"Deus
Dá sua Lei ao Povo de Israel"
TEXTO ÁUREO = “Que
são israelitas, dos quais é a adoção de
filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas.” (Rm
9.4)
VERDADE PRÁTICA = Uma
nova nação despontava no horizonte e precisava de uma legislação que definisse
as bases em que o povo devia viver, isto é, fundamentada nas promessas feitas
aos patriarcas
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 20.18-22, 24; 24.4, 6-8
SIGNIFICADO
E CLASSIFICAÇAO DO DECÁLOGO
Os dez
mandamentos são chamados, também de “O Decálogo”, expressão que vem do Grego
(Dekálogos), significando “dez palavras”, ou dez princípios, leis ou
mandamentos (Dt 4.13). Existem
diversas classificações quanto à ordem dos dez mandamentos. Umas, por
conveniência, e outras, por erro de interpretação.
1. Classificação católica e luterana. O
primeiro mandamento é a reunião dos Êx - 20.2-6.0 segundo, o versículo 7; Do
terceiro ao 8º, mandamentos, incluem os
versículos 8 a 16; o nono e o décimo mandamentos são resumidos no versículo 17
de 20. Esta classificação é enganosa, pois procura evitar o destaque de Êx
20.4, como o segundo mandamento, que proibe fazer imagens de esculturas e o
v.5, que proibe encurvar-se a elas. Essa artimanha doutrinária é freio da
concepção idolatrada Igreja Católica. Os luteranos também a adotam.
2. Classificação correta. A
Igreja Evangélica, em geral, adota como válida a classificação que considera o
primeiro mandamento como sendo Êx 20.3; o segundo (v.4-6); o terceiro (v.7); o
quarto (v.8-11); o quinto(v.12); o sexto (v.13); o sétimo (v.14); o oitavo
(v.15); o nono (v.16) e o décimo, todo o versículo 17.
Essa
ordem é aceita desde a Igreja Primitiva, pela Igreja Ortodoxa Oriental e pelas
igrejas protestantes em geral (Comentário Bíblico Moody, p.90). Essa discrepância
doutrinária mostra como pensadores e lideres religiosos procuram torcer a
Palavra de Deus, de modo a acomodá-la a seus dogmas e ensinamentos
tendenciosos. Eles incorrem na repreensão do Senhor (Jr 22.36b).
ABRANGÊNCIA
DO DECÁLOGO
1. No aspecto estrito. Os dez
mandamentos, sob o ponto de vista estrito, contém normas de relacionamento
entre o povo de Israel e o seu Deus e entre os indivíduos e oseu próximo.
O
Decálogo proibe matar (6º mandamento). Cristo, doutrinando sobre o assunto,
disse que era pecado não só matar, mas, até, encolerizar-se, sem motivo, contra
o seu irmão (Mt 522).
Nesse
aspecto estrito, tem-se, por exemplo, a guarda literal do sábado como sétimo
dia da semana. Somente pari os judeus foi isso determinado (Ex 31.12-18; Ez 20.
12- 13,20; Cl 2.16-17) e não para todos os povos.
2. No aspecto mais amplo. O
Decálogo contém normas que servem para todos os povos, respeitando-se sua
aplicação, de acordo com o entendimento abrangente dos prepósitos neles
incluídos.
Enquanto
paraojudeu, o sábado deveria ser observado estritamente, no seu aspecto moral e
cerimonial, para outro povo serve a recomendação quanto a observar- se um dia
de descanso na semana, para restauração das energias físicas e espirituais. Não
matar, não cobiçarnada do próximo, honrar os pais, e não ter outros deuses além
do Senhor, é, em essência, o desejável para todos os povos e nações.
3. Cristo e o Decálogo. O
Senhor Jesus Cristo, doutrinando sobre o cumprimento da lei, fez alusão ao
comportamento dos escribas e fariseus. que procuravam ser legalistas,
observando o aspecto formal da lei, mas não praticavam de verdade, no
dia-a-dia, o que era mais importante para a vida espiritual. Por isso, o Senhor
disse aos seus discípulos que a justiça deles deveria exceder à dos escribas e
fariseus (Mt 5.20). Em seguida, o Mestre demonstrou, no Sermão da Montanha,
como Ele entendia e ordenava aos seus seguidores o cumprimento dos mandamentos:
= 6º.- mandamento: não
matarás. Jesus disse: “Qualquer que se encolerizar, sem motivo, contra seu
irmão, será réu de juízo”. “Qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do
inferno” (Mt 5.22).
= 7º.- mandamento: não
adulterarás. Jesus disse: “Qualquer que atentar numa mulher para cobiçar, já em
seu coração cometeu adultério com ela” (Mt 5.28).
Com
esses exemplos, o Senhor Jesus mostrou que ele não 6 um legalista formaL Ele
exige dos seus servos não apenas o cumprimento exterior, mas o cumprimento
interior das normas da lei.
4. O Decálogo e sua unidade com a lei. Alguns
crentes, adeptos do legalismo, fazem questão de dividiralei em aspectos ou
partes, a fim de melhor se acomodarem com suas doutrinas e equívocos
teológicos.
Dentre
esses, os mais conhecidos são os Adventistas do Sétimo Dia. Eles dividem a lei
em:
1) Lei
Moral, compreendendo os dez mandamentos e
2) Lei
cerimonial, que compreende os demais preceitos da lei. Há quem veja, ainda, um
teiceiro aspecto:
A lei Social ou Civil. Esse
arranjo doutrinário nada mais é do que a tentativa de legitimar a doutrina da
guarda do sábado. Dizem eles que Jesus Cristo aboliu a lei cerimonial
(sacrifícios, rituais,etc), mas que não aboliu a lei moral (os dez
mandamentos), entre os quais está a guarda do sábado. Entretanto, nem Jesus nem
os apóstolos fizeram qualquer referência a essa divisão (arbitrária) da lei. No
Sermão da Montanha, que contém as “leis do Reino”, vemos o Senhor referir-se à
lei de modo geral, incluindo ou não os dez mandamentos.
Em Mt
5.21, refere-se ao 6 mandamento; em Mt 5.28, refere-se ao 7º. mandamento; em Mt
5.31, refere- se ao divórcio, que não está nos dez mandamentos, mas está na
lei, e dá sua determinação sobre o assunto; Em Mt 5.43, Jesus refere-se ao amor
ao próximo, que está na lei, mas não nos dez mandamentos (Lv 19.18).
Paulo,
referindo-se à lei, não faz qualquer distinção entre moral e cerimonial. Em 01
5.3, ele diz que os que querem justificar-se pela lei estão separados de
Cristo; que são malditos os que não permanecem em todas as coisas da lei ( Gl
3.10).
Naquilo
em que os adventistas chamam de lei cerimonial, há inúmeros preceitos morais.
Por exemplo: Não afligir a estrangeiros, órfãs e viúvas (Êx 22.21,22). É
preceito altamente moral e não cerimonial. Não torcer o juízo (Dt 16.19). Estes
e outros são preceitos morais, que, no entanto, não estão no Decálogo. Diante
disso, verifica-se que os dez mandamentos e os outros preceitos da lei
constituem umaunidade dovelho concerto, abolido por Cristo (2 Co 3.14). O Novo
Testamento (concerto), trazido por Cristo, é superior ao de Moisés (Jo 14.15; 1
Jo 2.3,10; 3.22-24; 4.21; 5.1-3; 01 6.2). Os mandamentos de Cristo não são só
dez. São todo o NT.
OS DEZ
MANDAMENTOS (Êx 20.1-17).
Os
quatro primeiros referem-se aos deveres do homem para com Deus. Os outros seis,
incluem os deveres do homem para com os seus semelhantes.
1º = “Não terás outros deuses diante de
mim” (v.3). Refere-se ao único Deus. Nenhuma adoração a
santos, anjos ou a outra criatura ou objeto é permitido pelo Senhor.
2º. “Não farás para ti Imagem de
escultura”; “não te encurvarás a elas nem as servirás”
(v.4-6). Lembra que Deus é Espírito e não admite ser adorado por meio de imagem
de homem ou de qualquer criatura.
3º. “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus
em vão” (v.7). Evidencia a santidade de Deus, não sendo
permitido o uso de seu nome de modo vão, desrespeitoso ou frívolo.
4º., “Lembra-te do dia do sábado para o
santificar” (v.8). Lembra que Deus é o Senhor, criador de todas as
coisas; lembra a sua soberania sobre a criação. A palavra sábado, em heb.
shabbath, do verbo sabath, significa “cessar” ou “descansar” de trabalhar. Para
os judeus, era um concerto perpétuo (Êx 31.12-18).
5º., “Honra a teu pai e a tua mãe” (v.12). Impõe
o respeito à autoridade paterna, como símbolo do respeito à autoridade de Deus.
É o primefro mandamento com promessa (Ef 6.2,3).
6º. “Não matarás” (v.13).
Defende a preservação da vida como dom de Deus, proibindo o homicídio. No tempo
de Moisés, era penuitida a,pena de morte pela autoridade judicial (Ex
21.12-15).
7º. “Não adulterarás” (v.14). Refere-se
à santidade e pureza do casamento. O Senhor Jesus, no Novo Ccxicesto, trouxe
nova maneira de aplicar esse mandamento, tornando-o mais abrangente (Mt 5.28).
8º. “Não furtarás” (v.15).
Valoriza o respeito à propriedade dos bens alheios. Há muitas maneiras de
desrespeitar esse mandamento. Não é só pela apropriação indevida de coisa
materiais; não pagar o salário condignamente, é furtar o direito do
trabalhador.
9º. “Não dirás falso testemunho contra o
teu próximo” (v.16). Uma pessoa pode prejudicar a boa reputação de
alguém, mediante uma calúnia. O Código Penal é severo, quando dispõe sobre os
crimes de calúnias, injúria ou difamação. É interessante notar-se que, em
muitas igrejas, alguém é excluído por causa do adultério (7 mandamento), mas
ninguém é excluído por causa dos pecados contra (9) mandamento. Isso é praticar
dois pesos e duas medidas, 6 juízo contrário a Palavra de Deus.
10’. “Não cobiçarás...” (v.17).
Cobiçar é atitude mental, interior, apenas sentida pelo pecador. Deus não quer
santidade apenas no exterior. Ele quer a santidade do corpo, da alma e do
espírito. O último mandamento proibe cobiçar a casa do próximo, sua mulher, seu
servo ou serva, seu boi ou jumento, etc.
Esse
mandamento é tão importante quanto os outros, pois o pecado, antes de ser
praticado, começa na mente, no desejo interior (Tg 1.14,15). No Velho
Testamento, o Decálogo é o princípio básico do Velho Concerto.
No Novo
Testamento, o Sermão da Montanha (Mt 5.6 e 7), proferido por Cristo, é mais
abrangente, pois inclui todos os princípios do Decálogo, em conformidade com a
vida cristã, expressa no N. Testamento. Jesus resumiu toda a lei em dois
mandamentos: Amar a Deus e amar ao próximo (Mt 22.37-40; Rm 13.8-10).
CARACTERÍSTICAS
DA LEI
Êx 20.1,2 “Então, falou Deus
todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra
do Egito, da casa da servidão.” Um dos aspectos mais importantes da experiência
dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de Deus através do seu
líder, Moisés.
A Lei
Mosaica (hb. torah, que significa “ensino”), admite uma tríplice divisão:
(a) a
lei moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver (20.1-17);
(b) a
lei civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (2 1.1 — 23.33); e
(c) a
lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por
Israel, inclusive o sistema sacrificial (24.12
— 31.18).
Note os
seguintes fatos no tocante à natureza e à função da lei no Antigo Testamento.
(1) A
lei foi dada por Deus em virtude do concerto que Ele fez com o seu povo. Ela
expunha as condições do concerto a que o povo devia obedecer por lealdade ao
Senhor Deus, a quem eles pertenciam. Os
israelitas aceitaram formalmente essas obrigações do concerto (24.1-8;).
(2) A
obediência de Israel à lei devia fundamentar-se na misericórdia redentora de
Deus e na sua libertação do povo (19.4).
(3) A
lei revelava a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1— 24.8)
E
prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv
1 .5; 16.33).
A lei
não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos
que já tinham um relacionamento de salvação com Deus (20.2).
Antes,
pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu
Redentor, e igualmente diante do seu próximo. Os israelitas deviam obedecer à
lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por
fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-20).
(4)
Tanto no AT quanto no NT, a total confiança em Deus e na sua Palavra (Gn 15.6),
E o
amor sincero a Ele (Dt 6.5),
Formaram
o fundamento para a guarda dos seus mandamentos. Israel fracassou exatamente nesse ponto, pois
constantemente aquele povo não fazia da fé em Deus, do amor para com Ele de
todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo de cumprirem
a sua lei.
Paulo
declara que Israel não alcançou a justiça que a lei previa, porque “não foi
pela fé” que a buscavam (Rm 9.32).
(5) A
lei ressaltava a verdade eterna que a obediência a Deus, partindo de um coração
cheio de amor (ver Gn 2.9 nota; Dt 6.5
nota)
Levaria
a uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor (cf. Gn 2.16 nota; Dt 4.1,40; 5.33; 8.1; Sl 119.45; Rm8.13; 1 J0 1.7).
(6) A
lei expressava a natureza e o caráter de Deus, i.e., seu amor, bondade, justiça
e repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei moral de Deus, pois
foram criados à sua imagem (Lv 19.2).
(7) A
salvação no AT jamais teve por base a perfeição mediante a guarda de todos os
mandamentos. Inerente no relacionamento entre Deus e Israel, estava o sistema
de sacríficios, mediante os quais, o transgressor da lei obtinha o perdão. Quando
buscava a misericórdia de Deus, com sinceridade, arrependimento e fé, conforme
a provisão divina expiatória mediante o sangue.
(8) A
lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem permanentes. A lei funcionava
como um tutor temporário para o povo de Deus até que Cristo viesse (GI 3.22-26).
O
antigo concerto agora foi substituído pelo novo concerto, no qual Deus revelou
plenamente o seu plano de salvação mediante Jesus Cristo (Rm 3.24-26; ver Gl 3.19, Nota com matéria adicional sobre a
natureza e função da lei no AT).
(9) A
lei foi dada por Deus e acrescentada à promessa “por causa das transgressões” (GI 3.19); i.e., tinha o propósito
(a) de
prescrever a conduta de Israel;
(b)
definir o que era pecado;
(c)
revelar aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a vontade de
Deus e de praticar o mal, e
(d)
despertar neles o sentimento da necessidade da misericórdia, graça e redenção
divinas (Rm 3.20; 5.20; 8.2).
Veremos a seguir as
diferenças entre a lei de Moisés e a Lei de Deus, os Dez Mandamentos.
1- Leia Hb 10:1 e Lc 16-17 e responda: a lei de Moisés e a
lei de Deus são a mesma?
2- Onde foi guardado o livro da lei de Moisés, e as duas
tábuas dos mandamentos de Deus? Dt 31:26. IICr 5:10.
3- Em que Moisés escreveu sua lei, e onde foi posta? Dt
31:24-26.
4- Que material foi usado, e quem escreveu os dez
mandamentos da lei de Deus? Ex 31:18. 24:12.
5- Qual a lei que não justificava o homem diante de Deus? Gl
3:10-11. Lv 16:1-5,14-15.
6- Qual a lei que, se obedecida, justifica o pecado do homem
diante de Deus? Rm 2:12-13. Ex 20:3-17.
Os
fariseus valorizavam mais as tradições dos homens e gostavam de serem vistos
como os melhores crentes, cheios de fé, mas não guardavam os mandamentos de
Deus: (Mc 7:7-8) Em vão, porém me honram, ensinando doutrinas que são
mandamentos de homens, porque deixando o mandamento de Deus, retende a tradição
dos homens. Em At 15:5 alguns da seita dos fariseus, que tinham crido, se
levantaram dizendo que era mister circuncidá-los e mandou que guardassem a lei
de Moisés. Porém, Paulo disse que dava graças a Deus por Jesus Cristo, que ele
mesmo com entendimento servia a lei de Deus (Rm 7-25).
O
servo fiel deve guardar os mandamentos da lei de Deus, a qual foi escrita por
Ele, em tábuas de pedra. A lei de Moisés foi boa, porque conduziu Israel de
Moisés à Cristo. Por ela o povo temia a Deus e guardava os seus mandamentos. A
Lei de Deus diz: não adulterarás (Ex 20:14).
A
lei de Moisés condenava a morte quem adulterasse (Jo 8:3-5). Mas ela morreu
quando Cristo disse: Ninguém te condenou? Depois disse: Nem eu também te
condeno; vai-te e não peques mais (v.10up e v.11up). Aquela mulher adúltera
saiu da lei de Moisés e recebeu a graça de Cristo, porém, condicional: Não
peques mais, ou seja, “não quebre mais os mandamentos da Lei de Deus”.
7- O que disse Paulo aos crentes fariseus? Rm 2:23
8 - O que disse Paulo aos que dizem ser filhos de Abraão
pela fé, mas que por falta de fé anulam a lei de Deus? Rm 3:31.
O
que Paulo diz aos judeus incrédulos? Tu que te glorias na lei (de Moisés),
desonras a Deus pela transgressão da lei (de Deus) (Rm 2:23). Paulo falava aos
judeus que tomavam a lei de Moisés como advogada, usando o poder dela para
perseguir, prender, apedrejar e matar, e ainda se orgulhavam disso, quando na
verdade estavam transgredindo a lei de Deus.
Porque
a Lei de Deus diz: Não dirás falso testemunho (Ex 20:16) e isso os judeus
faziam contra Cristo e contra os apóstolos. A lei diz: Não matarás (Ex 20:13),
e os judeus, depois que faziam falsas acusações, matavam. Paulo ainda fala: a
circuncisão (lei de Moisés) é nada e a incircuncisão nada é, mas sim, a
observância dos mandamentos de Deus (ICo 7:19).
9- O que disse Deus, pela boca do profeta Oséias, sobre o
futuro do sábado da lei de Moisés? Oz 2:11. Lv 23:26-32
10- O que disse Deus por meio de seus profetas, sobre o
futuro do sábado da sua Lei? Ex 31:14,18. Ez 20:20. 22:26. Lc 23:56. Rm 7:7. Ap
14:12. 22:19.
A lei de Moisés:… E disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da
lei de Moisés, que o Senhor tinha ordenado a Israel (Ne 8:1). E Moisés escreveu
esta lei, e a deu aos sacerdotes, filhos de Levi, que levaram a arca da aliança
do Senhor, e a todos os anciãos de Israel (Dt 31:9). Este texto fala da lei de
Moisés e quando cita a arca do concerto, se refere exatamente à lei dos Dez
Mandamentos de Deus.
A Lei de Deus:
Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim, ao monte e fica lá, e dar-te-ei
tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito para os ensina,( Ex
24:12). A lei e ao testemunho. Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca
verão a alva (Is 8:20.
A lei de Moisés: Quem ferir alguém que morra, ele também certamente morrerá
(Ex 21:12, 22-27). Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou e desta sorte é
introduzido uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus (Hb 7:19).
A Lei de Deus:
Disse o Senhor Jesus: Não cuideis que vim destruir a lei e os profetas, não vim
ab-rogar, mas cumprir (Mt 5:17). E acrescenta: Porque em verdade vos digo que
até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem
que tudo seja cumprido (v.18). Obedecemos a lei de Deus porque até hoje o céu e
a terra permanecem. E abriu-se no céu o templo de Deus e a arca do seu conserto
foi vista no seu templo e houve relâmpagos e grande saraiva (Ap 11:19; IICr
5:10).
A lei de Moisés: Pelo que também lhes dei estatutos que não eram bons e
juízos pelos quais não haviam de viver (Ez 20:25).
A Lei de Deus:
E assim, a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom (Rm 7:12). Porque
qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto, torna-se culpado de
todos (Tg 2:8-10). Em Sl 111:9 o salmista diz que Deus enviou redenção ao Seu
povo, ordenou a Sua aliança para sempre. Por isto, Paulo disse que a lei é
espiritual (Rm 7:14). Disse ainda que tinha prazer na lei de Deus (Rm 7:22).
Paulo jamais falaria isso com a lei citada em Ez. 20:25 e de Os. 2:11. Paulo se
referia a Lei de Deus, de Êx 20:3-17. E sobre esta Paulo diz: Portanto a lei é
santa, o mandamento santo, justo e bom (Rm 7:12). Paulo viveu como se estivesse
sem lei, mas para ganhar os que viviam sem lei, se fez de fraco, mas não viveu
sem a lei (I Co 9:20-22).
Somente
através da oração é que conheceremos a verdade e a verdade há de nos libertar
(Jo 8:32).
OS
CÓDIGOS
Os
códigos orientais eram casuísmos que se fundamentam na realidade de fatos e
acontecimentos para a partir deles formular suas leis. A forma casuística é a
lei de precedente legal, geralmente de caráter consuetudinária, comum na
legislação mesopotâmica, como os códigos de Lipit-Ishtar, Eshnunna e Hamurabi.
É a construção que emprega o recurso retórico no qual o primeiro período é
condicional, conhecido como prótase, e o segundo, a apódose, só faz sentido em
função do primeiro: “E será que, se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo
cuidado de guardar todos os seus mandamentos que eu te ordeno hoje, o SENHOR,
teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra... Será, porém, que, se
não deres ouvidos à voz do SENHOR, teu Deus, para não cuidares em fazer todos
os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti
virão todas estas maldições e te alcançarão” (Dt 28.1, 15). Veja ainda Êxodo 2
1.23, 30; 22.8; 23.22; Levítico 5.1, 15; 19.20.
Os
códigos do Pentateuco são seções distintas no sistema mosaico que a crítica
considera porções legais produzidas durante um longo lapso de tempo. Os
críticos afirmam ter encontrado sete grupos: os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17; Dt
5.6-21); o que eles costumam chamar de Código da Aliança (Êx 20.22-23.33);
Ritual do Decálogo (Êx 34.10-26); Código de Santidade (Lv 17- 26); Código
Sacerdotal (Lv 1-16); o Código Deuteronômico (Dt 12-26); além do discurso sobre
as bênçãos e as maldições (Dt 27-28). Outros expositores mais ousados chegam a
afirmar que o texto se constituía dos Dez Mandamentos sem as explicações de
Êxodo 20.4-6, 9-11 e Deuteronômio 5.9, 10, 13-15, as quais teriam sido
acrescentadas posteriormente. Há, na verdade, entre os críticos judeus e
cristãos mais conservadores, a ideia de que Moisés recebeu as tábuas sem as
respectivas explicações, mas que Deus mandou o próprio Moisés incluí-las no
livro da Lei.
A
novidade da crítica é que ela questiona a tradição judaico-cristã no que diz
respeito à paternidade mosaica do Pentateuco e à sua antiguidade. A
fragmentação que os críticos apresentam juntamente com os seus pressupostos
científicos não deve impressionar ou preocupar os cristãos, pois submeter a
Bíblia à ciência não nos parece sensato. A ciência modifica-se a cada nova
descoberta; “o espírito científico é essencialmente uma retificação do saber,
um alargamento dos quadros do conhecimento” (BACHELARD, 1968, p. 147).
Muitas
coisas que foram ciência no passado, hoje, não passam de bobagens; da mesma
forma, o que é ciência hoje pode ser bobagem amanhã. A Bíblia, no entanto,
permanece para sempre (Is 40.8). A religião cristã se fundamenta na fé e na
revelação e não na ciência (Hb 11 .3).
Não se
sabe exatamente como o texto do Pentateuco foi produzido e se desconhece também
o critério adotado pelo legislador para a organização do livro. O grande
problema é a falta de informação de uma época tão distante. É característico da
cultura oriental pensar em círculos dando ênfase ao fato ocorrido, e não à
data, diferentemente da forma linear adotada no modelo ocidental.
A
narrativa da Torre de Babel (Gn 11.1-7), por exemplo, precede cronologicamente
a tabela das nações registrada em Gênesis 10; no entanto, aparece
posteriormente no relato das Escrituras. Isso explica, muitas vezes, as
repetições presentes nos textos bíblicos. Não se deve, portanto, fragmentar o
texto atribuindo-o a diversos autores e a diversas épocas, ainda mais quando a
Bíblia afirma ao longo de suas páginas a autoria mosaica do Pentateuco.
Deus
mandou Moisés escrever essas coisas num livro (Êx 17.14; 24.4-8; 34.27). A essa
altura da história, os escritos eram parciais, pois a produção do texto estava
ainda em andamento.
Moisés
escreveu as jornadas dos filhos de Israel no deserto (Nm 33.1-49). Mas ainda
está escrito que Moisés acabou de “escrever as palavras desta Lei num livro,
até de todo as acabar” (Dt 31.24).
Isso é
ratificado em toda a Bíblia a partir da própria Torá até o Novo Testamento (Dt
3 1.9, 25, 26; Js 8.32-35; Jz 3.4; 1 Rs 8.53, 56; Dn 9.11-13; Ml 4.4; Mt 19.7,
8; Mc 10.4, 5; Lc 5.14; Jo 1.17; 5.45-47; Rm 10.5; 1 Co9.8, 9; 2 Co 3.15).
Não há
como mudar essa verdade, ainda mais com base em especulações ou interpretações
sob o argumento de método científico. Assim, as sessões do Pentateuco às quais
os críticos chamam de códigos são realmente detectáveis; isso não implica,
contudo, a autoria de diversos autores e nem em datas posteriores.
É
verdade que há no Pentateuco extratos de escritores desconhecidos ou uma
coletânea de diversos documentos, como as genealogias do Gênesis, e outros que
sofreram revisão posterior por escribas e profetas igualmente inspirados, como
algumas glosas, por exemplo, “e estavam, então, os cananeus na terra” (Gn
12.6); o nome “Dá” antes da formação da família de Jacó (Gn 14.14); a menção de
reis em Israel, antes mesmo da conquista de Canaã (Gn 36.31); a expressão
“dalém do Jordão” (Dt 1.1) enquanto Moisés nem mesmo atravessou o rio. Nada
disso descaracteriza sua paternidade literária.
A
revelação divina foi gradativa. A autoridade dos massoretas posteriores do
judaísmo rabínico não é a mesma dos sopherim,
“escribas”, que trabalharam nas cópias e na edição dos livros no período
pré-cristão. Esdras era um deles e é chamado de “escriba”, sophër 16 (Ed 7.6).
Os massoretas jamais ousaram modificar uma palavra das Escrituras, pois o cânon
já estava fixado, uma postura diferente da dos sopherim, que eram encarregados
de padronizar e revisar textos.
Os
livros do Antigo Testamento foram produzidos por profetas, sacerdotes e sábios
de Israel (Jr 18.18). Deus confiou a eles a sua revelação. A continuidade do
texto, como a narrativa da morte de Moisés em Deuteronômio 34, era realizada
por alguém divinamente autorizado. As glosas editoriais foram inseridas no
texto sagrado por pessoas autorizadas, profetas, sacerdotes e sábios num
período em que o cânon ainda estava aberto. Isso não compromete a paternidade
mosaica do Pentateuco. Esses detalhes editoriais são reconhecidos pela tradição
desde a antiguidade. Logo, não se sustentam as ideias defendidas pelos críticos
liberais sobre os supostos autores do Pentateuco e as diversas datas sugeridas
para a composição de cada código.
Israel
se rebelou contra Deus, ainda no Sinai, com o culto do bezerro de ouro. Deus
renovou o concerto com os israelitas, e “estas palavras” (Êx 34.2 7) são as
palavras do concerto descritas nos versículos 10-26. Referem-se a preceitos
morais e cerimoniais do Decálogo e de outros códigos do sistema mosaico. O
primeiro, o segundo e o quarto mandamentos do Decálogo reaparecem nessa
renovação do concerto (Êx 34.14, 17, 21; cp. Êx 20.2-5, 8-li; Dt 5.7-19,
12-15). A guarda do sábado é o único preceito cerimonial do Decálogo, pois os
sacerdotes podiam violar o sábado e ficar sem culpa (Mt 12.5).
Mas
outros preceitos cerimoniais estão incluídos aqui: as festividades e o ritual
da consagração dos primogênitos. Os críticos chamam Êxodo 34.10-26 de “Decálogo
Cúltico” e Êxodo 20.1-17 de “Decálogo
Ético”. Aqui se resumem preceitos de todos os códigos da lei de Moisés. Logo,
não faz sentido a ideia de um texto produzido por autores diferentes durante um
longo intervalo de tempo.
Quanto
à lei, algo precisa ser dito sobre a alegada divisão em lei moral, lei
cerimonial e lei civil. Desde muito tempo qualifica-se o Decálogo como lei
moral, enquanto a parte da legislação mosaica que trata das cerimônias de
sacrifícios e festas religiosas, entre outras, é chamada de lei cerimonial, e
os preceitos de caráter jurídico são considerados lei civil. A visão tripartite
da lei em preceitos morais, cerimoniais e civis não vem das Escrituras. “Embora
essa distinção tripartite seja antiga, seu uso como fundamento para explicar a
relação entre os testamentos não é demonstravelmente derivada do Novo
Testamento e provavelmente não é anterior a Tomás de Aquino” (CARSON, 2011, p.
179). Os judeus jamais dividiram sua lei em moral e cerimonial. Ao longo da
história, eles observaram o sábado e a circuncisão com o mesmo cuidado. Jesus
disse que a circuncisão está acima do sábado ( Jo 7.22, 23).
Decálogo Cúltico:
1 = Não
farás aliança com os cananeus e nem aos seus deuses;
2 =
Guardarás as festas dos pães asmos;
3 =
Todo o primogênito é de Javé;
4 =
Redimirás os teus primogênitos e teus filhos;
5 =
Descansarás o sétimo dia da semana;
6 =
Três vezes no ano te apresentarás diante de Javé;
7 = Não
temerás a nenhum dos teus inimigos;
8= Não oferecerás coisa levedada nem deixarás
para o dia seguinte o sacrificio da páscoa;
9 =
Oferecerás a Javé as prirnicias do teu fruto;
10 =
Não cozerás o cabrito rio leite de sua mãe.
Elaboração pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições
bíblicas CPAD 1988
Bíblia
de Estudo Pentecostal
bibliotecabiblica.blogspot.com.br
luizgregoriogomes.wordpress.com
cristianismopuro.blogspot.com.br
Livro
Os Dez Mandamentos = CPAD = Esequias Soares