UM TIPO DO
FUTURO ANTICRISTO
TEXTO ÁUREO = “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não, será assim
sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” (2 Ts 2.3).
VERDADE PRÁTAICA = As conquistas ditatórias e as atrocidades
de Antioco Epifânio dão uma noção do que será o futuro Anticristo na Grande Tribulação
LEITURA
BIBLICA = Daniel 11: 1-3,21-23, 31,36
INTRODUÇÃO
Essa seção de Daniel tem sido objeto de disputa desde os dias de
Porfírio. A descrição detalhada dos eventos que ocorreram nos anos seguintes
após a morte de Alexandre, o Grande, tem levado os críticos a especular uma
data bem posterior para todo o livro de Daniel, mais precisamente na época dos
reis selêucidas (312-64 a.C.), particularmente nos dias de Antíoco Epifânio.
O CONFLITO GRECO-PÉRSICO = 11:
1-4
11: 1-2 - O anjo do capítulo 10
aqui é identificado com a Média. Três reis
ainda ficariam na Pérsia, mas o quarto que se seguiria enfrentará a Grécia. A
ordem dos reis persas a partir de Ciro foi: Cambises, Smerdis, Dario Histaspes
(Dario, o Grande), e O Xerxes (chamado Assuero no livro de Ester), que era
forte e rico e provocou distúrbio contra a Grécia.
As lutas entre a Pérsia e a
Grécia (11.2-4). A sucessão de reis brevemente
descritas nessa seção da mensagem vai desde o reinado de Ciro, passando pelo
ápice e queda do império persa, até Alexandre e o desmoronamento do seu reino.
Embora doze reis persas tivessem reinado (incluindo um impostor,
Pseudo-Smirdes), três foram escolhidos, antes que se levantasse um quarto rei
de grande prosperidade. Esse rei geralmente é identificado como Xerxes I
(Assuero, Et 1.1), o marido de Ester e um dos monarcas persas mais prósperos.
Foi ele que instigou todos contra o reino da Grécia (2).
11:3-4 - Um poderoso rei da
Grécia enfrentaria a Pérsia ( d. 8:5-21).
Este foi Alexandre, o Grande, mas seu reino mais tarde seria partido em quatro
(cf. 8:22-25). A exatidão profética é admirável. Depois da morte de Alexandre,
sua esposa e seu filho foram mortos, assim sua posteridade não recebeu nenhum
império. O reino foi repartido em quatro divisões: O Seleuco fundou o Império
Selêucida; Cassandro tomou a Macedônia; Lisimaco tomou a Trácia; e O Ptolomeu I
governou o Egito.
A identificação de Alexandre, o rei valente (3), que se levanta
e reina com grande domínio, é bastante clara. Daniel anteviu que seu reino será
quebrado e será repartido para os quatro ventos do céu (4) e ele não deixará
posteridade para seguii10. Os quatro generais de Alexandre dividiram o reino e
propagaram a helenização nas terras que governavam a ponto de a cultura grega
prevalecer por toda parte.
O CONFLITO SIRIO-EGÍPCIO = 11 :5-19
11:5 - O Sul é o Egito (veja
8), e seu rei, Ptolomeu I, era um chefe forte, mas um outro
príncipe de Alexandre era ainda mais forte. Este parece ser Seleuco I Nicator,
rei do Norte (Síria). Judá se tornou uma espécie de bola jogada para a frente e
para trás entre estas duas potências dominantes.
11: 6-8 - A filha do rei do Sul (Berenice) foi dada em casamento
ao filho do rei no Norte (Antíoco I) num esforço para formar uma aliança entre
estas duas potências. Mas não deu certo porque a esposa que Antíoco afastou
(Laodice) acumpliciou-se para matar Berenice. Contudo, um irmão dela
("renovo da linhagem dela"), Ptolomeu m, veio e batalhou com sucesso
contra o Norte e levou cativos na volta para o Egito.
11: 9-11 - O rei do Norte ataca o rei do Sul, sem sucesso; por
isso ele voltou para casa. Seus filhos, estimulados com isto, invadem o Egito
com um grande exército. Contudo eles também foram batidos e, de fato, muitos
são levados cativos.
11: 12-13 - O rei do Egito orgulha-se de si devido ao seu grande
sucesso, mas seu tempo de jactância dura pouco, pois o rei do Norte retoma com
um exército maior, melhor equipado.
11: 14-16 - Parecia a certos judeus ("dados à violência
dentre o teu povo") que o Egito estava para cair, por isso eles se
revoltaram e se juntaram em esforço para derrubar o Egito. Mas não conseguiram,
pois quando o rei da Síria derrubou o Egito, ele também veio contra a
"terra gloriosa" (palestina), e ninguém foi capaz de resistir-lhe.
11: 17 - O rei do Norte (Antíoco, o Grande) tentou
estabelecer-se dando sua filha em casamento num esforço para manter uma aliança
com o Egito; porém ela se volta contra ele, sendo leal ao seu esposo antes que
a seu pai.
11: 18-19 - Ele então volta sua atenção para as ilhas do
Mediterrâneo e consegue capturar muitas, mas logo seus avanços são impedidos e
ele tropeça e cai.
A ASCENSÃO DE ANTÍOCO EPIFÂNIO
=11 :20-35.
11: 20-21 - O "homem vil" que obtém o reino por
manobra política ("intrigas") é Antíoco Epifânio, que governou a
Síria de 175 a 164 a.C. Este é o mesmo chamado "chifre menor" em
Daniel 8:9-12.
11: 22 - Com grande força ele consegue derrubar o príncipe da
aliança, provavelmente se referindo ao sumo sacerdote. Nos anos de 169 - 167
a.C., Antíoco tomou a cidade de Jerusalém e saqueou o templo.
11: 23-24 - Submetendo pequenos grupos, um de cada vez, Antíoco
se tornou progressivamente mais forte. Ele entrou numa rica cidade egípcia
atrás da outra por trapaça (enganosamente), quando o povo realmente pensava que
ele estava trazendo paz e segurança. Assim ele foi capaz de fazer o que seu pai
não tinha feito - conquistar o Egito.
11: 25-26 - O rei do Egito sobe à batalha contra ele com um
exército poderoso, mas não resiste. Até mesmo seus amigos ("os que comerem
os seus manjares") ajudaram na sua derrota, dando mau conselho militar.
11: 27 - Os dois reis sentam-se a uma mesa de paz, mas dizem
mentiras um ao outro. Contudo, seus reinados durariam de acordo com o
cronograma divino, "porque o fim virá no tempo determinado". Deus tem
suas mãos nos controles!
11: 28-29 - Epifânio retomou à Síria levando grande espólio de
guerra. Seu coração, contudo, estava contra a aliança santa, que se refere a
Israel e sua adoração a Deus.
11: 30-31 - Os navios de Quitim (os romanos) também estavam no
Egito. A história diz que os romanos traçaram um círculo na areia e ordenaram a
Antíoco que não saísse dele enquanto não retomasse ao lugar donde tinha vindo.
Em angústia e amargura, ele retomou e descarregou sua ira em Israel.
Nos anos 169 - 167 a.C. Antíoco tomou a cidade de Jerusalém,
pilhou o templo, e ordenou que os judeus adorassem o ídolo grego que ele
colocou no templo. Ele acabou com os sacrifícios diários e poluiu o altar
oferecendo carne suína sobre ele. Proibiu a circuncisão, a observância do
sábado, e a posse de cópias da lei.
11:32 - Alguns poderiam ser enganados para cometer um erro, mas
os fortes não cediam a Antíoco e resistiriam a ele. Talvez isto se refira aos
macabeus.
11: 33-35 - Grande perseguição contra o povo de Deus separa o
restolho do bom. Os fortes se mantiveram com a verdade, mas muitos foram
mortos. Isto foi cumprido com os macabeus que começaram em 168 a.C. coma
revolta de Matatias, o velho sacerdote, que foi seguido por seus cinco filhos.
OS ROMANOS = 11 :36-45.
11: 36 - Quem é este rei? Há várias interpretações: Alguns tomam
a posição que Antíoco Epifânio ainda está em consideração; O comentarista Young
vê este como o Anticristo; Ainda outros dizem que são os romanos. Em vista do
contexto a seguir, os romanos parecem ajustar-se melhor. Algumas das razões
são:
11:30 - Os navios de Quitim (Roma) já foram apresentados como
vindo contra Antíoco Epifânio.
11:36 - Exalta-se e engrandece-se acima de todos os deuses e
blasfema contra o Deus dos deuses. Isto certamente se ajusta aos imperadores
romanos que forçaram a adoração deles mesmos como deuses e perseguiram os
cristãos (Apocalipse 13:5-7).
11 :36 - Prosperará até que a indignação seja completada, ou
seja, "a destruição do poder do povo santo" (Daniel 12:7; Apocalipse
12:14).
Conquistado o Egito; a Líbia e a Etiópia se tornam suas cativas.
Isto não se ajusta a Epifânio, que ficou falido, mas descreve os romanos que
ficaram ricos com muitos despojos.
Todos estes fatos apontam para Roma e está certamente de acordo
com o livro de Daniel que, consistentemente, incluía quatro impérios dentro de
seu escopo de profecia (Daniel 2; 7).
O rei obstinado - o Anticristo
(11.36-45). Jerônimo deu uma dupla
interpretação a essa parte (11.21-45): a primeira, em referência a Antíoco
Epifânio, e a segunda, ao Anticristo.18 Mas muitos comentaristas conservadores,
incluindo Youngl9 e Seiss,20 entendem que os versículos 21-35 se referem de
maneira apropriada a Antíoco e secundariamente ao Anticristo, e os versículos
36-45 devem referir-se a alguém maior, mais profano e ímpio do que Antíoco.
E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se
engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas
incríveis e será próspero (36). Aqui a figura clara de Antíoco começa a
desvanecer no meio da escuridão e um aspecto disforme do Anticristo começa a
tomar forma nas sombras do pano de fundo.
Lembramo-nos das advertências de Paulo acerca do "homem do
pecado" (2 Ts 2.3-4) e da visão de João acerca da "besta" (Ap
13.5-8). Vemos claramente refletido o "pequeno chifre" dos capítulos
7 e 8 de Daniel. Uma diferença interessante aparece quando comparamos os dois
pequenos chifres com esse rei furioso do capítulo 11. Enquanto o pequeno chifre
do capítulo 8 e o rei furioso do capítulo 11 estão relacionados ao terceiro
reino da profecia de Daniel, a Grécia, o pequeno chifre do capítulo 7, surge do
quarto reino, Roma. Talvez isso nos deve lembrar que o Anticristo vai procurar
tomar para si toda a glória e poder do empreendimento humano e combinar a
cultura da Grécia e a glória de Roma. Não nos deveria surpreender que o caráter
culminante do mal buscará usurpar para si toda a bondade humana bem como a
adoração divina.
11: 37-39 - Os dominadores romanos eram devotados ao "deus
das fortalezas". O poder era o seu deus. Eles adorariam e serviriam
qualquer deus contanto que isso significasse que eles conquistariam.
11: 40-41 - Ele derrotartanto o Norte como o Sul. Ele entra,
também, na "terra gloriosa."
11: 42-43 - Conquistando o Egito, ele obteve muitos despojos e
os líbios e os etíopes se tornaram seus cativos. Isto só poderia se ajustar aos
romanos.
11: 44-45 - Notícias do Oriente (partas) e do Norte (germanos)
sempre perturbaram Roma, e nunca foram realmente submetidos por Roma. Ainda que
Roma plantasse seus próprios tabernáculos na Palestina (a terra entre o mar
Mediterrâneo e o monte santo, monte Sião), o fim deste reino mundial foi também
determinado por Deus.
Mas virá o seu fim (45). O poder e a fúria impressionantes do
Anticristo estão destinados a um fim rápido. "Um tempo, e tempos, e metade
de tempos" (7.25), a metade da semana (9.27), "um tempo, de tempos e
metade de um tempo" (12.7) correspondem com Apocalipse 12.14 no sentido de
que os dias do Anticristo estão contados pelo Todo poderoso. Paulo declara que
"o Senhor desfará pelo assopro de sua boca e aniquilará pelo esplendor da
sua vinda" esse "ímpio" (2 Ts 2.8). Então, embora arme as tendas
do seu palácio entre o mar grande e o monte santo, ele verá o seu fim no
"ardente lago de fogo e de enxofre" (Ap 19.20).
Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
www.estudosdabiblia.net
Comentário Bíblico Beacon Daniel
UM TIPO FUTURO DO ANTICRISTO
Dn 11.1-45
Neste
capitulo trataremos de um personagem que se destaca dentro da profecia de
Daniel e envolve fatos que já aconteceram e se cumpriram historicamente, O
cumprimento dessas profecias fortalece a confiança e a credibilidade das visões
e revelações de Daniel. Porém, o personagem que aparece é um dos últimos reis
do Império Grego, chamado Antioco Epifânio IV, da família dos ptolomeus, o qual
será destacado pela crueldade e pelo desprezo às coisas sagradas. Ele aparece
mais no final do capítulo 11.
O capítulo
11 traz urna profecia que abrange os dois últimos Impérios, o Medo-persa e o
Grego. O seu cumprimento se inicia, literalmente, a partir do final dos dias da
vida de Daniel sob o reinado de Dano, o medo. Neste capítulo Deus revela a
Daniel eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja,
aquele período entre o Antigo e o Novo Testamentos. Porém, a revelação maior
dessa profecia diz respeito ao personagem histórico Antíoco Epifânio. Esse
personagem refere-se a um futuro rei com as mesmas caraterísticas que
aparecerá, escatologicamente, no futuro, como o Anticristo revelado no Novo
Testamento. As profecias do capítulo 11 se cumpriram e ocorreram entre os
reinados de Dano, o medo (539 a.C.) e Antíoco Epifânio (175-163 a.C.).
Porém, a
parte do texto dos versículos 36-45 diz respeito a Israel em tempos ainda não
cumpridos e que estão relacionados intima- mente com os capítulos 12 de Daniel
e 13 de Apocalipse.
I- PREDIÇÕES
PROFÉTICAS CUMPRIDAS COM EXATIDÃO (11.1 -20)
A exatidão do cumprimento das profecias (11.1)
“Eu, porém, no primeiro ano de Dano, o medo” (11.1). A
importância dessa profecia é constatar a fidelidade e exatidão do cumprimento
das profecias especialmente no período inter-bíblico, O primeiro ano do reinado
de Dano foi em 539 a.C., conforme se pode constatar nos textos de Dn 6.1 e
9.1.0 anjo de 11.1 é mesmo anjo de 10.20,21 que veio a Daniel, não apenas para
confortá-lo, mas continuar a revelar o futuro de dois Impérios: o medo-persa
(com todos os seus reis) e o grego (11.2-4).
A revelação sobre o fim do Império Medo-persa (11 .2). Aparece no
versículo 1 o rei “Dano, o medo” que é o mesmo de Dn 5.31. No capítulo 9.1, ele
é chamado “Dano, filho de Assuero”. A história bíblica diz que Ciro constituiu
a Dano como rei enquanto ele estava no campo de batalha na conquista de outras
terras e nações. Porém, o versículo 2 fala de três reis e destaca um quarto. Os
três primeiros reis persas em seqüência normal são, segundo Scofield, em seu
comentário: Ciro II (550-530 a.C.), Cambises II (529-522 a.C.) e Dano I Histapes
(521-486 a.C.). O quarto rei é Xerxes (486-465 a.C). Existe pouca informação
acerca desses reis, sobre os quais Daniel citou que reinariam em sequência, não
por muito tempo.
Porém, os
dados proféticos são precisos e confirmados pela própria história. As evidências
históricas do cumprimento da profecia são tão reais, que os críticos da Bíblia
sugerem que a profecia foi escrita, pelo menos 400 anos depois de Daniel,
depois que tudo tinha acontecido. Entretanto, a revelação futura dada a Daniel
encontra respaldo histórico e credibilidade porque Deus cumpre sua palavra.
Além dos fatos cumpridos, a profecia aponta para o futuro, com o aparecimento
do Anticristo, um tipo de Antíoco Epifámo.
A revelação profética sobre o Império Grego (11.3).
Xerxes I,
sucessor de Dano, o persa, foi o quarto e último rei do Império Medo-persa. Foi
um rei que juntou muita riqueza, mas ao enfrentar a Grécia, conquistou a cidade
de Atenas e isto irritou aos gregos. Despontava naquele tempo a liderança de
Alexandre, o Grande, que reuniu todas as forças bélicas e humanas dos seus
exércitos e derrotou a Xerxes, da Pérsia, vingando a nação grega. Portanto, em
331 a.C., Alexandre, o grande, “o rei valente” se levantou e suplantou o último
rei dos medos-persas com grande força e domínio sem qualquer resquício de
misericórdia (v. 3). Era jovem e cheio de energia, inteligente e perspicaz,
porque foi capaz de persuadir com carisma seus subordinados para que se unissem
a ele a fim de conquistar o mundo de então.
Com força
pujante e implacável, Alexandre foi aumentando seu domínio geográfico e
cultural conquistando outras nações. Ele procurou agregar os povos conquistados
e tornar o seu domínio num “império unido”. Ele promoveu a miscigenação das
nações conquistadas, para ter o domínio sobre todos. Ele formou um exército
coeso e forte recrutando homens de todas as nações conquistadas. Em pouco
tempo, para o contexto da época, suas conquistas ultrapassaram todos os índices
de tempo para dominar e fazer o que lhe aprouvesse. Cumpria-se, de fato, a
soberania de Deus dirigindo a história e fazendo valer a sua soberana vontade.
Era a sua vontade exercida nos destinos das nações e, acima de tudo,
especialmente para Israel.
A divisão do Império Grego por quatro generais (11.4-20)
“estando ele
em pé, o seu reino será quebrado” (11.4). Muito cedo, aos 33 anos de idade,
Alexandre morreu na Babilônia. Ele era “chifre ilustre” ou “a ponta grande” do
bode peludo do capítulo 8.8, que representava a Grécia.
Esse chifre
foi quebrado (8.8) que representa o rei grego, cujo reino foi quebrado em 11.4.
Sem seu líder principal, Alexandre, o Magno, o seu reino perdeu a força da
unidade imperial e foi dividido por seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco,
Seleuco e Ptolomeu. Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de
Deus no destino das nações, não temos o que duvidar. Fazendo uma relação
comparativa das visões dos capítulos 7 ,8 e 11, temos no texto de Dn 7.6 a
figura das quatro cabeças do leopardo alado, e depois, no texto de Dn 8.8
ternos a visão do bode peludo com quatro chifres notáveis.
As figuras
são diferentes, mas as representações dessas figuras são as mesmas, porque
falam do Império Grego e sua divisão, depois da morte de Alexandre, pelos
quatro generais. São eles: Cassandro que reinou na Macedônia; Lisímaco que
reinou sobre a Trácia e a Ásia Menor; Ptolomeu que reinou no Egito e, por
último, Seleuco que reinou sobre a Síria e o restante do Oriente Médio. Essa
divisão de remos aguçou a vaidade e a presunção desses generais que se fizeram
reis e tramas de traição e morte envolveram esses remos.
(11.5-20)
Nos versículos 5 a 20 temos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis,
especialmente, entre Egito e Síria, entre os remos do norte e do sul .Suplantou
o rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175 e 164 a.C.) o qual se tornou um
tipo perfeito do Anticristo. Porém, dois desses reis da divisão do império se
destacam: o rei do Sul e o rei do Norte. Da divisão do império, o rei do Sul é
Ptolomeu. Com, ele se iniciou a dinastia dos Ptolomeus.
O texto diz
que ele (o rei do sul -Egito) seria mais forte que o outro rei (o rei do norte
- Síria). O sul era representado pelo Egito e o norte pela Síria. Detalhes
históricos envolvendo esses dois remos culminam com conflitos entre ambos e com
a superação do reino do sul (Síria).
Nos
versículos 5 a 20 ternos uma sucessão de guerras entre esses quatro reis,
especialmente, entre Egito e Síria, entre os remos do norte e do sul. Esse
conflito entre os reis do norte e do sul (Egito e Síria), revelou ao final um
personagem por nome Antíoco Epifânio, quando no ano 198 a.C., Jerusalém e
Judéia passaram a ser província da Síria.
No versículo
15, o rei cio norte, Antíoco III, o Grande, se impõe sobre a Judéia e Egito e
se apodera fortemente da Palestina (11.16). Esse rei, por causa da dívida com
Roma, a fim de pagá-la, estabeleceu impostos financeiros pesados, tirando-os
dos tesouros da Casa de Deus em Jerusalém. O filho de Antíoco III foi Antíoco
IV, conhecido como Antíoco Epifânio
II - O
RETRATO DO CARÁTER MAU DE ANTÍOCO EPIFÂNIO
(11.21-35)
Antíoco Epifânio, o glorioso
A presunção
desse rei o fez adotar um novo nome e ele chamava a si mesmo “Teos Epifanes”
,isto é, “deus revelado”. Ele ascendeu ao trono da Síria em 175 a.C., e mesmo sendo
rejeitado por muitos, fez questão de impor seu domínio pela crueldade. Sua
ascensão foi ilegal, porque, para abrir caminho para o trono da Síria, ele o
fez pelo modo mais ignominioso e detestável. Suas caraterísticas
diabólicas o
tornaram o tipo mais próximo do futuro Anticristo.
“Depois, se levantará em seu lugar um homem vil” (11.21). Os quatro
generais que se tornaram reis depois da morte de Alexandre, não se contentaram
com suas regiões geográficas porque suas ambições os fizeram tramar intrigas entre
si, matando e assassinando opositores para ostentarem mais riquezas do que já
tinham. Queriam mais e mais e começaram a buscar mais terras e partiram para a
luta entre si. Seleuco IV, da Síria, ocupava o trono da Síria em Antioquia e
reinou de 187 a 175 a.C., morreu envenenado e seu filho deveria assumir o
trono, mas seu tio Antioco Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e
detestável possível. Antíoco Epifânio assumiu o trono sírio e mudou seu título
de Antíoco IV para Antioco Epifânio, isto é, o glorioso.
Antíoco Epifânio foi um rei perverso
“mas ele
virá caladamente e tomará o reino com engano” (11.21). Ele chegou ao poder em
175 a.C. e tinha apenas 40 anos de idade. Segundo a história, reinou apenas
onze anos, e morreu em 164 a.C. Porém, em seus poucos anos de reinado usou de
todos os artifícios de mentira, engano, astúcia, lisonjas e crueldade como
ninguém o fizera.
Para se
manter no poder Antioco Epifânio não tinha qualquer escrúpulo. Sua ascensão ao
trono da Síria foi através de intrigas e engano (11.21) e tinha sede de
conquista derramando o sangue dos seus adversários em muitas guerras.
Enriqueceu com os despojos das guerras, quando lutou contra o Egito ( 11 .2528),
O versículo
21 o chama de “homem vil”, porque fingindo amizade e aliança, entrou n o Egito
e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.
Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém
(11.25-28)
Antíoco Epiranio, depois de ter entrado no Egito e ter tomado posse do reino de
Ptolomeu VI (vv. 25,26), resolveu investir contra a Terra Santa, especialmente,
Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme contra Israel. Por isso, partiu para a
profanação do templo dos judeus e fez cessar os sacrificios diários (11.30,31).
Houve resistência da parte de judeus fiéis que não cederam aos abusos de poder
e de arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o sacrificio de porcos sobre o
altar sagrado dos judeus para profanar o Santuário.
Antíoco Epifânio era cruel
(11.31-35)
Ao invadir Jerusalém, Antíoco Epiflhnio não teve escrúpulo algum para
desrespeitar valores morais, éticos e higiênicos tão importantes na sociedade
de Israel. Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observação do
sábado, e outras práticas dietéticas do povo de Israel. O versículo 31 fala da
“abominação desoladora”, quando construiu um altar a Zeus, deus pagão, sobre o
altar dos holocaustos no templo.
III -
ANTÍOCO EPIFÂNIO, ARQUÉTIPO DO ANTICRISTO
0 “homem vil” que chega ao poder
“E esse rei fará conforme a sua vontade”(11.36). Até o
versículo 35 a história se cumpriu perfeitamente. A partir do versículo 36, os
fatos acontecem de modo especial e fala de um rei que agirá segundo a sua
própria vontade. Trata-se de um homem que chega ao poder, prospera, cresce em
poder e, então, investe contra o Deus de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco
Epifânio, assume o papel de divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo
Testamento nas palavras de Paulo, quando diz que “se opõe contra tudo que se
chama Deus ou é objeto de culto”( 2 Ts 2.4).
Esse “homem vil” prefigura o futuro líder mundial no “tempo do
Fim”
“E no fim do
tempo” (11.40). Na verdade, os versículos 40 a 45 retratam as lutas finais de
Antíoco Epifânio com o Egito, o rei do Sul, seu rival maior naquele tempo.
Porém, a descrição desses conflitos prenunciam os atos futuros do Anticristo.
No versículo 45 está descrito o fim de Antíoco Epifãnio. Ninguém ostenta uma
glória que só pertence ao Deus Todo-Poderoso. Nos versículos 36-45 está
descrito que ele fará conforme sua própria vontade. Quando o versículo 40 fala
do “fim do tempo” estava apontando, não só para o fim do personagem histórico
Antíoco Epifânio, mas estava apontando para um tempo especial que a Bíblia
descreve como sendo a Grande Tribulação, identificada como a 70 Semana do
capítulo 9.27.
(11.41) Segundo o texto, os reis do norte e do sul (Egito e Síria) se
unirão numa coligação de nações na “terra gloriosa”( 11.41) para a grande
batalha do Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na A Segunda Vinda de
Cristo (Ap 19.11-20).
(11.41-43) Escatologicamente, esses versículos falam da extensão do reino do
Anticristo. Ele entrará na “terra gloriosa” que é Jerusalém e promoverá grande
perseguição aos judeus existentes. Os povos que rodeiam como Edom, Moabe e
Amon, identificados hoje, como a Jordânia e pequenas nações próximas estarão
sob o seu domínio. Porém, os povos do Oriente, como a China e rumores vindos do
Norte, a Rússia, mobilizarão seus exércitos e poderes bélicos para combater o
Anticristo na “terra santa”.
(11 . 44,45) A destruição do Anticristo. Esses
versículos indicam que a força de governo do Anticristo será arrojada por terra
e suplantada pela vinda gloriosa de Jesus Cristo, o glorioso Messias, desejado
e sonhado dia e noite pelos judeus (Zc 14.1,2). Depois de sete anos da Grande
Tribulação, no seu final, o Senhor matará com o sopro da sua boca e com o
esplendor da sua vinda (2 Ts 2.7,8).
“mas o seu fim virá” (11.44,45). Subtende-se que a expressão
“entre o mar Grande e o monte santo” refere-se ao Mar Mediterrâneo (“o mar
grande”, e “o monte santo e glorioso” não é outro que não o lugar do Templo de
Deus em Jerusalém. O Anticristo armará suas tendas militares em Jerusalém , nas
cercanias do vale do Armagedon (Ap 16.16; Zc 14), mas será neste vale que ele
será derrotado pelo Messias glorioso. O falso Profeta e ele serão lançados no
lago de fogo para sempre, e o Senhor instalará seu reino de mil anos (Ap
19.11-21).
CONCLUSÃO
A Bíblia
declara que o “último dia” não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e
seja manifestado “o homem da iniquidade, o filho da perdição” que é o
Anticristo (2 Ts 2.3).
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados –
MS
Livro
Integridade Moral e Espiritual = CPAD = Elienai Cabral