6 de dezembro de 2012

SOFONIAS O JUIZO VINDOURO

SOFONIAS O JUIZO VINDOURO
TEXTO ÁUREO = “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos”         (Mt 24.24).
VERDADE PRÁTICA = No juízo vindouro, Deus há de julgar todos os moradores da terra, de acordo com as obras de cada um.
LEITURA BIBLICA = Sofonias 1: 1-10
INTRODUÇÃO
A lição de hoje trata de um assunto polêmico, entretanto nos é revelado com importantes ‘detalhes pelo profeta Sofonias, cuja biografia é pouca conhecida. Através do cp 1.1, descobrimos que sua origem é da casa real, descendente do rei Ezequias. O seu ministério profético ocorreu durante o reinado de Josias, rei de Judá, que promoveu uma grande reforma religiosa onde Sofonias foi um importante instrumento. Compare 2 Cr 34.4,5 e Sf 1 .4,5. Seu nome significa: “O Senhor esconde ou protege”. Sofonias foi contemporâneo do profeta Jeremias e da profetisa Hulda. Com o auxílio do céu vamos humildemente penetrar no assunto deste domingo e antecipadamente somos gratos a Deus pela edificação e conhecimento que iremos adquirir.
O LIVRO DESOFONIAS
Data: Cerca de 630 aC
Sofonias dá o período de tempo geral do seu escrito como sendo “nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá” (1.1), cerca de 640 a 609 aC. O auge da reforma de Josias foi nos anos 620. Visto que a queda de Nínive em 612 aC ainda não havia acontecido (2.13,15), a maioria dos estudiosos estabelece a data dos escritos entre 630 3 627 aC. Seus contemporâneos incluem Jeremias e Naum.
Contexto Histórico
Aproximadamente 100 ano antes dessa profecia, o Reino do Norte ( Israel) havia sido derrotado pela Assíria. O povo havia sido levado cativo, e a terra havia sido recolonizada por estrangeiros. Sob o reinado de Manassés e do rei Amom, pai do rei Josias, tributos haviam sido pagos para se evitar que a Assíria invadisse o Reino do Sul.
A aliança com a Assíria não somente afetou a Judá politicamente , mas também as práticas religiosas, sociais e de comportamento da Assíria impuseram sua tendências em Judá. Proteção oficial foi dada em Judá para as artes mágicas e adivinhados e encantadores.
A religião astral se torno tão popular, que o rei Manassés , construiu altares para adoração do sol, lua , estrelas, signos do zodíaco e todos os astros dos céu, à entrada da Casa do Senhor (2Rs 23.11).  A adoração da deusa– mãe da Assíria se tornou uma prática que envolvia todos os membros das famílias de Judá (Jr 7.18). Todavia à medida que o jovem Josias foi tomando conta das rédeas do governo, a ameaça assíria foi diminuindo. O golpe final ao seu poder veio com uma revolta de uma Babilônia em ascensão, que resultou, finalmente, na destruição de Nínive.
Conteúdo
Sofonias considerava o desenvolvimento político de Israel, de Judá e todas as nações circunvizinhas da perspectiva de que o povo devia aprender que Deus estava envolvido em todos os assuntos da história.  Falando como um oráculo de Deus, ele entende que Deus usa governos estrangeiros pra levar julgamento sobre se rebelde povo escolhido. Sf está apavorado com o fato de que, após a catástrofe das tribos do Norte, o povo de Judá ainda mantinha a absurda noção de que Deus fosse incapaz de fazer bem ou mal ( 1.12).
Os escritos de Sofonias tem três componentes: 1) o pronunciamento de um julgamento específico e, freqüentemente, o julgamento universal do pecado; 2) um apelo ao arrependimento, porque Deus é justo e deseja perdoar; 3) uma promessa segundo a qual o restante que fez de Deus seu refúgio será salvo.
Cristo Revelado
O significado do nome de Sofonias “ O Senhor Encobriu” conduz ao ministério de Jesus. A verdade da Páscoa no Egito, onde aqueles que foram encobertos pela marca de sangue nas portas foram protegidos do anjo da morte, é repetida na promessa de 2.3, onde aqueles mansos da Terra que preservaram a justiça de Deus serão encoberto no Dia da ira do Senhor. Cl 3.2-3 explica esse aspecto do ministério de Cristo: “Pensai nas coisas que são de cima e não na que são terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. “
O regozijo sobre um restante salvo (3.16-17) está relacionado com a Obra de Jesus. Ele disse:” Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lc 15.7) A figura de um alegre Redentor que aguarda receber os seus é, novamente, descrita em Hb 12.2.
A Natureza do Livro
“O dia do Senhor” é a expressão característica e a principal tônica do livro. Esta prática não era inédita, pois os profetas a usavam com freqüência. Nos dias de Amós, a idéia do dia do Senhor estava em voga (Am 5.18). A concepção popular dizia que Deus surgiria em futuro próximo e concederia grande vitória ao seu povo. Portanto, a nação desejava e clamava pelo dia do Senhor.
Era um tipo de concessão automática de bênção que Amós transformou em dia de significação ética. De acordo com ele, o que seria este dia dependeria da condição moral dos judeus. Seria um dia em que Jeová se manifestaria contra o pecado, quer estivesse em seu povo ou entre as nações estrangeiras. “Amós, neste caso, transformou uma idéia popular; e os profetas usaram a expressão neste sentido transformado para denotar o dia em que Jeová se manifestará em sua plenitude para acabar com o erro, a ilusão e o orgulho humano, e dar a vitória final à justiça e verdade”.
E provável que Sofonias se inspire diretamente em Isaias (cf. Is 2. l2ss) e conceba o “dia” dominado por um imaginário de guerra e invasão. Esta concepção belicosa deve-se ao fato de as invasões das hordas citas, na Asia, indicarem ao profeta que o dia estava próximo.
Sofonias faz sua própria modificação no conceito do dia do Senhor. Para os primeiros profetas, tratava-se de uma crise mundial que estava num ponto definido da história. Mas os acontecimentos desse dia são “naturais” e até tumultuosos — depois dos quais a história continua. Sofonias vê isto como um acontecimento final, com a manifestação da intervenção sobrenatural. A interpretação clássica de G. A. Smith é pertinente: “Em suma, com Sofonias, o dia do Senhor tende a se tornar o último dia. Seu livro é o primeiro traço de profecia relacionado com apocalipse: este é o momento em que isto acontece na história da religião de Israel”.
A AMEAÇA DE JULGAMENTO MUNDIAL = Sofonias 1.2—3.7
A DESCRIÇÃO DO JULGAMENTO, 1.2-18
1. Extensão Universal (1.2,3)
Esta visitação divina por instrumentalidade humana é de escopo mundial; abrange não só o homem, mas todas as outras criaturas vivas: animais, aves e peixes (cf. Ez 38.19,20).
Este é o anúncio do tema principal, a catástrofe universal, que, em seguida, Sofonias passa a aplicar de forma diversa e para grupos diferentes. O mundo ficou sumamente pecaminoso, bastante parecido com a situação vigente nos dias de Noé, e Deus determinou fazer justiça. Sofonias não sabe o que é misericórdia. “Não há grande esperança em seu livro, quase não existe compaixão e nunca há um vislumbre de beleza. [...] Não existe livro mais explosivo em todo o Antigo Testamento”.’
Os tropeços com os ímpios (3) é frase difícil que leva certos expositores a considerar que se trata de adição editorial, porque não parece encaixar-se e soa redundante. Mas não existe real motivo para negar que seja da lavra de Sofonias. Como diz Henderson:
“A enumeração de pormenores visa aumentar o caráter temeroso e universal do castigo”.  Em outras partes da Bíblia, os tropeços são usados para referir-se a ídolos, e é apropriado que as causas do pecado moral sejam removidas junto com os pecadores.
2. Aplicação para Judá (1.4-13)
a) Um povo idólatra (1.4-6). Nesta passagem, o profeta trata de seu povo, visto que o dia da vingança também os afetará. E condição inevitável, por causa da idolatria intensa que Sofonias vê em toda parte, e descreve em detalhes. O resto de Baal (4) serve de argumento para os expositores sustentarem a opinião de que ele profetizou depois de 621 a.C., quando a adoração de Baal fora mutilada pelas reformas de Josias. Mas esta posição deslocaria as outras denúncias a ponto de torná-las impraticáveis.
b) Os membros da corte e da casa do rei são condenados (1.7,8). Cala-te (7) é, literalmente, “silêncio”. O mesmo termo é usado em Habacuque 2.20. Em virtude da aproximação do julgamento, o profeta convoca todos a serem reverentes como parte dos preparativos do encontro com Deus. O dia do SENHOR é termo técnico (ver introdução) para denotar o julgamento que se aproxima, que é o principal tema de Sofonias. Sua mensagem central pode ser resumida na frase: O dia do SENHOR está perto. Este é o dia em que Deus se manifestará como Juiz. Não é mero dia de calamidade, mas trata-se de uma ocasião especial, a manifestação plena e final de Deus.
c) Os comerciantes e mercadores são aniquilados (1.10-13). O versículo 10 amplia o escopo do julgamento em Jerusalém, mostrando que far-se-á ouvir uma voz de clamor de todos os bairros da cidade, não só do palácio real. A Porta do Peixe ficava na zona norte de Jerusalém. E provável que a significação desta referência seja que é desta direção que virá o ataque. A Porta do Peixe é mencionada em Neemias 3.3 e tem este nome porque os homens de Tiro vendiam peixes secos no mercado e entravam na cidade pelo muro norte.
O DIA DA IRA DO SENHOR ( Sf 1:1-3,7)
Sofonias significa o SENHOR esconde ou o SENHOR protege (2.3). O profeta é o único dentre os Profetas Menores que tinha parentesco com a linhagem real, Sua genealogia se encontra no primeiro versículo do livro que leva seu nome. Observamos que foi tetraneto do rei Ezequias. Possivelmente, era de Jerusalém e influiu nas reformas religiosas do tempo do rei Josias.
O relato de Sofonias, juntamente com os de Naum e Habacuque, procurou alertar o povo a voltar a Deus antes que o ataque militar e arrasador dos caldeus atingisse todo o povo e fosse tarde demais.
Escrito cerca do ano 620 a.C., o tema do Livro de Sofonias é “O Dia do SENHOR”, principalmente os Seus efeitos sobre Judá, que tinha sofrido 50 anos de crueldade e opróbrio sob os reinados de Manassés e Amom.
O paganismo e a corrupção alcançaram o auge em Judá durante esse tempo. No ano 640 a.C., Josias foi coroado rei, no Reino do Sul; doze anos depois, iniciou uma grande reforma religiosa, porém o povo não cooperou e por isso teve pouco êxito. Nínive ainda não tinha sido arrasada (2.13) e Babilônia, vassalo da Assíria, já estava em ascendência. Anos depois, a própria Babilônia iria conquistar a Assíria e, posteriormente, Judá. Jerusalém se encontrava em estado lastimável; seus profetas e sacerdotes tinham aderido à imoralidade, idolatria e insensatez. A cidade continuava palmilhando a estrada de trevas, mesmo após várias medidas disciplinares de Deus, visando a mudança de sua conduta rebelde.
Destruição futura ( Sf 1:1-6)
Depois de se apresentar, Sofonias começa bruscamente sua profecia dizendo que o SENHOR vai consumir todas as coisas sobre a face da terra (1.2,3). Não é uma oração simbólica, mas, sim, uma proclamação da futura destruição da terra. O profeta inicia predizendo o fim de tudo e depois recua aos poucos, salientando o julgamento de Deus sobre nações específicas e o seu próprio povo. Contudo, sua declaração introdutória procura despertar Judá e trazê-lo de volta ao caminho reto, pois será incluído nesse grande holocausto, se não se arrepender.
Aquele dia ( Sf 1:7-18) -- Este trecho é um dos mais pavorosos dentre todos os relatos dos Profetas Menores. Nele encontramos uma narração espantosa sobre o terrível Dia do SENHOR. Observe as frases sinônimas que Sofonias usa para descrevê-lo:
a) “... dia de indignação...” (v. 15);                                                                                                                                                               b) “... dia de angústia...” (v. 15);
c) “... dia de alvoroço e desolação.,.” (v. 15);                                                                                                                                                                  d) “... dia de escuridade e negrume.” (v. 15);
e) “... dia de nuvens e densas trevas.” (v. 15);
f) “... dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas (v. 16).
As Sentenças das Nações ( Sf 2 )
Antes de predizer o castigo que assolará os povos ao redor de Judá, Sofonias convida o povo a se congregar e buscar Deus, antes que venha o dia da Sua ira (vv. 1-3). “Buscai o SENHOR ... a justiça ... a mansidão ... “, diz o profeta. Se assim fizer, o povo encontrará refúgio; escondido do furor que vem do alto, escapará do julgamento que se aproxima.
A Sentença de Jerusalém ( Sf 3:1-7)
Israel também não ficará isento do juízo do SENHOR. Jerusalém é verbalmente lacerada pelo profeta: ‘Ái da cidade opressora, da rebelde e manchada!” (3,1). Não atende ninguém, por sua presunção. Não aceita disciplina, por isso, seus moradores são indisciplinados. Não confiam no SENHOR por se julgarem autossuficientes. Não se aproximam do seu Deus, o que demonstra atitude soberba e rebeldia (3.2). Seus príncipes são iguais a leões que devoram, em lugar de proteger os súditos. Seus juízos são como lobos que cruelmente exploram o povo, ao invés de administrar-lhe justiça. Seus profetas são levianos, frívolos e bajuladores de si próprios; são falsos e sem mensagem divina para comunicar. Até seus sacerdotes praticam abominações no templo e violam a lei sagrada — não observam os preceitos de Deus e nem ensinam o povo a andar conforme Seus estatutos (3.3,4).
UM CHAMADO AO ARREPENDIMENTO
Deus não quer que ninguém se perca, por isso chama o ser humano ao arrependimento. (2 Pe 3.9).
1. A insistência ao arrependimento (2.1,2). O profeta clama para que o povo reuna-se numa assembléia religiosa e arrependa-se e busque a Deus porque nada poderá impedir o juízo divino, a menos que sinceramente brote um arrependimento (Jl 2.16,17), o que exigia urgência, pois estava prestes a se cumprir o embrionário decreto divino, como recompensa da apostasia. Os agentes do castigo divino já estavam prontos para entrar em ação, inicial- mente os citas, e os babilônios completariam o restante.
2. Um aviso aos justos (2.3). Em todas as épocas de apostasia Deus sempre sustentou alguém. Nos dias do profeta Bias, Deus conservou no meio do povo de Israel sete mil que permaneceram fiéis (1 Rs 19.18). A apostasia provoca a Deus e leva-o a abandonar o homem (Jz 10.13; 2 Cr 15.2; 24.20). O profeta Sofonias transmite da parte de Deus um último apelo, que se fosse atendido, o povo poderia escapar ao juízo, com suas calamidades. Insiste o profeta: “l3uscai ao Senhor...” . Se atendessem ao apelo divino seriam escondidos no dia da ira do Senhor.
3.0 clamor ao arrependimento (2.4- 15). O profeta inclui outras nações debaixo do juízo divino, todas inimigas de Israel. Se não se arrependessem não permaneceriam. Rejeitado o conselho divino, o juízo prometido recaiu sobre os locais mencionados (2.4-15), tendo seu o fiel cumprimento. As cidades de Sodoma e Gomorra (2.9), são lembradas, como símbolo do castigo de um povo que rejeitou a mensagem divina e não se arrependeu. Da mesma maneira o juízo de Deus cairia sobre as cidades de Moabe e Amom como resultado da sua soberba (2.10).

4. O resultado da impenitência (3.1- 7). Deus conhece o caminho daquele que rejeita o seu conselho, e não o tem por inocente (Si 1.6). Após o castigo das nações vizinhas (2.4-15), esperava-se que os habitantes de Jerusalém se arrependessem, mas infelizmente o povo continuava na sua desobediência. Os seus príncipes, homens que tinham autoridade e poder foram comparados aos leões e os juízes a lobos noturnos, que devoram tudo rapidamente, nada deixando para o dia seguinte. Esses homens que deveriam ser íntegros em todas as atividades, foram nivelados aos animais selvagens.
O Dia do Senhor
Toda calamidade dos reinados ímpios dos sucessores de Josias era mais um passo ou prefiguração da calamidade final do Dia do Senhor. Para mais detalhes sobre esse dia, o leitor deve consultar o livro de Joel. O dia é chamado grande em virtude de seus tremendos efeitos (Joel 2:11). Tão mortal seria o ataque caldeu que até os poderosos se desesperariam e se entregariam à aflição para a qual não há esperança (Isaf as 66:6). Nos versículos 15 e 16 temos uma descrição muitíssimo enfática da escuridão e terror do dia.
Tomás de Celamo escreveu em 1250 seu famoso hino de juízo, baseado no versículo 15: “Dies irae, dies illa”, que significa “Esse dia é dia de ira”. É dia de ira, de perturbação, de angústia, de desolação, de devastação (as palavras hebraicas traduzidas por desolação e devastação — sho’ah e umesho’ah — são idênticas no som e dão idéia da monotonia da destruição), de escuridade, de negrume, de nuvens, de densas trevas, de trombeta, de alarme contra as cidades fortificadas e contra as torres altas.
Incapaz de achar uma via de escape de sua aflitiva calamidade, o povo de Judá andará como cegos (Deuteronômio 28:29). Como se nada valessem, sua carne e sangue serão jogados fora como pó e refugo. Nessa hora de catástrofe, nem prata nem ouro valerão coisa alguma para preservar da ira do Deus santo. O juízo incandescente de Deus consumirá toda a terra e conduzirá a um triste final todos os que nela habitam. Os juízos de Deus são terríveis, mas quão doce é sua graça manifestada a pecadores culpados!
Os que não buscam ao Senhor
Nos dias de Josias e do profeta Sofonias, havia em Judá os que não buscavam ao Senhor por causa de perversa indiferença. Mas também é possível não buscar ao Senhor porque a mensagem de sua graça redentora não foi clara e amorosamente apresentada. Paulo diz no capítulo 10 da carta aos Romanos que não se pode buscar ao Senhor enquanto a mensagem do evangelho não for ouvida.
Se a ira do Senhor varre como uma tempestade na terra do seu povo, podemos estar seguros de que ele não fará vista gorda ao pecado em parte alguma.
Deus não pode ignorar o pecado na vida do seu povo, mas não permitirá que as nações aflijam os seus escolhidos e escapem à punição. Nações dos quatro pontos do globo estão incluídas para indicar de novo a universalidade do juízo. O Deus de Israel é e sempre foi o Deus do Universo, o Deus das nações.
UMA PALAVRA PARA OS FIÉIS = Sofonias 3.8-13
Este versículo é uma chamada à paciência, até que Deus se levante para julgar as nações (8). São palavras introdutórias da promessa contida nos versículos 9 a 13. Quanto a levantar para o despojo, a Septuaginta tem esta tradução: “levantar para testemunhar” (cf. NVI). Se estiver correta, significa que Deus é testemunha contra as nações. Elas serão reunidas para o dia da indignação, quadro repetido muitas vezes nos escritos proféticos (Is 66.16; Jr 25.3 1,33; Ez 38 e 39; Jl 3.11-16). Trata-se de uma proclamação do castigo universal.
O profeta passa a falar uma palavra mais favorável e vê a conversão das nações. Ainda é o dia do Senhor, mas está em seus aspectos positivos. Em seu quadro total, o dia é primeiramente de julgamento e depois de bênçãos. Vários casos definem especifica- mente que tais promessas são o derramamento do Espírito Santo.
CONCLUSÃO = Sofonias 3.14-20
HINO DE ALEGRIA, 3.14,15
Estes versículos espelham a alegria dos redimidos na presença do Senhor, que promete estar no meio deles. Esta é a libertação final, a era de ouro que é o clímax do dia do Senhor. Os verbos estão no profético perfeito; os acontecimentos, embora estejam no futuro, são apresentados como se já tivessem acontecido.
Há três motivos para alegrar-se:
1) O SENHOR afastou os teus juízos (15). Estes juízos são os julgamentos sofridos por Israel no decorrer de toda a sua história. Sofonias, junto com Isaías, vê que nesse dia “já a sua servidão é acabada, que a sua iniqüidade está expiada” (Is 40.2).
2) O SENHOR.., exterminou o teu inimigo. Note que esta promessa e predição estão no singular. O principal inimigo de Israel era a transgressão no procedimento e o pecado no coração. E totalmente possível que Sofonias tenha visto que esta consumação final é também a vitória sobre as dificuldades de Israel, “um coração vagante”.
O verbo hebraico traduzido por exterminou (15) é igual ao termo traduzido por “preparai”, em Isaías 40.3, e significa “tirar os entulhos”, ou desobstruir o caminho, ao tirar todos os obstáculos. A retirada do pecado prepara o caminho para uma existência completamente vitoriosa.
3) O SENHOR.., está no meio de ti. Deus está presente para proteger e, portanto, Israel não precisa mais ter medo. De modo inverso, agora o povo está preparado para ter a presença divina em seu meio, porque o pecado foi tirado.
GARANTIA DE FÉ, 3.16-18
Naquele dia, se dirá... Não temas (16). A presença de Deus dá paz de coração. Por conseguinte, a exortação: Não se enfraqueçam as tuas mãos, que significa “desalento” ou “queda”. A razão para o encorajamento é que o SENHOR, teu Deus, que está no meio de ti, é “um guerreiro vitorioso” (17, Smith-Goodspeed).
Os que estão exilados e entristecidos serão reunidos para a reunião solene (18). A palavra hebraica assim traduzida significa “lugar ou tempo determinado”, e aplica-se às ocasiões sagradas do ano judaico.’ Douglas sugere que “lugar de encontro” é uma ótima tradução. Os judeus que estavam no exílio achavam-se excluídos das grandes festas, mas serão reunidos novamente. A seguinte tradução do versículo reflete este significado: “Eu reunirei os que estão distantes da assembléia solene; eles estarão contigo para que tu não sejas repreendido por causa deles”.
PROMESSA DE RESTAURAÇÃO, 3.19,20
Um quadro geral dos dias messiânicos, mas sem fazer menção especial ao rei messiânico, o profeta encerra sua profecia. A promessa é: “[Eu] os trarei para casa” (20, NVI), com a repetição de 2.7: Quando eu reconduzir os vossos cativos (20). Acontecerá em seus dias.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico Beacon
Lições bíblicas CPAD 1993
Livro:-  Os Profetas Menores – Charles L. Feinberg

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