29 de novembro de 2011

O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR

O EXERCÍCIO MINISTERIAL NA CASA DO SENHOR – Ev. José Costa Junior


CONSIDERAÇÕES INICIAIS


             O assunto desta lição diz respeito ao exercício ministerial na casa do SENHOR. Para melhor ambientar os leitores desta preciosa lição, farei um breve resumo do que estamos tratando, para depois analisar versículo por versículo, utilizando-me, dentre outros, dos ricos comentários de William Kelly.


             Passados doze anos da permanência de Neemias em Jerusalém, este teve que retornar a Suzã por um breve espaço de tempo (433-430 a.C.), o repovoamento e a redistribuição de terras autorizados por Neemias foi realmente posto em prática. Essa pode ter sido a ocasião em que o sacerdote Eliasibe mudou-se para Jerusalém. Esse Eliasibe, segundo Fensham, não deve ser confundido com o sumo sacerdote Eliasibe, visto que este jamais seria identificado com alguém responsável pelos armazéns do templo (Ne 13;4). De qualquer forma, quando Neemias voltou de Susã para Jerusalém, encontrou Eliasibe na cidade e, para seu profundo desgosto, achou também Tobias, seu velho adversário. Tobias estava ligado, por laços familiares de casamento, a alguns dos líderes de Jerusalém (Ne 6;17,18), e de alguma forma conseguiu um acesso direto ao templo de DEUS, juntamente com todos que apoiavam sua causa. Neemias imediatamente mandou que Tobias fosse expulso das câmaras do templo e determinou que estas fossem purificadas.


             Não é possível determinar quais foram os negócios urgentes que impeliram o restaurador Neemias de voltar para Susã em 433 a.C.. Pode ser que a resposta seja bastante simples: é possível que seu período de licença já estivesse expirado, sendo-lhe necessário retornar para renová-la. De qualquer forma, ele não demorou muito na capital do império, embora sua curta ausência tenha sido um período grande o suficiente para todo tipo de problemas ressurgir. Neemias viu que os levitas haviam sido negligenciados, o dia de sábado já não era observado e os malsucedidos casamentos mistos voltaram a ser comuns no meio do povo. Até mesmo um dos filhos do sacerdote Joiada tinha se casado com a filha de Sambalate! (Ne 13;28)


             Mais uma vez, Neemias viu-se forçado a promulgar uma série de mudanças. Ele dedicou as muralhas – provavelmente no aniversário de sua construção – e aproveitou a ocasião para estabelecer um sistema que providenciava sustento para os levitas, além das ofertas do povo determinadas pela Lei. Ele também fez com que as determinações de Moisés a respeito dos estrangeiros, especialmente dos amonitas e moabitas, fossem lidas, de sorte que não houvesse mistura na santa congregação de Israel (Ne 13;1-3 *cf. Dt 23;3-6). Essa atitude foi uma resposta direta à presença de Tobias, o amonita, nos recintos sagrados do templo.


             O objetivo deste estudo é trazer algumas informações, colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão sobre os ensinos de Neemias ao zelar pelo exercício ministerial do pós exílio. Não há nenhuma pretensão de esgotar o assunto ou de dogmatizá-lo, mas apenas trazer ao professor da EBD alguns elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula e fazer coro com o autor da lição para alertar o povo de DEUS quanto aos cuidados no ministério cristão. 


             I. CONTAMINAÇÃO DO MINISTÉRIO


             Havia algum tempo desde que o remanescente tinha voltado. Quando Neemias olha para as práticas de seu povo, ele encontra um aspecto triste: haviam abandonado o primitivo espírito de separação. Verifiquemos se isto não acontece com o povo de DEUS hoje. Temos que vigiar continuamente e estar de guarda. Não é que não nos regozijemos por o SENHOR acrescentar almas à igreja, e se ELE trouxesse dez vezes mais do que, em geral, são acrescentados, não obstante a alegria desta graça divina, não deixaria de haver algum perigo. Este aumento acarretaria dez vezes mais razões para humilhação diante DELE; não para menos alegria, mas para maior vigilância. E assim vemos nesta ocasião, que “Naquele dia leu-se o livro de Moisés, na presença do povo, e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na assembleias de Deus; (Ne 13:1). Isto era algo de novo, não tinham, os Judeus, pensado antes na necessidade desta separação: “porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com pão e água”(v.2).

             Como vemos, voltaram aos princípios: “Ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda a multidão mista” (v.3).


             Era isto: tinham lido a mesma coisa repetidas vezes, mas agora faziam sua aplicação. Não precisamos apenas da Palavra, mas do ESPÍRITO SANTO para tornar a Palavra viva. E agora que descobriram sua aplicação, eles atuavam sob ela. “Ora, antes disto Eliasibe, sacerdote, encarregado das câmaras da casa de nosso Deus, se aparentara com Tobias”(v.4). Não admira que houvesse causas de fraqueza entre eles. Vemos este homem, Tobias, o qual era o principal inimigo do povo de DEUS, alojado no santuário de DEUS, na própria casa! “e lhe fizera uma câmara grande, onde dantes se recolhiam as ofertas de cereais, o incenso, os utensílios, os dízimos dos cereais, do mosto e do azeite, que eram dados por ordenança aos levitas, aos cantores e aos porteiros, como também as ofertas alçadas para os sacerdotes.”(v.5).


             Parece que Neemias fez duas visitas a Jerusalém e que durante a sua ausência deu-se este abandono dos princípios “...porque no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei da Babilônia, fui ter com o rei; mas a cabo de alguns dias pedi licença ao rei, (v.6). Trata-se de uma segunda licença.


A primeira foi no ano vigésimo (Ne 2:1), e esta foi doze anos mais tarde. “e vim a Jerusalém; e soube do mal que Eliasibe fizera em servir a Tobias, preparando-lhe uma câmara nos átrios da casa de Deus”(v.7). Encontramos agora algo mais grave do que o que foi encontrado por Neemias em sua primeira vinda a Jerusalém!


             A casa do SENHOR estava profanada, o local de culto contaminado. O que fez Neemias? Afastou-se da casa de DEUS? Não voltou mais a adorar ali? Não! Nos apresentou um importante princípio a ser observado. Neemias nunca se lembrou de fazer tal coisa como ausentar-se, nem nós devemos fazê-lo. O mal nos outros não é razão para nos ausentarmos da mesa do SENHOR, pois se isso fosse razão suficiente, seria uma razão para todos que são justos. Supondo que todos os que são justos se ausentassem, onde estaria a mesa do SENHOR? Não, prezado leitor, é um princípio falso e mau. O certo é que se houve mal, devemos pedir a DEUS para podermos enfrentar o mal de um modo bom. Devemos pedir a DEUS sabedoria para resolver o mal segundo a SUA Palavra e esperar em DEUS para fortalecer as mãos daqueles que velam pela glória do SENHOR.


             Não é a presença do mal que destrói o caráter da mesa do SENHOR, mas sim a recusa em julgar o mal. Ainda que haja o mal mais terrível não é uma razão para se ficar ausente da mesa do SENHOR (deixar a sua congregação). Há vários lugares onde a liderança tem agido de forma desconexa com a Palavra de DEUS, compactuando com o pecado de alguns irmãos e até de obreiros, através do silêncio covarde ou conivente omissão. Encontramos, em certos círculos de obreiros, uma atitude corporativista entre seus pares, no tocante a procedimentos errados, dentro e fora da igreja. O comentarista da revista, pastor Elinaldo Renovato, nos diz, em seu comentário da lição VIII, que “liderança é, acima de tudo, caráter e exemplo (I Pe 5:1-3). Sem tais quesitos, os resultados são deploráveis”. Não observando estes sábios dizeres, a liderança mina o crescimento físico e espiritual da igreja. Estas palavras, do pastor Elinaldo Renovato, deveriam estar escritas em todas as salas onde são decididas as novas diretorias das nossas igrejas e, particularmente, na minha cidade Natal.


             II. A JUSTA INDIGNAÇÃO DO HOMEM DE DEUS         
    
             Neemias não se ausentou porque Tobias tinha conseguido, por influência do sacerdote Eliasibe, ter uma câmara na casa de DEUS. Porém, veio para Jerusalém e tomou conhecimento deste mal, e disse: “Isso muito me desagradou...”. Este foi o primeiro efeito: “...pelo que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara”. Porque só um israelita atuou? Todos tinham por obrigação de atuar. “Então, por minha ordem purificaram as câmaras; e tornei a trazer para ali os utensílios da casa de Deus, juntamente com as ofertas de cereais e o incenso”.



             Quando a Igreja do SENHOR identifica o mal, o pecado, tem, por obrigação, que tomar uma atitude para desfazer o laço maligno. O povo de DEUS tem que entender que a liderança da Igreja do SENHOR não possui “imunidade espiritual”; ninguém a possui! O entendimento equivocado de que não nos cabe julgar nem analisar o que a liderança da igreja faz de errado, cabendo aos crentes agir como Davi em relação à Saul: simplesmente não fazendo nada, esperando que Deus resolva o negócio e faça a justiça, não condiz com os ensinamentos Bíblicos e abre um espaço enorme para a atuação de Satanás dentro da Igreja.


             DEUS quer que a Igreja atue como um corpo; em unidade. Quando o apóstolo Paulo ouviu que estava ocorrendo alguma coisa de terrível em Corinto, não recusou escrever, e não lhes disse: “- Já não sois a Igreja de DEUS!”. Ao contrário, ele escreveu cuidadosamente: “A Igreja que está em Corinto”, e, ligando-os a todos os santos que estavam no mundo, continua “...com todos os que em todo o lugar invocam o nome do nosso SENHOR JESUS CRISTO, SENHOR deles e nosso”(ICo 1;1,2). Fala-lhes do mal terrível que ele sabia que havia entre eles, e diz que já tem deliberado o que deve ser feito, mas diz-lhes para julgarem. O seu juízo não serviria como decisão: a Igreja deveria julgar. Deveriam demonstrar que estavam bem esclarecidos sobre o assunto e este seria o meio pelo qual DEUS operaria na Igreja.


O profeta Natã não ficou indiferente quanto ao pecado de Davi e nem Paulo deixou de repreender o apóstolo Pedro quando este se portou de forma inadequada. Paulo recomenda:"Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo."(1 Co 5.9-13).


             Líderes fiéis são essenciais para que a Igreja seja o que o SENHOR sempre quis que ela fosse: um lugar onde os crentes se reúnem para obter bons relacionamentos (companheirismo), fortalecimento espiritual e também dar bom testemunho do poder de DEUS em uma sociedade pecadora. Satanás, nosso inimigo, quer que a liderança da igreja seja contaminada pelo pecado, arruinando seu testemunho na Igreja e sua influência na sociedade. Mas DEUS chamou a todos os cristãos para dar suporte a seus pastores e líderes através da oração, a qual pode ajudá-los a ser eficientes para servir a DEUS, em vez de perder a batalha espiritual.


             III. HONESTIDADE E TRANSPARÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO


             Temos visto casos de enriquecimento por administração dolosa dos bens da igreja. O obreiro é um despenseiro de DEUS, tanto das coisas espirituais como das materiais e o que se requer dos despenseiros é que se achem fieis (ICo 4;1,2). Um administrador infiel perto está de sua demissão (Lc 16;1,2).


             Existem outros que sobrecarregam a igreja com dívidas oriundas de construções de suntuosos templos. Isto também é administração desequilibrada. Uma administração assim pode levar a igreja ao descrédito e prejudicar seriamente o obreiro. Tais aberrações são feitas normalmente sob pretexto de fé, mas a fé verdadeira não falha. JESUS nunca ensinou a cometer tais desequilíbrios, antes aconselhou prudência (Lc 14;28-30). Na verdade todos os nossos atos são feitos por fé, mas não se deve abusar da fé nem nas coisas espirituais, nem nas concernentes à administração dos bens do SENHOR. Se o obreiro deseja progresso no seu trabalho, deve administrar no temor de DEUS e na direção do ESPIRITO SANTO.


CONCLUSÃO

             Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão precioso ensino e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS. 

Ev. José Costa Junior







23 de novembro de 2011

A Organização do Serviço Religioso


A organização do serviço religioso.

Texto Áureo: “E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe” (Ne 12.43).


Verdade Prática: Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.

Introdução


Caminhando para o último mês deste abençoado ano de 2011, temos a oportunidade de estudar a organização do Serviço do templo de Israel, comparando-o benignamente com a atual serventia a Deus, trazendo o bom exemplo de Israel quanto a dedicação ao templo.
Trata-se de lição de extrema importância no tempo em que vivemos, em que diariamente se faz necessária a exortação aos servos do Senhor quanto a importância de estarem na Casa de Deus e da necessidade de servirem ao Senhor com alegria, compromissando-se fielmente com sua Igreja.
Em tempos do crescente comodismo televisivo, em que muitos tem trocado a batalha pelo Reino de Deus pelo conforto de seus sofás e poltronas, o exemplo de Neemias (e também Esdras) é fundamental para a compreensão acerca da dedicação à Casa de Deus.
Neste breve estudo, ampliando um pouco os pontos de contato com a lição, vamos estudar as funções dentro da Casa do Senhor e a dedicação à obra de Deus.
Da importância do Tabernáculo e do Serviço a Deus.

Desde Moisés, e da instituição do Tabernáculo do Senhor, observamos a especial atenção dispensada ao local de culto e adoração. A exemplo, veja-se o livro de êxodo, a partir do capítulo 25, e a quantidade de instruções dadas por Deus a Moisés acerca da edificação do Tabernáculo. Cite-se como exemplo Êxodo 25.8 e alguns versículos no capítulo 35:
E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Êxodo 25:8

Então Moisés convocou toda a congregação dos filhos de Israel, e disse-lhes: Estas são as palavras que o SENHOR ordenou que se cumprissem. Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso ao SENHOR; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho morrerá. Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado. Falou mais Moisés a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o SENHOR ordenou, dizendo: Tomai do que tendes, uma oferta para o SENHOR; cada um, cujo coração é voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao SENHOR: ouro, prata e cobre, Como também azul, púrpura, carmesim, linho fino, {pêlos}) de cabras, E peles de carneiros, tintas de vermelho, e peles de texugos, madeira de acácia, E azeite para a luminária, e especiarias para o azeite da unção, e para o incenso aromático [...]. Êxodo 35:1-8


A Casa de Deus deve ser cuidada como um local santo, e aqueles que servem ao Senhor devem trabalhar incessantemente por sua manutenção. A instituição dos cargos Sacerdotais é, portanto, um plano de Deus para manutenção de sua Casa. Através dos anos, decaiu-se o sacerdócio dos levitas aos moldes do antigo Testamento, mas Deus continua a instituir verdadeiros servos para zelarem e cuidarem de sua Casa.
Os sacerdotes e auxiliares (levitas) cuidavam do templo com serviço e em santidade.  Entenda-se: disciplina e trabalho sem santidade e espiritualidade é um serviço vazio, equiparado a uma empresa, formato o qual muitas igrejas tem, infelizmente adotado. Já a espiritualidade e santidade sem comprometimento gera um trabalho relapso, indigno do nosso Senhor. Nós, servos do Senhor, temos que achar o equilíbrio entre todas estas qualidade: Disciplina, trabalho, santidade e espiritualidade.
Interessantíssima a crítica do Pr. Arnoldo Júnior acerca da atual constituição de templos no presente século, sem o mínimo cuidado e esmero na preservação dos preceitos bíblicos, a qual peço vênia para mencionar:

[...]Muitos fazendo a obra de Deus, relaxadamente, de qualquer forma, de qualquer jeito. O Tabernáculo hoje está sendo construído segundo as diretrizes de homens, e não segundo o coração de Deus. Músicos rebeldes, sem vida de santidade, sem compromisso como Corpo de Cristo, infiltrando-se nas igrejas para tomar a glória de Deus. Músicos que envergonham o nome do Senhor, por que não tem vida de oração, não vigiam e acabam caindo na lama do pecado. Muitas vezes, a omissão e falta de caráter tem maculado o nome de Jesus. O Tabernáculo precisa ser restaurado segundo os princípios bíblicos. Tem que se acabar com a religiosidade, preguiça, omissão e cada líder de grupo deve chamar PECADO de PECADO. Se o músico não tem vida de santidade diante de Deus, é dever do líder ministrar sobre a sua vida e aplicar a disciplina segundo a Palavra de Deus.O sacerdote Eli, foi admoestado por Deus várias vezes a respeito do caráter de seus filhos. O Senhor alertou para que Eli aplicasse a correção em seus filhos, mas Eli ignorou a ordem de Deus e deixou que seus filhos agissem dentro do templo como bem queriam. Deus então, resolveu punir Eli e tirou a vida de seus filhos.
Embora o ilustre Pastor dê especial enfoque aos músicos, podemos estender esta crítica a qualquer Ministério exercido sem comprometimento com a Palavra de Deus. É tempo de nos despertarmos!

Ministério Sacerdotal


O capítulo 12 de Neemias dedica-se a mencionar os sacerdotes que vieram para Jerusalém juntamente com Zorobabel, assim como narrar a consagração dos muros de Israel.
Interessante notar que, conforme estudamos nas últimas lições, a consagração dos muros (e, porque não, da própria cidade) veio ocorrer após o grande avivamento experimentado pelos israelitas, a partir da reaproximação e conhecimento da Lei do Senhor.
Acerca da consagração dos muros, temos algumas vozes dissonantes dentro da Teologia. Entretanto, o Comentário Bíblico Beacon – Volume 2 – a partir da página 529, esclarece que:

O relato da consagração dos muros, na última parte do capítulo 12, foi motivo de consideráveis controvérsias. “Por quê”. Perguntam, “a dedicação dos muros não foi feita imediatamente após sua conclusão?” Em seu lugar temos ordens para repovoar cidade, a leitura da lei, a Festa dos Tabernáculos, o grande dia do jejum e confissão de pecados, o término com a ratificação do pacto e, finalmente, o censo da população; descritos exatamente como ocorreram entre a conclusão dos muros e sua dedicação. Muitos estudiosos, como o Dr. A. S. Peake, acreditam que a passagem que descreve a dedicação foi colocada fora de sua posição original, logo depois do capítulo 6. Porém, por outro lado, o Dr. W.F. Adeney, na obra The Expositor’s Bible, apresenta várias razões porque deveria haver um adiamento desse importante acontecimento: “Os judeus precisavam conhecer a lei para que pudessem entender o destino de Jerusalém; eles precisavam se dedicar pessoalmente ao serviço de Deus para que pudessem desempenhar esta determinação. Precisavam recrutar forças da cidade santa com a finalidade de dar poder e volume a esse futuro. Dessa forma, o adiamento da dedicação transformou esse evento, ao chegar a hora de sua realização, em algo muito mais real do que teria sido se tivesse acontecido imediatamente após a conclusão dos muros”.


Foi incumbência dos sacerdotes e levitas auxiliares (lembrando que todo sacerdote era levita, mas nem todo levita era sacerdote) consagrarem os muros de Jerusalém e liderarem novamente os trabalhos no Templo. Quem eram os levitas? Para não ser redundante, faço menção do ótimo estudo do Pastor Walter Santos Baptista, o qual nos aclara:

 Levitas eram os membros da tribo de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó. Formavam uma tribo separada, sem território, sem herança terrena porque gozavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu quinhão, sua posse (Dt 10.9). Era a tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi (Ex 29.44; Nm 3.10). Isso quer dizer que todo sacerdote (cohen) era levita levi), mas nem todo levita era sacerdote (Nm 3.6s).  
 Os levitas (leviim) tinham, entre outros privilégios:


·    servir no santuário (Nm 3.6; 1Cr 15.2) ajudando nos sacrifícios (Jr 33.18,22), na recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9ss;
·    transportar a arca da aliança (aron haberith);
·    a responsabilidade do ensino da lei (Dt 31.9; 22.10);
·    autoridade para abençoar. Grande privilégio pela associação como o Nome de Deus (Nm 6.27).

 Gozavam os levitas de alto prestígio, de elevada estima aos olhos do Senhor a ponto de lhes ser dito pelo Senhor, "... os levitas serão meus" (Nm 8.14b). Por esse motivo, no deserto, quando da apostasia do povo de Deus, os levitas puniram os apóstatas (Ex 32.25-29).

Deuteronômio 10.8 resume o ministério levítico, e nos aponta de modo sugestivo um plano de trabalho para nós mesmos, levitas da Nova Aliança: levar a arca da aliança, estar diante do Senhor e abençoar em Seu Nome.


Os levitas demonstraram devoção fiel a Deus, quando não se ajuntaram com aqueles que haviam feito o bezerro de ouro:
Pôs-se em pé Moisés na porta do arraial e disse: Quem é do SENHOR, venha a mim. Então se ajuntaram a ele todos os filhos de Levi. Êxodo 32:26
Deus deu por incumbência aos levitas a exclusividade na condução dos trabalhos do templo. Era-lhes incumbência não só a expiação (sacerdotes), mas também os louvores de adoração a Deus. E para consecução de suas atividades, era imprescindível a Santificação.


No livro de Levítico estão elencadas uma série de restrições aos sacerdotes. Embora não sejam empregadas literalmente na atualidade, tais disposições são úteis em seu princípio primordial: A Santidade daqueles que conduzem a obra de Deus. A exemplo, algumas instruções dadas por Deus:

Depois disse o SENHOR a Moisés: Fala aos sacerdotes, filhos de Arão, e dize-lhes: O sacerdote não se contaminará por causa de um morto entre o seu povo,
Salvo por seu parente mais chegado: por sua mãe, e por seu pai, e por seu filho, e por sua filha, e por seu irmão. E por sua irmã virgem, chegada a ele, que ainda não teve marido; por ela também se contaminará. Ele sendo principal entre o seu povo, não se contaminará, pois que se profanaria. Não farão calva na sua cabeça, e não raparão as extremidades da sua barba, nem darão golpes na sua carne. Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do SENHOR, e o pão do seu Deus; portanto serão santos. Não tomarão mulher prostituta ou desonrada, nem tomarão mulher repudiada de seu marido; pois santo é a seu Deus.
Portanto o santificarás, porquanto oferece o pão do teu Deus; santo será para ti, pois eu, o SENHOR que vos santifica, sou santo.
Levítico 21:1-8
 
No livro de Neemias, observados que não houve exceção: Os levitas (sacerdotes) santificaram-se para a consagração (dedicação) dos muros (Ne 12.30).
Tal qual os levitas do tempo veterotestamentário, os atuais responsáveis pela condução da obra de Deus tem que, diuturnamente, zelar pela sua santidade pessoal e da Igreja. Para esta Santificação, não mais observamos os rituais judaicos, mas SEMPRE observamos e praticamos a palavra de Deus. E nela está escrito o único meio de expiação dos nossos pecados:

Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? Hebreus 9:13-14

 
A primeira pregação do crente é seu testemunho pessoal. Os leitores, assim como eu, podem testificar que, em muitos momentos, onde a pregação pela palavra não nos é imediatamente possível, é a nossa conduta que demonstra ao mundo quem somo, servos do Deus altíssimo. Esta aproximação, cada vez mais tênue, da Igreja com o mundo tem refletido de maneira muito negativa no que tange à relativação dos valores morais e da santidade. Já não é raro encontrarmos, em muitas Igrejas, músicos que se dedicam ao louvor Cristão e tocam profissionalmente em bares, boates, etc., sem qualquer reprimenda por parte da direção da Igreja. Irmãos, sejamos atentos à manutenção da Santidade dentro da Casa do Senhor.


O sacerdote que não se purificava, no tempo do antigo testamento, poderia morrer imediatamente pela desobediência à palavra de Deus. Nos nossos tempos, essa morte não é muitas vezes imediata nem física: é uma lenta morte espiritual. Que Deus nos guarde a cada dia!


Nosso Deus é santo (Êx 15.11), e abomina o pecado em todas as suas formas. Nós, portanto, devemos buscar a Deus com o coração sempre contrito e disposto a pedir perdão pelos nossos erros.
Faço menção de um trecho de um estudo de minha autoria, acerca do arrependimento, quando anotei que:


Alguns, erroneamente, julgam que por serem membros antigos de determinada igreja, não precisam mais de um coração arrependido diante de Deus. Esta concepção é falsa, pois a natureza humana nos leva, diuturnamente, a pecarmos, seja em ações, palavras ou mesmo em pensamentos. Devemos ter aversão ao pecado, e sabermos identificá-lo quando o cometemos, para buscarmos a Deus com um coração arrependido.
Para que o Senhor nos ouça no dia da angústia (Sl 20.1), para que o Senhor nos responda antes mesmo de clamarmos (Is 65.24), para que nosso Senhor nos dê a resposta de auxílio em momentos cruciais de nossa vida (Gn 41.16), para que o Senhor nos dê a resposta certa da nossa língua (Pv 16.1), é necessário que o busquemos continuamente, em humildade e arrependimento.

Tenhamos cuidado no Serviço ao Senhor. Em menos de uma semana, vi diversas notícias acerca de falsos pastores envergonhando o evangelho, inclusive um acusado de tentativa de homicídio. É tempo de despertarmos e vermos que muitos tem pregado um evangelho de prosperidade, mas afastando-se sobremaneira da Santidade e dos frutos do espírito.


A Festa da Dedicação.


A Bíblia nos narra, acerca da consagração dos muros (festa da dedicação), o seguinte:
E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram os levitas de todos os seus lugares, para trazê-los, a fim de fazerem a dedicação com alegria, com louvores e com canto, saltérios, címbalos e com harpas. E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;
Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba, e Azmavete; porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de Jerusalém. E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo purificaram o povo, as portas e o muro. Então fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro, e ordenei dois grandes coros em procissão, um à mão direita sobre o muro do lado da porta do monturo.
Neemias 12:27-31


Neemias e Esdras lideraram comitivas através dos muros, encontrando-se no tempo, onde fizeram um grande culto de ação de Graças pelas maravilhas de Deus operadas em Jerusalém e pela reaproximação do povo com Deus.
Especial importância devemos ter quando observamos que Neemias estabeleceu uma liturgia de culto. O Teólogo Antônio Carlos Costa, em severas críticas acerca da liturgia de culto, ressalta que:


A reforma litúrgica das nossas igrejas é mais urgente, acima de tudo, por causa da beleza do evangelho que pregamos e majestade do Deus a
quem cultuamos. Não podemos emitir nota dissonante em nossos cultos - por um lado afirmar que estamos ali para ouvir uma mensagem sublime e adorar um ser cuja imensidade não pode ser contida pelo céu dos céus, e, por outro lado, participarmos do culto como se estivéssemos reunidos para ouvir uma mensagem banal e adorar uma divindade qualquer do paganismo. Por isso, a Palavra de Deus, através da pena do apóstolo Paulo, nos adverte: "Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação... tudo, porém, seja feito com decência e ordem" (I Co 14:26,40).


Os cultos antropocêntricos, voltados à prosperidade e autoajuda, tem gerado uma inversão na liturgia dos cultos. Em lugar de conteúdo bíblico, ensino da palavra, exortação à santificação e louvores de adoração, temos vistos pregações vazias e triunfalismo (“você está no pó, mas hoje vai vencer”; “você está no cativeiro, mas hoje Deus te dará vitórita”, etc.), que refletem nos hinos e louvores, que deixam de adoras a Deus para dedicar-se somente à vitória do homem.


Não pensem os leitores que sou cético. Tenho minha fé plena em Deus, de que Ele pode mudar vidas, situações, curar, batizar com Espírito Santo e que um dia virá nos buscar. Entretanto, o motivo de servirmos a Deus não pode ser somente as “vitórias”, ou então seríamos mesquinhos, fazendo barganha com Deus.
O verdadeiro evangelho sofre aflições, mas tem paz em Cristo. Preserva-se em Santidade, ainda que o mundo conteste. Não se deixa contaminar com o mal, mas faz o bem. E tudo isso, só conseguiremos, aprendendo e praticando a palavra de Deus.
Devemos dar ênfase, dentro da liturgia de cultos, aos louvores de adoração e as pregações e ensinos de conteúdo verdadeiramente Bíblico. Aí está o verdadeiro avivamento, na Palavra de Deus, e não no triunfalismo.


Estejamos atento à palavra de Deus, e façamos cultos verdadeiramente espirituais.


Conclusão


Neste ano que já caminha ao fim, que possamos reforçar nosso propósito de comunhão e adoração a Deus, fazendo do nosso Ministério Diário uma atividade de plena dedicação, para que sejamos servos da mais íntima comunhão com nosso Deus. Que Deus abençoe os amados leitores, e lhes dê um final de ano repleto de bênçãos. 


Elaboração por:- Coop. Joseph Bruno dos S. Silva-  Dourados-  Ms

17 de novembro de 2011

O COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS


O COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS


Texto Áureo: “... firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram num anátema e num juramento de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos. (Ne 10.29)”.


Verdade Prática: O compromisso com a Bíblia é o requisito imprescindível para a Igreja de Cristo seguir vitoriosa.


Meditação: “Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor e Salvador, comprometemo-nos diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não há possibilidade alguma de dizermos que somos seus seguidores em vivê-los”. Lição Bíblica CPAD (Mestre) página 57 – Interação.


I – INTRODUÇÃO


Por graça e misericórdia do Senhor Jesus e a ação maravilhosa do Espírito Santo de Deus, estamos encaminhando para a “reta final” (se é que podemos chamar assim) deste trimestre produtivo e maravilhoso, tirando lições da vida do servo do Senhor, nosso irmão Neemias, que com coragem e determinação da parte de Deus ainda em nossos dias nos ensina que não devemos ser covardes nem preguiçosos quanto á obra que o Senhor tem pra realizar através de nossas vidas, como vasos de barro que somos (2º Co 4.7; 2º TM 2.20).


Quero parabenizar o amado comentarista pastor Elinaldo Renovato e também toda equipe da CPAD que se deixaram ser usados pelo Espírito Santo de Deus, pois com certeza aprendemos algo de muita profundidade nestas lições e que em nome do Senhor Jesus Cristo colocaremos em prática em nossas vidas até ao dia do arrebatamento da Igreja do Senhor Jesus.
Minhas orações e petições é que a nossa casa publicadora, juntamente com nossa convenção geral e comentaristas coloquem estas lições, particularmente esta de número 08 que estamos aprendendo neste domingo, em prática e que juntamente com as demais que virão nos próximos domingos e trimestres tenham sim UM VERDADEIRO COMPROMISSO COM A PALAVRA DE DEUS.


II - O POVO SEGUINDO O EXEMPLO DE SEUS LÍDERES (Ne 10.28,29):


Peguei esta frase da introdução da lição bíblica e coloquei como primeiro ponto para ser explanado, porque tenho uma preocupação e quem sabe até mesmo uma indagação sobre o que está acontecendo com nossos “mestres, pregadores, doutores, ensinadores, professores, ores, ores, ores, ores, e demais ores que porventura venham aparecer...”


Desde já deixo uma pergunta pra todos os leitores, principalmente nós os obreiros responsáveis pelos ensinos, ministrações e explanações nos cultos e escolas dominicais em nossas igrejas: - O que adianta tudo isso se nós mesmos estamos sendo reprovados naquilo que pregamos?(Rm 14.22; 1º Co 9.27)(Logicamente sabendo que há sim pessoas e homens de Deus ainda compromissados com a Palavra do Senhor, mas digo na pluralidade numa expectativa de causar certo espanto e temor mediante as coisas que estamos contemplando ante á vinda iminente do Senhor Jesus Cristo pra buscar sua Igreja, naquela oração que o Senhor Jesus ensinou que deveríamos rogar ao Senhor para enviar mais obreiros para a seara) (Lc 10.2)


Neemias em primeiro lugar se deixou ser usado nas mãos do Senhor, foi sensível á voz do Espírito Santo quando veio o projeto de restaurar a cidade santa, também compadecendo de seus irmãos que estavam em miséria, e almejando que a casa do Senhor novamente fosse um lugar onde a glória DELE viesse a ser manifestada e as orações de Seu povo ouvidas e respondidas; vigiando sempre, manteve-se em oração sendo sábio na escolha dos companheiros, investindo na organização e na restauração (assim como o profeta Elias, pois, as “coisas” de Deus são organizadas, Deus não quer altar quebrado, e há muitos por ai que as coisas não estão mais no lugar, por isso, o fogo não vem mais sobre ele);


Neemias também renunciou o conforto do palácio, renunciou muitas outras coisas por amor daquilo que foi escolhido por Deus, primou-se junto com Esdras pelo ensino correto da Palavra do Senhor, pela santidade e pela doutrina e mandamentos recebidos por Moisés, ou seja, não ignorou os preceitos do Senhor (Ne 9.29; Ez 20.11 e 13); depois disto tudo sim, pode ensinar cobrar, exortar, etc. Muito mais do que com simples palavras, mas sim com ação e testemunho, sendo que até mesmo os inimigos tiveram que reconhecer que a Mão do Senhor era com ele.


E hoje? Sei que muitos vão trazer seus comentários, aprofundados talvez no grego, nos verbos da língua portuguesa, na teologia sistemática, na arqueologia, na história, e assim por diante (o que não é errado nem mal, se usado de forma a glorificar ao Senhor nos trazer mais entendimento e conhecimento da Palavra do Senhor), mas e a essência da Palavra? O que realmente a Palavra exige de nós? E a santidade? E a oração? Cadê a misericórdia para com os mais necessitados? Onde está a renúncia pessoal? Ou será que somos daquela geração que acha que a piedade é causa de ganho, ou daqueles que só pensam no próprio ventre (o eu, ou melhor, o bolso de cada um) (1º Tm 6.5; Fp 3.19).


Quantos obreiros orgulham-se de conseguirem pregar até 2 horas seguidas de mensagens “tiradas do fundo do baú” toda artificialmente composta, cheia de fábulas, mas não tem coragem de abraçar seus próprios filhos e dar um conselho edificante, nem mesmo olhar no olho da esposa, se não é que já se separou duas ou três vezes; que se deixarem fazem uma destruição literalmente dita, por onde passam levando dinheiro, carros, terrenos, até mesmo relógios, alianças e demais pertences pessoais de pessoas incautas que não buscam uma orientação Divina através da Bíblia nem através de seu pastor que tanto ora e zela por sua alma, mas quando um destes devoradores com cara de ovelhas se apresentam através de lavagem cerebral conseguem arrancar inacreditavelmente valores absurdos dizendo serem homens de Deus com uma nova mensagem, uma nova unção, etc.


Sem dizer também dos “políticos” lutando por títulos, campos e presidências de igrejas, e até mesmo mais audiências nos seus programas televisivos ou nos seus blogs e sites da internet, sem se importarem com os escândalos que estão produzindo, pastor contra pastor na justiça brigando sobre quem tem direito ou não sobre isso ou aquilo! Se auto-intitulando doutores e mestres, apóstolos etc.

Será que algum destes teria a coragem e o exemplo de Neemias, se todo este quadro vivido pelo profeta fosse em nossos dias? Quem é que se habilitaria igual o profeta Isaías: - Eis-me aqui Senhor!?  Se na verdade o que estamos vendo é totalmente ao contrário (uma noite de pregação tantos mil reais; duas noites tantos outros mil; etc.) Desafio um destes “agendas lotadas”, “conferencistas”, á escolher uma igreja com menos de 20 membros no interior de um pequeno estado, que talvez tenha que chegar á pé, sem cobrar nada, ao invés de um grande e reconhecido congresso de missões! Sem sombra de dúvida o irmão Neemias, assim como o Senhor Jesus Cristo, foi e seria ainda outra vez APROVADO nesta parte.


O nosso exemplo não tem que ser somente na hora do culto, muito menos somente na hora da ministração. Mas temos que ter compromisso com o Senhor e Sua Palavra também e muito mais quando estamos sozinhos, ou em família; também no nosso agir, no nosso pensar, no coração, onde homem algum consegue identificar o que se passa, mas o Senhor sabe e conhece de longe e que nos recompensará por tudo de bom que fizermos para o elevo espiritual das pessoas que nos cercam e para o engrandecimento do nome de Jesus Cristo nosso Senhor.


Quando nós nos colocarmos totalmente á disposição do Senhor Jesus, colocarmos as nossas mãos á obra verdadeiramente, então podemos ficar tranqüilo que o povo vai nos seguir, assim como era João Batista, assim como foi o apóstolo Paulo e tantos outros, e ainda mais assim como foi e ensinou o Senhor Jesus Cristo.


III – “... FIRMEMENTE ADERIRAM E CONVIERAM NUM JURAMENTO DE QUE ANDARIAM NA LEI DE DEUS...”


As cartas ás igrejas da Ásia no Apocalipse nos conclamam para um “raio x” interior, à volta ao primeiro amor, à abertura dos ouvidos espirituais ao que o Espírito Santo está falando, à renúncia da prostituição espiritual, à renúncia da idolatria, à vigilância para não termos um simples nome de vivos e estando mortos, ao retorno à fidelidade para com o Deus dos céus, e também o abandono da mornidão e da pobreza espiritual, da cegueira, da nudez através das vestes brancas lavadas no sangue do Cordeiro.


É hora de colocar o rosto no pó e clamar por misericórdia, de entrarmos num concerto com nosso Deus assim como foi nos dias de Neemias e também nos dias do rei Ezequias (2º Cr 29. 10 e 11): “Agora, me tem vindo ao coração que façamos um concerto com o SENHOR, Deus de Israel; para que se desvie de nós o ardor na sua ira. Agora , filhos meus, não sejais negligentes, pois o SENHOR vos tem escolhido para estardes diante dele para os servirdes, e para serdes seus ministros, e para queimardes incenso”.


Para você querido irmão! Para nós! Que estamos hoje reconhecendo que sem Deus não somos nada, que precisamos da Graça de Jesus sobre a nossa vida, e que estamos entrando num novo concerto com o Senhor, para nos livrar de tudo aquilo que fere a Santidade do nosso Deus, tudo aquilo que vai contra aos Seus preceitos e Sua Palavra; pra todos quantos iguais a nós querem melhorar seus atos e caminhos diante de Deus, cito aqui as palavras do Senhor Jesus: “EU SEI AS TUAS OBRAS; EIS, QUE DIANTE DE TI PUS UMA PORTA ABERTA, E NINGUÉM A PODE FECHAR; TENDO POUCA FORÇA, GUARDASTE A MINHA PALAVRA E NÃO NEGASTE O MEU NOME... COMO GUARDASTE A PALAVRA DA MINHA PACIÊNCIA, TAMBÉM EU TE GUARDAREI DA HORA DA TENTAÇÃO QUE HÁ DE VIR SOBRE TODO O MUNDO, PARA TENTAR OS QUE HABITAM NA TERRA. EIS QUE VENHO SEM DEMORA; GUARDA O QUE TENS, PARA QUE NINGUÉM TOME A TUA COROA... QUEM É INJUSTO FAÇA INJUSTIÇA AINDA; E QUEM ESTÁ SUJO SUJE-SE AINDA; E QUEM É JUSTO FAÇA JUSTIÇA AINDA; E QUEM É SANTO SEJA SANTIFICADO AINDA. E EIS QUE CEDO VENHO, E O MEU GALARDÃO ESTÁ COMIGO PARA DAR A CADA UM SEGUNDO A SUA OBRA... BEM-AVENTURADO AQUELES QUE LAVAM AS SUAS VESTIDURAS NO SANGUE DO CORDEIRO, PARA QUE TENHAM DIREITO À ÁRVORE DA VIDA E POSSAM ENTRAR NA CIDADE PELAS PORTAS”. (Ap. 3. 8,10,11; 22. 11,12,14)


O Senhor Jesus nos dará graça e seremos fiéis até o fim! Se coloque á disposição do Espírito Santo pois Ele ainda fala e quer continuar falando com cada um de nós!


Que Deus abençoe!
Amém!


Pb. Thiago Rodrigues Teixeira
thrteixeira@hotmail.com
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