Salvação O Amor e a Misericórdia de Deus
TEXTO
ÁUREO = 'Vós que, em outro tempo, não éreis povo, mas,
agora, sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora,
alcançastes misericórdia."(1Pe 2.10)
VERDADE
PRÁTICA = A partir de seu amor misericordioso, aprouve a Deus
enviar seu Filho para morrer em lugar da humanidade.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Jo 3.16: O amor e a misericórdia de Deus
Terça – Lm 3.22,23: A nossa existência é fruto da
misericórdia divina
Quarta – 1Jo 3.16: Cristo deu a sua vida por nós,
assim, devemos oferecer a nossa em favor dos nossos irmãos
Quinta – Rm 5.5-8: Cristo morreu em nosso lugar
Sexta – Ef 2.4,5: A grande benignidade de Deus por
intermédio de Cristo
Sábado – Jo 1.10-12: O projeto redentor de Jesus, o
Filho de Deus
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE I João 4: 13-19
13 Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós,
pois que nos deu do seu Espírito.
14 E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu
Filho para Salvador do mundo.
15 Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de
Deus, Deus está nele, e ele em Deus.
16 E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos
tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
17 Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no
dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste
mundo.
18 No amor não há temor, antes o perfeito amor lança
fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em
amor.
19 Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.
HINOS
SUGERIDOS: 27,310,411 da harpa cristã
OBJETIVO
GERAL
Mostrar que a salvação é resultado do amor
misericordioso de Deus.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o
professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao
tópico com os seus respectivos subtópicos.
I - Apresentar o maravilhoso amor de Deus;
II- Explicar a misericórdia de Deus no plano da
salvação;
II – Analisar o amor, a bondade e a compaixão na
vida do salvo.
INTRODUÇÃO
Nós fomos criados para o amor e temos um Pai que nos
ama incondicionalmente. Esse amor nos proporciona, quando trilhamos o caminho
com Ele, viver a misericórdia, independente da nossa natureza pecadora, a qual
herdamos de Adão. O amor de Deus nos cura de tudo. Entender o amor de Deus em
nossa vida é compreender que misericórdia é amor, é compreender que a compaixão
de Deus para conosco é inesgotável. Mas não é compreender isso apenas para
usufruir, mas levar esse amor àqueles que padecem por falta dele.
O
MARAVILHOSO AMOR DE DEUS
O amor de Deus é objeto de inúmeros estudos e
questionamentos. É algo profundo e extremamente valioso. É esse amor que nos
mantém, ajuda e consola.
Deus
é Amor. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
(1 João 4:8)
O amor de Deus é fruto de sua essência. Nós amamos.
Deus é amor. A diferença é infinita. Por quê?
Tudo o que Deus cria, executa, fala, estabelece,
etc, é fruto do seu amor. Até mesmo os juízos e a justiça. A Bíblia diz que Ele
é Bondade, Justiça, Fidelidade, etc. Mas todos esses atributos derivam do seu
amor.
Ou seja, dizer que Deus é amor é reconhecer que
todas as suas atitudes são ditadas pelo amor.
O
Amor de Deus. Assim conhecemos o amor que Deus tem
por nós e confiamos nesse amor. Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor
permanece em Deus, e Deus nele. (1 João 4:16)
O apóstolo afirma que Deus é amor. Logo, isso nos
faz pensar que estar em Deus é estar diretamente ligado ao amor e estar ligado
ao amor é estar ligado a Deus. Mas como ocorre essa conexão com o amor de Deus?
João diz que isso acontece por que conhecemos e
confiamos (ou cremos) nesse amor de Deus. Aqui existe uma “via de mão dupla”:
conhecer é crer, e crer é conhecer (Ver Estudo Bíblico Sobre Comunhão entre os
Irmãos).
A fé gerada pelo Espírito Santo nos faz “entender em
parte” o funcionamento desse amor de Deus. Essa revelação embora limitada (1
Coríntios 13:12) produz em nós a confiança da salvação, nos mostrando o que
Deus tem feito por nós em Jesus Cristo.
Sem o reconhecimento da obra de Deus através da
morte de Jesus na Cruz e da sua ressurreição, dificilmente conheceremos o amor
de Deus. Permanecer nessa revelação, é permanecer no amor de Deus.
O amor de Deus não se revela em qualquer
manifestação de amor ou relacionamento. Esse se revela na manifestação do amor
que está em consonância com a personalidade de Deus, Sua Palavra e Sua Vontade.
O amor de Deus se manifesta tanto quando ele age com bondade, como quando ele
age com justiça, ao contrário do que a maioria das pessoas pensam. Justiça e
juízo também são manifestações do amor de Deus. O verdadeiro amor pune com o
fim de preservar.
Deus
de Amor. Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo
grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda
estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. (Efésios
2:4,5)
Como já foi dito o amor de Deus é o responsável por
todos os atos de Deus. Aqui ele produz a misericórdia. Que é abundantemente
derramada sobre nós. Antes que o amor de Deus manifestasse a sua misericórdia,
“estávamos mortos em transgressões”. Deus é quem nos dá o maior exemplo de
altruísmo ao enviar Jesus como expiação para os nossos pecados. Dessa forma ele
manifesta a sua misericórdia (compaixão) por nós. Isso veio impresso na alma de
Jesus. “Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e
desamparadas, como ovelhas sem pastor (Mateus 9:36).
Amor
de Deus por Nós. Porque Deus tanto amou o mundo que deu o
seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas
para que este fosse salvo por meio dele. (João 3:16,17).
O amor de Deus não é seletivo. Exclusivista. Deus
não ama apenas aos espertos, ou de pele e olhos claros, ou mesmo os negros. Nem
apenas aos pobres ou aos ricos. Nem mesmo, somente aos santos, como também aos
pecadores.Ele ama todo o mundo. Isso ficou ainda mais evidente com o nascimento
de Jesus Cristo. O propósito de Deus não é a condenação da humanidade. Ele
enviou seu Filho Jesus para nos mostrar isso pessoalmente.
O amor de Deus não está à disposição de alguns, como
afirmam algumas doutrinas teológicas. “Deus amou o mundo…”. E “enviou seu
Filho… não para condenar o mundo, mas para que este fosse salvo por meio dele”.
O
Amor de Deus Nos Constrange. Pois o amor de Cristo
nos constrange, porque estamos convencidos de que um morreu por todos; logo,
todos morreram. (2 Coríntios 5:14)
Analisando o amor de Deus por nós o apóstolo Paulo
chegou a uma conclusão: “o amor de Cristo nos constrange”. Ele se sentia
impelido, impulsionado, catapultado a testemunhar sobre o amor de Deus revelado
em Jesus.
Na verdade, todos nós devemos nos sentir assim. Ao
observarmos o sofrimento de Jesus no Getsêmani, vemos o quão difícil foi o seu
ministério. O quanto doeu nos salvar. O quanto ele precisou doar a si mesmo e
abrir mão de tudo o que ele é. Tudo isso por mim e por você. Isso não te
constrange? A ser melhor? Mais fiel? Mais consagrado? Dedicado?
UM
DEUS MISERICORDIOSO
1. Misericórdia: o que é? Para entender o que é misericórdia, vamos começar a
partir de Lucas 10:30-37. Lá, Jesus está usando uma parábola para responder à
pergunta de um advogado a respeito de quem é seu vizinho: Lucas 10:30-37.
Em contraste com o
sacerdote e o levita, o samaritano negou ser indiferente ao viajante quase
morto. Em vez disso, ele teve compaixão por ele, mostrou-lhe graça e o ajudou.
Misericórdia, portanto, é ter compaixão por alguém; para ajudar por amor sem
esperar algo em troca. E o Senhor é muito rico na mesma. Como Efésios 2,
caracteristicamente, nos diz:
Efésios 2:4-6. "mas Deus que
é rico em misericórdia, por causa de seu grande amor com que nos amou, quando
ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo
(pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntos, e nos fez assentar nos
lugares celestiais com Cristo Jesus, para que nos séculos vindouros Ele possa
mostrar a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo
Jesus. "
Não foi o nosso valor ou o que poderíamos
fazer que nos deu a salvação, mas a graça, o amor e a misericórdia de Deus.
Como o viajante que os ladrões haviam deixado meio-morto, assim também nós
estávamos mortos em nossos delitos. Religião, filosofia e tudo o mais não
poderia nos ajudar. Eles passaram por nós como o levita e o sacerdote. No
entanto, o Senhor ", que é rico em misericórdia, por causa do grande amor
com que nos amou, quando ainda estávamos mortos em nossos delitos, nos deu vida
juntamente com Cristo." Ele estendeu sua mão e "nos libertou do poder
das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor
"(Colossenses 1:12-13). Como I Pedro 1:3 nos diz:
I Pedro 1:3. "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo, que segundo a Sua grande misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos".
Romanos 5:8. "Mas Deus
prova o seu próprio amor para conosco, no fato que, quando éramos ainda
pecadores, Cristo morreu por nós."
Estávamos mortos.
Ele estava cheio de amor, misericórdia e compaixão. Ele estendeu a mão e
fez-nos vivos. Ainda que indigno, Ele nos fez dignos. Embora pecadores, Ele nos
fez justos. Embora Seus inimigos, Ele nos reconciliou com Ele mesmo. Embora no
reino das trevas, Ele nos transportou para o reino do Filho do Seu amor.
Realmente, quão grande é a Sua graça, amor e misericórdia para cada um de nós
pessoalmeO PAI
O PAI DAS MISERICÓRDIA. II
Coríntios 1:3: … o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação. A
fonte da misericórdia e consolação é Deus. No sofrimento não devemos nos
esquecer que Ele é O Pai das misericórdias e de toda consolação. Quando Paulo
disse “toda consolação” é porque Deus pode consolar qualquer sofrimento. Não há
algo tão doído que Deus não possa consolar. Nele há consolação e Misericórdia.
Deus consola através de Sua Palavra. A Bíblia é um
verdadeiro bálsamo para a alma humana. São tantas passagens que apaziguam a
alma e confortam em momentos difíceis. Muitas vezes preguei em sepultamentos
palavras de consolo baseadas na Palavra. Outras tantas vezes pessoas
encontraram orientação para tomar decisões acertadas na Palavra.
As orações são recursos de Deus para consolo. Foi o
caso de Ana e de tantas outras pessoas em todas as gerações que tiveram seu
semblante mudado depois que oraram. O próprio Espírito intercede por nós
enquanto oramos para que haja consolo em nós.
Às vezes o consolo divino se manifesta através do
próximo, palavra de aconselhamento, abraços, uma boa música. Na maioria dos
casos é Deus manifestando sua consolação através do próximo. Eu sempre olho
aquele versículo que fala que se meu pai, ou minha mãe me abandonar, Deus me
acolherá, de forma horizontal. Afinal Deus vai acolher como? Através de alguém
é a resposta.
O consolo de Deus se manifesta até fisiologicamente.
O choro é um escape fisiológico dado por Deus ao homem. A expressão
“Bem-aventurados os que choram porque serão consolados” tem muitas aplicações,
mas expõe também a natureza fisiológica do choro que após ser derramado
proporciona certo alívio para aquele que chora.
A Bíblia toda conta a história de Deus sendo o
consolador da humanidade. Jesus ao falar do Espírito Santo o chamou de
consolador e alertou: não vos deixarei órfãos, ou seja, inconsoláveis, enviarei
do meu Espírito e Ele será o consolador de vocês.
Precisamos fazer esta consideração durante o
sofrimento. Deus é a fonte da verdadeira consolação. Tão preciosas foram as
palavras de Cristo: Não se turbe o vosso coração, credes no Pai, credes também
em mim. A fé neste Deus consolador apazigua a alma e consola.
A
misericórdia de Deus. Nenhum homem merece a misericórdia
de Deus. Nenhum homem pode reclamar a misericórdia de Deus por mérito. As
Escrituras concluem: “... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”
(Romanos 3:23).
As Escrituras
do Velho Testamento mostram repetidamente os pecados do povo com afirmações
tais como “nós pecamos,” “eu pequei” e “pecamos contra o Senhor”. João diz: “Se
dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra
não está em nós” (1 João 1:10). E nos é dito, “Aquele que pratica o pecado
procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio” (1 João 3:8).
O pecado é definido como “transgressão da lei” de
Deus, revelada nas Escrituras (1 João 3:4). O povo do Velho Testamento tinha uma
lei, dada por Deus através de Moisés e dos profetas. Ninguém guardou a lei, e
pecou ao transgredi-la. O povo, agora, vive sob a lei do Novo Testamento dada
por Deus através de Cristo, do Espírito e dos apóstolos. Quando deixamos de
segui-la, pecamos, ao transgredi-la.
Tiago conta-nos os passos que conduzem ao pecado.
“Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e
seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o
pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:14-15). O homem peca porque
deixa de resistir às tentações do diabo e, assim fazendo, viola a lei de Deus.
Este processo de sedução começou com o primeiro
homem e a primeira mulher, pelo diabo (Gênesis 2:3), e continua até o dia
presente. O homem foi, e é, culpado diante de Deus, e Paulo diz, “... naquele
tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às
alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12).
Você percebe por que precisamos apreciar a
misericórdia de Deus? O homem não tinha esperança de nada além da culpa do
pecado. Ele era impotente para livrar-se do pecado porque não podia resistir às
tentações do diabo. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato
de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais
agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira”
(Romanos 5:8-9). É-nos dito que, sob a nova aliança, “... para com as suas
iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei”
(Hebreus 8:12). Agradeçamos a Deus por sua misericórdia. Mas lembremo-nos que
ainda que agora tenhamos esperança através de sua misericórdia em Cristo, ainda
podemos pecar. A misericórdia de Deus não é incondicional. Assim como mostrou
misericórdia a Israel e depois tirou-a, por causa da desobediência, ele nos
promete o mesmo.
Porque, se vivermos deliberadamente em pecado,
depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta
sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e
fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo
depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés.
De quanto mais severo castigo julgais vós será
considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o
sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?
Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu
retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair
nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26-31).
Conhecendo a misericórdia de Deus, bem como nossa
fraqueza da carne, advertimos a todos: “... guardai-vos no amor de Deus,
esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna”
(Judas 1:21), e a que “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono
da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em
ocasião oportuna” (Hebreus 4:16).
MISERICORDIA
COM O PECADOR. A misericórdia de Deus é demonstrada ao dar Seu Filho para morrer no lugar
do pecador. Foi pela misericórdia de Deus “que o oriente do alto nos visitou”.
Lucas 1:78. Foi misericórdia e não justiça que mandou Cristo Jesus para nos
redimir da condenação da lei. Cristo não trouxe para nós a misericórdia de
Deus, mas foi a misericórdia de Deus que O trouxe a nós. Cristo é o meio pelo
qual a misericórdia chega a nós, mas Ele não é a causa. A morte de Cristo torna
possível o outorgar das misericórdias do concerto por Deus de maneira a satisfazer
a justiça, sendo Cristo o penhor de Seu povo. A misericórdia vem de Deus, mas
somente através do Senhor Jesus Cristo.
A misericórdia é vista também na regeneração dos
pecadores. Vivificar-nos quando ainda mortos em pecados foi certamente um ato de
misericórdia, como também o foi a morte de Cristo em nosso lugar. Em Efésios
2:1-3, Paulo descreve o pecador como andando no curso deste mundo, de acordo
com o príncipe das potestades, guiado pelo espírito que opera nos filhos da
desobediência, sendo por natureza filhos da ira. Mas em seguida ele diz: “Mas
Deus que é rico em misericórdia, pelo (por causa de) seu imenso amor com que
nos amou, ainda quando mortos em pecados e ofensas, vivificou-nos juntamente
com Cristo”. Isto não retrata o pecador fazendo algo que faça Deus regenerá-lo,
mas retrata a misericórdia triunfando sobre a depravação humana.
Em Tito 3:5, lemos que não foi por obras de justiça
nossas, mas segundo a Sua misericórdia que Ele nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo. E Pedro diz que foi de acordo com
Sua abundante misericórdia que fomos gerados de novo para uma esperança viva. 1
Pedro 1:3. Como pecadores não fizemos nada para merecer nosso novo nascimento
nem para merecer a morte de Cristo em nosso lugar.
Temos um exemplo concreto da misericórdia de Deus na
regeneração de Saulo de Tarso. Ele atribuiu sua conversão à misericórdia de
Deus. Ele diz que outrora blasfemava, perseguia e injuriava, “mas alcancei
misericórdia”, ele exclama, “pois fiz isto ignorantemente em incredulidade”.
Isto não indica que a ignorância e a incredulidade sejam base para a
misericórdia, antes, evidencia que sua salvação foi um ato de misericórdia.
A ignorância e a incredulidade não podem merecer a
salvação, portanto a salvação de Saulo foi um ato da misericórdia divina. Paulo
era o principal entre os pecadores, mas alcançou misericórdia. Não há pecador
perverso demais, que não possa receber a misericórdia da salvação.
AMOR,
COM ADORAÇÃO A DEUS
O ser humano foi criado para adorar a Deus. A
adoração não é só quando estamos na igreja, totalmente envolvidos com os
louvores. Ela vai além das canções, além das palavras. Adorar é “prostrar-se”
ou “curvar-se”, mas não precisamos andar curvados por aí para adorar a Deus.
Temos uma vida de adoração quando vivemos em obediência e submetidos a Deus,
com atitudes que o honram.
Adorar a Deus é mostrar que vivemos para servi-lo. É
reconhecê-lo como nosso criador e expressar todo nosso amor por Ele. Deus é
soberano, maravilhoso, perfeito e merece toda nossa adoração por quem Ele é.
Deus está a procura de verdadeiros adoradores que o
adorem em “espírito”; e para isso temos que ter o Espírito Santo habitando em
nós, para que seja uma adoração que venha do nosso interior e que não se limita
a lugar nenhum. Podemos e devemos adorá-lo onde estivermos. Deus também procura
aqueles que o adoram em “verdade”. Só iremos adorar Deus em verdade se
conhecermos a sua Palavra, pois ela é a verdade (João 17:17), e é de acordo com
ela que devemos adorá-lo.
A adoração só será possível se nós amarmos Deus de
todo nosso coração. Se Ele for o nosso maior amor e se estivermos totalmente
entregues a Ele. Caso contrário, se Ele não estiver em primeiro lugar na nossa
vida, não será uma adoração em espírito e em verdade, pois provavelmente
estaremos muito ocupados com nossos afazeres, deixando a comunhão com Deus de
lado.
Quando o conhecemos e o amamos, sentimos prazer em
adorá-lo. Queremos lhe agradar em tudo e vê-lo feliz conosco. Se Ele está
procurando tais adoradores, vamos dizer: “Eis-me aqui Senhor”. E adorá-lo em
espírito e em verdade, sempre.
Só Deus é digno de adoração. Não há mais ninguém e
mais nada que mereça ser adorado, somente Ele. Quando o adoramos, Ele se alegra
e nós também, pois quando vivemos em adoração estamos em comunhão com Deus a
todo momento, e isso nos mostrará como é maravilhoso sentir a sua presença em
nossa vida. Ajudar alguém que precisa,
ler a bíblia, evangelizar, louvar, fazer o bem, isso é uma vida de adoração. É
uma vida que honre o nome de Deus, é viver no seu altar.
AMAR
AO PRÓXIMO. A parábola do bom samaritano (Lucas
10:30-37) é um dos mais conhecidos ensinamentos de Jesus. A história apresenta
quatro conjuntos de personagens: O homem
que foi roubado, espancado e deixado como morto. Quase nada sabemos sobre este
homem, exceto que estava viajando de Jerusalém para Jericó. Não sabemos sua
classe social, seu caráter, nem mesmo sua raça.
Não sabemos se ele tinha feito alguma coisa para
merecer estes ferimentos. Não faz diferença: O amor ao próximo responde à
necessidade, não à identidade da pessoa.
Os assaltantes. Eles se aproveitaram de sua vítima, tomaram o que
puderam, e se desfizeram dela. Muitos hoje em dia olham para os outros do mesmo
modo que os ladrões.
Procuram ganhar o que podem de alguém e depois não
se preocupam mais com ele. Um sacerdote e um levita que estavam viajando pela
estrada. Eles viram o homem ferido e se desviaram, passando pelo outro lado. A
despeito da posição religiosa deles, evidentemente encontraram alguma desculpa
para não ajudar. O samaritano. Um judeu poderia ter esperado que o samaritano
tivesse sido o vilão da história. Mas Jesus mostrou que alguns dos desprezados
samaritanos eram mais justos até mesmo que sacerdotes e levitas.
O que tornou o samaritano diferente? Ele teve
compaixão pelo homem ferido. Os outros estavam tão absorvidos consigo mesmos
que realmente não se interessaram por ele, mas quando o samaritano viu a
vítima, ele teve compaixão dela. Ele se arriscou. O assalto mostrava
vividamente que a estrada era perigosa. Mas ele parou, cuidou dos ferimentos do
homem e levou-o a uma hospedaria para receber tratamento. Ele fez o que pôde. O
samaritano não era um centro médico totalmente equipado. Ele não era médico.
Ele não construiu nenhum hospital. Sem dúvida, havia outros que poderiam estar
bem mais qualificados para ajudar se estivessem na cena. Mas este samaritano
fez o que pôde com o que tinha. Ele tomou de seu próprio óleo e vinho e tratou
os ferimentos. Ele usou seu próprio animal para transportar o homem. Ele pagou
a estadia do homem na hospedaria e prometeu pagar quaisquer despesas restantes
quando voltasse.
Jesus perguntou ao intérprete da Lei qual deles
tinha-se mostrado ser o próximo do homem ferido. Ele respondeu corretamente que
foi aquele que o tinha socorrido. O homem tinha aprendido que a identidade de
nosso próximo não depende de lugar ou raça, mas que todo aquele que necessita
de nossa ajuda é nosso próximo. De novo, Jesus ordenou ao homem: "Vai e
procede tu de igual modo" (Lucas 10:37). O amor precisa ser praticado, não
admirado.
Jesus concordou que amar a Deus e amar ao próximo
são as coisas que temos que fazer para ir para o céu. Em outra ocasião ele
disse que estes são os dois maiores mandamentos (Mateus 22:37-39). É impossível
ressaltar demais estes dois princípios. Contudo, o amor é pouco entendido e
ainda menos praticado. Muitos vêem o amor como uma sensação, um sentimento ou
emoção. Uma vez que têm uma bondosa disposição para com Deus e um espírito
pacífico para com os outros, eles crêem que já cumpriram todas as
responsabilidades do amor. Precisamos prestar cuidadosa atenção a estas
ilustrações do amor porque elas nos ajudam a entender o que o amor realmente
significa na prática.
O bom samaritano socorreu o homem necessitado. O
amor é ativo. O amor vê aqueles que têm problemas --físicos ou espirituais-- e
sente compaixão por eles. Muitas pessoas estão muito absorvidas consigo mesmas
para se preocuparem com os outros e suas dificuldades. Para amar como o
samaritano amou, precisamos esquecer de nós mesmos e nos comovermos com o
sofrimento dos outros. Isso nunca é mais verdadeiro do que quando vemos pessoas
que precisam de auxílio espiritual. Jesus viu as multidões como ovelhas sem
pastor e sentiu compaixão por elas, ainda que ele mesmo estivesse exausto
(Marcos 6:34). Ele partilhou ansioso a água viva com uma mulher imoral, a
despeito de sua própria fome, sede e fadiga (João 4).
O amor aceita riscos para ajudar os outros. Algumas
vezes o maior risco que tememos é a rejeição. Se outras pessoas desprezarem
nossas tentativas para ajudá-las, sentiríamos feridos. Assim, buscando
isolar-nos do risco de ter nosso ego arranhado, evitamos aproximarmo-nos delas.
É arriscado convidar um vizinho a ler a Bíblia conosco, chegar a um irmão e
reprová-lo, ou desafiar um amigo com respeito à vida dele. O amor arrisca
rejeição para ajudar os outros.
O amor faz o que pode. Não podemos fazer tudo o que
alguém possa precisar, mas podemos fazer alguma coisa. Não temos todas as
respostas, mas temos algumas. O amor serve.
Maria escolheu a boa parte e essa escolha demonstrou
seu amor por Jesus. Nossas escolhas sempre demonstram o que amamos. E uma coisa
é certa: escolhas serão feitas porque ninguém pode fazer tudo. Algumas coisas
que, por si mesmas, são boas e apropriadas, terão que ser omitidas. O que
escolheremos? Algumas pessoas escolhem o urgente em vez do importante, fazendo
as coisas que precisam ser feitas imediatamente em vez das coisas que são muito
mais valiosas a longo prazo.
Uma vez que muitas tarefas espirituais (coisas como
orar e estudar) podem ser feitas a qualquer tempo, elas tendem a ser postas de
lado enquanto nos concentramos em atividades com limite de tempo. Alguns
escolhem as coisas que são visíveis em vez das coisas que as pessoas não podem
ver. Uma vez que as atividades espirituais não são percebidas pelos outros,
elas podem ser facilmente negligenciadas. Marta recebeu bem a Cristo, porém não
escolheu a boa parte. Tinha tantas outras coisas que a sobrecarregavam e
preocupavam que não teve tempo para senar-se e ouvir Jesus. O tempo que
gastamos com Jesus é um sinal de quanto o amamos. O amor é a chave para herdar a vida eterna. Amamos a Deus? Amamos nosso
próximo?
AMOR
COMO SERVIÇO DIACONAL
Trabalhar para Deus tem um sabor muito especial mas
não é fácil, pois temos que renunciar muitas coisas. Todos os crentes são
chamados para servir, pois fomos criados para servir! Encontramos este texto
precioso na Bíblia: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus
para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as
praticarmos”. Efésios 2:10
O próprio Jesus deixou-nos o maior exemplo de
serviço voluntário. Ele disse dele mesmo: “Bem como o Filho do homem não veio
para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.”
Mateus 20:28.
Servo não é um título que se ganha, mas sim um
estilo de vida de entrega total como Jesus ensinou. Temos que sentir em nosso
coração uma urgência em relação ao mundo sobre a salvação que há em Cristo
Jesus, para então levarmos as Boas Novas àqueles que ainda não O conhecem.
Nossa oração deve ser: "Senhor, usa-nos para a Tua glória e para ajudar as
pessoas que necessitam de nós". Esse desejo deve nos consumir todos os
dias e deve ser o clamor do nosso coração!
Fomos criados para dar
nossa contribuição em favor do mundo e não apenas para consumir os produtos
existentes no mundo. Deus nos criou para fazermos a diferença! O que importa
não é quanto tempo vivemos mas sim como vivemos. Deus nos diz que fomos criados
e salvos para servir e que recebemos dons e que fomos moldados para servir.
CONCLUSÃO
O amor de Deus é a mola propulsora de todas as suas
decisões, ações, criações, etc. Tudo o que Deus faz é com base no seu amor. Não
é à toa que a Escritura declara que Deus é amor.
Deus nos ama de forma profunda, intensa, calorosa e
demonstrou isso no nascimento, na vida, no ensino, na morte e na ressurreição
de Jesus. Qual a importância do amor de Deus na sua vida? Que lugar ele ocupa?
Como ele tem impactado você? Deixe seu comentário. Expresse sua opinião, será
ótimo.
A misericórdia do Senhor e a compaixão para com Seus
filhos é realmente sem medida, como a distância entre o céus e a terra. Nós
somos vasos de misericórdia, vasos preparados por Ele para a glória! Ele
cercou-nos com Seu amor e compaixão. Ele é rico em misericórdia. Para reiterar
o convite de Hebreus 4:
O cristão verdadeiro não é apenas aquele que tem a
verdade, mas é aquele que a ama e proclama com a vida e com os lábios.
Portanto, de uma forma ou de outra, todos devem se envolver com a pregação do
evangelho de Jesus Cristo de forma direta e indireta com a pregação,
distribuição de materiais, livros, dvds, sites de evangelismo, estudos
bíblicos, levantamento de interessados, produção de conteúdo cristão. Mas todos
podem ser cristão no lar, no trabalho, na sociedade desenvolvendo os frutos do
Espírito: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Gálatas 5:22.
Por. Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério
Belém Em Dourados – MS
Bibiografia
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