As
setenta Semanas
Texto
áureo
“Setentas
semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para
extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e
trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos
santos” (Dn 9.24).
Texto bíblico.
Estando eu ainda falando e orando, e
confessando o meu pecado, e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha
súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu
Deus,Estando eu, digo, ainda falando na oração, o homem Gabriel, que eu tinha
visto na minha visão ao princípio, veio, voando rapidamente, e tocou-me, à hora
do sacrifício da tarde.
Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo:
Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido.No princípio das tuas
súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado;
considera, pois, a palavra, e entende a visão.Setenta semanas estão
determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a
transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer
a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para
restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete
semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em
tempos angustiosos.
E depois das sessenta e duas semanas será
cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir,
destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao
fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.E ele firmará aliança com
muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a
oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. (Dn
9.20.27)
Introdução
Introdução
O
capitulo nove do livro de Daniel diferentemente dos capítulos anteriores
relatam a máxima da revelação de Deus sobre os governos mundiais. Desde os
antigos impérios conhecidos daquela época, até a um futuro desconhecido, Daniel
experimenta a revelação dos dias do fim.
Considerado
como o apocalipse do antigo testamento, no livro de Daniel, percebemos que o
capítulo nove revela ainda os pormenores de um tempo determinado pelo criador.
Como se olhasse para um futuro tão próximo, Deus deu revelações para muitos
séculos a frente. Deus é sabedor de todas as coisas, e diante disso cremos
ainda mais, que muito em breve se cumprirá aquilo que esta determinado.
Um tempo determinado.
Deus
havia demarcado um tempo para que o de Israel ficasse fora da sua terra caso
não cumprisse os seus preceitos. A vontade de Deus é soberana, e inquestionável
são todas as suas decisões. Diante deste fato Daniel, um homem amado pelo
Senhor, buscou na escritura sobre os tempos em que viria a ser o fim do
cativeiro; “No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos
livros que o número dos anos, de que falara o Senhor ao profeta Jeremias, em
que haviam de cumprirem-se as desolações de Jerusalém, era de setenta anos”(Dn9.2). Daniel havia entendido que o
tempo da provação havia chegado ao fim. Então se pôs de joelhos a clamar ao
Deus criador dos céus e da terra. A
necessidade do entendimento sobre o fim de tão grande sofrimento levou o homem
de Deus a um planto ainda maior ao reconhecer as misérias do seu povo, não que
Daniel humilhasse a si mesmo, mas ele entendia a soberania daquele a quem
buscava.
O povo de Israel estava passando por um
processo pelo qual o SENHOR os havia encaminhado. Como é triste saber que sendo
um povo reconhecidamente querido pelo criador de tudo, estarem em uma situação
caótica. Mas havia uma advertência,e Israel deveria guardar os anos sabáticos,
que eram uma ordenança para todas as tribos.Disse o SENHOR; “E espalhar-vos-ei entre as nações, e desembainharei a espada atrás de
vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas.
Então a terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; então a terra descansará, e folgará nos seus sábados.
Todos os dias da assolação descansará, porque não descansou nos vossos sábados, quando habitáveis nela.”(Lv. 26.33-35). O não cumprimento desta ordenança resultou em um tempo de angustia que duraram setenta anos.
Então a terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; então a terra descansará, e folgará nos seus sábados.
Todos os dias da assolação descansará, porque não descansou nos vossos sábados, quando habitáveis nela.”(Lv. 26.33-35). O não cumprimento desta ordenança resultou em um tempo de angustia que duraram setenta anos.
O povo estava na terra da promessa a qual Deus
havia entregado aos antigos patriarcas das tribos de Israel. Mas durante 490 anos Israel não observou os seus
estatutos,a terra não descansou em todos os seus sábados.
Segundo a boa palavra do SENHOR, para cada seis
anos trabalhados a terra descansaria ao sétimo ano; “Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e
colherás os seus frutos;Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a
terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha.O
que nascer de si mesmo da tua sega, não colherás, e as uvas da tua separação
não vindimarás; ano de descanso será para a terra (Lv 25.3-5)”.
Após o clamor do servo do SENHOR, veio a ele a resposta a ele
naquele dia; “Estando eu ainda falando e orando, e confessando o meu pecado, e o
pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor,
meu Deus, pelo monte santo do meu Deus, Estando eu, digo, ainda falando na
oração, o homem Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio,
voando rapidamente, e tocou-me, à hora do sacrifício da tarde”
(Dn.9.20-21). Deus usa este momento para revelar grandes e maravilhosas
revelações ao seu servo.
As setenta semanas;
Daniel recebeu esta profecia por intermédio
do anjo Gabriel, durante seu cativeiro na Babilônia, no primeiro ano do rei
Dario, em 538 aC. Ele percebeu pelos “livros” (Jr25:11-12;29:10-14) como falamos anteriormente,que o cativeiro
duraria 70 anos. Como 67 anos já haviam se passado desde a queda de Jerusalém
em 605 aC. , ele concluiu que em breve seu povo deveria voltar para sua terra.
Enquanto orava recebeu a resposta: “setenta
semanas estão decretadas para o seu povo e sua santa cidade”As setenta
semanas foram decretadas para o povo de Daniel, os judeus, e sua santa cidade,
Jerusalém. Deus sempre cumpriu aquilo que promete, mesmo que o homem não queira,
ele faz tudo conforme projetou em seu coração. Podemos entender com isso, que
as provas podem ter tempo de validade, e acabam também num tempo determinado
por Deus; “Tudo tem o seu tempo
determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”.(Ec3.1).
Desta forma, os eventos associados às
semanas de Daniel devem se cumprir sobre este povo e esta cidade. Conforme foi
revelado, seis eventos principais caracterizam este período: cessar a transgressão,
dar fim aos pecados, expiar a iniquidade, trazer a justiça eterna, selar a
visão e a profecia, e ungir o Santo dos Santos; que devem se cumprir sobre
Israel até o final das 70semanas.
Cada evento proposto pelo SENHOR, tem
uma ação restauradora, desde a queda do homem até o tempo da restauração, com finalmente
a unção de nosso SENHOR Jesus Cristo soberano e eterno.
Diante da grandeza profética,Deus
demarca um tempo na história humana para que possa agir através dos séculos. O SENHOR, não está sujeito ao tempo, enquanto
ele revelava para Daniel um futuro ainda depois de muitos dias, o mesmo SENHOR,
trabalhava pra cumprir cada palavra. Os objetivos da profecia irão se cumprir
no projeto de Deus, o tempo é do SENHOR, pois um dia para Ele é como mil anos.
(2Pe 3.8).
O termo “setenta semanas”
traduzido literalmente é “setenta setes”, em hebraicoshabuas, ou
seja, setenta conjuntos de sete que
podem ser dias ou anos. Podemos concluir facilmente que não se trata de 70
semanas de dias, pois em 490 dias não teria terminado o cativeiro na Babilônia,
nem mesmo teria vindo o Messias e a profecia não se cumpriria. Vemos que neste
caso trata-se de setenta semanas de anos, como em Gn29:27 e Lv25:8, totalizando
assim 490 anos.
As 70 semanas estão divididas em três
períodos: um de 7 semanas, um de 62 semanas e outro de 1 semana. O primeiro
período tem início com a saída da ordem para restaurar e reedificar a cidade de
Jerusalém, que havia sido destruída. Esta ordem, ou decreto, foi dada pelo rei
Artaxerxes em 445aC. conforme registrado em Ne2:1-8 e não deve ser confundida
com ordens anteriores para reedificar o templo. A duração desse período foi de
7 semanas, ou 49anos, envolvendo toda a reconstrução da cidade com suas ruas e
o muro ao redor dela.
Depois temos mais 62 semanas, ou 434
anos, que vai até o Messias, o Cristo. Com uma precisão impressionante chegamos
a 33dC. , ano em que morreu o SENHOR Jesus. Neste ponto é necessária uma
observação, pois os anos considerados na profecia são anos judaicos de 360 dias
e não de 365 como no calendário moderno.
Assim, vemos que este segundo período se
estendeu até a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém no domingo antes da sua
morte e ressurreição.
Outros cálculos podem ser feitos, uns apontam
o batismo de Jesus, no início de seu ministério, outros apontam sua morte, mas
apesar das imperfeições dos calendários e das falhas nos métodos de datação.
Depois disso temos um intervalo de tempo
indeterminado, ou seja, a última semana não começa imediatamente depois das
outras sessenta e nove. O verso 26 diz que a morte do Messiase destruição da
cidade deveriam ocorrer depois da 69a. semana e antes da última
semana: “depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não
haverá lugar para ele. A cidade e o Lugar Santo serão destruídos pelo povo do
governante que virá.”.
Alguns tentam associar este “governante”
com Antíoco Epifânio, que fez um acordo com alguns chefes judeus e depois
atacou Jerusalém, destruindo a cidade e profanando o templo em165 aC., conforme
registrado no livro de Macabeus. Mas o v26 fala de uma destruição da cidade depois
da morte do Messias, dando-nos como única opção o ataque dos romanos que
destruiu Jerusalém em 70 dC.
A última semana deveria começar quando o
príncipe fizesse uma aliança que duraria uma semana. Porém, a história mostra
que isso não aconteceu na ocasião da destruição de Jerusalém pelos romanos.
Assim, vemos que, o povo “do príncipe que há de vir” destruiu a cidade,
mas o príncipe que faria a aliança ainda não existia, seria um líder vindouro.
Isso fica claro pelas palavras de Jesus em Mt24:15, “quando vocês virem o
‘sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel...”. Ele cita Daniel
9:27 mostrando que mesmo em Seus dias este príncipe ainda não tinha vindo e
deveria vir nos tempos do fim, trazendo grande tribulação.
O anticristo, registrado em o livro de
Apocalipse no capitulo treze,está determinado para um futuro marcado por
grandes mudanças politicas e religiosas. Porém, aguardamos com expectativa a
volta do nosso Messias antes deste período. Mas, devemos ficar atentos por alguns
movimentos no mundo atual, que aponta para mudanças significativas, tanto na
economia quanto na religião. O Estado Islâmico, por exemplo, é um alerta a
igreja da atualidade, investidos de uma autoridade religiosa contra o mundo
ocidental, a mensagem violenta destes grupos tem se espalhado principalmente
nos países redor de Israel e da cidade Santa.
Com referência,“o governante” (ou
“o príncipe”) de Daniel 9:27 com aquele que colocará no templo o “sacrilégio
terrível” de Mt24:15 e com “o homem do pecado” de 2Ts2:1-3.
Concluímos então que a 70a.
semana ainda não começou e estamos no intervalo entre a penúltima e a última
semana. Esta última começará quando “governante”, um líder surgir e
conseguir trazer para si todas as nações fazendo que aja um governo único.
Não devemos ver isso como um “tratado de
paz com Israel”, mas como uma “aliança” (conforme o texto hebraico)
com muitos países que favorecerá tremendamente a Israel que prosperará no
início, que poderá possibilitar até a reconstrução do templo que hoje está
destruído. Na metade deste período, ele romperá esta aliança, virá contra
Israel fazendo cessar os sacrifícios oferecidos no templo e de protetor dos
judeus se tornará seu assolador. Assim7 semanas 62 semanas intervalo 1 semana comparando
com Mt24:15-30, vemos que a última semana coincide com o período da Grande
Tribulação. O anticristo que se levantará neste período é citado em o livro de
Apocalipse capitulo treze, quando ajudado pelo falso profeta enganará as
nações.
Conclusão
Muitas das profecias bíblicas só foram
percebidas por muitos após o seu real cumprimento. Jesus nos alerta para aquele
dia, pois se aqueles dias não fossem abreviados nenhuma carne se salvaria (Mt
24.22). Devemos estar atentos, pois o próprio Cristo nos dá ainda um último
alerta, “como foi nos dias de Noé”. Amados aguardemos com paciência a volta de
nosso Messias.
Evang. Juarez Alves
Nenhum comentário:
Postar um comentário