28 de dezembro de 2015

ESCATOLOGIA O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS

ESCATOLOGIA O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS

Texto Áureo = “Sobe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1).

Verdade Prática = O estudo da Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre com o Senhor Jesus Crista

Leitura Bíblica = Mateus 24: 4,5,11-13 = I Tessalonicenses 1: 10

INTRODUÇÃO

Como diria o apóstolo Pedro, Escatologia é um estudo que envolve doutrinas “difíceis de entender” (2 Pe 3.16). Sua correta compreensão — bem como a de todas as matérias teologais — só ocorre mediante a priorização do que está revelado nas Escrituras, que apresentam a totalidade das informações futuríveis essenciais (Ap 22.18,19).

A Escatologia aqui exposta não é especulativa ou teologicocêntrica, e sim dogmática e biblicocêntrica. Afinal, renunciar a autoridade bíblica para exercitar o raciocínio a bel-prazer, com o intuito de formular teorias quanto ao futuro baseadas em passagens interpretadas isoladamente, é o mesmo que “forçar” a Palavra de Deus a dizer o que não diz.

Acerca disso Dave Hunt discorreu com precisão: Teríamos de ser como Deus para que tudo fosse provado e racionalizado para nós. Obviamente, não somos como Ele: somos finitos, e Deus é infinito. Simplesmente não temos a capacidade de compreender tudo sobre Deus e seu universo. Portanto, precisamos confiar nEle quando nos fala sobre coisas que não podemos compreender deforma plena.

Conquanto valorizemos até certo ponto algumas teorias extra bíblicas tidas como lógicas e consistentes, haja vista decorrerem de exaustivas pesquisas, o “estudo das últimas coisas” (Escatologia) só tem relevância escrituristica quando se harmoniza plenamente com o conteúdo das páginas sagradas. Se isso não ocorre, decorre a teologia especulativa, da qual muitos se valem para chegar a lugar nenhum.

O ESTUDO DA ESCATOLOGIA

O profeta Daniel não ousou desvendar por conta própria os mistérios relativos ao futuro; antes, confessou: “Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso, eu disse: Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?” (Dn 12.8).

As Escrituras não foram divinamente produzidas para que cada indivíduo, ao interpretá-las, tire as suas próprias conclusões. Elas são a revelação de Deus, e nós devemos nos aproximar delas com o objetivo de assimilar as verdades reveladas pelo Senhor (SI 119.105).

Paulo é outro exemplo nesse sentido. Apesar de sua elevada e reconhecida erudição, não abria mão das Escrituras:

Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecas/os, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cefas e depois pelos doze (1 Co 15.3,4).

Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança ( Rm /5.4).

Mesmo sendo o “doutor dos gentios”, Paulo jamais ousou especular acerca do que não lhe fora revelado; antes, admitiu: “agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido” (1 Co 13.12). Que nunca nos esqueçamos da “glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18; 1 Pe 5.1), pois muitas verdades só poderão ser conhecidas no futuro, após o Arrebatamento da Igreja (1 Jo 3.2).

Definição. Escatologia (gr. eschatos, “último”, “derradeiro”, “final”, “extremo”;
e logia, “coleta”) é o estudo dos acontecimentos que hão de ocorrer conforme a soberana vontade de Deus, “segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.11). O Eterno disse: “não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antigüidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade” (Is 46.9,I0).

Em Lucas 21.36 está escrito: “Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas cousas que tem de suceder e estar em pé na presença do Filho do homem” (ARA). Quando essas coisas acontecerão? A Bíblia Sagrada apresenta os detalhes desses acontecimentos? Até que ponto podemos entender o desdobramento deles? O que ocorrerá nos Céus e na Terra? Quem participará desses eventos?

Por que Escatologia bíblica? São muitas as perguntas quanto ao futuro, mas não podemos perder de vista a base para uma proveitosa análise das últimas coisas: não ir além d0 que está escrito na Bíblia (Dt 29.29; 1 Co 4.6).
E isso não tira o brilho do estudo escatológico. Embora o set humano seja obcecado por novidades, os subsídios extra bíblicos, como divagações filosóficas, supostas divinas revelações, etc., só confundem o estudioso da Bíblia Sagrada.

Hodge afirmou: É preciso terem mente que teologia não é filosofia. A teologia não pretende descobrir a verdade nem conciliar o que ensina como verdadeiro com todas as outras verdades. Seu papel é simplesmente declarar o que Deus revelou em sua Palavra, e vindicar tais declarações até onde é possível em face dos equívocos e objeções. E é especialmente necessário ter em mente este limitado e humilde ofício da teologia, quando nos propomos a falar dos atos e propósitos de Deus.

A teologia sistemática deve se harmonizar com a teologia bíblica. Tais matérias não existem para dividir os teologos. Por isso, ao estudarmos as coisas que devem acontecer” (Ap 1.19) de modo compendiado e sistemático, nosso objetivo é fornecer ao estudioso do assunto uma visão global da Escatologia bíblica. Com isso, podemos analisar cada evento, voltando, quando necessário, ao estudo panorâmico.

PRINCIPAIS EVENTOS ESCATOLÓGICOS

Em que ordem as últimas coisas devem acontecer? Apresentamos abaixo uma seqüência geral acompanhada de passagens bíblicas, para que, estudando-as, tenhamos em mente todo o cenário escatológico. Seria muito útil ao estudioso dessas doutrinas examinar com cuidado, em meditação, cada referência mencionada na relação abaixo.

O Arrebatamento da Igreja. Nos ares; antes da Grande Tribulação (1 Ts 4.16,17; 1.10). Esse rapto dos salvos desencadeará uma série de eventos.

O Tribunal de Cristo. Ainda nos ares (Ap 22.12; 1 Pe 5.4).

A Grande Tribulação. Na Terra, por sete anos (Dn 9.25-27); e as Bodas do Cordeiro, no Céu (Ap 19.1-9).

A Vinda de Jesus à Terra. Em poder e glória, para a batalha do Armagedom (Zc 14.1-4; Jl 3.2; Ap 16.13-16; 17.14).

O Fim do Império do Anticristo (Ap 19.19-21).
O Julgamento das Nações (Jl 3.12-14; Mt 25.31-46).
O Milênio. Após a prisão de Satanás (Ap 20.1-6).

A Revolta do Diabo e seu Julgamento. Após o Milênio, o Inimigo será solto por pouco tempo, pois logo ele — em última instância — e suas hostes serão julgados (Ap 20.7-10; Jo 16.8-11; Rm 16.20).

O juízo Final (Ap 20.11-15).

Novos Céus e Nova Terra (Ap 2 I—22; 2 Pe 3.7).

ESCATOLOGIA E A VOLTA DE JESUS

Qual o cristão fiel e sincero que não espera com ansiedade a Segunda Vinda? Quem ama a Palavra de Deus tem a certeza de que Cristo “aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28). Há inúmeras profecias sobre esse acontecimento nas Escrituras, inclusive no Antigo Testamento, conquanto, naquele tempo, os israelitas não entendessem que seria necessário o Messias vir ao mundo duas vezes.

De acordo com o pastor Antonio Gilberto, “O povo de Israel conheceu apenas os rudimentos da revelação divina (Hb 6.1); isto é, conheceu apenas a cartilha de Deus. Nós, a Igreja de Deus, conhecemos O Livro Completo; isto é, a revelação divina completa. Que desculpa temos diante de Deus, agora?”4 Hoje, podemos compreender verdades que nenhum dos profetas antigos conseguiu assimilar.

Cristo, em sua primeira vinda, resgatou-nos do domínio do pecado (Rm6.14), ressuscitou para a nossa justificação (Rm 4.25), fundou a sua Igreja (Mt 16.18) e ascendeu ao Céu (At 1.7-1 1). Sabemos — porque temos a Bíblia completa — que Ele voltará para arrebatar os salvos, nas nuvens (1 Ts 4.16,17); e que, sete anos depois, virá à Terra para instaurar o Milênio (Ap 19.11,15; 20.1-6). Os israelitas não conseguiam vislumbrar, então, todo esse desdobramento.

Ao lermos Isaías 61.1,2, temos a impressão de um único advento messiânico: O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas—novas aos mansos, enviou—me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável d0 SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus.

No entanto, depois de ler essa passagem até ao ponto que menciona “o ano aceitável do Senhor”, Jesus fechou o livro e concluiu: “Hoje se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir” (Lc 4.17-21). Por que Ele não continuou a leitura? Porque o dia da vingança refere-se à Segunda Vinda do Messias.

Em Zacarias 9.9,10, este profeta também fala das duas fases da vinda do Messias como se fossem uma:

Alegra—te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu Rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado em jumento, sobre um asninho, filho de jumenta (’v.9). E destruirei os carros de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e o arco de ,guerra será destruído; e ele anunciará paz às nações; e o seu domínio se estenderá de um mar a outro mar e desde o rio até às extremidades da terra(v. 1O).

O versículo 9 cumpriu-se quando Jesus Cristo andou na Terra (Mt 21.1 - II), mas o 10 faz parte do seu Segundo Advento.

Por que João Batista homem cheio do Espírito Santo desde o ventre materno (Lc 1.15) e que testificara do Senhor Jesus com tanta convicção (Jo 1.19-31; 3.38) — mandou perguntar-lhe se Ele era verdadeiramente o Cristo (Mt 11.1,2)? Para ele, o último representante dos profetas do Antigo Testamento (Mt 11.13), a vinda de Cristo à Terra era um único acontecimento. Daí a sua expectativa de que o Messias estabelecesse já naqueles dias o seu Reino.

Portanto, a nossa compreensão hoje é bem mais abrangente do que a dos crentes do período veterotestamentário. E preciso distinguir os dois momentos da vida de Jesus: o Arrebatamento (nos ares), para a Noiva (2 Co 11.2), e a Vinda em Glória (à Terra), com a Esposa (Ap 19.7).

A PREOCUPAÇÃO COM OS FINS DOS TEMPOS

Escarnecedores. Sempre houve escarnecedores (Sl 1.1; Is 28.14; Sf 2.8), inclusive no tempo em que Jesus andou na Terra (Mt 20.19; 27.29,41). Mas a proliferação deles é um claro sinal da iminência do Arrebatamento: “nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2 Pe 3.3,4).

Em Judas vv.18,19 são mencionadas três características desses escarnecedores:

1) Andam segundo as suas ímpias concupiscências.
2) Causam divisões.
3) Não têm o Espírito Santo.

A Palavra de Senhor afirma que “nos últimos dias” haveria homens blasfemos (2Tm 3.1,2). E blasfemar significa adotar uma linguagem difamatória, zombeteira, escarnecedora e maligna acerca da Majestade Divina. Como Deus não se deixa escarnecer (Gl 6.7), julgará com eqüidade os que “pisam” o Filho de Deus e têm por profano o sangue do testamento, fazendo agravo ao Espírito da graça (Hb 10.29; Mt 12.3 1,32).

Tempos perigosos (2 Tm 3.1, gr.). Os dias que antecedem a Segunda Vinda são realmente trabalhosos, difíceis, perigosos; o espírito do Anticristo já está no mundo (1 Jo 4.3). Na Palavra de Deus, em 2 Timóteo 3.1-5, ARA, há uma longa lista com dezoito características anticristãs dos homens maus desses últimos tempos, as quais apresentamos abaixo, em três grupos de seis.

Primeiro grupo — os que desprezam a Deus e a família:

1) Blasfemadores; zombam de Deus, de sua Palavra, da obra expiatória de Cristo e de tudo o que é sagrado.
2) Irreverentes; profanos; sem respeito pelas coisas sagradas.
3) Sem domínio de si; incontinentes, desequilibrados; insaciáveis quanto ao pecado.
4) Atrevidos; obstinados; insistem em pecar, mesmo depois de serem advertidos.
5) Mais amigos dos prazeres que amigos de Deus; dizem-se amigos de Deus, mas é só “aparência de piedade”; são, na verdade, inimigos do Senhor (Tg 4.4).
6) Desobedientes aos pais; desonram e amaldiçoam pai e mãe (Ef 6.1-3; Pv 20.20).

Segundo grupo — os que amam a si mesmos:

1) Egoístas; idolatram-se; só pensam em seus próprios interesses.
2) Avarentos; fazem o que for preciso para ter dinheiro; também são idólatras (Ef 5.5).
3) Jactanciosos; presunçosos, orgulhosos; gostam de se vangloriar.
4) Arrogantes; pensam que não precisam de ninguém,
5) Enfatuados; cheios de si; egocêntricos.
6) Ingratos; incapazes de dizer um simples “obrigado”.

Terceiro grupo — os que odeiam o próximo:

1) Cruéis; matam, seqüestram, estupram, torturam, roubam, por puro prazer.
2) Inimigos do bem; pessoas sem amor para com os bons; não conseguem amar nem aqueles que só lhes fazem o bem.
3) Traidores; fingem-se de amigos, contudo agem como uma serpente ou um cão que se volta contra o dono.
4) Desafeiçoados; sem afeto natural; não têm sequer aquela afeição inata, que todo ser humano deveria possuir, naturalmente.
5) Implacáveis; irreconciliáveis; incapazes de perdoar; sedentos por vingança.
6) Caluniadores; inventam males para prejudicar o próximo.


O povo de Israel. A existência do povo israelita é um grande sinal indicador da Segunda Vinda de Cristo. Séculos vêm e vão, povos florescem, alcançam seu apogeu, envelhecem e desaparecem. Mas Israel, ao longo desses quase seis mil anos, não foi atingido pela lei da mortalidade e desaparecimento dos povos.

A partir do ano 70, quando Jerusalém foi destruída pelos romanos, os judeus ficaram privados de seu território, vindo a sofrer terríveis perseguições. Na Idade Média, foram queimados aos milhares em praça pública pela Igreja Romana, sob o domínio do inquisidor Torquemada. E, durante a II Guerra Mundial (1939-1945), mais de seis milhões foram brutalmente assassinados.

Depois de ter sido espalhado entre as nações, por desobediência (Dt 4.23-28,63,64; Lc 21.24), Israel foi estabelecido como Estado, em 14 de maio de 1948. O mesmo Deus que dispensou os israelitas havia feito uma promessa de ajuntá-los em sua terra (Dt 4.30; 30.1-6; Ez 11.17-36; 37.21); e isso vem se cumprindo desde o fim da primeira metade do século XX.

Apenas 24 horas após a proclamação do Estado de Israel, os exércitos de Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram o país, dando início à Guerra da Independência. Recém-formadas e pobremente equipadas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) conquistaram uma expressiva vitória depois de quinze meses de combate.

Terminada essa primeira guerra, os israelenses concentraram seus esforços na construção do Estado. David Ben Gurion foi eleito primeiro-ministro, e Chaim Weizmann, presidente. Ainda em 1949, Israel se tornou membro das Nações Unidas, aumentando a fúria de seus inimigos, que não reconheciam o Estado de Israel.

Em 1956, sofrendo ameaças de Egito, Síria e Jordânia, Israel tomou a Faixa de Gaza e a Península do Sinai. Neste mesmo ano, de comum acordo com a ONU, Israel começou a devolver as terras conquistadas. Esta atitude lhe proporcionou algumas vantagens, como: a liberdade para navegar no Golfo de Eilat e a permissão para importar petróleo do Golfo Pérsico.

Quando a paz parecia consolidada, irrompeu, em 1967, a Guerra dos Seis Dias. O Egito novamente, deslocando um grande número de tropas para o deserto do Sinai, ordenou que as forças de manutenção de paz da ONU se retirassem da área. Entretanto, mesmo com a ajuda militar de Jordânia e Síria, os egípcios sofreram outra humilhante derrota.


Invocando o seu direito de defesa, Israel desencadeou um ataque preventivo contra o Egito, no sul, seguido por um contra-ataque à Jordânia, no leste, Expulsou, ainda, as forças sírias entrincheiradas no Planalto de Golan, ao norte. E, em apenas 6 dias, Israel conquistou a Judéia, a Samaria, Gaza, a Península do Sinai e o Planalto de Golan,

Em 1973, depois de anos de relativa calma, ocorreu a Guerra de Yom Kipur (Dia da Expiação, o dia mais sagrado do calendário judaico). Egito e Síria atacaram Israel, dessa vez de surpresa. O exército egípcio atravessou o Canal de Suez, e as tropas sírias invadiram o Planalto de Golan.

Em três semanas, Israel repeliu os ataques de forma milagrosa. Havia, nas Colinas de Golan, 180 tanques israelenses para enfrentar 1.400 tanques sírios!
No Canal de Suez, havia quinhentos israelenses para enfrentar 80.000 egípcios!
Mesmo assim, em dois dias, Israel mobilizou seus reservistas e conseguiu fazer retroceder seus adversários, penetrando no território inimigo. Não fosse a intervenção da ONU, o Egito teria uma derrota arrasadora.

Depois dessa guerra, a economia israelense cresceu expressivamente. 0 investimentos estrangeiros aumentaram, e, em 1975, Israel se tornou membro associado do Mercado Comum Europeu. Ademais, o turismo se tornou uma das principais fontes de renda do país.

Hoje, há ainda uma permanente ameaça: os palestinos (povos árabes que formavam a população nativa da Palestina antes de 1948). Estes, depois de serem expulsos da Jordânia, em 1970, perpetraram repetidas ações terroristas contra as cidades e colônias agrícolas israelenses, causando danos físicos e materiais. Atualmente, Israel e ANP (Autoridade Nacional Palestina) vêm tentando um acordo de paz.

A verdade é que Deus no princípio estendeu sua mão providente e protetora sobre o povo de Israel. Ao chamar Abraão, pai do povo israelita, Deus lhe disse: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).

Mas Israel não foi fiel ao Senhor e trouxe sobre si duras conseqüências (Rm II).
Neste capítulo, a Palavra de Deus afirma que “o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado” (v.25). O tempo da plenitude gentílica está chegando. A figueira (Israel) começou a florescer, e este é um dos principais sinais da Segunda Vinda de Cristo: “Olhai para a figueira (...) Quando já têm rebentado, vós sabeis (...) que perto está o verão” (Lc 21,29,30).

Diante de tantos sinais escatológicos, reflitamos acerca do que Jesus disse, em Mateus 24.33-35:
......quando virdes estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas aconteçam. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

A PREOCUPAÇÃO DOS DISCÍPULOS

1. Preocupados quanto ao templo, Mt 24.1,2. Embora Jesus acabasse de avisar que rejeitar o reino de Deus, isto é, no caso em apreço, a autoridade de Cristo como o Messias prometida pelos profetas resulta. ria na destruição de. Jerusalém (Mt 21.42,43; 23.38), os discípulos não entenderam tal advertência. Eram como o povo; nos dias de Jeremias e Ezequiel, antes e durante o Cativeiro dos Setenta anos.

Achavam difícil Deus permitir que algo acontecesse ao magnificente templo, construído de mármore branco, com suas colunas elevadas e seu teto de cedro.
Certamente essas pedras, de seis a 12 metros de comprimento, pesando até 100 toneladas, suportariam qualquer ataque! Porém Jesus afirmou que nenhuma deixaria de ser derribada.

Em 70 40 anos depois da predição, o general romano, Tito, destruiu o  templo. Este não era seu propósito mas os soldados, pensando que houvesse ouro escondido,’ removeram, literalmente, todas as pedras de seu lugar.. Posteriormente, nos anos 361 a 363, o Imperador romano Juliano acabou removendo as que restaram, de maneira que, hoje, é praticamente impossível determinar o lugar exato em que o templo se situava. Assim a profecia de Cristo cumpriu-se integralmente.

2. Preocupados quanto ao futuro, Mt 24.3. Os discípulos ficaram alarmados quando Jesus predisse a destruição do templo, pensando que ao fim ‘do mundo pudesse ocasionar tal catástrofe.. Por isso, perguntaram-lhe a respeito. Como homens desejavam saber quando o fato aconteceria. E QUAL seria O SINAL da sua segunda vinda (a palavra grega empregada é “parousia” e significa ‘presença”, antônimo de “ausência”). Jesus respondeu a estas perguntas não observando uma ordem cronológica dos fatos.

Ele não revelou que a presente dispensação se estenderia por quase 2.000 anos depois da destruição do templo, não se preocupando assim com o TEMPO que seu retorno envolveria. No entanto, muito se empenhou em fazê-los compreender a necessidade de uma preparação para esse evento. Os tempos e as estações estão na mãos de Deus (At 1.7).



O DECURSO DESSE SÉCULO, Mt 24.4-2

1. Os falsos cristos, Mt 24.4,5. Antes de Jesus falar sobre os sinais abordados pelos discípulos, avisou-os para não se deixarem enganar ou desviar.se dos ensinos básicos do Evangelho. A preocupação extremada sobre o. “quando” da volta de Cristo já levou muitos a acompanharem falsos mestres, religiões espúrias e “cristos” enganadores. Os apóstolos Paulo, Pedro e João, já no Século 1, alertaram a Igreja concernente a este perigo (Cl 2.8; 1 Tm 4.1,2; II Pe 2.1; 1 J0 2.18).

A Bíblia nos revela os sinais, mas não devemos nos preocupar em demasia a ponto de sermos atraídos pôr qualquer “líder” que se apresente. Quando Jesus voltar, seremos arrebatados a encontrá-lo nos ares. Aqueles que se dizem “messias” ou “cristos” não passam de ladrões e salteadores (Jo 10.1,8; 1 Ts 4.17).

2. O esfriamento do amor seria outro sinal, hoje em dia muito em evidência, O movimento ecumênico nas igrejas protestantes não é outra coisa. Conseqüentemente, nessas organizações religiosas há um relaxamento da moral. Os pastores de tais rebanhos fazem “vista grossa” ao pecado e tudo passa. Até perversões sexuais, inclusive pastores homossexuais, são, muitas vezes, acobertados! Imagine o que o apóstolo Paulo diria a uma congregação dessas! (Rm 1.18-32)

3. O testemunho triunfante, Mt 24.13-16. O propósito de Jesus é que sua Igreja permaneça firme até o fim, quando será tirada deste mundo através do arrebatamento, ocasião em que seremos transformados à sua imagem. Ele não prometeu que o mundo todo seria convertido antes de seu retomo, mas disse que seu Evangelho deveria ser pregado como “testemunho” a todas as gentes. A Bíblia afirma que, de toda língua e nação, haverá um povo lavado no sangue de Cristo (Ap 5.9). Por essa razão devemos esforçar-nos para pregar, publicamente, as boas novas entre todos os povos da terra, mesmo onde não as querem ouvir.

INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS

O CAMPO DA ESCATOLOGIA BÍBLICA

1. A escatologia tem sua base na revelação divina. A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a semente de Abraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a sua vontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da sua revelação e formou um novo povo, a Igreja, constituída de judeus e gentios (Ef 2.11-19). A partir de então, a Igreja é o alvo da revelação divina. Toda a revelação aponta para o futuro e a Igreja caminha neste mundo com uma esperança, pois é identificada como “peregrina e forasteira”, 1 Pe 2.11.
Ela existe por causa da esperança (Rm 5.2; 8.24; Ef 4.4; 1 Ts 4.13). A esperança indica uma meta; traça planos para um futuro, O mundo pagão se fecha dentro de um fatalismo histórico, sem expectativas, sem futuro, mas a Bíblia revela o futuro.

2. A escatologia pertence ao campo da profecia. A preocupação principal do estudo da escatologia é interpretar os textos proféticos das Escrituras. As verdades proféticas se tornam claras e definidas quando se tem o cuidado de interpretá-las seguindo os princípios de interpretação, observando o seu contexto histórico e doutrinário, O apóstolo Pedro teve o cuidado de explicar essa questão quando escreveu: “E temos mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração”, 2 Pe 1.19. Na verdade, o apóstolo procura contrastar as idéias humanas com a palavra da profecia escrita na Bíblia.

Ele fortalece a origem divina das Escrituras e da sua profecia. Não podemos duvidar nem admitir falha na Palavra de Deus. Ela é inspirada pelo Espírito Santo (2 Tm 3.16). A inerrância das Escrituras tem sua base na infalibilidade da Palavra de Deus. Outrossim, o mesmo autor declara que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”, 2 Pe 1.20,21.

MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DA ESCATOLOGIA

Na história da Igreja têm sido adotados vários métodos de interpretação no que concerne às escrituras proféticas. Eles têm produzido explicações e posições que obrigam os cristãos a serem cautelosos. Há idéias divergentes, por exemplo, com respeito ao arrebatamento da Igreja. Alguns o admitem antes e outros crêem que se dará no meio da Grande Tribulação. As teorias são várias, mas precisamos ser definidos sobre o assunto. Para isso, dois métodos de interpretação devem merecer a nossa atenção.

1. O método alegórico ou figurado. Alguns teólogos definem a alegoria “como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada”. Quando interpretamos uma profecia bíblica, sem atentarmos para o seu sentido real, figurado ou literal, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de somenos importância. Corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia. Daí, as palavras e os eventos proféticos perderem o significado para alguns cristãos.

Quando o sentido de uma profecia é literal e se interpreta alegoricamente, se está, de fato, pervertendo o verdadeiro sentido da Escrituras, com o pretexto de se buscar um sentido mais profundo ou espiritual.
Por exemplo, há os que interpretam o Milênio alegoricamente. Não acreditam num Milênio literal. Por esse modo, além de mutilarem o sentido real e literal da profecia, anulam a esperança da Igreja.

Tenhamos cuidado com interpretações feitas superficialmente ao bel-prazer das especulações do intérprete, com idéias próprias ou ao que lhe parece razoável.
Declarações como: “eu penso que é isso”, “eu sinto que é isso”, são típicas de interpretações vaidosas, irresponsáveis e vazias de temor a Deus. Portanto, o método alegórico deve ser utilizado corretamente. Paulo utilizou-o em Gálatas 4.21-31. Ele tomou as figuras ilustradas no texto com fatos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sombras de eventos futuros.

2. O método literal e textual. Esse é o método gramático-histórico. Isto é: se preocupa em dar um sentido literal às palavras da profecia, interpretando-as conforme o significado ordinário, de uso normal. A preocupação básica é interpretar o texto sagrado consoante a natureza da inspiração da profecia. Uma vez que cremos na inspiração plena das Escrituras através do Espírito Santo, devemos atentar para o fato de que há textos que têm apenas um sentido espiritual, sem que exija, obrigatoriamente, uma interpretação literal ou figurada.

Ambos os métodos são válidos, mas devem ser utilizados com cuidado e precisão. Há uma perfeita relação entre as verdades literais e a linguagem figurada. Temos o exemplo bíblico da apresentação de João Batista no texto de João 1.6, que diz: “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João”. Notemos que o texto está falando literalmente de um homem, cujo nome, de fato, era João. Os termos empregados referem-se literalmente a alguém fisicamente. Mais tarde, João Batista, ao identificar Jesus, usou uma linguagem figurada, quando diz: “Eis aí o Cordeiro de Deus”, J0 1.29. Na verdade, Jesus era um homem real e literal, mas João usou a forma figurada para denotar o sentido literal da pessoa de Jesus.

A PROFECIA NA PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA

Não entenderemos a profecia bíblica se a confundirmos com “o dom da profecia”. A profecia bíblica tem um caráter inerrável, porque ela está rias Escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. A profecia, como dom do Espírito, tem a sua importância no contexto da Igreja de Cristo na Terra, pois depende de quem a transmite e, por isso, sujeita a erro e julgamento (1 Co 14.29), e não pode ter validade se a mesma choca-se com o ensino geral das Escrituras.

1. A profecia cumprida e a futura. Para que a profecia bíblica tenha o crédito que merece, devemos estudá-la no que concerne ao que já foi cumprido e, também, referente ao futuro. Uma grande parte dos livros da Bíblia contém predições.

Quando estudamos as profecias cumpridas podemos enxergar o seu caráter divino, e fazer distinção com as profecias não cumpridas. Jesus, em seu discurso aos discípulos no aposento alto, falou do ministério do Espírito Santo após sua ascensão aos céus, e disse: “Ele vos ensinará e vos anunciará as coisas que hão de vir”, Jo 16.13.

2. A profecia e o ministério da Palavra. Toda declaração bíblica sobre profecia é tão crível quanto àquelas declarações históricas. Certo autor de teologia declarou que “a história da raça humana é a história da comunicação de Deus com o homem”. Deus mesmo recorre à sua Palavra, não como uma simples evidência da verdade declarada, mas como a única forma pela qual, nós podemos obter uma perfeita e completa visão do propósito divino em relação à salvação. Por isso, precisamos observar a história do passado, presente e futuro. Devemos ter confiança de que assim como teve cumprimento a Palavra de Deus no passado e o tem no presente, o mesmo acontecerá com as profecias relacionadas ao futuro.

As Escrituras Sagradas apresentam um só sistema de verdade. Não importa o que dizem as várias escolas de interpretação. Suas interpretações podem variar e até estar equivocadas. E, nem a Bíblia se presta a dar apoio a qualquer sistema de interpretação. O futuro é uma parte do plano de Deus, e só Ele conhece tudo o que encerra a profecia. As opiniões humanas têm valor enquanto estiverem em conformidade com as Escrituras.

CONCLUSÃO

A partir de agora, portanto, dedique-se à Escatologia Bíblica, não para satisfazer a sua curiosidade acerca do porvir; mas a fim de preparar-se melhor para a chegada do Rei. Você está preparado? Já nasceu de novo? Não perca esta oportunidade. “...Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3).

Senhor Jesus, ajuda-nos a estudar, com santa reverência, os fatos concernentes à tua vinda. O Cristo Amado, não tardes em vir buscar a tua Igreja. Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Bibliografia
Lições bíblicas CPAD 1998
Lições bíblicas CPAD 2004
Lição Bíblicas 1º. Trimestre 1979  - CPAD
Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD - 2º.  Edição


ESCATOLOGIA O ESTUDO DAS ÚLTIMAS COISAS

Texto Áureo = “Sobe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.” (2 Tm 3.1).

Verdade Prática = O estudo da Escatologia bíblica traz ao coração dos salvos a esperança de um dia estarem para sempre com o Senhor Jesus Crista

Leitura Bíblica = Mateus 24: 4,5,11-13 = I Tessalonicenses 1: 10

INTRODUÇÃO

O século XXI, na marcha inexorável do perpassar do tempo, não prenuncia melhores expectativas para o fim dos tempos. Em todos os aspectos da vida da humanidade, não há um sequer que dê margem para otimismo e esperança com fundamentos sólidos. A vida religiosa poderia ser uma exceção diante das calamidades morais que avassalam o mundo pós-moderno. No entanto, no meio das religiões, seitas e movimentos ditos espirituais, também se percebem os sinais da decadência espiritual e moral.

Cumpre-se de forma cabal a previsão profética do apóstolo Paulo, quando escreveu a seu jovem discípulo Timóteo: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.

Destes afasta-te” (2 Tm 3.1-5). Em muitas igrejas locais, há uma verdadeira profanação das coisas sagradas. O púlpito se transforma em palco, e a nave em circo, onde espetáculos carnais, travestidos de espiritualidade, impressionam e atraem muitas pessoas que não têm a mínima noção do que é ser salvo nem tão pouco do que a Palavra de Deus ensina sobre a verdadeira adoração a Deus.

No meio social, em todo o mundo, há uma onda avassaladora de manifestações claras da rebelião contra Deus, que teve início com Lúcifer, passou por Adão, e por este “passou a todos os homens” (Rm 5.12). Na Europa, que já foi berço de grandes avivamentos mundiais, a rebelião contra Deus foi tão terrível que há países em que menos de 2% da população vai a qualquer igreja. O Velho Continente, que já deu ao mundo missionários famosos, como Adoniran Judson, Hudson Taylor, William Care, David Livingstone, Daniel Berg, Gunnar Vingren, e outros, hoje, é um cemitério da cristandade, e já é considerado um “país pós-cristão”, com muito orgulho por parte de muitos governantes.

Em seu Sermão Profético, Jesus predisse o que ocorreria no fim dos tempos. “Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo. E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim” (Mt 24.10-14).
Que o Senhor nos ajude a entender a revelação do futuro, vaticinada na Bíblia, e possamos ser fiéis até o fim, quando receberemos a coroa da vida, das mãos do Senhor Jesus, Rei dos reis, e Senhor dos senhores.

1. O ESTUDO DA ESCATOLOGIA

1. Definição

A palavra escatologia tem origem em dois termos gregos: escathos, ultimo , e logos, estudo , mensagem , palavra ; o termo grego cognato é éschata, que significa “últimas coisas”. Daí, vem a expressão “estudo”, ou “doutrina”, das “últimas coisas”, Escatologia, portanto, é o estudo sistemático das coisas que acontecerão nos últimos dias. Ou “Doutrina das Últimas Coisas”.

2. A Abrangência da Escatologia

A escatologia pode ser dividida em dois tópicos: Escatologia Geral e Escatologia Individual.

1) A Escatologia Geral abrange um estudo fascinante acerca dos seguintes temas:

a) O Fim dos Tempos;
b) O Arrebatamento da Igreja;
c) A Grande Tribulação;
d) A Vinda de Cristo;
e) O Milênio;
f) O Juízo Final;
g) O Perfeito Estado Eterno.

2) A Escatologia Individual refere-se aos aspectos futuros da vida das pessoas, e estuda temas igualmente de muita importância para a compreensão da vida futura:

a) O estado intermediário (após a morte física);
b) A ressurreição dos mortos;
c) O destino final.

O estudo da Doutrina das Últimas Coisas é de grande valor para os que ésperam a Vinda de Jesus para buscar a sua Igreja, mas de nada serve para os materialistas, que desprezam e desdenham das verdades bíblicas. Os seguidores de Charles Darwin, que difundiu a falsa Teoria da Evolução, normalmente os cientistas ateus, entendem que o ser humano, após a morte, equivale a qualquer animal irracional, como uma cobra, um cachorro, um gato, um leão, e os demais irracionais, que simplesmente se tornarão pó, e nada mais existe após a morte.
Com essa ideia maligna, a maioria da humanidade está enganada e sendo levada para a perdição eterna. Diz o salmista: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17).

II- A PREOCUPAÇÃO COM O FIM DOS TEMPOS

1. Os Discípulos de Jesus

Os discípulos indagaram a Jesus: “[...] que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3). A ideia do “fim do mundo” já era BEm questionada pelos primeiros cristãos. O apóstolo Pedro fala sobre os “escarnecedores”, que dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?”, achando que a Palavra de Deus não haveria de se cumprir, por causa da demora em chegar o fim dos tempos (2 Pe 3.3,4).

Desde aquele tempo, nos primórdios do cristianismo, havia pessoas que não acreditavam na Vinda de Jesus. Os anos se passavam, as décadas decorriam, e não havia sinais da volta do Senhor para reinar com sua Igreja. Imaginemos hoje quantos também descreem da volta do Senhor. Há até pastores de igrejas que desacreditam na volta literal do Senhor Jesus, descendo sobre as nuvens para buscar a sua Igreja. Ocorre que a Palavra de Deus não pode falhar. Ela é ao mesmo tempo inspirada, revelada e inerrante, pois seu Autor é Deus, por intermédio do Espírito Santo, que transmite a mensagem para a Igreja e para o mundo.

Lucas registrou essa preocupação dos discípulos quando escreveu o livro de Atos dos Apóstolos. “Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe, dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” (At 1,6,7). Os discípulos de Jesus viveram num tempo de intensa expectativa quanto ao futuro de Israel e deles próprios. O país estava sob domínio romano, sob ocupação de um país estrangeiro. Depois de tantos eventos negativos, sob dominação de outros povos, era natura! que o anseio dos judeus fosse a restauração de Israel, e com o “fim do mundo”.

A resposta de Jesus, nos últimos momentos junto aos discípulos, antes de sua ascensão, foi significativa para quem estuda a doutrina dos últimos tempos.

“Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder”. Os discípulos raciocinavam em termos de tempo cronológico, conforme se conhece, em termos da dias, meses, anos e séculos, para identificar períodos ou eras da História da humanidade. No entanto, Deus não se guia pelo tempo cronológico, ou kronos (gr.). Ele se guia por seu próprio “tempo”, que pode ser traduzido pela palavra grega kairós, que se refere a um “tempo”, período ou “era” indeterminados, que não podem ser avaliados ou estabelecidos pela lógica da cronologia humana.

Foi por isso que o apóstolo Pedro, numa inspiração profética, referiu-se ao tempo da volta de Jesus de forma bem incisiva e profética, quando escreveu, em sua segunda carta, em alusão aos escarnecedores que duvidavam que Jesus voltaria, face os anos decorridos, desde seu retorno para os céus:

“Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8). Quem pode entender a mente de Deus? Ninguém. Não se sabe se Ele está usando a equação de mil anos, como um dia, ou de um dia como mil anos.

2. As Previsões Falsas sobre o Futuro

A História da Igreja testemunhou, ao longo dos séculos, a preocupação de líderes de movimentos religiosos quanto ao fim do mundo, A maior parte deles terminou em decepção e vergonha, por propalarem tempos e datas para o “fim do mundo”. E nada aconteceu. Na verdade, tais pregoeiros do fim não passaram de falsos profetas, que, além de frustrarem a fé de milhares de pessoas, deixaram um legado de falsos ensinos e heresias que, ainda hoje, causam prejuízo à vida espiritual de milhões de pessoas que nelas acreditam.

1) Certo pastor evangélico, no Nordeste, fazia cálculos errôneos sobre a Grande Tribulação e a Volta de Jesus. Ele marcou o arrebatamento para 1993, e início da Grande Tribulação (sete anos) considerando que o ano 2.000 seria o fim do 6° milênio; nada aconteceu. Indagado sobre qual era o calendário em que ele baseava suas previsões sobre os fins dos tempos, respondeu que usava o calendário romano. Esqueceu-se de que o calendário que usamos tem um erro de defasagem de quatro ou cinco anos, cometido por Dionysius Exiguus, que só foi descoberto muitos anos depois. Segundo os estudiosos, Jesus pode ter nascido em 6 ou 4 a.C.

Mas o referido pastor, homem de mais de 60 anos, considerava-se, presunçosamente, um dos maiores intérpretes das Escrituras. Desdenhou de uma comissão que foi ouvi-lo, tachando a todos de “meninos”, que não sabiam bem das Escrituras.
Por causa de suas apostilas, também houve quem quisesse desmarcar compromissos, alegando que, se Jesus estava perto de voltar, para que fazer mais alguma coisa? Mas, para sua decepção e sorte do mundo perdido, Jesus não veio em 1993.

Mais uma vez, a bigorna da Bíblia quebrou outro martelo das falsas profecias! Por que tais ensinos eram falsos e fracassaram? Simplesmente, porque não estavam de acordo com a Palavra de Deus. Jesus, em seu sermão escatológico, ensinou: “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito [...j Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.23,27).

2) As “profecias” de Nostradamus. Miguel de Nostradamus nasceu em St. Remy, perto de Avinhão, na Provença (França), em 1481, e morreu em 1566. Descendente de judeus, pai, avô e bisavô eram ligados a magos e mestres da cabala árabe. O avô, Johann de St. Remy, ensinou- lhe Astrologia e Astronomia, dizendo que era possível prever o futuro com base nos astros, na predição, na magia e astrologia, Foi médico da corte de Henrique II, do Rei Carlos IX, na França. Tornou-se famoso ao escrever as Centúrias, um conjunto de 100 estrofes de 4 versos cada, com “profecias”, que vão de 1555 até o Juízo Final, previsto por ele para 3797.

Nostradamus foi um falso profeta por excelência. Previu que em 1986 haveria a devastação da Itália. A terra de Da Vince continua no seu lugar, apenas invadida por imigrantes africanos. Previu que em 1987 haveria fome e miséria na Europa, como início da 3’ Guerra Mundial. Até agora, a Europa tem passado por crises econômicas, mas não consta que ninguém morreu de fome. Previu, para 1988, um grande terremoto, com um eclipse de três dias sobre a Terra. Vaticinou que, em 1989, haveria uma revolução na Itália, terminando com uma ditadura e proibição do cristianismo; tal evento não aconteceu. Profetizou falsamente que, em 1998, a Terra sairia do seu eixo (cambaleando), surgindo um “novo céu” diante dos habitantes da Terra.

Como se trata de um falso profeta, suas previsões, quando acertadas, podem ser fruto do acaso, visto que as Centúrias são escritas em linguagem arcaica, como podem ser fruto da ação do Diabo, para que as pessoas deixem de crer na Palavra de Deus.

3) O aparecimento de falsos Cristos. No site YouTube, foi divulgado o aparecimento de um falso messias, de nome José Luiz, líder da Igreja Creciendo en Gracia. Ele se dizia ser Jesus Cristo encarnado, a quem teria incorporado em 1973. Com tal heresia, quis mostrar que Jesus já tinha voltado, incorporado nele. Deu entrevista na CNN dizendo ser Jesus Cristo em pessoa. Na “igreja” dele, nada é pecado.

Diz que Jesus já perdoou todos os nossos pecados na cruz e que, agora, o homem pode adulterar, ser homossexual, e nada acontecer, pois o pecado não atinge mais seu espírito. Fica apenas no corpo. E um tipo de ensino tão grosseiro e absurdo que dispensa comentários. Dizia que era imortal e que Jesus levou todos os pecados na cruz, e que, por isso, não haveria problema em o crente pecar, fazer o que quisesse, pois Cristo já levara todos os pecados.

Ensinava que o número 666 ere o número de Deus! E que os crentes interpretaram errado o Apocalipse em relação ao “número da Besta”. Ele chegou a pregar, em 2012, que naquele ano seu corpo seria glorificado, e que jamais morreria. Acabou falecendo, de cirrose hepática, no dia 13 de agosto de 2013. A ex-esposa desse falso Cristo declarou que ele ensinou falsidades e enganou muita gente. Mas seus seguidores acreditam que ele vai “ressuscitar num corpo radioativo”.

Para esse falso Jesus, os Evangelhos de Mateus, Marcos Lucas e João não têm nenhum valor. Somente as epístolas de Paulo devem ser consideradas como mensagens de Deus para a igreja. E incrível como o ser humano tem facilidade em ser enganado pelos falsos cristos. Milhares de pessoas na América do Norte e em outros continentes têm aderido a essa seita perigosa. Ele faleceu, mas Jesus já previu esse fenômeno satânico: “porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mt 24.24).

Há um fascínio ou um desejo inconsciente na humanidade voltado para o fim dos tempos. Não é novidade. Sempre que se aproxima o fim de um século ou de um milênio, esse sentimento se aguça. No final do primeiro milênio, ano 999, houve demonstrações desse clima emocional em torno das previsões apocalípticas. O escritor Paulo Romeiro, em seu livro Evangélicos em Crise, cita o que ocorreu naquele ano, com base no depoimento de Frederick Marten:

Os homens perdoavam as dívidas de seus vizinhos; as pessoas confessavam suas infidelidades e más obras. (...) As igrejas eram cercadas por multidões, em busca de confissão e perdão (...). Os prisioneiros eram soltos e mesmo assim muitos queriam espiar os seus pecados antes do fim. No entanto, depois que os dias passavam, e o fim não chegava, a vida retomou seu ritmo de forma constrangedora. Os credores voltaram a cobrar as dívidas; os esposos e esposas que confessaram suas infidelidades ficaram em pior situação; os presos foram recapturados, e a descrença e a decepção tomaram conta dos que acreditaram em profecias falsas.’

Toda essa terrível decepção ocorreu simplesmente porque os seus profetizadores esqueceram do que Jesus ensinou: “Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13.32).
Jesus disse essa palavra antes de sua ressurreição. Logo após ter revivido, Ele afirmou: “... E-me foi dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28,18). Assim, todos os que marcaram datas para o fim dos tempos, ou a volta de Jesus, fracassaram.

III - O CUIDADO COM AS INTERPRETAÇÕES ESCATOLÓGICAS

Os livros escatológicos, como Daniel e Apocalipse, têm sido objeto de muitos tipos de interpretações. Eles foram inspirados por Deus e contêm a verdade acerca dos acontecimentos que alcançarão todo o planeta e a humanidade no fim dos tempos. Porém, como em tais escritos há uma linguagem profética, muitas vezes simbólica ou não literal, muitos intérpretes usam e abusam de suas conclusões, carregadas de influência de sua linha de pensamento, ou de doutrinas aceitas por suas igrejas ou denominações, para escrever textos os mais diversos sobre os últimos tempos e as últimas coisas que afetarão a humanidade. De modo geral, essas interpretações se incluem nos tipos a seguir.

1. Futurista

Essa corrente de interpretação considera que a mensagem dos livros escatológicos é futura. A maior parte das profecias ainda vão se cumprir, começando com o arrebatamento da Igreja e demais fatos subsequentes. Nessa linha de pensamento, há “os futuristas simples, que aceitam os primeiros três capítulos do Apocalipse como já cumpridos; tudo o que segue, nos demais capítulos do último livro da Bíblia, refere-se à aparição vindoura de Cristo. Depois, há os futuristas extremos, que acham que todo o Apocalipse refere-se à vinda do Senhor e que os três primeiros capítulos são uma predição acerca dos judeus depois da primeira ressurreição”.

a) Pré-tribulacionista e pré -milenista. Essa corrente de interpretação futurista conclui que a vinda de Cristo ocorrerá antes da Grande Tribulação, dando lugar à visão pré-tribulacionista, conforme o parágrafo anterior; também é pre-milenista , pois considera que a vinda de Jesus será antes do Milênio literal, quando Cristo virá reinar literalmente sobre a terra. E a visão que esposamos como a mais coerente para a interpretação dos escritos bíblicos escatológicos.

b) Miditribukicionistas e pós-tribulacionistas. Entre os futuristas, há os que crêem que a Igreja passará pela Grande Tribulação. São os miditribulacionistas, que ensinam que a igreja será arrebatada no meio da Grande Tribulação. Os pós-tribulacionistas creem que a Igreja só vai ser arrebatada depois da Grande Tribulação. No entanto, esse ensino não tem base sólida na Palavra de Deus. Diz N.


Lawrence Olson: “a. Nenhuma passagem bíblica declara explicitarnente que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Israel, sim, está identificado com a Tribulação e bem corno as nações e os ímpios em todo o mundo, mas a verdadeira Igreja não é mencionada em conexão com a Tribulação”.

A igreja de Filadélfia, que representa a igreja fiel, que aguarda a volta de Jesus em santidade, ouviu do Senhor Jesus a promessa de que não passaria pela “hora da tentação” que haverá sobre todo o mundo. “Corno guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap 3.10 — grifo nosso). A Igreja não estará mais na Terra quando começar a Grande Tribulação.

O apóstolo Paulo recebeu revelação sobre esse fato, quando escreveu: “L. ..J e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10 — grifo nosso), Essa “ira futura” refere-se à Grande Tribulação, da qual Jesus livrará sua Igreja (ver Rm 5.9; Ap 6.17).

Horton, renomado escritor, entende que a interpretação futurista é a mais adequada à realidade das profecias sobre os últimos tempos: “Creio ser a visão futurista a que melhor se encaixa nas profecias do Antigo Testamento; é também a que menos problemas de interpretação apresenta”.

2. Histórica e Preterista

Considera que o Apocalipse é um livro histórico, cujos fatos já se cumpriram na sua maior parte, na História da Igreja. “Os historicistas interpretam o Apocalipse como um estudo progressivo dos destinos da igreja desde seu início até a sua consumação. Os que mantêm este modo de ver, histórico e contínuo, asseveram que as profecias estão cumpridas em parte e em parte estão por cumprir, e que algumas estão sendo cumpridas perante nossos próprios olhos”. Os adventistas acreditam que já estamos no cumprimento do capítulo 6, na abertura do 10 selo, que seria a pregação do evangelho. Mas tal entendimento não corresponde à realidade bíblica.

Considera que o Apocalipse já se cumpriu totalmente na época do Império Romano, incluindo a destruição de Jerusalém, no ano 70 a.C. Há manipulação de datas para tudo, visando acomodar as premissas da interpretação. Numa linguagem simples, essa corrente entende que, no Apocalipse, tudo é passado (pretérito). Entretanto, as profecias bíblicas sobre o fim dos temos indicam que diversos eventos escatológicos ainda não se cumpriram, como o Arrebatamento da Igreja (1 Ts 4.17), a Grande Tribulação ou “a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10), a vinda de Cristo em glória (Mt 16.27) e o Milênio (Ap 20.2-5).
3. Simbolista

É também chamada de interpretação idealista ou espiritualista. Tudo é “espiritualizado”, tudo é simbólico; nada é histórico nem profético, mas apenas uma alegoria da luta entre o bem e o mal. E uma interpretação racionalista, derivada do Humanismo de John Dewey, que nega o sobrenatural e exalta apenas o homem. Como derivado dessa corrente, existe o ensino amilenista, ou amilenialista, segundo o qual não haverá um período literal de mil anos para o reinado de Cristo, Seus defensores afirmam que, “em momento algum, Jesus irá reinar sobre a terra a partir de Jerusalém. ‘O reino de Cristo não é deste mundo, mas ele reina nos corações do seu povo sobre a terra. Os mil anos simbolizam a perfeição e a plenitude do tempo que separa as duas vindas de Cristo”. E que a Igreja está vivendo esse Milênio simbólico, quando, logo após, haverá a ressurreição dos mortos. Mas as referências que indicam que o Milênio será literal são abundantes (Ap 20.2-5 e ref.).

Os acontecimentos históricos do século passado e do atual desmentem totalmente a doutrina de que a Igreja está vivenciando o Milênio. As duas guerras mundiais, com milhões de vidas destruídas; o avanço das falsas religiões e das seitas; o aumento da violência e da corrupção; as grandes catástrofes naturais, como terremotos de alta intensidade, ceifando tantas vidas; o aumento da depravação da humanidade, a ponto de superar a pecaminosidade de Sodoma e Gomorra. Tudo isso desmente a teoria de que desde o século passado, estaríamos vivendo o Milênio. As características do Milênio reveladas nas Escrituras são muito diferentes. Diz a Bíblia: “Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Hc 2.14). Isso até aqui não aconteceu. Esse ensino tem tido a aceitação de muitas pessoas, incluindo pastores pentecostais, que antes pregavam a visão da vinda literal de Cristo à terra.

Dentre os simbolistas há os pós-mitenistas, que veem o Milênio como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos remos seculares. Após isso, haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra.

Os textos bíblicos, porém, indicam uma ordem diferente dos acontecimentos escatológicos. A ressurreição dos mortos salvos ocorrerá na vinda de Cristo. Paulo teve a revelação de Deus em relação à ressurreição dos crentes salvos, e da transformação dos que estiverem vivos na vinda de Jesus. No texto a seguir, não vemos hipótese para ser uma profecia simbólica, e, sim, literal e realista quanto à volta de Cristo, a ressurreição e o arrebatamento dos salvos.

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. (1 Ts 4.13-17 — grifo nosso)

Uma leitura cuidadosa do texto citado toma por base o fato da ressurreição de Cristo, que não foi simbólico, mas literal, testemunhado por centenas de pessoas e registrado nas páginas dos Evangelhos. Paulo diz que, da mesma forma, os que estão mortos (“em Jesus dormem”) serão ressuscitados por Deus. E acrescenta que “os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor não precederemos os que dormem”, e que, naquele momento glorioso para a Igreja, “os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro”.

Isso não tem nada a ver com simbolismo. A linguagem, aí, só é figurada ou simbólica, no que respeita ao estado de morte, ou “estado intermediário”, em que o apóstolo usa a metáfora do sono (“os que dormem”). No mais, a literalidade é tão clara como a luz de um dia de verão. Completando seu precioso ensino acerca do arrebatamento da Igreja, Paulo diz que os que estiveram vivos, por ocasião da volta de Cristo, serão “arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares”, Somente uma interpretação equivocada ou tendenciosa pode vislumbrar simbolismo onde não há a menor margem para tal entendimento.

Na ascensão de Jesus, em Betânia, ele reunira seus discípulos e, diante de todos, literalmente, venceu a gravidade, em seu corpo glorificado, e subiu ao céu à vista deles. Diz o texto de Atos: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para o céu?

Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (At 1.9,11 — grifo nosso). Jesus vai voltar, disseram os mensageiros celestiais, “assim como para o céu o vistes ir”. Ou seja, da mesma forma, sobrenatural, literal, visível, de forma incontestável.



Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja: Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Bibliografia
Livro: O Final de Todas as Coisas = Esperança e glória para os salvos = Autor Elinaldo Renovato  = 1ª Edição CPAD 2015


FELIZ ANO NOVO

Mais uma etapa concluída, mais um ano que passou. Que você tenha conseguido aproveitar tudo de bom que Deus lhe ofereceu.
Desejo na paz de Deus que você possa sempre encontrar o seu caminho e que este caminho seja trilhado com muita fé, para que cada vez mais você possa acreditar nesse sentimento capaz de transpor obstáculos e ser feliz.
Coragem para assumir e enfrentar as dificuldades, perseverança para que jamais desista ou desanime dos seus sonhos, esperança para que a cada novo dia possa a ver novos horizontes.
Que as mãos de Deus guiem sua vida para que essa transporte em paz, harmonia, saúde e alegria.
É tudo que lhe desejo neste ano que está começando.
Você é especial! Feliz Ano Novo!