A Mordomia do Corpo
TEXTO ÁUREO
“Ou não sabeis que o vosso corpo
é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?’ (1 Co 6.19).
VERDADE PRÁTICA
O corpo humano foi criado para
ser o invólucro da alma e do espírito, e para satisfazer as necessidades de
comunicação com o mundo exterior.
TEXTO BÍBLICO BASICO = 1 Co 6.12-20
INTRODUÇÃO
O homem
constitui-se de três partes distintas. Chamamos isso, tecnicamente, de
tricotomia. Esta tricotomia se caracteriza por uma triunidade constituída por
corpo, alma e espírito. Essa triunidade distingue a personalidade humana. Ao
falar da criação do homem, a Bíblia começa com estas palavras: “Criou Deus,
pois, o homem” (Gn 1.27). A Bíblia apresenta um fato e não se preocupa em
prová-lo. No hebraico, a língua do Antigo Testamento, a palavra homem significa
literalmente terra, pó, barro. No grego do Novo Testamento, o termo homem tem
uma definição filosófica quê corresponde a “aquele que olha para cima”, porque
entendiam que o homem é um ser superior no reino animal.
I. A NATUREZA MATERIAL DO CORPO
1. A
estrutura do corpo humano. A Bíblia declara que Deus fez o homem do pó da
terra (Gn 2.7), e a ciência afirma que o corpo é constituído de vários
elementos químicos terrígenos. Tais elementos são enumerados como cálcio,
carbono, cloro, flúor, hidrogênio, tintura de iodo, ferro, magnésio, manganês,
nitrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, silicone, sódio, súlfur. Juntos eles
não ultrapassam 6% de todo o corpo e o restante é composto de água, carbono e
gases. A Bíblia afirma que o corpo humano “é da terra, terreno” (1 Co
15.47-49). Essa é a parte material do ser humano.
2.
Ilustrações tipológicas da natureza material do corpo.
a) Tabernáculo ou tenda (2 Co
5.1; 2 Pe 1.13,14). Esses textos referem-se ao corpo como algo
provisório, assim como o Tabernáculo o era para Israel, na sua peregrinação
pelo deserto. Nosso corpo é o tabernáculo ou santuário de Deus, que é o cristão
verdadeiro. O corpo é o invólucro da alma e do espírito que um dia dará lugar a
um corpo espiritual, glorioso e incorruptível. Assim como o Tabernáculo de
Israel exigia cuidado para a sua manutenção e preservação, nosso corpo material
requer atenção, zelo, manutenção e pureza.
b) Templo de Deus (1 Co 6.19). Nosso
corpo deve ser o templo de Deus e para sua glória. A mordomia do corpo implica
reconhecer que o mesmo é de Deus, e deve ser conservado santo e agradável a Ele
(Rm 12.1; 1 Co 6.20).
c) Vaso de barro (Lm 4.2;2 Co
4.7; 2 Tm 2.20,21). Essa designação tem o objetivo de mostrar a
fragilidade do nosso corpo e, também, destacar a importância e utilidade desses
vasos para a obra de Deus.
II.
DEFINIÇÃO BIBLICA DA CRIAÇÃO ORIGINAL DO CORPO
A maior
fonte reveladora da antropologia bíblica se encontra no Antigo Testamento. A
língua hebraica, na qual foram escritos os livros do Antigo Testamento reforça
a revelação
spbre a origem do homem.
A palavra
basar (heb.) designa literalmente corpo ou carne. Significa algo que é próprio
do homem e também do animal. Encontramos a palavra basar no Antigo Testamento
237 vezes, das quais 104 referindo-se a animais, A designação de basar para
carne aparece como parte do corpo, quando se refere à carne dos sacrifícios (Lv
4.11; 7.15-21).
Porém,
quando basar aparece como corpo, está se referindo à parte visível e total do
corpo humano (1 Rs 21:27; Sl 119.120; Gn 2.24.
No grego
a palavra corpo é SOMMA, que tem o mesmo sentido de basar, no hebraico. A
Bíblia tem o testemunho da ciência que confirma a revelação bíblica, de
que “o homem da terra, é terreno” (1 Co 15.47-49).
III. A
TIPOLOGIA DO CORPO
Vários
são os tipos que podem ilustrar a importância do “corpo humano”.
1. Tabernáculo ou Tenda (2 Co
5.1; 2 Pe 1.13,14). Esses textos referem-se ao corpo como algo
provisório, assim como o tabernáculo o era, para Israel, na sua peregrinação à
terra prometida. Nosso corpo é o invólucro da alma e do espírito, O tabernáculo
era facilmente desmontável, para o povo de Israel transportá-lo através do
deserto, O nosso corpo é o tabernáculo da alma e do espírito durante nossa
passagem através dessa vida.
2. Templo ou Santuário (1 Co
6.19; 1 Rs 8.27,28). Nosso corpo deve ser o templo de Deus e para a
glória de Deus, A mordomia do corpo implica reconhecer que o mesmo é de Deus, e
deve ser conservado santo e agradável a Deus (Rm 12.1; 1 Co 6.20).
3. Vaso de Barro (Lm 4.2; 1 Ts
4.4; 2 Tm 2.20,21). Essa designação é para mostrar a fragilidade do
nosso corpo, e, também, para destacar a importância e utilidade desses vasos
para a obra de Deus.
IV. PECADOS CONTRA O CORPO
1. Pode o
corpo por si mesmo pecar? Não! O corpo por si mesmo não tem poder algum
nesse sentido. Porém, há uma lei que opera sob a força do pecado em todos os
homens. Essa é a lei do pecado que opera nos membros do corpo para fazê-lo
pecar (Rm 6.6-23). Deus estabeleceu leis naturais para a mordomia do corpo.
Essas leis físicas governam o universo e a vida física de cada pessoa. Essas
leis, bem como os instintos (que são forma de energia emotiva da alma) saíram
perfeitos da mão do Criador no princípio, mas a queda adâmica os afetou devido
à natureza humana ter se tornado pecaminosa. Os instintos têm a ver com a
manutenção da nossa vida natural. Alguns deles são o da fome e da sede, da
procriação e do domínio ou posse.
2. Que
significa pecar contra o corpo? Significa transgredir as leis que
regem o funcionamento normal do corpo, bem como corrompê-lo pela prática do
pecado (1 Jo 3.4). O pecado manifesta-se no corpo através dos sentidos: visão,
audição, olfato, paladar e tato. Essas faculdades do corpo são distintas umas
das outras e exercem suas funções pelo comando da alma e do espírito. Os
sentidos e instintos naturais da alma não são em si mesmos pecado, mas são
influenciados pelo poder do
pecado
inerente à espécie humana.
V. CANAIS PARA O PECADO
1) Visão. As
pessoas são induzidas a pecar através da “concupiscência dos olhos” (1 Jo
2.16). Concupiscência é a força do desejo impuro e lascivo despertada através
do que se vê. É pela visão de algo proibido, que muitas pessoas pecam contra “o
seu tabernáculo” desonrando-o com o adultério, a fornicação, a imoralidade
sexual e o furto (Êx 20.14: Gl 5.19-21).
a) Tipos de olhos. Olhos
altivos (Pv 6.17; Is 2.11), olhos malignos (Pv 23.6), o olho mau (Mt 6.23; Pv
28.22), olhos zombeteiros (Pv 30.17), olhos cheios de adultério (2 Pe 2.14).
Jesus falou que os “olhos são a candeia do corpo” (Mt 6.22). Portanto, devemos
cuidar dos olhos para que sejam luz e não trevas (Mt 6.23).
b)Visão e instintos naturais. O pecado
age como um “vírus contagioso” e, quando ataca a faculdade da visão, explora os
instintos da aquisição, da fome, da sede e da reprodução. Vejamos como isso
acontece: Primeiro, para satisfazer o instinto da aquisição, a concupiscência
dos olhos conduz ao furto, ao enriquecimento ilícito, ao engano e à defraudação
material (Êx 20.15; Mc 10.19; Lc 18.20; Rm 13.9; Ef 4.28).
Segundo,
para satisfazer o instinto de fome e sede, a concupiscência dos olhos atrai a
pessoa à glutonaria e bebedice, denominadas “obra da carne” (Gl 5.21; Pv 23.2;
Lc 21.34; Rm 13.13; 1Pe 4.3). Em terceiro lugar, para satisfazer o instinto da
reprodução, a concupiscência dos olhos atua como força impulsora para os
pecados sexuais.
2) Olfato
e paladar. São faculdades físicas ligadas aos instintos naturais da satisfação da
fome e sede, os quais também podem se tornar condutores de pecado contra o
corpo. Os pecados de glutonaria e embriaguez são estimulados pelo paladar (Lc
21.34). Quando o paladar está sob a força do poder do pecado o homem perde o
controle desse instinto natural de sua vida (Gl 5.21).
3)
Audição. O Diabo explora os sons para perturbar a alma e o espírito. Hoje, na
busca de preencher o vazio interior, os jovens são atraídos pela parafernália
dos sons estridentes do rock e outros tipos similares, também repulsivos e
condenáveis. Esse tipo de música escraviza, prejudica a audição, reproduz
mensagens ocultas de satanás e blasfemam contra Deus.
4) Tato. É o
outro sentido corporal que se manifesta através das mãos, dos pés e outros
órgãos do corpo. A Bíblia fala muito das mãos e da sua utilidade no corpo. O
mordomo cristão deve administrar, tanto os pés como as mãos para a glória do
Senhor. Nenhum órgão do corpo pratica qualquer ato por si mesmo, porque todos
são comandados pela alma e espírito.
a) As mãos são importantes. A Bíblia
fala do valor das mãos: o fruto do trabalho das mãos (Pv 10.4); mãos que
engrandecem (Pv 31.31); mãos que sustentam (Mt 14.31); mãos que abençoam (Mt
19.13); mãos que trabalham (1Ts 2.9); mãos de Judas Iscariotes (Lc 22.21); mãos
do apóstolo Pedro (At 9.41); mãos de Herodes (At 12.1); mãos de Paulo (Gl
6.11).
b) E os pés? Nossos
pés devem ser consagrados para andar em retidão na presença de Deus (Gn 5.24;
6.9; 17.1). Andar com sinceridade e segurança (Pv 10.9); andar na luz do Senhor
(Is 2.5); não andar em trevas (Is 50.10); andar em Espírito (Gl 5.16). Nossos
pés não devem andar segundo o curso do mundo (Ef 2.2); nem andar nos desejos da
carne (Ef 2.3); nem andar desordenadamente, em dissolução, concupiscência (2Ts
3.6; 1Pe 4.3). Nossos pés não devem caminhar em lugares impuros, mas devem ser
santificados a Deus para levar boas novas.
VI. CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO CONTRA O CORPO
Os
pecados contra o corpo trazem conseqüências negativas tanto para a pessoa que o
pratica quanto para outras que são levadas a cometer tais pecados. Sem falar
nos filhos que são vítimas inocentes, herdando doenças e até deformações
físicas pela imprudência dos pais.
1.
Doenças Sexualmente Transmissíveis. São resultado de uma vida
promíscua e sem respeito às leis divinas. Comprovadamente, essas doenças
resultam de relações sexuais ilícitas. Só o pecado pode produzir esses males
contra o corpo e contra a alma. O texto de 1 Coríntios 6.12-20 exorta o crente
a não expor seu corpo à prostituição por ser ele o templo do Espírito
Santo.
2.
Toxicomania. É o uso de drogas narcóticas. A dependência da
droga está vinculada a impulsos psicológicos e emocionais, e provoca conflitos
íntimos, dando origem a neuroses, além de males de toda espécie contra o
usuário, sua família, as autoridades e a sociedade em geral.
3.
Alcoolismo e tabagismo. Você poderia perguntar qual a relação desse
assunto com os crentes, e eu lhe responderia que o objetivo desta lição alcança
o não crente, como também busca prevenir os jovens que podem ser influenciados
pela propaganda sórdida e infame. As bebidas alcóolicas e o fumo são dois
grandes males da nossa sociedade que, infelizmente, fazem parte do status. A
mordomia bíblica do corpo abstém-se e condena formalmente esses dois males que
tanto prejudicam a pessoa no seu todo e não apenas o seu organismo e sua saúde.
A Bíblia está cheia de conselhos para que o corpo humano seja mantido puro,
saudável, pois nele deve habitar o Espírito Santo. A Palavra de Deus enfatiza a
temperança como fruto do Espírito (Gl 5.22). Devemos cuidar de nosso corpo de
modo que, através dele, glorifiquemos a Deus (1Co 6.19,20; Rm 12.1).
CONCLUSÃO
O corpo,
por si mesmo, não peca. Seus membros não possuem poder algum sem a alma.
Portanto, compete ao homem submeter-se à ação regeneradora do sacrifício de
Cristo, para apresentar-se puro, primeiro perante Deus; depois, perante a
sociedade.
Bilografia
Comentário do autor
Lição bíblica cpad 1987 2º. Trimestre
A Mordomia do Corpo
TEXTO AUREO
“Ou não sabeis que o vosso corpo é o tempo do
espírito Santo que habita em vós, proveniente de Deus e que não sois de vós mesmos” I Co 6:19
VERDADE PRÁTICA
Do pó da terra, osoberano Criador fez o corpo para ser o invólucro da
alma e do espírito que são materiais.
Leitura Biblica – I Corintios 6:
12-20
INTRODUÇÃO
Na lição
anterior, estudamos sobre o homem como um todo, constituído de corpo, alma e
espírito. Nesta, apreciaremos a mordomia que devemos exercer sobre o
nosso corpo, quanto à sua pureza, zelo, cuidado e preservação.
O nosso
corpo é magnífico em todos os aspectos. Ele é mais complexo que qualquer
máquina que o homem possa conceber. Nosso corpo não é produto de uma evolução
nem mesmo de uma mera adaptação ao meio. Ele foi planejado e criado pela mente
infinitamente sábia de Deus. Destacamos alguns pontos importantes sobre o nosso
corpo:
I. A NATUREZA MATERIAL DO CORPO
1. A
estrutura do corpo humano. A Bíblia declara que Deus fez o homem do pó da terra (Gn 2.7), e a
ciência afirma que o corpo é constituído de vários elementos químicos
terrígenos. Tais elementos são enumerados como cálcio, carbono, cloro, flúor,
hidrogênio, tintura de iodo, ferro, magnésio, manganês, nitrogênio, oxigênio,
fósforo, potássio, silicone, sódio, súlfur. Juntos eles não ultrapassam 6% de
todo o corpo e o restante é composto de água, carbono e gases. A Bíblia afirma
que o corpo humano “é da terra, terreno” (1 Co 15.47-49). Essa é a parte
material do ser humano.
2.
Ilustrações tipológicas da natureza material do corpo.
a) Tabernáculo ou tenda (2 Co
5.1; 2 Pe 1.13,14). Esses
textos referem-se ao corpo como algo provisório, assim como o Tabernáculo o era
para Israel, na sua peregrinação pelo deserto. Nosso corpo é o tabernáculo ou
santuário de Deus, que é o cristão verdadeiro. O corpo é o invólucro da alma e
do espírito que um dia dará lugar a um corpo espiritual, glorioso e
incorruptível. Assim como o Tabernáculo de Israel exigia cuidado para a sua
manutenção e preservação, nosso corpo material requer atenção, zelo, manutenção
e pureza.
b) Templo de Deus (1 Co 6.19). Nosso corpo deve ser o templo de
Deus e para sua glória. A mordomia do corpo implica reconhecer que o mesmo é de
Deus, e deve ser conservado santo e agradável a Ele (Rm 12.1; 1 Co 6.20).
c) Vaso de barro (Lm 4.2;2 Co
4.7; 2 Tm 2.20,21). Essa
designação tem o objetivo de mostrar a fragilidade do nosso corpo e, também,
destacar a importância e utilidade desses vasos para a obra de Deus.
II. PECADOS CONTRA O CORPO
1. Pode o
corpo por si mesmo pecar? Não! O corpo por si mesmo não tem poder algum nesse sentido. Porém, há
uma lei que opera sob a força do pecado em todos os homens. Essa é a lei do
pecado que opera nos membros do corpo para fazê-lo pecar (Rm 6.6-23).
Deus
estabeleceu leis naturais para a mordomia do corpo. Essas leis físicas governam
o universo e a vida física de cada pessoa. Essas leis, bem como os instintos
(que são forma de energia emotiva da alma) saíram perfeitos da mão do Criador
no princípio, mas a queda adâmica os afetou devido à natureza humana ter se
tornado pecaminosa. Os instintos têm a ver com a manutenção da nossa vida
natural. Alguns deles são o da fome e da sede, da procriação e do domínio ou
posse.
2. Que
significa pecar contra o corpo? Significa transgredir as leis que regem o
funcionamento normal do corpo, bem como corrompê-lo pela prática do pecado (1
Jo 3.4). O pecado manifesta-se no corpo através dos sentidos: visão, audição,
olfato, paladar e tato. Essas faculdades do corpo são distintas umas das outras
e exercem suas funções pelo comando da alma e do espírito. Os sentidos e
instintos naturais da alma não são em si mesmos pecado, mas são influenciados
pelo poder do
pecado
inerente à espécie humana.
III. CANAIS PARA O PECADO
1) Visão. As pessoas são induzidas a pecar
através da “concupiscência dos olhos” (1 Jo 2.16). Concupiscência é a força do
desejo impuro e lascivo despertada através do que se vê. É pela visão de algo
proibido, que muitas pessoas pecam contra “o seu tabernáculo” desonrando-o com
o adultério, a fornicação, a imoralidade sexual e o furto (Êx 20.14: Gl
5.19-21).
a) Tipos de olhos. Olhos altivos (Pv 6.17; Is
2.11), olhos malignos (Pv 23.6), o olho mau (Mt 6.23; Pv 28.22), olhos
zombeteiros (Pv 30.17), olhos cheios de adultério (2 Pe 2.14). Jesus falou que
os “olhos são a candeia do corpo” (Mt 6.22). Portanto, devemos cuidar dos olhos
para que sejam luz e não trevas (Mt 6.23).
b)Visão e instintos naturais. O pecado age como um “vírus
contagioso” e, quando ataca a faculdade da visão, explora os instintos da
aquisição, da fome, da sede e da reprodução. Vejamos como isso acontece:
Primeiro, para satisfazer o instinto da aquisição, a concupiscência dos olhos
conduz ao furto, ao enriquecimento ilícito, ao engano e à defraudação material
(Êx 20.15; Mc 10.19; Lc 18.20; Rm 13.9; Ef 4.28).
Segundo,
para satisfazer o instinto de fome e sede, a concupiscência dos olhos atrai a
pessoa à glutonaria e bebedice, denominadas “obra da carne” (Gl 5.21; Pv 23.2;
Lc 21.34; Rm 13.13; 1Pe 4.3). Em terceiro lugar, para satisfazer o instinto da
reprodução, a concupiscência dos olhos atua como força impulsora para os
pecados sexuais.
2) Olfato
e paladar. São
faculdades físicas ligadas aos instintos naturais da satisfação da fome e sede,
os quais também podem se tornar condutores de pecado contra o corpo. Os pecados
de glutonaria e embriaguez são estimulados pelo paladar (Lc 21.34). Quando o
paladar está sob a força do poder do pecado o homem perde o controle desse
instinto natural de sua vida (Gl 5.21).
3) Audição.
O Diabo
explora os sons para perturbar a alma e o espírito. Hoje, na busca de preencher
o vazio interior, os jovens são atraídos pela parafernália dos sons estridentes
do rock e outros tipos similares, também repulsivos e condenáveis. Esse tipo de
música escraviza, prejudica a audição, reproduz mensagens ocultas de satanás e
blasfemam contra Deus.
4) Tato. É o outro sentido corporal que
se manifesta através das mãos, dos pés e outros órgãos do corpo. A Bíblia fala
muito das mãos e da sua utilidade no corpo. O mordomo cristão deve administrar,
tanto os pés como as mãos para a glória do Senhor. Nenhum órgão do corpo
pratica qualquer ato por si mesmo, porque todos são comandados pela alma e
espírito.
a) As mãos são importantes. A Bíblia fala do valor das mãos:
o fruto do trabalho das mãos (Pv 10.4); mãos que engrandecem (Pv 31.31); mãos
que sustentam (Mt 14.31); mãos que abençoam (Mt 19.13); mãos que trabalham (1Ts
2.9); mãos de Judas Iscariotes (Lc 22.21); mãos do apóstolo Pedro (At 9.41);
mãos de Herodes (At 12.1); mãos de Paulo (Gl 6.11).
b) E os pés? Nossos pés devem ser consagrados
para andar em retidão na presença de Deus (Gn 5.24; 6.9; 17.1). Andar com
sinceridade e segurança (Pv 10.9); andar na luz do Senhor (Is 2.5); não andar
em trevas (Is 50.10); andar em Espírito (Gl 5.16). Nossos pés não devem andar
segundo o curso do mundo (Ef 2.2); nem andar nos desejos da carne (Ef 2.3); nem
andar desordenadamente, em dissolução, concupiscência (2Ts 3.6; 1Pe 4.3).
Nossos pés não devem caminhar em lugares impuros, mas devem ser santificados a
Deus para levar boas novas.
IV. CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO CONTRA O CORPO
Os
pecados contra o corpo trazem conseqüências negativas tanto para a pessoa que o
pratica quanto para outras que são levadas a cometer tais pecados. Sem falar
nos filhos que são vítimas inocentes, herdando doenças e até deformações
físicas pela imprudência dos pais.
1.
Doenças Sexualmente Transmissíveis. São resultado de uma vida promíscua e sem respeito
às leis divinas. Comprovadamente, essas doenças resultam de relações sexuais
ilícitas. Só o pecado pode produzir esses males contra o corpo e contra a alma.
O texto de 1 Coríntios 6.12-20 exorta o crente a não expor seu corpo à
prostituição por ser ele o templo do Espírito Santo.
2.
Toxicomania. É o uso
de drogas narcóticas. A dependência da droga está vinculada a impulsos
psicológicos e emocionais, e provoca conflitos íntimos, dando origem a
neuroses, além de males de toda espécie contra o usuário, sua família, as autoridades
e a sociedade em geral.
3.
Alcoolismo e tabagismo. Você poderia perguntar qual a relação desse assunto com os crentes, e
eu lhe responderia que o objetivo desta lição alcança o não crente, como também
busca prevenir os jovens que podem ser influenciados pela propaganda sórdida e
infame. As bebidas alcóolicas e o fumo são dois grandes males da nossa
sociedade que, infelizmente, fazem parte do status. A mordomia bíblica do corpo
abstém-se e condena formalmente esses dois males que tanto prejudicam a pessoa
no seu todo e não apenas o seu organismo e sua saúde. A Bíblia está cheia de
conselhos para que o corpo humano seja mantido puro, saudável, pois nele deve
habitar o Espírito Santo. A Palavra de Deus enfatiza a temperança como fruto do
Espírito (Gl 5.22). Devemos cuidar de nosso corpo de modo que, através dele,
glorifiquemos a Deus (1Co 6.19,20; Rm 12.1).
CONCLUSÃO
O corpo,
por si mesmo, não peca. Seus membros não possuem poder algum sem a alma.
Portanto, compete ao homem submeter-se à ação regeneradora do sacrifício de
Cristo, para apresentar-se puro, primeiro perante Deus; depois, perante a
sociedade.
Lição
bíblica cpad 4º. Trimestre 2003
Nosso
corpo é templo do Espírito Santo
TEXTO
ÁUREO
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as
coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar
por nenhuma delas”. I Co 6.12
VERDADE
APLICADA
O corpo do crente, agora templo do Espírito Santo,
deve ser usado para glória de Deus.
Leitura
Bíblica = I Cor. 6:19-20 = Rom 12:1-3
INTRODUÇÃO
Deus criou o homem de maneira especial, pois o
formou à sua imagem e semelhança. Tal procedimento diferençou das demais
criaturas criadas, quando apenas surgiram conforme a ordenação divina de acordo
com sua espécie. O homem ganhou corpo, alma e espírito tornando distinto das
demais coisas criadas por Deus. Um ser completo, com consciência e
livre-arbítrio capazes de dominar as demais criaturas da terra. Tal situação
leva-nos a um compromisso de “administrar” bem o corpo que recebemos de Deus,
pois como crentes, ele é agora templo do Espírito Santo.
I
- DEUS CRIOU O CORPO HUMANO COM SABEDORIA
Em Gênesis 1.26 encontramos a mais sublime
declaração acerca da criação do homem: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa
imagem, conforme a nossa semelhança ..“. Dessa forma o homem tornou-se um ser
material e também espiritual, ganhando vida após o sopro de Deus (Gn 2.7; Jó
33.4). Por tudo isso o Senhor Deus tem o direito sobre nossa vida (1 Sm 2.6),
somos apenas mordomos que iremos prestar contas perante o Tribunal de Cristo (2
Co 5.10).
a)
O corpo, uma maravilha de Deus — A Bíblia descreve o
corpo humano como uma maravilha feita por Deus: “Eu te louvarei, porque de um
modo terrível, e tão maravilhoso fui formado ...“ (SI 139.14). Possuímos em
nosso corpo, o mais extraordinário laboratório químico em que o alimento é
transformado em ossos, músculos, tecidos, etc. Tal perfeição nos leva a crer
que somente um Deus poderoso poderia criar uma obra-prima que levasse sobre si
a sua marca (Jo 20.22).
b)
Corpo, uma dádiva divina - O nosso corpo é uma dádiva
divina: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e
fêmea os criou” (Gn 1.27). A partir desse momento os seres criados passam a se
relacionar visando a procriação da espécie (Gn 1.28) e, através do corpo
relacionam- se com o mundo à sua volta. Sendo o corpo um objeto da criação
divina, ainda, hoje, Deus está presente em cada momento da concepção humana (Sl
139.15,16).
c)
Criado para templo de Deus - A Bíblia afirma que o
nosso corpo foi criado para templo do Senhor: “... sois edificados para morada
de Deus em Espírito” (Ef 2.22). Por isso devemos cuidar de nosso corpo, que é
habitação do Espírito Santo (1 Co 6.19). É através da presença do Espírito em
nós que somos fortalecidos no “homem interior” (Ef 3.16) para que não cumpramos
com as obras da carne (GI 5.19-21), tão presente na natureza humana.
II
- O CORPO E SEUS SIGNIFICADOS BÍBLICOS
O corpo é visto na Bíblia com vários significados,
todos com aplicações espirituais, uma vez que somos habitação de Deus (Ef
3.17). Em cada significado somos depositários do Espírito Santo, pois é Ele
quem nos dá garantia acerca de nossa filiação espiritual (Rm 8.16).
a)
O corpo, um tabernáculo — O tabernáculo foi uma construção
provisória para ali Deus manifestar sua glória e sua presença enquanto
caminhavam no deserto (Êx 40.34,38). Pedro compara o nosso corpo a um
tabernáculo terrestre (2 Pe 1.13,14), algo provisório usado como depositário da
alma e do espírito (Hb 4.12), enquanto estivermos caminhando no deserto desta
vida (Jó 7.1; 14.1; 2 Co 5.4).
b)
O corpo, vaso de barro— Desde que foi formado (Gn 2.7), o
homem tomou consciência de que foi feito do barro (Gn 3.19; Jó 10.9). Isto mostra
a fragilidade da vida humana (Sl 103.15,16). Ensina-nos também a facilidade de
sermos moldados por Deus (Jr 18.6) e depositários dos tesouros divinos (2 Co
4.7). Por isso devemos estar santificados para honra e glória do Senhor (2 Tm 2.20,21).
c) O corpo, uma casa — Paulo, simbolicamente falando,
chama o nosso corpo de “casa terrestre” (2 Co 5.1). Uma casa frágil, que se de
faz (2 Co 5. 1b) com o tempo de uso (Si 90.10). Nesta casa habitam a alma e o
espírito (1 Ts 5.23), os quais precisam estar sempre santos (1 Pe 1.16), para
que possamos alcançar de Deus “um edifício” nos céus (2 Co 5.1c). Até que esse
momento não chegue, devemos ser fiéis àquele que nos constituiu herdeiros dessa
herança espiritual (Cl 3.24).
III
- DEUS EXIGE CUIDADO COM O CORPO
Visto que o nosso corpo é o templo de Deus, devemos
mantê-lo nas melhores condições possíveis (Rm 12.1). A limpeza do corpo sempre
fez parte do propósito de Deus para o seu povo (Lv 17.16), por isso Paulo
alerta que todo o pecado é fora do corpo, mas o que adultera peca contra o seu
próprio corpo (1 Co 6.18). O corpo do crente é agora instrumento de justiça (Rm
6.13).
a)
O
corpo deve ser cuidado — O cuidado com o corpo faz parte
da mordomia cristã, uma vez que ele pertence a Deus: “... glorificai, pois, a
Deus no vosso corpo (1 Co 6.20).
b)
Muitas enfermidades do corpo são resultados diretos
do nosso descuido com o templo do Espírito Santo, por isso Paulo disse a Timóteo:
“Tem cuidado de ti mesmo (1 Tm 4.16). Por causa de suas freqüentes
enfermidades, ele devia cuidar-se (1 Tm 5.23). Comer com moderação (Pv 23.2) e
alimentar- se corretamente faz parte do cuidado com nossa saúde: “Eu vos rogo
que comais alguma coisa; porque disto depende a vossa segurança; pois nenhum de
vós perderá nem mesmo um fio de cabelo” (At 27.34).
b)
O corpo não pode ser destruído — Na qualidade de
mordomos fiéis, devemos zelar pelo corpo para que não seja destruído: “Se
alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá ...“ (1 Co 3.17). A palavra
“destruir” nesse caso tem o significado de: arruinar, corromper e estragar, tanto
no sentido moral ou físico (Ec 9.18). Portanto, quer comamos, quer bebamos,
tudo deve ser feito para glória de Deus (1 Co 10.31) e não para destruição do
corpo.
c)
O corpo, um sacrifício vivo — A doutrina paulina nos ensina
que nosso corpo deve ser oferecido a Deus em sacrifício vivo, santo e agradável
(Rm 12.1). Assim como o sacrifício no Antigo Testamento era agradável a Deus:
“Quando oferecerdes sacrifício pacífico ao Senhor, oferecê-lo-eis para que
sejais aceitos” (Lv 19.5), devemos nos oferecer ao Senhor de forma a agradá-lo
para glória do seu nome (Hb 13.21; 1 J0 3.22). Os sacrifícios para o Senhor são
um espírito quebrantado e um coração contrito (SI 51.17).
IV
- SANTIFICANDO NOSSO CORPO PARA DEUS
Assim como no Antigo Testamento a santidade estava
diretamente ligada ao templo (Lv 8.10), no Novo Testamento está ligado
diretamente ao nosso corpo, templo do Espírito Santo (1 Pe 1.16). Paulo ao
falar da importância da santificação disse que ela começa do interior para o
exterior (1 Ts 5.23), mostrando claramente que o corpo está nos propósitos de
Deus para ser santo (Hb 10.22).
a)
A santidade das mãos —A santidade deve alcançar nossas mãos,
pois através delas o Senhor nos usará na sua obra (At 19.11). As mãos precisam
estar santificadas para orar (1 Tm 2.8; Sl 141.2), para abençoar (Mt 19.13),
para estar diante do Senhor (Si 24.3,4), pois elas fazem parte do corpo (1 Co
12. 14, 15) e precisam estar sempre prontas para o serviço do Senhor (At 5.12)
e para o nosso sustento (1 Co 4.12).
b)
A santidade dos pés — Os pés falam de nossa conduta (1 Sm
18.5), por isso eles precisam estar limpos (Jo 13.8) e consagrados para andar
em retidão na presença do Senhor (Gn 5.22,24). Para que possamos espalhar a
nossa fé, nossos pés precisam também estar calçados com “a preparação do
Evangelho da paz” (Ef 6.15). Com os pés santificados podemos plenamente seguir
a Jesus (Mt 9.9).
c)
A santidade dos olhos — O olhos são as janelas da alma, por
isso eles precisam estar santificados (Mt 6.22), por causa da concupiscência
que nos faz pecar (1 J0 2.16). Para isso o crente precisa evitar as “coisas
más” diante de seus olhos (Si 10 1.3) e olhar “firmemente” para Jesus (Hb
12.2). Para santificar nossos olhos, o Senhor nos convida a “comprar” colírio
do céu (Ap 3.18c). Com os olhos santificados podemos contemplar as maravilhas
da Lei de Deus (SI 119.18).
CONCLUSÃO
O corpo humano, obra-prima da criação de Deus, faz
parte do propósito divino para a nossa vida enquanto estivermos neste mundo. E
através do corpo que mantemos o contato com o mundo à nossa volta e nos
comunicamos com Deus. Para isso usamos os sentidos físicos, inerentes ao corpo
humano e, através deles, expressamos nossos sentimentos. Por isso nosso corpo e
seus membros devem estar santificados, pois somos agora, em Cristo, habitação
de Deus, templos do Espírito Santo.
Lições bíblicas Betel 4º. trimestre 2002