25 de março de 2015

A IGREJA E A LEI DE DEUS



A IGREJA E A LEI DE DEUS

Texto Áureo

“Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma! Antes, estabelecemos a lei.” (Rm 3.31).

Verdade Prática

O Senhor Jesus definiu de maneira clara a relação entre o Antigo e o Novo Testamento, entre a Lei e o evangelho.

Introdução

Nesta última lição, é apresentada a lei no Novo Testamento. O cumprimento da lei em Cristo Jesus, torna o nosso entendimento mais profundo para existência do amor maior que procede de Deus para com a humanidade. Vemos em Cristo Jesus o cumprimento de toda a lei, e através dele, a salvação para a humanidade. A lei representa o grande amor de Deus pelo homem, somente um Deus poderoso pode oferecer aos seus o seu grande amor.

A lei do homem e a lei de Deus.

Pesquisa arqueológica, deste século tem produzidos muitas descobertas sobre vários códigos orientais antigos. Fragmentos sumerianos, as leis acadianas de Eshununna, o código sumerianos de Lipit-lstar, o código de Hamurábi , o mais longo e mais conhecido das leis hititas. Todos esses contém regulamentos que procedem de um “casuistico”, que sempre começa com “se...”. Algumas destas características se aproximam da Lei divina entregue a Moisés. No entanto contexto pré-redigida da lei dada a Israel, a “torah”, é consideravelmente a mais notável de todos os códigos de regras constantes em um volume apenas.

 Nos códigos orientais a religião desempenha um papel meramente de subordinação ao rei, e a deidade, que empresta sua autoridade aos códigos orientais. Em geral os esses códigos tratam exclusivamente de questões legais, deixando as exortações morais e religiosas para outros ramos da literatura. Em contrapartida a torah, que pode ser definida como a palavra de Deus e que também se refere à lei ou ensino, em suas prescrições legais e religiosas formam uma unidade concisa e inseparável.

A preocupação do autor da lei não fora simplesmente o fato de ela agir no contexto moral e religioso, mas sim fazer com que a sociedade em que ela fossa implantada pudesse viver em uma realidade espiritual digna de alto padrão ético e religioso. Com ela, essa lei ou ensino, permitiria a aproximação do seu criador tornando possível uma verdadeira adoração.

            Para a sociedade moderna os valores éticos, de rituais religiosos de prescrições judaicas, deixa uma impressão de perplexidade em relação aos outros códigos criados em tempos próximos ao da torah. Uma das grandes contribuição deste conjunto de ensino é a possibilidade de enxergar nela o cuidado em relação aos menos favorecidos como por ex., dos cegos ( Lv 19.14; Dt 27.18) dos surdos (Lv 19.14) das viúvas e dos órfãos (Êx 22. 21,22) e por  outros que viviam nas classes sociais menos desprovidas em Israel. 

Enquanto o código de Hamurabi, por exemplo, se preocupava em proteger a classe dominante. Contudo podemos verificar que a lei de Deus é ainda mais profunda e preocupada com relação à sociedade para mantê-la coesa e regulamentada. Esta ferramenta social foi de grande valia ao povo de Israel naquele momento histórico, e tem profundo aspecto positivo para a igreja na atualidade. 

 Deus se mostrou preocupado com todos dentro de uma sociedade que sendo estruturada como nação. As implicações da lei revelam as demandas humanas de um Deus que é fiel para com os seus, diante de uma sociedade corrupta, Deus revela sua bondade para com aqueles que são fiéis. Todo o amparo da lei verifica a bondade de Deus pelos séculos, em favor da construção de uma sociedade pacifica e abençoada.

A lei e o Novo Testamento.

A lei em o Novo Testamento é citada como complemento da bondade e misericórdia de Deus para com a humanidade. Em uma das suas citações do SENHOR Jesus usa a expressão “não vim ab-rogar a lei, mas cumpri-la” (Mt 5-17),  Ele deixa claro que a lei deveria fazer parte da existência da igreja. Somente uma lei com sentido mais amplo, tem o papel de aproximar o seu humano da excelência de Deus e pode continuar perpetuamente (Mt 5.18).

A lei como a base do ministério terreno de Jesus torna-o semelhante ao seu Pai, pois somente o nosso SENHOR Jesus teve condição de cumprir toda a lei. A finalidade maior da lei nunca foi de afastar o homem do seu criador, pelo contrário, a maior contribuição desta foi mostrar o quanto o amor de Deus teve não somente pelos de Israel, mas também com todo o mundo (Jo 3.16). Toda a lei em seus pormenores revela o centro da vontade divina, que era revelar ao mundo a Jesus Cristo, que é o fim da lei. O ministério terreno de Cristo Jesus contribui para que todos os salvos possam identificar em Cristo o amor de Deus. 

É importante notar que deste a implantação da lei, as comunidades judaicas sempre procuram estar afinados com proposito divino. No entanto o que nos chama a atenção é que a lei com o passar do tempo se tornam um fardo insuportável para aqueles que a seguem (Lc 11.46). Os próprios judeus criaram códigos que tornaram a lei insuportável para eles mesmo. Os seus preceitos morais e religiosos, tornam-se desesperadamente desapropriados a ponto do próprio criador dizer, “obediência quero e não sacrifício” (Os 6.6).

 Contudo as leis cerimonias apontam para a obra redentora de Cristo que  cumpriu todas exigências da lei (Mt 5.17).  Cristo Jesus mostra que através da sua morte a história da humanidade pode ser mudada. Enquanto a lei apontava para o pecado, pois a lei não tinha o poder de tirar o pecado (Rm 7.6), desta forma Paulo disse “todos pecaram e destituídos estão da gloria de Deus.” (Rm 3.23). Ele sabia que a propensão do homem ao pecado era muito maior do que a sua vontade de se libertar.  

A lei em sua estrutura era boa, mais insuficiente para purificar o pecador. Quando, porém este chega ao conhecimento da verdade, Deus age em sua vida de em transformação de dentro para fora (2Co 2.17). Uma nova realidade de vida é alcançada pela morte expiatória de Cristo Jesus. Somente o sangue de JESUS pode livrar o homem da sentença do pecado (Cl 2.14), somente o sangue de Jesus pode lavar esta cédula e purificar o homem em uma nova criatura.

 A realidade de uma vida plena em Cristo veio através da plenitude de Deus (Gl 4.4).  Toda a plenitude de Deus estava em Cristo criando a possibilidade de uma vida maior e melhor sem estarmos imbuídos debaixo de sacrifícios incessantes que nada podem fazer. A exclusividade do sangue do filho de Deus pode fazer com que o homem passa a ser adquirido (1Pe 1.19).  Enquanto a lei apenas apontava o pecado, o sangue de Cristo remove o pecado, enquanto a lei dizia o que deveria ser feito ao culpado, Jesus se torna culpado por nós. Por isso o próprio Cristo disse que ninguém tem maior amor que este de dar a sua vida pelos seus amigos (Jo 15.13). Um amor como este que levou um inocente a dar a sua vida na cruz pelo seu próximo, por alguém que ainda não existia, somente um amor maior, pode levar o homem a sentir em si a necessidade de estar voltando constantemente para o seu criador. 

            Ao observarmos o cumprimento da lei em Cristo; Ele disse que nada da lei pode ser revogado por isso observamos as seguintes indagações de Cristo sobre a nova construção da lei, agora “adoçada” com a graça vinda de nosso SENHOR;

Se ele agora ouve; “Não matarás”, Deus fala, num estrondo;  “Aquele que odeia seu irmão é um assassino”, “ele que diz ao seu irmão, Você é um tolo, torna-se réu do fogo do inferno”. 

Se a lei diz; “Não cometas adultério”, a voz do Senhor soa, nos seus ouvidos. “Ele que olha a mulher, para cobiçar, terá cometido adultério com ela, ainda que em seu coração” (Mt 5.28)
.
Os que estavam acostumados com a lei onde se mencionava apenas olho por olho e dente por dente (Mt 5.38), experimentam a resposta divina sobre a sentença de Deus. E assim, em todo ponto, ele sente a palavra de Deus “rápida e poderosa, cortante como duas lâminas de espada”.  Ela “perfura até mesmo o que tem dividido sua alma e espírito, suas articulações e medula, em pedaços”. 

Seu coração agora está nu, e eles vêem que é todo pecado, “enganoso - acima de todas as coisas – e, desesperadamente, mau"; que é completamente corrupto e abominável mais que isto, que é possível a língua expressar; que, nesse lugar, habitou, apenas, injustiça e impiedade cada movimento, dali em diante, todo temperamento e pensamento, sendo, continuamente, mau.

Jesus elenca os pormenores da lei, pois ninguém pode ser justificado pelas obras da lei (Gl 2.16). Enquanto alguns acreditam que o cuidado da lei pode ter poder para salva-lo, cremos no sacrifício maior de Cristo Jesus. Paulo observa que o homem só pode conhecer o pecado pela lei.  A lei então é boa;

“Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado. E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.  E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.  Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou. E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom’’.( Rm 7.7,12).

Portanto a lei aproxima o homem de Deus, mesmo que para alguns, sejam mandamentos impossíveis de serem cumpridos, vemos todo o amor de Deus sendo manifestado em seus ensinos. Concluímos então que o fim da lei é Cristo Jesus, e Cristo revela o amor de Deus pela humanidade, assim a lei é a representação do amor. 


Evang. Juarez Alves






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