21 de maio de 2022

Sendo Verdadeiros

 

Sendo Verdadeiros.

A lição de hoje foca nas motivações erradas na realização das boas obras.

Jesus chama de hipócritas, aqueles que fazem boas obras para se promover. Por isso a lição tem como tema sendo verdadeiros.

 

TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, não                                                          atribui culpa e em cujo espírito não engano” (SI 32.2)

Não adianta o homem usar máscaras diante de Deus, pois ele conhece o que está no coração.

O Senhor, porém, disse a Samuel: "Não o julgue pela aparência nem pela altura, pois eu o rejeitei.

O Senhor não vê as coisas como o ser humano as vê. As pessoas julgam pela aparência exterior, mas o Senhor olha para o coração". (1 Sm 16.7 NVT)

 

VERDADE PRÁTICA

Jesus chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória diante dos homens.

A auto glorificação é um erro claro, para quem quer viver a ética do reino dos céus (Jo 5.44), e não condiz com quem nutre a verdadeira espiritualidade: “Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estrangeiro, e não os teus lábios” (Pv 27.2)

 

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 1 Pe 2.1-3 Abandonem a hipocrisia1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,

2 desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,

3 se é que provastes que o Senhor é benigno.

 

Terça Ef 4.25 Falai a verdade. 25 Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.

Quarta – Pv 26.23-28 Os lábios amistosos podem ocultar um coração mal23 Como vaso de barro coberto de escórias de prata, assim são os lábios amorosos e o coração maligno.

24 Aquele que aborrece dissimula com os lábios, mas no íntimo encobre o engano;

25 quando te falar suavemente, não te fies nele, porque sete abominações no seu coração. 26 Ainda que o seu ódio se encobre com engano, a sua malícia se descobrirá publicamente. 27 Quem abre uma cova nela cairá; e a pedra rolará sobre quem a revolve.

28 A língua falsa aborrece a quem feriu, e a boca lisonjeira é causa de ruína

Quinta – 1 Jo 1.6 Quem anda nas trevas não pratica a verdade. Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade.

 

Sexta Mt 23.27-28 Jesus condena a hipocrisia. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. At 23:3;

28 Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.

Sábado Tg 3.13-18 A sabedoria do alto não tem hipocrisia. 13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.

14 Mas, se tendes amarga inveja e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade.

15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.

16 Porque, onde inveja e espírito faccioso, perturbação e toda obra perversa.

17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.

18 Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 6.1-4

Hinos Sugeridos: 324, 432, 438 da Harpa Cristã

 

 

1- INTRODUÇÃO

O que está por trás dos nossos atos? Qual é a verdadeira motivação do nosso coração? Essas são as perguntas que a presente lição busca responder.

 

O coração do seguidor de Jesus tem de estar sempre com a verdade.

 

A nossa motivação tem de ser sempre a melhor, nobre e sincera no Reino de Deus. Essa consciência do Reino protege-nos da hipocrisia.

 

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

 

A)  Objetivos da Lição:

 

I)  Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia;

II)  Colaborar no auxílio ao próximo sem alarde;

III)  Concluir que Deus contempla o bem que realizamos.

 

B)  Motivação: Sempre é importante sondar o coração para ter consciência de sua verdadeira motivação.

 

Pergunte: Por que emprego energia em determinado objeto? É preciso procurar saber a razão de fazer o que estamos fazendo.

 

C)  Sugestão de Método: Inicie a aula perguntando o que é hipocrisia.

Ouça os alunos com atenção. Deixe que expressem suas opiniões livremente por cerca de cinco minutos.

Em seguida, explique a palavra hipocrisia de acordo com o tópico da lição, enfatizando o contexto que Jesus apresenta no Sermão do Monte.

A ideia é que a exposição do tema unifique bem as informações e os alunos tenham um entendimento satisfatório do assunto.

 

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

 

A) Aplicação: Você pode sugerir uma campanha de ajuda assistencial a partir da assimilação do conteúdo estudado. Iniciar um projeto desses com plena consciência a respeito do que o Sermão do Monte ensina sobre o assunto, sem dúvida, é uma excelente oportunidade de aplicar o ensino assimilado.

 

 

 

 

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
 

A)  Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.40 você encontrará um subsídio especial para esta lição.

 

B)  Auxílios Especiais: Ao final dos tópicos, você encontrará dois auxílios que darão suporte na preparação de sua aula

 

1)   O texto localizado ao final do primeiro tópico aprofunda a reflexão a respeito do perigo da hipocrisia;

 

2)   O texto localizado ao final do segundo tópico traz uma reflexão a respeito de praticar a justiça diante dos homens.

 

INTRODUÇÃO

O ensinamento de Jesus no Sermão do Monte tem o objetivo de fazer com que sejam os seguidores de Cristo comprometidos com os valores do Reino de Deus. Comprometidos em intenções e ações verdadeiras porque tem muitas ações com segundas intenções.

Uma consequência de quem vive esses valores é buscar ser aprovado por Deus, e não aplaudido pelos homens, além de vigiar contra a hipocrisia (Lc 12.1).

Aprovado por Deus a recompensa é maior Nesta lição, veremos que Deus condena a hipocrisia de pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória diante dos homens.

Palavra-Chave: VERDADE

1 O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

1-    Definição de hipócrita. No grego, a palavra para “hipócrita significa “alguém que interpreta um papel”, um personagem em uma obra teatral.

1.    O que caracteriza a palavra “hipócrita” no Evangelho de Mateus? O uso desta palavra no Evangelho de Mateus caracteriza o hipócrita como uma pessoa cujos atos pretendem impressionar os observadores (6.1-3,16-18); isto é chamar a atenção de quem está por perto, esse e o verdadeiro motivo do ator do hipócrita. cujo foco está nos enfeites, e não nas questões centrais da fé; e cuja conversa espiritual esconde motivos corruptos.

 

“Embora o crente deva ser visto praticando boas obras, ele não deve fazer boas obras com o objetivo de ser visto”.

2.    Em Mateus 6, o hipócrita está em contraste com a pessoa de fé, cujo relacionamento com Deus é “secreto”. Ações secretas não é a intenção do hipócrita ele que ser visto, o crente de sabe que é apenas um mordomo, um servo.

O grande desejo do hipócrita é sempre o de aparecer exteriormente, mas o problema é que o lado interno, sua verdadeira natureza, não é revelado. É aí onde eles conseguem enganar muitas pessoas porque o verdadeiro motivo está no coração.

 

Ninguém sabe o que no íntimo do ser humano; somente Cristo, que

conhece a natureza humana (Jo 2.25).

 

O cristão que deseja vencer a hipocrisia tem de ter seu coração preenchido pelo amor de Cristo. Com esse amor real no coração, não há como o cristão praticar uma coisa é interiormente ser de outra forma (Mt 5.48).

 

porque o amor protege nosso coração da hipocrisia? 1Co 13:4-5 na (NVI) diz: 4 - O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. 5 - Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.

 

2-    A justiça pessoal. Por intermédio da “justiça pessoal”, os discípulos de Jesus deveriam viver diferentemente dos fariseus, os quais projetavam, em suas práticas religiosas, mostrar ao público sua “grande” espiritualidade. A justiça deve ser praticada, mas não como uma propaganda para o auto-engrandecimento. Foi nesse particular que Jesus disse: “Guardai- vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus” (Mt 6.1).

 

Jesus alerta acerca do perigo de uma justiça que se autopromove e busca os holofotes do reconhecimento. Porque é perigosa essa ação? Os discípulos de Cristo, que vivem seus ensinos, são conscientes de que nenhum ato de justiça pode ser praticado com a intenção de glorificação pessoal. Tudo o que fizermos deve ser para a glória de Deus (1 Co 10.31; Cl 3.17; 1 Pe 4.11).

Se Deus não a gloria dele a ninguém porque o hipócrita que tomar essa gloria pra ele? Tomemos todo o cuidado, pois a tentação de exibir a justiça pessoal poderá surgir em nossos atos piedosos de oração, jejum e oferta. Deus não requer apenas ação certa, mas, sobretudo, motivação certa, nessas 3 coisas.

3-    As três práticas da ética cristã. O apóstolo Tiago falou que a religião verdadeira tem como marca o serviço ao próximo, que também é um culto a Deus (Tg 1.27).

2- Quais são os três grandes deveres cristãos? Jesus deixa claro que nesse serviço cristão não podem faltar a oferta, a oração e o jejum. Porém, no seu ensino, o propósito desses serviços piedosos não poderia ser deturpado, desvirtuado corrompido, como fizeram os escribas e fariseus.

O Senhor reprendeu a conduta deles com um comentário resumido: “eles já receberam a recompensa (isto é, a única recompensa deles é a reputação que ganham enquanto estão na terra).Interessante observar que as três práticas da ética do serviço cristão envolvem nossos bens (oferta), nosso espírito (oração) e o nosso corpo (jejum), e são direcionadas a Deus, ao próximo e a nós mesmos.

A oração, o jejum e a oferta são atos piedosos que, quando praticados com sinceridade e verdade, têm o reconhecimento do Senhor. Entretanto, deve-se ter muito cuidado, pois, mesmo as coisas mais sagradas podem ser corrompidas pelas motivações egoístas, como ocorria com os escribas e fariseus (Mt.6:2,5,16).

Por outro lado, Jesus nos ensina que a religião sensacionalista e espetacular do dissimulado religioso perverte a piedade, afinal, sua intenção é somente enganar e buscar os aplausos humanos.

É triste admitirmos que existem muitas pessoas que usam o Evangelho para se promover. Apresentam uma conduta piedosa externa, através de orar, jejuar, participar de cultos, e ofertar, mas buscam fama, poder e até riquezas. Não é pecado um cristão ser conhecido e ter bens materiais. O pecado está nas motivações de realizar a obra de Deus visando sua própria glória ao invés da glória de Deus. Tal procedimento jamais é adotado por um seguidor de Jesus, pois sabe que a prática de atos justos é somente com a finalidade de glorificar a Deus.

 

SINOPSE I

Os atos de ofertar, jejuar e orar têm na prática da descrição a boa recomendação de Jesus Cristo

 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

Sua admoestação aqui é contra dar aos pobres pelos motivos errados. A razão que Jesus apresenta para fazer caridade sem ser visto, é que generosidade e ostentosa não resulta em recompensa “do vosso Pai, que está no céus”.

 

Jesus chama ‘hipócritas’ (hypocrites) os que dão pelos motivos errados. Este é um linguajar forte para descrever atividades dos seus inimigos, ainda que anteriormente Ele tivesse advertido contra tais epítetos indiscriminados (Mt 5.22).

Atividades auto ilusórias atraem acentuada crítica de Jesus, e Ele acha necessário chamar atenção das pessoas para o perigo”

 

II    AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE

1-    Qual é a motivação do teu coração? A prática da generosidade para com alguém é bíblica e tempos estava presente na Lei de Deus (Lv 23.10,11; 19.10; Dt 15.711; Jr 22.16; Am 2.6,7; Dn 4.27),

 com o também nos ensinos de Jesus (Lc 6.36,38; Lc 21.1-4 ; Jo 13.29; Gl 6.2).

Jesus não diz “se deres esmola”, mas “quando deres esmola”. Com essas palavras, espera-se que o cristão exerça a misericórdia com os necessitados.

Um coração regenerado prova sua transformação em atos de misericórdia. O verbo hebraico para generosidade é gamai, que significa “resolver completamente, recompensar, repartir, fazer algo para alguém, agir generosamente”. Teologicamente, a generosidade expressa gratidão por algum benefício recebido.

Quem foi alvo da generosidade divina, é instrumento de generosidade ao próximo. O homem não é salvo pelas obras de caridade, mas mostra sua salvação por meio delas. A salvação não é pelas boas obras, mas para as boas obras. A graça é a causa da salvação, a fé é o instrumento, e as boas obras, o resultado.

É preciso, porém, entender que, às vezes, aparentemente uma pessoa pode demonstrar um ato de generosidade com motivos errados, pois a mão pode dar uma oferta, um presente, mas a motivação oculta do coração pode ser outra. A grande questão não é dar esmolas aos pobres, mas saber o que o nosso coração está pensando. O crente deve buscar ser sincero na sua contribuição, fazendo isso na íntima satisfação de sua mente e no Espírito de Cristo, pois Ele sabe a motivação do seu coração quando estende as mãos para dar (Mt 9.4; 12.25; 22.18; Jo 16.19).

2-    O que buscamos quando auxiliamos o próximo? O discípulo de Cristo não busca se promover quando se dispõe a ser generoso para com o próximo, não tem interesse em chamar a atenção de ninguém.

 

 

A prática da misericórdia não pode ser ostentatória, não pode resultar na promoção da pessoa que pratica a generosidade; quem age tocando “trombeta” pelo que faz, para chamar atenção das pessoas, sempre será visto por Jesus como um falso, fingido.

4- Quais são as partes essenciais da religião pura para com Deus? Todavia, a sua beneficência e generosidade são atos piedosos praticados com as partes essenciais da religião pura para com Deus, que é cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg 1.27; Mt 25.36; 1 Tm 5.2), tomando Cristo com o exemplo maior, o qual andou por todas as partes fazendo o bem (At 10.38).

Agir dessa maneira é sinal de que realmente o Evangelho de Cristo tem influência em sua vida. Jesus adverte a respeito de qualquer um que aja em busca de receber os louvores dos outros, ou transforme atos piedosos em atos profanos.

A misericórdia precisa vir de mãos dadas com a discrição com sigilo. O cristão não auxilia o próximo para ser visto nem para ser exaltado pelos homens, e sim para que o necessitado seja suprido e Deus seja glorificado.

Quem age dessa maneira, sempre será visto por Jesus como um hipócrita. Nossa religiosidade nunca deve ser para orgulho pessoal e desprezo dos outros, pois, procedendo dessa maneira, estaremos no mesmo nível que os fariseus. Nosso Senhor deixou claro que nossa justiça deve ultrapassar a deles; caso não seja assim, não teremos parte no seu Reino (Mt 5.20).

3-    A maneira de ofertar segundo Jesus. No ato de ofertar, devemos ter todo o cuidado necessário para não buscar louvores ou não louvarmos a nós mesmos. Quando ofertamos, não devemos “tocar trombetas”. É claro que a referência que Jesus fez a esse toque foi metafórica, que quer dizer tornar público. 3- De acordo com o ensino de Jesus, qual é a nossa forma correta de ofertar? Quanto à forma correta de se ofertar, Jesus disse que isso deve ser feito de duas maneiras: primeiro, sem alarde público; segundo, essa doação deve ser voluntária e discreta.

Todas as ofertas devem ser anônimas? Não necessariamente, pois os cristãos da Igreja primitiva sabiam que Barnabé havia doado o valor recebido da venda de suas terras (At 4.34-37).

 

Quando os membros da igreja colocavam seu dinheiro aos pés dos apóstolos, não o faziam em segredo. É evidente que a diferença está na motivação interior. Quando Ananias e Safira (At 5.1-11), que tentaram usar sua oferta para mostrar aos outros uma espiritualidade que, na verdade, nenhum dos dois possuía.

 

 

SINOPSE II

O Sermão do Monte nos estimula a estar plenamente conscientes a respeito da motivação do coração no ato de ajudar o próximo.

 

 

III    DEUS CONTEMPLA O BEM QUE

 

REALIZAMOS. Todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas (Hb.4:13).

1-    O Deus que tudo vê. 5- Qual atributo divino foi destacado na lição? Um dos atributos divinos é a onisciência. Deus é descrito nas páginas das Sagradas Escrituras como aquEle que tudo vê. Para Ele não existe surpresa nem o desconhecido (Gn 14).

Nada pode escapar da onisciência divina (Gn 16,13; SI 139; Mt 10.30;

E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Hb 4.13; Jo 21.17).

 Seria triste demais para nós servimos a um Deus que não tem o controle das coisas nem sabe o que vai acontecer. Quando recorremos ao Senhor em oração estamos reconhecendo que Ele tem o controle sobre todas as coisas. O que nos dá segurança é que até aquilo que vamos pedir Ele já sabe (Mt 6.8).

Muitas pessoas dizem que não é preciso orar porque Deus sabe de nossas necessidades, que não oramos para que Deus saiba o que precisamos, mas, sim, porque cremos que Deus suprirá as nossas necessidades.

 

2-    O Deus que recompensa. A recompensa de Deus não depende apenas do que a pessoa faz, mas do fato que Deus é bom, quem lembra da parábola dos trabalhadores na vinha? (Mt.20:1-16). O nosso Deus contempla tudo, em especial o bem que fazemos.

 

O escritor da Carta aos Hebreus diz que nosso Deus “não é injusto para se esquecer da nossa obra e do trabalho da caridade que foi mostrado para com o seu nome” (Hb 6.10; Mt 10.42; Jo 13.20).

 

 

 

 

 

Quando servimos a Deus em obediência e fidelidade, haveremos de ser recompensados. “Portanto, não lanceis fora a vossa confiança, que tem uma grande recompensa”. quando os homens aplaudem qualquer ação feita por outros homens, eles não conhecem a causa, o motivo que os impeliu a tal ação, pois veem somente aquilo que lhes foi manifestado exteriormente. A recompensa do homem é limitada pois a sua visão também é limitada.

 

O Senhor, pelo contrário, vê o que está no coração (1 Sm 17), não necessitando de qualquer amostra exterior para chamar a sua atenção (Mt 6.4,6,18).

 

Quando     um crente procura fazer algo apenas para que outras pessoas vejam, está desprezando os ensinos verdadeiros de Cristo, que especificamente afirmou que nada deve ser feito para receber aplausos dos homens. O nosso trabalho tem que ser sincero pois sinceridade Deus se agrada. A demais, ou além disso ainda age como se Deus não estivesse atento a tudo o que ele faz. O servo que conhece o seu senhor, o filho que conhece o seu pai, sabe que ele vê tudo, sabe como agrada-lo.

 

Os verdadeiros servos do Senhor são conscientes de que quem recompensa é Deus, por isso praticam suas obras no anonimato, em secreto, por amor ao Pai e por sempre quererem agradá-lo em tudo. Aquilo que é feito ao próximo em secreto, longe dos holofotes, recebe de Deus, que vê em secreto, a verdadeira recompensa.

 

O salvo em Cristo deve lembrar de que Deus irá recompensar cada um segundo de seu procedimento. Um dia estaremos diante de Deus, precisamos produzir o melhor para a sua glória, além disso, sabemos que nosso trabalho será avaliado no tribunal de Cristo (1Co 3.14).

 

Portanto, é sempre bom fazer o bem (Pv 3.27; Rm 2.7), lembrando de que aquele que sabe fazer o bem e não o faz, está pecando (Tg 4.17).

 

Há muitos que param de servir a Deus quando obstáculos surgem no caminho, Ao invés de reclamarmos das dificuldades, devemos pedir ajuda a Deus para vencê-las, pois em cada prova vencida, mais perto de Deus chegamos e da sua recompensa.

 

SINOPSE III

As palavras dos seguidores de Jesus devem apresentar retidão e honestidade

 

CONCLUSÃO

Por meio de Jesus, ficamos cientes de que Ele deseja que andemos na verdade, sejamos honestos que a nossa justiça ultrapasse a deles (Mt 5.20) em todos os aspectos, sem jamais buscar a exibição.

 

SENDO VERDADEIROS

LEITURA BÍBLICA - Mateus 6.1-4

INTRODUÇÃO

Esta nova seção que se inicia com o capítulo 6, apresenta a piedade de uma vida verdadeiramente regenerada, que não deve ser confundida com religiosidade.

Como destaca o Pastor Osiel Gomes, em seu livro de apoio, “nas ilustrações que foram feitas por Cristo, como a primeira seção de Mateus 5.3-12, Ele falou de como o cristão em essência deveria ser.

Logo em seguida, na segunda seção, é dito do seu papel e caráter perante o mundo (Mt 5.13-16).

Na terceira ilustração feita pelo divino Mestre, é dito como os seus discípulos devem se relacionar com a Lei, sem qualquer pretensão legalista como faziam os escribas e os fariseus, mas tendo uma justiça superior”.

Aqui no capítulo 6, Cristo expande o pensamento de 5.20, mostrando como a justiça dos fariseus era deficiente ao expor a hipocrisia deles nas questões de atos de caridade (vs. 1-4), oração (vs. 5-15) e jejum (vs. 16-18).

Todos esses atos deveriam ser de adoração a Deus, e nunca demonstrações hipócritas para obter a admiração de outros.

I- O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

1. Definição de hipócrita. Segundo o Dicionário Online Priberam da Língua Portuguesa, hi·pó·cri·ta (grego hipokrités, -oú, aquele que responde, ator); adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros;

Que ou quem mostra algo que não corresponde àquilo que pensa ou sente; que ou quem revela hipocrisia. = DISSIMULADO, FALSO, FINGIDO, IMPOSTOR, TARTUFO

 

Essa palavra tinha a sua origem no teatro grego, descrevendo um personagem que usava uma máscara. O termo, conforme usado no Novo Testamento, normalmente descrevia uma pessoa não regenerada que enganava a si mesma, eles já receberam a recompensa.

Sua recompensa é que eles eram vistos pelos homens, e nada mais. Deus não recompensa a hipocrisia, mas a pune (Mt 23.13-23).

2. A justiça pessoal. Nossa vida piedosa não pode dar espaço à glorificação pessoal. Não é por nossos méritos que alcançamos as bênçãos espirituais, estas estão reservadas para os salvos em Cristo, todos que entregam sua vida a Cristo e nele confiam se tornam merecedores das dádivas divinas, logo, nenhum ato de justiça de nossa parte será critério para qualquer coisa no Reino dos Céus.

3. As três práticas da ética cristã. Tiago 1.27 nos apresenta dois adjetivos sinônimos (pura e sem mácula) para definir o tipo mais impecável de fé religiosa — aquele que é medido pelo amor compassivo (Jo 13.35).

Ele emprega a classe mais desfavorecida em seus dias, os órfãos e as viúvas - as crianças que haviam perdido os pais e as mulheres que haviam perdido o marido formavam — e formam — um segmento especialmente necessitado dentro da igreja (1Tm 5.3; Êx 22.22; Dt 14.28-29; Sl 68.5; Jr 7.6-7; 22.16; At 6.1-6).

II- AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE

1. Qual é a motivação do teu coração? “[..] a misericórdia é uma expressão legítima da espiritualidade cristã (6.2). A esmola era um dos quesitos mais importantes da espiritualidade judaica. Robert Mounce diz que dar dinheiro aos pobres era um dos mais sagrados deveres no judaísmo.

O socorro aos necessitados é uma expressão da verdadeira fé. Quem ama a Deus, prova isso amando ao próximo.

Quem foi alvo da misericórdia divina, é instrumento da misericórdia ao próximo. O homem não é salvo pelas obras de caridade, mas evidencia sua salvação por meio delas. A salvação não é pelas boas obras, mas para as boas obras. A graça é a causa da salvação, a fé é o instrumento, e as boas obras, o resultado.

[..] a misericórdia é uma prática esperada do cristão (6.2). Jesus não diz “se deres esmola”, mas “quando deres esmola”. Com isso, afirma que se espera que o cristão dê esmola.

Um coração regenerado prova sua transformação em atos de misericórdia. O cristão tem o coração aberto, o bolso aberto, as mãos abertas e a casa aberta”.

2. O que buscamos quando auxiliamos o próximo?

“[..] a misericórdia não pode ser ostentatória (6.2). A prática da misericórdia não pode ser ostentatória. Não é suficiente fazer a coisa certa: dar esmolas; é preciso também fazer com a motivação certa.

Dar esmolas e depois tocar trombeta, chamando atenção para si, é uma espiritualidade farisaica, e não cristã. [..] a misericórdia ostentatória só tem recompensa dos homens, e não de Deus (6.2).

O hipócrita é a pessoa que desempenha um papel no palco como se outra pessoa fosse. Concordo com Robert Mounce quando ele escreve: “É mais fácil alguém fazer de conta que é reto, do que ser reto de verdade”.

A recompensa do hipócrita, que faz propaganda de seus próprios feitos, é receber o aplauso dos homens e nada mais.

O que Jesus, portanto, está dizendo é que eles já receberam o recibo de quitação plena e rasa de toda a recompensa que tinham de receber”.

3. A maneira de ofertar segundo Jesus. Para o cristão, a misericórdia precisa vir de mãos dadas com a discrição (6.3).

O cristão não dá ao pobre para ser visto nem para ser exaltado pelos homens, mas dá para que o necessitado seja suprido e Deus seja glorificado.

III- DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS

1. O Deus que tudo vê. Teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Ele mesmo o fará, direta- mente. Ele não delegará esta ação a outra pessoa. Se você der em secreto, sua recompensa será pública. Se você der publicamente, não espere aclamação. O aspecto mais maravilhoso da caridade é que é impossível dar mais do que o Senhor.

2. O Deus que recompensa. John Stott faz um esclarecimento importante sobre este ensinamento de Jesus: “Algumas pessoas rebelam-se contra este ensinamento de Jesus.

Elas dizem que não esperam recompensa, seja qual for, de pessoa alguma. Mais do que isto, acham que a promessa que nosso Senhor fez de recompensar é incoerente.

Como pode ele proibir o desejo do louvor dos outros ou de nós mesmos para, depois, incentivar-nos a procurar o de Deus? Naturalmente, dizem, isto só muda a forma da vaidade.

Será que não poderíamos dar simplesmente pela necessidade de dar? Buscar o louvor de quem quer que seja — dos homens, do ego ou de Deus — é prejudicar o ato, acham. A primeira razão por que tais argumentos estão errados relaciona-se com a natureza das recompensas.

Quando as pessoas dizem que a ideia da recompensa lhes é desagradável, sempre suspeito de que o quadro que têm em mente é a concessão de prêmios numa escola, com os troféus de prata cintilando na mesa sobre o estrado e todo o mundo batendo palmas!

O dinheiro não é a recompensa natural do amor; é por isso que dizemos que um homem é mercenário quando se casa com uma mulher por causa do dinheiro dela.

Mas o casamento é a recompensa apropriada para quem realmente ama, e este não é mercenário quando o deseja.” Do mesmo modo, poderíamos dizer que uma taça de prata não é uma recompensa muito apropriada para um escolar que estudou muito, mas uma bolsa para a universidade seria o ideal. C. S. Lewis assim conclui este argumento: “As devidas recompensas não são simplesmente adicionadas à atividade pela qual foram concedidas, mas são a própria atividade em consumação.”

Qual é, então, a “recompensa” que o Pai celeste dá àquele que faz a sua dádiva em secreto? Não é pública nem, necessariamente, futura.

Provavelmente a única recompensa que o verdadeiro amor deseja quando dá ao necessitado é ver o alívio deste. Quando, por meio de suas dádivas, o faminto é alimentado, o nu é vestido, o doente é curado, o oprimido é libertado e o perdido é salvo, o amor que provocou a dádiva fica satisfeito.

Esse amor (que é o próprio amor de Deus expresso através do homem) traz consigo as suas próprias alegrias secretas e não espera outra recompensa.

Resumindo, nossas dádivas cristãs não devem ser feitas nem diante dos homens (na esperança de que comecem a bater palmas), nem diante de nós mesmos (com a nossa mão esquerda aplaudindo a generosidade da nossa mão direita), mas “diante de Deus”, que vê o íntimo de nosso coração e nos recompensa com a descoberta de que, usando as palavras de Jesus, “Mais bem-aventurado é dar que receber”.

 

CONCLUSÃO

Certamente você já viu fotos, postagens em redes sociais, de alguma ação social, distribuição de sestas básicas ou qualquer outra ajuda, numa espécie de exibicionismo altruísta. Nada mais hipócrita do que dar uma cesta básica e posar com a pessoa que está recebendo.

A Igreja e o cristão individualmente, não pode esquecer da obra social, assistencialismo, ajuda ao próximo, principalmente aos da fé, mas jamais expor isso, mesmo que de boa mente, na intenção de divulgar o trabalho social e atrair outros. Devemos nos colocar no lugar daquele que está necessitado, seus sentimentos ao ser ‘usado’ nesse tipo de exposição.

Deus é onisciente, vê em secreto (Mt 6.4,18; Jr 17.10; Hb 4.13);

O texto de ouro da vida cristã é 1º Coríntios 10.31: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”; A liberdade cristã, bem como o comportamento mais comum, é ser conduzido de maneira a honrar a Deus (Ez 36.23), toda o nosso viver visa unicamente a glória daquele que nos remiu, agindo assim, afastaremos de nós o perigo da justiça própria. “Buscamos a justiça quando buscamos o caráter de Cristo e desejamos a santidade mais do que a indulgência carnal. Evitamos a tentação de exercitar a justiça própria quando entendemos que a verdadeira justiça começa com a humildade piedosa (Salmo 25:90).

Lembramos que Jesus disse: “porque sem mim vocês não podem fazer nada” (João 15:5). Quando passamos tempo na presença de Deus, nós nos tornamos mais conscientes dos nossos próprios pecados e falhas. Uma camisa suja parece branca ao lado de uma parede escura.

Mas, quando comparada com a neve, a mesma camisa parece suja. O orgulho e a justiça própria não podem permanecer na presença de um Deus santo.

A busca da justiça começa quando um coração humilde busca a presença contínua de Deus (Tiago 4:10; 1 Pedro 5:6).

O coração humilde e crente leva a um estilo de vida de ação justa aceitável a Deus (Salmo 51:10).”