O
Crescimento do Reino de Deus
TEXTO ÁUREO
"[...]
Porque eis que o Reino de Deus está entre vós." (Lc 17.21)
VERDADE
PRÁTICA
Reino
de Deus cresce e continuará crescendo até a consumação dos séculos.
LEITURA
BÍBLICA = Marcos 4.30-32; Mateus 13.31-33; Lucas 13.18,19
HINOS
SUGERIDOS: 42, 242, 259 da Harpa Cristã
OBJETIVO
GERAL
Evidenciar
que o propósito de muitas parábolas é revelar o Reino de Deus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
I-
Interpretar as parábolas acerca do Reino de Deus;
II-
Demonstrar a singeleza do início do crescimento do Reino de Deus;
III
- Narrar o perfil dos participantes do Reino de Deus.
INTRODUÇÃO
Tendo
como base a Parábola do Grão de Mostarda, mostraremos neste domingo a franca
expansão do Reino de Deus sobre a terra através da Igreja. A fim de melhor
compreendermos as lições reveladas pelo Mestre, dividiremos o nosso estudo em
três pontos principais: a semente, a hortaliça e as aves do céu. Roguemos ao
Senhor, pois, que nos ajude a colocar em prática cada uma das lições
encontradas nessa parábola.
I. A SEMENTE
DE MOSTARDA
1. O grão de
mostarda (v.31). A palavra mostarda é de origem egípcia (sinapis) e aparece por
cinco vezes nos três primeiros Evangelhos (Mt 13.31; 17.20; Mc 4.31; Lc 13.19;
17.6). Nos dias de Jesus, a mostarda negra (sinapis nigra) era a mais
conhecida. Suas sementes, depois de trituradas, serviam de tempero para os
alimentos. A mostarda era uma planta que, em terra fértil, crescia rapidamente
até três ou quatro metros. Em seus ramos, aninhavam-se as aves do céu.
2. A lição
dos contrastes. Ao propor esta parábola, Jesus usa um artifício literário a fim
de ressaltar o contraste apresentado por esta hortaliça. O grão de mostarda é a
menor das sementes; ao crescer, é a maior das hortaliças (v.32). Considerando
tal fato, Jesus queria que seus discípulos entendessem que mesmo uma semente
tão pequena é capaz de produzir um grande resultado.
A
operação divina é o elemento que promove o crescimento do Reino de Deus. À
semelhança do grão de mostarda, o Reino de Deus surge do nada para demonstrar a
plenitude do poder divino. Isto equivale dizer que a Igreja, como grão de
mostarda, surpreendeu o mundo com a sua mensagem e com o seu poder irresistível
no Espírito Santo.
No
começo, seu desenvolvimento foi vagaroso por causa das dificuldades a serem
vencidas, tanto em relação aos inimigos do reino, quanto à negligência dos
lavradores. Mas, como nos diz a Palavra, o grão de mostarda “é realmente a
menor de todas as se- mentes; mas, crescendo, é a maior das plantas e faz-se
uma árvore” (Mt 13.32).
3. O poder
misterioso da fé. Em outro evento, Jesus usou a figura do “grão de mostarda” para
ilustrar o poder misterioso e qualitativo da fé. Ler Mt 17.20.
A
dificuldade dos discípulos em curar um menino (Mt 17.14-19) deu a Jesus a
oportunidade não só de expulsar o demônio que oprimia a criança, como também de
mostrar-lhes que a fé é produtiva quando procede de Cristo. Esta é posta em
ação, como confiança absoluta em Deus, segundo a sua Palavra. Voltando ao “grão
de mostarda”, vejamos as suas características.
4. O campo
de semeadura (v.3 1). O “campo” desta parábola pode ser interpretado como o mundo, onde
foi semeado o evangelho. No dia de Pentecostes, o grupo de quase cento e vinte
pessoas (At 1.15,16), mediante a ação do Espírito Santo, imediatamente cresceu
e multiplicou-se para quase três mil almas (At 2.14,37-41).
5. A lição
do crescimento. Jesus não estava apenas empenhado em crescimento numérico de
discípulos, mas também em mostrar outro elemento fundamental para se avaliar o
desenvolvimento do Reino de Deus: o qualitativo. Em Mateus 28.19,20, há uma
relação do discipulado com o crescimento da Igreja. No cumprimento da Grande
Comissão, os discípulos, já revestidos do poder do alto, mostraram haver
aprendido as lições da parábola do grão de mostarda.
II. A GRANDE
ARVORE (MT 13.32)
1. A forma
de crescimento. O crescimento de uma árvore é lento e progressivo; o de uma
hortaliça, como a mostarda, é rápido e passageiro, porque esta vive apenas o
suficiente para produzir flores e sementes. Quando Jesus assemelhou o Reino de
Deus a um grão de mostarda, sugeriu que, assim como a semente desta hortaliça
desenvolve- se com muito vigor e misteriosamente, o Reino de Deus, através da
Igreja, expandir-se-ia e surpreenderia o mundo apesar de seu início pequeno e
humilde. Todavia, precisamos levarem conta um contraste sugerido pela
comparação: o crescimento da hortaliça é temporário e limitado; o do Reino de
Deus é ilimitado.
2. As
ameaças ao crescimento. Nas parábolas anteriores, aparece o campo de plantio com os seus
problemas típicos: recepção, absorção e crescimento da semente lançada. Cada
problema devia ser encarado com diligência pelo agricultor, pois, conforme diz
a Bíblia, “o que planta e que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão
segundo o seu trabalho” (1 Co 3.8). Em sentido geral, a Igreja é o grão de
mostarda semeado que se desenvolveu e tornou-se uma grande árvore. Nesta
parábola, o campo é um sistema de ação demoníaca comandado pelo Diabo, pois
“sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno”(l Jo 5.19).
Como
Igreja, deparamo-nos com muitos oponentes neste mundo, como a carne, o mundo, o
Diabo e o pecado, os quais incumbem- se de criar todas as dificuldades
possíveis ao desenvolvimento do Reino de Deus. Ver 1 Jo 2.16,17.
Não
podemos esquecer-nos de que, no campo de boas sementes, vem o inimigo e semeia
o joio.
3. O
significado de “grande árvore”(v.32). Todos sabemos que a mostarda é uma hortaliça
que pode crescer até uma altura de três a quatro metros, dependendo de
condições ideais do meio ambiente, como é o caso do vale do Jordão. Em síntese,
uma árvore chama a atenção porque se torna visível aos olhos humanos. Cada
salvo, em Cristo, faz parte da igreja invisível. Porém, é a igreja visível que
é observada.
III. AS AVES
DO CÉU (MT 13. 32)
O
texto sagrado diz: “Mas crescendo, é a maior das plantas e faz-se uma árvore,
de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (v.32).
À
luz do contexto das sete parábolas de Mateus 13 sobre a esfera atual do Reino
dos Céus, bem como a analogia geral das Escrituras, as “aves do céu” simbolizam
Satanás e seus demônios contra a Igreja. Herbert Lockyer, respeitado erudito
bíblico, em seu livro sobre Parábolas, declarou: “as aves do céu não
representam homens e nações, e sim o mal, isto é, Satanás, o príncipe da
potestade do ar”. A lição básica que o Mestre desejava ensinar era sobre o
“crescimento da igreja no mundo”.
CONCLUSÃO
A
Igreja, muito embora tenha tido um início humilde e até mesmo insignificante em
relação as grandes religiões não-cristãs existentes no mundo, cresceu e
frutificou abrigando milhões de seres humanos em sua sombra e copa.
Por =
Evangelista Isaías Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições
bíblicas CPAD 2005
O CRESCIMENTO
DOREINO DE DEUS
AS PARÁBOLAS
DO GRÃO DE MOSTARDA E DO FERMENTO
TEXTO AUREO = “E tocou
o s6timo anjo a sua trombeta, e houve no cu grandes vozes, que diziam: Os remos
do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo
o sempre” (Ap 11.15).
VERDADE
PRÁTICA
= O reino de Deus começou pequeno aos olhos dos homens. Mas, um dia, será tão
grande, que encherá a Terra e será o único a abrigar os habitantes do planeta.
LEITURA EM
CLASSE = LUCAS 13.18-21
INTRODUÇÃO
Em um dia de sábado, como era de costume,
Jesus ensinava “numa sinagoga” (Lc 13.10). Após libertar uma mulher, oprimida
por um espírito de enfermidade, seus adversários ficaram envergonhados e o povo
regozijou-se. Àqueles ouvintes, o Senhor proferiu duas brevíssimas parábolas: A
do grão de mostarda e a do fermento, e ilustrou com elas um fenômeno grandioso:
o crescimento do reino de Deus. O texto em análise encontra-se também em Mateus
13.31-33 e Marcos 4.30-32, com algumas variações de estilo e anotações dos
evangelistas.
1. O REINO
DE DEUS
A expressão “reino de Deus” refere-se ao
domínio de Deus, o Criador, sobre a criação e, mui especialmente, sobre os que
aceitam sua soberania. Ela faz alusão ao presente e ao futuro (Mt 12.28;
21.43). Existe também a “reino dos céus”, que se encontra em Mateus 5.3 e 5.19.
II. O REINO
DE DEUS COMPARADO AO GRÃO DE MOSTARDA
1. O grão de
mostarda.
Trata-se, segundo o dicionarista Aurélio, “de semente da mostardeira, que é
erva da família das crucíferas (sinapis alba), cujas folhas, comestíveis, têm
sabor picante, e de cujas sementes se retira um pó amarelo, com que se preparam
vários condimentos muito picantes...” Em seu Dicionário da Bíblia, Davis diz
que “a mostarda comum na Palestina é a sinapisnigra, ou mostarda negra”.
A árvore chega à altura de um homem a cavalo
(Davis). Na verdade, trata-se de uma hortaliça gigante, comparada às outras em
uma horta. Com relação ao tamanho do grão, Marcos diz que “...é a mais pequena
de todas as sementes que há na terra”(Mc4.3 1).
J. Jeremias (Parábolas de Jesus) diz que o
grão de mostarda é do tamanho da cabeça de um alfinete, “a menor grandeza
visível a olhos humanos”. Ao obtermos estas informações, entendemos o que Jesus
quis dizer, ao comparar o reino de Deus com esta sementinha, a qual, tão
pequena, tem a potencialidade de algo muito maior do que é aparente.
2. O
crescimento exterior do reino de Deus. Ao comparar o reino de Deus ao grão de
mostarda, Jesus quis, certamente, ressaltar o seu aspecto externo, visível. Ele
falava a homens que não conheciam as ciências naturais.
Para eles, o crescimento de uma planta era
algo misterioso. Marcos registrou esta observação, quando o Senhor disse que “O
reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse, e
se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo
ele como.”A Igreja Universal, que congrega os salvos em Cristo, não obstante as
perseguições e barreiras que lhe são impostas, cresce, visivelmente, sem se
saber como! Há lugares em que desenvolve mais; e em outros,menos, mas, no seu
todo, está presente entre tribos, línguas, nações e povos (Ap 7.9)
a) O
contraste misterioso. O ministério de Jesus teve um começo insignificante, aos olhos da
razão humana. Um jovem desconhecido, nascido de jovem senhora pobre, iniciou
sua pregação à beira do mar da Galiléia, e reuniu um pequeno número de homens
humildes, com uma mensagem simples (Mt 4.17). A maioria não deu muito valor às
suas palavras (Mc 6,4). Acontece que, com o passar do tempo, sem se saber como,
o reino de Deus se desenvolveu! Com sua morte, decresceu. Mas, depois da
Ressurreição e vinda do Espírito Santo, voltou a crescer e, hoje, “seus ramos”
estendem-se por toda a Terra! Para esse crescimento, Deus se vale de contrastes
marcantes (1 Co 1.27,28). E maravilhoso para nós, os crentes em Jesus, sabermos
que fazemos parte deste reino divino. Diariamente, devemos orar: “Venha a nós o
teu reino!”
b) O
crescimento da árvore. Desde o Antigo Testamento, a figura da árvore era tomada como
símbolo do reino de Deus. Em Ezequiel 17.22,23, temos este entendimento. O
Senhor, pelo profeta, comparou seu reino ao cedro excelente, uma árvore de
grande porte. Na parábola, Jesus o equivale ao que acontece com um grão de
mostarda, de pequenino tamanho.
c) As aves
dos céus se aninharam nos ramos da árvore (Lc 13.19). Quem são
estas “aves”? Uns dizem que são os filhos do maligno, os quais se infiltram e
se abrigam no meio da Igreja, e tomam por base a parábola do Semeador (Mt
13.3,19). Outros, como Champlin (Comentário doNT), aceitam a idéia de que são
os gentios, os quais encontram abrigo no reino, no meio da Igreja. Nós
aceitamos esta última concepção.
Quanto aos “ramos”, acreditamos tratar-se das
diversas denominações que surgiram, a partir do “tronco” da árvore (Igreja
Primitiva) e se espalharam pelo mundo. Nenhum ramo é igual a outro, mas todos
devem ter a mesma seiva (princípios, doutrinas fundamentais, tradições e
costumes que glorifiquem o Senhor da árvore). Há galhos que precisam ser
podados e até cortados e lançados no fogo. Entendemos que Jesus, ao usar o
verbo no passado (“se aninharam”), teve uma visão profética de como se
configurará a árvore.
III. O REINO
DE DEUS COMPARADO AO FERMENTO
Jesus comparou, ainda, o reino de Deus”... ao
fermento que uma mulher, tomando-o, escondeu em três medidas de farinha, até
que tudo levedou” (Lc 13.21). Enquanto o crescimento externo pode ser
representado pelo que ocorre com o grão de mostarda, o desenvolvimento interno
do reino pode ser simbolizado pela ação invisível do fermento lançado sobre a
massa.
1. O
fermento.
Boyer (Peq. Enc. Bíblica) diz que “O fermento dos hebreus constava de uma
porção de massa velha em alto grau de fermentação, introduzida na massa
fresca”. A fermentação é sinônimo de levedura.
2.0 sentido
literal do fermento. Nas Escrituras, o sentido literal do fermento é símbolo do mal, da
corrupção(Mt 16.6,7,11,12;Mc8.15; Lc 12.1; 1 Co 5.6-8).
3. O
fermento da parábola. Ao contrário do sentido literal, na parábola, o fermento é
apresentado, por Jesus, com um sentido benéfico, positivo, desejável. É símbolo
da influência do reino de Deus ou da Igreja no mundo, e espalha-se, através da
evangelização e do testemunho dos crentes fiéis, até que a mensagem do reino
seja difundida por todo o mundo...a toda a criatura” (Mc 16.15). “Até que tudo
levedou”. Esta expressão resume a missão da Igreja, tipificada como “uma
mulher”que lança o fermento no meio da massa, cobre-a com um pano (a oração), deixa
descansar (espera) e vê o resultado: milhares de almas salvas pelo poder do
Evangelho de Jesus Cristo. A massa (as multidões) precisa do fermento sadio e
poderoso da Igreja. Se ele não for lançado sobre os povos, estes perecerão sob
o mofo do pecado, da corrupção espiritual e serão lançados fora, no Inferno.
4. Os meios
para a fermentação. São muitos os meios deixados por Jesus, a fim de que, por
intermédio deles, a Igreja difunda sua influência salvadora no mundo. Ele disse
que estaria conosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt28.20). Ele
estabeleceu a Grande Comissão, ao ordenar a pregação do Evangelho (Mc 16.15), e
nos deixou a autoridade do seu nome, com sinais autenticadores do seu poder (Mc
16.17,18). Enviou-nos o Espírito Santo (Jo 14.16,17,26; At 2), e os dons
espirituais estão à nossa disposição (1 Co 12.7-11). Nenhuma instituição, no
mundo, dispõe de tantos meios e recursos poderosos para ser vitoriosa como a
Igreja do Senhor. SÓ falta a união de todos, ou melhor, o fermento na massa e o
resultado virá, pois o Senhor é fiel.
Por =
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições
bíblicas CPAD 1994
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