rene Descartes (1596-1650) lançou a sua famosa obra intitulada: Discurso do Método. Nesse livro, Descartes propunha um novo método de investigação dos fenômenos naturais que fosse muito além do que ele considerava como meras especulações teológicas. Descartes elegeu a dúvida como seu método de investigação. Ele passou a duvidar de tudo e somente aquilo que não admitisse mais dúvida, depois de acurada investigação, deveria ser aceito como verdade absoluta.

Essa nova visão de mundo idealizada por Descartes, também denominada de cartesianismo ou cientificismo, marcou o fim da cosmovisão medieval e o início da Modernidade. Com as descobertas das leis físicas que regem o Universo feitas por Isaac Newton (1642-1727), o paradigma moderno se consolidou. No século XVIII, um movimento cultural europeu denominado de Iluminismo tomou para si como dogma essa nova concepção de mundo.

A partir dessa nova visão de mundo, somente o que poderia ser explicado racionalmente, isto é, o que pudesse ser objeto de pesquisa e mensurado empiricamente deveria ser aceito como verdade absoluta, Nada que não passasse pelo crivo da razão podia ser aceito como verdade, Dentro desse contexto as narrativas religiosas ou bíblicas, por não se enquadrarem nesse novo modelo, não deveriam ser tidas como verdades absolutas. Estava aberta a porta para o criticismo bíblico!

Como vimos, essa visão de mundo teve um impacto enorme sobre as igrejas européias, especialmente as protestantes. Através das academias e seminários teológicos, uma onda de incredulidade varreu as igrejas européias e posteriormente as americanas.

O cristianismo secularizado passou a usar a razão para explicar as narrativas bíblicas e não a fé como mostram os Evangelhos. Voltarei a tratar com mais detalhes sobre esse modelo cultural no capítulo 13.



Milagres Existem?

Em seu livro Um Judeu Marginal, o teólogo John Meier faz uma excelente apologia em favor da ocorrência de milagres nos dias atuais, Para Meier há três formas de se conceituar um milagre:

1) um evento incomum, surpreendente ou extraordinário que, em princípio, é perceptível a qualquer observador interessado e imparcial;

2) um evento que não encontra explicação razoável nas habilidades humanas ou em outras forças conhecidas que agem em nosso mundo de tempo e espaço, e

3) um evento resultante de um ato especial de Deus, fazendo o que nenhum poder humano consegue fazer.

Meier evita o conceito de milagre como sendo um evento que ultrapassa, transgride, viola ou contradiz “as leis da natureza” ou a “lei natural”. Isso ele faz acertadamente para evitar cair no mesmo erro no qual incorreram os teólogos liberais. Como filha legítima do Iluminismo alemão, a teologia liberal também abraçou a ideia de que o Universo era regido por leis naturais fixas e invioláveis. De acordo com essa visão de mundo, um milagre é algo impossível de acontecer porque Deus não iria quebrar leis que Ele próprio criou. Milagres, portanto, não existiriam,

Meier escreve: “A noção filosófica de que o curso suave da ‘natureza’ é regulado por leis imanentes não encontra paralelo direto na vasta maioria dos livros do AT escritos em hebraico. A partir do primeiro capítulo do Gênesis, o mundo criado emerge do caos e o tempo todo para lá tende a retornar. Somente o poder criativo de Deus, e não as leis ‘naturais’ inerentes às realidades de tempo e espaço, impede que o mundo volte a cair na desordem. Deus dá ou impõe leis às suas criaturas; tais leis não surgem ‘naturalmente’ das criaturas, por causa de sua própria essência.”

Meier observa ainda que essa concepção de uma “natureza” (phisis) autônoma que governa o universo é uma ideia herdada do platonismo e incorporada posteriormente à teologia cristã. No entanto, observa ele, “mesmo em Filon de Alexandria, que refletia o platonismo grego, a ‘natureza’ é entendida à luz da tradição do AT, ou seja, como ‘criação’, que é feita e governada pela palavra e sabedoria de Deus. A natureza não é uma realidade autossuficiente que funciona de acordo com suas próprias leis inerentes e invioláveis, não uma realidade identificável, em última análise, com o próprio Deus”.


Foi fundamentado na concepção de mundo mecanicista e não na Bíblia que Rudolf Bultmann e mais recentemente John Sheley Spong construíram suas teologias acerca dos milagres. Com o advento da física quântica e seu princípio da incerteza de Wemer Heisenberg essa concepção de mundo, que vê o universo apenas como uma máquina vem sendo abandonada pela comunidade científica. As descobertas da física quântica mostram que as leis fixas do universo são válidas para o macrocosmo mas não para o microcosmo do mundo subatômico.

Em palavras mais simples, o universo não pode mais ser explicado somente a partir de leis fixas e imutáveis como apregoavam os filósofos do Iluminismo. A mesma ciência que armou os teólogos liberais com a física mecanicista agora os desarma com a física quântica. Trocando isso em miúdos — a ciência contemporânea não pode afirmar nem tampouco negar a existência de um milagre. Isso é competência da teologia!

Uma Resposta ao Secularismo

O movimento pentecostal surge em um contexto onde os crentes mais devotos, insatisfeitos com a secularização do cristianismo institucional, buscam novamente o fervor dos primitivos cristãos. Muitos movimentos periféricos passaram a apregoar a necessidade de uma vida mais profunda. Dentre eles se destaca o Movimento Holiness (Santidade) que atingiu as igrejas norte-americanas em torno de 1880.

Foi oriundo desse Movimento de restauração que veio Charles Fox Parham e William J. Saymour. Posteriormente Daniel Berg e Gunnar Vingren, que haviam aderido ao movimento em 1906. Eles trouxeram a mensagem pentecostal para o Brasil. Os milagres vieram juntos.

Milagre no Seringal

Atualmente o pastor José Veras Fontinele pastoreia a igreja Assembléia de Deus na cidade de Piripiri ( PI ). Ele é um dos poucos herdeiros ainda vivo desse pentecostalismo clássico. Seus cabelos brancos, voz rouca e pele enrugada são sinais físicos de longos anos de dedicação ao ministério pastoral. Na casa dos oitenta anos, o pastor Fontinele, como é conhecido entre os amigos, é um homem que demonstra muita lucidez.

Conheci o pastor Fontinele há mais de vinte anos e desde então aprendi a admirá-lo e respeitá-lo como um dos líderes mais honrados de nosso estado. Homem de caráter e reputação ilibada que sempre procurou viver sem mascaramefltos o evangelho de Jesus. Suas poucas palavras, porém carregadas de sabedoria, fizeram com que os seus pares sempre parassem para ouvi-lo.
Pois bem, a história desse pioneiro do pentecostalismo piauiense é marcada por uma série de fatos miraculosos, mas um deles me chamou a atenção — a cura de uma doença incurável que ele havia contraído ainda na sua mocidade. A história me foi passada por um amigo e desde então eu aguardava uma ocasião própria para ouvi-la da sua própria boca.

Certa vez nos encontrávamos em um conclave de pastores em uma das cidades piauienses do sul do estado. Ao vê-lo e cumprimentá-lo expus o meu desejo de ouvir a história que terceiros me haviam repassado. Sem demonstrar enfado ou cansaço, nem tampouco se sentir incomodado, ele narrou o que se segue.

Contou-me que ainda muito jovem e ainda não convertido ao evangelho, adoeceu e quando um médico foi consultado, o diagnóstico não poderia ser mais devastador — ele havia contraído tuberculose, Nessa época, próximo dos anos cinquenta, observou ele, era constrangedor possuir um “tuberculoso” na família. 

Mesmo sendo bem jovem, mas não querendo ser um embaraço para a família, ele resolveu então secretamente sair de casa e migrar para a região Norte do país. O estado escolhido foi o Acre, onde iria tentar trabalhar no seringal.

Chegando ao seringal foi morar em uma vila onde a principal cultura era o extrativismo da borracha. Ali chegando, a doença começou a dar sinais mais fortes de sua presença, sendo que alguns sintomas, dentre eles a tosse passou a se manifestar de forma mais aguda. A comunidade ficou ciente da sua doença. Foi então que certa vez, quando ele se encontrava em um comércio local que urna senhora o interpelou: “Fontinele, porque você não faz um voto com Jesus para que ele o cure dessa doença?” E completando, disse: “Quando Ele te curar, então você o recebe como Salvador de sua vida.

O pastor me informou na sequência que aquela mulher fazia parte de uma igreja evangélica pentecostal do povoado e que os pentecostais tinham por hábito fazerem três cultos domésticos em suas residências. Foi para participar de uma dessas reuniões que ele fora convidado por aquela simpática senhora. Quando recebeu o convite, o pastor se limitou a pensar com incredulidade como poderia uns pecadores daqueles curarem alguém. Mas não tendo nada a perder, aceitou o convite.

Chegando à residência para onde fora convidado e adentrando no recinto, encontrou algumas pessoas de joelhos e orando em alta voz. A sua presença logo foi percebida pela dona da casa, a mesma que o havia convidado, Interrompendo a reunião, ela informou a razão da presença daquele jovem à reunião deles, Disse também que Fontinele havia se comprometido que tão logo ficasse bom, serviria ao Senhor Jesus. Demonstrando muita ousadia, confiança e fé, aquela senhora perguntou quantos dos presentes acreditavam que Jesus iria curar o jovem! Todos responderam em uníssono que criam na sua cura.

“Quando aquela mulher orou por mim”, contou-me o veterano pastor, “vi línguas de fogo saindo de sua boca”. Foi então que ele passou a perceber a presença de um ser angélico vestido de branco aproximar-se dele. Aquele varão trazia na mão um vasilhame cheio de azeite quente. Ao tocar-lhe, o ser de branco fez com que ele ficasse reclinado a fim de que o azeite pudesse ser despejado em sua boca.

Ao abrir a boca, Fontinele sentiu o azeite descendo pela sua garganta e à medida que o óleo quente entrava em seu interior ele começou a transpirar por todos os poros!

Quando aquela senhora terminou a oração, ele se sentiu totalmente curado! Com os olhos marejando em lágrimas, o pastor Fontinele contou-me que no dia seguinte todos os sintomas da doença haviam desaparecido. Meio século já se passou desde aquela cura milagrosa e ele continua ainda curado!

Jesus e o Poder sobre as Doenças e a Morte

No Evangelho de Lucas encontramos vários relatos de curas milagrosas e de pessoas sendo ressuscitadas. Não há por parte do evangelista a preocupação de provar que milagres existem. As fontes as quais ele pesquisou e as pessoas as quais consultou detalharam o que ouviram e viram Jesus fazer. Jesus não curava e ressuscitava as pessoas de entre os mortos para provar alguma coisa. Antes ele as curava por ser o filho de Deus.

Missão Messiânica

Lucas parte do princípio de que Jesus é o Messias prometido nas Sagradas Escrituras e que Ele havia sido capacitado pelo Espírito Santo para realizar as obras de Deus  (Lc 4.16-18; Is 61.1,2). Mais uma vez a teologia carismática de Lucas fica em destaque. Na cura do paralítico de Cafarnaum, Lucas destaca que “o poder do Senhor estava com ele para curar” (Lc 5.17).

O poder do Senhor é um sinônimo para a unção do Espírito Santo (At 10.38). Por outro lado, na ressurreição do filho da viúva de Naim, Lucas observa que o povo exclamou: “Grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o seu povo” (Lc 7.16). Não há dúvida de que esse grande profeta é uma referência messiânica encontrada em Deuteronômio: “Suscitar-lhe-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar” (Dt 18.15-19).

As curas e milagres de ressurreição de mortos efetuados por Jesus, portanto, faziam parte da sua revelação messiânica e a demonstração da compaixão e do amor de Deus. “E aconteceu, pouco depois, ir ele à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus djscipulos e uma grande multidão. 

E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de intima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc 7.11-16).

A Manifestação do Reino de Deus

Os milagres de Jesus na perspectiva lucana devem ser também entendidos como a manifestação da vinda do reino de Deus. Em Lucas, a expressão “Reino de Deus” deve ser entendida como sendo o domínio de Deus (Lc 17,20,21).

Ao curar os enfermos e ressuscitar os mortos, Jesus demonstrava que o Reino de Deus havia chegado: “Também os enviou a pregar o reino de Deus e curar os enfermos” (Lc 9.2); “Falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura” (Lc 9.11). No Evangelho de Mateus essa mensagem acerca do reino de Deus, além da cura dos enfermos envolve também a ressurreição dos mortos (Mt 10.8).

É uma verdade bíblica que as doenças e a morte existem por causa da entrada do pecado no mundo. Isso não significa dizer que toda e qualquer doença fosse resultante de um pecado pessoal. Os evangelhos mostram que haviam doenças que poderiam advir como consequência de um pecado pessoal, como no caso da cura do paralítico no tanque de Betesda ( Jo 5.14, veja também I Co 11.27-31).

Mas nem todas as enfermidades e doenças estavam necessariamente associadas a algum tipo de pecado ou punição pessoal (Jo 9.1-3).

No caso do cego do capítulo nove do Evangelho de João, Jesus afirmou que nem o doente nem seus pais haviam pecado para que ele nascesse cego! Em outras palavras, a lei de causa e efeito do pecado e suas consequências não pode ser aplicada aqui para explicar a razão da cegueira daquele homem. O certo é que a sua cegueira existia, não como consequência de um pecado pessoal, mas em razão da queda! O relato da cura do paralítico de Cafarnaum é emblemático no evangelho de Lucas (Lc 5.17-26).

“E aconteceu que, em um daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados fariseus e doutores da lei que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e da Judeia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar.

E eis que uns homens transportaram numa cama um homem que estava paralítico e procuravam fazê-lo entrar e pô-lo diante dele, E, não achando por onde o pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado e, por entre as telhas, o baixaram com a cama até ao meio, diante de Jesus. E, vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, os teus pecados te são perdoados. E os escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, respondeu e disse-lhes: Que arrazoais em vosso coração? Qual é mais fácil? Dizer:
Os teus pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra poder de perdoar pecados (disse ao paralítico), eu te digo: Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa. E, levantando-se logo diante deles e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa glorificando a Deus. E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus, e ficaram cheios de temor, dizendo: Hoje, vimos prodígios (Lc 5.17-26).

Antes de tratar do problema fisico do paralítico, Jesus primeiramente tratou da sua alma. O texto não nos permite deduzir que esse homem encontrava-se assim em razão de algum pecado pessoal. Mas por outro lado, o contexto não deixa dúvidas de que aquele pobre moribundo, além da doença fisica também carregava consigo a culpa. De outra forma não teria sentido as palavras que Jesus dirigiu a ele: “Os teus pecados te são perdoados” (Lc 5.23). O seu estado demonstrava que a sua necessidade imediata era de cura e não de perdão, mas o Senhor não o viu assim. Antes resolveu o problema da culpa, dando-lhe uma palavra de perdão e somente depois cuidou também de curar o seu corpo: “Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa” (Lc 5.23).

A Cura e a Expiação

Esses milagres efetuados por Jesus durante o seu ministério público estavam, sem dúvida alguma, associados à sua missão vicária. Dizendo isso de uma outra forma, o testemunho dos Evangelhos é que Jesus levou sobre si as nossas doenças e enfermidades. Isso significa dizer que a cura faz parte da expiação (Mt 8.16-17).

E, chegada à tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele, com a sua palavra, expulsou deles os espíritos e curou todos os que estavam enfermos, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças” (Mt 8.16,17).

Ao afirmar que a cura faz parte da expiação, não significa dizer que todos serão curados. Da mesma forma, nem todos vão ser salvos embora a salvação também faça parte da expiação. A santidade do crente também foi conquistada na cruz. Ela, portanto, faz parte da expiação, embora nem todos vivam santamente. E paradoxal, mas é bíblico.
A doutrina da expiação de Cristo nos dá uma base segura para crermos na salvação da nossa alma e na cura de nosso corpo. Todas as bênçãos de Deus para nós, providas por Cristo, foram possíveis através de seu sacrifício vicário. Não há bênção fora da expiação!

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lucas – O Evangelho de Jesus, O Homem Perfeito, Pr José Gonçalves- CPAD


PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE



PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE

Texto Áureo =”‘E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se Levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.” (Lc 7.16)

Verdade Prática = Ao curar os enfermos e dar vida aos mortos, Jesus demonstrou o seu poder messiânico e provou também o amor de Deus pela humanidade caída.

LUCAS 4.38,39; 7.11-17

INTRODUÇÃO

Milagre é uma palavra cuja etimologia comporta outros vocábulos, como prodígio, maravilha e sinal, que se referem ao assombro e espanto causados por evento incomum ou inexplicável. E um acontecimento ou um efeito no mundo físico, separado das leis da natureza.

Em seu ministério terreno, o Senhor Jesus também se apresentou aos homens como o Médico por excelência. Curou toda sorte de doenças e enfermidades e foi além, fazendo o que nenhum médico seria capaz: ressuscitou os mortos.

Curou sem fazer qualquer exame prévio. Não enviou Seus clientes a qualquer laboratório. Nunca pediu prazo para operar a cura, Nunca tomou muito tempo de qualquer doente. Nunca ordenou que voltassem mais tarde. Não lhe importava a gravidade da doença, ou o tempo que atacava o doente. Curava com um toque, com um gesto, com uma palavra. Por isso merece sempre ser chamado de MÉDICO DOS MÉDICOS.

A ORIGEM DAS ENFERMIDADES

0 Pecado = Não havia enfermidade no mundo, antes que houvesse pecado.
Uma das trágicas conseqüências do pecado foi precisamente o aparecimento de dores e enfermidades. A primeira vez que a Bíblia menciona a palavra DOR, o faz em conexão direta com o problema do pecado.

Não existe uma cidade no mundo que não disponha de cemitérios, hospitais, médicos, farmácias. Somente no ano de 1977 cerca de 37.059.782 pessoas foram atendidas nos milhares de hospitais disponíveis nos Estados Unidos da América do Norte. Apesar disso, cerca de 962.340 morreram somente de enfermidades vasculares. Tal problema somente cessará definitivamente quando o pecado for erradicado completamente deste planeta.



Outras Causas

Além destas razões genéricas, existem outras causas específicas de enfermidades tais como a hereditariedade, a negligência nos deveres sanitários, uma epidemia de grande porte, etc.

A Bíblia chama o nosso atual corpo de corpo mortal. Enquanto o possuirmos estaremos sujeitos a enfermidades, até que recebamos um corpo glorioso, superior e não suscetível de qualquer sofrimento. Até lá, busquemos a cura na fonte real, o Senhor Jesus.

EM QUE CONSISTE UM MILAGRE

1. Diferença entre o dom de fé e um milagre. A operação do dom de fé tem algo semelhante a um milagre. Ambos, porém, se distinguem no seguinte aspecto: O primeiro atina sem que, às vezes, seja visto o seu efeito instantâneo, enquanto que o segundo tem efeito imediato.

2. Diferença entre os dons de curar e a operação de milagres. Quando Jesus disse a Pedro... “Vai ao mas, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo lhe a boca, acharás um estáter. Toma o e entrega-lhes por mim e por ti” (Mt 17.27), aí ocorreu o milagre, evidenciado pelo aparecimento da moeda de que falou o Senhor. Este feito maravilhoso não tem relação alguma com os dons de curar.

FINALIDADES DOS MILAGRES DE JESUS

Os milagres de Jesus visavam a salvação das almas e a glória de Deus.

1. O milagre que Jesus não operou. Houve milagres no Antigo Testamento, inclusive para castigo, realizados por Moisés, no Egito (Ex 7.12-14); filias, que mandou descer fogo do céu para consumir as tropas do rei Acazias (2 Rs 1.9-14); Elizeu, para castigar os rapazes que zombaram dele (2 Rs 2.23,24).

Jesus não operou algum milagre desta natureza. Pelo contrário, quando os samaritanos lhes negaram hospedagem e “Tiago e João perguntaram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?” Jesus, os repreendeu, e disse: “Vós não sabeis de que espírito sois. Pois o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las” (Lc 9.52-56).

2. A operação de milagres não exclui a fé. À semelhança da cura pela fé, o milagre depende tanto da confiança do que ministra como das promessas envolvidas. A incredulidade que impede a manifestação dos dons de curar também impossibilita a operação de milagres.  Foi o que aconteceu no ministério de Jesus, conforme o relato de Mateus sobre o que ocorreu entre os habitantes de Nazaré: “E ele não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles” (Mt 13.58).

É provável que Cristo tenha ensinado isto a todos os seus ouvintes. Talvez, por isso, lemos: “E quando se aproximava da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto” (Lc 19.37).

3. Os milagres de Cristo foram a confirmação do seu ministério. Constituem as credenciais do seu ministério espiritual e divino. São o prenúncio de uma redenção universal a ser realizada pelo Filho de Deus. Pedro, ao pregar no dia de Pentecoste, disse que “Jesus, o Nazareno, foi varão aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais” (At 2.22). Isto nos ensina que os feitos maravilhosos de Cristo visavam a glória de Deus e o retorno da criatura ao Criador. Certamente, por isso, a observação do Senhor: “...credes nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai” (Jo 10.38).

CURAS, SINAIS, E MARAVILHAS

É imprescindível conhecermos as definições de alguns termos para entendermos de forma mais ampla tanto a profundidade do evento quanto a diferença que existe quando nos referimos aos milagres operados pelo Criador. Vejamos:

A cura

O grego do Novo Testamento apresenta muitas palavras que descrevem os processos de cura. Vamos nos deter apenas em três principais. São elas: “iasis” - que descreve o ato de curar (Lc 13.32); “therapeúo” - que significa curar, honrar. É dessa palavra que se deriva a palavra terapia (Lc 9.11); “iáomai”- que é um termo muito mais completo, pois não engloba somente a cura física, mas inclui ser livre de pecados, ou ser salvo (At 10.38). Neste sentido, a cura se manifesta tanto como um dom na vida dos cristãos, quanto como um direito legal outorgado pelo sacrifício vicário de Jesus Cristo.

Um milagre jamais nasce de cálculos racionais, ele sempre está ligado a uma atitude de fé (Hb 11.1-3). O SirioNaamã, não mergulhou sete vezes no Jordão porque foi convencido pela medicina; Paulo teve que ver algo extraordinário diante de si para abandonar todo o curso de sua vida e seguir aqueles a quem tinha por hereges.

O significado de um sinal Divino

A palavra sinal vem do grego “simeion” que indica a marca do poder sobrenatural de Deus, é o selo pelo qual uma pessoa é conhecida, ou se distingue das demais (Mt 12.38; 16.1,4). Esse termo “simeion” é usado para exemplificar um prodígio de maneira incomum e que transcende o natural (At 6.8). Deus realiza sinais para autenticar a missão daquele a quem enviou.
Quando Moisés foi comissionado por Deus para livrar Israel do Egito, ele apresentou para Deus sua dificuldade: “mas eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz” (Êx 4.1). Os milagres credenciavam tanto Moisés quanto sua mensagem (Êx 3.20; 4.11-21).

Maravilhas

“E disse o SENHOR a Moisés: Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão” (Êx 4.21ª). Em grego se utiliza o vocábulo “terás” para maravilhas, esse é um adjetivo que sempre é usado no plural. “Terás” descreve algo estranho, que deslumbra ou assombra ao espectador, e cuja procedência se atribui a um ato Divino. É conhecido de todos os estudiosos que a operação de maravilhas está alicerçada somente na fé de quem tem sobre si esse dom ou qualificação Divina, o qual dispensa a fé do beneficiado. Quem será que não se assombrou ao ver um caminho no meio do mar e dois muros feitos de água, como se houvesse uma mão a segurá-lo até que todos estivessem a salvo?

Existem expositores que afirmam que os milagres já se encerraram, e que duraram até a era apostólica. Eles afirmam que hoje não é mais precisomilagres, porque o povo já tem toda a revelação que precisa para crer no Senhor. As Escrituras não ensinam que os milagres cessariam com os apóstolos, Jesus disse que faríamos obras maiores (Jo 14.12). Tanto os sinais quanto a salvação pertencema promessa de Jesus no texto de Marcos 16.16-17.

COMPREENDENDO O PODER SOBRENATURAL DE DEUS

Jesus nos deixou como herança uma igreja que evangelizava e que estabelecia seu reino usando um poder sobrenatural como ferramenta principal e inseparável. Mas infelizmente, com o passar do tempo, algumas ideias humanas foram sendo introduzidas na igreja, e esse poder sobrenatural foi posto de lado (Lc 10.9,19).

Vejamos:  Todos os movimentos cristãos, sem importar sua denominação, começaram com uma visitação sobrenatural de Deus, se isso não ocorresse jamais teriam impactado o mundo.
Mas onde se encontra esse poder hoje? Quantos ainda desfrutam dele? O que aconteceu? Parece que com o passar do tempo o carnal substituiu o espiritual (Gl 3.3).

O que significa o poder de Deus (At 1.8)

No grego a palavra poder é “dunamis”, que também significa: força poderosa, potência ou habilidade inerente ao poder. “Dunamis” é a capacidade de realizar milagres. É o poder de Deus, a Sua habilidade sobrenatural, Seu poder explosivo, Seu poder milagroso. Atualmente, muitas igrejas se mostram negativas a esse poder, porque uma grande soma de cristãos do nosso século jamais presenciou um milagre físico ou uma obra sobrenatural. 

As metodologias humanas estão substituindo o “dunamis” de Deus, e o resultado é: estamos gerando cristãos sem uma experiência sobrenatural, pessoas enfermas, fracas, e oprimidas em nosso meio. O que nos difere das demais religiões é a mensagem de poder e impacto (Mt 12.24; Mc 6.7; Rm 1.16; 2Col0.4).

Deus se revela no espírito

Quando falamos do sobrenatural devemos ter em mente o nível em que Deus habita. Milagres para Deus são coisas comuns, nós os denominamos como milagres porque nosso nível está totalmente abaixo daquele em que o Criador está. Só existe uma maneira de viver de forma diferenciada, é se ajustando ao nível em que Ele está. Quando o Senhor conduziu Ezequiel ao vale de ossos secos, Ezequiel foi levado em espírito (Ez 37.1). Deus o colocou num nível elevado para que visse aquilo que aos olhos carnais jamais entenderia. Ezequiel viu o império da morte, mas no nível em que estava proferiu a palavra de vida (Ez 37.2-11). Não podemos discernir Deus com cálculos humanos. Deus é espírito, e é no espírito que Ele se revela (Jo 4.24).

O propósito do poder sobrenatural de Deus.

O poder de Deus foi repartido a Sua Igreja para propósitos sérios e específicos que estão diretamente relacionados à propagação de seu Reino na terra (lJo 2.20,27). Devemos lembrar que a “unção” representa para todos nós uma grande responsabilidade. Quando uma pessoa é investida de autoridade, deixa de ser uma pessoa comum e passa a ser vista de forma diferente pelos demais. Essa “unção” lhe dará uma autoridade que antes não possuía, e caso venha usá-la de forma indevida, tanto poderá trazer sérios danos para si quanto para os demais. Noé foi chamado por Deus para salvar o mundo e sua missão foi construir uma arca. Mais tarde plantou uma vinha, com o vinho produzido se embebedou e amaldiçoou seu filho. Quando foi responsável salvou o mundo, quando foi irresponsável amaldiçoou sua família (Gn6.17-18; 9.21-25). Lembre-se: Unção não é autopromoção é responsabilidade!

A Autoridade Espiritual Dada por Cristo

Uma sólida compreensão de autoridade espiritual é vital para construir a sua fé quando expulsando demônios, curando os enfermos, e exercendo sua autoridade sobre os poderes das trevas.

Marcos 13:34: "É como se um homem, devendo viajar, ao deixar a sua casa, desse autoridade aos seus servos, a cada um o seu trabalho, e ordenasse também ao porteiro que vigiasse."

Como funciona a autoridade

A autoridade não mendiga; A autoridade não pergunta; autoridade ordena! Não nos é dito para pedir a Deus para expulsar demônios, somos informados de que fazê-lo nós mesmos! Não nos é dito para implorar aos demônios para saírem, é-nos dito para lançá-los fora!

Mateus 8:8-9, 13, o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu servo será curado Pois também eu sou homem sujeito à autoridade. Tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Venha, e ele vem; e ao meu servo: Faça isto, e ele o faz ... E Jesus disse ao centurião : Vai-te, e como creste, que assim seja feito a ti E seu servo foi curado na hora mesmíssima "..

A autoridade é exercida através da nossa palavra falada. O poder de vida e morte são na palavra falada: Provérbios 18:21, "A morte e a vida estão no poder da língua:. E aquele que a ama comerá do seu fruto"

Autoridade própria de Jesus

Uma coisa que deixou claro que Jesus era o filho de Deus, é porque Ele exerceu uma autoridade que ninguém mais teve acesso na história!

Ele expulsou demônios usando sua autoridade: Marcos 1:27: "E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto que nova doutrina é essa, pois com autoridade ele até aos espíritos imundos manda,? e eles lhe obedecem ".

Ele expulsou demônios com a Sua palavra falada: Mateus 8:16, "Quando já era tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com a sua palavra.

Ele curou os doentes com a Sua palavra falada: Lucas 07:07 ", por isso nem ainda me julguei digno de ir ter contigo:. Mas dizer em uma palavra, e o meu servo será curado" Também João 5:8: "Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda."

A  Jesus foi dada autoridade sobre tudo: Mateus 28:18: "E Jesus veio e falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra."

Autoridade para curar

Jesus disse: "Curai os enfermos"! Mateus 10:8: "Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: de graça recebestes, de graça dai." Eu acho que é interessante a forma como Jesus não nos disse para orar e pedir a Deus para curar os enfermos, Ele disse aos seus discípulos para curar os doentes!

Eu nunca vi onde Jesus orou: "Pai, por favor, cure esta pessoa!" Em vez disso, vemos que Jesus curou as pessoas com a Sua Palavra falada! Em João 05:08, Jesus disse ao homem que, "... Levanta-te, toma o teu leito e anda."

A igreja primitiva curou pessoas nesta mesma forma. Em Atos 3:6, "... Pedro disse, Prata e ouro não tenho nenhum, mas o que tenho isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda".

Observe em Lucas 09:01 que Ele não só deu a seus discípulos autoridade sobre todos os demônios, mas também para curar doenças ". Então, ele chamou os seus doze discípulos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem doenças"

A autoridade é exercida quando existe o direito de exercê-la. Eles não estavam orando e pedindo a Deus para curar as pessoas, eles tinham a autoridade para curar, e eles estavam exercendo-a com uma palavra falada, assim como Jesus fez!

Quero esclarecer que eu não estou dizendo que a oração não pode curar as pessoas ... porque pode (Tiago 5:14-15) ... Eu só estou dizendo que somos ensinados a curar os doentes usando a autoridade que Jesus nos deu! Tenho visto e ouvido falar de muitas curas que ocorreram através da oração, portanto não estou dizendo para não orar, ou que a oração não funciona. Estou simplesmente dizendo que nós temos autoridade sobre a doença e, portanto, podemos exercer a nossa autoridade para trazer a cura na vida de outra pessoa!

Eu também acho que é interessante como Marcos 16:17-18 nos diz que a cura pode vir através da imposição de mãos: "E estes sinais seguirão aos que crerem ... imporão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. " A imposição das mãos pode encorajar a transferência de poder a partir de nós na pessoa e curá-las, assim como a mulher que sentiu o fluxo de energia a partir de Jesus, quando ela tocou a orla de Suas vestes (Marcos 5:30)! Jesus disse que aqueles que acreditam  irão ter o Espírito Santo fluindo do seu interior como rios de água viva (João 7:38-39), e sombra curava pessoas, mesmo de Pedro (Atos 5:15)!

Jesus distribui Sua autoridade

Marcos 13:34: "Porque o Filho do homem é como um homem que devendo viajar, ao deixar a sua casa, dá autoridade aos seus servos, e a cada um a sua obra, e manda ao porteiro que vigiasse."

A Jesus é dada autoridade: Mateus 28:18: "E Jesus veio e falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra."

Autoridade dada aos 12 discípulos de Jesus: Lucas 09:01: "Então, ele chamou os seus doze discípulos e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem doenças."

Autoridade dado a 70 discípulos de Jesus: Lucas 10:17: "E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se nos submetem pelo teu nome."

Através do Nome de Jesus

Observe que a autoridade de Jesus dá o Seu povo não é para ser usada em seu nome, mas no nome de Jesus:

Lucas 10:17: "E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se nos submetem pelo teu nome."

Marcos 16:17: "E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios ..."

Atos 03:06: "... Pedro disse, Prata e ouro não tenho nenhum, mas o que tenho isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda".

Usar a autoridade de alguém através de seu nome é uma honra! É como ser capaz de ir ao banco e tirar um milhão de reais em nome de um rico homem de negócios!

Autoridade tem sido dada a "Aos que acreditam"

Jesus deu a Sua autoridade aos discípulos para realizar a Sua vontade aqui na terra, mas eles não eram os únicos. Ele também deu a todos os crentes autoridade para curar os doentes e expulsar demônios também! (Marcos 16:17-18)

Autoridade para curar os doentes: Marcos 16:17-18: "E estes sinais seguirão aos que crerem ... imporão as mãos sobre os enfermos, e os curarão."

A autoridade é acessada por meio da fé

Também é útil salientar que a nossa autoridade espiritual é acessada pela fé. Há muito a ser aprendido com a história contada em Marcos 9:17-29 sobre como a fé nos permite acessar a nossa autoridade. Quando os discípulos se depararam com um demônio extraordinariamente forte, que não saia (versículo 18), Jesus deixou claro que eles não tinham fé, chamando-os de infiéis (versículo 19). Ele também deixou claro que alguns demônios são tão fortes que um nível mais elevado do que o habitual de fé é necessária para expulsá-los (versículos 28 e 29), e que podemos ganhar esse nível mais elevado de fé através da oração e jejum (versículo 29) .

A REDENÇÃO DO NOSSO CORPO

Todo mundo precisa de redenção. Nossa condição natural era caracterizada por culpa: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” A redenção de Cristo nos libertou dessa culpa: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:23-24).

Os privilégios de redenção incluem vida eterna (Apocalipse 5:9-10), perdão dos pecados (Efésios 1:7), justiça (Romanos 5:17), liberdade da maldição do pecado (Gálatas 3:13), adoção à família de Deus (Gálatas 4:5), libertação da escravidão do pecado (Tito 2:14; 1 Pedro 1:14-18), paz com Deus (Colossenses 1:18-20) e a habitação do Espírito Santo na vida do Cristão (1 Coríntios 6:19-20). Ser redimido, então, é ser perdoado, santo, justificado, abençoado, livre, adotado e reconciliado. Veja também Salmos 130:7-8; Lucas 2:38 e Atos 20:28.

A palavra redimir significa “comprar os direitos”. O termo era usado especificamente em referência à compra da liberdade de um escravo. A aplicação desse termo à morte de Cristo na cruz é bem notável. Se somos “redimidos”, então a nossa condição anterior era uma de escravidão. Deus comprou nossa liberdade, e não somos mais escravos do pecado ou da lei do Velho Testamento. Esse uso metafórico de redenção é o ensinamento de Gálatas 3:13 e 4:5.

Relacionada ao conceito Cristão de redenção é a palavra resgate. Jesus pagou o preço da nossa liberação do pecado (Mateus 20:28; 1 Timóteo 2:6). Sua morte foi uma troca por nossa vida. Na verdade, a Bíblia deixa bem claro que redenção só é possível “pelo sangue” (quer dizer, por Sua morte), Colossenses 1:14.

CONCLUSÃO

O Senhor reservou todo o seu melhor para esses últimos dias da igreja, o próprio Jesus nos revelou ser possível realizar grandes feitos. O princípio ainda é o mesmo: a santidade, a fé, e a separação de tudo aquilo que se chama pecado. Deus ainda é o mesmo e ainda realiza grandes feitos (Hb 13.8).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA

Lição Bíblicas  CPAD - 1982
Lições bíblicas CPAD – 1994
comunidadecristaviva.blogspot.com.br
Bíblia. Português. Atualizada da tradução de João Ferreira de Almeida, da Sociedade Bíblica do Brasil, 2010.

BÍBLIA. Português. Bíblia Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Liderança Cristã. Rio de Janeiro: Editora Betel - 4º Trimestre de 2014. Ano 24 n° 93. Lição 1–O agir de um Deus sobrenatural.

SPROUL. R. C.1º Caderno Verdades Essenciais da Fé Cristã. SÃO Paulo: Editora Cultura Cristã.

SUBIRÁ. Luciano Pereira . A Outra Face dos Milagres. Guarapuava-PR: Maná Edições, 1999.