26 de junho de 2012

NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES


NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES

TEXTO ÁUREO = tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende bom animo; eu venci o mundo.  ( Jo 16: 33 )

VERDADE PRATICA = Mesmo, sofrendo as consequencias da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.

LEITURA BIBLICA = João 16: 20,21,25-33

INTRODUÇÃO

AFLIÇÕES == Cristo nos faz um convite. Ao afirmar algumas verdades acerca da dispersão dos discípulos (Jesus  já sabia que quando fosse preso, os discípulos iriam retornar cada um para sua casa, e Ele iria ficar “sozinho” – João 16:32), Cristo faz um convite aos discípulos: tenhais paz em mim. Somente o Príncipe da Paz pode fazer esse convite. Nenhum líder religioso, por mais piedosa que tenha sido a sua vida aqui na terra, pode fazer tal convite. Ao dizer tais palavras (tenhais paz em mim) Jesus estava querendo nos lembrar que Ele é um porto seguro em meio às tempestades dessa vida. Ele é de fato a nossa paz. Ele mesmo outra vez disse aos discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” (João 14:27). Podemos ter certeza de que Ele nos dá a SUA paz, não a paz do mundo, porque o mundo não a pode dar. Aliás, “no mundo tereis aflições” é o que diz o versículo que estamos estudando.

Cristo nos alerta sobre o mundo. Como vimos acima, o mundo não pode nos trazer paz. Em verdade, segundo os ensinamentos de Cristo o que podemos experimentar no mundo são aflições. De toda sorte: perseguições, fome, guerras, injustiças, doenças, morte etc. Ele se revela conhecedor das mazelas existentes no sistema organizado chamado mundo (não o mundo físico, ecossistema, mas o mundo reino de Satanás) porque desde a eternidade Ele se tornou adversário desse reino. A bíblia nos ensina também: “Não ameis o mundo nem as coisas que no mundo há. Se alguém amar o mundo o amor do Pai não está nele.” (I João 2:15). E ainda: “Irmãos não vos maravilheis se o mundo vos odeia.” (I João 3:13). Essa é a certeza que temos: O mundo nos odeia e, por isso, passaremos por aflições.

Cristo nos dá uma esperança. Quando Jesus começou a dizer essas palavras aos discípulos, é provável que não as tenha dito todas de uma vez. Imagine que tenha havido alguma pausa entre uma frase e outra, assim: Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim... No mundo, tereis aflições... mas tende bom ânimo... eu venci o mundo.

                                                Aflições do Tempo Presente  

Romanos 8:18 - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. 
A revelação de Jesus de que nós, seus discípulos, teremos tribulações neste mundo, é desenvolvida pelo Apóstolo Paulo. Ele escreveu: “Tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Romanos 8:18).

A Bíblia nunca nos mandou fechar os olhos para as mazelas do mundo, fingindo que nada de ruim está acontecendo. Pelo contrário, em muitos contextos, a podridão de nossa vida é descrita realisticamente. O que a Bíblia não admite é o terrorismo pessimista que nos ensina, como a mulher de Jó, que o melhor é “amaldiçoar teu Deus e morrer”. O Senhor, que nos criou, nos dotou de uma atitude poderosa chamada esperança. Não uma esperança míope, fantasiosa, que descreve como cor de rosa aquilo que é escuro. Mas a postura, baseada na experiência da fé, que já viu o Senhor resolver os próprios problemas, no passado. Por isso, Paulo ensina: as dores de hoje apontam para a saúde vitoriosa do amanhã. Cristo reside no nosso amanhã.

O PORQUE DAS AFLIÇÕES?

Is 48.10 – “Eis que te purifiquei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição.”

Jo16.33 – “Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.

Rm 8.18 – “Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

1.     Para Purificar – “assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata, até que tragam ao Senhor ofertas em justiça”. Ml 3.3

2.     Para Ensinar- “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”. Sl 119.71

3.     Para Provar Os Que São Seus – “E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor teu Deus tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. 3 Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor, disso vive o homem”. Dt 8.2,3.

4.     Para nos Guardar – “E, para que me não exaltasse demais pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de que eu não me exalte demais”; 2 Co 12.7

5.     Para nos Restaurar – “Antes de ser afligido, eu me extraviava; mas agora guardo a tua palavra”. Sl 119.67

6.     Para Prosperarmos – “23 Ó Deus de meus pais, a ti dou graças e louvor porque me deste sabedoria e força; e agora me fizeste saber o que te pedimos; pois nos fizeste saber este assunto do rei. 30 E a mim me foi revelado este mistério, não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração”. Dn 3.23,30.

O Sofrimento dos Filhos de Deus

É triste ver aqueles que professam pertencerem aos arraiais de Cristo e, conseqüentemente, crer na Bíblia, negarem algumas verdades fundamentais do Cristianismo. Dentre as tantas negadas nestes nossos dias, uma das de mais ampla extensão, senão a de maior, é a negação da legitimidade de um crente verdadeiro passar por sofrimentos, especialmente de ordem física.

Muito têm se dito sobre o suposto direito que um crente tem diante de Deus, reivindicando o mesmo para não aceitar problemas no casamento, de ordem econômica, enfermidades e desemprego. Enquanto os teólogos do passado se deleitavam em pregar e escrever sobre os decretos de Deus, os "teólogos" de hoje só têm a dizer sobre "os decretos do crente". Na verdade, isto é um retrato do foco dos cultos modernos, ou seja, o culto teocêntrico foi trocado pelo culto antropocêntrico. Triste realidade!

Contudo, a despeito das reivindicações dos "profetas" modernos, a Bíblia no diz que "por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus" (Atos 14:22). A Bíblia não ensina que os crentes são imunes às aflições. Pelo contrário, a presença das mesmas na vida dos filhos de Deus e a ausências delas, muitas vezes, nas vidas dos ímpios, quase fez com que os pés do salmista vacilasse. "Os meus pés quase resvalaram; pouco faltou para que os meus passos escorregassem. Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Porque eles não sofrem dores; são e robusto é o seu corpo. Não se acham em tribulações como outra gente, nem são afligidos como os demais homens" (Salmos 73:2-5).

O cristão não deve rejeitar o sofrimento como algo não vindo da parte de Deus, pois, ao contrário do que se ensina nos púlpitos modernos, eles nos foram decretados. "Para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmo sabeis que para isto fomos destinados" (1 Tessalonicenses 3:3). Contudo, o filho de Deus não deve ter prazer ou alegria no sofrimento, pelo sofrimento em si, mas sim pelo propósito de Deus neste sofrimento. "O Senhor corrige ao que ama" (Hebreus 12:6), e com certeza, nas nossas adversidades, Deus está trabalhando com o nosso caráter, nos lapidando e nos conformando à imagem de Seu Filho. Mas, o que dizer daqueles que "não aceitam" tais sofrimentos? E o progresso espiritual que tais sofrimentos pretendiam produzir na vida destas pessoas? Talvez esta seja uma das razões de vivermos atualmente numa geração de crentes com um dos níveis mais baixos de espiritualidade e moralidade que já se viu na história da Igreja.

Portanto, que não desfaleçamos diante das tribulações (Efésios 3:13), mas, gloriemo-nos nelas (Romanos 5:3), sabendo que ela produz perseverança, transformações nas nossas vidas, e o mais importante, glórias a Deus. Que possamos ver nas nossas vidas e nas dos nossos irmãos os frutos da aflição. Que diante das provas e tribulações, possamos examinar o nosso coração, e colocar em ordem "a nossa casa".

Enquanto muitos acusam os crentes atribulados de estarem em pecado, a Bíblia os chamam de bem-aventurados. "Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão" (Tiago 5:11).

O pentecostalismo e o neo-pentecostalismo têm causado muitos danos à espiritualidade do povo brasileiro, mas o filho de Deus, que tem a sua vida alicerçada na Palavra de Deus, e não nos ventos de doutrina, sabe que somos "participantes das aflições de Cristo", para que "na revelação da Sua glória" (1 Pedro 4:13) nos regozijemos e exultemos. Que os falsos profetas e apóstolos bradem o que quiserem, o PROFETA de antemão já disse: "Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16:33).

POR QUE O CRENTE SOFRE

Jó 2.7,8 “Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Já, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.” A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 ). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2 Tm 3.12 ). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimentos, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.

POR QUE OS CRENTES SOFREM? São diversas as razões por que os crentes sofrem.
(1) O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19).

A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12; ver ).
Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20- 23; 2 Pe 3.10-13). E nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf.1 Co 10.13).

(2) Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., conseqüência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem sernear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. E nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.

(3) O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniqüidade sobre tantas vidas (ver Es 9.4; At 17.16; 2 Pe 2.8 ). E nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

(4) Os crentes enfrentam ataques do diabo.
(a) As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2 Co 4.4), Controla o presente século mau (ver 1 Jo 5.19 nota; cf. Gl 1.4; Hb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1 Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver principalmente Jó 1—2).

Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás, para me esbofetear” (2 Co 12.7). A medida em que travamos guerra espiritual contra “os príncipes das trevas deste século” (Ef 6.12),

É inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11) E armas espirituais (2 Co 10.3-6). E nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.

(b) Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10 ).
E nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça. continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1 Co 15.58; 1 Pe 2.21-23).

(5) De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque “nós temos a mente de Cristo” (ver 1 Co 2.16 ). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1 Pe 2.21).

Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (ver Lc 19.4 1), Também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2 Co 11.23-32; ver 11.23)

A sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me abrase?” (2 Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai com os que choram” (Rm 12.15).

Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). E nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2 Co 1.5).

(6) Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual.
(a) Freqüentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). E nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo.

(b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 1.2 ); Elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé cm Cristo (ver Dt 8.3 nota; 1 Pe 1.7 ). E nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1.7).

(c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1 .3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2 Co 12.9 ). E nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento.

(d) Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2 Co 1.4). E nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.

(7) Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor.

Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do piano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14),
Que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniqüidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), Mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos peca- dores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

O RELACIONAMENTO DE DEUS COM O SOFRIMENTO DO CRENTE.

(1) O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus (cf. 1—2). Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1 Co 10.13).

(2) Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28 ). José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), E o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5 nota).

(3) Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).
O CONSOLO DE DEUS EM MEIO À AFLIÇÃO

Encorajamento no sofrimento ==  “Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das Misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiveram em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolado de Deus” (2 Co 1.3-7).

Paulo dirige-se primeiro a Deus, louvando-O enquanto reconhece que Jesus humilhou-se em sua encarnação, e o chamou de Deus, como também de Pai. Visto que Paulo estava muito transtornado por não encontrar Tito em Trôade (2 Co 2.13), ele precisava de consolação, ou seja, encorajamento, incentivo, ânimo. A palavra “consolação” e seus derivados aparecem dez vezes nos versículos 3 a 7 (num total de vinte e nove vezes em 2 Coríntios). Todas derivam da raiz grega parakaleo, que tem a ideia de ajuda e encorajamento. Deus é a fonte, e o doador de todo tipo de encorajamento e ajuda (Sl 103.2-5,13).

O encorajamento de Deus vem primeiro à medida que reconhecemos que Deus é o Pai de Jesus, que é o Cristo (O Messias, “ungido”) nosso Senhor e Mestre. Este reconhecimento dever lembrar-nos que o amor de Deus enviou Jesus a morrer por nós, enquanto ainda éramos pecadores (Rm 5.8,10), mostra também que Deus é o Pai que está cheio de compaixão, como também o Pai ( e a fonte constante) de todos os tipos de ajuda e encorajamento. Podemos depender dEle em todos os nossos problemas, inclusive nas aflições, sofrimentos, angústias mentais, dificuldades, até as perseguições que surgem em nosso caminho. Mas Deus não nos consola para deixar-nos à vontade, nem nos encoraja para fazer com que nos sintamos bem.

Paulo sofreu muitíssimo (2 Co 11.16-29;12.10), mas sempre estava pronto a encorajar os outros. Todos que nos cercam hoje têm problemas, aflições e dificuldades. Os cristãos em muitas partes do mundo sofrem tremenda perseguição. Deus nos ajuda e nos encoraja para que ajudemos e encorajemos os outros. Ele quer que nos tornemos canais do que recebemos dEle para outros crentes que tão desesperadamente precisam de ajuda. Fazemos isto por meio da oração, e dos dons do Espírito, prestando ajuda prática onde quer que seja possível. Deus não quer que guardemos para nós o que temos recebido dEle. Da mesma forma que Deus está ao nosso lado para nos animar até mesmo nas provas mais difíceis, assim devemos estar ao lado dos que estão sendo provados.

Os sofrimentos de Cristo terminaram quando Ele disse: “Está consumado” (Jo 19.30). Mas as mesmas atitudes que mandaram Jesus para cruz levaram os incrédulos e os falos crentes causarem uma série de sofrimentos a Paulo e seus companheiros, não só em Corinto, mas também na província romana da Ásia (2 Co 1.8-9). Assim, ele podia falar da “comunicação de suas aflições [dos sofrimento de Cristo]” Fp 3.10; Jo 15.20,21; At 14.22; Rm 8.17,18,36; Cl 1.24). Os sofrimentos eram equilibrados pela transbordante consolação e encorajamento que vêm por meio de Cristo.

Paulo e sua equipe suportaram todo esse sofrimento e aflição para ganhar as pessoas para Cristo e fundar a igreja em Corinto. O que Paulo queria que os coríntios soubessem era que Deus permite que coisas aconteçam para levar-nos ao nosso extremo, até onde podemos suportá-las, a fim de nos ensinar a confiar nEle. O Deus que ressuscita os mortos não nos abandonará. Ele nos ama e quer que confiemos nEle, (2 Co 1.9).

                                  O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES
A SOBERANIA DE DEUS = A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providência e na salvação é básica à crença bíblica e ao louvor bíblico. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; conforme Sl 11.4; 45.6; 47.8-9; Hb 12.2; Ap 3.21). 

Somos constantemente lembrados, em termos explícitos, que o SENHOR (YAWEH) reina como rei, exercendo o seu domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Ex 15.18; Sl 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31).
O domínio de Deus é total: ele determina como ele mesmo escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres.

As criaturas racionais de Deus, angélicas ou humanas, gozam de livre arbítrio, isto é, têm o poder de tomar decisões pessoais quanto àquilo que desejam fazer. Não seríamos seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Nem seria possível distinguir – como as Escrituras fazem – entre os maus propósitos dos agentes humanos e os bons propósitos de Deus, que soberanamente, governa a ação humana como meio planejado para seus próprios fins (Gn 50.20; At 2.23; 13.26-39). Contudo, o fato da livre ação nos confronta com um mistério. 

O controle de Deus sobre os nossos atos livres – atos que praticamos por nossa própria escolha – é tão completo como o é sobre qualquer outra coisa. Mas não sabemos como isso pode ser feito. Apesar desse controle, Deus não é e não pode ser autor do pecado. Deus conferiu responsabilidade aos agentes morais, no que concerne aos seus pensamentos, palavras e obras, segundo a sua justiça. O Sl 93 ensina que o governo soberano de Deus (a) garante a estabilidade do mundo contra todas as forças do caos (vs. 1-4); (b) confirma a fidedignidade de todas as declarações e ensinos de Deus (v. 5) e (c) exige a adoração do seu povo (v. 5). O salmo inteiro expressa alegria, esperança e confiança no Todo-Poderoso. (Bíblia de Estudo de Genebra, Nota Teológica, página 991).

1. Definição. A soberania divina é a garantia de que as promessas de Deus jamais falham e a análise desta prerrogativa do Senhor é importantíssima para o fortalecimento de nossa fé. A soberania de Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm Lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e Lhe são subservientes.
As provas bíblicas da soberania de Deus são abundantes, mas aqui nos limitaremos a referir-nos a algumas das passagens mais significativas: Gn 14.19; Ex 18.11; Dt 10.14, 17; 1 Cr 29.11, 12; 2 Cr 20.6; Ne 9.6; Sl 22.28; 47.2, 3, 7, 8; Sl 50.10-12; 95.3-5; 115.3; 135.5, 6; 145.11-13; Jr 27.5; Lc 1.53; At 17.24-26; Ap 19.6. Dois dos atributos requerem discussão sob este título, a saber, (1) a vontade soberana de Deus, e (2) o poder soberano de Deus (Louis Berkhof – Teologia Sistemática – p. 68).

2. Soberania não é arbitrariedade.Falar da soberania de Deus não é nada mais do que falar da sua Divindade” - J. Blanchard. Deus exerce sua soberania em misericórdia abundante, não na rigorosa justiça. Sua paciência com Judá prova sua vontade de salvar e confirma o fato de que o fracasso da nação não foi culpa sua. A doutrina calvinista da predestinação não se sustenta justamente por contrariar os dois principais atributos de sua bondade: santidade e justiça. 


"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto".
Quando estudamos este texto, precisamos conhecer o assunto que o apóstolo Paulo está abordando aqui. O assunto de Paulo na seção que se inicia nesse versículo 28 de Romanos, capítulo 8, é sobre a segurança plena e total, a certeza absoluta da nossa salvação e a libertação suprema, final e completa de tudo o que o pecado nos causou.Veja que este versículo inicia assim: "E..." – esse vocábulo "E" serve para duas funções principais neste texto:

Ela forma o elo com o argumento maior do capítulo todo.
Uma conexão subsidiária, isto é, secundária, no sentido de que é uma continuidade do que Paulo dissera na seção anterior, quando ele falou sobre o ESPÍRITO SANTO nos socorrer nas nossas fraquezas.

Que o SENHOR nos ajude a estudar estes textos com reverência e temor. Não há privilégio maior para um cristão nesta terra do que estudar essa doutrina.
Agora, no versículo 28 Paulo afirma uma proposição (Ato ou efeito de propor) e faz uma asserção (Proposição afirmativa ou negativa que anuncia um fato; afirmação). Depois, nos versículos 29 e 30, ele prova e demonstra a sua asserção. Essa é uma das declarações mais importantes feitas por Paulo, como também uma das declarações mais consoladoras de todas as declarações que temos em toda a Bíblia.

Quando Paulo diz: "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados por seu decreto" (RC). No original grego este texto está da seguinte forma: "E sabemos que, para aqueles que amam a DEUS, todas as coisas contribuem juntamente para o bem". E para "aqueles que amam a DEUS" que todas as coisas contribuem juntamente para o bem. Isto quer dizer que esta declaração apostólica está relacionada com aqueles que amam a DEUS.

O que significa "todas as coisas?" Se nós seguimos a leitura do capitulo 8 de Romanos, veremos que ele diz: "A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada". Todas essas coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS. Vamos atentar para alguns aspectos interessantes neste texto:
As pessoas gostam desse versículo, porque elas entendem esse "bem", como "bem estar". Elas põem uma palavrinha que estragam todo o versículo. Todas as coisas cooperam para o "bem estar".

Veja que o que é esse "bem". O verso 29 inicia assim: "Porquanto...". Aqui, temos uma conjunção coordenativa na língua portuguesa, que tem a função de explicar a causa, o motivo expresso na oração principal.

Na língua grega, temos aqui uma conjunção que é hoti. Essa conjunção tem a função de unir as orações, e por conseguinte explicar.
Então, "Porquanto" é explicativo. Ele vai explicar o versículo 28.

Portanto, não é o nosso "bem estar". É um "bem" muito maior do que "bem estar". É um "bem", por causa do qual, muitas vezes nós podemos passar por muito "mal estar". Quando a cruz está cortando a sua vida, isso não traz um "bem estar". Isso pode trazer um "mal estar" por um lado, ao mesmo tempo em que traz um gozo por outro.

Mas o verso 29 explica assim: "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou..." – aqui, ele deu um alvo antecipado, porque Ele nos pré-conheceu, antes de nós nascermos. Então ele nos predestinou, para que? "Para serem conformes (ou conformados, ou tomarem a forma) à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos".

Nós estamos sendo conformados à imagem do seu Filho, para que Ele (O SENHOR JESUS) "seja o primogênito entre muitos irmãos". Agora você entende qual é o propósito de DEUS para a sua vida? Conformar você, à semelhança de CRISTO.
Note que no versículo 30, os verbos estão todos no passado. "E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou". Até o "glorificou" está no passado. Porque em CRISTO, tudo já está feito. Tudo está consumado!

Nele temos a garantia de que nenhum daqueles que verdadeiramente creram Nele, irá se perder. Todos estaremos lá, porque Ele está lá, conduzindo muitos filhos à glória.
Quando hoje, nós passamos por aflições, este é o momento que nós temos que olhar. Todas as coisas cooperam. Isso é glória.

Vamos ler dois textos:

Cl 1.27 - "... CRISTO em vós, a esperança da glória."
Hb 2.10 - "Porque convinha que aquele, por cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse, por meio de sofrimentos, o Autor da salvação deles".
"todas as coisas"

Paulo diz, todas as coisas literalmente. Ele se refere às coisas boas, favoráveis; mas também às coisas que parecem estar contra nós, coisas que parecem ruins para nós, coisas que são determinadoras, atemorizantes, deprimentes. Ele inclui tudo. Paulo já havia falado disso em Romanos 5.2-5: "... e gloriamo-nos na esperança da glória de DEUS. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de DEUS é derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO, que nos foi outorgado".

Um outro texto que corrobora com este é Deuteronômio 8.3-7 que diz: "Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR, prometeu sob juramento a vossos pais. Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu DEUS, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. 

Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o homem. Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu DEUS. Guarda os mandamentos do SENHOR, teu DEUS, para andares nos seus caminhos e o temeres; porque o SENHOR, teu DEUS, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas".

O termo, "cooperam" - no grego é sunergeo, e ocorre cinco vezes no N.T., - (Mc 16.20; Rm 8.28; 1 Co 16.16; 2 Co 6.1; Tg 2.22), e significa: "trabalhe com", "avançar". O termo "bem" - no grego é o vocábulo agathos, que significa: "beneficio", "útil" e "excelente".
Como saber se essa verdade se aplica a mim?

Primeiro devemos descobrir se de fato nossa vida se amolda à descrição dada pelo apóstolo, quando diz que essas pessoas "amam a DEUS". Veja que nos escritos de Paulo, ele deu certa ênfase a isto, como por exemplo, em I Co 2.9: "mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam". O que está evidente na mente de Paulo ao escrever estes textos é mostrar que o cristão no aspecto prático da sua vida cristã, é alguém que sua vida vai além do simples fato de crer em DEUS. Tiago diz que os "... os demônios crêem que estremecem" - (Tg 2.19).

Amar a DEUS é o teste mais penetrante e mais completo da vida cristã prática. Em Lucas 10.27, o SENHOR JESUS disse: "A isto ele respondeu: Amarás o SENHOR, teu DEUS, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento". Aqui somos conduzidos a refletir:

Somos incapazes por nós mesmos de amar o SENHOR. Nosso amor deve ser pelo amor de DEUS em nós; Paulo disse em Romanos 5.5, que "... o amor de DEUS é derramado em nosso coração pelo ESPÍRITO SANTO, que nos foi outorgado". O amor é totalmente inclusivo. Quando amamos todas as partes do nosso ser estão incluídas. Nós não amamos por seções da nossa personalidade. O amor é sempre totalitário em suas exigências e respostas.

DESFRUTANDO A PAZ DO SENHOR == A PAZ DE DEUS
Jr 29.7 “Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.”
A palavra hebraica para “paz” é shalorn. Tem muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.
(1) Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra  ( 1 Sm 7.14;  1 Rs 4.24;  1 Cr 19.19).
(2) Pode referir-se, também, a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil  (2 Sm 3.21-23;  1 Cr 22.9;   SI 122.6,7).
(3) Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, tanto dentro do lar (Pv 17.1; 1 Co 7.15). Quanto fora (Rm 12.18;  Hb 12.14;  1 Pe 3.11).
(4) Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4.8;  119.165;  cf. Jó 3.26) e com Deus  (Nm 6.26;  Rm 5.1).
(5) Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1—2, Ela descreve o mundo originalmente criado que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31).
A INTERRUPÇÃO DA PAZ. = Quando Adão e Eva deram atenção à voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3.1-7), Sua desobediência introduziu o pecado e se interrompeu a harmonia original do universo.
(1) Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, a culpa e vergonha diante de Deus    (Gn 38), e uma perda da paz interior.
(2) O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com Deus. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com Deus (cf. 3.8),  Mas depois esconderam-se “da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim” (Gn 3.8). Ao invés de sentirem anelo pela conversa com Deus, agora tiveram medo da sua voz   (Gn 3.10).
(3) Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando Deus começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3.12), E Deus declarou que a rivalidade entre o homem e a mulher continuariam (Gn 3.16).
Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, Desde as discussões e a violência no lar (cf. 1 Sm 1.1-8;  Pv 15.18; 17.1), até os conflitos e guerras internacionais.
(4) Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza.  Antes de Adão pecar, trabalhava alegremente no jardim do Eden (Gn 2.15), E andava livremente entre os animais, dando nome a cada um (Gn 2.19,20). Parte da maldição divina após a queda envolvia a inimizade entre a serpente e Adão e Eva (Gn 3.15), Bem como uma nova realidade: o trabalho produziria suor e labuta (Gn 3.17-19).
Antes havia harmonia enti a raça humana e o meio-ambiente, Agora luta e conflito de modo que “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”  (ver Rm 8.22 nota).
A RESTAURAÇÃO DA PAZ. == Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, E até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.
(1)                Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, O restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas das promessas do AT a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de Deus governaria as nações (SI 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15).
Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6,7).
Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26).
E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou:
“E este será a nossa paz” (Mq 5.5).
(2) Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo  (1 Jo 3.8) E para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17).
Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz  (Jo 14.27;   16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20;  2.14,15;  cf. Is 53.4,5).
Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus   (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz (At 10.36;  cf. Is 52.7).
(3) Apenas saber que Cristo veio como o Príncipe da Paz. Não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; Para experimentar a paz há que se estar unido com Cristo numa fé ativa. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Quando assim faz, a pessoa é justificada pela fé  (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16)
E assim tem paz com Deus (Rm 5.1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de viver-se em paz  (Lv 26.3,6).
 Os profetas do AT declaram freqüentemente que não há paz para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10,16).
Afim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o- Espfrito Santo, Que começa a operar em nós um aspecto do fruto, que é a paz    (GI 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do Espírito, deve-se orar pedindo a paz. (Sl 122.6,7;  Jr 29.7;   ver Fp 4.7 ),
Deixar que a paz governe o coração.  (Cl 3.15),
Buscar a paz e segui-la (Sl 34.14;  Jr 29.7;  2 Tm 2.22;  1 Pe 3.11),
E esforçar-se por viver em paz com o próximo. (Rm 12.18;  2 Co 13.11;  1 Ts 5.13;   Hb 12.14).
POR QUE DEUS PERMITE SOFRIMENTOS NA VIDA DO CRISTÃO?:

O apóstolo Paulo usa os seus próprios sofrimentos como ilustrações, para que possamos entender as razões de Deus permitir sofrimentos na vida do crente. São elas:  

(1) - PARA QUE CONHEÇAMOS AS POSSIBILIDADES DE DEUS - Quando estamos debaixo da luta, temos a possibilidade de descobrir que a graça de Deus é suprimento mais que suficiente para qualquer circunstância da vida. Descobrimos que há conforto, socorro e provisão de força para toda aflição; descobrimos a natureza do nosso Deus – II Cor 1:2-3; 

(2) - PARA QUE OUTROS POSSAM SER CONSOLADOS – II Cor 1:4 – Quando murmuramos, estamos testemunhando que Deus é infiel, que as Escrituras não são verdade, que não teremos do Senhor socorro e fortalecimento. Neste caso, somos instrumentos do abatimento da fé. Mas, quando enfrentamos as lutas na força do Senhor, somos testemunho vivo de que Deus nos consola e sustenta. 

(3) - PARA NOS ENSINAR A NÃO CONFIARMOS EM NÓS MESMOS, MAS EM DEUS – II Cor 1:8-9 - Esta talvez seja uma das maiores razões por que Deus envia-nos sofrimentos. É para quebrar nosso espírito duro e obstinado, que insiste em viver pelos seus próprios ditames e recursos.  

(4) - PARA QUE O SENHOR SEJA LOUVADO PELA RESPOSTA ÀS ORAÇÕES - Os sofrimentos nos ensinam que somos membros de uma família, fazemos parte do corpo de Cristo e necessitamos uns dos outros. Aprendemos com ele a orar uns pelos outros, pois será em reposta a estas mesmas orações que Deus enviará a Sua bênção e trará livramento! Ele será louvado por todos que participaram do nosso sofrimento.  
(5) - PORQUE OS CRISTÃOS SÃO SERES HUMANOS - O fato de sermos cristãos não quer dizer que estejamos isentos de doenças, padecimentos, desastres naturais, tragédias e a morte. Alguns são milagrosamente salvos ou curados; outros, passam pelo fogo do padecimento; 

(6) - PORQUE, MESMO CRENTES, AINDA PECAMOS E DESOBEDECEMOS A DEUS - I Cor 11:28-32; = I Pe 4:17-19; =  Hb 12:5-11.  

(7) - PORQUE A IGREJA NÃO É UM ABRIGO CRISTÃO CONTRA O SOFRIMENTO - Se os crentes estivessem isentos do sofrimento, os não cristãos viriam correndo para a porta da Igreja como se ela fosse um abrigo contra o sofrimento. A popularidade do Cristianismo está crescendo; muitos não cristãos acham que, por motivos comerciais ou políticos, devem pertencer à Igreja e fazer uma profissão de fé que não está de acordo com a vida que levam. Mas quando o sofrimento e a perseguição caem sobre nós, há uma diferença. 

(8) - PORQUE DEUS USA O SOFRIMENTO PARA NOS DISCIPLINAR (Apc 3:19) - Para nos tornarmos aquilo que Deus quer que sejamos, temos que ser homens de fé e de sofrimento (Hb 2:10).
Se Ele alcançou a perfeição pelos sofrimentos, como podemos esperar fugir? (Hb 11:33-40)
Temos que nos dar conta de que,  quando Deus permite que tais coisas aconteçam, existe um motivo que acabará sendo do conhecimento do indivíduo - Hb 12:11; = Sl 119:67,71;  

(9) - PORQUE HÁ UMA VANTAGEM A SE TIRAR DO SOFRIMENTO - Podemos tirar vantagem da experiência do sofrimento, suportando-o pacientemente e aprendendo com ele, ao invés de lutar contra ele (Jó 23:10 cf I Pe 1:7);  

(10) - PORQUE O SOFRIMENTO NOS MANTÉM HUMILDES E DE JOELHOS - O sofrimento aumenta nossa vida de oração. Nada nos porá de joelhos mais depressa do que os sofrimentos; 

(11) - PORQUE O SOFRIMENTO NOS ENSINA A PACIÊNCIA - (I Pe 2:20) - Deus está no controle dos acontecimentos e temos que ser submissos e pacientes à vontade de dEle.

DEPOIS DO SOFRIMENTO, DAS AFLIÇÕES, VÊM AS BÊNÇÃOS:

Os que dizem que os filhos de Deus não sofrem, são falsos mestres que não conhecem e não aceitam a palavra do Senhor: Jó perdeu tudo; Jeremias foi preso; João Batista foi decapitado; Estevão foi apedrejado; Paulo sofreu naufrágio e prisões e Jesus foi crucificado. O sofrimento desta vida é temporário; o de Jó foi intenso, mas não durou para sempre. É bem provável que ele lembrou, durante o resto da vida, daquelas experiências doloridas. Mas a crise passou e a vida continuou. Deus restaurou as posses dele em porções dobradas - Jó 42:10-17;  

A mesma coisa acontece conosco. Enfrentamos alguns dias muito difíceis, mas as tempestades passam e a vida continua. Em Cristo Jesus, nós temos uma grande vantagem: uma esperança bem definida de perseverança e consolação - Hb 12:1-3  Os problemas da vida não sugerem falta de fé e não são provas de algum terrível pecado na nossa vida. Jó foi fiel a Deus no período do seu sofrimento, sendo abençoado sobremaneira. A fidelidade de Jó precisa calar nosso coração: Jó 1:20-22 cf  Tg 1:2-4.

CONCLUSÃO

Nenhum de nós saberá o motivo total do sofrimento dos fiéis. Se os crentes que nos antecederam não foram isentos, por que nós seríamos?!  O apóstolo Paulo aprendeu, nas suas muitas aflições, que nenhum sofrimento, por severo que seja, poderá separar o crente dos cuidados e da compaixão do seu Pai celeste - Rm 8.35-39. 

Divinamente inspirado, ele escreveu um hino de louvor a Deus, retratando que O SSENHOR DEUS NÃO EXPLICA TODAS AS COISAS! - Rm 11:33-36;  
Por fim, meditemos em uma das declarações feitas pelo Senhor Jesus: 

- “O QUE EU FAÇO, NÃO O SABES TU AGORA, MAS TU O SABERÁS DEPOIS” – Jo 13:7.  
Quando nos curvamos à vontade de Deus, encontramos o caminho do Senhor. Esta é a vitória da fé submissa. Curvemo-nos, para obedecer; inclinemo-nos, para vencer.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAGIA 

pnlyvc.blogspot.com.br
Lições bíblicas CPAD 2010
Bíblia de Estudo Pentecostal
Cronica publicada na lista de mensagens Solascriptura-TT

Por que Deus permite sofrimentos na vida do cristão - Paschoal Piragine Jr.

HORTON,Stanley. I e II Coríntios, pp.182-184, 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD,2003.



20 de junho de 2012

A FORMOSA JERUSALÉM

A FORMOSA JERUSALÉM

TEXTO ÁUREO  =  “Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3.13).

VERDADE PRÁTICA = Que jamais nos esqueçamos de nossa cidadania celeste obtida por Cristo na cruz. Aqui, neste mundo cruel e iníquo, não passamos de peregrinos. Mas com a ajuda de Nosso Senhor, caminhamos para a Nova Jerusalém de Deus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = APOCALIPSE 21.9-27

INTRODUÇÃO

Emílio Conde, num momento de raríssima inspiração, assim cantou a esperança do crente em relação à Nova Jerusalém: “Quão glorioso, cristão, é pensares/ Na cidade que não tem igual / Onde os muros são de puro jaspe E as ruas de ouro e cristal / Pensa como será glorioso / Verse a triunfal multidão / Que cantando, aguarda a chegada / Dos que vencem a tribulação.” (Harpa Cristã, 26)

O anseio demonstrado pelo irmão Conde, que já dorme no Senhor, é também o nosso. Não podemos depositar a nossa esperança num mundo que jaz no maligno, e que não poupa esforços por destruir a santíssima fé que recebemos de Cristo Jesus. Embora estejamos ainda aqui, o nosso coração acha-se ligado àquela ditosa cidade, cujo arquiteto e artífice é o próprio Deus. Na Jerusalém Celeste, passaremos a eternidade na companhia de Cristo Jesus — o Imaculado Cordeiro que se entregou a si mesmo, redimindo-nos de nossas iniqüidades.

A REALIDADE DA NOVA JERUSALEM

A crença na Jerusalém Celeste não é uma ficção futurística, nem um devaneio inconseqüente. Trata-se de urna doutrina sólida, cujas raízes podem ser descobertas já no alvorecer da História Sagrada. Haja vista o sonho de Jacó. O patriarca viu uma escada unindo a terra ao céu, e por esta desciam e subiam os anjos de Deus (Gn 28.10-17). Na consagração do Santo Templo, o rei Salomão confessa a sua fé na imensidade do Todo-Poderoso, afirmando que o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos humanas (2 Cr 6.18). Referia-se ele à excelsa habitação do Senhor. Mais adiante, nos Salmos, pergunta o poeta: “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?” (SI 15.1).

No livro de Isaías, deparamo-nos com explícitas referências aos novos céus e à nova terra: “Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão” (Is 65.17). Embora haja abundantes referências e muitas inferências sobre a futura morada dos santos, as passagens citadas são mais do que suficientes para mostrar-nos que a crença no porvir não é uma fantasia; é uma doutrina digna de todo o crédito.


A GRANDE E BENDITA ESPERANÇA DO POVO DE DEUS

O verdadeiro crente tem a sua esperança centrada em Deus. Sabe que, neste mundo, não passa de um peregrino que, orando e chorando, encaminha-se para a Jerusalém Celeste. Concentremo-nos, pois, no exemplo de Abraão, nosso pai na fé.

1. A experiência de Abraão. Apesar de Abraão haver recebido a terra de Canaã por herdade perpétua, sua esperança achava-se voltada para os céus, conforme escreve o autor da Epístola aos Hebreus: “Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hb 11.8-10).

Ora, se a herança temporal e terrena do patriarca era algo mau- dito, o que não dizer da promessa de uma cidade arquitetada e construída pelo próprio Deus? Abraão, olhando além do horizonte material, visualizou a Jerusalém Celeste.

2. Pensando nas coisas que são de cima. No capítulo 12 de sua Segunda Epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo, descrevendo suas experiência, revela que, certa vez, foi arrebatado ao terceiro céu, onde ouviu palavras inefáveis que o comum dos mortais não poderia escutar. Teria ele visto a Jerusalém Celeste? Eis porque exorta-nos a pensar nas coisas que são de cima; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” (Cl 3.1,2).

Que exortação! Se a nossa mente estivesse sempre centralizada nas coisas que são de cima, jamais perderíamos tempo com as coisas passageiras desta vida.

O QUE E A NOVA JERUSALEM

Ao contrário do que ensinam os incrédulos, a Nova Jerusalém não é uma suposição nem algo imaginário; é real e concreta. No Apocalipse, temos dela uma descrição rica e pormenorizada. Vejamos o que é, de fato, a gloriosa cidade que, uni dia, estaremos adentrando, a fim de estarmos para sempre com Nosso Senhor Jesus Cristo.

1. Definição. A Nova Jerusalém, também conhecida como a Jerusalém Celeste, é o lugar que nos preparou o Senhor, para que, na consumação de todas as coisas, estejamos eternamente com Ele. É descrita ainda, pelo próprio Senhor, como a casa de meu Pai, onde há muitas moradas (Jo 14.1-4). Isto significa que há lugar para todos os que vierem a recebê-lo como o seu único e suficiente Salvador.

2. A localização da Nova Jerusalém. Acha-se esta cidade muito além do espaço sideral, num lugar jamais imaginado pela mente humana. Neste exato momento, enquanto ansiamos pela chegada do Cordeiro, a Nova Jerusalém, lindamente ataviada, aguarda a chegada do Esposo que, juntamente com a Igreja, adentrará os seus limites, levando os céus e a terra, conforme cantamos no hino três da Harpa Cristã, a ser a mesma grei.
É o que podemos adiantar, por enquanto, acerca da localização da Nova Jerusalém. Quando lá estivermos, viremos a conhecê-la detalhadamente.

3. Suas dimensões. A cidade forma um cubo perfeito numa alusão ao Santo dos santos do Tabernáculo. Suas dimensões chegam a 12 mil estádios (Ap 21.16) que, de conformidade com as medidas atuais, equivalem a 2.260 km2. Isso, em medidas terrenas. As medidas celestes estão do outro lado; não são aprendidas aqui. Concluímos que a cidade toda formará um perfeito santuário, no qual o Senhor será sublime e eternamente glorificado pelos redimidos de todas as eras da  História Sagrada.

4. Seu aspecto. A beleza da cidade é singularmente indescritível. Utilizando-se da limitação e das imperfeições da linguagem humana, embora inspirado por Deus, João assim descreve-nos a Ditosa Cidade: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo; Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou- me em espírito a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente. E tinha um grande e alto muro com doze portas, e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel.

Da banda do levante, tinha três portas; da banda do norte, três portas; da banda do sul, três portas; da banda do poente, três portas. E o muro da cidade tinha doze fundamentos e, neles, os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro” (Ap 21.9-15).

A NOVA JERUSALÉM APOCALIPSE 21-22

A marcha da história rumo ao julgamento é concluída em Apocalipse 20. Ali, depois de mil anos de paz imposta por Jesus como o Messias Governante, Satanás é libertado. Não há dúvida de que os primeiros mestres na igreja estavam convencidos de que esse reino milenar seria estabelecido, e durante seu período, as promessas dos profetas do AT a Israel seriam cumpridas. Mas surge a questão: por que? Além do fato de que esse período iria permitir que Deus cumprisse literalmente as promessas dos profetas, por que essa era seria uma parte do seu plano eterno?

O fato de que depois de sua libertação Satanás rapidamente reúna seguidores é sugestivo. De certa forma, toda a história humana é uma demonstração da verdade das palavras de Deus a Adão, advertindo- o para que não comesse o fruto proibido: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). Essa realidade estava demonstrada na ira assassina de Caim contra Abel. Estava demonstrada no mergulho da sociedade pré-diluviana numa corrupção tão grande que somente um dilúvio devastador poderia livrar aquele mundo do mal.

A realidade da queda do homem estava demonstrada na idolatria que reinou até os dias de Abraão; na falta de disposição da geração do Êxodo que se beneficiou dos milagres de Deus, mas que não confiou suficientemente nEle pata entrar na Terra Prometida. A realidade da queda do homem estava exibida na recusa de Israel em viver segundo a Lei de Deus, e no fracasso dos cristãos em viver plenamente a transformação que o Espírito de Deus veio possibilitar.

Por repetidas vezes, época após época mostrou o terrível efeito dos pecados nos seres humanos. Mas uma questão ainda permanece: e se os seres humanos vivessem em um ambiente perfeito? E se uma sociedade moral se tornasse uma realidade e durante centenas e centenas de anos fosse removida qualquer influência do mal? E se o bem penetrasse em cada instituição humana e somente o bem fosse o exemplo para os jovens enquanto amadurecessem? De acordo com muitos cientistas sociais modernos, em tal utopia os seres humanos seriam diferentes. Seriam erradicadas as tendências em relação ao pecado, que nós percebemos em nós mesmos e vemos em todas as outras pessoas?

Como é fascinante encarar o reino milenar como o laboratório de comportamento dos cientistas, e como a demonstração definitiva de Deus do terrível impacto do pecado. Mesmo depois de mil anos do reinado beneficente de Cristo, os seres humanos não
regenerados ainda correm para seguir Satanás quando ele é libertado. Eles alegremente voltam as costas para Cristo e cortem em direção à promessa de “liberdade”, pata seguir os impulsos que anteriormente foram forçados a conter,

Agora, por fim, a verdade é inegável. Os seres humanos estiveram completamente corrompidos pelo pecado. Somente a fé pessoal na obra salvadora de Cristo pode ser suficiente para escrever qualquer nome no Livro da Vida. A medida que cada homem separado de Cristo é chamado diante do grande trono branco de Deus para enfrentar o julgamento fina!, cada um deles é declarado deficiente, e é condenado. Condenado, de acordo com as palavras severas de João, a um “lago de fogo e enxofre” (19.20), onde, com Satanás e o Anticristo, “serão atormentados para todo o sempre” (20.10).

O livro do Apocalipse, em harmonia com o restante do Novo Testamento e também com o Antigo Testamento, afirma a siigu1aridade dos seres humanos. Criado à imagem de Deus, nenhum indivíduo pode ter sua identidade simplesmente extinta. Cada um de nós está destinado a permanecer como um ser, autoconsciente e alerta, por toda a eternidade. Para os perdidos, isto significa a punição eterna. Para os salvos, o significado está delineado em Apocalipse 21 e 22.

A APRESENTAÇÃO PRÉVIA DA ETERNIDADE PARA OS SALVOS

Apocalipse 2 1—22 descreve um novo céu e uma nova terra, criados por Deus para serem o lar dos justos. O importante a respeito desta nova criação é que aqui, por fim, Deus e uma humanidade redimida viverão juntos em comunhão e harmonia.
Para nós, isto quer dizer que “o mesmo Deus estará com eles e será seu Deus.., não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (21.3,4).
Para Deus, isto significa o cumprimento das possibilidades que eram inerentes na criação original de um Adão e uma Eva inocentes. Pois no novo mundo não há lugar para os “tímidos, e os incrédulos, e os abomináveis, e os homicidas, e os fornicadores, e os feiticeiros, e os idólatras e todos os mentirosos” (21.8). O novo mundo só é habitado pelos redimidos e pelos justificados.

Estes dois capítulos também descrevem algumas características do novo universo. Como o nosso universo atual, ele contém um planeta chamado terra, mas um planeta que não está preso a nenhum sol. Como diz João, “a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é sua lâmpada” (21.23).

Uma das características mais surpreendentes do novo mundo é a “Nova Jerusalém” (21.2), descrita como um cubo cujos lados têm cerca de 1.500 milhas de extensão, com portões de pedras preciosas. Alguns, interpretando mal a passagem, ridicularizaram a idéia de que o “céu” pudesse ser tão pequeno. Como poderiam todos os crentes já falecidos estar contidos em um espaço como este? Mas assim como a antiga Jerusalém era apenas um dos espaços disponíveis para a primeira criação, a Nova Jerusalém não representa a totalidade do céu.

A glória de Deus sempre se expande muito além de nossa capacidade de compreensão. E, desta forma, a Nova Jerusalém é somente a capital da nova terra, que por sua vez é o centro de um vasto universo de hostes estelares. Por mais poderosa que a imaginação humana tenha provado ser, o que Deus preparou para nós está muito além de nossa capacidade de imaginar ou fantasiar.

E é aqui que as Escrituras nos deixam. Com uma advertência e uma promessa. Deixem que aqueles que fazem o mal continuem fazendo o mal. No final, Deus será vindicado.
E deixem que aqueles que decidiram seguir a Jesus aguardem fervorosamente pelo futuro. Em breve poderemos ouvir sua voz ecoando: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo sua obra” (22.12).

APOCALIPSE vv. 1-5

O estado celestial que antes foi descrito como uma cidade, e chamada de nova Jerusalém, aqui é descrito como um paraíso, aludindo ao paraíso terreno que foi perdido por causa do pecado de Adão; aqui há outro paraíso restaurado pelo segundo Adão. Um paraíso numa cidade, ou uma cidade toda em um paraíso! No primeiro paraíso, só havia duas pessoas para contemplar a beleza e experimentar os prazeres dele; mas nesse segundo paraíso, cidades e nações inteiras encontrarão prazer e satisfação abundantes. E aqui observe:

O rio do paraíso. O paraíso terreno era bem irrigado. Nenhum lugar que não o seja pode ser agradável ou frutífero. Esse rio é descrito: 1. Por sua nascente — o trono de Deus e do Cordeiro”. Todas as nossas fontes de graça, conforto e glória estão em Deus; e todos os nossos rios que vêm dele, vêm pela mediação do Cordeiro. 2.
Por sua qualidade — “...puro e claro como cristal”. Todos os rios de conforto terreno são barrentos; mas esses são claros, saudáveis e refrescantes, dando vida, e preservando vida, para os que bebem deles.

A árvore da vida, nesse paraíso. Havia uma árvore dessas no paraíso terreno (Cn 2.9). Esta de Apocalipse excede aquela em muito. E agora, com relação a esta árvore, observe: 1. A situação dela — “no meio de sua praça e de uma e da outra banda do rio”; ou, como poderia ter sido mais bem formulado: no meio entre o caminho da margem e o rio. Essa árvore da vida é nutrida pelas águas puras do rio que vêm do trono de Deus. A presença e as perfeições de Deus fornecem toda a glória e as bem-aventuranças do céu.

2. A fertilidade dessa árvore. (1) Produz muitos tipos de frutos — “. . . doze frutos”, apropriados para o paladar refinado de todos os santos. (2) Produz fruto o ano todo — “...de mês em mês”. Essa árvore nunca está vazia, nunca é infrutífera; sempre há fruto nela. No céu, não há somente uma variedade de prazeres puros e satisfatórios, mas uma continuidade deles, e sempre frescos. (3) O fruto não é somente agradável, mas saudável. A presença de Deus no céu é a saúde e felicidade dos santos; ali eles encontram nele o remédio para todas as suas enfermidades, e são preservados por Ele no estado mais saudável e vigoroso.

A perfeita liberdade nesse paraíso de tudo que é mau (v. 3): “E ali nunca mais haverá maldição contra alguém”; nenhum maldito — katanathema, não há serpente aí, como havia no paraíso terreno. Aqui está a grande excelência desse paraíso. O Diabo não tem o que fazer aí; ele não pode afastar os santos de servir a Deus para se submeterem a ele, como ele fez com os nossos primeiros pais, nem ao menos pode ele perturbá-los no seu serviço a Deus.

A suprema felicidade desse estado paradisíaco. 1. Ali os santos verão a face de Deus; aí irão desfrutar da santa visão. 2. Eles pertencerão a Deus, pois Ele colocará o seu nome e selo na testa deles. 3. “...e reinarão para todo o sempre”; o seu serviço será não somente liberdade mas honra e domínio. 4. Tudo acontecerá com conhecimento e alegria perfeitos. “Eles serão cheios da sabedoria e do conforto, continuamente andando na luz do Senhor; e isso não por um tempo, mas “. para todo o sempre”.

A CIDADE DE JERUSALÉM
1 Cr 11.7,8 “E Davi habitou na fortaleza, pelo que se chamou a Cidade de Davi. E edificou a cidade ao redo, desde Milo até completar o circuito; e Joabe renovou o resto da cidade.”
HISTÓRIA DA CIDADE DE JERUSALÉM.
A primeira referência à cidade de Jerusalém é sem dúvida em Gn 14.18, Onde Melquisedeque é citado como rei de Salém (Jerusalém; ver Gn 14.18).
Na época dos israelitas cruzarem o Jordão para entrarem na terra prometida, a cidade chamava-se “da banda dos jebuseus” (Is 15.8) ou “Jebus” (11.4).
Deixou de ser capturada durante a conquista de Canaã por Josué. E permaneceu em mãos dos cananeus até o tempo em que Davi chegou ao reino. O exército de Davi tomou Jebus de assalto, e Davi fez dela a sua capital (2 Sm 5.5-7; 1 Cr 11.4-7).
Jerusalém serviu de capital política de Israel durante o reino unido E, posteriormente, do reino do Sul, Judá.  Salomão, sucessor de Davi, edificou o templo do Senhor em Jerusalém (1 Rs 5—8; 2 Cr 2—5)
De modo que a cidade também tomou-se o centro religioso de adoração ao Deus do concerto. Por causa dos pecados de Israel, Nabucodonosor de Babilônia sitiou a cidade em 586 a.C.,  E finalmente a destruiu juntamente como templo  (2 Rs 25.1-11; 2 Cr 36.17-19).
Jerusalém permaneceu um montão de ruínas até o retomo dos judeus da Pérsia em 536 aC. Para reedificar tanto o templo quanto a cidade (Ed 3.8-13; 5.l—6.15; Ne 3.4).
Já nos tempos do NT, Jerusalém voltara a ser o centro da vida política e religiosa dos judeus. Em 70 d.C., porém, depois de freqüentes rebeliões dos judeus contra o poder romano,
A cidade e o templo voltaram a ser destruidos. Quando Davi fez de Jerusalém a sua capital, esta começou a receber vários outros nomes em consonância com a sua índole; nomes corno: “Sião” (2 Sm 5.7); “a Cidade de Davi” (1 Rs 2.10); “santa cidade’ (Ne 11.1); “a cidade de Deus” (Sl 46.4);
“a cidade do grande Rei” (SI 48.2); “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1.26); “a Cidade do SENHOR” (Is 60.14);
“O SENHOR Está Ali” (Ez 48.35) e “a cidade de verdade” (Zc 8.3). Alguns desses nomes são proféticos para a futura cidade de Jerusalém.
O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA 0S ISRAELITAS.
A cidade de Jerusalém tinha um significado especial para o povo de Deus do AT.
(1) Quando Deus relembrou sua lei diante dos israelitas na fronteira de Canaã, Profetizou através de Moisés que, a determinada altura no futuro, Ele escolheria um lugar  “para ali pôr o seu nome” (Dt 12.5,11,21; 14.23,24).
Esse lugar seria a cidade de Jerusalém (1 Rs 11.13; 14.21) Onde o templo do Deus vivo foi erigido; por isso, recebeu o nome de: “santa cidade”, “a Cidade de Deus”, e “a Cidade do SENHOR”. Três vezes por ano, todo homem em Israel devia ir a Jerusalém,  Para aparecer “perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher,
Na Festa dos Pães Asmos, e na Festa das Semanas, e na Festa dos Tabemáculos” (Dt 16.16; cf. 16.2,6,11,15).
(2) Jerusalém era a cidade onde Deus revelava sua Palavra ao seu povo (Is 2.3); era, portanto, “do vale da Visão” (Is 22.1).
Era, também, o lugar onde Deus reinava sobre seu povo Israel (SI 99.1,2; cf. 48.1- 3,12- 14).
Logo, quando os israelitas oravam, eram ordenados a orar “para a banda desta cidade” (1 Rs 8.44; cf. Dn 6.10).
As montanhas que cercavam Jerusalém simbolizavam o Senhor rodeando o seu povo com eterna proteção  (Sl 125.1,2).
Em essência, portanto, Jerusalém era um símbolo de tudo quanto Deus queria para o seu povo. Sempre que o povo de Deus se congregava em Jerusalém, todos deviam lembrar-se do poder soberano de Deus, Da sua santidade, da sua fidelidade ao seu povo e do seu compromisso eterno de ser o seu Deus.
(3) Quando o povo de Deus destruiu seu relacionamento com Ele por causa da sua idolatria e de não querer obedecer aos seus mandamentos. O Senhor permitiu que os babilônicos destruíssem Jerusalém, juntamente com o templo. Quando Deus permitiu a destruição desse antigo símbolo da sua presença constante entre os seus, Estava dando a entender que Ele pessoalmente estava se retirando do seu povo. Note que a promessa de Deus, de um “concerto eterno” com seu povo,
Sempre dependia da condição prévia da obediência deles à sua vontade revelada. Dessa maneira, Deus estava advertindo o seu povo, daqueles tempos e de agora, que todos devem permanecer fiéis a Ele e obedientes à sua lei, Se quiserem continuar a desfrutar de suas bênçãos e promessas,
O SIGNIFICADO DE JERUSALÉM PARA A IGREJA CRISTÃ.
A cidade de Jerusalém também era importante para a igreja cristã.
(1) Jemsalérn foi o lugar onde nasceu o cristianismo. Ali Jesus foi crucificado e ressuscitou dentre os mortos. Foi também em Jerusalém que o Cristo glorificado derramou o Espírito Santo sobre os seus discípulos no Pentecostes (At 2).
A partir daquela cidade, a mensagem do evangelho de Jesus Cristo espalhou-se “até aos confins da terra’ (At 1.8; cf. 24.47).
A igreja de Jerusalém foi a igreja-mãe de todas as igrejas, e a igreja a qual pertenciam os apóstolos (At 1.12-26; 8.1).
Ao surgir uma controvérsia se os gentios crentes em Jesus tinham de ser circuncidados, Foi Jerusalém a cidade onde reuniu-se o primeiro concilio eclesiástico de importância para resolver o assunto (At 15.1-31; 012.1- 10).
(2) Os livros do NT reiteram boa parte do significado da Jerusalém do AT, Mas com uma nova aplicação: de uma cidade terrena para uma cidade celestial. Noutras palavras, Jerusalém, como a cidade santa, já não estava aqui na terra Mas no céu; onde Deus habita e Cristo reina à sua destra; de lá, Ele derrama as suas bênçãos; E de lá, Jesus voltará. Paulo fala a respeito de Jerusalém “que é de cima”, que é nossa mãe (GL 4.26).
O livro de Hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a salvação, Os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas “ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (Hb 12.22).
E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá “do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido” (Ap 21.2; cf. 3.12).
Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: “Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, E eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus” (Ap 21.3).
Deus e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3).
(3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de Deus? Isaias em 65.17 do seu livro fala de “céus novos e nova terra” (Is 65.17),
E em seguida apresenta um “Mas” enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do cap. 65 trata das condições mileniais, Muitos crêem que quando Cristo voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6),  Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém.  Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), A  Jerusalém celestial descerá à nova terra como a sede do reino eterno de Deus (ver Ap 21.2 ).
CONCLUSÃO

Quem entrará na Jerusalém Celeste? Aquele, cujo nome encontra- se no Livro da Vida do Cordeiro. Portanto, se você ainda não recebeu a Jesus como o seu único e suficiente Salvador, aceite-o neste momento, e siga-o fielmente até o fim. E, assim, entrará você na Cidade, e para sempre estará com o Senhor.

Ressaltamos, porém, que o nosso maior prazer não será propriamente estar na Jerusalém Celeste; e, sim, permanecer na companhia de Nosso Senhor Jesus Cristo pelos séculos dos séculos. Maranata!





Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 2004

Bíblia de Estudo Pentecostal

Comentário Histórico Cultural do Novo Testamento

Comentário Bíblico Mathew Henry  - Novo Testamento Edição Completa