30 de dezembro de 2020

A Pessoa do Espírito Santo

 

A Pessoa do Espírito Santo

Iniciaremos com o assunto da Tri-unidade, para que possamos esclarecer a divindade do Espírito Santo, e não somente sua divindade, mas também sua “PESSOA”.

O termo trindade é uma palavra basicamente usada pelos teólogos para designar o Pai o Filho e o Espírito Santo, porem a palavra “trindade” em si pode nos levar a acreditar que são três deuses em substancias divinas diferenciadas e essa idéia não é a idéia imposta pela doutrina no sentido real da palavra, por esse motivo tal temos que temer em usa-lo, afinal o mesmo pode causar de certa forma uma má interpretação ou uma idéia errada do que em si Deus é verdadeiramente, mas poderíamos usar a palavra “tri-unidade” que é um termo mais claro e pode nos levar a uma melhor interpretação, mostra com mais clareza a idéia de três pessoas distintas e uma só substancia divina, um só Deus.

Em certo sentido são três pessoas e em um outro sentido “são um só Deus”.

Sei que parece estranho para muitos compreender esse assunto, mas o estudo não é basicamente para fazer com que ninguém compreenda em um sentido absoluto a essência divina em si, mas para que compreendamos um pouco o assunto “Deus” e principalmente o Espírito Santo.

Não existe uma explicação satisfatória para falarmos sobre Deus, para isso teríamos que ser ou superiores ou nos igualar a Ele, assim para falar de uma maneira completa o que é Deus em si, ou seja, decifrarmos em um sentido absoluto esse assunto.

Uma ilustração que poderíamos mostrar é a seguinte:

“A minha pessoa, num certo sentido são três entidades, “corpo, alma e espírito”, mas não existem três “Eus”, existe um “Eu” somente, mas em certo sentido são três, mas em outro sentido é um só”.

(Comparando de uma maneira simplificada, somente para compreensão, não afirmando que seja essa a composição divina, afinal continuo sendo um só, diferente de Deus que é um só Deus em três pessoas distintas, mostrando assim que a ilustração esta servindo somente para compreendermos melhor o assunto).

Poderíamos citar pequenas passagens claras sobre a questão de que o Espírito Santo verdadeiramente é uma pessoa, esclarecendo o assunto de que o Espírito Santo seria somente uma força ativa, ou uma nuvem, ou qualquer outra coisa do gênero.

Um exemplo em Apocalipse quando João diz: “O Espírito Santo diz as igrejas”, sendo assim o mesmo poderia ser somente uma força?

De modo algum, afinal uma força diz (se expressa)?

Outro exemplo está em Romanos 8: 26, 27 (Espírito intercede com gemidos), ou seja, ele se mostra um intercessor, com emoções, “gemidos” que não são traduzidas por palavras, ou seja, somente um ser “pessoa” poderia agir dessa maneira, interceder, seria estar entre duas pessoas, uma defendendo a outra, como exemplo de um advogado que intercede por nós entre duas pessoas, “Juiz e o réu”, assim se mostra a ação da pessoa do Espírito Santo, que está entre Deus e os homens, intenção, ou seja, tem um propósito, e sendo Ele somente uma força poderia ter um propósito?

Em Romanos 8: 27 a bíblia nos mostra que o Espírito Santo “age” em conformidade com Deus, e é Ele que segundo Deus intercede pelos santos.

Vejamos sobre o Espírito Santo, Ele é o intercessor, e é chamado o Espírito, e Ele tem emoções (geme) e tem intenções, isso mostra que Ele não pode ser somente um principio ativo ou uma força.

Agora em relação à blasfêmia contra o Espírito Santo, essa é uma relação imperdoável, como vemos que ainda que alguém blasfeme contra a pessoa de Cristo esse é perdoado, já aquele que blasfemar contra o Espírito Santo (sendo uma força) não será perdoado.

Agora temos que compreender que a blasfêmia contra Cristo é co-relacionada a uma pessoa que era desconhecida a muitos, sendo assim muitos não tinham consciência de que Jesus Cristo verdadeiramente era Deus e o Messias, agora blasfemar contra o Espírito Santo é blasfemar contra Deus estando consciente de que está caminhando contra Deus no sentido espiritual e não carnal.

Sempre que o Espírito Santo se mostra, ele esta agindo, como em João 16: 7, 15, baseando-nos nessas passagens de João fica bem claro que o Espírito Santo tem atributos de uma pessoa. Nesses versículos o livro de João nos mostra uma base para fortalecer a idéia de que o Espírito Santo verdadeiramente é uma pessoa, sendo Ele uma pessoa e uma só substancia divina, trabalhando sempre em concordância e total acordo com o Pai.

Agora, para compreendermos melhor isso tudo, poderíamos citar o que muitos tem como base para defender que o Espírito Santo não é uma pessoa (Velho Testamento, o termo hebraico Ruach HaKodesh é usado muitas vezes e ele é traduzido literalmente como Espírito Santo), dizem sobre o Espírito Santo ser o “Vento Santo”, mas o que não podemos dizer que se o Espírito Santo sopra como vento.

Significa que seja o vento em si, da nossa atmosfera, não podemos confundir por não compreendermos que o termo “pessoa” se aplica somente ao que estamos acostumados a enxergar, por isso é colocado como “vento”, porque não pode ser visto como de costume vemos outras coisas.

Em João 16:7, 15, podemos ver claramente os atributos do Espírito Santo que comprovam que Ele verdadeiramente é uma pessoa:

1. Consolador (quando eu for (Cristo dizendo) vo-lo enviarei).

2. Convencerá o mundo (pecado, justiça e juízo)

3. Guia

4. Dirá tudo (anunciará)

E muitos outros atributos.

E no contexto integral da bíblia podemos encontrar vários atributos que confirmam que o Espírito Santo verdadeiramente é uma pessoa (citando essa passagem somente para compreendermos claramente tal assunto).

E poderíamos colocar ainda os dons do Espírito, e o fruto do Espírito, mas o intuito é somente compreender um pouco sobre tal assunto.

Por esse motivo que temos que ser cautelosos em relação a esse tema, afinal o mesmo é de tamanha importância, afinal os que não crêem que verdadeiramente o Espírito Santo é Deus e é uma pessoa, rejeitam a verdade e ao mesmo tempo seguem o pecado que não tem perdão, que é o de “blasfêmia contra o Espírito Santo”.

A PESSOA DO ESPIRITO SANTO

1.    QUEM É O ESPÍRITO SANTO ?

1.1.    Ele é o consolador – Jo. 16.7

1.2.    Ele é Deus – At. 5.4

1.3.    Ele é uma pessoa – At. 5.3

1.3.1.    é uma pessoa porque pensa – Rm. 8.27

1.3.2.    é uma pessoa porque tem vontade – I Co. 12.11

1.3.3.    é uma pessoa porque fala – At. 13.1.3

Todas essas coisas são características de uma pessoa. O Espírito é uma pessoa divina.

2.    NOMES DO ESPÍRITO SANTO

2.1.    Espírito Santo – Sl. 51.11; Rm. 14.17

2.2.    Espírito de Deus – Gn. 41.38; I Jo. 4.2

2.3.    Espírito do Senhor – I Sm. 10.6

2.4.    Espírito de Cristo – I Ped. 1.11

2.5.    Espírito do Senhor Jeová – Is. 61.1

3.    CUIDADOS QUE DEVEMOS TOMAR EM RELAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

3.1.    Cuidado para não entristecê-lo – Ef. 4.30

3.2.    Cuidado para não resisti-lo – At. 7.51: 11.17-18

3.3.    Cuidado para não extingui-lo – I Ts. 5.19

3.4.    Cuidado para não envergonha-lo – Is. 63.10

4.    NOSSA DEPENDÊNCIA PARA COM O ESPÍRITO SANTO

4.1.    Dependemos dele para orar – Rm. 8.26,27; Jd.20

4.2.    Dependemos dele para pregar – At. 2.37-41; 1.8

4.3.    Dependemos dele para vencer – Jz. 14.6-19

4.4.    Dependemos dele em tudo – Jo. 14.26

5.    TODO CRENTE PRECISA DEIXAR O ESPÍRITO OPERAR

5.1.    Na sua vida – produzindo transformação - I Sm 10.6

5.2.    Pela sua vida – dando fortalecimento espiritual – Ef. 3.16

5.3.    Através da sua vida – capacitando-o para o trabalho do Senhor – At.1.8; I Ts. 1.5

6.    A LIDERANÇA DO ESPÍRITO SANTO

6.1 - Ele controla o crente – At. 10.19,20

6.2 - Ele guia o crente – Jo. 16.13

6.3 - Ele escolhe o campo de operação – At. 16.6

6.4 - Ele orienta o crente – At. 8.29

7.    AS OBRAS DO ESPÍRITO SANTO

7.1.    Ele opera o novo nascimento – Jo.3.5-8

7.2.    Ele regenera o pecador – Tt. 3.5,7

7.3.    Ele transforma o homem – I Sm. 10.6

7.4.    Ele Santifica o crente – Rm. 15.16

7.5.    Ele convence o homem de seus pecados – Jo. 16.8

8.    OS ATRIBUTOS DOS ESPÍRITO SANTO

8.1.    Eternidade – Hb. 9.14

8.2.    Onipresença – Sl. 139.7-10

8.3.    Onipotência – Lc. 1.35

8.4.    Onisciência – I Co. 2.10

9.    OS SIMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO

9.1 – FOGO (Lc. 3.16)

O fogo, como símbolo do Espírito representa a purificação e fala de sua grande força em relação as diversas maneiras de sua operação em corrigir os defeitos da nossa natureza decaída.

Vejamos a finalidade do fogo:

9.1.1. O FOGO CONSOME

O fogo consome o que é combustível – “madeira, palha, e feno” (I Co.3.13-15). Isso fala de material espúrio, usado para fazer a obra de Deus, é o trabalho feito com aquilo que é falso, o Espírito é contra tudo aquilo que é falso, tudo aquilo que não é feito para glória de Deus.

9.1.2. O FOGO LIMPA

Somente o fogo tem o poder de tirar a escória de diferentes metais. O fogo é, portanto, símbolo do poder purificador do Espírito. Aquilo que não pode ser definido e expurgado pela santidade do Espírito é destruído pelo fogo (Is.6.1-7) 

9.1.3. O FOGO DERRETE

Há materiais que se derretem em contato com o fogo, como a cera e outros. O fogo do Espírito derrete os corações endurecidos. – cf. At. 2.37

9.1.4. O FOGO ENDURECE

Praticamente o mesmo fogo que amolece a cera endurece o barro. O ferreiro leva o aço ao fogo para amolecer e para torná-lo mais duro. O Espírito torna o crente mais brando e também mais resistente contra as adversidades que terá pela frente – cf. At. 20.23,24

9.1.5. O FOGO AQUECE

O Espírito, qual fogo, torna a nossa alma abrasada por uma ardente paixão e zelo por Deus e seu serviço – cf. Lc. 24.32,33

POMBA

“ Vi o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre Ele” – cf. Mt.3.16, A pomba é simples – Mt. 10.16b; o Espírito também é simples, tal simplicidade ilustra a sua beleza e delicadeza. O crente guiado pelo Espírito tem a simplicidade das pombas, não procura salienta sua pessoa ou suas habilidades, porém dá toda honra e glória a Deus que tudo nos dar.

10.    VENTO

    Jesus disse: O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem e nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito (Jo. 3.8).

     Os hebreu não indicavam com rigor a direção dos ventos, como hoje se faz; contudo reconheciam quatro ventos: o do oriente, o do ocidente, o do norte e do sul – (Jr.49.36;Ez.37.9;Ap.7.1).

    A Bíblia diz que o Espírito veio dos 4 ventos e soprou sobre os ossos secos e eles reviveram – cf. Ez. 37.9,10.

    Pelo sopro do Espírito Santo o pecador se convence do seu pecado e aceita Cristo como Salvador, e o crente vence o pecado e se aproxima de Deus.

    O vento é o ar em movimento, na criação o Espírito se movia sobre a face das águas – cf. Gn. 1.2;

     o Espírito Santo movimenta a igreja através de seu sopro de poder – cf. At.4.31.

    Outra coisa podemos constatar no vento, é que o mesma sopra em todas as direções.

     Da mesma forma o Espírito age de muitas maneiras. No dia de pentecostes o Espírito veio sobre os discípulos como um vento impetuoso – cf. At.2.2

11.    SELO

    O selo testifica um direito de propriedade ou a autenticidade de um documento.

    Entre os hebreus, na compra e venda de casas ou campos, era exigido o selo no translado da propriedade.

    O simples selo do comprador num documento garantia-lhe posse da propriedade – cf. Jr.32.8-15,44;

    selar significa dar segurança.

    O ato de colocar o selo somente poderia ser realizado pelo dono do objeto ou da propriedade, a fim de dar-lhe segurança.

    A Bíblia diz que nós somos propriedades de Deus, por isso Ele mesmo nos selou com o seu Espírito para o dia da redenção – cf. Ef.1.13; II Co. 1.22.

    O selo também servia para tornar conhecido ou identificado aquilo que era selado.

    As Escrituras diz que Deus conhece os que são seus, porque sobre estes há o selo do seu Espírito – cf. II Tm. 2.19

12.    ÓLEO

    O óleo era usado entre os antigos hebreus, era em geral fabricado dos frutos das oliveiras, que amadurecem no outono.

    Era o mesmo azeite usado para ungir a tenda da congregação, os objetos sagrados e os sacerdotes para realizarem o seu serviço.

     Com esta unção eram considerados santificados – Êx. 30.25-30.

    Nas Escrituras, o óleo aparece com um dos símbolos do Espírito Santo – cf. Zc.4.2-6 .

     e nos fala de unção. Jesus foi ungido pelo Espírito Santo – cf. Is.6.1; Lc.4.18 , o crente em Jesus tem a unção do Santo e sabe todas as coisas – cf. I Jo. 2.20.

13.13.1 – APLICAÇÃO SIMBÓLICA DO ÓLEO (AZEITE)

a) Azeite na orelha (Lv .14.17) – preparo para ouvir a voz de Deus. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap.2.17). “Fala Senhor que o teu servo ouve”.

b) Azeite na mão (Lv. 14.17) – habilitação para o trabalho do Senhor. “Não é por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor do Exércitos – cf. Zc. 4.6

c) Azeite no pé (Lv. 14.17) – Fala de um andar santo. Andai no Espírito e não cumprireis a vontade da carne – cf Gl. 5.16

d) Azeite no rosto (Sl 104.15) – Brilho da presença de Deus e alegria espiritual que desfruta o crente em Cristo . “Com o rosto desvendado... somos transformados de glória em glória...pelo Espírito”- cf. 2 Co. 3.18

e) Azeite em outras vasilhas (2Rs 4.4-6) – bênçãos para outras pessoas – Rm. 1.16; 5.5; I Jo.3.16.

f) Azeite nas feridas (Lc.10.34) – símbolo de restauração pelo Espírito Santo do Senhor – cf. Lc.4.18

    Vale a pena lembrar que era extremamente proibido fabricar outro óleo com a mesma composição (Êx. 30.33). Ninguém pode imitar o Espírito Santo.

    Da mesma forma era proibido usar o óleo para fins alheios ao serviço sagrado (Êx. 30.25-31).

    O Espírito Santo opera exclusivamente para a glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois o seu ministério aqui é esse, o de glorificar a Cristo.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

TEXTO ÁUREO = “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre” (Jo 14.16).

VERDADE PRATICA = Para o pecador, o Espírito promove a salvação; para o crente, o consolo, a direção, o fortalecimento na fé e na esperança etc.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = JOÃO 14.16,17; 16.7,8,12-15

INTRODUÇÃO

Através das várias épocas, o Espírito Santo tem operado de forma extraordinária.

Porém, na dispensação que vivemos, chamada de “ministério do Espírito” (2 Co 3.8) sua operação vem superando as demais, pois sua presente missão é dar continuidade a obra de Jesus na cruz do Calvário. Ele glorifica a Jesus (Jo 16.14), e anuncia ao pecador as bênçãos oriundas do sacrifício vicário de Cristo (Jo 16.15).

1. A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

1. Sua personalidade. O Espírito Santo não é uma influência, uma energia imperceptível ou um mero poder impessoal como erradamente ensinam alguns Ele e uma pessoa dotada de personalidade própria

2. Provas da personalidade. Entre outras, podemos destacar algumas através:

a) Do nome Consolador.  Estando na terra, Jesus era o Libertador e Consolador (Lc 4.18,19); porém, tendo sido assunto ao Céu, enviou outra pessoa, outro Consolador, o Espírito Santo (Jo 14 16) que ministraria como Ele o fez durante o seu ministério terreno..(Jo 16.13).

b) Dos atributos de personalidade conferidos ao Espírito.. Ele tem: entendimento, pois fala (Ap 2.7), ensina (Jo 14.26), guia (GI 5.18); sentimento, pois entristece.(Ef 4.30), ama (Rm 15.30), geme (Rm 8.26); vontade própria, pois impede (At 16.6,7), convida (Ap 22.17).

c) Das atitudes humanas contra o Espírito.. Contra Ele o homem pode: pecar e mentir (At 5.3,4) etc. A uma influência não se pode cometer tais coisas.

2. Sua divindade. Entre outras provas da sua divindade temos:

a) Ele é integrante da Santíssima Trindade. O Pai é Deus (Mt 6.8), o Filho é Deus (2 Pe 1.1), e o Espírito também é Deus (At 5.3,4; 2 Co 3.18).

b) Atributos divinos a Ele conferidos. Ele possui eternidade (Hb 9.14) onisciência (1 Co 2.10), onipresença (SI 139.7-10) e onipotência (l Co 12.11).

II. O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO

1. No Pentateuco. O Espírito atuou de forma marcante na criação (SI 104 30) criando e dando forma a todas as coisas; nos dias antediluviano (Gn 6.3), exortando; nas vidas de José (Gn 41.33-44), Moisés (Dt 18.18), Bezaliel (Ex 31.2; 35.20, 24), Josué (Nm 27.18), Calebe (Nm 14.24), etc, capacitando-os à execução de importantes tarefas.

2. Nos livros históricos. O Espírito revestiu de poder homens como: Otoniel (Jz 3.10), para julgar; Gideão (Jz 6,34), para liderar; Sansão  (Jz 14.16,19; 15.14), para vencer adversários; Davi (1 Sm 16.13) e Saul (1 Sm 10.6, 10; 11.6), para reinarem; Elias (1 Rs 18.12) e Eliseu (2 Rs 2.19), para profetizarem etc.

3. Nos livros proféticos. O Espírito inspirou os profetas (2 Pe 1.21; 1 Pe 1.10,11) que d’Ele falaram sobre: seu derramamento (Jl 2. 28,29), seu poder irrestrito (Mq 2.7; 3.8), seu poder restaurador (Ez 37.1), sua rejeição, soberania, bênção etc. (Is 30.1; 32.15; 40.13; 59.19-21; 63.7-16).

III. O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

1. No ministério de Jesus. Pela atuação do Espírito, Jesus foi: gerado no ventre de Maria (Lc 1.35), preservado em vida (Mt 2.12), revelado a Simeão (Lc 2.25-29), ungido com poder  (At 10.38), oferecido a Deus como sacrifício (Hb 9.14) e ressuscitado dos mortos (Rm 8.11).

2. No livro de Atos. Com respeito aos discípulos, o Espírito: batizou-os (At 2.1-8; 8.17; 10.44,47; 19.6- 7), encorajou-os (At 2.14; 4.19,20), distribuiu-lhes dons espirituais (At 2.22,36; 5.4-5; 9.34-36, 42), dirigiu-os (At 8.5-24, 36,40; 10.11-48), promoveu-lhes o crescimento (At 2.41, 47; 4.4; 5.14, 28; 6.1,7; 9.31,35), orientou-lhes o serviço cristão (At 16.6,7), inspirou-lhes profetas (At 11.28; 21.4,11), constituiu obreiros dentre eles (At 20.28).

3. Nas epístolas. Entre tantas outras referências ao ministério do Espírito, temos: a intercessão (Rm 8.26), os dons (1 Co 12.1-12), a transformação  (2 Co 3.18), o fruto (GI 5.22), o enchimento (Ef 5.18), o socorro (Fp 1.19), o fortalecimento (Cl 1.11), o gozo (1 Ts 1.6), a santificação (2 Ts 2.13), a advertência (1 Tm 4.1), o depósito (2 Tm 1.14), a renovação (Tt 3.5), o testemunho (Hb 10.15), a regeneração (1 Pe 1.23).

4. No Apocalipse. Depois de revelara João todos os fatos que estavam ocorrendo nas igrejas da Ásia Menor, e que hão de ocorrer, o Espírito convida-nos a posicionar-nos perante Deus, tomando “de graça da água da vida” (Ap 22.17).

IV. O ESPÍRITO SANTO HOJE

1. Na experiência da Igreja. O Espírito Santo continua despertando a Igreja para a doutrina bíblica e ao zelo pela sua manutenção (2 Tm 1.13,14), evitando que nos detenhamo-los em um nível puramente humano (.1 Co 2.1-5).

O amor, que o Espírito derrama em nossos corações, deve ser a razão de ser da Igreja de Cristo.  A comunhão entre os salvos, independente de cor, raça, posição social, tornando-nos um em Cristo (Gl 3.26), tem de caracterizar a vida da Igreja na terra. Esse é o amor que o Espírito derrama em nossos corações. As promessas divinas, o Espírito Santo vivifica-as, tornando-as um patrimônio comum a todos os crentes (Jo 6.63; 2 Pe 1.3,4).

O Espírito ajuda-nos ainda a termos uma clara visão das necessidades deste mundo perdido (At 16.6,7), reavivando-nos a responsabilidade de o evangelizarmos enquanto é dia (Jo 4.35; 1 Co 9.16; Mc 16.15,16). Além disso, mantém em nossos corações a esperança e o anelo pelo arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.16).

2. Na experiência do crente. O Espírito promove as seguintes operações na vida do salvo: santificação (Rm 1.4), ajudando-o a mortificaras obras da carne (Rm 8.12,13) e a resistir ao diabo (Tg 4.7); oração: o Espírito é chamado de “espírito de oração e súplicas” (Zc 12.10) e, como tal, Ele nos ajuda a orar (Rm 8.26); crescimento espiritual: o Espírito é vida (Rm 8.2) e opera o desenvolvimento da nossa vida espiritual (Cl 1.10; Sl 92.12, 13), dando-nos a necessária maturidade cristã (1 lo 2.12-14); poder divino, para o êxito na missão de evangelização (At 1.8); direção, para todos os nossos atos (Rm 8 14) renovação constante em todo nosso ser (2 Co 4 16) etc.

3. Na conversão do pecador. O espírito opera nas seguintes fases:

a) Na chamada (Ap 22.14). Mostra ao pecador o calor efêmero das coisas materiais (Fp 3.7-10; Hb 11.26); promove o despertamento para coisas melhores (Fp 3.13,14), que antes a velha natureza não permitia (Rm 3.11); vivifica e enaltece a Palavra de Deus (2 Co 3.6), pela qual o pecador jamais se interessava.

b) No convencimento. Convence o homem: do pecado (Jo 16.7-9), trazendo à tona todos as suas iniqüidades (Sl 90.8; Sl 51.3;32.4), mostrando que pecou contra Deus (SI 5 1.4; Lc 15.18); da justiça (Jo 16.8,9), mostrando o grande amor que levou Jesus a morrer pelos nossos pecados (2 Co 5.19-21) para nos dar a salvação (1 Tm 1.15; 2 Co 8.9), como resultado da justiça divina. 

c) Na decisão. Mostra a importância dessa decisão (Jo 1.12), levando o pecador a confessar e a abandonar o seu pecado (Pv 28.13; 2 Tm 2.19; 1 Jo 1.9). Esta decisão deve ser feita agora (2 Co 6.2; Hb 3.7,8, 13,15,17); é perigoso deixá-la para depois (Sl 8 1.8; Tg 4.13-15; Is 55.7).

d) Na aproximação de Deus. O Espírito: fortalece o pecador pala que possa achegar-se a Deus (Lc 15.20), a tomar da água da vida (Ap 22.17), a invocar o nome do Senhor (At 2.21), e a confessar os seus pecados (Sl 32.5; Lc 15.20,23); regenera o pecador (Jo 3 8) usando para tal a Palavra de Deus  (1 Pe 1.23,25); dá a certeza de vida eterna (Rm 8.16; 1 Jø 3.14), para que o pecador possa ter convicção de que agora é filho de Deus (Jo 1.12), que está livre da condenação (Rm 8.1), do domínio de Satanás (Ef 2.2), do temor da morte (Hb 2.14), e que será arrebatado ao Céu na volta de Jesus para vir buscar a Igreja (1 Ts 4.17).

CONCLUSÃO

Se dermos liberdade ao Espírito Santo, continuará Ele operando em nossas vidas da mesma maneira firmando de maneira extraordinária as promessas divinas, levando-nos a vivenciar um grande despertamento espiritual, tanto individual quanto coletivo, que certamente resultara na glorificação do nome do Senhor e muitas almas salvas.

BIBLIOGRAFIA

Lições bíblicas CPAD 1998

www.PalavraPrudente.com.br