A IGREJA E A LEI DE
DEUS
Texto Áureo
“Anulamos,
pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.” (Rm
3.31).
Verdade Prática
O
Senhor Jesus definiu de maneira clara a relação entre o Antigo e o Novo
Testamento, entre a Lei e o evangelho.
Introdução
Nesta
última lição, é apresentada a lei no Novo Testamento. O cumprimento da lei em
Cristo Jesus, torna o nosso entendimento mais profundo para existência do amor
maior que procede de Deus para com a humanidade. Vemos em Cristo Jesus o
cumprimento de toda a lei, e através dele, a salvação para a humanidade. A lei
representa o grande amor de Deus pelo homem, somente um Deus poderoso pode
oferecer aos seus o seu grande amor.
A lei do homem e a lei de Deus.
Pesquisa
arqueológica, deste século tem produzidos muitas descobertas sobre vários
códigos orientais antigos. Fragmentos sumerianos, as leis acadianas de
Eshununna, o código sumerianos de Lipit-lstar, o código de Hamurábi , o mais
longo e mais conhecido das leis hititas. Todos esses contém regulamentos que
procedem de um “casuistico”, que sempre começa com “se...”. Algumas destas
características se aproximam da Lei divina entregue a Moisés. No entanto
contexto pré-redigida da lei dada a Israel, a “torah”, é consideravelmente a
mais notável de todos os códigos de regras constantes em um volume apenas.
Nos códigos orientais a religião desempenha um
papel meramente de subordinação ao rei, e a deidade, que empresta sua
autoridade aos códigos orientais. Em geral os esses códigos tratam exclusivamente
de questões legais, deixando as exortações morais e religiosas para outros
ramos da literatura. Em contrapartida a torah, que pode ser definida como a
palavra de Deus e que também se refere à lei ou ensino, em suas prescrições
legais e religiosas formam uma unidade concisa e inseparável.
A
preocupação do autor da lei não fora simplesmente o fato de ela agir no
contexto moral e religioso, mas sim fazer com que a sociedade em que ela fossa
implantada pudesse viver em uma realidade espiritual digna de alto padrão ético
e religioso. Com ela, essa lei ou ensino, permitiria a aproximação do seu
criador tornando possível uma verdadeira adoração.
Para
a sociedade moderna os valores éticos, de rituais religiosos de prescrições
judaicas, deixa uma impressão de perplexidade em relação aos outros códigos
criados em tempos próximos ao da torah. Uma das grandes contribuição deste
conjunto de ensino é a possibilidade de enxergar nela o cuidado em relação aos
menos favorecidos como por ex., dos cegos ( Lv 19.14; Dt 27.18) dos surdos (Lv
19.14) das viúvas e dos órfãos (Êx 22. 21,22) e por outros que viviam nas classes sociais menos
desprovidas em Israel.
Enquanto
o código de Hamurabi, por exemplo, se preocupava em proteger a classe
dominante. Contudo podemos verificar que a lei de Deus é ainda mais profunda e
preocupada com relação à sociedade para mantê-la coesa e regulamentada. Esta
ferramenta social foi de grande valia ao povo de Israel naquele momento
histórico, e tem profundo aspecto positivo para a igreja na atualidade.
Deus se mostrou preocupado com todos dentro de
uma sociedade que sendo estruturada como nação. As implicações da lei revelam
as demandas humanas de um Deus que é fiel para com os seus, diante de uma
sociedade corrupta, Deus revela sua bondade para com aqueles que são fiéis.
Todo o amparo da lei verifica a bondade de Deus pelos séculos, em favor da
construção de uma sociedade pacifica e abençoada.
A lei e o Novo
Testamento.
A
lei em o Novo Testamento é citada como complemento da bondade e misericórdia de
Deus para com a humanidade. Em uma das suas citações do SENHOR Jesus usa a
expressão “não vim ab-rogar a lei, mas cumpri-la” (Mt 5-17), Ele deixa claro que a lei deveria fazer parte
da existência da igreja. Somente uma lei com sentido mais amplo, tem o papel de
aproximar o seu humano da excelência de Deus e pode continuar perpetuamente (Mt
5.18).
A
lei como a base do ministério terreno de Jesus torna-o semelhante ao seu Pai,
pois somente o nosso SENHOR Jesus teve condição de cumprir toda a lei. A
finalidade maior da lei nunca foi de afastar o homem do seu criador, pelo
contrário, a maior contribuição desta foi mostrar o quanto o amor de Deus teve
não somente pelos de Israel, mas também com todo o mundo (Jo 3.16). Toda a lei
em seus pormenores revela o centro da vontade divina, que era revelar ao mundo
a Jesus Cristo, que é o fim da lei. O ministério terreno de Cristo Jesus
contribui para que todos os salvos possam identificar em Cristo o amor de Deus.
É
importante notar que deste a implantação da lei, as comunidades judaicas sempre
procuram estar afinados com proposito divino. No entanto o que nos chama a
atenção é que a lei com o passar do tempo se tornam um fardo insuportável para
aqueles que a seguem (Lc 11.46). Os próprios judeus criaram códigos que
tornaram a lei insuportável para eles mesmo. Os seus preceitos morais e
religiosos, tornam-se desesperadamente desapropriados a ponto do próprio
criador dizer, “obediência quero e não sacrifício” (Os 6.6).
Contudo as leis cerimonias apontam para a obra
redentora de Cristo que cumpriu todas
exigências da lei (Mt 5.17). Cristo
Jesus mostra que através da sua morte a história da humanidade pode ser mudada.
Enquanto a lei apontava para o pecado, pois a lei não tinha o poder de tirar o
pecado (Rm 7.6), desta forma Paulo disse “todos pecaram e destituídos estão da
gloria de Deus.” (Rm 3.23). Ele sabia que a propensão do homem ao pecado era
muito maior do que a sua vontade de se libertar.
A
lei em sua estrutura era boa, mais insuficiente para purificar o pecador.
Quando, porém este chega ao conhecimento da verdade, Deus age em sua vida de em
transformação de dentro para fora (2Co 2.17). Uma nova realidade de vida é
alcançada pela morte expiatória de Cristo Jesus. Somente o sangue de JESUS pode
livrar o homem da sentença do pecado (Cl 2.14), somente o sangue de Jesus pode
lavar esta cédula e purificar o homem em uma nova criatura.
A realidade de uma vida plena em Cristo veio
através da plenitude de Deus (Gl 4.4).
Toda a plenitude de Deus estava em Cristo criando a possibilidade de uma
vida maior e melhor sem estarmos imbuídos debaixo de sacrifícios incessantes
que nada podem fazer. A exclusividade do sangue do filho de Deus pode fazer com
que o homem passa a ser adquirido (1Pe 1.19).
Enquanto a lei apenas apontava o pecado, o sangue de Cristo remove o
pecado, enquanto a lei dizia o que deveria ser feito ao culpado, Jesus se torna
culpado por nós. Por isso o próprio Cristo disse que ninguém tem maior amor que
este de dar a sua vida pelos seus amigos (Jo 15.13). Um amor como este que
levou um inocente a dar a sua vida na cruz pelo seu próximo, por alguém que
ainda não existia, somente um amor maior, pode levar o homem a sentir em si a
necessidade de estar voltando constantemente para o seu criador.
Ao observarmos o cumprimento da lei
em Cristo; Ele disse que nada da lei pode ser revogado por isso observamos as
seguintes indagações de Cristo sobre a nova construção da lei, agora “adoçada”
com a graça vinda de nosso SENHOR;
Se
ele agora ouve; “Não matarás”, Deus fala, num estrondo; “Aquele que odeia seu irmão é um assassino”,
“ele que diz ao seu irmão, Você é um tolo, torna-se réu do fogo do inferno”.
Se
a lei diz; “Não cometas adultério”, a voz do Senhor soa, nos seus ouvidos. “Ele
que olha a mulher, para cobiçar, terá cometido adultério com ela, ainda que em
seu coração” (Mt 5.28)
.
Os
que estavam acostumados com a lei onde se mencionava apenas olho por olho e
dente por dente (Mt 5.38), experimentam a resposta divina sobre a sentença de
Deus. E assim, em todo ponto, ele sente a palavra de Deus “rápida e poderosa,
cortante como duas lâminas de espada”.
Ela “perfura até mesmo o que tem dividido sua alma e espírito, suas
articulações e medula, em pedaços”.
Seu
coração agora está nu, e eles vêem que é todo pecado, “enganoso - acima de
todas as coisas – e, desesperadamente, mau"; que é completamente corrupto
e abominável mais que isto, que é possível a língua expressar; que, nesse
lugar, habitou, apenas, injustiça e impiedade cada movimento, dali em diante,
todo temperamento e pensamento, sendo, continuamente, mau.
Jesus
elenca os pormenores da lei, pois ninguém pode ser justificado pelas obras da
lei (Gl 2.16). Enquanto alguns acreditam que o cuidado da lei pode ter poder
para salva-lo, cremos no sacrifício maior de Cristo Jesus. Paulo observa que o
homem só pode conhecer o pecado pela lei.
A lei então é boa;
“Que
diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão
pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não
cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a
concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo,
vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que era para vida, achei eu que
me era para morte. Porque o pecado,
tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei
é santa, e o mandamento santo, justo e bom’’.( Rm 7.7,12).
Portanto
a lei aproxima o homem de Deus, mesmo que para alguns, sejam mandamentos
impossíveis de serem cumpridos, vemos todo o amor de Deus sendo manifestado em
seus ensinos. Concluímos então que o fim da lei é Cristo Jesus, e Cristo revela
o amor de Deus pela humanidade, assim a lei é a representação do amor.
Evang.
Juarez Alves
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