30 de outubro de 2023

Orando Contribuindo e Fazendo Missões

 

Orando Contribuindo e Fazendo Missões

TEXTO ÁUREO

“Depois disso, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então, disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is 6.8)

Esmiuçando o Texto Áureo

O pronome “nós”, utilizado no plural não prova a doutrina da Trindade, mas a sugere fortemente (Gn 1.26); “eis me aqui, envia-me a mim”, essa resposta evidencia humilde prontidão e total confiança. Embora plenamente consciente de seu pecado, ele estava disponível.

VERDADE PRÁTICA

Nem todos são chamados para ir ao campo missionário, mas todos têm a responsabilidade de orar e contribuir com essa obra.

Esmiuçando a Verdade Prática:

- Atenção! Lida simplesmente pode sugerir a falsa ideia de que somente orando e contribuindo estaremos cumprindo a Grande Comissão. O “Ide”, como um mandamento de Cristo não é apenas àqueles que têm uma vocação transcultural, mas a todos os cristãos. Todos vivemos integralmente por essa missão, a de reconciliação do homem com Deus, testemunhando, falando do amor e da bondade de Deus, ensinando o que ouvimos, discipulando, onde quer que estejamos. E também orando e contribuindo!

LEITURA BÍBLICA = Efésios 6.18-20

Esmiuçando a Leitura Bíblica em Classe:

- O versículo 18 introduz o caráter geral da vida de oração de um cristão:

1) "toda oração e súplica" concentra-se na variedade:

2) "em todo o tempo" concentra-se na frequência (Rm 12.12; Fp 4.6; 1Ts 5.17);

3) "no Espírito" concentra-se na submissão, à medida que nos ajustamos à vontade de Deus

4) "vigiando" concentra-se no modo (Mt 26.41; Mc 13.35);

5) "toda perseverança" concentra-se na persistência (Lc 11.9; 18.7-8); e

6) "todos os santos" concentra-se nos alvos (1Sm 12.23).

Paulo não pede para que orem pelo seu bem-estar pessoal ou pelo seu conforto físico na prisão de onde ele escrevia, mas por ousadia e fidelidade para continuar a proclamar o evangelho aos não salvos, não importando o quanto isso lhe custaria, como despenseiro do mistério de Cristo

Tíquico, um convertido da Ásia Menor que esteve com o apóstolo durante a sua primeira prisão em Roma onde essa epístola foi escrita. Ele acompanhou Paulo e ajudou a fazer a coleta da oferta para a igreja de Jerusalém (At 20.4-6)

E foi enviado por ele em diversas missões (2Tm 4.12;Tt 3.12).

INTRODUÇÃO

- Ser missionário é a função de todos os cristãos, cada um na sua área de atuação. Não existem classes de cristãos, existem cristãos com vocações distintas. Mas essas distinções não os distinguem em grau de importância. O missionário plantador de igrejas em meio a povos não alcançados é tão relevante quanto o missionário pedreiro, médico, vendedor, pastor ou engenheiro, em meio a comunidades já ‘alcançadas’. Todos estamos amparados pelo comando de Atos 1.8 “e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. A Grande Comissão (Mt 28.18-20). É o nome que se dá à comissão que o Senhor Jesus designou para a evangelização das nações. O verbo “ensinar” em “ensinai todas as nações” (Mt 28.19a), ou: “façam discípulos de todas as nações” (Nova Almeida Atualizada), é mathēteuō , “fazer discípulo, discipular”. O discipulado não é opção, é mandamento divino para a edificação e crescimento espiritual de cada cristão. Além do discipulado, Ele também ordenou que esses novos discípulos guardem o que aprenderam: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.20). Ou seja, as doutrinas e os pontos doutrinários que Jesus ensinou.

I- ORANDO PELA CAUSA DE MISSÕES

1. A importância da oração na obra missionária. A missão de promover o evangelho é a grande obra da igreja, e a oração é o motor que a move. Um dos maiores recursos que a igreja tem para promover o evangelho é a capacidade de se apresentar a Deus em oração e pedir o que já está em seu coração – o crescimento de seu reino no mundo. O apóstolo Paulo pediu que orassem por ele várias vezes para que nas suas viagens missionárias ele pudesse falar com intrepidez a Palavra e não ser impedido de fazê-lo. Jesus também nos deixou o exemplo de uma vida de jejum e oração para que ao realizar a obra que o pai lhe confiou tivesse autoridade contra as forças espirituais, expelindo demônios, libertando cativos do poder opressor do pecado e de satanás. Inclusive alertou os discípulos sobre “o dever de orar sempre e nunca desfalecer.” E falando sobre a tarefa de evangelizar, viu a oração como solução para que o Senhor da seara enviasse mais ceifeiros para sua seara. Nossos missionários, pastores e líderes precisam incessantemente das nossas intercessões. A nossa luta não é contra carne e sangue. Por isso, faça o propósito de orar diariamente pela obra missionária no Brasil e no mundo. Adote missionários em oração. Seja a retaguarda que eles precisam.

Jesus ensinou seus discípulos como orar por missões e os moldou enquanto os treinava. No início do treinamento dos discípulos, Jesus ensinou a eles como orar (Mt 6.9-13). Mais tarde, depois de enfrentar os desafios do ministério, eles voltaram a Jesus para pedir a ele para ensiná-los como orar. Ele os trouxe de volta a mesma oração, onde quem ora suplica, “venha o Teu Reino” (Lc 11.2). Depois, Jesus iria exemplificar que as batalhas espirituais para alcançar a missão só seriam ganhas pela fé através da oração, assim como ele clamou “seja feita a tua vontade” no Jardim do Getsêmani (Lc 22.42). Antes de Jesus enviar os doze ou os setenta e dois, ele apontou os seus rostos para o céu em oração e transformou os corações dos discípulos em trabalhadores. Portanto, antes mesmo do envio missionário acontecer, nós devemos banhar o alvo missionário em oração. A igreja nunca deve perder de vista que, para fazer discípulos, orar é o primeiro passo para levar o evangelho para o campo missionário.

2. Interceder. É interessante notar o emprego que Paulo faz do termo “Perseverai” em Colossenses 4.2. A palavra grega quer dizer "ser corajosamente persistente" ou "apegar-se e não desistir", e aqui, diz respeito à oração persistente (At 1.14; Rm 12.12; Ef 6.18; ITs 5.17). Também nesse mesmo texto, ele exorta a “vigiando”, em seu sentido mais geral, nos convoca a estarmos alertas enquanto oramos. Porém, Paulo tem em mente uma implicação ainda mais ampla, estar alerta para as necessidades específicas sobre as quais orar, ao invés de ser vago e não focalizado. O foco do pedido era para que se abrisse uma porta, uma oportunidade, para a propagação da mensagem do Evangelho. Oração abre oportunidades para que o evangelho seja compartilhado onde antes parecia fechado. Na oração, o impossível se torna prático. Assim como Pedro estava preso em Atos 12, a igreja estava orando e Deus libertou Pedro, abrindo o portão de ferro que levava à cidade. (Atos 12:10). Nessa experiência, Pedro percebeu que, enquanto a igreja orasse, nada impediria o reino de Deus de avançar. É a oração que nos ajuda a conectar com pessoas que estão abertas ao evangelho. É a oração que nos leva ao lugar certo na hora certa para tomar os passos que apenas Deus poderia orquestrar. A oração conecta a igreja com a ação de Deus, que empodera o seu povo para propagar a mensagem do seu reino.

3. Despertar a igreja local para a obra missionária. Quando Jesus enviou os discípulos para todos os lugares em que ele mesmo tinha planejado visitar em Lucas 10, ele falou para eles orarem para que Deus enviassem trabalhadores para a seara. Então ele disse “Ide! Eis que vos envio” (Lc 10.3) em resposta as suas próprias orações. Enquanto a igreja em Antioquia jejuava e orava, Deus separou Paulo e Barnabé para levarem o evangelho aos gentios (At 13.1-3). Para muitas igrejas locais, oração e jejum semelhantes a esses são suplementares. Mas no Novo Testamento, oração e jejum como esses eram fundamentais para o povo de Deus quando se engajavam em missões. Hoje, através da oração corporativa, as igrejas locais podem assumir um papel ativo no dever da Grande Comissão. A intercessão é o meio pelo qual nos unimos na atividade diária de Deus na vida de outras pessoas, e isso inclui pessoas em nosso bairro e povos ao redor do mundo que talvez nunca encontremos. Por meio da oração, Deus concede que igrejas locais se unam a ele na obra reconciliadora que está realizando agora entre muçulmanos, hindus, budistas e pessoas de todas as religiões ao redor do mundo. A oração e o jejum fervorosos são uma maneira vital das igrejas locais estarem envolvidas na missão de Deus entre as nações.

II- CONTRIBUINDO PARA MISSÕES

1. O sustento dos missionários. Ao utilizar os termos “vivam do evangelho”, Paulo diz respeito a ganhar a vida pregando as boas-novas. Nesse quesito, é importante notarmos o que Jesus nos ensina em Mateus 10.10, ao restringir quanto ao que poderiam levar para essa missão, apenas túnicas, a questão aqui era ensiná-los a confiar que o Senhor supriria suas necessidades por meio da generosidade das pessoas a quem eles ministrariam, e ensinar àqueles que receberam a bênção do ministério daqueles homens a apoiarem os servos de Cristo. Veja que em Lucas 22.36, numa missão posterior, Cristo lhes deu instruções completamente diferentes.

Também é notório esse ensino quando lemos em Romanos, dentre outras intenções de Paulo, a de angariar a ajuda com o ministério que ele planejava desenvolver na Espanha (Rm 15.28). O apóstolo Paulo aceitou a oferta dos crentes da igreja de Filipos, que foi entregue voluntariamente ao apóstolo, de modo que serviu para o seu sustento. De fato, o apóstolo era um missionário que vivia por fé. No trecho de Filipenses 4.10-20 vemos um obreiro que havia experimentado a abundância e a escassez na vida. Quando estava a serviço do Sinédrio, ele tinha uma vida mais abastada; quando, porém, passou a ser um seguidor de Jesus, sua vida financeira não foi mais a mesma. À luz do exemplo da igreja de Filipos, os membros e os obreiros da igreja local têm o privilégio de serem participantes do sustento financeiro e do apoio aos missionários e suas famílias por meio da secretaria ou do departamento de Missões da igreja. Ora, os filipenses faziam isso com alegria e de maneira voluntária (Fp 4.15). Assim, conforme já estudamos, orar, interceder, acompanhar e financiar o ministério dos missionários é um privilégio específico dos membros da igreja local. Aqui, ocorre uma relação espiritual de muita confiança em que o Corpo de Cristo sustenta e apoia os obreiros transculturais.

2. Contribuir para missões é juntar tesouros no céu. O texto de Mateus 6.20 recomenda o uso de bens financeiros para propósitos que sejam celestiais e eternos. O cristão não pode esquecer que é um administrador e que tudo pertence ao Senhor. Assim, devemos cuidar para não sermos encontrados como o administrador infiel de Lucas 16.1. O uso fiel da riqueza terrena está repetidamente ligado à acumulação de tesouros no céu (Lc 12.33; 18.22; Mt 6.19-21).

A Igreja dos Filipenses, não obstante sua pobreza, foi parceira do apóstolo Paulo na obra missionária. Cooperação pode ser traduzido por "participação" ou "parceria" (2Co 8.4). Esses cristãos haviam com ânimo ajudado Paulo na evangelização em Filipos desde o início da igreja nessa cidade (At 16.12-40).

3. Contribuir para missões é um privilégio. Não há privilégio maior do que saber que por meio de nossa cooperação financeira, Bíblias estão chegando a lugares que nunca ouviram falar do Evangelho, vidas estão sendo alcançadas na África, na Europa, no outro lado do mundo. Participar dessa cooperação é um privilégio espiritual. Se não podemos participar de maneira presencial, podemos fazer de maneira financeira. Assim, podemos cooperar na propagação do Evangelho até os confins do mundo (Fp 4.14-20).

É interessante ressaltar aqui a mordomia por parte de Paulo daquilo que recebia, a prestação de contas registrada em Fp 4.14-20 é um exemplo para todos aqueles que administram os recursos da Igreja. Paulo era um fiel mordomo dos recursos de Deus e registrava cuidadosamente tudo o que recebia e gastava.

Somente os filipenses enviaram provisões para Paulo afim de suprir suas necessidades. Até para Tessalônica, Paulo pregou lá por poucos meses, durante a sua segunda viagem missionária. Os filipenses estavam, de fato, armazenando para si mesmos tesouros no céu (Mt 6.20). As ofertas que eles deram para Paulo estavam acumulando dividendos para crédito espiritual deles (Pv 11.24-25; 19.17; Lc 6.38; 2Co 9.6). Assim Paulo descreve as ofertas daqueles crentes: aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. A oferta dos filipenses foi um sacrifício espiritual (Rm 12.1; 1Pe 2.5) que agradou a Deus.

III- A CHAMADA PARA IR

1. Deus quer usar cada crente. “Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor” (C. H. Spurgeon). O apóstolo Pedro, em 1Pedro 2.5,9, reafirmando o ensino do profeta Isaías escreveu: “vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo… Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” Assim, pode-se afirmar que desde o antigo testamento a Bíblia ensina que todos os crentes são sacerdotes! Quando falamos do desafio de cuidar dos de fora, estamos falando desta percepção de que cada crente é um sacerdote, ou seja, um missionário enviado por Deus para alcançar os que estão fora da comunidade da fé. Podemos dizer, então, que a ação missionária é, segundo a Bíblia, uma prática natural e estendida a todos os crentes em Jesus.

2. A chamada missionária. Tanto no hebraico quanto no grego, chamar quer dizer nomear. Champlim (p. 3997) diz que chamar é “convidar alguém a assumir um dever, mediante a palavra, ou através do poder impulsionador do Espírito Santo (Is 22.12; Pv 1.24; Mt 22.14)”. Em Atos 13.2, há uma expressão sobre a qual devemos dedicar nossas atenções. O texto diz: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado”. Em seguida, o texto diz: “Enviados, pois, pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre”. Observarmos nestes textos que o Espírito Santo torna a Igreja missionária. O mesmo Espírito que os havia separado, os envia à que foi conhecida como primeira grande viagem missionária. É importante lembrar que o chamado de Deus à sua grande obra é para todos! Não importa o nosso passado, o Espírito Santo nos chama para uma grande missão. Barnabé e Saulo são separados pelo Espírito, essa foi, sem dúvidas, uma grande quebra de paradigmas para a igreja de Jerusalém. Saulo, ex-membro do partido dos fariseus, havia sido um grande perseguidor dos cristãos. Ele mesmo, como narra em Atos 7.58, esteve presente no assassinato de Estevão, o primeiro cristão morto por causa do testemunho do Evangelho. A despeito do medo e do preconceito demonstrados pelos outros cristãos ao chamado de Paulo, o Espírito o levanta como apóstolo e missionário para os gentios.

3. Caráter e testemunho na obra missionária. Ser sal da terra e luz do mundo significa ter uma vida que glorifica a Deus e leva outras pessoas a seguir Jesus. As boas obras podem ser muito pequenas, mas têm um efeito muito grande. Todo crente é chamado para ser sal da terra e luz do mundo. O sal representa a transparência da vida cristã, ou o nosso testemunho público. Se a vida cristã perde a sua essência “como o sal a sua propriedade” (por estar contaminado), não tem mais nenhum valor. Talvez Jesus usou essa alegoria tendo em mente a hipocrisia dos religiosos de sua época “escribas, fariseus”. O testemunho dos religiosos dos tempos de Jesus, por mais que fosse legítimo “conforme a lei de Moisés”, era ineficaz, pois havia perdido sua essência. Na Antiguidade, o sal era retirado de regiões alagadas pelo mar que, durante a época de seca, permitiam sua extração. Também era tirado de rochas. Em qualquer dos casos, nem sempre o sal era puro, vindo misturado com outras substâncias que podiam torná-lo insípido ou inútil. Outras vezes, o sal se tornava sem sabor por causa do contato com o solo ou por causa de sua exposição à chuva e ao Sol. Quando o sal se tornava impróprio para o uso, perdendo o seu sabor, não havia remédio para ele. Isso porque o sal pode salgar os alimentos, mas não há como salgar o próprio sal. Assim, quando perdia o sabor, o sal era simplesmente jogado fora.

4. O perfil do vocacionado.

a) ser escolhido por Deus (At 9.15); instrumento escolhido. Literalmente, "um vaso de eleição". Houve perfeita continuidade entre a salvação e o serviço de Paulo; Deus o escolheu para proclamar sua graça a todos os homens (Cl 1.1; 1Tm 2.7; 2Tm 1.11); Paulo usou essa expressão quatro vezes {Rm 9.21,23; 2Co 4.7; 2Tm 2.21): perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; Paulo começou o seu ministério pregando aos judeus (At 13.14; 14.1; 17.1,10; 18.4; 19.8), mas a sua missão principal foi junto aos gentios (Rm 11.13; 15.16). Deus também o chamou para ministrar a reis, tais como Agripa (At 25.23—26.32) e possivelmente César (At 25.10-12; 2Tm 4.16-17).

b) não ser neófitos (1 Tm 3.6); não seja neófito, para não... se ensoberbeça. Colocar um novo convertido numa função de liderança equivale a tentá-lo a cair no orgulho. Por essa razão, os presbíteros devem ser escolhidos entre os homens com maturidade espiritual na congregação, para que não incorra na condenação do diabo - a condenação de Satanás aconteceu por causa do orgulho que ele tinha de sua posição. Isso resultou em sua queda e na perda de sua honra e autoridade (Is 14.12-14; Ez 28.11-19; cf. Pv 16.18). O mesmo tipo de queda e juízo poderia facilmente acontecer a um cristão novo e fraco que fosse colocado numa posição de liderança espiritual.

c) cheio do Espírito Santo (At 1.8); A missão dos apóstolos de difundir o evangelho foi a razão principal para a qual o Espírito Santo os capacitou. Esse acontecimento alterou dramaticamente a história mundial, e a mensagem do evangelho finalmente chegou a todas as partes da terra (Mt 28.19-20). Os apóstolos já haviam experimentado o poder do Espírito Santo de salvar, guiar, ensinar e realizar milagres, mas ainda faltava receber a presença habitadora do Espírito e uma nova dimensão de poder para testemunhar (At 2.4; 1Co 6 .19-20; Ef 3.16,20).

d) reconhecido pela Igreja (At 1.21); andou entre nós. O primeiro requisito para ser o substituto de Judas era que o homem deveria ter participado do ministério terreno de Jesus. O primeiro requisito para ser comissionado pela Igreja deve ter uma vocação Manifestada (At 13.2; 2Co 2.15).

e) ser aprovado nas tarefas locais; Atualmente há muitos que buscam se identificar como obreiros e missionários de Cristo. Entretanto lhes faltam os requisitos essenciais para a consecução desta tão grande obra.

f) estar preparado espiritual, intelectual, psicológica e transculturalmente. Além de testados, cumpridores dos pré-requisitos acima, dependendo de Deus (2 Co 12.7) e perseverando nEle (2 Tm 4.2).

Deus chama pessoas diferentes, em circunstâncias diferentes, em idades diferentes para o serviço vocacional (I Coríntios 12.4-6,11). Chamou o profeta Jeremias no ventre da mãe (Jeremias 1.5); chamou o profeta Isaías num momento de crise nacional (Isaías 6); chamou o apóstolo Pedro depois de casado; chamou Paulo quando este perseguia a Igreja (Atos 22.3- 16). Como se percebe, não há um padrão exato para nosso chamado vocacional. Todavia, é importante que, desde cedo, saibamos identificar elementos e detalhes que realçam uma vocação, um chamado específico. Muitos têm uma compreensão errada do que seja vocação e chamado. John Jowett, em seu livro “O pregador sua vida e sua obra”, diz que “vocação é quando você tem todas as outras portas abertas [escancaradas], mas você só anseia entrar pela porta de um ministério específico”. É como se houvesse algemas invisíveis que o prendesse àquela realidade e missão específica. De acordo com o pastor Hernandes Dias Lopes “o vocacionado não é um voluntário, mas um chamado / convocado. O seu ministério não é procurado, é recebido. Sua vocação não é terrena, é celestial. Sua motivação não está em vantagens humanas, mas em cumprir o propósito divino”. Outra compreensão importante é a de que podemos (e devemos) frutificar onde Deus nos plantou. O local onde fomos plantados por Deus é o local onde Ele quer que frutifiquemos. Caso Ele queira que frutifiquemos em outro local, Ele mesmo providenciará essa mudança. Além disso, é importante destacar que o cristão sabe que tem uma vocação quando existe uma necessidade do/no mundo a respeito da qual se sente responsável. Pode ser um grupo social, um povo, uma instituição, uma causa, enfim, algo pelo que se sente impelido ou impelida a fazer alguma coisa.

 CONCLUSÃO

É preciso compreender que, em Cristo Jesus, todos somos vocacionados (1Pe 2.9-10). A Palavra deixa isso bem claro ao expor que somos vocacionados para a salvação, para as boas obras, para a santidade e para a missão. Ou seja, nascemos em Cristo Jesus com um propósito. Não estamos neste mundo de forma aleatória e descomprometida. Fomos salvos em Cristo para fazer diferença – sendo sal e luz – e cumprir o chamado de Deus. E, dentre todas, a nossa maior vocação é glorificar o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27).

Como chamados, é essencial fazermos a obra do Rei, testemunhando aonde estamos, investindo naqueles que receberam um chamado específico para ir, e orando em todo o tempo para que lhes sejam abertas oportunidades para falar do amor e da bondade de Deus. Embora todos nós sejamos chamados para testemunhar, Deus também vocaciona alguns para ministérios específicos. Trata-se daqueles que são separados por Deus para uma ação específica e funcional em Sua igreja.  Escrevendo aos Romanos, Paulo se apresenta como “servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1), expressando que é servo de Cristo, porém, com um chamado ministerial específico: ser apóstolo. Você tem um chamado específico? A nossa vocação é um privilégio. Na verdade, talvez seja o nosso maior privilégio, bem como o nosso maior desafio.

Fonte:- https://auxilioebd.blogspot.com