27 de outubro de 2011

A CONSPIRAÇÃO DOS INIMIGOS CONTRA NEEMIAS



A CONSPIRAÇÃO DOS INIMIGOS CONTRA NEEMIAS – Ev. José Costa Junior


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

                O assunto desta lição diz respeito aos eventos ocorridos pós exílio. Não penso que seja demais fazermos uma breve cronologia dos fatos próximos, que antecederam o assunto em tela, para uma melhor visualização do professor, quanto ao cenário de que iremos tratar.

QUADRO CRONOLÓGICO DO PÓS EXÍLIO


 
O objetivo deste estudo é trazer algumas informações, colhidas dentro da literatura evangélica, com a finalidade de ampliar a visão do que trata a lição; A CONSPIRAÇÃO DOS INIMIGOS CONTRA NEEMIAS. O objetivo não é apenas a construção do fato histórico, mas fazer algumas reflexões sobre tais fatos, produzindo paralelos devocionais e trazendo ao professor da EBD elementos e ferramentas que poderão enriquecer sua aula.

            A FALSIDADE DOS ADVERSÁRIOS

            Quando a tentativa de ridicularizar mostrou-se ineficaz, os adversários da construção atacaram de outra forma: tentaram conquistar a amizade de Neemias, oferecendo também o seu apoio à reconstrução. Na verdade, havia um plano para assassinar Neemias. Os protagonistas da conspiração foram Sambalate e Gesém, que pediram para o governador encontrá-los em uma planície conhecida pelo nome de Ono (Kafr' Anã), cerca de dezesseis quilômetros a leste de Jope. Por cinco vezes eles entraram em contato com Neemias. Na quinta vez o contato foi feito por um documento oficial, onde Sambalate, o grande adversário de Neemias,  acusava o governador de manter em oculto ambições reais e que, no devido tempo, proclamaria sua independência de Artaxerxes (Ne 6: 5-7). Na carta, Sambalate deixou transparecer que não revelaria estas coisas ao rei da Pérsia se, em troca, Neemias se dispusesse a encontrá-los para algumas negociações.
           

Neemias imediatamente rejeitou a proposta, que seria uma maneira de afastá-lo da cidade para ser sumariamente executado. A resposta sábia de Neemias: “ Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse, e fosse ter convosco? (Ne 6:3) nos faz refletir sobre o quão necessário é que o povo de DEUS esteja atento para as ciladas de Satanás, nosso cruel adversário. Devemos buscar conhecimento, agirmos com sabedoria e suplicarmos de DEUS o discernimento espiritual para interpretarmos cada situação que se apresenta diante de nós, no intuito de tomarmos a melhor decisão, tal qual Neemias. Buscar o conhecimento não é uma tarefa difícil, pois hoje se tem uma gama enorme de informações disponíveis para consulta, quer em livros publicados, quer pela internet nos sítios de busca e em outros variados meios. A sabedoria não é necessariamente o acúmulo de conhecimentos e sim, a aplicação prática dos mesmos. Como exemplo, pode-se verificar a quantidade de pessoas que tem o pleno conhecimento dos malefícios do cigarro e, mesmo assim, fumam copiosamente.


Aplicar conhecimentos na vida prática de sorte que se viva bem, é sinal de sabedoria. Os anos vividos e as experiências adquiridas com os mesmos são fontes onde se pode sorver conhecimento para aplicação nas circunstâncias da vida. Por isso a sabedoria dos cabelos brancos, em muitas vezes, se faz mais adequada do que o conhecimento juvenil. Agora como resolver se o assunto for de cunho espiritual? Como discernir uma discórdia entre dois irmãos? Será apenas a manifestação pura e simples de inveja, orgulho ou soberba de um deles ou uma seta inflamada do inimigo para que haja um dano coletivo de dimensões não previstas?

Só a graça do SENHOR, habilitando seus servos com discernimento espiritual, para perceber tais cenários e agir sob a orientação do ESPÍRITO SANTO, não permitindo que nada venha atrapalhar a obra do SENHOR.
           

“Não poderei descer...”Temos visto autoridades religiosas, porta vozes da moral, homens que afirmam ser seguidores de JESUS, cair em desgraça perante os olhos de DEUS e dos homens, descendo, a passos largos, ao “Vale de Ono”. Temos assistido, pelos noticiários, as mais variadas falcatruas com o dinheiro público e, para nossa tristeza, envolvimento de pastores evangélicos. Pior que tudo, temos visto o evangelho de JESUS CRISTO torcido e pervertido por falsos mestres, de modo que se acomode a moralidades destrutivas e ao comportamento secularizado de nossos tempos. Eu lhe pergunto: se não fosse um crente, o que você pensaria dos líderes evangélicos hoje?


As sequelas tem sido devastadoras. Mesmo ministérios íntegros estão agora sendo vistos com desconfiança. Atacar o irmão ou esmagar a irmã é a moda agora. Todo mundo é um alvo legítimo. Talvez a dimensão mais triste seja a de todas as vidas inocentes que cercavam aqueles que caíram e fracassaram tão escandalosamente. Estou pensando em congregações inteiras que precisam continuar, após descobrirem que seu ministro vivia enganosamente em imoralidades. E o que dizer do cônjuge e filhos que têm de apanhar os cacos por causa do descuido egoísta de seu marido e pai? Temos que ter a plena consciência de que ninguém é imune à tentação.  Aqueles que julgam estar em pé precisam cuidar continuamente para não cair. Temos que despertar a igreja para a necessidade de restaurar o respeito pelo ministério. Para isso, nós obreiros temos que primar pela pureza do mesmo. Não negociar com o pecado.


Fazer o que é certo e não o que dá certo.  Algumas denominações estão negociando com o pecado. Em seus esforços de promoverem a justiça social e serem socialmente relevantes, têm se prostrado à versão do homossexualismo idealizada pelo Maligno. Elas têm incentivado uma falsa compaixão que, em nome do amor, dá sua aprovação “cristã” a todos os tipos de maldade moral, inclusive a sodomia. Como a igreja de Tiatira, elas levam o servo de DEUS para o mau caminho, ensinando-os a cometerem imoralidades (Ap 2:20-29).

Muitas das igrejas pro gay são presididas por pastores descontrolados em seus apetites sexuais. Eles abusam de sua autoridade usando suas ovelhas para satisfazer a própria sensualidade. Há igrejas hoje onde prevalece a imoralidade sexual, sobre as quais o julgamento de DEUS será grave. Em sua santidade, o SENHOR não vai tolerar falsos ensinos e líderes abusivos que promovem a perversão sexual, inclusive as práticas homossexuais.




            SUBORNO E FALSA PROFECIA


            Um homem chamado Semaías, filho de Delaías, o quinto a ser alugado por Tobias e Sambalate, suplicou a Neemias que buscasse refúgio e proteção no templo, a fim de guardar sua vida contra alguns assassinos que tencionavam matá-lo (Ne 6:10-14). Neemias compreendeu que tal demonstração de covardia repercutiria negativamente entre o povo e, logo em seguida, baixaria sensivelmente o moral dos trabalhadores, além desacreditá-lo diante da nação. Por isso, Neemias não aceitou aquele conselho mortífero e, como homem de DEUS, lançou-se perante a face do SENHOR, buscando nELE refúgio e proteção.


            Ainda temos hoje, em algumas igrejas, o entendimento equivocado sobre a mensagem profética. Quanto à autoridade da mesma , sabemos que não é igual a das Escrituras Sagradas e, por consequência, não pode ser considerada “palavras de DEUS”. Segundo Bruce Yocum, autor pentecostal, “a profecia pode ser impura – nossos pensamentos ou ideias podem misturar-se a mensagem que recebemos – quer recebamos diretamente as palavras, quer recebamos só uma noção de mensagem”. Devemos dizer que, na prática, muita confusão resulta no costume de prefaciar profecias com frases veterotestamentárias tipo “…assim diz o SENHOR”, “eis que vos falo”, “EU SOU o DEUS que falo contigo”, “MEU servo…”, frases jamais proferidas por nenhum profeta do Novo Testamento.


 Isto é desastroso porque dá a impressão de que as palavras que se seguem são as palavras do próprio DEUS, enquanto o Novo Testamento não justifica tal posição. DEUS traz a mente algo que deva ser relatado a igreja e o ESPÍRITO SANTO faz com que ecoe com o máximo de poder no coração dos que precisam ouvir, sem a necessidade de revestir tais palavras com a autoridade que elas não tem. Relatar com suas palavras algo que DEUS lhe trouxe de maneira espontânea à mente não equivale à Palavra de DEUS, em autoridade. Não obstante a isso, por vezes, identifica-se de “profeta” ou “profetiza” alguns irmãos/irmãs e, muitas vezes, a congregação atribui tamanha autoridade que se assemelha a dos profetas do Antigo Testamento.



Acabam se tornando autoridades correspondentes ou superiores aos próprios pastores da igreja. Logo são vencidos pela tentação de manipular pessoas e situações, mentindo em nome de DEUS. Quando se chega a esta situação, compreendemos que houve vários erros coletivos. Errou o pastor por não instruir a igreja sobre este dom e sua dimensão, não exercendo a disciplina no momento adequado. Errou a igreja por alimentar esta áurea mística de “profeta” e errou o irmão que possui o dom por pecar quando manipula, mente e fala por si mesmo e não como um vaso de DEUS. O verdadeiro servo que tem o dom de profecia é profundamente fiel a DEUS e comprometido com a instrução divina.
Ele não é tão somente um profundo conhecedor dessas instruções, como também é um praticante da fé. Não tem nada a ver com a promoção pessoal, difusão de ideias particulares e habilidade para se comunicar. A vocação não depende de habilidades pessoais, mas do dom DIVINO.


            A CONCLUSÃO DA OBRA


            Passaram apenas cinquenta e dois dias e as paredes foram terminadas. O curso e extensão da área urbana não podem ser determinados hoje, em virtude da inacessibilidade arqueológica. Porém, o quadro que o livro de Neemias apresenta da cidade de Jerusalém sugere que era bem menor do que a Jerusalém anterior ao cativeiro. Somente depois que os macabeus alargaram-na, no segundo século a.C., pode-se dizer que a cidade chegou às dimensões de seus tempos antigos. Apesar de tudo, o término da reconstrução das muralhas de Jerusalém frustraram as perversas intenções dos inimigos de Judá, os quais puderam constatar que a mão de DEUS estivera em todo aquele negócio (Ne 6:16).


CONCLUSÃO


Concluindo, espero em DEUS ter contribuído para despertar o seu desejo de aprofundar-se em tão fascinante tema e ter lhe proporcionado oportunidade de agregar algum conhecimento sobre estes assuntos. Conseguindo, que a honra e glória seja dada ao SENHOR JESUS. 

Ev. José Costa Junior