Não Farás Imagens de Esculturas"
TEXTO
ÁUREO = "Portanto, meus amados, fugi da idolatria." (1
Co 10.14)
VERDADE
PRÁTICA = O segundo mandamento proíbe a idolatria, adoração de ídolo, imagem de
um deus ou de qualquer objeto de culto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE = Êxodo 20.4-6; Deuteronômio 4.15-19
INTRODUÇÃO
O
Senhor é o único e verdadeiro Deus. Na realidade, não há outro Deus. O que há é
a tentativa de criaturas caídas, em roubar a glória que só pertence a Deus.
Muitos estudiosos afirmam que os hebreus só vieram a crer totalmente que o
Senhor era o único Deus vivo, no século 8 a.c. , na época de Amós.
Na
atualidade, teologicamente falando, seguimos uma conduta monoteísta, não
cultuamos outros deuses. Entretanto, há circunstâncias em que objetos, eventos ou
pessoas se tornam tão ou até mais importantes do que Deus pra nós. Torna-se
mais importante viver para o que é material, sem se importar com o espiritual.
A busca por receber objetos, posses, prosperidades puramente materialistas,
através de uma "espiritualidade", vai se constituir em um tipo de
culto ao que é perecível e passageiro. As riquezas também têm se tornado
"o deus" de muitos.
PROIBIÇÃO E IDOLATRIA
“Como o
primeiro mandamento afirma a unidade de Deus e é um protesto contra o
politeísmo, assim o segundo afirma sua espiritualidade e é um protesto contra a
idolatria e o materialismo.”22 Embora certas formas de idolatria não sejam
materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3.5) ou a sensualidade (Fp 3.19)—, o
segundo mandamento condena primariamente a fabricação de imagens (4) na função
de objetos de adoração. Este tipo de idolatria sempre existiu entre os povos
pagãos mais simplórios do mundo. A história de Israel comprova que esta
tentação é traiçoeira.
Estas
imagens pagãs eram feitas na forma de coisas vistas no céu, na terra e nas
águas. Estas imagens não deveriam se tornar objetos de adoração: Não te
encurvarás a elas (5). Os versículos 4 e 5 devem ser considerados juntos. Não
há condenação para a confecção de imagens, contanto que não se tornem objetos
de veneração. No Tabernáculo (25.31-34) e no primeiro Templo (1 Rs 6.18,29)
havia obras esculpidas.
A
idolatria consiste em transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a
ela poderes do deus que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de
pessoas possuam poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam
ídolos.
Deus apresentou os motivos para esta
proibição. Ele é Deus zeloso, no sentido de que não permite que o
respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a outrem. Deus não regateia o
sucesso ou a felicidade para as pessoas, como faziam os deuses gregos. E para o
bem dos filhos de Deus que eles devem consagrar e reverenciar o nome divino.
Deus pune a desobediência (5) e recompensa
a obediência (6). Muitos questionam o julgamento nos filhos de
pais ofensores, mas tais julgamentos são temporários (ver Ez 18. 14-17) e
aplicam-se às conseqüências, como, por exemplo, doenças, que naturalmente
seguem as más ações. O medo de prejudicar os filhos deveria exercer coibição
salutar na conduta dos pais. As perdas que os filhos sofrem por causa da
desobediência parental podem levar os pais ao arrependimento. Na pior das
hipóteses, a pena vai até à terceira e quarta geração, ao passo que a
misericórdia é mostrada a mil gerações quando há amor e obediência.
IDOLATRIA === I
Timóteo 2.5
Em nosso
coração há um trono que só pode ser ocupado por Deus. A idolatria em seu
sentido espiritual significa que Deus deixou de ocupar o lugar central na vida
do homem, para ficar em segundo plano.
Idolatria
é uma obra da carne (Gálatas 5.19)
por isso é tão comum em tantas culturas, mas é abominável para Deus porque
através da idolatria o homem rejeita o Deus Criador em troca da criatura. O ser humano acredita mais facilmente em
coisas visíveis do que em um Deus invisível (I Timóteo 1.17).
O que são ídolos? Salmos 115. 2-8
A palavra
ídolo significa coisa inútil, detestável.
Ídolo é
qualquer objeto abominável aos olhos de Deus,
Muitas
pessoas tem estes objetos e dizem ter só por ter entretanto o fato de ter em
posse um destes ou simplesmente acreditar nestes objetos torna a pessoa
participante da adoração aos ídolos pois ela estará aceitando o que aquilo
representa. A pior consequência da
idolatria é a pessoa se tornar inútil como o ídolo, ser cego, surdo e mudo
espiritualmente.
Deus abomina a Idolatria: Êxodo 20:1-5
A palavra
de Deus proíbe ter, fazer, se encurvar ou servir a imagens. Seja de semelhança
de coisas da terra ou do céu. Quando a
pessoa conversa com uma imagem, canta, faz pedidos e promessas ele está
adorando a esta imagem. Na verdade a imagem mais adorada pela humanidade hoje é
a si próprio (hedonismo).
TIPOS DE
IDOLATRIA:
De imagens: Isaias 40.18-20; Isaias 42.8; Isaias
45.20 = A idolatria mais comum é a de imagens que representam divindades ou
santos, que na verdade são considerados divines por lhes atribuírem poderes que
somente Deus tem.
Da natureza: Deuteronômio 4.16-19 = Deus
não admite nenhuma imagem, nem de sol ou de lua ou qualquer outra coisa que
esteve nos céus, assim como de homem ou de animais que são da terra ou das
águas. A astrologia é um tipo de
idolatria e adorar animais com fazem os hindus também é idolatria.
De pessoas: Atos 12.21-23 = Devemos
amar a Deus sobre todas as coisas. Jesus disse que aquele que ama mais os seus
parentes e amigos do que ele, não é digno de servi-lo (Mateus 10. 37). Colocar a
mulher, filhos ou amigos, acima de Deus é uma forma de idolatria. Também fanatismo de time de futebol, partido
politico, religião, artistas da TV ou cantores é idolatrar.
De coisas: Mateus 6. 24 = Animismo
é a crença de que um objeto tem poder de fazer algo. O dinheiro é o objeto mais
idolatrado que exists mas a Bíblia diz que “... a avareza... é idolatria” (Colossenses 3.5).
Precisamos
aprender a perder o amor por coisas e objetos, principalmente o dinheiro. I Timóteo 6.7-10
A
IDOLATRIA E SEUS MALES
1 Sm 12.20,21 = “Não
temais; vós tendes cometido todo este mal; porém não vos desvie is de seguir ao
SENHOR, mas servi ao SENHOR com todo o vosso coração. E não vos desvieis; pois
seguiríeis as vaidades, que nada aproveitam e tampouco vos livrarão, porque
vaidades são.”
A
idolatria é um pecado que o povo de Deus, através da sua história no AT,
cometia repetidamente. O primeiro caso registrado ocorreu na família de Jacó
(Israel). Pouco antes de chegar a Betel, Jacó ordenou a remoção de imagens de
deuses estranhos (Gn 35.1-4).
O
primeiro caso registrado na Bíblia em que Israel, de modo global, envolveu-se
com idolatria foi na adoração do bezerro de ouro, enquanto Moisés estava no
monte Sinai (Ex 32.1-6).
Durante
o período dos juízes, o povo de Deus freqüentemente se voltava para os ídolos.
Embora não haja evidência de idolatria nos tempos de Saul ou de Davi, o final
do reinado de Salomão foi marcado por freqüente idolatria em Israel (1 Rs 11.1-10). Na história do reino
dividido, todos os reis do Reino do Norte (Israel) foram idólatras, bem como
muitos dos reis do Reino do Sul (Judá). Somente depois do exílio, é que cessou
o culto idólatra entre os judeus.
O FASCÍNIO DA IDOLATRIA. Por
que a idolatria era tão fascinante aos israelitas? Há vários fatores
implícitos.
(1) As nações pagãs que circundavam Israel
criam que a adoração a vários deuses era superior à adoração a um único Deus.
Noutras palavras: quanto mais deuses, melhor. O povo de Deus sofria influência
dessas nações e constantemente as imitava, ao invés de obedecer ao mandamento
de Deus, no sentido de se manter santo e separado delas.
(2) Os deuses pagãos das nações vizinhas de
Israel não requeriam o tipo de obediência que o Deus de Israel requeria. Por
exemplo, muitas das religiões pagãs incluíam imoralidade sexual religiosa no
seu culto, tendo para isso prostitutas cultuais. Essa prática, sem dúvida,
atraía muitos em Israel. Deus, por sua vez, requeria que o seu povo obedecesse
aos altos padrões morais da sua lei, sem o que, não haveria comunhão com Ele.
(3) Por causa do elemento demoníaco da
idolatria (ver a próxima seção), ela, às vezes, oferecia, em bases limitadas,
benefícios materiais e físicos temporários. Os deuses da
fertilidade prometiam o nascimento de filhos; os deuses do tempo (sol, lua,
chuva etc.) prometiam as condições apropriadas para colheitas abundantes e os
deuses da guerra prometiam proteção dos inimigos e vitória nas batalhas. A promessa
de tais benefícios fascinava os israelitas; daí, muitos se dispunham a servir
aos ídolos.
A NATUREZA REAL DA IDOLATRIA. Não
se pode compreender a atração que exercia a idolatria sobre o povo, a menos que
compreendamos sua verdadeira natureza. -
(1) A Bíblia deixa claro que o ídolo em si,
nada é (Jr 2.11; 16.20).
O ídolo é meramente um pedaço de madeira ou de pedra, esculpido por mãos
humanas, que nenhum poder tem em si mesmo.
Samuel
chama os ídolos de “vaidades” (12.2 1),
e Paulo declara expressamente: “sabemos que o ídolo nada é no mundo” (1 Co 8.4; cf. 10.19,20).
Por
essa razão, os salmista (e.g.,
Sl115.4-8; 135.15-18) e os profetas (e.g.
1 Rs 18.27; Is 44.9-20; 46.1-7; Jr
10.3-5) freqüentemente zombavam dos ídolos.
(2) Por trás de toda idolatria, há
demônios. que são seres sobrenaturais controlados pelo diabo. Tanto
Moisés (ver Dt 32.17 ) quanto o
salmista (Sl 106.36,37) associam os falsos
deuses com demônios. Note, também, o que Paulo diz na sua primeira carta aos
coríntios a respeito de comer carne sacrificada aos ídolos: “as coisas que os
gentios sacrificam, as sacri ficam aos demônios e não a Deus” (1 Co 10.20). Noutras palavras, o poder
que age por detrás da idolatria é o ds demônios, os quais têm muito poder sobre
o mundo e os que são deles. O cristão sabe com certeza que o poder de Jesus
Cristo é maior do que o dos demônios.
Satanás,
como “o deus deste século” (2 Co 4.4),
exerce vasto poder nesta presente era iníqua = (ver 1 Jo 5.19 nota; cf. Lc 13.16; = Gl 1.4; = Ef 6.12; Hb 2.14). Ele tem poder para
produzir falsos milagres, sinais e maravilhas de mentira (2 Ts 2.9; Ap 13.2-8,13; 16.13,14; 19.20) e de proporcionar às
pessoas benefícios físicos e materiais. Sem
dúvida, esse poder contribui, às vezes, para a prosperidade dos ímpios (cf. Sl 10.2-6; 37.16,35; 49.6; 73.3-12).
(3) A correlação entre a idolatria e os
demônios vê-se mais claramente quando percebemos a estreita
vinculação entre as práticas religiosas pagãs e o espiritismo, a magia negra, a
leitura da sorte, a feitiçaria, a bruxaria, a necromancia e coisas semelhantes (cf. 2 Rs 21.3-6; Is 8.19; ver Dt 18.9-11;
Ap 9.21). Segundo as Escrituras,
todas essas práticas ocultistas envolvem submissão e culto aos demônios.
Quando, por exemplo, Saul pediu à feiticeira de Endor que fizesse subir Samuel
dentre os mortos, o que ela viu ali foi um espírito subindo da terra,
representando Samuel (28.8-14),
i.e., ela viu um demônio subindo do inferno.
(4) O NT declara que a cobiça é uma forma
de idolatria (Cl
3.5). A conexão é óbvia pois os demônios são capazes de proporcionar
benefícios materiais.
Uma
pessoa insatisfeita com aquilo que tem e que sempre cobiça mais, não hesitará
em obedecer aos princípios e vontade desses seres sobrenaturais que conseguem
para tais pessoas aquilo que desejam. Embora tais pessoas talvez não adorem
ídolos de madeira e de pedra, entretanto adoram os demônios que estão por trás
da cobiça e dos desejos maus; logo, tais pessoas são idólatras. Dessa maneira,
a declaração de Jesus: “Não podeis servir a Deus e a Mamom [as riquezas]” (Mt 6.24), é basicamente a mesma que a
admoestação de Paulo: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos
demônios” (1 Co 10.21).
A AVERSÃO DE DEUS À IDOLATRIA. Deus
não tolerará nenhuma forma de idolatria.
(1) Ele advertia freqüentemente contra ela
no AT. (a) Nos dez mandamentos, os dois primeiros mandamentos são
contrários diretamente à adoração a qualquer deus que não seja o Senhor Deus de
Israel (ver Ex 20.3,4 ).
(b)
Esta ordem foi repetida por Deus noutras ocasiões (e.g., Ex 23.13,24; 34.14-17;
Dt 4.23,24; 6.14; Js 23.7; Jz 6.10; 2 Rs 17.35,37,38).
(c)
Vinculada à proibição de servir outros deuses, havia a ordem de destruir todos
os ídolos e quebrar as imagens de nações pagãs na terra de Canaã (Ex 23.24; 34.13; Dt 7.4,5; 12.2,3).
(2) A história dos israelitas foi, em
grande parte, a história da idolatria. Deus muito se irou com o seu
povo por não destruir todos os ídolos na Terra Prometida. Ao contrário, passou
a adorar os falsos deuses. Daí, Deus castigar os israelitas, permitindo que
seus inimigos tivessem domínio sobre eles.
(a) O
livro de Juízes apresenta um ciclo constantemente repetido, em que os
israelitas começavam a adorar deuses-ídolos das nações que eles deixaram de
conquistar. Deus permitia que os inimigos os dominassem; o povo clamava ao
Senhor; o Senhor atendia o povo e enviava um juiz para libertá-lo.
(b) A
idolatria no Reino do Norte continuou sem dificuldade por quase dois séculos.
Finalmente, a paciência de Deus esgotou-se e Ele permitiu que os assírios
destruíssem a capital de Israel e removeu dali as dez tribos (2 Rs 17.6-18).
(c) O
Reino do Sul (Judá) teve vários reis que foram tementes a Deus, como Ezequias e
Josias, mas por causa dos reis ímpios como Manassés, a idolatria se arraigou na
nação de Judá (2 Rs 21.1-11). Como resultado, Deus disse, através dos
profetas, que Ele deixaria Jerusalém ser destruída (2 Rs 21.10-16). A despeito dessas advertências, a idolatria
continuou (e.g., Is 48.4,5; Jr 2.4-30;
16.18-21; Ez 8), e, finalmente, Deus cumpriu a sua palavra profética por
meio do rei Nabucodonosor de Babilônia, que capturou Jerusalém, incendiou o
templo e saqueou a cidade (2 Rs 25).
(3) O NT também adverte todos os crentes
contra a idolatria.
(a) A
idolatria manifesta-se de várias formas hoje em dia. Aparece abertamente nas
falsas religiões mundiais, bem como na feitiçaria, no satanismo e noutras
formas de ocultismo. A idolatria está presente sempre que as pessoas dão lugar
à cobiça e ao materialismo, ao invés de confiarem em Deus somente.
Finalmente,
ela ocorre dentro da igreja, quando seus membros acreditam que, a um só tempo,
poderão servir a Deus, desfrutar da experiência da salvação e as bênçãos
divinas, e também participar das práticas imorais e ímpias do mundo.
(b)
Daí, o NT nos admoestar a não sermos cobiçosos, avarentos, nem imorais (Cl 3.5; cf. Mt 6.19-24; Rm 7.7; Hb
13.5,6;) e, sim, a fugirmos de todas as formas de idolatria (1 Co 10.14; 1 J0 5.21). Deus reforça
suas advertências com a declaração de que aqueles que praticam qualquer forma
de idolatria não herdarão o seu reino (1
Co 6.9,10; Gl 5.20,21; Ap 22.15).
A idolatria surge na história da humanidade quando os homens se
negam a reconhecer a soberania divina, o que se dá em Babel, na comunidade única
pós-diluviana (Gn.11:4). Ali, o gesto
de construir uma torre que fosse até os céus era a demonstração do que já havia
no coração maligno dos homens, o desejo de
construção de uma vida independente de Deus, onde o homem fosse “poderoso na Terra”
(Gn.10:8). A rejeição de Deus por esta comunidade única, que é a origem dos gentios, dá origem à
idolatria que caracterizará a vida dos gentios até que a Terra venha a ser governada por nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo (Dn.2:44,45).
Ao escolher Abrão para formar um novo povo, pelo qual pudesse
trazer a salvação à humanidade, diante da rejeição que deu origem à idolatria,
Deus mostra-nos, claramente, que não havia “deuses” nem era possível a
idolatria. Abrão adorava um único Deus e o fazia sem quaisquer imagens.
Esta prática adotada por Abraão e seguida pelos demais patriarcas,
foi explicitada quando do pacto entre Deus e Israel, no monte Sinai, quando o
Senhor foi taxativo ao afirmar que os israelitas, enquanto propriedade peculiar
de Deus entre os povos (Ex.19:5,6), não poderia ter “outros deuses diante dEle”
(Ex.20:3; Dt.5:7), como também não podiam, de forma alguma, representar o
Senhor por meio de imagens ou coisas similares (Ex.20:4,5; Dt.5:8,9).
A grande diferença entre Israel e os demais povos da Antiguidade, admitida por todos os
historiadores, ao longo dos séculos, era a existência de uma religião monoteísta, que reconhecia a existência de apenas um Deus, bem como a total falta de
representação por imagens ou figuras desta Divindade. Mesmo a adoção de rituais
e símbolos, como os constantes do tabernáculo e do templo, eram apenas
situações em que se invocava a presença do Senhor, não sendo, de modo algum,
objetos venerados ou adorados.
Israel, entretanto, já no deserto, mostrou como era difícil
atender às exigências divinas em meio a um mundo que adotava a idolatria como
base de seu “modus vivendi”.
Poucos dias depois de receber a lei, já enveredavam pelo caminho
da idolatria, no episódio do bezerro de ouro, que era uma tentativa de
representação do Deus de Israel por meio de uma imagem (Ex.32), algo que foi
considerado abominável aos olhos do Senhor e que fez com que os israelitas
perdessem a sua qualidade de “reino sacerdotal”, passando o sacerdócio a ser
exercido pela tribo de Levi, que se manteve fiel ao Senhor (Ex.32:19-35;
Dt.10:8). Naquela oportunidade, morreram os primeiros israelitas da geração do
êxodo, cerca de três mil pessoas. A idolatria já mostrava que sua conseqüência
era a morte, por ser pecado grande diante de Deus (Ex.32:31)
Ainda antes de entrar em Canaã, os israelitas tiveram um outro
episódio lamentável de idolatria, que foi a participação nos sacrifícios e nas
festas com as moabitas em Peor (Nm. 25:12-3), onde havia tanto prostituição,
quanto idolatria, até porque um pecado chama o outro, visto que, via de regra,
os cultos aos ídolos são acompanhados de sensualismo e de perversão sexual.
Não podemos nos esquecer que a idolatria é uma religiosidade
baseada nos sentidos, nas emoções e que, diante de um quadro desta natureza,
não é desarrazoado caminhar-se para a prostituição e para a impureza sexual, já
que se está no mundo dos sentidos. Naquela oportunidade, morreram vinte e
quatro mil pessoas, completando-se, assim, a geração dos que deveriam morrer no
deserto. Vemos, pois, que a morte dos israelitas incrédulos se iniciou com um
culto idolátrico e terminou com outro, a nos indicar que a idolatria é
extremamente abominável aos olhos do Senhor e gera a morte espiritual no meio
do povo de Deus.
DEVEMOS FUGIR DA IDOLATRIA
Em
Corinto, quando os crentes receberam a “carta anterior” em que o apóstolo fala
a respeito da necessidade de não se associar aos ídolos, imediatamente se
discutiu a respeito das coisas sacrificadas aos ídolos, Daí porque ter surgido
o questionamento a respeito do assunto, que o apóstolo começa a esclarecer a
partir do capítulo 8 da primeira carta aos coríntios. Por primeiro, cumpre
observar que o apóstolo Paulo, ao iniciar o tratamento a respeito da idolatria,
procura, de imediato, deixar de lado o “conhecimento humano”, a “ciência”, cujo
efeito é tão somente “inchar” e não “edificar” (I Co.8:1).
Quando vemos o apóstolo na carta aos romanos (que seria escrita
posteriormente a esta carta aos coríntios), mostrar que a idolatria é resultado da decisão
humana de viver sem Deus,
de ser “independente de Deus”, vemos o motivo pelo qual o apóstolo, no início
do tratamento do assunto, evita toda e qualquer “ciência”, todo e qualquer
“conhecimento humano”.
A idolatria está relacionada com a rebelião humana ao senhorio
divino. Se vivemos
hoje um revigoramento da idolatria, inclusive em meios ditos “evangélicos”, o
que se tem é tão somente o resultado de uma decisão de se viver
independentemente de Deus, de não se obedecer ao Senhor. Paulo começa, de
pronto, seu ensino mostrando que a “ciência”, o “conhecimento humano” só produz
“inchaço”, ou seja, um “aumento de volume sem conteúdo”, uma “inflação”, i.e.,
um “crescimento aparente, que não tem qualquer conteúdo, um aumento do vazio”.
É um “encher de vento”, é um “aumento enganoso”.
Muito provavelmente, entre os crentes de Corinto, havia aqueles
que defendiam uma “liberdade” dos servos do Senhor e, com base em tal
“liberdade”, que outra coisa não era senão “libertinagem”, achavam-se aptos a
participar seja de festejos pagãos, seja de tudo o que era sacrificado e
ofertado aos ídolos, uma vez que “os ídolos nada eram” e, portanto, não havia
porque temê-los ou levá-los em conta. Só Deus existia e, portanto, tudo o que
fosse sacrificado ao ídolo ou relacionado ao ídolo, não era coisa alguma, nada
era, de modo que não fazia mal algum em comer daquilo que era sacrificado ao
ídolo ou participar de tudo o que era relacionado ao ídolo.
O verdadeiro cristão não pode ter outra atitude senão a de evitar, de
abandonar e de se manter distante de tudo aquilo que signifique idolatria.
Somos santos e, portanto, temos de estar separados de tudo quanto
é pecado. A idolatria é pecado, porque não podemos ter “outros deuses” além do
nosso Deus. Embora estes “outros deuses” nada sejam, pois há um só Deus, o fato
é que a rebelião do homem contra Deus troca a glória do único e verdadeiro Deus
por outros “deuses e senhores”, que nada são, mas ocupam o lugar de Deus na
vida do homem. Como devemos ser santos, não podemos, pois, praticar idolatria
nem consentir com ela (I Co.8:5,6).
Não praticar a idolatria é reconhecer que só há um Deus, o Pai, de quem é tudo e para
quem nós vivemos e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e
nós por Ele (I Co. 8:6). Assim, muito mais que não se dobrar perante imagens ou
ícones, não praticar idolatria envolve algumas atitudes profundas, provenientes
de nosso homem interior. Senão vejamos.
Em primeiro lugar, não ser idólatra é reconhecer de
que há um só Deus, o Pai. Devemos reconhecer que nada no mundo pode ocupar o
primeiro lugar em nossas vidas, senão o próprio Deus, porque dEle é tudo. Como
o salmista foi bem claro ao afirmar: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o
mundo e aqueles que nele habitam” (Sl.24:1).
Se assim é, como, então, alguns “crentes” andam dizendo por aí que
o diabo é dono do mundo porque o homem, a quem o Senhor o deu, entregou o
domínio do mundo para Satanás quando pecou? Como crer numa coisa dessas, se a
Bíblia diz que tudo é de Deus?
Se Deus é o dono de tudo, como, então, alguns “crentes” estão a exigir
de Deus a “restituição do que é meu”? Se Deus é dono de tudo, o que restou para
ser “nosso”? Admitir que alguma coisa nos pertence, que temos direito a algo,
não seria negar o senhorio absoluto de Deus sobre todas as coisas, inclusive
nós mesmos?
Se Deus é o dono de tudo, como admitir que não nos rendamos ao Seu
senhorio e tenhamos por objetivo de nossa sobrevivência tão somente fazer a Sua
vontade? Jesus nos ensina que a nossa vida deve ser fazer a vontade do Pai
(Jo.4:34). Como, então, alguns crentes têm dito que “Deus é obrigado a
satisfazer-lhes a vontade”? Como entender que alguns crentes entendam que
possam “exigir” coisas de Deus, como também “colocar Deus contra a parede”? Não
é isto idolatria?
Em segundo lugar, não ser idólatra é “viver para Deus”
(I Co.8:6). Temos vivido para o
Senhor? Ou estamos a buscar os nossos interesses e não os de Cristo Jesus
(Fp.2:21)? “Viver para Deus” é ter como finalidade, como objetivo satisfazer e
agradar a Deus. Entretanto, muitos dos que cristãos se dizem ser satisfazem
única e exclusivamente o seu ventre, que se torna o seu deus (Fp.3:19), pois só
pensam nas coisas terrenas, sendo inimigos da cruz de Cristo.
- Quantos não estão a buscar a satisfação de seus desejos, de suas
paixões, de seus instintos, pouco se importando com o que Deus quer que
façamos? Se tiverem “do bom e do melhor”, se saciarem seu apetite desordenado,
com bebedeiras, glutonarias e prostituição, estão contentes e se sentem
“realizados”. São idólatras, que adoram o seu próprio ventre, que estão sob o
domínio do “império dos sentidos”, vivendo completamente vendidos sob o pecado
e sob a carne.
“Viver para Deus” não é “viver para o dinheiro” ou “viver para as
riquezas”. Jesus foi bem
claro ao mostrar que quem serve a Mamom, não pode servir a Deus (Mt.6:24).
Muitos são os que trabalham noite e dia, dia e noite, para acumular riquezas,
para manter-se com suas riquezas em alta. Muitos são os que se vendem e tudo
fazem para amealhar o vil metal e ainda o fazem em nome de Deus, numa
abominação que não ficará impune (II Pe.2:3). Seu deus é o dinheiro, amam o
dinheiro, amor este que é a raiz de toda a espécie de males (I Tm.6:10).
“Viver para Deus” não é “viver para os benefícios de Deus”. Muitos não adoram a Deus, mas,
sim, estão adorando os benefícios que Deus nos dá. Assim, adoram a fama, a
posição, a bênção de Deus e não, o Deus da bênção. Quantos não servem a Deus
somente enquanto desfrutam de Suas bênçãos?
Quando chega a prova, a dificuldade, desaparecem, abandonam a
Deus, porque não adoravam a Ele, mas o que Ele podia proporcionar. Isto também
é idolatria!
Em terceiro lugar, não ser idólatra é “ter um só
Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele”. Ter a Jesus como único Senhor é
obedecer-Lhe, é fazer a Sua vontade. Jesus ensinou-nos que se quisermos
segui-lO devemos renunciar a nós mesmos, tomar a nossa cruz e segui-lO (Mt.16:24). Negar a nós
mesmos (Mc.8:34; Lc.9:23) é passar a fazer somente aquilo que o Senhor nos mandar. É abrirmos mão
de nossas vontades, de nossos desejos, para fazer aquilo que o Senhor Jesus ordenar.
Jesus exige isto de cada um de Seus servos, a ponto de ter dito
que quem não renunciar, não pode ser considerado Seu discípulo (Lc.14:33). Quem
se diz servo de Cristo Jesus, não pode agradar aos homens, mas unicamente a
Cristo (Gl.1:10). Não tem vontade própria, mas faz aquilo que Ele manda
(Jo.15:14). Somos escolhidos por Cristo para que façamos aquilo que Ele tem
determinado
(Jo.15:16). Não mais vivemos, mas é Cristo que vive em nós
(Gl.2:20).
Tudo o que fazemos deve ter por
objetivo a glorificação do nome do Senhor (I Co.10:31). Devemos ter uma vida irrepreensível
diante de todos os homens,seja os gentios, seja os judeus, seja a igreja (I
Co.10:32). Não devemos querer agradar a nós mesmos, mas devemos, antes, agradar
a Cristo e Cristo quer que todos os homens se salvem e, por isso, devemos agir
de maneira a que todos se possam salvar (I Co.10:33). Crês tu isto?
O CATOLICISMO ROMANO E A IDOLATRIA
Maria, mãe de Jesus, os apóstolos e outras
personagens não são apenas exemplos para os Católicos Romanos, vão além deste
entendimento; são objetos de culto e verdadeira adoração.
A Mariolatria = Maria
é digna do nosso respeito, não significando, com isso, tê-la como mediadora
entre Deus e os homens ou como objeto de adoração, como ensina o Catolicismo
Romano. Maria não é imaculada, pois todos pecaram (SI 51.5; Rm 3.23); não
permaneceu virgem, pois José não coabitou com ela só “enquanto ela não deu à
luz” (Mt 1.25), tendo filhos e filhas após o nascimento de Cristo, lembrando
que se trata de filhos de Maria e irmãos de Jesus, no sentido físico, pois o
texto faz referência ao pai (Mt 13.55,56); não é a mãe de Deus, visto que Deus
é eterno (SI 90.2); não é portadora da graça, mas agraciada ou abençoada por
ser escolhida para trazer Jesus a sua tabernaculação humana (Lc 1.28). Portanto
Maria é um belo exemplo a ser seguido, mas não pode ser objeto de culto ou
adoração.
Culto aos Santos = “Deve-se orar aos santos que estão no céu, porque
eles intercedem junto de Deus por nós”, afirma a Igreja Católica Romana. A
Escritura ensina que se deve dirigir em oração a Deus (Fp 4.6), e que todas as
vezes que orar a Ele deve fazê-lo em nome de Jesus Cristo (Jo 14.13; 16.23,24).
Portanto é contrário à sã doutrina recorrer aos mortos como intercessores junto
a Deus (Ec 9.5; lTm 2.5).
As Imagens de Escultura = Em Ex 25.18, Deus dá a Moisés o modelo do
propiciatório, ordenando que deveria ser “uma só peça” (Ex 25.19), referindo-se
à figura dos dois querubins e a parte que cobria a “Arca do Conserto”. Tais
figuras deveriam ficar dentro do Santo dos santos, restrito à visitação uma vez
ao ano e somente pelo Sumo Sacerdote, que, no momento de ele entrar, o local
ficava coberto por uma nuvem de fumaça do incenso, cobrindo assim, a visão das
figuras (Lv 16.13). Fica claro que a figura não tinha como objetivo a adoração
ou veneração, como argumentam os Católicos Romanos, visto que o propiciatório
não foi colocado em lugar de acesso público. A ordem Divina não deixa dúvidas:
“Não farás para ti imagem”, ”Não te encurvarás diante delas” (Ex 20.4,5; Dt
5.8,9; Ex 32.1,2).
CONCLUSÃO
Para
finalizar, convém ressaltar que, no discurso de Moisés em Deuteronômio, na
revelação do Sinai nenhuma imagem, figura, forma ou representação foi vista
pelos israelitas; eles ouviram a voz de javé vindo do meio do fogo, mas nenhuma
representação de figura foi manifestada, unicamente a Palavra (Dt 4.16, 23,
25). Os idolos de madeira e de pedra dos cananeus são divindades falsas cuja
adoração é terminantemente proibida (Êx 34.13; Dt 12.3; 16.21-22); Javé,
entretanto, é real, mesmo que invisível (Cl 1.15; 1 Tm 1.17). “Deus é espírito”
(Jo 4.24). Cultuá-lo com a mediação de imagens é colocá-lo no mesmo nível das
falsas divindades, uma afronta ao verdadeiro Deus.
Elaboração
pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja
Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
BIBLIOGRAFIA
Comentário Bíblico
Beacon
Biblia de Estudo
Pentecostal
Equipe Portal = Caramuru Afonso Francisco
ICP
– Instituto Cristão de Pesquisa. SP 2001.
CACP
– Centro Apologético Cristão de Pesquisas.
CPAD - Comentário
Bíblico Oséias – Ezequias Soares
BÍBLIA
de Revelação Profética; Almeida Revista e Corrigida, 4ªed. 2009.
OLIVEIRA.
Raimundo. Seitas e Heresias. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
Seitas
e Heresias. In: http://anti heresias.blogspot. com.br /Acesso em
09/02/2014.
Revista
do professor: Jovens e Adultos. Religiões, Seitas e Heresias. Rio de
Janeiro: Editora Betel - 1º Trimestre de 2014. Lição 07.
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