A
CONSPIRAÇÃO DOS INIMIGOS CONTRA NEEMIAS – Ev. José Costa Junior
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O
assunto desta lição diz respeito aos eventos ocorridos pós exílio. Não penso
que seja demais fazermos uma breve cronologia dos fatos próximos, que antecederam
o assunto em tela, para uma melhor visualização do professor, quanto ao cenário
de que iremos tratar.
QUADRO CRONOLÓGICO DO PÓS EXÍLIO
O objetivo deste estudo é trazer algumas
informações, colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de
ampliar a visão do que trata a lição; A CONSPIRAÇÃO DOS INIMIGOS CONTRA
NEEMIAS. O objetivo não é apenas a construção do fato histórico, mas fazer
algumas reflexões sobre tais fatos, produzindo paralelos devocionais e trazendo
ao professor da EBD elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.
A
FALSIDADE DOS ADVERSÁRIOS
Quando
a tentativa de ridicularizar mostrou-se ineficaz, os adversários da construção
atacaram de outra forma: tentaram conquistar a amizade de Neemias, oferecendo
também o seu apoio à reconstrução. Na verdade, havia um plano para assassinar
Neemias. Os protagonistas da conspiração foram Sambalate e Gesém, que pediram
para o governador encontrá-los em uma planície conhecida pelo nome de Ono
(Kafr' Anã), cerca de dezesseis quilômetros a leste de Jope. Por cinco vezes
eles entraram em contato com Neemias. Na quinta vez o contato foi feito por um
documento oficial, onde Sambalate, o grande adversário de Neemias, acusava o governador de manter em oculto
ambições reais e que, no devido tempo, proclamaria sua independência de
Artaxerxes (Ne 6: 5-7). Na carta, Sambalate deixou transparecer que não
revelaria estas coisas ao rei da Pérsia se, em troca, Neemias se dispusesse a
encontrá-los para algumas negociações.
Neemias imediatamente rejeitou a
proposta, que seria uma maneira de afastá-lo da cidade para ser sumariamente
executado. A resposta sábia de Neemias: “ Faço uma grande obra, de modo que não
poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter
convosco? (Ne 6:3) nos faz refletir sobre o quão necessário é que o povo de
DEUS esteja atento para as ciladas de Satanás, nosso cruel adversário. Devemos
buscar conhecimento, agirmos com sabedoria e suplicarmos de DEUS o
discernimento espiritual para interpretarmos cada situação que se apresenta
diante de nós, no intuito de tomarmos a melhor decisão, tal qual Neemias.
Buscar o conhecimento não é uma tarefa difícil, pois hoje se tem uma gama
enorme de informações disponíveis para consulta, quer em livros publicados,
quer pela internet nos sítios de busca e em outros variados meios. A sabedoria
não é necessariamente o acúmulo de conhecimentos e sim, a aplicação prática dos
mesmos. Como exemplo, pode-se verificar a quantidade de pessoas que tem o pleno
conhecimento dos malefícios do cigarro e, mesmo assim, fumam copiosamente.
Aplicar conhecimentos na vida prática de
sorte que se viva bem, é sinal de sabedoria. Os anos vividos e as experiências
adquiridas com os mesmos são fontes onde se pode sorver conhecimento para
aplicação nas circunstâncias da vida. Por isso a sabedoria dos cabelos brancos,
em muitas vezes, se faz mais adequada do que o conhecimento juvenil. Agora como
resolver se o assunto for de cunho espiritual? Como discernir uma discórdia
entre dois irmãos? Será apenas a manifestação pura e simples de inveja, orgulho
ou soberba de um deles ou uma seta inflamada do inimigo para que haja um dano
coletivo de dimensões não previstas?
Só a graça do SENHOR, habilitando seus
servos com discernimento espiritual, para perceber tais cenários e agir sob a
orientação do ESPÍRITO SANTO, não permitindo que nada venha atrapalhar a obra
do SENHOR.
“Não poderei descer...”Temos visto
autoridades religiosas, porta vozes da moral, homens que afirmam ser seguidores
de JESUS, cair em desgraça perante os olhos de DEUS e dos homens, descendo, a
passos largos, ao “Vale de Ono”. Temos assistido, pelos noticiários, as mais
variadas falcatruas com o dinheiro público e, para nossa tristeza, envolvimento
de pastores evangélicos. Pior que tudo, temos visto o evangelho de JESUS CRISTO
torcido e pervertido por falsos mestres, de modo que se acomode a moralidades
destrutivas e ao comportamento secularizado de nossos tempos. Eu lhe pergunto:
se não fosse um crente, o que você pensaria dos líderes evangélicos hoje?
As sequelas tem sido devastadoras. Mesmo
ministérios íntegros estão agora sendo vistos com desconfiança. Atacar o irmão
ou esmagar a irmã é a moda agora. Todo mundo é um alvo legítimo. Talvez a
dimensão mais triste seja a de todas as vidas inocentes que cercavam aqueles
que caíram e fracassaram tão escandalosamente. Estou pensando em congregações
inteiras que precisam continuar, após descobrirem que seu ministro vivia
enganosamente em imoralidades. E o que dizer do cônjuge e filhos que têm de
apanhar os cacos por causa do descuido egoísta de seu marido e pai? Temos que
ter a plena consciência de que ninguém é imune à tentação. Aqueles que julgam estar em pé precisam
cuidar continuamente para não cair. Temos que despertar a igreja para a
necessidade de restaurar o respeito pelo ministério. Para isso, nós obreiros
temos que primar pela pureza do mesmo. Não negociar com o pecado.
Fazer o que é certo e não o que dá
certo. Algumas denominações estão
negociando com o pecado. Em seus esforços de promoverem a justiça social e
serem socialmente relevantes, têm se prostrado à versão do homossexualismo
idealizada pelo Maligno. Elas têm incentivado uma falsa compaixão que, em nome
do amor, dá sua aprovação “cristã” a todos os tipos de maldade moral, inclusive
a sodomia. Como a igreja de Tiatira, elas levam o servo de DEUS para o mau
caminho, ensinando-os a cometerem imoralidades (Ap 2:20-29).
Muitas das igrejas pro gay são
presididas por pastores descontrolados em seus apetites sexuais. Eles abusam de
sua autoridade usando suas ovelhas para satisfazer a própria sensualidade. Há
igrejas hoje onde prevalece a imoralidade sexual, sobre as quais o julgamento
de DEUS será grave. Em sua santidade, o SENHOR não vai tolerar falsos ensinos e
líderes abusivos que promovem a perversão sexual, inclusive as práticas
homossexuais.
SUBORNO
E FALSA PROFECIA
Um
homem chamado Semaías, filho de Delaías, o quinto a ser alugado por Tobias e
Sambalate, suplicou a Neemias que buscasse refúgio e proteção no templo, a fim
de guardar sua vida contra alguns assassinos que tencionavam matá-lo (Ne
6:10-14). Neemias compreendeu que tal demonstração de covardia repercutiria
negativamente entre o povo e, logo em seguida, baixaria sensivelmente o moral
dos trabalhadores, além desacreditá-lo diante da nação. Por isso, Neemias não
aceitou aquele conselho mortífero e, como homem de DEUS, lançou-se perante a
face do SENHOR, buscando nELE refúgio e proteção.
Ainda
temos hoje, em algumas igrejas, o entendimento equivocado sobre a mensagem
profética. Quanto à autoridade da mesma , sabemos que não é igual a das
Escrituras Sagradas e, por consequência, não pode ser considerada “palavras de
DEUS”. Segundo Bruce Yocum, autor pentecostal, “a profecia pode ser impura –
nossos pensamentos ou ideias podem misturar-se a mensagem que recebemos – quer
recebamos diretamente as palavras, quer recebamos só uma noção de mensagem”.
Devemos dizer que, na prática, muita confusão resulta no costume de prefaciar
profecias com frases veterotestamentárias tipo “…assim diz o SENHOR”, “eis que
vos falo”, “EU SOU o DEUS que falo contigo”, “MEU servo…”, frases jamais
proferidas por nenhum profeta do Novo Testamento.
Isto é desastroso porque dá a impressão de que
as palavras que se seguem são as palavras do próprio DEUS, enquanto o Novo
Testamento não justifica tal posição. DEUS traz a mente algo que deva ser
relatado a igreja e o ESPÍRITO SANTO faz com que ecoe com o máximo de poder no
coração dos que precisam ouvir, sem a necessidade de revestir tais palavras com
a autoridade que elas não tem. Relatar com suas palavras algo que DEUS lhe
trouxe de maneira espontânea à mente não equivale à Palavra de DEUS, em
autoridade. Não obstante a isso, por vezes, identifica-se de “profeta” ou
“profetiza” alguns irmãos/irmãs e, muitas vezes, a congregação atribui tamanha
autoridade que se assemelha a dos profetas do Antigo Testamento.
Acabam se tornando autoridades
correspondentes ou superiores aos próprios pastores da igreja. Logo são
vencidos pela tentação de manipular pessoas e situações, mentindo em nome de
DEUS. Quando se chega a esta situação, compreendemos que houve vários erros
coletivos. Errou o pastor por não instruir a igreja sobre este dom e sua
dimensão, não exercendo a disciplina no momento adequado. Errou a igreja por
alimentar esta áurea mística de “profeta” e errou o irmão que possui o dom por
pecar quando manipula, mente e fala por si mesmo e não como um vaso de DEUS. O
verdadeiro servo que tem o dom de profecia é profundamente fiel a DEUS e
comprometido com a instrução divina.
Ele não é tão somente um profundo
conhecedor dessas instruções, como também é um praticante da fé. Não tem nada a
ver com a promoção pessoal, difusão de ideias particulares e habilidade para se
comunicar. A vocação não depende de habilidades pessoais, mas do dom DIVINO.
A
CONCLUSÃO DA OBRA
Passaram
apenas cinquenta e dois dias e as paredes foram terminadas. O curso e extensão
da área urbana não podem ser determinados hoje, em virtude da inacessibilidade
arqueológica. Porém, o quadro que o livro de Neemias apresenta da cidade de
Jerusalém sugere que era bem menor do que a Jerusalém anterior ao cativeiro.
Somente depois que os macabeus alargaram-na, no segundo século a.C., pode-se
dizer que a cidade chegou às dimensões de seus tempos antigos. Apesar de tudo,
o término da reconstrução das muralhas de Jerusalém frustraram as perversas
intenções dos inimigos de Judá, os quais puderam constatar que a mão de DEUS
estivera em todo aquele negócio (Ne 6:16).
CONCLUSÃO
Concluindo, espero em DEUS ter
contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão fascinante tema
e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes
assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS.
Ev. José Costa Junior