21 de janeiro de 2015

Não Farás Imagens de Esculturas



Não Farás Imagens de Esculturas"

TEXTO ÁUREO = "Portanto, meus amados,  fugi da idolatria."  (1 Co 10.14)

VERDADE PRÁTICA = O segundo mandamento proíbe a idolatria, adoração de ídolo, imagem de um deus ou de qualquer objeto de culto

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 20.4-6; Deuteronômio 4.15-19

INTRODUÇÃO

O Senhor é o único e verdadeiro Deus. Na realidade, não há outro Deus. O que há é a tentativa de criaturas caídas, em roubar a glória que só pertence a Deus. Muitos estudiosos afirmam que os hebreus só vieram a crer totalmente que o Senhor era o único Deus vivo, no século 8 a.c. , na época de Amós.

Na atualidade, teologicamente falando, seguimos uma conduta monoteísta, não cultuamos outros deuses. Entretanto, há circunstâncias em que objetos, eventos ou pessoas se tornam tão ou até mais importantes do que Deus pra nós. Torna-se mais importante viver para o que é material, sem se importar com o espiritual. A busca por receber objetos, posses, prosperidades puramente materialistas, através de uma "espiritualidade", vai se constituir em um tipo de culto ao que é perecível e passageiro. As riquezas também têm se tornado "o deus" de muitos.

PROIBIÇÃO E IDOLATRIA

“Como o primeiro mandamento afirma a unidade de Deus e é um protesto contra o politeísmo, assim o segundo afirma sua espiritualidade e é um protesto contra a idolatria e o materialismo.”22 Embora certas formas de idolatria não sejam materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3.5) ou a sensualidade (Fp 3.19)—, o segundo mandamento condena primariamente a fabricação de imagens (4) na função de objetos de adoração. Este tipo de idolatria sempre existiu entre os povos pagãos mais simplórios do mundo. A história de Israel comprova que esta tentação é traiçoeira.

Estas imagens pagãs eram feitas na forma de coisas vistas no céu, na terra e nas águas. Estas imagens não deveriam se tornar objetos de adoração: Não te encurvarás a elas (5). Os versículos 4 e 5 devem ser considerados juntos. Não há condenação para a confecção de imagens, contanto que não se tornem objetos de veneração. No Tabernáculo (25.31-34) e no primeiro Templo (1 Rs 6.18,29) havia obras esculpidas.

A idolatria consiste em transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam ídolos.

Deus apresentou os motivos para esta proibição. Ele é Deus zeloso, no sentido de que não permite que o respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a outrem. Deus não regateia o sucesso ou a felicidade para as pessoas, como faziam os deuses gregos. E para o bem dos filhos de Deus que eles devem consagrar e reverenciar o nome divino.

Deus pune a desobediência (5) e recompensa a obediência (6). Muitos questionam o julgamento nos filhos de pais ofensores, mas tais julgamentos são temporários (ver Ez 18. 14-17) e aplicam-se às conseqüências, como, por exemplo, doenças, que naturalmente seguem as más ações. O medo de prejudicar os filhos deveria exercer coibição salutar na conduta dos pais. As perdas que os filhos sofrem por causa da desobediência parental podem levar os pais ao arrependimento. Na pior das hipóteses, a pena vai até à terceira e quarta geração, ao passo que a misericórdia é mostrada a mil gerações quando há amor e obediência.
IDOLATRIA   === I Timóteo 2.5
Em nosso coração há um trono que só pode ser ocupado por Deus. A idolatria em seu sentido espiritual significa que Deus deixou de ocupar o lugar central na vida do homem, para ficar em segundo plano.

Idolatria é uma obra da carne (Gálatas 5.19) por isso é tão comum em tantas culturas, mas é abominável para Deus porque através da idolatria o homem rejeita o Deus Criador em troca da criatura.  O ser humano acredita mais facilmente em coisas visíveis do que em um Deus invisível (I Timóteo 1.17).

O que são ídolos? Salmos 115. 2-8

A palavra ídolo significa coisa inútil, detestável.
Ídolo é qualquer objeto abominável aos olhos de Deus, 
Muitas pessoas tem estes objetos e dizem ter só por ter entretanto o fato de ter em posse um destes ou simplesmente acreditar nestes objetos torna a pessoa participante da adoração aos ídolos pois ela estará aceitando o que aquilo representa.  A pior consequência da idolatria é a pessoa se tornar inútil como o ídolo, ser cego, surdo e mudo espiritualmente.


Deus abomina a Idolatria: Êxodo 20:1-5

A palavra de Deus proíbe ter, fazer, se encurvar ou servir a imagens. Seja de semelhança de coisas da terra ou do céu.  Quando a pessoa conversa com uma imagem, canta, faz pedidos e promessas ele está adorando a esta imagem. Na verdade a imagem mais adorada pela humanidade hoje é a si próprio (hedonismo).

TIPOS DE IDOLATRIA:

De imagens: Isaias 40.18-20; Isaias 42.8; Isaias 45.20 = A idolatria mais comum é a de imagens que representam divindades ou santos, que na verdade são considerados divines por lhes atribuírem poderes que somente Deus tem.

Da natureza: Deuteronômio 4.16-19 = Deus não admite nenhuma imagem, nem de sol ou de lua ou qualquer outra coisa que esteve nos céus, assim como de homem ou de animais que são da terra ou das águas.  A astrologia é um tipo de idolatria e adorar animais com fazem os hindus também é idolatria.

De pessoas: Atos 12.21-23 = Devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Jesus disse que aquele que ama mais os seus parentes e amigos do que ele, não é digno de servi-lo (Mateus 10. 37).  Colocar a mulher, filhos ou amigos, acima de Deus é uma forma de idolatria.  Também fanatismo de time de futebol, partido politico, religião, artistas da TV ou cantores é idolatrar.

De coisas: Mateus 6. 24 = Animismo é a crença de que um objeto tem poder de fazer algo. O dinheiro é o objeto mais idolatrado que exists mas a Bíblia diz que “... a avareza... é idolatria” (Colossenses 3.5).

Precisamos aprender a perder o amor por coisas e objetos, principalmente o dinheiro. I Timóteo 6.7-10

A IDOLATRIA E SEUS MALES

1 Sm 12.20,21 = “Não temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvie is de seguir ao SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque vaidades são.”

A idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT, cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó (Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de deuses estranhos (Gn 35.1-4).
 
O primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no monte Sinai  (Ex 32.1-6).

Durante o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se voltava para os ídolos. Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria em Israel (1 Rs 11.1-10). Na história do reino dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou o culto idólatra entre os judeus.

O FASCÍNIO DA IDOLATRIA. Por que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores implícitos.

(1) As nações pagãs que circundavam Israel criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus. Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento de Deus, no sentido de se manter santo e separado delas.

(2) Os deuses pagãos das nações vizinhas de Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no seu culto, tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida, atraía muitos em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse aos altos padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.

(3) Por causa do elemento demoníaco da idolatria (ver a próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas, benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua, chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir aos ídolos.

A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA. Não se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que compreendamos sua verdadeira natureza. -

(1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si, nada é (Jr 2.11; 16.20). O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos humanas, que nenhum poder tem em si mesmo.
Samuel chama os ídolos de “vaidades” (12.2 1), e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1 Co 8.4; cf. 10.19,20).

Por essa razão, os salmista (e.g., Sl115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g. 1 Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr 10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.

(2) Por trás de toda idolatria, há demônios. que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto Moisés (ver Dt 32.17 ) quanto o salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os gentios sacrificam, as sacri ficam aos demônios e não a Deus” (1 Co 10.20). Noutras palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o ds demônios, os quais têm muito poder sobre o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus Cristo é maior do que o dos demônios.

Satanás, como “o deus deste século” (2 Co 4.4), exerce vasto poder nesta presente era iníqua = (ver 1 Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; = Gl 1.4;  = Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2 Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13,14; 19.20) e de proporcionar às pessoas benefícios físicos e materiais.  Sem dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16,35; 49.6; 73.3-12).

(3) A correlação entre a idolatria e os demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2 Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11; Ap 9.21). Segundo as Escrituras, todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios. Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra, representando Samuel (28.8-14), i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.

(4) O NT declara que a cobiça é uma forma de idolatria (Cl 3.5). A conexão é óbvia pois os demônios são capazes de proporcionar benefícios materiais.
Uma pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira, a declaração de Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a admoestação de Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (1 Co 10.21).

A AVERSÃO DE DEUS À IDOLATRIA. Deus não tolerará nenhuma forma de idolatria.

(1) Ele advertia freqüentemente contra ela no AT. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de Israel (ver Ex 20.3,4 ).

(b) Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Ex 23.13,24; 34.14-17; Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35,37,38).

(c) Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Ex 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).

(2) A história dos israelitas foi, em grande parte, a história da idolatria. Deus muito se irou com o seu povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que seus inimigos tivessem domínio sobre eles.

(a) O livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo.

(b) A idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos. Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2 Rs 17.6-18).

(c) O Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na nação de Judá (2 Rs 21.1-11).  Como resultado, Deus disse, através dos profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2 Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria continuou (e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30; 16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o templo e saqueou a cidade (2 Rs 25).

(3) O NT também adverte todos os crentes contra a idolatria.

(a) A idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente. 
Finalmente, ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo, poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo.

(b) Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb 13.5,6;) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1 Co 10.14; 1 J0 5.21). Deus reforça suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma de idolatria não herdarão o seu reino (1 Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).

A idolatria surge na história da humanidade quando os homens se negam a reconhecer a soberania divina, o que se dá em Babel, na comunidade única pós-diluviana (Gn.11:4). Ali, o gesto de construir uma torre que fosse até os céus era a demonstração do que já havia no coração maligno dos homens, o desejo de construção de uma vida independente de Deus, onde o homem fosse “poderoso na Terra” (Gn.10:8). A rejeição de Deus por esta comunidade única, que é a origem dos gentios, dá origem à idolatria que caracterizará a vida dos gentios até que a Terra venha a ser governada por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Dn.2:44,45).

Ao escolher Abrão para formar um novo povo, pelo qual pudesse trazer a salvação à humanidade, diante da rejeição que deu origem à idolatria, Deus mostra-nos, claramente, que não havia “deuses” nem era possível a idolatria. Abrão adorava um único Deus e o fazia sem quaisquer imagens.

Esta prática adotada por Abraão e seguida pelos demais patriarcas, foi explicitada quando do pacto entre Deus e Israel, no monte Sinai, quando o Senhor foi taxativo ao afirmar que os israelitas, enquanto propriedade peculiar de Deus entre os povos (Ex.19:5,6), não poderia ter “outros deuses diante dEle” (Ex.20:3; Dt.5:7), como também não podiam, de forma alguma, representar o Senhor por meio de imagens ou coisas similares (Ex.20:4,5; Dt.5:8,9).

A grande diferença entre Israel e os demais povos da Antiguidade, admitida por todos os historiadores, ao longo dos séculos, era a existência de uma religião monoteísta, que reconhecia a existência de apenas um Deus, bem como a total falta de representação por imagens ou figuras desta Divindade. Mesmo a adoção de rituais e símbolos, como os constantes do tabernáculo e do templo, eram apenas situações em que se invocava a presença do Senhor, não sendo, de modo algum, objetos venerados ou adorados.

Israel, entretanto, já no deserto, mostrou como era difícil atender às exigências divinas em meio a um mundo que adotava a idolatria como base de seu “modus vivendi”. 
Poucos dias depois de receber a lei, já enveredavam pelo caminho da idolatria, no episódio do bezerro de ouro, que era uma tentativa de representação do Deus de Israel por meio de uma imagem (Ex.32), algo que foi considerado abominável aos olhos do Senhor e que fez com que os israelitas perdessem a sua qualidade de “reino sacerdotal”, passando o sacerdócio a ser exercido pela tribo de Levi, que se manteve fiel ao Senhor (Ex.32:19-35; Dt.10:8). Naquela oportunidade, morreram os primeiros israelitas da geração do êxodo, cerca de três mil pessoas. A idolatria já mostrava que sua conseqüência era a morte, por ser pecado grande diante de Deus (Ex.32:31)

Ainda antes de entrar em Canaã, os israelitas tiveram um outro episódio lamentável de idolatria, que foi a participação nos sacrifícios e nas festas com as moabitas em Peor (Nm. 25:12-3), onde havia tanto prostituição, quanto idolatria, até porque um pecado chama o outro, visto que, via de regra, os cultos aos ídolos são acompanhados de sensualismo e de perversão sexual.

Não podemos nos esquecer que a idolatria é uma religiosidade baseada nos sentidos, nas emoções e que, diante de um quadro desta natureza, não é desarrazoado caminhar-se para a prostituição e para a impureza sexual, já que se está no mundo dos sentidos. Naquela oportunidade, morreram vinte e quatro mil pessoas, completando-se, assim, a geração dos que deveriam morrer no deserto. Vemos, pois, que a morte dos israelitas incrédulos se iniciou com um culto idolátrico e terminou com outro, a nos indicar que a idolatria é extremamente abominável aos olhos do Senhor e gera a morte espiritual no meio do povo de Deus.

DEVEMOS FUGIR DA IDOLATRIA

Em Corinto, quando os crentes receberam a “carta anterior” em que o apóstolo fala a respeito da necessidade de não se associar aos ídolos, imediatamente se discutiu a respeito das coisas sacrificadas aos ídolos, Daí porque ter surgido o questionamento a respeito do assunto, que o apóstolo começa a esclarecer a partir do capítulo 8 da primeira carta aos coríntios. Por primeiro, cumpre observar que o apóstolo Paulo, ao iniciar o tratamento a respeito da idolatria, procura, de imediato, deixar de lado o “conhecimento humano”, a “ciência”, cujo efeito é tão somente “inchar” e não “edificar” (I Co.8:1).

Quando vemos o apóstolo na carta aos romanos (que seria escrita posteriormente a esta carta aos coríntios), mostrar que a idolatria é resultado da decisão humana de viver sem Deus, de ser “independente de Deus”, vemos o motivo pelo qual o apóstolo, no início do tratamento do assunto, evita toda e qualquer “ciência”, todo e qualquer “conhecimento humano”.
A idolatria está relacionada com a rebelião humana ao senhorio divino. Se vivemos hoje um revigoramento da idolatria, inclusive em meios ditos “evangélicos”, o que se tem é tão somente o resultado de uma decisão de se viver independentemente de Deus, de não se obedecer ao Senhor. Paulo começa, de pronto, seu ensino mostrando que a “ciência”, o “conhecimento humano” só produz “inchaço”, ou seja, um “aumento de volume sem conteúdo”, uma “inflação”, i.e., um “crescimento aparente, que não tem qualquer conteúdo, um aumento do vazio”. É um “encher de vento”, é um “aumento enganoso”.

Muito provavelmente, entre os crentes de Corinto, havia aqueles que defendiam uma “liberdade” dos servos do Senhor e, com base em tal “liberdade”, que outra coisa não era senão “libertinagem”, achavam-se aptos a participar seja de festejos pagãos, seja de tudo o que era sacrificado e ofertado aos ídolos, uma vez que “os ídolos nada eram” e, portanto, não havia porque temê-los ou levá-los em conta. Só Deus existia e, portanto, tudo o que fosse sacrificado ao ídolo ou relacionado ao ídolo, não era coisa alguma, nada era, de modo que não fazia mal algum em comer daquilo que era sacrificado ao ídolo ou participar de tudo o que era relacionado ao ídolo.

O verdadeiro cristão não pode ter outra atitude senão a de evitar, de abandonar e de se manter distante de tudo aquilo que signifique idolatria.

Somos santos e, portanto, temos de estar separados de tudo quanto é pecado. A idolatria é pecado, porque não podemos ter “outros deuses” além do nosso Deus. Embora estes “outros deuses” nada sejam, pois há um só Deus, o fato é que a rebelião do homem contra Deus troca a glória do único e verdadeiro Deus por outros “deuses e senhores”, que nada são, mas ocupam o lugar de Deus na vida do homem. Como devemos ser santos, não podemos, pois, praticar idolatria nem consentir com ela (I Co.8:5,6).

Não praticar a idolatria é reconhecer que só há um Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele (I Co. 8:6). Assim, muito mais que não se dobrar perante imagens ou ícones, não praticar idolatria envolve algumas atitudes profundas, provenientes de nosso homem interior. Senão vejamos.

Em primeiro lugar, não ser idólatra é reconhecer de que há um só Deus, o Pai. Devemos reconhecer que nada no mundo pode ocupar o primeiro lugar em nossas vidas, senão o próprio Deus, porque dEle é tudo. Como o salmista foi bem claro ao afirmar: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl.24:1).

Se assim é, como, então, alguns “crentes” andam dizendo por aí que o diabo é dono do mundo porque o homem, a quem o Senhor o deu, entregou o domínio do mundo para Satanás quando pecou? Como crer numa coisa dessas, se a Bíblia diz que tudo é de Deus?

Se Deus é o dono de tudo, como, então, alguns “crentes” estão a exigir de Deus a “restituição do que é meu”? Se Deus é dono de tudo, o que restou para ser “nosso”? Admitir que alguma coisa nos pertence, que temos direito a algo, não seria negar o senhorio absoluto de Deus sobre todas as coisas, inclusive nós mesmos?

Se Deus é o dono de tudo, como admitir que não nos rendamos ao Seu senhorio e tenhamos por objetivo de nossa sobrevivência tão somente fazer a Sua vontade? Jesus nos ensina que a nossa vida deve ser fazer a vontade do Pai (Jo.4:34). Como, então, alguns crentes têm dito que “Deus é obrigado a satisfazer-lhes a vontade”? Como entender que alguns crentes entendam que possam “exigir” coisas de Deus, como também “colocar Deus contra a parede”? Não é isto idolatria?

Em segundo lugar, não ser idólatra é “viver para Deus” (I Co.8:6). Temos vivido para o Senhor? Ou estamos a buscar os nossos interesses e não os de Cristo Jesus (Fp.2:21)? “Viver para Deus” é ter como finalidade, como objetivo satisfazer e agradar a Deus. Entretanto, muitos dos que cristãos se dizem ser satisfazem única e exclusivamente o seu ventre, que se torna o seu deus (Fp.3:19), pois só pensam nas coisas terrenas, sendo inimigos da cruz de Cristo.

- Quantos não estão a buscar a satisfação de seus desejos, de suas paixões, de seus instintos, pouco se importando com o que Deus quer que façamos? Se tiverem “do bom e do melhor”, se saciarem seu apetite desordenado, com bebedeiras, glutonarias e prostituição, estão contentes e se sentem “realizados”. São idólatras, que adoram o seu próprio ventre, que estão sob o domínio do “império dos sentidos”, vivendo completamente vendidos sob o pecado e sob a carne.

“Viver para Deus” não é “viver para o dinheiro” ou “viver para as riquezas”. Jesus foi bem claro ao mostrar que quem serve a Mamom, não pode servir a Deus (Mt.6:24). Muitos são os que trabalham noite e dia, dia e noite, para acumular riquezas, para manter-se com suas riquezas em alta. Muitos são os que se vendem e tudo fazem para amealhar o vil metal e ainda o fazem em nome de Deus, numa abominação que não ficará impune (II Pe.2:3). Seu deus é o dinheiro, amam o dinheiro, amor este que é a raiz de toda a espécie de males (I Tm.6:10).

“Viver para Deus” não é “viver para os benefícios de Deus”. Muitos não adoram a Deus, mas, sim, estão adorando os benefícios que Deus nos dá. Assim, adoram a fama, a posição, a bênção de Deus e não, o Deus da bênção. Quantos não servem a Deus somente enquanto desfrutam de Suas bênçãos?
Quando chega a prova, a dificuldade, desaparecem, abandonam a Deus, porque não adoravam a Ele, mas o que Ele podia proporcionar. Isto também é idolatria!

Em terceiro lugar, não ser idólatra é “ter um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele”. Ter a Jesus como único Senhor é obedecer-Lhe, é fazer a Sua vontade.  Jesus ensinou-nos que se quisermos segui-lO devemos renunciar a nós mesmos, tomar a nossa cruz e segui-lO (Mt.16:24). Negar a nós mesmos (Mc.8:34; Lc.9:23) é passar a fazer somente aquilo que o Senhor nos mandar. É abrirmos mão de nossas vontades, de nossos desejos, para fazer aquilo que o Senhor Jesus ordenar.

Jesus exige isto de cada um de Seus servos, a ponto de ter dito que quem não renunciar, não pode ser considerado Seu discípulo (Lc.14:33). Quem se diz servo de Cristo Jesus, não pode agradar aos homens, mas unicamente a Cristo (Gl.1:10). Não tem vontade própria, mas faz aquilo que Ele manda (Jo.15:14). Somos escolhidos por Cristo para que façamos aquilo que Ele tem determinado
(Jo.15:16). Não mais vivemos, mas é Cristo que vive em nós (Gl.2:20).

Tudo o que fazemos deve ter por objetivo a glorificação do nome do Senhor (I Co.10:31). Devemos ter uma vida irrepreensível diante de todos os homens,seja os gentios, seja os judeus, seja a igreja (I Co.10:32). Não devemos querer agradar a nós mesmos, mas devemos, antes, agradar a Cristo e Cristo quer que todos os homens se salvem e, por isso, devemos agir de maneira a que todos se possam salvar (I Co.10:33). Crês tu isto?

O CATOLICISMO ROMANO E A IDOLATRIA

Maria, mãe de Jesus, os apóstolos e outras personagens não são apenas exemplos para os Católicos Romanos, vão além deste entendimento; são objetos de culto e verdadeira adoração.

A Mariolatria = Maria é digna do nosso respeito, não significando, com isso, tê-la como mediadora entre Deus e os homens ou como objeto de adoração, como ensina o Catolicismo Romano. Maria não é imaculada, pois todos pecaram (SI 51.5; Rm 3.23); não permaneceu virgem, pois José não coabitou com ela só “enquanto ela não deu à luz” (Mt 1.25), tendo filhos e filhas após o nascimento de Cristo, lembrando que se trata de filhos de Maria e irmãos de Jesus, no sentido físico, pois o texto faz referência ao pai (Mt 13.55,56); não é a mãe de Deus, visto que Deus é eterno (SI 90.2); não é portadora da graça, mas agraciada ou abençoada por ser escolhida para trazer Jesus a sua tabernaculação humana (Lc 1.28). Portanto Maria é um belo exemplo a ser seguido, mas não pode ser objeto de culto ou adoração.


Culto aos Santos = “Deve-se orar aos santos que estão no céu, porque eles intercedem junto de Deus por nós”, afirma a Igreja Católica Romana. A Escritura ensina que se deve dirigir em oração a Deus (Fp 4.6), e que todas as vezes que orar a Ele deve fazê-lo em nome de Jesus Cristo (Jo 14.13; 16.23,24). Portanto é contrário à sã doutrina recorrer aos mortos como intercessores junto a Deus (Ec 9.5; lTm 2.5).

As Imagens de Escultura = Em Ex 25.18, Deus dá a Moisés o modelo do propiciatório, ordenando que deveria ser “uma só peça” (Ex 25.19), referindo-se à figura dos dois querubins e a parte que cobria a “Arca do Conserto”. Tais figuras deveriam ficar dentro do Santo dos santos, restrito à visitação uma vez ao ano e somente pelo Sumo Sacerdote, que, no momento de ele entrar, o local ficava coberto por uma nuvem de fumaça do incenso, cobrindo assim, a visão das figuras (Lv 16.13). Fica claro que a figura não tinha como objetivo a adoração ou veneração, como argumentam os Católicos Romanos, visto que o propiciatório não foi colocado em lugar de acesso público. A ordem Divina não deixa dúvidas: “Não farás para ti imagem”, ”Não te encurvarás diante delas” (Ex 20.4,5; Dt 5.8,9; Ex 32.1,2).

CONCLUSÃO

Para finalizar, convém ressaltar que, no discurso de Moisés em Deuteronômio, na revelação do Sinai nenhuma imagem, figura, forma ou representação foi vista pelos israelitas; eles ouviram a voz de javé vindo do meio do fogo, mas nenhuma representação de figura foi manifestada, unicamente a Palavra (Dt 4.16, 23, 25). Os idolos de madeira e de pedra dos cananeus são divindades falsas cuja adoração é terminantemente proibida (Êx 34.13; Dt 12.3; 16.21-22); Javé, entretanto, é real, mesmo que invisível (Cl 1.15; 1 Tm 1.17). “Deus é espírito” (Jo 4.24). Cultuá-lo com a mediação de imagens é colocá-lo no mesmo nível das falsas divindades, uma afronta ao verdadeiro Deus.


Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus                                                          
Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS                        

BIBLIOGRAFIA


Comentário Bíblico Beacon

Biblia de Estudo Pentecostal

Equipe Portal = Caramuru Afonso Francisco

ICP – Instituto Cristão de Pesquisa. SP 2001.

CACP Centro Apologético Cristão de Pesquisas.

CPAD - Comentário Bíblico Oséias – Ezequias Soares

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OLIVEIRA. Raimundo. Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.


Origem de todas as religiões. http://pentecostalnovavida.com.br/site/ Acesso em 11/02/2014.

Revista do professor: Jovens e Adultos. Religiões, Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: Editora Betel - 1º Trimestre de 2014. Lição 07.


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