COMO ENFRENTAR A
OP0SIÇAO À OBRA DE DEUS?
TEXTO
ÁUREO = “Porém
nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite,
por causa deles” (Ne 4.9).
VERDADE
PRÁTICA = Não
devemos nos amedrontar com os que se opõem à obra de Deus, porque o Senhor está
conosco e por nós batalha.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Neemias 4.1-9.
INTRODUÇÃO
Porém
nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite,
por causa deles. ( Ne 4.6)
A oposição aos homens de Deus é
comum em qualquer igreja local. É preciso oração e sabedoria para enfrentá-la.
Jamais haverá, na face da terra, um líder que faça a vontade de Deus sem
despertar opositores ao seu ministério. Isso porque nem Jesus Cristo, o maior
dos lideres, agradou a todos. Os “Sambalates” da vida estão em todas as igrejas
locais.
O homem de Deus pode realizar
grandes obras. Pode esforçar-se pelo Reino de Deus e desgastar-se trabalhando
pela Igreja do Senhor Jesus, mas sempre haverá o grupo de opositores sob a
liderança de algum “Tobias” ou “Gesém” que procurará prejudicar sua liderança.
Entretanto, como aconteceu com Neemias, Deus dá sabedoria, graça e unção, a fim
de conduzir-se diante da igreja local e neutralizar a ação dos opositores.
Ninguém pode igualar-se ao nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo no que diz respeito ao desenvolvimento de seu
ministério, realizações, obras extraordinárias demonstradas em salvação, curas,
libertação e até ssurreiçã0 de mortos. Tudo o que Ele fez foi admirável, sobrenatural
e impactante à luz de todas as realizações conhecidas na face da terra. No
entanto, a oposição contra Jesus foi de caráter terrível. Como se não bastasse
a antipatia de alguns homens, havia também a oposição espiritual. Mas Ele soube
enfrentá-las, consciente de sua missão.
No caso de Neemias, no período da
restauração dos muros de Jerusalém, portou-se como verdadeiro líder. Um
administrador digno de ser referência para os obreiros do Senhor em todos os
tempos e lugares. Não se deixou vencer pelas críticas, mas suportou bravamente
todos os embates dos seus opositores. Não foi levado pela tentação do poder ou
da fama. Neemias trabalhou com ousadia, humildade, determinação e fé.
Os inimigos de Neemias parecem
com as pessoas que jamais se juntam aos homens de Deus, mas são usados pelo
maligno para inquietar, dificultar e desanimar os que estão à frente da obra do
Senhor. Contudo, vamos refletir sobre o exemplo do líder da reedificação de
Jerusalém, buscando inspiração para o nosso trabalho na igreja do Senhor.
Oposição
Ferrenha
A
ira dos adversários.
“E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se
indignou muito...” (Ne 4.1). Como vimos no comentário anterior, Sambalate era o
líder da oposição a Neemias. Tinha um cargo importante em Samaria. Os
samaritanos, historicamente, sempre foram adversários dos judeus. A princípio, ele e seus comparsas usaram
táticas intimidatórias para dissuadir os servos de Deus de continuarem a obra
da reconstrução dos muros. Que estratégias eles usaram?
Insinuaram
rebelião.
Mesmo com todo o cuidado e a prudência de Neemias em manter o silêncio a
respeito de seus planos, os inimigos tomaram conhecimento de que uma grande
obra estaria para começar em defesa do remanescente de Israel que voltara do
cativeiro babilônico. A oposição começou logo. “O que ouvindo Sambalate, o
horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, zombaram de nós, e
desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra
o rei?” (Ne 2.19).
A questão levantada pelos
opositores era muito grave. Estariam os judeus tentando rebelar-se contra o rei
da Pérsia? Sem informar- se a respeito da autoridade concedida ao servo de
Deus, o adversário levantou-se com força usando a insinuação caluniosa a fim de
intimidar o líder e seus liderados. Naquele tempo, quando um povo dominado por
uma nação ou um império se rebelava, o castigo era terrível, o dominador
enviava seus exércitos e arrasava a cidade e destruia o seu povo, não deixando
pedra sobre pedra. Os líderes da rebelião eram mortos, degolados, enforcados ou
esquartejados publicamente.
A ira dos adversários era
violenta. Sambalate vociferava contra os edificadores. “E falou na presença de
seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus?
Permitir-se-1hes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos
montões do pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Os inimigos ficaram
felizes ao verem “os montões de pó e as pedras que foram queimadas”. Na
reverberação de Sambalate pode-se ter uma ideia rápida de corno se encontravam
as ruínas das muralhas de Jerusalém.
Qual a causa da ira dos inimigos
de Israel? Muitas, sem dúvida. Mas a principal, certamente, era a inveja.
Ficaram admirados como em tão pouco tempo os muros e as portas da cidade foram
sendo restauradas! Os judeus eram um pequeno número, mas demonstraram uma união
visível que chamou a atenção. Eles viram a competência e a capacidade
administrativa de Neemias e seus companheiros, logo arderam em ira e inveja.
A
resposta à insinuação caluniosa. Neemias não se intimidou. Tinha
consciência de que não estava conspirando contra a autoridade de Artaxerxes.
Muito pelo contrário, tinha em mãos cartas e credenciais para promover a
reconstrução dos muros de sua cidade natal, a terra de seus pais.
Soube responder de forma precisa
à insinuação mentirosa. “O Deus dos céus é o que nos fará prosperar; e nós,
seus servos, nos levantaremos e edificaremos...” (Ne 2.20).
Normalmente, nas igrejas, quando
surgem calúnias contra a liderança ou contra algum membro, temos a tendência de
apenas orar e deixar as coisas acontecerem. Mas em muitos casos é necessária
uma resposta firme e enérgica. Confiar em Deus é indispensável; orar é preciso,
entretanto faz-se necessário confrontar o difamador a fim de que ele assuma a
responsabilidade pela sua calúnia ou difamação.
Temos consciência de que nas
igrejas locais as pessoas que cometem adultério, fornicam e roubam são
disciplinadas, mas não é comum vermos a disciplina aos “Sambalates” quando
caluniam prejudicando os líderes ou os membros da congregação. Serão dois pesos
e duas medidas?
A Crítica dos
Adversários
Além de expressar publicamente a
sua indignação contra os edificadores dos muros de Jerusalém, os adversários
usaram a arma da crítica e da zombaria contra eles, e, em especial, contra
Neemías, a fim de provocar um clima de abatimento entre os que queriam
trabalhar.
Sambalate “...escarneceu dos
judeus” (Ne 4.1). Além de Sambalate, outro inimigo declarado expressou sua maldade.
“E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma
raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra” (Ne 4.3). Há um provérbio
antigo que diz: “Iguais com iguais facilmente se congregam”. Tobias e Sambalate
eram da mesma estirpe. Juntamente com Gesém, uniram-se para prejudicar o
trabalho do homem de Deus e dos que queriam trabalhar ao seu lado.
O
conteúdo das críticas. Sambalate ficou furioso com o sucesso dos
edificadores. “E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e
disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão?
Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram
queimadas?” (Ne 4.2).
1)
Desprezo.
“...que fazem esses fracos judeus?” Dava ideia de fraqueza entre os judeus. Os
edificadores estavam por demais ocupados na obra, mas suas famílias circulavam
pela cidade e ouviam as críticas dos adversários. Poderiam temer pelo êxito da
construção. Isso ainda acontece hoje. Há pessoas que menosprezam o trabalho dos
que se esforçam pela obra do Senhor. Contudo a Bíblia tem palavras de ânimo
para os edificadores do Reino de Deus. Jesus disse a Paulo:
“A minha graça te basta, porque o
meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas
minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo” (2 Co 12.9). O
profeta Joel teve a percepção correta diante da fraqueza: “Forjai espadas das
vossas enxadas e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte” (JI
3.10).
Quando o crente, obreiro ou
leigo, se julga forte em si mesmo, em seu orgulho pessoal, não tem o poder e o
apoio de Deus em sua vida e nos seus projetos. Muitos grandes ministérios, de
fama nacional ou internacional, fracassaram por causa da “fortaleza” de seus
líderes fundamentada no dinheiro e na fama (Tg 4.6). No entanto, quando o servo
ou a serva de Deus considera-se fraco em si mesmo, e confia em Deus, pode
declarar: “Diga o fraco: eu sou forte”. Outra extraordinária promessa para os
que se consideram fracos ou são humilhados diante do inimigo é: “Mas
esforçai-vos, e não desfaleçam as Vossas mãos, porque a vossa obra tem uma
recompensa” (2 Cr 15.7).
2)
Escarnecimento.
“Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará facilmente o seu muro de
pedras...” Os adversários estavam perplexos. Dentro de poucos dias, os muros,
que estavam literalmente no chão, já podiam ser vistos sendo erguidos com
presteza. O que fazer para desanimar os edificadores? A ameaça não funcionou. A
calúnia não atingiu o seu objetivo. Eles trabalharam arduamente na
reconstrução. Sambalate e Tobias apelaram para a crítica e zombaria, tendo como
objetivo desqualificar o trabalho de Neemias e de seus amigos.
O que mais os inimigos faziam era
depreciar o trabalho dos edifica- dores, ainda que edificassem seu trabalho não
teria valor. Qualquer intempérie derrubaria a obra na visão dos invejosos e
inimigos. Certamente, os adversários se enganam quando avaliam o potencial de
uma comunidade unida e determinada sob liderança de um homem usado por Deus
cheio de poder e sua unção. Eles observavam as condições precárias do trabalho
e a dificuldade em se obter material.
3)
Oposição ao culto a Deus. “Permitir-se-lhes-á isso. Sacrificarão?...” (Ne
4.2). Os inimigos sabiam que quando o povo adora a Deus é vitorioso. Lembravam-se
da antiga Jerusalém cheia de glória e poder nos áureos tempos em que o povo de
Israel obedecia a Jeová e lhe rendia culto todos os dias. Tinham consciência de
que por causa do pecado enfrentaram toda a tragédia que os levou ao cativeiro.
Estavam revoltados com a
reconstrução. Sabiam que se Jerusalém fosse reconstruída plenamente seus
inimigos não prevaleceriam. O Templo já fora reconstruído, mas o culto estava
prejudicado, pois os muros da cidade estavam arruinados. Não havia segurança
suficiente para que se adorasse a Deus em paz.
Não é por acaso que hoje há uma
tática sub-reptícia do Diabo contra o verdadeiro culto a Deus nas igrejas
locais.
Com astúcia e artimanhas, ele
consegue incutir na mente de muitos pastores e líderes de igrejas para que deixem
os muros de proteção abertos. Os muros do ensino estão arruinados em muitos
lugares e a sã doutrina bíblica, devocional e ortodoxa é desprezada.
Em seu lugar, o que se ouve são
mensagens vazias de unção e cheias de técnicas psicológicas de manipulação das
mentes. Mensagens de auto ajuda, de caráter humanista e triunfalista, do tipo:
“você é vencedor...”; “você não pode ser pobre”; “crente não fica doente”; “dê
tudo para a obra, e Deus lhe dará cem vezes mais”; “você não precisa orar,
basta crer!” Frases e jargões como esses têm influenciado muita gente.
Em muitas igrejas não se veem
mensagens contra o pecado e o mundanismo. Muitos muros estão arruinados, e o
inimigo comemora o sucesso de suas estratégias, contudo Deus deseja ver a
reconstrução não só dos muros, mas dos altares por onde deve começar a
restauração espiritual. Antes dos muros, foi reconstruído o Templo em
Jerusalém. Os líderes devem ser os primeiros a reconstruir seus ministérios
quando estes estão prejudicados pela ação do Inimigo.
4)
Crítica à união.
Os edificadores, jovens e adultos, estavam todos bem unidos na obra da
reconstrução. Sambalate percebeu que eles estavam unidos e disse: “...
Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram
queimadas?” (Ne 4.2), Ele estava atônito. A união dos edificadores era visível.
O muro já estava pela metade (Ne 4.6) em pouco tempo.
A união é indispensável para o
sucesso de qualquer ministério na igreja do Senhor. Sem união somos derrotados.
Certo governante, visando estimular seus auxiliares a trabalhar, dizia: “Se
unidos não somos fortes, desunidos não seremos nada”. E isso é uma verdade,
principalmente quando se trata do trabalho na obra do Senhor. Nossos
adversários, às vezes, são piores do que podemos imaginar. São os “Sambalates”,
os “Tobias” e os Geséns” que se levantam nas igrejas. São os “falsos irmãos” a
que se referia Paulo (2 Co 11.26; Gl 2.4). Os adversários no plano religioso
que perseguem os cristãos.
Os políticos e governantes que
elaboram leis para prejudicar o povo de Deus. Mas há inimigos piores. Diz o
apóstolo: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu
poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes
contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e
sangue, mas, sim, contra os principados contra as potestades contra os
príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos
lugares celestiais. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes (Ef 6.10-13).
Em nossos dias acontece a mesma
coisa. Os adversários dos homens de Deus minimizam o seu valor, depreciam seu
ministério com críticas muitas vezes ácidas e ferinas.
Mas se o líder está no centro da
vontade de Deus, pode orar como Davi, que possuía muitos inimigos e zombadores
de sua missão: “Apressa-te, ó Deus, em me livrar; Senhor, apressa-te em
ajudar-me. Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma;
tomem atrás e confundam-se os que me desejam mal. Voltem as costas cobertos de
vergonha os que dizem: Ah! Ah! Folguem e alegrem-se em ti todos os que te
buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido
seja Deus. Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus;
tu és o meu auxílio e o meu libertador; Senhor, não te detenhas!” (Sl 70).
A arma da crítica parece não ter
grandes efeitos na vida de um líder competente, maduro e experiente, mas pode
causar um estrago na área emocional daqueles que estão iniciando no ministério.
Ou pode provocar reações agressivas em resposta à atitude depreciativa dos
opositores. Nas igrejas, há pessoas que perdem a coragem quando são criticadas.
Sabemos de casos de irmãos que deixaram a sua congregação e se desviaram
ressentidos com as críticas injustas de certos opositores da obra. Isso é
lamentável, pois na obra do Senhor não deve haver adversários, mas sim
cooperadores do Senhor (1 Co 3.9).
Como Neemias
Reagiu às Críticas
1)
Não se deixou abater em seu ânimo. Neemias disse: “O Deus dos céus é o
que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias encarou as críticas improcedentes
como um estímulo à sua liderança. Se a crítica procede, e isso pode ocorrer, o
líder deve considerar, refletir e, com humildade, reconhecer seus erros ou
eventuais falhas, pois nenhum líder é perfeito. Só houve um que não falhou, que
nosso Senhor Jesus Cristo.
2)
Não deu grande importância às críticas. Disse em sua resposta “... e nós, seus
servos, nos levantaremos e edificaremos” (Ne 2.20b), mas valorizou sua missão e
a de seus liderados. Seu foco era a obra da restauração. Não se fixou nas
críticas. Há obreiros que fracassam porque dão muita importância aos
“Sambalates” que surgem nas igrejas. Esquecem-se de que existe um grande número
de pessoas ao seu lado enviadas por Deus a fim de cooperarem com seu
ministério.
3)
Apresentou a Deus os seus inimigos. “Ouve, ó nosso Deus, que somos tão
desprezados, e caia o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e faze com que sejam um
despojo, numa terra de cativeiro” (Ne 4.4). Ele orou a Deus de forma realista e
sincera. Sabia que ele e seu povo eram “tão desprezados”. O líder deve ter
consciência de que seu trabalho não agrada a todos na igreja em que lidera.
Ele e sua família podem ser alvo
de desprezo, crítica e oposição. Satanás sutilmente levanta opositores contra o
líder a fim de inquietá-lo ao fustigar a sua família.
O alvo das críticas é a parte
emocional do líder. Se conseguirem desestabilizá-lo emocionalmente, já terão
grande parte de seus intentos alcançados Um obreiro não pode desempenhar bem o
seu trabalho se estiver emocionalmente abalado.
A solução é orar a Deus
apresentando os inimigos do ministério. No contexto do Antigo Testamento, era
legítimo desejar vingança aos inimigos. Neemias foi incisivo em sua oração
contra os inimigos: “E não cubras a sua iniquidade, e não se risque diante de
ti o seu pecado pois que te irritaram defronte dos edificadores” (Ne 4.5). Além
de desejar que sua vergonha caísse na cabeça dos opositores pediu a Deus que
não se esquecesse do seu pecado e de sua maldade.
No contexto do Novo Testamento,
Jesus manda amar os inimigos, orar por eles e bendizê-los (Mt 5.44). Mas isso
não quer dizer que essa atitude livre os inimigos da pesada mão de Deus.
De modo algum. Amar os inimigos
não significa ser condescendentes OU jamais concordar com eles. Significa
amá-lOS como Deus ama o pecador e espera o seu arrependimento.
4)
Entrou em ação.
“Assim, edificamos o muro, e todo o muro se cerrou até sua metade; porque o
coração do povo se inclinava a trabalhar” (Ne 4.6). Essa foi a resposta mais
eficaz contra as críticas. Ação,
trabalho, esforço e união na continuação da obra. O desejo maligno dos
adversários era paralisar a para que Jerusalém continuasse em ruínas. A eles
não interessava o sucesso da obra do Senhor. Isso era óbvio.
Enquanto os opositores criticavam
os edificadores e menosprezavam o trabalho da reconstrução, Neemias incentivava
os seus liderados a trabalhar mais e mais. E estes correspondiam ao incentivo
do líder. Ele tinha a visão de um líder espiritual que confia no Senhor C nos
seus colaboradores. Fez como Azarias, filho de Obede, num momento de crise,
animando o povo de Deus: “Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos,
porque a vossa obra tem uma recompensa” (2 Cr 15.7).
A Guerra contra
os Edificadores
Os
inimigos se uniram.
Se a calúnia não surtiu o efeito desejado, se a Intimidação não fez os
construtores pararem a reconstrução, se as críticas não atingiram seus
objetivos mesquinhos, o que fazer? Os inimigos se uniram para declarar guerra
contra Neemias e seus liderados. Diz o texto: “E sucedeu que, ouvindo
Sambalate, e Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas que tanto ia
crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a
tapar, iraram-se sobremodo. E ligaram-se entre si todos, para virem atacar
Jerusalém e para os desviarem do seu intento (Ne 4.7,8).
Como os planos dos adversários
iniciais não tiveram êxito contra os edificadores, convidaram outros para
engrossar as fileiras contra o povo de Israel. Agora, as forças adversárias
tinham a colaboração dos “arábios”, dos “amonitas” e dos “asdoditas”. Se alguém
acha que hoje a perseguição ao povo de Deus diminuiu, está enganado. No século
20, foram mortos mais cristãos do que em todos os séculos anteriores,
sobretudo, pelo ódio dos muçulmanos radicais em países islâmicos.
Hoje
os inimigos se unem.
Se alguém imagina que em nosso país a liberdade religiosa assegurada pela
Constituição está garantida, é melhor orar mais e se precaver. No Congresso
Nacional há projetos de lei satânicos com o objetivo claro de impedir a marcha
da igreja no Brasil. O famoso Projeto de Lei da “Homofobia” tem como objetivo
levar à cadeia os que se posicionarem contra o pecado do homossexualismo. Há
projetos para a legalização do aborto e do casamento homossexual, leis que vão
de encontro às leis de Deus.
Há leis com objetivos corretos,
tais como as que visam preservar o meio-ambiente. Tramitam também leis que se
voltam contra a construção de templos religiosos. As exigências para o
funcionamento de um templo são tão grandes que a maioria das denominações não
terá condições de construir sequer um pequeno santuário para a pregação do
evangelho. Sendo assim, chegamos à conclusão de que tudo isso é a perseguição
do Diabo usando os legisladores contra a Igreja do Senhor Jesus Cristo.
Entretanto a Bíblia declara: “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães
que escrevem perversidades” (Is 10.1). E ainda existem muitos evangélicos que
apoiam políticos que são inimigos da Palavra e do povo de Deus.
Em
parte, os inimigos tiveram êxito. Deus não permite que os inimigos
triunfem sobre seu povo. Jesus disse que “as portas do inferno” não
prevalecerão (Mt 16.18). Mas os adversários podem ter certos êxitos por
permissão de Deus. Os carregadores, os ajudantes das obras, já começavam a
fraquejar. “Então, disse Judá: Já
desfaleceram as forças dos acarretadores, e o pó é muito, e nós não poderemos
edificar o muro” (Ne 4.10). Mas Neemias não se abateu, continuou com as suas
estratégias espirituais e administrativas incentivando a obra.
Oração
e vigilância.
“Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de
noite, por causa deles” (Ne 4.9). Diante da ação insistente dos inimigos,
Neemias foi firme e decidido, agiu de forma racional, embora se lembrando
sempre de buscar ao Senhor.
1)
Oração.
A guerra estava declarada. Os inimigos eram poderosos e estavam unidos e
determinados a impedir a reconstrução dos muros. O líder convocou o povo para
orar a Deus. Neemias era um homem inteligente, dotado de grande capacidade de
liderança. Contudo, não confiou apenas nos seus conhecimentos humanos e
administrativos.
Buscou a proteção de Deus através
do maravilhoso recurso da oração. A oração foi o meio pelo qual Deus concedeu
grandes livramentos ao seu povo.
Nos tempos do rei Ezequias, o rei
senaqueribe, do Império Assírio, invadiu e tomou todas as cidades de Judá. Só
faltava Jerusalém. Numa atitude humilde, buscando evitar o confronto armado
contra o grande exército assírio, o rei de Jerusalém enviou ouro e prata
visando obter a paz. Não adiantou. o inimigo foi arrogante. Zombou de Ezequias
e de seus servo5, e os humilhou com terrível provocação e desafiou o Deus de
Israel (2 Rs 18).
Mas o homem de Deus, o profeta
Ezequias, ao tomar conhecimento da afronta a Deus, entrou no Templo e foi orar.
Estendeu as cartas ameaçadoras perante o Senhor e orou (2 Rs 19.14).
Na
oração, Ezequias disse a Deus: “E orou Ezequias perante o Senhor e
disse: 6 Senhor, Deus de Israel, que habitas entre os querubins tu mesmo, só tu
és Deus de todos os remos da terra; tu fizeste os céus e a terra. Inclina,
Senhor, o teu ouvido e ouve; abre, Senhor, OS teus olhos e olha: e ouve as
palavras de senaqueribe, que ele enviou para afrontar o Deus vivo.
Agora, pois, ó Senhor, nosso
Deus, S servido de nos livrar da sua mão; e, assim, saberão todos os remos da terra
que só tu és o Senhor Deus (2 Rs 19.15-19). E Deus respondeu a oração do
profeta, e enviou um só anjo, que destruiu o arraial dos assírios, matando 185
mil soldados, e deu vitória ao seu povo, sem lançar uma seta contra os
adversários (2 Rs 19.35-37). A oração é uma arma com alto poder contras os
inimigos.
2)
Vigilância.
“... e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles” (Ne
4.9). Neemias orou a Deus, mas fez o que deveria fazer numa situação de crise
ao ser perseguido pelos inimigos. Ele recrutou homens de confiança e os pôs
como guardas junto aos trabalhadores. A guarda revezava-se de dia e de noite,
como nos quartéis de hoje, visando manter a segurança das obras. Os inimigos
poderiam atacar durante a noite.
Nos tempos atuais também é
necessário que se tenha uma equipe de segurança na igreja. Em determinados
lugares e situações, há igrejas que têm contrato com empresas de vigilância
armada. Já foram registrados casos de assaltos nos horários de culto. Já houve
casos de pastores terem sido seqüestrados para que bandidos obtivessem resgate
com recursos da igreja. Há quem critique esse tipo de providência, mas no tempo
de Neemias, do rei Davi ou de Salomão, em plena teocracia, existiam guardas
armados com espadas e com lanças. Deus guarda, sem dúvida, contudo é necessário
que haja vigilância em tomo dos bens da Casa do Senhor.
As famílias armadas. “Pelo que
pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus o povo,
pelas suas famílias, com as suas espadas, com as suas lanças e com os seus
arcos” (Ne 4.13). As famílias foram convocadas para participar da reconstrução
dos muros. Além dos que trabalhavam diretamente na obra, as famílias foram
armadas “com as suas espadas, com as suas lanças e com os seus arcos” para
enfrentar possíveis ataques dos adversários.
Certamente, de dia e de noite
havia pessoas armadas em vigilância diante de cada casa, a fim de que não
fossem apanhadas de surpresa pelos inimigos. Aqui, temos uma lição de caráter
espiritual a ser extraída. Não adianta a igreja estar preparada contra os
inimigos, mas as famílias em seus lares darem brechas e oportunidades para que
os inimigos as ataquem. Aliás, na maioria das vezes são as familias que não
vigiam a vida espiritual. Pais que não cuidam da vida espiritual dos filhos,
filhos que não obedecem a seus pais e que se deixam dominar pelos meios escusos
do Diabo através das inovações tecnológicas, como a televisão e a internet.
Trabalhadores
Armados
A situação era tão crítica e as
ameaças eram tão constantes que Neemias teve que usar uma estratégia inusitada
para enfrentar a situação. “E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus
moços trabalhava na obra, e a outra metade deles tinha as lanças, os escudos,
os arcos e as couraças; e os chefes estavam por detrás de toda a casa de Judá”
(Ne 4.16).
Se a oração era constante, a
vigilância armada não era descuidada em um só momento. Metade dos que ajudavam
Neemias trabalhava na construção, enquanto a outra metade cuidava das armas
para qualquer eventualidade. A liderança dava o exemplo: “... os chefes estavam
por detrás de toda a casa de Judá”. Os líderes não ficavam descansados,
enquanto os homens trabalhavam.
E o líder da restauração também
não se afastava da obra. Tinha o corneteiro ao seu lado durante todo o tempo
(Ne 4.18). E deu orientações aos magistrados para que, quando ouvissem a
trombeta tocar, procurassem se reunir no local da chamada (Ne 4.19). A ameaça
era tão acirrada que sequer podiam ir beber água sem levar suas armas (Ne
4.23). Mas Neemias, em sua convocação para a vigilância, deu o brado de fé: “O
nosso Deus pelejará por nós!” (Ne 4.20 b).
Hoje, há muitos trabalhando na
obra de Deus desarmados, por isso pagam um alto preço pela sua falta de
vigilância. Obreiros que não vigiam seu ministério de dia e de noite são
atacados quando menos esperam, e são derrotados pelo inimigo. Uns são
derrotados pelo orgulho e pelo desejo de poder (Pv 16.18); outros são
derrotados pela cobiça e pela avareza (1 Tm 6.10); e outros têm fracassado na
área do sexo, no relacionamento com o sexo oposto (1 Rs 11.4).
A obra do Senhor não é feita em
clima de tranqüilidade.
Em todos os lugares, de uma forma
ou de outra, há oposições. E elas podem surgir no seio da própria igreja local.
Podem advir do âmbito externo, os ímpios podem se levantar a partir de
movimentos religiosos, seitas e leis, como ocorre em muitos países e até mesmo
no Brasil.
A experiência de Neemias ao
Construir em tempos de crise, tem grandes lições para os obreiros e líderes nos
dias atuais. Que o Senhor nos dê graça e sabedoria para administrarmos os
conflitos que envolvem a obra do Senhor.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Livro de Neemias – Integridade e
Coragem em Tempo de Crise – Elinaldo Renovato
COMO VENCER AS
OPOSIÇÕES À OBRA DE DEUS
TEXTO
ÁUREO
= “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos
amou” (Rm 8: 37).
VERDADE
PRÁTICA
= Quando depositamos nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior
do que todos os obstáculos que encontramos.
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO = Ne 4.8-20; 1 Jo 4.4; 5.5
INTRODUÇÃO
Observamos como a construção dos muros
em Jerusalém provocou urna dura resistência por parte dos samaritanos. Nesta
lição iremos observar, mais detalhadamente, as diferentes formas dos seus
ataques, e o modo como os judeus conseguiram vencê-los e concluir a obra. (SB)
I. QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?
1.
A Bíblia revela a verdadeira força por trás destes ataques. Ela diz:
“Não temos que lutar contra a carne e o
sangue. mas sim contra os principados, contra os príncipes da trevas deste
século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef
6.12). Portanto, nossa luta é antes de tudo espiritual.
Os inimigos visíveis são meramente
instrumentos dos demônios, os quais nos atacam..Desde que Lúcifer caiu em
pecado no céu e foi expulso de lá, ele tem sido o ADVERSARIO de Deus e de sua
obra (1 Pe5.8).
2.
Qual a orientação que a Bíblia dá diante desta luta? Ela diz: ‘Portanto
tomai toda a armadura de Deus ,para que possais:
a)RESISTIR NO DIA MAU;
b)TENDO FEITO TUDO;
c)FICAR FIRMES (Ef 6.13).
Vemos, assim, que a Bíblia não aconselha
fugir da luta, mas sim ficar firmes, resistir, e vencer! (Tg 4.7)
3.
Nesta luta contra o mundo Invisível a arma mais eficaz é a fé. A Bíblia diz:
“Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1
Jo 5.5). Por isso a Bíblia aconselha: “Milita a boa milícia da fé, e toma pose
da vida eterna” (1 Tm 6.12). Pela fé experimentamos a operação do Espírito
Santo e nossa vida ( Gl 3: 2,5). Jamais devemos permitir que alguma coisa venha
abalar a nossa fé, “porque sem fé é impossível agradar-lhe” (Hb 11.6). Devemos
não temer, mas crer- somente (Mc 5.38). “Não deis lugar ao Diabo!” (Ef 4.2).
4.
Nesta luta as armas devem ser espirituais (2 Co 10.4). Só as armas
espirituais atingem e alcançam os reais inimigos, os demônios. As armas carnais
só nos prejudicam, pois muitas vezes levam-nos a dar lugar ao inimigo.
II. 0 INIMIGO
PROCURA ATINGIR A NOSSA FE.
1.0
Inimigo ataca com a arma do DESPREZO. Diziam: “que fazem estes fracos
judeus?” (Ne 4.2). De fato, em nós mesmos somos fracos. Paulo disse:
“Quando estou fraco então sou forte” (2
Co 12.9,10). Quando o crente é tentado a se comparar com o inimigo, está em
perigo! Foi esta tentação que derrubou Israel. Quando os dez espias disseram
“Não poderemos subir porque o povo é mais forte do que nós” (Nm 13.31), os
israelitas recusaram-se a subir, recusaram- se a dar ouvidos à mensagem de fé
transmitida por Calebe, que dizia:
“Certamente prevaleceremos contra eles”
(Nm 13.30). “O Senhor é conosco, não os temais” (Nm 14.9).
2.0
inimigo ataca com a arma do ESCARNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; Sl 79.4).
Trata-se de uma arma que os inimigos da
obra de Deus têm usado em todos os tempos. Quando os servos de Deus sofrem
escárnio, são tentados a ficarem desanimados. Todavia devemos lembrar que isso
é o que os fiéis sempre tiveram que suportar (Hb 11.36; Sl 35.15,16; 44.13,14).
Nem mesmo Jesus escapou do escárnio (Mt20.19; 27 .29,39).
Jesus é natural que aos seus servos seja
dado o mesmo nome” (ML 10.25). Isto faz parte da cruz que devemos aceitar
quando seguimos a Jesus (Mt 10.38,39; 16.24,25). Os que so carnais procuram
escapar do escândalo da cruz (Gl5.11).
3.0 Inimigo chama a nossa atenção para a imensidade
da tarefa.
“Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Moisés
ao olhar para a dimensão da tarefa para qual Deus o chamava, recusou-se a ir.
Quando, porém, Moisés meditou na Palavra de Deus, que Deus iria com ele (Ex
3.12), e que Deus seria com a sua boca (Êx 4.12), Moisés se animou e viu as
montanhas tornando-se em campinas (Zc 4.7). Quem faz a obra é Deus (Is 26.12),
mas Ele usa de instrumentos, ainda que estes sejam pequenos e a tarefa seja
grande!
4. O inimigo usa contra nós os BOATOS e as MENTIRAS. Os samaritanos
espalhavam calúnias contra Neemias, dizendo que ele planejava constituir-se rei
(Ne 2.19, 6.5;6). Tudo isto para amedrontar os judeus e assim atingi-los em sua
fé em Deus. Neemias respondeu: “Dc tudo que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas
no teu coração o inventas” (Ne 6.6). Paulo escreveu: “Tornando-nos
recomendáveis em tudo... por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama”
(2 Co 4.4-8). Jesus aconselhou àqueles que sofrerem acusações mentirosas a
alegrarem-se e a exultarem, e a não atentarem para o que se fala deles (Mt
5.11,12).
5. O inimigo usa como arma a ASTÚCIA. Os samaritanos
convidaram os judeus para juntos se congregarem nas aldeias; porém intentavam
fazer mal a Neemias. Insistiram na proposta, mas o convite foi repetidamente
recusado por Neemias: “Estou fazendo uma grande obra, não poderei descer” (Ne
6.3).
6. O Inimigo usa
como arma as AMEAÇAS. Os inimigos dos judeus ameaçaram guerrear contra eles, a
fim de espalharem medo e pânico entre o povo de Deus. Porém, diz Neemias: “Oramos
a Deus e pusemos guardas contra eles!” (t’Ie 4.9). Os judeus não atacaram os samaritanos,
mas defenderam a sua área de trabalho ( Ne 4: 13-20).
III. QUAL O SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS
JUDEUS?
1. Os Judeus venceram porque tinham certeza de que
estavam na vontade de Deus. Neemias disse aos seus inimigos: “O Deus do céu é
que nos fará prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que o Senhor o havia enviado
para Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza nos guarda de
precipitações, (Pv 29.20), e de falarmos palavras impensadas (Sl 106.33; Ec
7.9; Pv 25.11). Podemos assim governar o nosso espírito (Pv 16.32).
2. Os judeus venceram pela oração. Neemias era
homem de oração. Com freqüência lê-se sobre como Neemias orava: “Ouve, ó nosso
Deus; Lembra-te de mim para o bem; Lembra-te, meu Deus, de Tobias e Sambalate”
(Ne 4.4; 6.14; 13.29).
Aquele que ora,
coloca a sua dificuldade diante do Senhor que QUER e PODE RESOLVE-LA! O mesmo
Deus que nos exortou a orar, também prometeu nos responder as orações (Jó 22.27;
Sl 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11).
3. Devemos também orar ( 1 Ts 5.17). “Oral sem
cessar...” Jesus deixou- nos o mesmo ensino. Falou-nos da necessidade de
perseverarmos na oração, usando para isso uma parábola (Lo 18.1). Paulo exortou
aos efésios a perseverarem em “oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) e aos
colossenses ele escreveu:
Perseverai em
oração” (Cl 4.2). Que é então perseverança em oração?
a. É impedir que alguma coisa nos estorve a orar,
encontrando-nos apenas na oração. Precisamos de uma espécie de autodisciplina,
ou de controle sobre nós próprios. Marta não dispunha de tempo para ficar aos
pés de Jesus, porque estava ocupada (Lc 10.38-42). Quando começamos a orar,
aparecem muitos obstáculos, mas devemos ser vitoriosos. Temos que ter vitória
também em nossos pensamentos, porque o inimigo quer nos impedir de orar,
fazendo-nos pensar em outras coisas.
b. É persistir em orar, ainda que o Diabo procure tornar pesada e difícil a
oração.
Daniel orou 21 dias, e veio a resposta! E, então, ele soube que a resposta
demorara, porque os espíritos malignos tinham impedido a resposta (Dn 10.11- 14),
Jesus mostrou a mesma verdade na
parábola sobre a viúva (Lc 18.1-6).
e. É orar até que venha a resposta! Devemos orar
“até que...” (Is 62.8; Lc 24.49). Jesus orou três vezes sobre a mesma coisa (Mt
26.44), e Paulo também orou três vezes, até que Deus lhe respondeu (2 Co
12.8,9). Elias orou 7 vezes, para que chovesse, e choveu (1 Rs 18.43-45). E os
discípulos perseveraram em oração até que o fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).
d. É uma prova de que o Espírito de oração opera em
nós (Zc 12.10; Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20). O Espírito Santo ora, em nós, enquanto
trabalhamos; enquanto nos ocupamos de nossas tarefas diárias. O Espírito Santo
não se preocupa da posição de nosso corpo, isto é, se estamos ajoelhados,
deitados ou em pé. Isto é o segredo de estarmos sempre orando! Dá liberdade ao
Espírito - e Ele levar- te-á para esta gloriosa vida de oração. Aleluia. A
VITORIA É NOSSA, PELO SANGUE DE JESUS. Amém.
Elaboração
pelo:-
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de
Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Lições bíblicas CPAD 1993