27 de novembro de 2013

O TEMPO PARA TODAS AS COISAS



O TEMPO PARA TODAS AS COISAS

TEXTO ÁUREO =  “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”(Ec 3.1).

VERDADE PRATICA = O tempo e o espaço em que vivemos são limitados, por isso, devemos ser bons despenseiros de Deus nesta vida.

LEITURA BIBLICA = Eclesiastes 3: 1-8

INTRODUÇÃO

Um livro curioso e dos mais atraentes.  Para alguns, um livro desalentador, mas não é bem assim. É um dos mais ricos e profundos da Bíblia e que exige certo cuidado em seu estudo. O autor mostra caminhos errados para se realizar na vida, e depois mostra o caminho certo. Ao mostrar os caminhos errados, ele não os defende. Isto faz parte de sua estrutura de trabalho. É um livro diferente, num estilo diferente. Ele mostra uma pessoa, que no relato é ele meso, procurando o significado da existência. Frustrou-se com todas as possibilidades. Por fim, descobre como fazer. É assim que o livro caminha.

1. TÍTULO – O título hebraico é Qoheleth e significa “Pregador” ou “Mestre” ou “alguém, um orador público, que se dirige a uma assembléia (de qahal,  congregar) de pessoas”.  Não sabemos se é um nome pessoal, um pseudônimo, ou o título de um ofício.  O termo surge sete vezes em Eclesiastes (1.1,2, 12; 7.27; 12.8,9,10) mas não aparece em nenhum outro livro do AT.  A LXX deu o nome de Eclesiastes (ek,  fora de; klesis,  chamado).  A palavra Igreja no grego é   ekklesía,  “uma assembléia, um grupo chamado fora (separado)”.

2. AUTOR – Não há menção do nome do autor, mas 1.1 o chama “filho de Davi, rei de Jerusalém”.  A única pessoa que preencheria tais características é Salomão, devido à sua sabedoria (Ec 1.16 e 1Rs 3.12; 4.29,30), sua riqueza (Ec 2.8 e 1Rs 10.23-24,27), seus projetos de construção (Ec 2.4-6 e 1Rs 6.1; 7.1) e sua coleção de provérbios (Ec 12.9 e 1Rs 4.32-34).  O autor se identifica em 1.1,12; 2.7,9; 12.9.  Alguns acham que a expressão “filho de Davi” poderia se referir a qualquer descendente de Davi, e que 1.16 e 2.9 não teriam sentido se o autor fosse Salomão.  Assim sugerem que o autor é uma pessoa anônima que está apresentando a sabedoria de Salomão para nossa consideração, e que Salomão é um tipo de “patrono” e “fundador” da tradição de sabedoria. Esta é uma posição que tem ganhado muitos adeptos.

3. LUGAR NA BÍBLIA – Eclesiastes é o quarto dos cinco livros poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares, em nossa Bíblia.  Na Bíblia Hebraica, é o quarto dos  Cinco Rolos (ou Megilloth), como são chamados Cantares, Rute, Lamentações, Eclesiastes, e Ester.

4. DATA Alguns presumem que Salomão tenha escrito Cantares no início do seu reinado (cerca de 965 a.C.), Provérbios no meio, quando seus poderes intelectuais estavam no auge (cerca de 950 a.C.), e Eclesiastes no final do seu reinado, quando estava decepcionado e desiludido com sua vida mundana (cerca de 935 a.C.).  Se o autor não foi Salomão, o livro pode ter sido escrito por um descendente de Davi entre 800 e 600 a.C., talvez no 4º século a.C. 

O Talmude registra que houve objeção inicial da Escola Rabínica de Shammai e de outros rabinos quanto à inclusão de Eclesiastes no cânon da Bíblia Hebraica. Mas estas observações me parecem surgir por causa da dificuldade em lidar com o teor do livro. E pode ser que o livro não seja de Salomão, mas produto de uma escola de pensamento que o teria maturado por longo tempo.

CONTEÚDO DE ECLESIASTES

 A futilidade do modo de vida do homem (1:1–3:22). As primeiras palavras ressoam o tema do livro: “‘A maior das vaidades’, disse o congregante, ‘a maior das vaidades! Tudo é vaidade!’” Que proveito tira o homem de toda a luta e labuta em que se empenha? Gerações vêm e vão, os ciclos naturais seguem seu curso na terra, e “não há nada de novo debaixo do sol”. (1:2, 3, 9) O congregante pôs o coração a buscar e perscrutar a sabedoria, no tocante às calamitosas atividades dos filhos dos homens, mas constata que, na sabedoria e na estultícia, nos empreendimentos e no trabalho árduo, no comer e no beber, tudo é “vaidade e um esforço para alcançar o vento”. Ele chega a ‘odiar a vida’, a vida cheia de calamidades e de empreendimentos materialistas. — 1:14; 2:11, 17.

 Para tudo há um tempo designado — sim, Deus fez tudo “bonito no seu tempo”. Ele deseja que suas criaturas desfrutem a vida sobre a terra. “Vim saber que não há nada melhor para eles do que alegrar-se e fazer o bem durante a sua vida; e também que todo homem coma e deveras beba, e veja o que é bom por todo o seu trabalho árduo. É a dádiva de Deus.” Mas, infelizmente, para o homem pecador e para o animal há o mesmo evento conseqüente: “Como morre um, assim morre o outro; e todos eles têm apenas um só espírito, de modo que não há nenhuma superioridade do homem sobre o animal, pois tudo é vaidade.” — 3:1, 11-13, 19.

Conselhos sábios para os que temem a Deus (4:1–7:29). Salomão congratula os mortos, porque estão livres de “todos os atos de opressão que se praticam debaixo do sol”. Daí, continua a descrever as obras vãs e calamitosas. Ele aconselha também de modo sábio, dizendo que é “melhor dois do que um” e que o “cordão tríplice não pode ser prontamente rompido em dois”. (4:1, 2, 9, 12) Ele dá bons conselhos ao povo de Deus, ao se congregar: ‘Guarde os seus pés, sempre que for à casa do verdadeiro Deus; e haja um achegamento para ouvir.’ Não seja precipitado em falar diante de Deus; ‘as suas palavras devem mostrar ser poucas’, e pague o que vota a Deus. ‘Tema o próprio verdadeiro Deus.’

Quando os pobres são oprimidos, lembre-se de que “alguém que é mais alto do que o alto está vigiando, e há os que estão alto por cima deles”. O simples servo, observa ele, terá sono doce, mas o rico está preocupado demais para poder dormir. Contudo, nu ele veio ao mundo, e, apesar de todo o seu trabalho árduo, não pode levar nada do mundo. — 5:1, 2, 4, 7, 8, 12, 15.
 Um homem talvez receba riquezas e glória, mas que adianta viver “mil anos duas vezes”, se não vir o que é bom? É melhor tomar a peito as questões sérias da vida e da morte do que associar-se com o estúpido, “na casa de alegria”; com efeito, é melhor receber a repreensão do sábio, pois como o estalar “de espinhos sob a panela é o riso do estúpido”. A sabedoria é proveitosa. “Pois a sabedoria é para proteção, assim como o dinheiro é para proteção; mas a vantagem do conhecimento é que a própria sabedoria preserva vivos os que a possuem.” Por que, então, se tornou calamitoso o caminho da humanidade? “O verdadeiro Deus fez a humanidade reta, mas eles mesmos têm procurado muitos planos.” — 6:6; 7:4, 6, 12, 29.

 O mesmo evento conseqüente para todos (8:1–9:12). “Guarda a própria ordem do rei”, aconselha o congregante, mas ele observa que, visto que a sentença contra o trabalho mau não é executada prontamente, “o coração dos filhos dos homens ficou neles plenamente determinado a fazer o mal”. (8:2, 11) Ele próprio gaba a alegria, mas há outra coisa calamitosa! Toda sorte de homens segue o mesmo caminho — para a morte! Os vivos estão cônscios de que morrerão, os “mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada . . . Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol, o lugar para onde vais.” — 9:5, 10.

 A sabedoria prática e a obrigação do homem (9:13–12:14). O congregante cita outras calamidades, como a “estultícia . . . em muitas posições elevadas”. Apresenta também muitos provérbios de sabedoria prática, e declara que mesmo “a juventude e o primor da mocidade são vaidade”, a menos que se acate a verdadeira sabedoria. Ele declara: “Lembra-te, pois, do teu Grandioso Criador nos dias da tua idade viril.” De outra forma, a velhice resultará meramente em a pessoa retornar ao pó da terra, isto acompanhado das palavras do congregante: “A maior das vaidades! . . . Tudo é vaidade.” Ele próprio sempre ensinou ao povo o conhecimento, pois “as palavras dos sábios são como aguilhadas”, impelindo a obras corretas, mas, quanto à sabedoria do mundo, ele adverte: “De se fazer muitos livros não há fim, e muita devoção a eles é fadiga para a carne.” Daí, o congregante leva o livro ao seu grandioso clímax, fazendo um resumo de tudo o que considerou sobre a vaidade e sobre a sabedoria: “A conclusão do assunto, tudo tendo sido ouvido, é: Teme o verdadeiro Deus e guarda os seus mandamentos.

Pois esta é toda a obrigação do homem. Pois o próprio verdadeiro Deus levará toda sorte de trabalho a julgamento com relação a toda coisa oculta, quanto a se é bom ou mau.” — 10:6; 11:1, 10; 12:1, 8-14.

PROVEITOSO PARA OS NOSSOS DIAS:

 Longe de ser um livro pessimista, Eclesiastes está cravejado de brilhantes gemas de sabedoria divina. Quando Salomão enumera as muitas consecuções que ele chama de vaidade, não inclui a construção do templo de Deus, sobre o monte Moriá, em Jerusalém, nem a adoração pura de Deus. Tampouco diz que a vida, que é uma dádiva de Deus, seja vaidade; ao contrário, mostra que o objetivo era que o homem se regozijasse e fizesse o bem. (3:12, 13; 5:18-20; 8:15) As atividades calamitosas são as que não levam em conta a Deus. Um pai pode ajuntar riquezas para seu filho, mas um desastre destrói tudo e nada lhe resta. Seria muito melhor providenciar uma herança duradoura de riquezas espirituais. É calamitoso possuir uma abundância e não poder usufruí-la. A calamidade sobrevém a todos os ricos do mundo quando ‘se vão’, de mãos vazias, na morte. — 5:13-15; 6:1, 2.

Em Mateus 12:42, Cristo Jesus se referiu a si mesmo como “algo maior do que Salomão”. Visto que Salomão prefigurou a Jesus, podemos dizer que as palavras de Salomão, contidas no livro Qo·hé·leth, estão em harmonia com os ensinamentos de Jesus? Encontramos muitos paralelos! Por exemplo, Jesus sublinhou o grande alcance da obra de Deus, ao dizer: “Meu Pai tem estado trabalhando até agora e eu estou trabalhando.” (João 5:17) Salomão falou igualmente das obras de Deus: “E eu vi todo o trabalho do verdadeiro Deus, que a humanidade não é capaz de descobrir o trabalho que se fez debaixo do sol; por mais que a humanidade trabalhe arduamente para procurar, ainda assim não o descobre. E mesmo que dissessem que são bastante sábios para saber, não seriam capazes de o descobrir.” — Ecl. 8:17.

Tanto Jesus como Salomão encorajaram os verdadeiros adoradores a se congregarem. (Mat. 18:20; Ecl. 4:9-12; 5:1) As declarações de Jesus sobre a “terminação do sistema de coisas” e “os tempos designados das nações” estão em harmonia com as palavras de Salomão de que “para tudo há um tempo determinado, sim, há um tempo para todo assunto debaixo dos céus”. — Mat. 24:3; Luc. 21:24; Ecl. 3:1.

Acima de tudo, Jesus e seus discípulos se unem a Salomão para avisar sobre as armadilhas do materialismo. A sabedoria é a verdadeira proteção, pois “preserva vivos os que a possuem”, diz Salomão. Jesus diz: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas estas outras coisas vos serão acrescentadas”. (Ecl. 7:12; Mat. 6:33) Em Eclesiastes 5:10, está escrito: “O mero amante da prata não se fartará de prata, nem o amante da opulência, da renda. Também isto é vaidade.” Paulo nos dá um conselho bem similar, ao dizer, em 1 Timóteo 6:6-19, que “o amor ao dinheiro é raiz de toda sorte de coisas prejudiciais”.

Há similares passagens paralelas sobre outros pontos de instrução bíblica. — Ecl. 3:17—Atos 17:31; Ecl. 4:1—Tia. 5:4; Ecl. 5:1, 2—Tia. 1:19; Ecl. 6:12—Tia 4:14; Ecl. 7:20—Rom. 3:23; Ecl. 8:17—Rom. 11:33.

O governo do Reino do amado Filho de Deus, Jesus Cristo, que na carne era descendente do sábio Rei Salomão, estabelecerá uma nova sociedade terrestre. (Ap. 21:1-5) O que Salomão escreveu para a orientação de seus súditos no seu reino típico é de interesse vital para todos os que agora depositam a sua esperança no Reino sob Cristo Jesus. Debaixo da dominação deste Reino, a humanidade viverá segundo os mesmos princípios sábios que o congregante apresentou, e se regozijará eternamente com a dádiva divina de uma vida feliz. Agora é tempo de nos congregarmos para a adoração de Deus, a fim de usufruirmos plenamente as alegrias da vida sob o seu Reino. — Ecl. 3:12, 13; 12:13, 14.

Discernindo os Tempos = Eclesiastes 3. 1 – 14

O livro de Eclesiastes, escrito por Salomão (Ec 1. 1), traz a visão do homem “debaixo do sol” (essa expressão de repete 27 vezes),  em meio a isso, ele mostra a visão do Todo-Poderoso. Talvez os primeiros destinatários que Salomão tinha em mente eram os pensadores do seu tempo, alguns que, quem sabe, não criam em seu Deus. Com esse escrito, o sábio os conduziria a pensar, sobretudo, nAquele que está além do sol.

Este capítulo que lemos traz uma introdução com uma afirmação absoluta: “Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.”. Quando coisas, mesmo que certas, são feitas em ocasiões erradas, a vida não corre bem. Portanto, precisamos discernir os tempos.

Tempos que mexem com a alma.

a)     “Tempo de nascer e tempo de morrer [...]” (v. 2a); “[...] tempo de chorar e tempo de rir,”  (v. 4). Quanta alegria traz um nascimento, mas quanta tristeza traz uma morte. Todos passam por momentos difíceis e, quando eles acontecem, é preciso vivenciá-los da maneira adequada com ajuda de Deus. Os tempos de alegria devem ser bem vividos e com louvor a Deus. A Bíblia é um livro honesto que considera todas as realidades da vida.

b)    “[...] tempo de amar e tempo de odiar,” (v. 8.a). Os tempos a serem odiados são aqueles em que pecamos, em que vemos o pecado agindo no mundo e causando danos, quando percebemos a ação maligna destruindo pessoas. O tempo de amar deve ocorrer no presente e futuro. Lembremo-nos que o amor é um mandamento.

c)     Tenhamos a consciência da morte e da vida, do choro e do riso, do amor e do ódio e busquemos a presença de Deus em todos esses tempos.


Tempos de decisões.

a)     “[...] tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou, [...]” (v. 2b). Para um dia poder colher, é preciso decidir plantar. A Bíblia nos diz que tudo o que o homem semear ele vai colher (Gl 6. 7). Decidamos semear boas sementes.

b)    “[...] tempo de abraçar e tempo de se conter, [...]” (v. 5b). Há muitos que não abraçam quando deveriam abraçar e abraçam quando não deveriam.

c)     “[...] tempo de calar e tempo de falar,” (v. 7b). A Escritura nos diz que a palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata (Pv 25. 11). Tiago 5. 19 nos diz que devemos estar prontos para ouvir, mas tardios para falar e se irar. Precisamos discernir o tempo de falar e o de calar.

Para todos os tempos.

a)     “Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade;” (v. 11). Todo o tempo é tempo para considerar a realidade da eternidade.

b)    “Descobri que não há nada melhor para o homem do que ser feliz e praticar o bem enquanto vive.” (v. 12). Em todo o tempo, devemos procurar a felicidade que as Escrituras nos propõem, assim como buscar fazer o bem para que os outros sejam felizes.

c)     “Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que Ele venha.” (I Co 11. 26). Em todo o tempo de nossa vida terrena, devemos participar da ceia anunciando a morte do Senhor até que Ele venha. Busquemos discernir os tempos que mexem com a nossa alma, que nos chamam a decisões e aqueles que se estendem para toda a eternidade.

O TEMPO E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Leia Efésios 4:25-32 e destaque as palavras que tocam mais diretamente seu coração. Reflita em todas as coisas que você pode fazer, com a ajuda de Deus, para melhorar seu relacionamento com outras pessoas. “Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo. Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado. Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.

Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Efés. 4:25-32)

“Expressões ásperas, despóticas, não se harmonizam com a sagrada obra que Cristo deu a Seus ministros. Quando a experiência diária é olhar a Jesus e dEle aprender, haveis de revelar caráter são e harmônico. Abrandai vossas manifestações, e não vos permitais proferir palavras condenatórias. Aprendei do grande Mestre. As expressões de bondade e simpatia farão bem como um remédio, e curarão almas em desespero. O conhecimento da Palavra de Deus, introduzido na vida prática, terá uma força saneadora e suavizante. A aspereza no falar nunca há de produzir bênçãos para vós, nem a nenhuma outra alma.” (Ellen G. White, Obreiros evangélicos, p. 163-164).


“Paulo aconselhou as comunidades da primeira igreja a evitar a deterioração dos relacionamentos pessoais no ‘corpo de Cristo’. Muitas dificuldades interpessoais vêm de tentar destruir uns aos outros e, no processo, ofender toda a comunidade. Aqueles que tomam parte em fofocas e calúnias tendem eles próprios a ter problemas — sentimentos de inferioridade, necessidade de ser notado, desejo de controlar ou ter poder e outras inseguranças. Essas pessoas precisam de ajuda para abandonar esse modo nocivo de lidar com seus conflitos internos.”

“Sentir-se realmente bem sobre si mesmo ajuda a evitar se envolver em fofoca e calúnia. Os membros do corpo de Cristo precisam considerar-se privilegiados por ter recebido o dom da salvação “Guarda-me como a menina dos olhos, esconde-me à sombra das tuas asas,” (Sal. 17:8) “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Ped. 2:9). Com essa compreensão, a ênfase passa a ser a edificação mútua.

Palavras de encorajamento e aprovação, ênfase no lado positivo das coisas, humildade e uma atitude alegre são modos de sustentar aqueles que têm problemas pessoais.”

“Outra forma de ajudar é servir como mediadores de relacionamentos. Jesus chamou os pacificadores de ‘bem-aventurados’ e ‘filhos Deus’ (Mt 5:9), e Tiago diz que os pacificadores colherão ‘o fruto da justiça’(Tg 3:18).”

A regra básica para todos os relacionamentos é bem clara nas palavras de Jesus: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.” (Mat. 7:12).

“Esse princípio pode ser considerado uma joia inestimável para os relacionamentos sociais. É positivo, está baseado no amor, é universal e estende a lei acima e além da lei humana. A ‘regra áurea’ também traz benefícios práticos a todos os envolvidos.”


 “A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Rm 13:8).

“Assim como Jesus, no Sermão do Monte, Paulo amplia neste texto os preceitos da lei, mostrando que o amor deve ser o poder motivador por trás de tudo que fizermos. Sendo a lei uma expressão do caráter de Deus, e Deus é amor, segue-se que o amor é o cumprimento da lei. 

Mas Paulo não substitui os preceitos detalhados com precisão pela lei por um padrão vago de amor, como alegam alguns cristãos.

A lei moral ainda está em vigor, porque, novamente, é ela que assinala o pecado – e quem vai negar a realidade do pecado? Porém, a lei só pode ser obedecida verdadeiramente no contexto do amor. Lembre-se: alguns dos que levaram Cristo para a cruz correram em seguida para casa a fim de guardar a lei!”

“Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” (Rom. 13:9-10).

“Curiosamente, o amor não foi um princípio introduzido recentemente. Citando Levítico 19:18: “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo”, Paulo mostra que o princípio era parte integrante do sistema do Antigo Testamento. Paulo apela para o Antigo Testamento a fim de apoiar sua pregação evangélica. Com base nesses textos, alguns argumentam que Paulo ensina que só os poucos mandamentos mencionados aqui estão em vigor. Nesse caso, isto significa que os cristãos podem desonrar os pais, adorar os ídolos e outros deuses diante de Deus? Claro que não! Veja o contexto. Paulo está lidando com o relacionamento entre os cristãos. Ele trata de relações pessoais, e é por isso que especifica os mandamentos que se concentram nessas relações.”

amigos, misericordiosos, humildes,” (1Pe 3:8).

 “Como devemos nos relacionar com os outros?”

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.” (Jo 13:35). “Portanto, acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus.” (Rm 15:7). “Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.” (Ef 4:32). Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem.

Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;” (Cl 3:13). “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” (1Ts 4:18). “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tg 5:16). “Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes,” (1Pe 3:8). “Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.” (1Pe 4:9). “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” (1Jo 1:7).

“Quando entendemos quanta graça e misericórdia nos foram estendidas por Deus, podemos começar a fazer o mesmo aos outros. Amar os amáveis e bondosos é relativamente fácil; quase todos fazem isso. É quando somos chamados a amar os que não nos amam, aqueles com quem é difícil nos entendermos, os que nos tratam mal e injustamente – isso requer a graça de Deus operando em nós.”

“Os que se tornaram novas criaturas em Cristo Jesus, produzirão os frutos do Espírito – ‘amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio’. Gál. 5:22 e 23. Não se conformarão por mais tempo com as concupiscências anteriores, mas pela fé do Filho de Deus seguirão as Suas pisadas, refletir-Lhe-ão o caráter e se purificarão, assim como Ele é puro. As coisas que outrora aborreciam, agora amam; e aquilo que outrora amavam, aborrecem agora. O orgulhoso e presunçoso torna-se manso e humilde de coração. O vanglorioso e arrogante torna-se circunspecto e moderado. O bêbado torna-se sóbrio e o viciado, puro. Os vãos costumes e modas do mundo são renunciados. O cristão buscará, não o ‘enfeite… exterior’, mas ‘o homem encoberto no coração, no incorruptível trajo de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus’. I Ped. 3:3 e 4. (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 58-59).


 “Toda a humanidade tem parentesco por causa de nossa linhagem comum (‘de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;’ At 17:26). Somos todos parentes, também, pelo amor que Deus tem por todos nós.

Todos podem ser redimidos pelo sangue precioso de Cristo, porque Deus não deseja que ninguém se perca (‘Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.’ 2Pe 3:9)”.

“A Bíblia diz claramente que pela redenção em Jesus, todas as barreiras entre nós devem ser derribadas, porque somos os mesmos diante do Senhor: pecadores necessitados da graça do de Deus.”

Portanto: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. (Ef 4:1-16)

“Os tipos de relacionamentos interpessoais que partilhamos com os outros são centrais à saúde emocional e espiritual.”


ADMINISTRANDO BEM O TEMPO

Como aproveitar o tempo, Dom de Deus.

Administrar o tempo não é apenas manter-se ocupada, mas também buscar o plano de Deus para você- escolher uma direção e seguir em frente para atingir seus objetivos, Administrar o tempo é uma das habilidades mais difíceis e mais úteis que a mulher pode desenvolver, exige o máximo de empenho e um planejamento realista.

Primeiro, você deve reconhecer que tem tempo- a mesma quantidade que Deus deu a todos. Você, com a ajuda de Deus, deve determinar como utilizar seu tempo (PV 3.5-6) .É um erro deixar que outros decidam suas propriedades e façam sua agenda (RM 12.2). Lembre-se de que, ao usar curtos espaços de tempo com fidelidade, você conseguirá fazer grandes coisas ( EC 9.10).

O Maior desafio que a mulher enfrenta não é organizar sua vida ou planejar o ano, mas ordenar o dia-a-dia, abrindo espaços para descansar o suficiente, alimentar-se de forma adequada, exercitar-se e usufruir de um momento exclusivo com o Senhor. Para dedicar-se ao que é realmente importante, deve-se determinar um horário significativo para os relacionamentos vitais, principalmente com o marido e os filhos, no lar.

A "mulher eficiente" levanta- se cedo para planejar as atividades diárias ( PV 31.15). Mesmo não tendo "servas", a mulher de hoje tem eletrodomésticos, carros e também serviços úteis, como telefone e energia elétrica. Essas Bênçãos de Deus encontram -se a mão para ajudar e servir as mulheres nas tarefas diárias e terrenas, propiciando -lhe uma grande quantidade de tempo para passar com o Senhor e servir os demais!

Para os hebreus, o dia se inicia ao anoitecer- com descanso, comunhão com a família e, também, estudo e meditação na palavra de Deus (SL 55.17). Jesus Disse " Buscai, pois,em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça" (MT6.33). Uma forma de fazer isso e dedicar-se as horas noturnas para um descanso tranqüilo, reflexão e " preparação interior" - em todas as palavras, preparar- se á noite para o dia seguinte e também organizar a agenda para começar o dia logo que se levantar.

DUAS VERDADES QUE ENSINAM ADMINISTRAR O TEMPO

a- A incerteza da vida  – A vida nos oferece muitas situações, mas alguns fatos tornam-se inevitáveis. A morte é um fato inevitável. A Bíblia traz várias passagens falando da transitoriedade da vida – Tiago 4.14-15.Moisés, escrevendo o Salmo 90, diz que a vida é como o dia de ontem que se foi “tudo passa rapidamente, e nós voamos” Salmo 90.4-6, 9-10. O que fazer ante essa realidade? Tiago nos recomenda que a incerteza da vida deve nos lembrar quanto dependemos de Deus (Tiago 4.15) Moisés nos aconselha que, diante da brevidade da vida, devemos pedir a Deus que nos ensine a administrar os nossos dias de tal forma  que alcancemos coração sábio (Salmo 90.12).

b- A certeza da volta de Jesus – Outro fato inevitável, que aguardamos a qualquer momento, com ansiedade, é a volta do Senhor Jesus. No Seu discurso de despedida, Ele conforta Seus apóstolos e anuncia a Sua volta: “E quando eu for e vos preparar lugar, voltarei...” João 14.3. Jesus, que prometeu voltar, é fiel para cumprir a Sua Palavra (Hebreus 10.23).

Esta é a bendita esperança da Igreja. Na parábola da dez minas, Jesus recomenda: “Negociai até que eu volte”  - Lucas 19.11-27. O evangelista João nos exorta a fazer a obra enquanto é dia (João 9.4). Não podemos perder tempo! Temos que aproveitar cada momento que o Pai nos dá para testemunhar de Jesus: saudando um vizinho, confortando um aflito, visitando um doente, alimentando um faminto, vestindo um descamisado, apresentando o plano de salvação a um descrente.

CONCLUSÃO

Todo o tempo que tivermos aqui, seja bem aproveitado de maneira arguciosa e sabia, vivendo na direção Deus tudo dá certo, Ele alinha os caminhos tortuosos, tira os impedimentos de maneira que os seus desígnios sejam concretizados em nossa vida, pois operando Deus quem impedirá? (Isa 14:27; 43:13 Porque “Desde a antiguidade não se ouviu, nem com os olhos se viu, um Deus que trabalhe para aquele que nele espera”. (Isa 64:4). Descansemos em suas promessas porque fiel é aquele que prometeu.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

BIBLIOGRAFIA
tempodevocional.com
prelisclementino.blogspot.com.br

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