27 de setembro de 2012

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES
TEXTO ÁUREO = “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.12,13).
VERDADE PRÁTICA = As tribulações levam-nos a amadurecer em Cristo, capacitando-nos a desfrutar de uma vida espiritual plena.
LEITURA BIBLICA = FILIPENSES 4: 10-13
INTRODUÇÃO
“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”. (1º Pedro 4. 12-14).
Muitos se dizem discípulos de Jesus, e até alguns pregadores usam as palavras de Paulo em Colossenses 1.24, quando diz: “... cumpro o resto das aflições de Cristo...”. Creio no que a Bíblia diz que somos participantes de tais aflições (2º Co 1.5-7; 2º Tm 2.3, 4.5; Hb 10.32; 1º Pe 4.13, 5.9), mas muitos usam isto mais como uma lamentação, uma lamúria, demonstrando-se mais vítimas, do quê verdadeiros soldados do exército de Cristo, e assim não vão muito longe em seus ministérios, desistindo no “meio do caminho”.
 O fato é que nem todas as aflições que passamos é por causa do nome de Jesus Cristo, mas sim, diversas vezes por causa de nossa própria escolha, nossas desobediências à Palavra do Senhor, nossa falta de vigilância, falta de prudência e paciência, etc...Por outro lado, em 1º João 2.6, nos é dito: “Aquele que diz que está Nele também deve andar como Ele andou”...Se Jesus Cristo foi perseguido e afligido, quanto mais nós, que não somos nem um pouco melhores do que ELE: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa (João 15.20)”..
Mas o melhor de tudo isso é que um dia, todas estas aflições terão um fim. O próprio apóstolo Paulo, afligido muitas vezes pelos falsos irmãos em Corinto, disse assim: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente. (2º Co 4.17)”. Pois ele sabia, que tem um lugar reservado no céu, aonde não há lágrimas, nem dor, nem pranto, quando o próprio Senhor Jesus enxugará de nossos olhos todas as nossas lágrimas e nos consolará de todas as nossas aflições (Ap 21.4).
AS AFLIÇÕES DE PAULO
Uma das marcas indiscutíveis do ministério de Paulo foi o sofrimento que teve durante sua vida ministerial. Suas cartas relatam estes sofrimentos: 1 Coríntios 4.9-13 – marcas da cruz de Cristo; 1 Coríntios 16.8-10 – adversários e tribulações; 1 Coríntios 15.32 – lutas; 2 Coríntios 7.5 – conflitos e temores; Gálatas 4.11-15 e 2 Coríntios 12.7 – enfermidades (talvez acessos de malária); 2 Coríntios 11.23-33 – elenco completo de sofrimentos: prisões; açoites; perigos de morte; fustigado com varas; apedrejado; naufrágio; perigos nas viagens, nas cidades, nos mares, entre judeus, entre gentios, nos rios; fome e sede; frio e nudez; etc.
Paulo sabia o que era sofrer e a respeito disso deu testemunho em sua II Epístola aos Coríntios (II Co. 11.6.29; 12.10). E por causa de tais aflições, poderia, também, “consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmo somos consolados de Deus” (II Co. 1.4).
Essa é uma demonstração de um dos motivos pelos quais somos afligidos, a fim de que possamos nos colocar no lugar daqueles que padecem.  Sofrer, para Paulo, é um ato de comunicação, de identificação do crente com os sofrimentos de Cristo (II Co. 1.5; Fp. 3.10).
Os sofrimentos de Paulo, bem como os dos coríntios, faziam com que eles fossem participantes dos sofrimentos de Cristo.  Mas eles também partilharam do consolo em meio às tribulações, mesmo que essas aflições parecessem desesperadoras (II Co. 1.8).
Esse consolo teve como fundamento a confiança, não em nós, mas em Deus, que tem poder até para ressuscita os mortos (II Co. 1.9).  O Apóstolo revelou que havia recebido sentença de morte, isso se refere, provavelmente, às perseguições que sofreu por parte dos religiosos judeus durante sua viagem, que quiserem matá-lo (At. 20.19; 21.27).
Certo Alexandre, naquele momento, causou muitos males a Paulo, que, mesmo abandonado (II Tm. 4.14)  Não se indispôs contra o Senhor, antes encontrou nEle e na esperança da Sua vinda, o conforto necessário para superar as aflições (II Co. 4.17,18).

Paulo revelou que Deus permite que os seus filhos sejam afligidos (II Co. 1.5). Quando padecemos por sofrimentos por causa de Cristo o próprio Senhor sofre em nós (At. 9.4; Cl. 1.24). Nem sempre Deus livra o cristão do sofrimento, mas no sofrimento, e, como lemos na galeria dos heróis da fé de hebreus 11, determinadas aflições somente cessarão na eternidade.  Mas o sofrimento do crente sempre tem um propósito, um deles é a produção de consolo e salvação para os outros (II Co. 1.6).
A morte de vários cristãos ao longo da história serviu de semente para que o evangelho aflorasse em várias regiões do mundo. O sofrimento serve também como instrumento de conforto e consolo para outros crentes que sofrem.  Afinal, a promessa de consolo vem do Senhor que também produz em nós essa mesma característica a fim de consolar outros (II Co. 1.7).
O sofrimento não necessariamente decorre de pecado, na verdade, os crentes mais consagrados podem passar por provas desesperadoras (II Co. 1.8). Paulo testemunha que sofreu inúmeras perseguições tanto por parte dos judeus (At. 20.19; 21.27),
Quanto dos gentios (At. 19.23-40) e é bem provável que em uma dessas situações tenha sido sentenciado à morte. Mas o crente sabe que a morte não é o fim, a eternidade deva ser o alvo central da vida do cristão sofredor, pois quando tudo terminar, Deus estenderá sua mão, contanto que confiemos nEle, não em nós mesmos (II Co. 1.9).  Ele é o mesmo Deus e do mesmo modo que agiu no passado agirá no presente e no futuro a fim de cumprir com Sua palavra (II Co. 1.10).

A TRISTEZA DO APÓSTOLO =  Nem sempre o ambiente em que estamos vivendo, mesmo em nossas igrejas, irá determinar que continuaremos envolvidos com Deus. Nem sempre pessoas com as quais convivemos, por mais espirituais que elas possam ser, irão fazer-nos continuar a nos envolver com o Senhor e com a Sua obra. Também, as experiências que já tivemos no passado, por mais bem sucedidas que elas tenham sido, não irão fazer-nos seguir em frente no objetivo de continuarmos envolvidos com Deus. O apóstolo Paulo faz uma tremenda recomendação ao colega Timóteo, exortando-o a que ele continue envolvido com Deus e com a Sua obra até o fim dos seus dias. Paulo exorta Timóteo a que cumpra cabalmente, completamente, o seu ministério, vejam: "...Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério..." 2 Tm.4.5
Interessante que assim como o apóstolo Paulo exorta um colega a que permaneça envolvido com Deus até o fim dos seus dias também, o mesmo apóstolo, no mesmo livro, e no mesmo capítulo, lamenta a perda de um outro colega. Vejam: "...Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica..." 2 Tm.4.9 e 10
O QUÊ ACONTECEU COM O NOSSO IRMÃO DEMAS ??? PRIMEIRO? Demas vivia num excelente ambiente. No verso 24 de Filemon e no verso 14 do capítulo 4 de Colossenses, percebemos nitidamente que o ambiente em que Demas vivia era dos mais saudáveis e propícios.
OBSERVA: "...Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas." Cl. 4:14
"...Saúdam-te Epafras, prisioneiro comigo, em Cristo Jesus, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores...." Fl. 1:24
Demas encontrava-se num ambiente evangélico.Ele estava no meio de muitos irmãos crentes e, também, estava comunicando-se com outros tantos
SEGUNDO? Demas trabalhava numa excelente equipe de trabalho.Também nestes 2 versos que eu citei, nós concluímos que Demas tinha pelo menos 3 amigos de altíssimo nível: Marcos, Lucas e Paulo. Me dá água na boca só de imaginar ser chamado de colaborador do apóstolo Paulo. Já imaginou? Você estar trabalhando com Paulo, com Lucas, com Marcos, sendo ajudados por esses irmãos preciosos, sendo exortado por eles....
TERCEIRO? Demas havia tido experiências muito bem sucedidas. Não consta na Bíblia nenhum registro de experiências na Vida do nosso irmão Demas. Mas não dá para ser um colaborador de Paulo e não passar por várias experiências maravilhosas com Deus, não é verdade ?
O fato é que a Palavra de Deus diz que Demas amou o presente século e abandonou o apóstolo Paulo!!!
Mas que coisa !!! Um quadro tão propício, tão promissor !!! Um ambiente tão agradável e maravilhoso !!! Um circulo de amigos tão espirituais !!! Tantas experiências de ver o livramento de Deus nas suas vidas !! Por quê esse irmão não continuou sendo fiel e cada dia mais envolvido com Deus e com a Sua obra ??? O quê terá motivado esse irmão a abandonar uma vida com Deus, e se envolver com as coisas do mundo?
RESPOSTA: A Palavra de Deus, na verdade, não nos diz o quê, realmente, aconteceu com o nosso irmão Demas. A Palavra de Deus apenas nos diz o que ele fez, ou seja, Ele deixou de se envolver com Deus e se envolveu com o mundo. Mas se a Palavra de Deus não fala sobre o que aconteceu, de fato, com Demas, ela fala sobre o colega de Demas, o apóstolo Paulo. Paulo era tremendamente envolvido com Deus e com a Sua obra !!! Paulo soube como ninguém, a valorizar as coisas eternas, as coisas de Deus e, por causa disso, tinha um grande envolvimento com Ele ! Paulo faz uma exortação em II Cor.4.18 e 19, que certamente o seu colega Demas não considerou:
OBSERVA: "...Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas...." II Co. 4.17-18
O apóstolo Paulo aqui nestes versos nos afirma que uma vida de envolvimento com Deus é uma vida que deve ser vivida sem se basear nas circunstâncias do dia a dia. Ninguém que quiser levar uma vida de envolvimento com Deus poderá ficar observando as coisas difíceis que lhe acontecem.
Porque as coisas que vemos são temporais, são passageiras !!! E quem melhor do que o apóstolo Paulo para falar sobre não atentar nas coisas que se vêem? Quanta coisa Paulo via ??? Quanta coisa Paulo sentia na sua própria pele ???
Que Deus nos livre de agirmos como o pobre irmão Demas !!! Que Deus nos livre de andar por vista e não por fé !!! Demas, ao andar por vista, optou pela decisão mais errada: optou pelo mundo, foi envolvido pelo mundo. Paulo disse que Demas amou o presente século!!!
CONTENTANDO-SE EM CRISTO
OS ANOS FINAIS E O MARTÍRIO = Se assumirmos que Paulo é o autor das cartas pastorais (1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito), podemos traçar o provável curso dos eventos dos últimos anos de Paulo. Romanos 15:28 mostra que a intenção de Paulo era entregar as arrecadações e ir em direção a Roma e depois para a Espanha. O fato de ele ter sido preso em Jerusalém não só atrapalhou seus planos mas também o fez perder tempo que ele queria gastar em outro lugar.
Nós sabemos que algum tempo depois de 61 D.C., Paulo deixou Tito em Creta (Tito 1:5) e viajou através de Mileto, sul de Éfeso. Viajando em direção a Macedônia, Paulo visitou Timóteo em Éfeso (1 Timóteo 1:3). No caminho, Paulo deixou seu manto e seus livros com Carpo em Trôade (2 Timóteo 1:3). Isso indica que a intenção dele era voltar ali para pegar as suas coisas.

De Macedônia, Paulo escreveu sua carta afetuosa porém apreensiva a Timóteo (62-64 D.C). Ele havia decidido passar o inverno em Nicópolis (Tito 3:12), noroeste de Corinto, mas ainda se encontrava na Macedônia quando escreveu esta carta a Tito. Essa carta é parecida com 1 Timóteo, mas com um tom mais rigoroso. Nela há uma última referência ao eloqüente e zeloso Apolo (Tito 3:13), que ainda trabalhava para o evangelho por mais de dez anos depois de ter conhecido Paulo em Éfeso (Atos 18:24). Neste ponto da história o caminho de Paulo é desconhecido. Ele pode ter passado o inverno em Nicópolis, mas ele não retornou a Trôade como ele havia planejado (2 Timóteo 4:13).
Em algum ponto os romanos provavelmente o prenderam novamente, pois ele passou um inverno em Roma na Mamertime Prison, passando frio na cela gelada de pedra enquanto escrevia a sua segunda carta a Timóteo (66-67 D.C). Ele podia estar antecipando isso quando pediu para Timóteo lhe trazer o seu manto (2 Timóteo 4:13,21). Nós só podemos especular quais eram as acusações contra Paulo; alguns sugerem que Paulo e os outros cristãos podiam ter sido acusados (falsamente) de terem incendiado Roma.
Era, no entanto, contra a lei pregar a fé cristã. A proteção que havia sido dada aos judeus tinha sido retirada dessa nova religião estranha. Paulo sentiu o peso dessa perseguição. Muitos o abandonaram (2 Timóteo 4:16), inclusive todos os seus colegas na Ásia (1:15) e Demas que amava ao mundo (4:10). Apenas Lucas, o médico e autor do livro de Lucas e Atos, estava com ele quando ele escreveu a sua segunda carta a Timóteo (4:11). Crentes fiéis que estavam escondidos em Roma também manteram contato (1:16; 4:19, 21).
Ele pediu a Timóteo que viesse ao seu encontro em Roma (4:11), e aparentemente Timóteo foi. O pedido de Paulo que Timóteo o trouxesse seus livros e o seu pergaminho indica que ele estava estudando a palavra até o fim. O apóstolo Paulo teve duas audiências diante dos romanos. Na sua primeira defesa só o Senhor ficou do seu lado (2 Timóteo 4:16). Lá não só ele se defendeu como também defendeu o evangelho, ainda na esperança que os gentios escutassem sua mensagem. Aparentemente não houve um veredicto, e Paulo foi "livre da boca do leão" (4:17).
Apesar de Paulo saber que morreria em breve, ele não temeu. Ele foi assegurado que o Senhor o daria a coroa da justiça no último dia (4:8). Finalmente, o apóstolo em si escreveu encorajar todos os que criam "O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja com vosco" (2 Timóteo 4:22, RSV). Depois disso, a escritura não menciona mais Paulo.
Nada sabemos sobre a segunda audiência de Paulo, mas provavelmente resultou em sentença de morte.
Não temos nenhum relato escrito do fim de Paulo, mas foi provavelmente executado antes da morte de Nero no verão de 68 D.C.. Como um cidadão romano, ele deve ter sido poupado das torturas que os seus companheiros de mártir haviam sofrido recentemente. A tradição diz que ele foi decapitado fora de Roma e enterrado perto dali. A sua morte libertou Paulo "partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23).
LIVRE DA OPRESSÃO DA NECESSIDADE = Alegria em Cristo (4:4-7). Não é fácil estar contente no sofrimento, mas isto é o que o cristão é chamado freqüentemente a fazer. O cristão que está lutando contra Satanás sofrerá nesta vida (veja 2 Timóteo 3:12). Mas podemos regozijar-nos, não importa quão dura seja a situação, se rego-zijamos "no Senhor". Se simplesmente nos mantivermos perto do Senhor, em oração, e pelo nosso próprio comportamento moderado, até mesmo no sofrimento poderemos conhecer a paz "que excede todo o entendimento" (4:7). Paulo está escrevendo com experiência: lembre-se, foi em Filipos que ele e Silas estavam alegremente cantando hinos a Deus mesmo depois de terem sido espancados e atirados na prisão (veja Atos 16:19-25).
Como pensar (4:8-9). Tornar-se um cristão forte envolve uma mudança completa de personalidade, do coração para fora. Para se comportar como um cristão, precisa-se pensar como um cristão. O cristão precisa pensar ativamente, e não passivamente. Paulo diz para deixar que esta coisa "ocupe o vosso pensamento" (4:8).
Uma mente ociosa acolherá todo tipo de pensamentos, desde os bons até os maus; mas uma mente ativa trabalhará para controlar-se, detendo-se no que é nobre e bom, deixando fora o que corrompe. Jesus ensinou que, não somente nossos atos, mas nossos pensamentos por trás deles serão julgados no dia final (veja Mateus 5:21-32).
Ao receber ajuda dos Filipenses, Paulo se regozija grandemente "no Senhor" (4:10). Mesmo assim, ele explica que seu contentamento vem, não das coisas que ele tem nesta vida, mas em sua relação com o Senhor. O contentamento, nesta vida, é uma atitude aprendida (4:11). Em todas as coisas que Paulo sofreu por amor do evangelho (veja 1:17; 3:4-11; 2 Coríntios 11:23-30), ele aprendeu a manter sua atenção em Cristo (veja também 2 Coríntios 12:7-10). Se aprendemos a ter Cristo como o foco de nossa vida, a nossa circunstância material perderá sua importância (4:12-13).
CONTENTE E FUNDAMENTADO EM CRISTO = Ainda que Paulo não precisasse do donativo deles para ficar contente, assim mesmo ele se regozijou em recebê-lo porque eles participaram da aflição dele (4:14). Eles tinham ajudado a Paulo desde o início, quando ele saiu de Filipos para ensinar em Tessalônica (4:15-16; veja Atos 16:11-17:4 e 2 Coríntios 8:1-5). Agora que tinham oportunidade de ajudá-lo novamente, isso significaria "fruto" para crédito deles (4:17). Eles colheriam ricas recompensas do Pai (4:19). A dádiva deles era um sacrifício pessoal, "como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus" (4:18). Não é o objeto do sacrifício que dá a suave fragrância a Deus, mas o coração daquele que faz o sacrifício. Os corações dos filipenses eram suaves para Deus, em seu abundante amor para com Paulo.
Essa generosidade é o modelo para os cristãos de hoje. Eles não deram esperando receber bênçãos em retribuição. Não deram porque era algo que "a igreja" exigia. Eles deram com ânimo e de coração, sabendo que sua dádiva estava indo para a divulgação do evangelho e que "Deus ama a quem dá com alegria" (2 Coríntios 9:7).
AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
Aperfeiçoar o caráter cristão = Rm 5.3-4 – Nesse texto, Paulo afirma que o sofrimento é um meio que Deus usa para aperfeiçoar o caráter dos cristãos. Mas, diferentemente da versão Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica Brasileira, há outras versões da Bíblia que traduzem o texto de uma forma diferente. A palavra “tribulações” é traduzida como “sofrimentos”, “perseverança” é traduzida como “paciência” e “experiência” é traduzida como “caráter provado”. Assim: Paulo diz que os sofrimentos produzem perseverança – Na língua grega, a palavra “perseverança” pode também ser traduzida por paciência, persistência, constância.
Essas são algumas características que se apresentam no homem maduro, que se mantêm leal à sua fé e aos seus propósitos mesmo quando está debaixo das maiores tribulações ou sofrimentos. Em geral, não crescemos quando estamos em plena calmaria de problemas. Em todos os ramos, o desenvolvimento aparece em hora de crise ou sofrimento.
Paulo diz que a perseverança produz experiência – Essa é parte da reação em cadeia. Assim como os sofrimentos produzem a perseverança (ou paciência, ou constância, ou persistência), esta produz experiência. Na língua grega, a palavra “experiência” pode ser traduzida por “caráter provado”. A idéia é a de alguém que foi testado e saiu vitorioso no teste, tendo desenvolvido um caráter amadurecido pelos sofrimentos.
Paulo diz que a experiência produz esperança – O sofrimento do cristão o conduz à perseverança, à firmeza, à constância e à paciência porque eles são conectados à esperança. Há alguma coisa no final que os faz levantar os olhos e crer na mudança dos acontecimentos. Para o cristão, o sofrimento é o ponto em que o poder da esperança fica cada vez mais claro, ligando o nosso presente ao futuro de vitória, porque para o cristão “os sofrimentos do tempo presente na são para comparar com a glória a vir ser revelada em nós” (Rm 8.18).
NÃO PELA AUTOSSUFICIÊNCIA == Dependência de Deus = Salmo  31.15, Encontramos neste salmo, Davi angustiado, passando por momentos difíceis, por que não dizer que sua vida estava sendo atingida por uma tempestade. Em todo o salmo podemos extrair ricas lições que servirão para o nosso cotidiano. Não podemos deixar de perceber o que esta passagem transmite para nós; segurança, confiança e acima de tudo à experiência da dependência de Deus. O que eu pude observar que desde o primeiro versículo, ele nos revela Deus como sua fortaleza, revela também Davi pedindo ajuda, socorro, clamando por justiça. E também não poderia deixar de mencionar que ele revela a bondade e misericórdia de Deus. Confiança, Fé e arrependimento são as bases para se alcançar á misericórdia de Deus. Como será que se encontra a sua vida? Atribulada pelas perseguições? Decepcionado com as injustiças? Veja o que Davi queria nos passar; tenha fé, confiança, creia e passe a depender de Deus.
SALMOS 91:-2= No primeiro verso, a imagem visual é de um que é protegido no lugar mais seguro de Deus, Sua sombra, e assim, protegido por Sua presença. Devemos nos concentrar naquele que “habita” ou vive no lugar secreto de Deus este será protegido pela sua presença toda-poderosa. Não é o que afirma habitar na presença de Deus que será protegido, mas aquele que realmente vive lá.
 O ensinamento claro em tudo isso é que para os crentes poderem se apropriar de qualquer das promessas de Deus devem viver em comunhão ininterrupta com Deus, nunca agindo de vontade própria, mas fazendo apenas o que Deus dirige em Sua Palavra. Devem ser totalmente consagrados ao serviço de Deus e completamente rendidos à autoridade de Jesus.
Versículo dois nos diz que precisamos confiar e reconhecê-Lo como o nosso refúgio e fortaleza. Não devemos confiar em nossa própria força e intelecto para nos salvar do perigo, e necessitamos reconhecer aonde a nossa proteção real se encontra. Isto implica fé. Hebreus 11:6 declara: “E sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que Ele existe e que Ele recompensa aqueles que o buscam.”
Tudo posso naquele que me fortalece
A teologia bíblica exige que a interpretação do texto bíblico seja em harmonia com o contexto. O verso 13 de Filipenses 4 tem sido explorado e manipulado erroneamente. Muitos o usam indevidamente para pedir milagres; afirmam que podem conquistar posições elevadas no mundo secular; podem vencer o diabo, enfim, usam o verso para seus interesses pessoais. O sentido dele é o enfoque de uma situação de equilíbrio emocional, de uma pessoa resignada; com autodomínio disciplinado em diferentes circunstâncias.
Mas o contentamento não é algo que se consegue do dia para a noite, é resultado do fruto do Espírito (Gl. 5.22), trata-se de uma alegria que não se deixa abalar, mesmo quando tudo parece não se ajustar aos nossos bem estar.
“Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre”. “Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade”. Fp 4. 11-12. Aceito a abundância ou a carestia.
CONCLUSÃO
Certamente Paulo foi o maior mestre da fé cristã depois do próprio Senhor Jesus Cristo. Chamado a dirigido pelo Espírito santo para proclamar o evangelho aos gentios, esse grande teólogo expôs as profundidades da fé cristã de uma maneira que se mostra fundamental para a igreja de Jesus através dos séculos. Seu total compromisso com o Evangelho do Cristo crucificado permanece como um exemplo para todos os crentes de todas as épocas.
Seu desejo de perseverar a verdade contra todas as heresias ou qualquer coisa que tentasse desfazer o direito a salvação somente pela graça brilha através de todos os seu escritos.
Seu profundo zelo pela aplicação da verdade do Evangelho na vida do crente levou-o a escrever páginas sobre como se deve viver o autêntico cristianismo no meio de uma sociedade pagã.
Tudo isso só seria alcançado por meio do Espírito santo, que vive no interior do crente para realizar os propósitos do pai. Seu profundo amor pelos irmãos na fé e a maneira como sofria e entristecia-se com os pecados e sofrimentos deles são vistos não somente no modo como escreveu sobre os crentes, ou seja, com grande carinho e encorajamento, mas também em suas repetidas referências às orações que fazia por eles.
Sua profunda convicção de que todos pecaram e estão abaixo do julgamento de Deus e sua preocupação para que homens e mulheres ao redor do mundo encontrassem a salvação de que precisavam tão desesperadamente levaram Paulo a responder ao chamado para pregar o Evangelho aos Gentios. Para o apóstolo, Cristo era a única resposta. Ele era o foco e o poder da vida de Paulo e, acima de tudo, aquele que morreu para que ele recebesse o perdão e encontrasse a justificação e a vida eterna no último dia.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
BIBLIOGRAFIA
Fonte: Ilumina
Lições Bíblicas CPAD 2010
estudos.gospelmais.com.br
mvmportuguese.wordpress.com
estudosbiblicos.no.comunidades.net
Lições bíblicas CPAD 1º. Trimestre 2012            
KRUSE, C. II Coríntios: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
LOPES, H. D. II Coríntios. São Paulo: Hagnos, 2008