28 de novembro de 2023

O Desafio da Janela 10/40

 

O Desafio da Janela 10/40

TEXTO ÁUREO

“E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio”                 (Rm 15.20)

Esmiuçando o Texto Áureo

 

- Evangelho = A expressão aparece em sua forma verbal ou substantiva cerca 60 vezes nessa epístola, e a palavra grega para ela significa "boas-novas" (Mc 1.1).

 

Roma a incorporou na sua adoração ao imperador.                                                  O mensageiro da cidade usava essa palavra para dar início a importantes e favoráveis pronunciamentos a respeito do imperador — como, por exemplo, o nascimento de um filho. Porém, as boas-novas de Paulo não vêm do imperador, mas "de Deus"; nasceu com ele.

 

A mensagem de que Deus perdoará os pecados, dará a libertação do poder do pecado e dará esperança eterna (Rm 1.16; cf. 1Co 15.14) não vem apenas como uma oferta piedosa, mas também como um mandamento a ser obedecido (10.16).

 

Paulo gastou-se por essa mensagem (ICo 9.23).

 

- Fundamento alheio = O objetivo de Paulo era alcançar aqueles que nunca haviam ouvido o evangelho - a função principal de uma evangelista do Novo Testamento (Ef 4.11).

 

Entretanto, para os pastores e mestres, construir sobre a fundação estabelecida por esse tipo de evangelista é a parte mais importante do ministério deles (1Co 3.6).

 

VERDADE PRÁTICA

 

A Janela 10/40 coloca diante de nós um dos maiores desafios missionários do mundo.

Esmiuçando a Verdade Prática

 

- O objetivo de Paulo deve permanecer o mesmo em nossas comunidades:

Levar a mensagem do Evangelho àqueles que ainda permanecem em trevas; levar a mensagem de alforria na cruz! A Janela 10/40 cobre 1/3 da área do planeta com 66% da população mundial.

Anteriormente chamada de "Cinturão da Resistência", constitui-se de um número expressivo de povos não alcançados pelo Evangelho. A maioria não tem tido a oportunidade de conhecer o poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo. Dos 50 países com maior perseguição aos cristãos, 43 estão nesta região.

 

LEITURA BÍBLICA = Efésios 6.10-20

Esmiuçando a Leitura Bíblica em Classe

 

6.10 = Sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. (Fp 4.13; 2Tm 2.1) Em última análise, o poder de Satanás sobre os cristãos já está quebrado e a grande batalha é ganha por meio da crucificação e ressurreição de Cristo, o qual conquistou, para sempre, o poder do pecado e da morte (Rm 5.18-21; 1Co 15.56-57; Hb 2.14).

 

Todavia, durante a vida na terra, as batalhas da tentação continuarão regularmente. Para que haja vitória, são exigidos o poder do Senhor, a força de seu Espírito e a força da verdade bíblica (2Co 10.3-5).

 

6.11 = Revesti-vos de toda a armadura de Deus. "Revestir" transmite a ideia de permanência, indicando que a armadura deve ser o traje sustentador ao longo da vida do cristão. Paulo usa a armadura comum usada pelos soldados romanos como uma analogia para a defesa espiritual do cristão e afirma a necessidade dela caso alguém queira manter sua posição enquanto estiver sob ataque; ciladas.

 

Essa palavra grega para "esquemas" carrega a ideia de inteligência, métodos astuciosos, destreza e engano. As armadilhas de Satanás são propagadas por meio do sistema do mundo ímpio sobre o qual ele governa, e são executadas pela sua legião de demônios. "Ciladas" inclui tudo, abrangendo todo pecado, prática imoral, falsa teologia, falsa religião e atração mundana (2Co 2.11); diabo.

 

A Escritura refere-se a ele como "querubim da guarda ungido" (Ez 28.14), "o maioral dos demônios" (Lc 11.15), "o deus deste século" (2Co 4.4), e "o príncipe da potestade do ar" (Rm 2.2).

 

A Escritura retrata-o com opondo-se à obra do Deus (Zc 3.1), pervertendo a Palavra de Deus (Ml 4.6), atrapalhando o servo de Deus (1Ts 2.18), Impedindo o evangelho (2Co 4.4), enganando o justo (ITm 3.7) e mantendo o mundo em seu poder (1Jo 5.19).

 

6.12 = Luta. Um termo usado para o combato corpo a corpo. Lutar retrata trapaça e engano, como Satanás e sua legião quando atacam. Confrontar a tentação enganosa requer a verdade e a justiça. As quatro designações descrevem as diferentes classes e posições desses demônios, e o império sobrenatural do mal no qual eles operam.

 

As forças das trevas de Satanás são altamente estruturadas para os propósitos mais destrutivos (Cl 2.15; 1Pe 3.22); não é contra o sangue e a carne. Leia 2Co 10.3-5. forças espirituais do mal.

 

Possivelmente diz respeito às mais abomináveis depravações, incluindo coisas como extremas depravações sexuais, ocultismo e a adoração a Satanás. nas regiões celestiais. Como em 1.3; 3.10, diz respeito a toda esfera de seres espirituais.

 

6.13 = Portanto, tomai toda a armadura de Deus. Paulo novamente enfatizou a necessidade da apropriação, por parte do cristão, de toda a armadura espiritual de Deus pela obediência em tomá-la ou revestir-se dela (v. 11). As primeiras três peças da armadura (cinto, couraça e sapatos/botas, vs. 14-15) eram usadas continuamente no campo de batalha; as últimas três (escudo, capacete e espada, vs. 16-17) eram mantidos preparados para serem usados quando a luta real começasse; no dia mau. Desde a queda do ser humano, todo dia tem sido mau, uma condição que persistirá até o Senhor retornar e estabelecer o seu próprio reino na terra. vencido tudo, permanecer inabaláveis.

 

O objetivo é permanecer firme contra o inimigo sem hesitar ou cair (Tg 4.17; 1Pe 5.8-9).

 

6.14 = Estai, pois, firmes. Pela terceira vez, o apóstolo intima os cristãos a tomar uma posição firme na batalha espiritual contra Satanás e seus subordinados. Seja para confrontar as tentativas de Satanás para fazê-los desconfiar de Deus, renunciar à obediência, gerar confusões doutrinárias e falsidade, atrapalhar o serviço de Deus, provocar divisões, servir a Deus na carne, viver de maneira hipócrita, ser mundano, ou rejeitar, de qualquer modo, a obediência bíblica, essa armadura é a nossa defesa, cingindo-vos com a verdade. O soldado vestia uma túnica larga, feita de tecido. Posto que o combate antigo era, basicamente, corpo a corpo, urna túnica larga se constituía num grande obstáculo e perigo. O cinto era necessário para apertar a roupa folgada (Êx 12.11; 1Pe 1.13).

Cingir era uma maneira de juntar as pontas soltas como uma preparação para a batalha. O cinto que junta todas as pontas espirituais soltas é a "verdade", ou melhor, a "veracidade". A ideia é de um comprometimento sincero em lutar e vencer sem hipocrisia — o domínio próprio em devoção à vitória. Tudo o que atrapalha está preso (2Tm 2.4; Hb 12.1); couraça da justiça.

 

A couraça era, geralmente, um pedaço de couro duro ou de um material pesado e sem mangas, tendo chifres ou cascos de animais costurados nela, que cobria todo o tronco do soldado, protegendo o coração e outros órgãos vitais. Como a justiça ou a retidão é uma característica distinta do próprio Deus, não é difícil compreender por que ela é a principal proteção do cristão contra Satanás e suas artimanhas.

 

Quando os cristãos vivem fielmente em obediência a Jesus Cristo e em comunhão com ele, a própria justiça dele produz nos cristãos a justiça prática e diária que se torna a couraça espiritual deles. A falta de santidade, por outro lado, os deixa vulneráveis ao grande inimigo de sua alma (cf. Is 59.17; 2Co 7.1; 1Ts 5.8).

 

6.15 = Calçai... com... evangelho da paz. Os soldados romanos usavam botas com pregos nelas para que se prendessem ao chão durante o combate. O evangelho da paz pertence às boas-novas que, por meio de Cristo, os cristãos estão em paz com Deus e ele está do lado deles (Rm 5.6-10).

 

É essa confiança do apoio divino que permite ao cristão permanecer firme, sabendo que, uma vez que ele está em paz com Deus, Deus é a sua força (Rm 8.31,37-39).

 

6.16 = o escudo da fé. Essa palavra grega geralmente diz respeito a um grande escudo (0,75m x 1,35 m), o qual protegia todo o corpo. A fé à qual Paulo se refere não é o corpo da doutrina cristã (como o termo é utilizado em 4.13), e sim a confiança básica em Deus. A confiança contínua do cristão na Palavra e na promessa de Deus é absolutamente necessária "sobre todas as coisas" para protegê-lo das tentações de toda sorte de pecado.

 

Todo pecado vem quando a vítima acredita nas mentiras e nas promessas de prazer de Satanás, e rejeita a escolha melhor da obediência e bênção, dardos inflamados. As tentações são comparadas a flechas flamejantes atiradas pelo inimigo e apagadas pelo escudo de couro tratado com óleo (SI 18.30; Pv 30.5-6; 1Jo 5.4).

 

6.17 = o capacete da salvação. O capacete protegia a cabeça, sempre o principal alvo durante a batalha.

Paulo está falando para aqueles que já são salvos, e, portanto; não está falando aqui a respeito de obter a salvação. Ao contrário, Satanás busca destruir a certeza da salvação do cristão com suas armas da dúvida e do desencorajamento. Isso está claro na referência de Paulo ao "capacete da salvação" (Is 59.17; 1Ts 5.8).

 

Porém, apesar dos sentimentos do cristão quanto à sua salvação poderem ser seriamente prejudicados pela dúvida lançada por Satanás, a sua salvação em si está protegida eternamente e ele não deve temer perdê-la. Satanás quer amaldiçoar o cristão com dúvidas, porém o cristão pode permanecer firme nas promessas de Deus a respeito da salvação eterna na Escritura (Jo 6.37-39; 10.28-29; Rm 5.10; 10.31-39; Fp 1.6; 1Pe 1.3-5).

 

A segurança é um fato; a certeza é um sentimento que sobrevêm ao cristão obediente (IPe 1.3-10). a espada do Espírito.

 

Assim como a espada era a única arma do soldado, da mesma maneira a Palavra de Deus é a única arma necessária, infinitamente mais poderosa do que qualquer arma de Satanás.

 

O termo grego diz respeito a uma arma pequena (15-46 cm de comprimento). Ela era usada tanto defensivamente, para se defender dos ataques de Satanás, quanto ofensivamente, para ajudar a destruir as estratégias do inimigo. É a verdade da Escritura (2Co 10.3-5).

 

6.18 = Esse versículo introduz o caráter geral da vida de oração de um cristão:

 

1) "toda oração e súplica" concentra-se na variedade:

 

2) "em todo o tempo" concentra-se na frequência (cf. Rm 12.12: Fp4.6; 1Ts 5.17);

 

3) "no Espírito" concentra-se na submissão, à medida que nos ajustamos à vontade de Deus (cí. Rm 8.26-27);

 

4) "vigiando" concentra-se no modo (cí. Mt 26.41; Mc 13.35);

 

5) "toda perseverança," concentra-se na persistência (cf. Lc 11.9; 18.7-8);

 

6) "todos os santos" concentra-se nos alvos (cf. 1 Sm 12.23).

 

6.19-20 = Paulo não pede para que orem pelo seu bem-estar pessoal ou pelo seu conforto físico na prisão de onde ele escrevia, mas por ousadia e fidelidade para continuar a proclamar o evangelho aos não salvos, não importando o quanto isso lhe custaria, mistério.

 

INTRODUÇÃO

 

A janela 10/40 é um termo criado nos anos 80 e teve origem com Luis Bush, diretor da International AD2000 & Beyond Movement durante a 2ª Conferência de Lausanne, em Manila, nas Filipinas, em Julho de 1989.

 

Localizada a 10 graus de longitude e 40 de latitude acima da linha do Equador, ela não está associada com estudos de Geografia, mas sim, com a necessidade de salvação em Jesus. Nesta janela encontramos os seguintes países:

 

Índia: 1% de cristãos;

Mauritânia: 0 %

Sudão: 3%

Afeganistão: 0,02%

Japão: 3%

Guiné-Bissau: 1,2%

Kuweit: 0,5 %

Bangladesh: 0,2 %

Butão: 0,03 %

Arábia Saudita: 0,007%

Guiné: 0,75 %

Tailândia: 0,3 %

Niger: 0,1 %

Kirghizistão: 0,003 %

Irã: 0,05 %

Bukina-Faso: 3 %

Mali: 0,9 %

Azerbaidjão: 0,003 %

Benim: 2 %

Indonésia: 6 %

Laos: 1,9 %

Saara Ocidental: 0%

Egito: 0,8 %

Uzbekistão: 0,001 %

Nepal: 0,5 %

Emirados Árabes: 0,7 %

Albânia: 5 %

Marrocos: 0,01 %

Iraque: 0,5 %

Sri Lanca: 0,9 %

Israel: 0,35 %

Tadjikistão: 0,001 %

China: 4 %

Djibuti: 0,03 %

Iemen: 0,01 %

Vietnã:  0,6 %

Formosa (Taiwan): 3 %

Bahrein: 1,5 %

Brunei: 0,06 %

Líbano: 4,3 %

Catar: 0,007 %

Turkomenistão: 0,001 %

Etiopia: 10 %

Bismânia: 4%

Tibet: 0,02 %

Argélia: 0,01 %

Líbia: 0,1 %

Malásia: 2 %

Omãn: 0,1 %

Cazaquistão: 0,004 %

Tunísia: 0,001 %

Camboja: 0,05 %

Turquia: 0,03 %

Coréia do Norte: 0,5 %

Somália: 0,01 %

Paquistão: 0,5 %

Nigéria: 17 %

Maldivas: 0,1 %

Jordânia: 0,4 %

Senegal: 0,1 %

Siria: 0,1 %

Mongólia: 0,1 %.

 

É justamente nessa região onde acontece o maior número de guerras e tragédias no mundo. Lá também, está o maior índice de analfabetismo e mortalidade infantil. Ali está o berço do mundo, onde há três religiões que crescem muito: Budismo, Islamismo e Hinduísmo. Os missionários que chegam a essas regiões enfrentam muitos desafios. É pouco o investimento por parte da igreja nessa causa, além de alguns desses países apresentarem perseguição a cristãos.

Aos olhos humanos, a resistência na Janela 10/40 pode parecer impossível de ser vencida, mas sabemos que Deus deseja salvar cada uma dessas nações! Você pode ser um participante ativo dessa grande missão?

 

I. UMA BATALHA ESPIRITUAL CHAMADA DE JANELA 10/40

 

1. Uma verdadeira batalha espiritual. Antes “Cinturão de Resistência”, hoje é a “Janela 10/40”, um ajuntamento do mundo muçulmano, hinduísta e budista, onde vivem bilhões de almas em povos não alcançados. Nestas nações que compõem a Janela 10/40, encontra-se de fato uma fortaleza de Satanás. Pessoas que vivem nessa região sofrem pela miséria e opressão, baixa qualidade de vida, e são privados do poder do evangelho. “Ronaldo Lidório, missionário em Gana, disse que os povos mais fáceis de alcançar já foram contatados. Restam agora os mais difíceis, onde muitos dos quais, com certeza, existem dentro da Janela 10/40. O evangelista nesta região tem que ser fiel, disposto a negar-se a si mesmo e ter a “mão do Senhor sobre ele”. Este missionário, nos campos difíceis, precisa de uma clara direção de Deus e da poderosa manifestação da Sua presença e benção na vida dele.” https://seminariojuvep.com.br/quem-pode-evangelizar-os-povos-da-janela-10-40/.

 

2. Nessa batalha devemos usar armas espirituais. Quem pode evangelizar os povos da janela 10/40? Vimos que essa região é um grande desafio para a evangelização mundial. Por isso, é muito importante que nossas igrejas tomem conhecimento desse desafio, ore por ele e, à medida que vocações são descobertas, haja sensibilidade espiritual à responsabilidade da evangelização dessa região mundial. O missionário designado para missão na Janela 10/40 deve possuir algumas características, sendo a primeira delas que tenha experimentado o “arrependimento para vida”. Não pode ser um “crente”, membro de igreja, que nunca chegou a reconhecer o seu pecado e a profunda necessidade da salvação em Cristo. Quem de verdade é salvo demonstra o fruto do Espírito e vive uma vida de humildade, pois sabe de onde veio. Ama os outros, porque experimentou o grande amor de Deus na sua vida. Perdoa as falhas dos outros, mesmo como ele foi perdoado por Deus. Confrontar o trono de Satanás requer a verdade e a justiça. As forças das trevas de Satanás são altamente estruturadas para os propósitos mais destrutivos (Cl 2.15; 1Pe 3.22).

 

3. Enfrentando a batalha espiritual da Janela 10/40. O desafio cristão: Luis Bush, foi o idealizador do estudo Janela dez quarenta; uma área que está dez e quarenta graus (retangular) ao norte da linha do Equador, entre os oceanos Atlântico e Pacífico, ou ainda desde o leste do continente africano até o asiático, composta de 62 países com um povo estimado em até quase 3 bilhões de pessoas, onde de uma forma direta caracterizou como os lugares do mundo onde existem maior concentração do sofrimento humano, e claro, de menor exposição do evangelho de Cristo. Denominado como o lugar dos menos alcançados, os dados são alarmantes, ainda que se contabilize nos dias atuais cerca de quinze mil obreiros que por ali trabalham, sobre condições das mais diversas.

 

II. PRINCIPAIS DESAFIOS DA JANELA 10/40

 

1. A necessidade humana. Os países com as maiores populações não cristãs são: CHINA, ÍNDIA, INDONÉSIA, JAPÃO, BANGLADESH, PAQUISTÃO, NIGÉRIA, TURQUIA e IRÃ, todos na Janela 10/40. Devido a estes fatos, torna-se primordial para nós, cristãos, neste novo milênio, focalizar nossos recursos, sejam espirituais, financeiros ou sociais, sobre o necessitado povo que vive na Janela 10/40. Essa região sem dúvida, constitui-se um dos maiores desafios missionários do mundo, quer seja devido as grandes religiões ali presentes, quer seja pelos regimes totalitários de governo. Fruto dessas condições é o número alarmante de pessoas em estado de miséria e que enfrentam condições adversas. Bilhões de indivíduos nessas áreas sofrem com enfermidades, pobreza extrema, vivem em situações calamitosas e são vítimas de guerras.

 

A Janela 10/40 é a área no mundo onde mais existem pessoas vivendo, quase 2/3 da população vivem nessa área, porém é a região com a menor quantidade de missionários no mundo. E isso nos faz olhar cada vez mais para essa região. Homens, mulheres e crianças, de várias raças, culturas, tradições, línguas e tribos estão ali. A grande maioria sem conhecer a Jesus ou saber de Sua existência. Quando pensamos em cada pessoa que vive nessa região, podemos nos lembrar do apóstolo Pedro, em Atos 4:20, quando ele disse: "Nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido".

 

2. O desafio da perseguição. Nem todos os crentes sabem que no mundo ainda há povos completamente ignorantes da existência de Jesus Cristo e seu plano redentor. Poucos se importam em saber que hoje no oriente há cristãos presos e sendo torturados por causa de sua fé. Quantos têm um programa intensivo de oração pelos povos não alcançados pelo evangelho? Saber que há povos cometendo suicídios e guerras, por falta de esperança ou fanatismo, não é um assunto que interessa a todos os cristãos. Os cristãos no mundo estão direcionando apenas 1,2% do seu fundo missionário e de seus missionários estrangeiros para bilhões de pessoas que vivem no mundo evangelizado. No mundo ainda há dezenas de países com suas portas total ou parcialmente fechadas à entrada de missionários.

Há 28 países muçulmanos (sem incluir seis da antiga união soviética), 7 nações budistas, 3 Marxistas e 2 países hindus, formando o maior aglomerado de povos não alcançados.

 

“A “opressão ou perseguição” aos cristãos, por causa da sua fé, aumentou em 75% dos países analisados pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), na Ásia, África e Médio Oriente, nos últimos dois anos. Ao contrário do que poderia esperar-se, o cenário na Europa não é mais animador: o Observatório para a Intolerância e Discriminação Contra os Cristãos (OIDAC) registou também, em 2021, um crescimento dos crimes de ódio contra os cristãos naquele continente. Estejam em minoria ou sejam a religião maioritária, os cristãos são cada vez mais perseguidos, mas a existência deste problema é muitas vezes negada, apontam ambos os relatórios.

 

De acordo com o estudo da AIS, produzido a cada dois anos, e apresentado na tarde desta quarta-feira, 16 de novembro, no Parlamento britânico, o número de ataques aumentou “acentuadamente”, havendo registo de mais de 7600 cristãos mortos nos países onde existem “descrições persistentes de abusos de direitos humanos. 

 

Quanto ao Médio Oriente, o que está em causa é “a sobrevivência de três das mais antigas e importantes comunidades cristãs do mundo, localizadas no Iraque, na Síria e na Palestina”, alerta o relatório, visto que “a migração contínua aprofundou a crise” naquela região. Já na Ásia, o autoritarismo do Estado tem sido “o fator crítico que provoca o aumento da opressão contra os cristãos”. Isto sucede em Myanmar, mas também na China, e no Vietname. “O país onde se verifica, de forma mais grave, que a liberdade religiosa e de consciência estão a ser estranguladas é a Coreia do Norte”, sublinha a Fundação AIS, acrescentando que “noutras regiões da Ásia, o nacionalismo religioso tem provocado o aumento da perseguição contra os cristãos”, como é o caso do Afeganistão, Índia, e Paquistão”.” https://setemargens.com/perseguicao-aos-cristaos-aumenta-na-asia-africa-medio-oriente-e-europa/.

 

III. ESTRATÉGIAS PARA ALCANÇAR PAÍSES DA JANELA 10/40

 

1. Orando pela Janela 10/40. Não existe fórmula mágica! Não há uma estratégia eficaz! Essa parte do mundo permanece fechada ao Evangelho e somente Deus sabe porquê. A nós, cabe intercedermos pelos povos ali residentes (Sl 2.8). Ali há nações que receberam missionários no passado, e continuam sendo alvos missionários hoje, no entanto, a Janela 10/40 permanece firme, invencível.

 

Nesses lugares se faz necessário atuar com diferentes projetos, desenvolvidos com base nas necessidades de cada povo. Além da plantação de igrejas, trabalhar com auxílio médico e social, e trabalhos com esportes e educação.

 

2. Evangelização por meio da ação social. O missionário que trabalha na Janela 10/40, além da dificuldade e resistência inerentes na região, muitos vão trabalhar como “fazedores-de-tendas”, ou profissionais seculares, como aqueles primeiros missionários espalhados pela perseguição em Jerusalém. Muitos irão para a Janela 10/40 como profissionais seculares. Devemos investir nas pessoas para que tenham as melhores credenciais profissionais possíveis, se tornando exemplos e podendo treinar outros. Ação social, então, seria uma “janela” de acesso nessas nações perigosas ao cristão.

 

3. A ação médica-missionária. As nações que se encontram nesse cinturão de resistência carecem significativamente de profissionais de saúde, incluindo médicos, quer seja em virtude da pobreza extrema, quer seja pelos diversos conflitos bélicos ou doenças endêmicas dessa região. A missão médica torna-se, portanto, uma ferramenta para alcançar esses povos, abrindo portas que, de outra forma, estariam fechadas. Esses missionários médicos são treinados não apenas para tratar doenças físicas, mas também para servir às nações, realizando trabalhos sociais, implantando igrejas e apoiando a igreja perseguida.

 

CONCLUSÃO

 

Quem pode ir para a Janela 10/40? Alguém sensível e sensato. Alguém com convicção das verdades cristãs. E alguém que sabe ensinar e aplicar estas maravilhosas verdades de forma relevante em um outro contexto. Talvez a palavra chave e, para alguns surpreendente, para tudo que temos falado é humildade. O missionário precisa de humildade diante de Deus e da Sua Palavra para a conhecer e a obedecer. Precisa de humildade diante de quem ele mesmo realmente é, junto com sua própria cultura. E humildade diante de um outro povo que Deus ama e valoriza e quer alcançar através da sua vida. Ele precisa de humildade para reconhecer que a busca de informações, compreensão e maior obediência é essencial para que ele possa servir ao Senhor. Humildade para saber que ele não tem todas as respostas e deve procurar ouvir os outros, sejam missionários mais velhos, nacionais ou crentes idôneos. Ele deve ter o espírito de aprendiz—aprendiz de Deus, da igreja, dos colegas, de escolas e dos próprios recipientes da sua mensagem.

 

FRANCISCO DE ASSIS BARBOSA

Pastor da Igreja de Cristo no Brasil em Campina Grande/PB