28 de setembro de 2010

O que é oração.

O que é oração.

Texto Básico = “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. (Mt 6.6)


Introdução;


A oração deve fazer parte da vida espiritual de cada crente. Na Bíblia, a oração é uma adoração que inclui todas as atitudes do espírito humano em sua aproximação de Deus. Como uma ferramenta indispensável à manutenção da comunhão do adorador que busca o favor divino, a oração pode mover o coração de Deus ( Sl 72.12). Oração é o tema que estudaremos neste trimestre, e ela deve ocupar lugar imprescindível na vida daqueles que buscam uma vida repleta de bênçãos.


I - Definição


A oração é uma adoração, que requer do adorador uma condição espiritual da qual este indivíduo pode estar diretamente ligado com seu criador. O crente cristão desfruta de uma forma impar de adoração a qual perpassa toda a sabedoria científica, humana e terrena e se manifesta na interação entre Deus e o homem (Sl 34.6). A oração abre o canal de comunicação entre o Senhor e o ser adorador, por isso a necessidade da ousadia e confiança para entrar na sua presença (Hb 10.19,23).
O homem natural não consegue se identificar com a oração (Is 1.15), e por isso existe diferença entre os que estão na presença de Deus e os que estão no mundo. Existe também a necessidade de se acreditar em o nosso SENHOR Jesus Cristo (Hb 11.6), pois sem fé o homem não consegue encontrar lugar no coração Deus. Sem a verdadeira comunhão com o Pai, Ele não os ouvirá (Jr 11.11).


II - A oração e seus efeitos.

A oração é eficiente, e como uma ferramenta adornada consiste em aproximar o homem de Deus. Alguns dizem ser ela uma “chave” que abre portas, mas realmente a oração sempre se constituiu uma forma de mover o coração do nosso SENHOR (II Cr 7.14).

A Bíblia registra que quando o profeta Jeremias estava no pátio da guarda, a única coisa a ser feita pelo profeta era buscar a face do SENHOR (Jr 33.3). O profeta deveria ir para a oração, pois esta foi incumbência recebida; “clama a mim”. É o clamor feito por um coração quebrantado que move o coração de Deus (Sl 34.18). O profeta Jeremias experimentou da parte de nosso SENHOR muitas bênçãos e todas estas através da oração. Desde a sua chamada, ainda na sua juventude, o “pequeno” homem de Deus (Jr 1.6), teve a sua vida permeada de orações e de muitas lágrimas, ele descobriu que tudo está sempre diante do nosso Deus, e tudo se move pelo seu poder (Jr 33.2).


Para se encontrar a resposta em todas suas orações o mistério é ter paciência. No salmo de número quarenta, fala-nos de duas virtudes de um adorador, a paciência e o clamor; “Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”. Para nada adiantaria orar e não ter paciência para esperar. A palavra de Deus nos ensina que em todos os momentos bíblicos e em todos os tempos, a falta de paciência, deixou muitos desprovidos das bênçãos de Deus. Se nestes dias você tem orado e não tem alcançados os seus objetivos, verifica se não é falta de paciência que esta ceifando todos os seus sonhos.
Daniel, profeta do Deus altíssimo, que mesmo habitando em uma terra tão longínqua da sua, não deixou que seu ministério sucumbisse sem a oração. Desde o início, as provações fizeram parte da vida deste santo homem de Deus (Dn 1). Mas, Daniel venceu todos os desafios confiando na maior ferramenta que o homem possui (Dn 6.10). O caminho da vitória esta diretamente ligada à oração.


III – A oração no Antigo Testamento

Segundo alguns estudiosos encontram-se mais de oitenta orações feitos pelos mais diversos homens de Deus no Antigo Testamento, e também é possível que em alguns salmos possam conter partes ou orações inteiras. No entanto, no período patriarcal, encontramos algumas expressões que indicam que orações foram dirigidas ao SENHOR entre elas; “invocou” “clamou”, elas podem determinar algumas orações; (Gn 4.26; 12.8; Ex 8.12; Nu 12.13).

Não obstante nos textos bíblicos, encontramos algumas orações citadas que poderiam estar ligadas também aos sacrifícios que ocorriam no Antigo Testamento (Gn 13.4; 26.25). A busca pela presença do SENHOR pode levar o adorador que procura o favor divino empenhar a sua palavra como fez Jacó que falará ao SENHOR; “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; (Gn 28.20). Contudo não podemos definir um modelo continuo e regular para a oração no Antigo Testamento, pois Deus conhece todas as coisas ( Is 65.24).

O favor divino é uma benção alcançada através de um coração puro e espírito reto diante do SENHOR (Sl 51.10). E para que isso ocorra, a nossa oração deve estar diretamente dentro da vontade divina. Pois alguns tipos de orações podem se tornar algo que o SENHOR Jesus não recomenda (Mt 6.7,8).

Evidentemente que em todos os tempos bíblicos as repostas divinas sempre implicaram no requisito de que o homem possua uma vida de santidade e busca pela presença do SENHOR. Contudo, no tempo da graça, podemos experimentar ainda mais as ricas bênçãos espirituais. Pois além de termos o Santo Espírito em nossas vidas, temos junto ao Pai a pessoa maravilhosa de nosso SENHOR Jesus Cristo (Jo 14. 13,17).

IV - Como orar.

Ao ensinar os seus discípulos a buscar a face do SENHOR através da oração, encontramos nos textos em Mateus capítulo 6 e Lucas capítulo 11, quando é dirigida a conhecida oração do “Pai Nosso”. O próprio Cristo deu características de uma oração que agrada a Deus. Não se trata de uma regra que o homem deva estar preso a ela, mas a um modelo onde se encontra princípios espirituais para se dizer muito em poucas palavras, fugindo assim de um legalismo hipócrita condenado pelo SENHOR (Is 29.13).

Segundo Mateus Henry, encontramos pelo menos seis petições inseridas na pequena oração de Jesus Cristo. As primeiras três, se relacionam a Deus e a sua honra, enquanto que as outras as nossas preocupações temporais e espirituais. Buscar a honra de Deus é algo imprescindível ao ser humano, pois tudo provem dEle e é para Ele ( Rm 11.36). Jesus faz-nos lembrar, que a busca pelo favor divino esta intimamente ligada ao adorador que presta a reverência devida ao seu SENHOR. Como podemos perceber, ao exaltar a presença divina Jesus lembra-nos o primeiro mandamento; “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.”(Mc 12.30).
Ao invocar ao nome do SENHOR em sua oração o mestre traça um caminho seguro para que o crente possa caminhar, porque a honra e a glória pertencem ao Deus que estás nos céu (Mt 6.9).

Jesus continua a ensinar os seus, sobre a dependência divina quando diz; “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”; (Mt 6.11) Ele faz uma referência à generosidade da vida. Ao analisar a vontade de Deus sobre o homem, e este na condição de servo, tudo fica mais fácil no momento em que o homem se coloca na dispensação da graça divina, assim se revela o poder facilitador de nosso SENHOR (Mt 6.33). Dependamos continuamente do poder de nosso SENHOR para que o mundo possa ver em nós a luz da salvação (Mt 5.14). O SENHOR pode sempre responder as nossas orações quando existe plena confiança no seu poder (Mt 21.22).

A oração do Pai Nosso por mais simples que possa parecer, revela algumas das maiores verdades que o crente pode aprender. No momento que adoramos a Deus reconhecemos o seu poder, recebendo dEle a dádiva da vida, Jesus cita ainda a comunhão do homem para com o homem. Para que o homem possa alcançar o favor divino e a plenitude do seu poder, Jesus mostra que, para isso o pecado deve ser banido. Pois um coração cheio de rancor, magoa ou qualquer outro embaraço pode atrapalhar as respostas divinas. Ao passo que se dependermos exclusivamente da presença em nossas vidas divina Jesus diz; “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;” (Mt 6.12), o caminho para vitória está neste pequeno detalhe da oração. A maior virtude do homem é reconhecer o senhorio de Deus, e também reconhecer que é fraco e dependente dEle. Em outro texto lemos; “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão”. (Mt 5.25).
Portanto a oração do Pai Nosso, mostra-nos a riqueza das palavras proferidas por Cristo Jesus. Com esta pequena oração podemos ter uma idéia do que é necessário para prover o favor divino.

O apóstolo João vai ainda mais profundo em relação à comunhão do crente com o seu próximo, em sua primeira epístola escreveu; “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”. (I Jo 4.20,21). O SENHOR Jesus nos poupa de uma oração que certamente será fracassada, pois ao fato de orarmos buscando religiosamente a sua face, poderá ser que a oração não alcance o fim desejável. Desta forma a comunhão com o próximo ajuda a ter comunhão com o Pai.
Portanto, a oração deve ser permeada de entendimento e um coração quebrantado. Desta forma, sem os requisitos sugeridos nas escrituras sagradas podemos levar uma vida infrutífera e sem respostas do nosso SENHOR.


V - Conclusão

A oração é sem dúvidas a maior ferramenta que o crente possui para uma vida na presença de Deus. A história nos mostra que os homens e mulheres de oração, sempre dedicaram boa parte de suas vidas sobre os joelhos, buscando da parte de Deus o alento espiritual. Que Deus nestes últimos dias da igreja, possa levantar em nosso meio homens e mulheres dispostos a se gastar neste ministério abençoado.
Elaboração:- Preb. Juarez Alves Pereira
Assembléia de Deus Ministério do Belém
Parque Nova Dourados
Dourados MS.

Nenhum comentário: