Amando e Resgatando a Pessoa Desgarrada
TEXTO ÁUREO
"Digo-vos que assim haverá alegria no
céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que
não necessitam de arrependimento." (Lc 15.7)
VERDADE PRÁTICA
Jesus é o Bom Pastor que deu a vida para
resgatar suas ovelhas, as quais estavam desgarradas e distantes de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Seg. At 20.28: Os pastores devem cuidar de si
mesmos e igualmente do rebanho
Ter. Pv 27.23: É dever dos pastores conhecer
o estado de suas ovelhas
Qua. Jr 23.1-4: Uma advertência seríssima aos
que exercem o pastorado
Qui. Jo 10.11,12: A principal diferença entre
o bom pastor e o mercenário
Sex. 1Pe 5.2-4: Zelar e defender o rebanho de
Deus é dever do pastor
Sab. Mt 2.6: O Líder Supremo que, como
pastor, conduzirá o povo de Israel
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Lucas 15.3-10
INTRODUÇÃO
O capítulo
15 de Lucas foi chamado por alguém de “a seção de perdidos e achados” da
Bíblia. Nele, encontramos as parábolas da ovelha, da dracma e do filho pródigo.
Nesta lição, estudaremos somente as duas primeiras. Nelas, veremos que Jesus
demonstrou o amor de Deus pelos perdidos, em diversas situações. Isso lhe valeu
muitas críticas por parte dos murmuradores, legalistas e hipócritas.
1. A MURMURAÇÃO DOS ESCRIBAS E FARISEUS
1. Os murmuradores de sempre (Lc 15.2). Murmurar, significa: “censurar ou repreender
disfarçadamente em voz baixa”. (Dic.) Os escribas e fariseus eram mestres nesse
tipo de atitude (Lc 5.30).
2. A murmuração contamina. Se os líderes religiosos murmuravam, o povo aprendia com
eles. Quando Jesus disse que era o “Pão dos céus”, os judeus censuraram (Jo 6.4
1). Na residência de Zaqueu, todos murmuraram, porque Cristo entrara na casa de
um pecador (Lc 19.7).
3. Deus condena a murmuração. Paulo exortou os crentes de Corinto a não murmurarem
como os israelitas, no deserto, os quais pereceram “pelo destruidor” (1 Co
10.10). “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas” (Fp 2.14). Pedro
manda que sejamos hospitaleiros, “sem murmurações”(l Pe 4.9). Há igrejas em que
os demônios agem, e levam muitos crentes ao pecado da murmuração uns contra
outros e, de modo especial, contra pastores e obreiros.
II. O PASTOR E AS CEM OVELHAS
Ao perceber
a murmuração dos escribas e fariseus, Jesus aproveitou a ocasião e lhes propôs
a parábola da ovelha perdida.
1.O valor de uma ovelha perdida (Lc 4.4). Jesus dá a entender que mesmo para os homens daquela
época, afeitos à vida pastoril, uma ovelha tinha muito valor. O pastor, que
passava os dias e, por vezes, as noites (Lc 2.8) com seu rebanho, por certo,
muito se apegava a cada um daqueles animais, a ponto de chamá-las uma a uma
pelo nome. Jesus disse que as ovelhas ouvem a voz do pastor e este “chama pelo
nome às suas ovelhas...e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo
10.3-4). Em termos absolutos, 99 ovelhas valem muito mais que uma apenas.
Entretanto,
para um pastor que as amava tanto, uma que estivesse perdida, extraviada do
redil, tinha mais valor que as noventa e nove. A aritmética de Jesus era
diferente, quando se tratava de mostrar-lhes lições espirituais.
2. Deixando as noventa e nove (Lc 15.4). As noventa e nove ovelhas não ficaram abandonadas no
deserto. No Oriente, antigamente, e ainda hoje, segundo se sabe, os rebanhos
eram conduzidos pelo pastor, que ia adiante (à frente) das ovelhas (Jo l0.4b),
auxiliado pelos guardas do rebanho, principalmente, quando se tratava de um de
porte considerável, como o da parábola.
Ter cem
ovelhas era a prova de ser um proprietário rico, o qual contava com outras
pessoas para ajudá-lo. Assim, entendemos que as noventa e nove foram deixadas
em segurança, aos cuidados dos guardadores, enquanto o pastor, ele mesmo, saiu
em busca da perdida. Esse entendimento tem base bíblica. O rebanho de Davi
talvez não fosse tão grande, mas, para se dirigir aos seus irmãos, na guerra,
deixou as ovelhas aos cuidados de alguém (1 Sm 17.20).
3. A busca do pastor (Lc 15.4). Na parábola, o pastor sai em busca da perdida “até que
venha a achá-la”. Quanto o pastor deve ter sofrido, na busca incessante, para
encontrar aquela ovelha! Talvez subiu montes e desceu vales, sobre pedras e
espinhos e até se feriu, para encontrar aquela única ovelha.
Tudo isso
tem muito a nos dizer. Deus, no seu amor infinito, não deseja que alguma pessoa
se perca, mas “todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade”
(1 Tm 2.4).
Jesus, em
seu ministério terreno, “...viu uma grande multidão, e teve compaixão deles,
porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas
coisas” (Mc6.34). Ele, o Bom Pastor, muito sofreu, para nos achar, e
encontrou-nos no meio do deserto da humanidade, longe do seu redil.
Seu
sofrimento foi tanto, que Isaias o viu como um que “não tinha parecer nem
formosura,...indigno entre os homens,...aflito, ferido de Deus”. Disse ainda o
profeta: “Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Is 53
.2b, 3a,4c,6).
4. A alegria do pastor (Lc 15.5). O texto diz que o pastor, após achar a ovelha perdida, a pôs sobre os ombros, gostoso!
a) O encontro. O pastor
encontrou a ovelha perdida, faminta, sedenta, com frio, com medo. É afigura do
pecador, longe do Senhor. O Diabo o faz sentir aparente felicidade na situação
de ovelha desgarrada. Mas é só ilusão. A Palavra de Deus mostra que é terrível
a situação de um pecador ou desviado. Diz que “toda a cabeça está enferma e
todo coração fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã,
senão feridas e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem
nenhuma delas amolecidas com óleo” (Is 1.5,6).
b) O cuidado e a alegria do pastor (Lc 15.5,6). No item anterior, imaginamos qual era o estado dela.
Certamente, não podia caminhar com seus próprios pés. O pastor a levantou e
pô-la em seus ombros. Era o cuidado. A alegria é demonstrada pela expressão
revelada no texto, O pastor se sentiu “gostoso”, ou seja, cheio de gozo, de
satisfação, por ter encontrado sua ovelha.
Além disso,
o regozijo é tanto, que ele não quer desfrutá-lo sozinho. “Chegando à casa,
convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei
a minha ovelha perdida”.
c) A alegria no Céu (Lc 15.7). Ao concluir a parábola, o Senhor Jesus disse aos seus
ouvintes que, assim como o pastor alegrou-se tanto, por ter encontrado uma
única ovelha perdida, mesmo possuidor de noventa e nove no rebanho, “haverá
alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove
justos, que não necessitam de arrependimento”.
Isso mostra
que, na contabilidade de Deus, não vale apenas a quantidade. Uma mais que 99!
Só na matemática do amor de Jesus, o Bom Pastor. Ele disse que conhece as suas
ovelhas e por elas é conhecido e daria a sua vida por elas (Jo 10.14,15),
III. A DRACMA PERDIDA
Ainda em
resposta aos escribas e fariseus, Jesus proferiu, logo em seguida, outra
parábola, sobre a mulher que possuía dez dracmas e perdeu uma.
1. O que era uma dracma. Era uma moeda de prata, de valor equivalente a um
denário, com o qual se pagava por um dia de trabalho, uma diária, na linguagem
de hoje. Provavelmente, Jesus se referiu a uma senhora pobre, que tinha,
naquela soma de dinheiro, todas as suas economias. A perda de uma única moeda
representava motivo de grande preocupação.
2. Perdida em casa (Lc 15.8a). Na parábola anterior, a ovelha desgarrara-se, ao
afastar-se do rebanho. Nesta, a dracma perdeu-se dentro da residência de sua
proprietária. Não será a figura do crente, perdido na própria casa do Senhor? É
uma situação triste a de certas pessoas, em algumas igrejas. Freqüentam os
cultos, as reuniões, às vezes, até possuem cargos, mas não estão em comunhão
com a Trindade.
Ou seja,
estão desaparecidas no meio do povo de Deus. Umas, caídas, sob o manto do
adultério; outras, empoeiradas, debaixo do armário do orgulho; algumas, sob a
escuridão dos “criados mudos” da mágoa, do ressentimento, aborrecidas e
odiosas. Tais pessoas, se não forem achadas a tempo, para se reconciliarem com
Deus, ficarão perdidas para sempre (1 Jo 2.9,11; 3.15).
Na vida
humana, uma moeda desaparece, devido o nosso descuido. Na espiritual, no
entanto, alguém só se desvia, porque deseja. Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem
a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna e
nunca hão de perecer, e NINGUÉM AS ARREBATARÁ DA MINHA MÃO” (Jo 10.28).
3. Acendendo a candeia e varrendo a casa (Le 15.8b). Numa casa, há lugares claros e outros escuros, iluminados
e sombrios. A mulher, para achar a dracma perdida, realizou três coisas:
acendeu uma luz, varreu a casa e buscou o objeto perdido, com diligência, até
achá-lo. Cremos que, na igreja, o mesmo deve acontecer:
a) A luz precisa estar acesa. Para que os crentes caídos na obscuridade de suas ações
pecaminosas apareçam, é necessário que a Palavra de Deus seja ensinada.
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”(S1119.105);
“...penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração” (Hb 4.12).
b) A casa precisa ser varrida. O Senhor Jesus não quer sujeira, poeira, em sua casa.
Ele exige uma limpeza geral. O Espírito Santo encarrega-se de usar o poder da
Palavra, para limpar os corações, ao purificar os crentes com o sangue de Jesus
(1 Jo 1.7; Tt 3.5). Há igrejas em que os dirigentes não se incomodaram e a
imundície do mundo tomou conta de tudo. Muitas “dracmas” estão perdi- das e não
conseguem encontrá-las.
c) Buscar o perdido.
A mulher da parábola é um tipo de Cristo. Assim como ela buscou diligentemente
a moeda perdida, o Senhor procura os que estão caídos, desviados, na sua casa.
Ele espera que esta busca seja feita por todos os responsáveis pela sua obra.
Caso contrário, sofrerão terrível reprimenda (Ez 34.1-4).
4. A alegria pelo achado (Lc 15.9,10). Na parábola, Jesus evidencia a alegria da mulher, por
ter encontrado a moeda perdida; convida as amigas e os vizinhos, para se
alegrarem com ela. No sentido espiritual, o Senhor concluiu a parábola, ao
declarar que, da mesma forma, “há alegria diante dos anjos de Deus por um
pecador que se arrepende”.
Por =
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
FONTE = Lições bíblicas CPAD 1994
A IMPORTÂNCIA DE BUSCAR COM
ZELO OS VALORES PERDIDOS
TEXTO ÁUREO
“Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador
que se arrepende” (Lc 15.10).
VERDADE APLICADA
Existem pessoas que
somente acendem a luz quando se dão conta de que perderam algo de valor. A
perda pode revelar as trevas que imergem as nossas vidas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Apresentar
o significado espiritual de uma dracma perdida dentro da própria casa;
► Ensinar
como Jesus utiliza a perda dessa mulher para expressar o amor de Deus por uma
alma perdida;
► Discorrer
acerca dos muitos valores perdidos em nossos dias.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA – LUCAS 15=1-10
INTRODUÇÃO
Neste capítulo Jesus profere três parábolas preciosas: a da
Ovelha perdida (1-7), a da Dracma perdida (8-10) e a do Filho perdido (11-32).
O que temos aqui não é um total de três parábolas, mas uma só com três
aspectos. Através dessa trina narrativa, Jesus nos mostra o fato, supremo e
sublime, que Ele, o Filho de Deus, veio ao mundo para buscar e salvar o
perdido. As parábolas de Jesus eram simples esboços, cada qual com as suas
características próprias. Neste capítulo temos a sua notável tríade que
apresenta um estudo fascinante sobre os valores perdidos. O ponto de destaque
em cada comparação, que o nosso Senhor usou, foi ao mesmo tempo o cuidado por
algo perdido e a alegria ao recuperá-lo. A ovelha, a dracma e o filho estavam
perdidos e todos eram dignos de serem salvos.
1. A DRACMA PERDIDA
A moeda estava perdida, porém, como não se tratava de
uma criatura viva, ela não sabia e não tinha a percepção de estar extraviada.
Ainda mais, por se encontrar perdida, não lhe causou nenhuma perturbaçãoe nem
ansiedade. A dracma de prata se encontrava perdida, não por qualquer característica
de inferioridade em sua composição ou seu processo de fabricação.
Talvez
fosse perdida porque foi manuseada de forma inconveniente, ou porque caiu em
algum lugar sem a dona querer. Temos simbolizados aqui os pecadores perdidos
que são ignorantes sobre si mesmos e estão passivamente nas mãos daqueles com
quem se associam. Esses são facilmente manipulados por personalidades mais
fortes. A moeda permaneceu imóvel até ser achada no lugar onde fora
derrubada. A busca diligente da mulher em busca da moeda evidencia o tipo de
amor que moveu Jesus a vir a terra e procurar pessoas perdidas, para salvá-las.
Este é o tipo de amor extraordinário que Deus tem para você. Ao sentir-se longe
de Deus, não se desespere. Ele está procurando você!
1.1. Conhecendo a dracma
As
mulheres palestinas recebiam dez moedas de prata como presente de casamento.
Além do valor monetário, estas moedas tinham um valor sentimental equivalente
ao de um anel de casamento; a dracma era uma moeda grega que possuía o valor de
um denário, equivalia a um dia de salário de um soldado romano. As moedas eram
cunhadas sob a autoridade do imperador, uma vez, que somente ele poderia emitir
moedas de ouro ou de prata. Assim, perder uma dracma seria extremamente
angustiante.
Por
esse motivo, a mulher sentiu a perda de sua moeda como se não tivesse mais nenhuma.
Não adiantava querer confortá-la e dizer-lhe que ainda tinha as outras nove
moedas a salvo. A moeda perdida representava um grande valor sentimental para a
mulher e, portanto, ela varre a casa à procura de sua moeda perdida até
encontrá-la. Essa é uma ilustração do Espírito Santo que opera através de sua
Igreja para encontrar e salvar os perdidos. Da mesma forma que a mulher se
regozija por encontrar sua moeda ou anel perdido, os anjos se alegram pelo
arrependimento de um pecador. Cada indivíduo é precioso para Deus. Ele lamenta
toda perda, e fica feliz sempre que um de seus filhos é encontrado e trazido
para o Reino. Talvez tivéssemos mais alegria em nossas igrejas se compartilhássemos
o amor e a preocupação que Jesus sente pelos perdidos.
1.2. A dracma e sua verdade
Depois
de usar a ilustração de um homem que tinha perdido uma de suas ovelhas, Jesus
agora se volta para uma mulher a qual procura algo que possui e está perdido. Vemos,
através do uso da figura da mulher, o modo em que as suas virtudes e graça
femininas são necessárias para a libertação das almas que estão extraviadas,
por natureza própria, as mulheres são pacientes, diligentes e cuidadosas.
A
mulher procura a moeda com muito cuidado e esforço, acende uma candeia para
olhar em todos os lugares da casa, ela varre a casa e procura diligentemente
até encontrar. Isto representa as diversas maneiras e métodos que Deus usa para
levar as almas perdidas para sua própria casa. Ele acende a candeia do
Evangelho para nos mostrar o verdadeiro caminho, Ele busca com diligência, o
seu coração está empenhado no trabalho de resgatar as almas perdidas,
dando-lhes a alegria da salvação. Quando a mulher encontrou a dracma, ela ficou
tão entusiasmada que chamou à sua casa as suas vizinhas e amigas para se
regozijarem com ela, da mesma forma, Jesus quer que nos regozijemos com Ele,
e com os anjos, pela restauração daqueles que se arrependem de seus pecados.
1.3. A salvação ilustrada em
uma dracma
O arrependimento e a conversão de pecadores na terra são motivos de
alegria e júbilo no céu, assim como esta dracma foi encontrada. Há alegria no
céu quando os que estão perdidos voltam para Deus. Enquanto há vida há
esperança, pois se os pecadores se arrepender e converterem, encontrarão
misericórdia, no entanto, isso não é tudo. Deus tem prazer e se alegra em
mostrar sua graça. A dracma perdida ilustra o ministério de salvação
entre os homens.
Jesus
tentou fazer com que os fariseus e publicanos sem coração vissem que, se uma
mulher podia fazer todo o possível para achar uma moeda de pequeno valor, não
estava Ele justificado em fazer todo o possível, a fim de ganhar de volta para
Si mesmo os pecadores perdidos, cujas almas valiam mais do que a prata? A
conversão dos pecadores e a redenção da humanidade são motivos de alegria dos
anjos. Eles cantam Glória a Deus nas alturas.
2. AS DESCOBERTAS DE UMA
PROCURA
De
modo igual ao pastor, que saiu a procura da ovelha perdida, essa mulher também investe
todos os esforços para reencontrar a dracma que perdera. Nesse caso, a ênfase
incide sobre o esforço da procura. Jesus cita uma mulher, na qual o incansável
zelo na procura por uma moeda é mais natural do que em um homem. Como na
primeira parábola, aqui a mulher conclama suas amigas e vizinhas para
partilharem da alegria pelo que foi reencontrado. O sentido, portanto, é:
Semelhante a ação da mulher, que perdeu uma de suas dez dracmas e investe todos
os esforços imagináveis para reencontrá-la, assim, também Jesus investe todos
os cuidados para reencontrar os pecadores perdidos.
2.1. A busca pelo que se
perdeu
Na
atualidade, muitos cristãos vivem preocupados com as adversidades que surgem a
cada dia, o aparecimento de novos hábitos e novas leis na sociedade que nem
sempre estão de acordo com os princípios bíblicos são aprovados. A concorrência
cada vez mais disputada por um trabalho mais digno tem tirado o tempo de alguns
de ouvir a Palavra do Senhor. Estão ansiosas, andando pelos seus próprios
caminhos da vida e cada vez se distanciam de Jesus. É verdade que devemos nos
preparar e adquirir conhecimento para sermos melhores sucedidos nessa sociedade
moderna.
Porém,
é bom frisar que nessa busca por qualificações, muitos estão deixando de buscar
a presença de Deus que pode suprir todas as nossas necessidades. No mundo, até
poderemos encontrar algo que nos traga alegria, no entanto, serão prazeres
efêmeros, logo desvanecem. Somente Deus pode preencher o coração vazio do homem
e restituir a alegria, paz e felicidade. Foi Deus que nos criou, portanto,
assim como uma criança depende da mãe para se alimentar, nós precisamos de Deus
para viver. É preciso buscar os valores eternos, o hábito da leitura da
Palavra, a oração e a comunhão deverão ser encontrados por cada cristão.
Multidões de pecadores, salvos no céu e na terra, bendizem a Deus por essa
valiosa parábolaque é repleta da graça e do amor divino. Que possa, com a sua
mensagem de esperança e chamamento à fé, ser ainda usada para convidar e ganhar
almas, daqueles que vagam sem rumo, de volta ao coração e ao lar do Pai.
2.2. A luz que ilumina e
reprova
Quando
uma menina judia se casava, era costume na época usar na cabeça uma espécie de
diadema com dez moedas de prata para indicar que agora era uma esposa.
Simbolizava a aliança de casamento, e seria uma verdadeira tragédia perder uma
dessas moedas. As casas na Palestina eram escuras, muitas delas nem possuía
janelas, de modo que a mulher precisou acender uma candeia e procurar por toda
a parte até achar a moeda perdida. Assim, quando alguém procura
algo, é preciso iluminar ao máximo o ambiente para enxergar da melhor forma
possível. Jesus disse que Ele é a luz do mundo, precisamos dessa luz para
iluminar nossa casa (Jo 8.12). Onde existe a luz de Deus, as trevas não podem
entrar. A luz não somente revela aquilo que foi perdido, mas também pode
dissipar as trevas de nossa mente. A luz da Palavra de Deus dissipada nossa
vida todas as trevas e nos guia por caminhos seguro. (Sl 119.105).
2.3. Uma casa desarrumada
Para
encontrar a dracma perdida a mulher acendeu a candeia e fez uma faxina
minuciosa em toda casa até encontrar sua moeda. A luz revelou muita sujeira que
estava escondida dentro da casa, observe que foi preciso varrer a casa,
deixá-la limpa. Temos que colocar nossa casa em ordem, imagine que toda mulher
zelosa gosta de ter sua casa sempre arrumada, limpa de toda sujeira! A vontade
de Deus é tiramos da nossa casa “vida” tudo aquilo que não é de Seu agrado,
para isso, é preciso buscar mais Sua presença, obedecer Seus mandamentos e
fazer Sua vontade.
3. EM BUSCA DOS VALORES
PERDIDOS
Quando
se fala de coisas perdidas, imagina-se que alguma coisa se perdeu na rua, no
trabalho ou em outro lugar. Porém o texto deixa claro que a dracma estava
perdida dentro da própria casa, ou seja, a mulher não teve que sair de casa
para perder sua moeda. Esse tipo de perda pode simbolizar outros valores que
podemos perder dentro do lar. Muitas famílias já perderam a paz, harmonia e
respeito em seus lares. É preciso urgentemente resgatar esses valores
(emocionais e espirituais). Se buscarmos a Deus com temor, fé e confiança, Ele
tem prazer em restituir a alegria, paz e felicidade para nossas casas.
3.1. A importância da luz
Todos nós estamos suscetíveis de cometer erros na vida, para que isso não
aconteça temos que ser guiado pela luz do Espírito Santo, não podemos agir por
conta própria e andar em lugares escuros. Certamente, muito cristãos deixaram a
luz de Deus se apagar em suas vidas, o pecado já não mais lhe causa temor. Enquanto
a casa estava escura, a dracma não foi achada, a partir do momento que a luz
foi acesa, a dracma foi encontrada.
Penso que este é um paralelo espiritual de algo que precisamos para reencontrar qualquer
tipo de valor perdido, não só em nosso lar, mas, também em nossa vida em Deus.
Esta luz que ilumina nossa vida e nos afasta do pecado é a ação reveladora do
Espírito Santo. "O caminho do justo é como a luz da alvorada,
que brilha cada vez mais até à plena claridade do dia. Mas o caminho dos ímpios
é como densas trevas, nem sequer sabem em que tropeçam." (Provérbios 4.18,19).
3.2. As coisas têm o valor que
damos a elas
A
dracma que a mulher tinha perdido, em si mesma não tinha muito valor, mas era
uma moeda que tinha muito significado para ela; Sendo ou não monetariamente
valiosa, estava acima de qualquer preço para a mulher que a usava. Aquela
dracma perdida tinha um valor espiritual: A
fidelidade. A dracma representava uma aliança. Toda mulher casada usava um
enfeite na testa, tipo um colar, formado por dez moedas de prata e uma moeda
maior no centro. Perdendo uma dessas dracmas, trazia perigo a sua descendência, pois a dracma era um sinal
profético, era um sinal de perpetuação de geração. Portanto, a dracma
representava um valor muito alto para aquela mulher, foi por isso que ela
empregou todos os recursos para reencontrá-la. Quando achou, compartilhou de
sua alegria juntamente com as amigas e vizinhas pela dracma. Talvez você tenha
perdido alguma coisa de valor na vida, mas hoje é o seu dia de achar a dracma,
e se alegrar na presença de Deus.
3.3. A restauração é sempre
contagiante
Assim
que reencontrou o que havia perdido, a mulher reuniu suas amigas e vizinhas
para se alegrarem: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Aqueles que se alegram, desejam que que os outros se alegrem com ele; aqueles
que ficam felizes, querem que os ouros fiquem felizes com ele. Ela queria compartilhar
sua alegria com todos. O testemunho de restauração sempre animará outras
pessoas, especialmente aquelas que estão iniciando a sua busca. A alegria da
salvação que Deus nos dá deve ser dividida com outros. Assim, haverá alegria no
céu diante dos anjos de Deus, por um pecador que se arrepende. A dracma que foi
encontrada representa a conversão dos pecadores que volta a Deus, a alegria não
fica restrita somente aqui na terra, mas também no céu.
CONCLUSÃO
A
parábola da ovelha perdida, da dracma e a do filho pródigo, todas elas contidas
nesse mesmo capítulodo, nos ajudam a entender o que significa estar perdido, Um
pecador perdido não pode experimentar a plenitude enriquecedora que Deus tem
para ele em Jesus Cristo. Mas invertendo tudo isso, ser "encontrado"
(salvo) significa estar de volta ao lugar certo. (reconciliado). Não é de se
admirar que o pastor, a mulher e o pai alegraram-se e convidaram os amigos para
compartilhar essa alegria! Nessa parábola, o que está perdido é uma dracma de
pequeno valor, comparada com o resto. Porém,
a mulher procura diligentemente até achá-la.
Essa
procura representa os variados meios e métodos que Deus usa para trazer as
almas perdidas de volta a Si mesmo; a alegria por ter achada a dracma é o gozo
do Salvador pelo retorno dos pecadores a Ele. Deus se alegra quando uma alma se
converte a Ele. O ponto de ambas as parábolas é o valor da alma individual para
Deus. quão cuidadosos devemos ser
então com nosso arrependimento, que seja para salvação! Devemos retornar com
diligência aos príncipios da Palavra de Deus, deixar que a luz do Espírito
Santo direcione nossos caminhos e ilumine nossos corações, valorizando e
compartilhando com o próximo o nosso tesouro: Jesus Cristo.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia
de Estudo Aplicação Pessoal. Edição Revista e Corrigida, tradução de João
Ferreira de Almeida, CPAD, 2008.
DAVIDSON, F. O Novo Comentário
da Bíblia. São Paulo: Editora Vida Nova, 1997.
HENRY’S, Mathew. Comentário
Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
LOCKYER, Herbert. Todas as
Parábolas da Bíblia. São Paulo, SP: Editora Vida, 1999.
MACDONALD,
William. Comentário Bíblico Popular, Antigo Testamento. São Paulo: Editora
Mundo cristão, 2011.
Revista do professor: Jovens e Adultos. Maturidade Espiritual. Rio de
Janeiro: Editora Betel – 4º Trimestre de 2015. Ano 25 n° 97.Lição 03 – A importância
de buscar com zelo os valores perdidos.
RIENECKER, Fritz.
Evangelho de Lucas. Comentário Esperança. Curitiba-PR: Editora Evangélica
Esperança, 2005.
COMENTÁRIOS
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