26 de dezembro de 2014

O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL



O TEMPO DA PROFECIA DE DANIEL

TEXTO ÁUREO = “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” ( 2 Ts 2: 3 ).

VERDADE PRÁTICA = O tempo do fim é a ocasião em que Deus fará com que o seu Reino triunfe sobre todos os poderes do mal.

LEITURA BIBLICA = Daniel 12: 1-7, 7-911-13

INTRODUÇÃO

O TEMPO DA PROFECIA

12: 1 - Durante o domínio romano haveria uma grande catástrofe, "qual nunca houve, desde que houve nação". Jesus confirmou esta profecia quando ele falou sobre a destruição de Jerusalém em Mateus 24:21-22 e Marcos 13: 19-20. Os discípulos se livraram porque Jesus os tinha prevenido quanto aos sinais da destruição iminente. Ele até tinha ligado a destruição de Jerusalém com a profecia de Daniel (Mateus 24:15; Lucas 21:20-22).

Haverá um tempo de angústia (1). O reino do Anticristo está em toda parte nas Escrituras retratado como uma crise do mal. As palavras de Gabriel sucintamente o descrevem como um tempo "quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo" (8.23, NVI). Um tema recorrente nas Escrituras é o ensino que um tempo de grande angústia será o clímax da era da rebeldia do homem contra Deus e conduzirá ao ponto culminante do Reino de Deus. Jeremias se refere ao "tempo da angústia para Jacó" (Jr 30.7). Jesus em seu discurso descreve esse tempo de angústia como "dias de vingança" (Lc 21.22) e "grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo [...] nem tampouco haverá jamais" (Mt 24.21; Mc 13.19-20). A interpretação futurista considera uma boa parte do livro de Apocalipse um retrato desse período, especialmente os capítulos 6-19.

Mas a Grande Tribulação traz consigo muito mais do que o clímax do mal; ela introduz o triunfo de Deus. Um dos aspectos importantes que o livro de Daniel ensina é que os poderes do mundo celestial estão profundamente interessados e engajados nos afazeres dos homens na terra. E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo. Esse é o arcanjo convocado para socorrer o Ser glorioso em 10.13. Vemos o clímax dramático em Apocalipse 12.7-8: "E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram".

Fica claro que o povo de Israel está envolvido no clímax da história. Seguidas vezes encontramos em Daniel as seguintes expressões: o teu povo ou os filhos do teu povo. Ao mesmo tempo é necessário guardar uma perspectiva. Deus tem uma preocupação com toda a humanidade. Os eventos que marcam o clímax das eras são cósmicos; seu impacto é internacional e mundial. A Palestina é, sem dúvida, um estágio da ação divina. Mas toda a terra e os céus constituem a cena da operação final de Deus nessa era. O ponto para o qual a história está se movendo é a culminação do Reino de Deus

12:2-3 - Isto não aponta necessariamente para a ressurreição final, mas antes a uma ressurreição espiritual. Ele diz que "muitos", em vez de "todos," se erguerão. No final da ressurreição, "todos" sairão dos túmulos (João 5:28-29). Além disso, quando isto é ligado com o versículo 10, os "muitos" que são purificados são contrastados com os ímpios que continuam a proceder impiamente. Daniel 12:2 é cumprido na ressurreição espiritual daqueles que aceitaram Cristo (João 5:25). Mas "alguns" que obedeceram voltaram à vergonha e desprezo eternos (Mateus 24: 12-13) enquanto "alguns" permaneceram fiéis à vida eterna.

E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão (2). Essa é a revelação mais clara da doutrina da ressurreição no Antigo Testamento. Ela nos lembra que é Cristo que "trouxe à luz a vida e a incorrupção" (2 Tm 1.10). Alguns intérpretes acreditam que a ressurreição mencionada aqui é uma ressurreição parcial relacionada somente aos judeus que morreram na tribulação. Calvino insiste em que esse estreitamento do escopo é injustificável. Para ele, esse texto ressalta o aspecto do mal e do bem, ou seja, alguns serão separados para a vida eterna e outros para vergonha e condenação eterna. Ele entende que a palavra muitos significa "os muitos" ou "todos" e que aqui se tem em mente a ressurreição geral.

Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento [...] como as estrelas, sempre e eternamente (3). Esses sábios são abençoados com a "sabedoria que vem do alto" (Tg 3.17). A palavra sábios (chappim), usada mais freqüentemente em Daniel (14 vezes), significa aqueles que possuem a sabedoria humana, ou seja, os magos. Nesse texto é usado hamaskkilim, palavra que vem da raiz sakal, que significa ser prudente, inteligente, ter entendimento, ensinar. Por isso, lemos na nota de rodapé da KJV: "aqueles que ensinam". D. L. Moody disse: "Não são os grandes desse mundo que brilharão mais. Sabemos muito pouco a respeito de Nabucodonosor e outros reis, exceto pelo fato de preencherem a história desses humildes homens de Deus L .. ] Mas os homens de Deus resplandecem [ ... ] Já passaram mais de 2.500 anos desde a época de Daniel, mas milhões de pessoas continuam lendo acerca da sua vida e ações. E assim será até o fim. Ele será mais conhecido e mais amado; ele resplandecerá mais à medida que o mundo envelhece.

RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA

12:4-6 - O livro seria selado e guardado para "os últimos dias." Um dos dois anjos pergunta, "Quanto tempo levará até o fim destas maravilhas?" Oito vezes nestes capítulos "o fim" (referindo a um tempo indicado) é mencionado (11: 27,35,40; 12:4,6,8-9, 13). Será que isto se refere a: o fim do mundo; o fim do sistema judaico e economia; ou o fim de Roma, que marcou o fim dos reinos mundiais pagãos? Nada indica que o fim do mundo seja indicado, e o fato que o tempo na terra tem continuado centenas de anos depois que os quatro reinos mundiais passaram, prova que Daniel não tinha em vista o fim deste mundo. Há razões plausíveis para aceitar qualquer dos dois últimos pontos de vista.

a) Características dos últimos dias (12.4). A mensagem final do glorioso Mensageiro a Daniel foi: fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo (4). Que as palavras foram fechadas e o livro está selado fica evidente pela imensa confusão que tem caracterizado a interpretação desse livro nesses mais de dois milênios. Adam Clarke escreve: "A profecia não será entendida até que seja cumprida. Então, a profundidade da sabedoria e da providência de Deus sobre essas questões será claramente percebida".

Mas, fechar o livro não significa o fim das coisas. Haverá um tempo de intensa atividade na área de transporte, educação e comunicação. Então, esses acontecimentos do fim compelirão os sábios a procurar uma sabedoria mais profunda acerca da revelação deste livro. Dificilmente podemos evitar em identificar a breve descrição de Daniel com os nossos dias.

Muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará. O transporte de massas e a velocidade são marcas da nossa era. A mobilidade ininterrupta dos povos do mundo, a comunicação de massa quase instantânea, a demanda insistente e universal por educação pelas massas, são características dos nossos tempos.

Quanto tempo durará? (12.5). Enquanto Daniel estava parado à beira do rio (5, Tigre, ele recebeu uma mensagem final concernente aos mistérios que tinha visto. Completamente consciente, ele estava vendo além do véu da visão humana.

O mesmo Ser glorioso, vestido de linho (7), que havia aparecido no início dessa manifestação, estava presente para confortá-lo e dar entendimento. Young diz: "A descrição parece indicar que a Pessoa Majestosa aqui presente não é outro senão o próprio Senhor. A revelação, portanto, é uma teofania, uma aparição pré-encarnada do Filho Eterno".


12:7 - O mensageiro vestido de linho identificou que seria "quando se acabar a destruição do poder do povo santo". A referência a "tempo, dois tempos e metade de um tempo" também foi usada em Daniel 7:25 e parece claramente paralela ao período descrito em Apocalipse 12:4 (d. Apocalipse 11:4; 12:6; 11:2; 13:5). No Apocalipse tinha sido dado poder a Roma para perseguir o povo de Deus durante este período. Contudo, chegou a hora quando Roma caiu como império mundial, enquanto que o reino de Deus continuou. O povo de Deus pode ter sido espalhado e perseguido, mas não foi destruído.

A PROFECIA FOI SELADA

12:8-9 - Daniel não entendeu a resposta dada, mas foi-lhe dito: "Vai, Daniel, porque estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim". Este talvez se ajuste melhor ao tempo quando Roma caísse, pois em Apocalipse 10:7, quando a sétima trombeta soou, foi dito: "cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas". Os reinos mundiais pagãos não atingirão uma estabilidade duradoura. Somente o reino de Deus é um reino indestrutível (Daniel 2:44; 7:13; 7:25-27; Hebreus 12:28).

12: 1O - Ainda que os ímpios continuem na impiedade, os justos serão capazes de perseverar, porque têm entendimento de que Deus verdadeiramente domina nos reinos dos homens e, enfim, os justos serão vitoriosos (Apocalipse 13:9-10,18; 14:12-13).

12: 11 - O significado deste versículo não é determinado facilmente. Talvez os 1.290 dias sejam o período entre dois eventos significativos que esmagaram o sistema judaico de adoração. O tempo em que o "sacrifício diário" foi afastado é o tempo mencionado em Daniel 11:31 e Daniel 8: 11, quando Antíoco Epifânio desconsagrou o templo. Esta foi a primeira "abominação" posta. Mas houve uma segunda vez, e Jesus a identifica claramente com a destruição do templo, quando Jerusalém foi destruída em 70 d.C. (veja Mateus 24: 15; Lucas 21:20-22; DanieI9:26627). Por que 1.290 dias são usados para descrever o tempo entre estes dois eventos? Nenhuma resposta definitiva pode ser dada. O estilo apocalíptico de números tornando-se antes simbólico do que literal, talvez se refira a um período indefinido, mas um que somente Deus sabia e sobre o qual ele tinha comando.

12: 12 - Abençoado seja aquele que chega aos 1335 dias. De novo, somos deixados somente a especular quanto ao significado. A destruição de Jerusalém ocorreu no ano 70 d.C. e, enquanto isto marcou um tempo significativo na história do povo de Deus, um momento ainda maior foi quando o reino de Deus provou-se indestrutível. Roma tentou esmagar a igreja, mas, em vez disso, a própria Roma caiu.
A batalha de Armagedom, seguida pelo reino de Cristo de mil anos, é um tempo de grande alegria para o povo de Deus (Apocalipse 20:6; Daniel 7: 18,22,27). Esse ponto no tempo foi subseqüente à queda de Jerusalém e marcado por um acréscimo de mais 45 dias simbólicos. Os impérios mundiais pagãos foram terminados; somente o reino de Deus é universal por natureza (Daniel 2:44-45).

12:13 - Estas coisas seriam cumpridas num futuro distante, mas Daniel ficaria confirmado como um profeta verdadeiro.

Assim, veio à palavra a Daniel: vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias (13; cf. v. 9).

Adam Clarke apresenta uma palavra confortadora: "Temos aqui um conselho apropriado para cada pessoa.

1) Você tem um caminho - um caminho na vida, que Deus determinou para você; ande neste caminho; este é o seu caminho.

2) Haverá um fim para você de todas as coisas terrenas. A morte está diante da porta e a eternidade está muito próxima; vá até o fim - seja fiel até a morte.

3) Há um descanso preparado para o povo de Deus. Você descansará; seu corpo no túmulo; sua alma no favor divino aqui e, finalmente, no paraíso.

4) Como, na Terra Prometida, havia muito para cada pessoa do povo de Deus, assim haverá muito para você. Não se feche para essa: promessa, não a negocie, não permita que o inimigo a roube de você. Esteja determinado a se levantar para receber a herança, no fim dos dias. Cuide para guardar a fé; morra no Senhor Jesus, para que você possa ressuscitar e reinar com Ele por toda a eternidade".

Alexander Maclaren sugere uma Mensagem para o Ano Novo com os seguintes pensamentos do versículo 13:

1) A Jornada - Vai ("siga o seu caminho", NVI).

2) O Lugar de Descanso do Peregrino - porque descansarás.

3) O Lar Final - estarás na tua sorte, no fim dos dias.

Daniel recebeu a clara confirmação da sua esperança em relação à imortalidade.
Séculos, e até milênios, passariam antes do seu cumprimento integral. Mas no fim dos dias, quando a consumação chegar, Daniel estará lá reunido com as multidões dos remidos da terra e do céu.

Então ele será não um espectador de visões, mas um participante dos tremendos acontecimentos na introdução da plena glória do Reino de Deus. No arrebatamento ele observará a glória, a sabedoria e a honra Daquele que desde o princípio determinou o cumprimento da história do Reino de Deus. Ele participará do grande "Aleluia" dos redimidos. Então os "reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo. E ele reinará para todo o sempre" (Ap 11.15).

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
www.estudosdabiblia.net
Comentário Bíblico Beacon

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