16 de fevereiro de 2016

A GRANDE TRIBULAÇÃO


A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Texto Áureo = “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Ap 3.10)

 

Verdade Prática = Depois que os crentes em Jesus Cristo tiverem sido arrebatados, a Grande Tribulação começará na Terra.

 

Leitura Biblica = Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14

 

INTRODUÇÃO

 

Logo depois que Jesus tiver arrebatado a sua igreja começará no mundo a Grande Tribulação. A Palavra de Deus fala muito sobre este assunto.

 

A. O QUE SIGNIFICA A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. A Grande Tribulação é um período de sofrimento, de proporções ainda não conhecidas, que há de passar sobre o mundo! Ap 7.14. Este tempo é também chamado: a grande aflição, Mt 24.21; a grande angústia, Dn 12.1; a angústia de Jacó, Jr 30.17. A angústia vai afligir os povos em proporções tais que superará todo o sofrimento que o mundo até então tiver experimentado, Lc 21.24-26. A Palavra de Deus usa as mais fortes expressões ao falar desse tempo: “dia de indignação, dia de angústia, e ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e de densas trevas”, Sf 1.15.

 

2. A Grande Tribulação é chamada Dia da Vingança, Is 63.1-4. Quando Jesus visitou a sinagoga da sua cidade natal, foi convidado a fazer a leitura das Escrituras. Abrindo o livro, achou a passagem em Is 61.1-3, que fala do ministério do Messias na Terra. Ao chegar à expressão: “...o ano aceitável do Senhor”, parou, ainda que no meio de uma frase, e fechou o livro, dizendo: “Hoje se cumpriu esta escritura em vossos ouvidos”, Lc 4.21. As palavras omitidas daquela frase foram “e o dia da vingança do nosso Deus”, Is 61.2. Aquele dia não havia ainda chegado. Todavia a Grande Tribulação será uma realidade.

 

Que significa então esta vingança? Os povos rejeitaram ao Senhor e à sua Palavra, seguindo o Diabo. Na Grande Tribulação, Deus os entregará ao “senhor” que escolheram, Sl 2.10,11, isto é, Ele os entregará para que creiam a mentira, 2 Ts 2.10,11. A Grande Tribulação será, desta maneira, um tempo em que a força de Satanás triunfará sobre o mundo, tendo como resultado a maior catástrofe do Universo.

 

3. A Grande Tribulação é um tempo em que a ira do Senhor há de se revelar sobre os habitantes do mundo. A Palavra de Deus fala muito a respeito da ira de Deus sobre o pecado, Rm 1.18. Nos últimos tempos, quando a medida do pecado estiver cheia, derramar-se-á a ira de Deus, conforme a previsão da palavra profética. Por isto, esse tempo é chamado a ira futura, o dia da ira, grande dia da sua ira e a ira do Cordeiro. Lemos como os anjos do Senhor derramarão as taças, dando a beber aos povos o vinho da sua ira, Ap 15.7. Do mesmo modo como o Senhor, durante o juízo no tempo de Noé, abriu as janelas dos céus derramando chuvas sobre a terra, Gn 7.11, assim também tornará a fazer, Is 24.18. Os sete selos com os castigos que os acompanham serão abertos, Ap 6.1-17. Juízos de Deus soarão sobre o mundo. Então o próprio Senhor “há de pisar o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso, Ap 19.15. Ai da terra, quando a ira de Deus vier sobre ela.

 

B. O TEMPO DA GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. A Grande Tribulação será na 70a semana na visão profética de Daniel, Dn 9.24-27. Temos nos estudos anteriores visto que Deus tinha determinado 70 semanas para completar a sua obra entre o seu povo, os judeus, Dn 7.24. Quando estes, ao fim da 69a semana crucificaram seu Messias, foi o tempo interrompido, e o relógio da dispensação dos judeus parou, Dn 9.25-26. Então começou o “tempo dos gentios”, como um parêntese entre a 69a e a 70 semana. Este tempo dos gentios finda com “a entrada da plenitude dos gentios”, Rm 11.25, na vinda de Jesus nas nuvens. Então começará a 70 semana, que é a Grande Tribulação, pois então o Anticristo se manifestará, Dn 9.27. Deste mesmo versículo compreendemos também que a Grande Tribulação durará somente sete anos.

 

2. A Grande Tribulação começa com a vinda de Jesus nas nuvens. Este fato nos dá base para afirmar que a Igreja de Jesus não estará na Terra durante a grande tribulação. A Palavra de Deus fala do “princípio das dores”, Mt 24.8, isto é, de acontecimentos dolorosos que precedem a Grande Tribulação. Destes, a Igreja participa. Cremos que já estamos vivendo esses dias, em várias partes do mundo. Porém da “Grande Tribulação”, a Igreja não participará, pois então Jesus já a terá arrebatado do mundo. Aleluia! Vejamos alguns motivos pelos quais nós cremos que a Igreja não participará da Grande Tribulação:

 

a. A Grande Tribulação é o tempo da ira de Deus. Para os salvos, a ira de Deus já passou, Is 12.1. Jesus levou o nosso pecado, de modo que para nós cessou o motivo da ira de Deus, J 1.29. Para os que estão em Cristo Jesus não há mais condenação, Rm 8.1. O que a Palavra de Deus diz é que nós seremos salvos da “ira futura”, 1 Ts 1.10, e que Deus não nos destinou à ira, mas à aquisição da salvação, 1 Ts 5.9,10.

 

b. A Grande Tribulação é, na palavra profética, figurada como “a noite”, 1 Ts 5.4-6. Mas a mesma passagem diz que os crentes não são da noite, mas filhos do dia, filhos da luz. Nós, portanto, não esperamos o Anticristo, mas a CRISTO. Nós não esperamos a Grande Tribulação, a “noite”, mas a vinda de Jesus, 2 Pe 1.19; Ap 22.16.

 

c. A Palavra de Deus nos dá a promessa de podermos escapar dessas coisas, Lc 21.36. Lemos em Is 57.1, que o “justo é levado antes do mal”. Graças a Deus.

 

d. As figuras proféticas nos mostram claramente que os crentes serão salvos da Grande Tribulação. A Palavra de Deus diz que assim como foi nos dias de Noé e de Ló, assim será nos dias do Filho do Homem, Mt 24.37- 41; Lc 17.26,30. Ambos os acontecimentos mostram que a Igreja será arrebatada antes da tribulação, antes do grande juízo de Deus, pois assim aconteceu também com Noé antes do Dilúvio, Gn 7.1, e com Ló antes de Sodoma ser destruída, Gn 19.22. Graças a Deus. ANTES da Grande Tribulação, Jesus levará a Igreja para si.

 

e. A Palavra de Deus mostra claramente que a Igreja é o impedimento para a manifestação do Anticristo. Só depois que ela tiver sido tirada é que ele poderá se manifestar, 2 Ts 2.7,8. Temos uma boa ilustração disto no que aconteceu com Israel ao passar o Jordão a seco. Enquanto os sacerdotes com a arca punham seu& pés no leito do rio Jordão, a água tornou-se como um muro, permitindo que o povo passasse a seco para o outro lado. Logo, porém, que os sacerdotes subiram do meio do Jordão, as águas voltaram ao seu lugar, Js l:18. Quando a Igreja tiver sido tirada do mundo, então as águas da Grande Tribulação serão derramadas sobre ele.

 

C. SATANÁS, O ANTICRISTO E O FALSO PROFETA

 

Esta trindade satânica é a causa visível dos terríveis sofrimentos na Grande Tribulação.

A Grande Tribulação será, de um modo especial, um tempo sob o domínio de demônios. Vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre este assunto.

 

1. Satanás e o Dragão dominarão de modo completo a Terra durante a Grande Tribulação. Já vimos que Deus, nesse tempo, entregará os homens a ele, a quem os homens escolheram e serviram. Satanás será então precipitado dos lugares celestiais onde tem sido o seu quartel general (Ef 6.12) à Terra, onde terá o seu campo de ação, junto com os exércitos de demônios, Ap 12.9; 9.1,3. Por isto o anjo, com grande voz, clama: “Ai dos que habitam na terra e no mar, porque o Diabo desceu a vós”, Ap 12.12.

 

 

Dragão é um nome usado somente no Livro de Apocalipse, para designar o Diabo, Ap 12.9. Esse mesmo mostra-nos seu verdadeiro caráter. Na sua ira, ele procurará então usar todos os meios para combater a Deus, e chegará ao ponto de procurar imitar a Deus na sua manifestação de uma trindade. Ele prepara para si essa trindade satânica, através da qual procura dominar o mundo. Ele, que é o grande adversário de Deus (o nome Satanás vem da palavra hebraica “satan”, que traduzido em português é adversário), faz-se desta maneira um Antideus e dá o seu poder a um que a Bíblia chama Anticristo (a Besta), além de lhe oferecer um cooperador cuja missão será fazer os povos aceitar o Anticristo. Este cooperador é chamado o Falso Profeta, que desta maneira será transformado num concentrado de aflições. Os homens hão de passar por sofrimentos tremendos, como jamais terá havido.

 

2. O Anticristo.

 

a. O Anticristo será um homem comum, nascido de mulher. João o viu subir “do mar”, Ap 13.1, isto é, do povo, Ap 17.15; Is 17.12,13. Ele estará vestido de poder e preparação demoníaca de proporções jamais vistas, Ap 13.2,4; 16.13,14. O poder satânico que fará do Anticristo o “super-homem” que ele realmente será, já está operando no mundo, e é chamado o “espírito do Anticristo”, 1 Jo 4.3; 2.18. Esse poder dominará totalmente a pessoa do Anticristo e, nele operando, será o segredo da sua influência tremenda sobre a humanidade.

 

b. Os diferentes nomes do Anticristo mostram quem ele será e o seu caráter. Ele é chamado na Bíblia “a Besta”, Ap 13.1; o “Homem do pecado”; o “Filho da perdição”, 2 Ts 2.3; o “Anticristo”, 1 Jo 4.3; e o “Assolador”, Dn 9.27; Mt 24.15. É pessoa que corresponde à “ponta que tinha olhos” na visão de Daniel, Dn 7.8,20,25.

 

c. A personalidade do Anticristo. Ele será extremamente inteligente, motivo por que conquistará a admiração do mundo, Ap 13.2. Será o maior de todos os demagogos, pois seu governo será caracterizado por uma boca para proferir grandes coisas, Ap 13.5; Dn 7.7,8,11,25. Terá muita autoridade e poderio, Ap 13.2. Será um concentrado de todo o mal que tem havido na terra. O ódio de Caim contra seu justo irmão (Gn 4.4,8), a ganância e sagacidade de Balaão para seduzir a Israel (Nm 31.16) e a blasfêmia de Golias contra Deus e seu exército (1 Sm 17.8,11), terão na pessoa do Anticristo a sua personificação satânica.

 

d. A situação do mundo de profunda aflição e sem fé em Deus fará com que o Anticristo seja recebido como a verdadeira solução para os problemas mundiais. Ele será a segurança personificada, a mão segura de que o mundo necessita. A Bíblia nos revela o modo que ele usará para ser aceito pelos homens.

 

Meditemos com atenção na profundidade satânica que a seguinte expressão bíblica nos revela: “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira e com todo engano da injustiça para os que perecem...”, 1 Ts 2.9,10. O mundo deixar-se-á enganar e tomará voluntariamente o sinal da Besta em suas testas e a adorará. Que profundidade de aflição.

 

3. O Falso Profeta, Ap 13.11,18. Satanás sabe que o Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, é que glorifica a Jesus, portanto dará ao Anticristo também um cooperador que o glorifique, a fim de que seja bem aceito pelo povo. Esse cooperador será o Falso Profeta.

 

a. O Falso Profeta será também um homem comum. A Bíblia diz que João o viu “subir da terra” (Ap 13.11), o que significa que nascerá como os demais homens (veja Dn 7.17). A Palavra de Deus também usa a respeito do falso profeta um pronome pessoal (Ap 16.13) e diz que ele recebeu a mesma preparação diabólica do Anticristo.

 

b. A missão do falso Profeta não é apresentar-se a si mesmo, mas, apelando para o sentimento religioso dos homens, fazer com que eles adorem o Anticristo. Por isso está escrito que ele tem chifres como os de um cordeiro, mas fala como o dragão, Ap 13.13. Para impressionar os povos, o falso profeta construirá uma grande imagem da Besta e ainda fará com que esta imagem fale, Ap 13.14,15.

 

c. O falso Profeta não somente procura enganar os homens, para que adorem o Anticristo, mas introduz leis que obriguem todos os povos a adorá-lo. Obrigará todos a aceitarem um sinal na mão ou na testa, como testemunho de que aceitam o Anticristo (Quem não tiver esse sinal não poderá vender nem comprar, Ap 13.16,17; 14.9), e fará morrer os que não adorarem a imagem da Besta.

 

4. O governo dessa trindade satânica fará os homens sofrer horrores. A propaganda, no regime de lavagem cerebral, fará o povo aceitar unanimemente todas as leis e as orientações do Anticristo; os homens, de certo modo, tornar-se-ão endemoninhados, Mt 12.45. No entanto, a Noiva de Cristo, a Igreja, já terá sido tirada da terra nessa época, o que significa que não haverá mais impedimento para a operação do mal. O mundo se tornará um campo de combate de demônios. A anarquia será total. Ai da terra, quando o senhor que ela escolheu dominar sobre ela!

 

D. O QUE VAI ACONTECER DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. A Grande Tribulação é caracterizada por um tempo de grande affição sobre os homens.

2. A Palavra de Deus mostra que então haverá grandes catástrofes e calamidades no mundo. Quando os juízos de Deus sobrevieram a Faraó, houve vários tipos de praga pela própria natureza, Êx 8.10. Assim haverá na Grande Tribulação: terremotos, trovões, sinais no sol, na lua e nas estrelas, etc., coisas que trarão sobre o mundo aflições ainda não conhecidas, Ap 6.12,15; 8.5; 11.12,13,19. Tudo isto dará origem a carestia, pobreza e fome sobre o mundo, Ap 6.5,6.

 

3. A Palavra de Deus mostra que a Grande Tribulação também será caracterizada por grandes sofrimentos através de guerras e armas tremendas. Vemos o cavalo vermelho — a guerra — apresentar-se (Ap 6.4), acompanhado pelo cavalo amarelo, a morte, Ap 6.8. Cavaleiros munidos de armas tremendas aparecerão como gafanhotos espalhando morte e sofrimento onde chegarem, Ap 9.3,12. Lendo com atenção as visões proféticas de João sobre isto, parece que ele viu as bombas atômicas e de hidrogênio em ação, pois o modo como descreve as manifestações coincide com o que acontece numa explosão nuclear. Ele escreve: “... houve saraiva e fogo misturado com sangue, e foram lançados na terra e foi queimada a sua terça parte...”, Ap 8.7; “... foi lançado no mar como um grande monte ardendo em fogo...”, Ap 8.8; “Viu uma grande estrela ardendo como uma tocha e caiu sobre a terra e muitos homens morreram nas águas...”, Ap 8. 10,11.

 

Ele viu, ainda,. cavalos em número de duzentos milhões e “... as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões e de suas bocas saía fogo e enxofre...” (Ap 9.16,17), referindo-se certamente às terríveis armas e carros de combate que hão de aparecer. Os demônios sairão para congregar os povos para o grande combate, Ap 16.12,14. Quanto sofrimento haverá sobre o mundo!

 

4. Na Grande Tribulação haverá perseguição religiosa como nunca antes. O Anticristo e o falso Profeta juraram combater a Deus. Este já era o propósito de Satanás quando foi derrubado, Is 14.13, 14; Ez 28.2,6. O Anticristo se assentará no templo de Jerusalém, dizendo-se Deus, 2 Ts 2.4. E receberá adoração, Ap 13.12. Com todos os meios ao seu alcance fará guerra a Deus, Ap 3.6; Dn 7.25; 11.36.

 

5. O Anticristo, por intermédio do falso Profeta, enganará os homens. Haverá um caos e um fracasso total da doutrina, 2 Ts 2.3. O falso Profeta engodará os sentimentos religiosos da humanidade, para adorar o Anticristo, Ap 13.14, por estar revestido de poder de mentira e de engano (2 Ts 2.10,11), para realizar milagres e sinais de mentira, com o fim de levar à prática do mal, aqueles que não encheram seus corações de amor à verdade, Ap 13.14,15. As massas o acompanharão.

 

 

6. O Falso Profeta obrigará os homens a tomarem sobre si o sinal da Besta, que possivelmente será um carimbo especial no cartão de identidade ou na carteira profissional. E os homens estarão de tal modo condicionados pelo falso Profeta, que aceitarão de boa vontade esse sinal, Ap 13.16. Essa identificação significará uma total e permanente sujeição ao Anticristo. A Palavra de Deus adverte severamente os homens dos castigos terríveis que reserva para os que aceitarem o sinal da Besta, Ap 14.9,12. Mas a Bíblia nos informa que, apesar das ameaças, a quase totalidade dos homens aceitará tal sinal, Ap 13.8. Os homens ficarão como que endemoninhados, Mt 12.45.

 

7. Depois começará uma guerra contra todos que não aceitaram o sinal da Besta. A Bíblia revela que grandes multidões, por causa do nome de Jesus, recusarão esse sinal. Contra estes o Anticristo fará uma campanha de destruição total, e os vencerá (Ap 13.7), isto é, os matará, Ap 13.15; Dn 7.21,25; 8.24. Ele tentará extinguir da terra a Palavra de Deus (Am 8.11,12), mas, apesar de toda essa pressão oficial, muitos não terão amor à sua vida, resistindo ao Anticristo até o fim, Ap 12.11. Nisto estará a vitória deles: seus nomes estão no livro da Vida, Ap 13.8; Dn 12.1. Embora sejam mortos pela Besta, sairão vitoriosos sobre ela, Ap 15.2.

 

8. Surge então a pergunta: Alguém será salvo na Grande Tribulação? Se a pergunta fosse:

 

Haverá salvação após a morte? Então a resposta seria clara e definitiva: “NÃO, DE MANEIRA NENHUMA!” Somente sobre a terra Jesus perdoa pecados, Mc 2.10. No além não haverá possibilidade de modificação, Lc 16.26. Mas quando tratamos da possibilidade de alguém ser salvo durante a Grande Tribulação, devemos concluir que o dia da graça não termina com o arrebatamento da Igreja, mas com o fim da Grande Tribulação. Lemos em Ap 6.9,11 acerca dos mártires sob o altar, que morreram por amor à palavra de seu testemunho!

 

Esses morreram durante a Grande Tribulação, pois de outra maneira teriam ressuscitado na vinda de Jesus. Lemos, em Ap 7.11,14, acerca da multidão que veio da Grande Tribulação, e cujas vestes foram branqueadas no sangue do Cordeiro. Em Ap 20.4 lemos acerca daqueles que, durante a Grande Tribulação, recusaram tomar sobre si o sinal da Besta, por causa do testemunho de Jesus, e que por isso foram mortos.

 

Agora, no fim desse período, ressuscitarão e poderão reinar com Cristo por mil anos. As promessas de Deus e o poder do sangue de Jesus não se alteraram! Quem invocar o nome do Senhor será salvo! Mas o preço será a morte! Por isso está escrito em Ap 6.11 que o número dos mártires ainda não está completo.

Os que hoje aceitam Jesus, poderão subir com Ele em sua vinda. Mas os que não o fizerem hoje, correm o grave perigo de se contaminarem com as massas e, ainda que resistam ao Diabo, serão mortos! Por isso o dia da salvação é hoje.

 

9. A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do Anticristo. A base política de seu regime será uma aliança de 10 nações, nos limites do antigo Império Romano. Na profecia de Daniel, lemos acerca dos dedos dos pés da grande estátua que representa a base da política do governo dos últimos dias. Governo que será vencido pela pedra atirada sem mãos, Dn 2.41,45.

 

A mesma profecia está representada numa outra figura, a da Besta com 10 chifres. Estes chifres representam 10 reis que se levantarão contra o Deus Todo-Poderoso, mas que serão por Ele vencidos, Dn 7.7,8,19,27. Quando comparamos estas profecias com as palavras de Ap 13.1,2 e 17.11,13, vemos sempre a mesma coisa, isto é, uma aliança de 10 reis, sob o domínio final do Anticristo.

 

Haverá armamento em qualidade e em quantidade como nunca antes. Está escrito:

“Quem poderá batalhar contra a Besta?”, Ap 13.4. Isto nos dá a entender que haverá outros blocos políticos. Temos a aliança dos países do norte, onde governará o príncipe de Gogue e Magogue, Is 38.2.

 

As palavras Meseque e Tubal são nomes que se referem à Rússia, com a qual muitas nações estarão em aliança, Ez 38.5,7,9,22. Temos ainda o bloco dos “reis do Oriente” (Ap 16.12), que já em nossos dias é uma potência mundial de primeira ordem. Ai do mundo! Esses blocos, durante o tenebroso reinado do Anticristo, se defrontarão em combate num banho de sangue como nunca houve antes.

 

E. OS SOFRIMENTOS DE ISRAEL DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO.

 

1. Quando o Anticristo se manifestar, fará aliança com Israel por sete anos, Dn 9.27. Será certamente um pacto de não-agressão, que dará a Israel inteira liberdade de construir o Templo e de adorar a Deus. É terrível observar como Israel que primeiro rejeitou o Messias, o Salvador (Jo 1.11), agora recebe o Anticristo e faz aliança com ele, Jo 5.43. Deixar-se-ão enganar por causa da aparente tranqüilidade existente, Dn 8.25. Quanto sofrerão os judeus por causa dessa aliança! Pagarão caro por terem feito um pacto com o Diabo!

 

2. Após 3 anos e meio, o Anticristo romperá a aliança com os judeus, Dn 9.27. Ele atacará Jerusalém e tomará o Templo e o profanará, 2 Ts 2,3,4; Dn 8.13. O próprio Jesus predisse esse acontecimento, Mt 24.15,24. Os judeus serão proibidos de realizar seus cultos.

 

 

3. Quando Jesus fala desses acontecimentos, aconselha os judeus a fugir para as montanhas, Mt 24.16. As profecias têm muito a dizer acerca dessa fuga. Ela está revelada também em Ap 12, onde vemos o Dragão perseguindo a mulher cujo vestido era o sol e em cujos pés estava a lua, e que tinha estrelas em sua coroa, Ap 12.1. Segundo Gn 37.9,11, esta mulher parece ser Israel, ali representado pelo sol e pela lua e pelas estrelas. Ademais, Israel é muitas vezes representado por uma mulher, Is 54.1,6; Jr 3.1,14; Os 2.14,23.

 

Ela fugirá para um lugar que Deus lhe preparou, Ap 12.6. Deus, que cuidou do povo de Israel durante a jornada de 40 anos através do deserto, também o socorrerá quando fugir do Anticristo. Em Is 16.1,9 lemos acerca da fuga por causa do “destruidor”, do “homem violento” e do “opressor”. Certamente esta profecia descreve a fuga de Israel por causa do Anticristo. Vemos que Israel fugirá para Moabe, Is 16.4. Em Dn 11.40,41. Nem Moabe nem Edom serão conquistados pelo Anticristo, porque ele ouvirá um rumor longe que o atrairá para outras batalhas, Dn 11.44. Em Sl 60.8,11, está escrito que sobre Edom “lançarei o meu sapato”, uma expressão que traduz posse e domínio (ver Rute 4.7,9).

 

Parece-nos que Deus não deixou o Anticristo apossar-se desse lugar, porque deverá servir de refúgio aos judeus, Ap 12.6. Edom e Moabe correspondem• a atual Jordânia. Jesus disse aos judeus que deveriam fugir para os montes (Mt 24.16) e em Ap 12.6 lemos que a mulher fugiu para o deserto. Este lugar, do qual a Bíblia fala em Is 16.1,4 é uma terra seca e montanhosa. Talvez ali se localizem as “câmaras” para as quais os judeus fugirão, enquanto a ira de Deus varrer a terra, Is 26.20.

 

4. O Anticristo reunirá todos os exércitos da terra para a batalha em Armagedom. Os demônios incitarão os homens a desejarem a guerra, Ap 16.13,14. Armagedom é o mesmo campo de batalha de Megido, Zc 12.11. Naquele vale, muitas batalhas já se realizaram através dos tempos. O povo de Israel é como uma pedra de tropeço e de escândalo para todos os povos, Zc 12.2,3. Os homens se ajuntarão para o destruir.

 

A terça parte dos judeus morrerá (Zc 13.8), as mulheres serão desonradas e profanadas (Zc 14.2) e muitos do povo serão levados cativos. A cidade de Jerusalém estará perto de ser destruída. Em Armagedom a batalha será extremamente sangrenta e o sangue dos mortos será tanto que encherá o vale até à boca dos cavalos, Ap 14.20. Quanto sofrimento!

 

 

Livro:- A Doutrina das Ultimas Coisas  = Eurico Bergstén

 

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

TEXTO ÁUREO = “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos Filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo” (Dn 12.1).

 

 VERDADE PRÁTICA = A Grande Tribulação é um fato real do qual ninguém pode escapar, senão dentro da Arca, a Igreja, que será arrebatada por Cristo.

 

LEITURA EM CLASSE = DANIEL 7.24-26

 

INTRODUÇÃO

 

Nesta lição, estudamos acerca da profecia das setenta semanas de Daniel, e vimos que a última, ou seja, a septuagésima, corresponde ao período da Grande Tribulação, que se iniciará com a entrada do Anticristo no cenário mundial (Dn 9.27). Este será o tema da presente lição.

 

1. QUE SIGNIFICA A GRANDE TRIBULAÇÃO?

 

A Grande Tribulação será um período de sofrimento de grandes proporções. Daniel escreveu: “E haverá um tempo de angústia qual nunca houve desde que houve nação até aquele tempo” (Dn 12.1). Palavras semelhantes foram proferidas por Jesus em seu sermão escatológico (Mt 24.21).

 

Os diferentes nomes que a Bíblia usa para descrever este período, mostram que serão tempos muito difíceis.

 

1. A Bíblia fala deste período chamando-o de “tempo de angústia para Jacó” (Jr 30.7). Os homens desmaiarão de tenor pela expectação das coisas que sobrevirão ao mundo (Lc 21.26). O profeta Sofonias diz: “Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e dc ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas” (Sf1.15).

 

2. A Grande Tribulação é chamada a “ira futura” (1 Ts 1.10). A ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens se manifestará desde os céus (Rm 1.8). isto aconteceu nos dias de Noé, quando a ira de Deus se derramou sobre a Terra sob a forma de um dilúvio (Gn 6.13). Em Gênesis 15.16, a Bíblia fala da medida de injustiça dos amorreus que ainda não estava cheia. Compare com Deuteronômio 9.4,5. Assim também acontecerá na Grande Tribulação. Quando a medida dos pecados deste mundo estiver cheia, ele viverá o “grande dia da ira do Cordeiro” (Ap 6.16,17). O Senhor mesmo pisará o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso (Ap 19.15).

3. A Grande Tribulação é chamada “o dia da vingança” (Is 63.1-4). Quando Jesus visitou a sinagoga de Nazaré, foi-lhe dado o livro do profeta Isaías para que lesse (Lc 4.14-21): “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos mansos: enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor...”. Interrompeu a leitura neste ponto, e disse que naquele dia aquela escritura havia-se cumprido perante as pessoas que o ouviam, O Filho de Deus havia deixado de ler o final do versículo 2, que diz: “e o dia da vingança de nosso Deus” (Is 61.2). Jesus proclamou o “dia aceitável do Senhor”, que ainda está em vigor. O “dia da vingança do nosso Deus” só se sucederá na Grande Tribulação.

 

No “dia da vingança do nosso Deus”, o mundo será entregue ao “Senhor” que ele escolheu, uma vez que os povos rejeitaram a Cristo e a sua Palavra. Na Grande Tribulação, a força de Satanás triunfará sobre o mundo, e resultará a maior catástrofe de todos os tempos.

 

4.0 que provocará a tremenda angústia, na Grande Tribulação?

 

a) O governo mundial do Anticristo com a eficácia e poder de Satanás (1 Is 2.9).

 

b) A execução dos castigos de Deus em três séries distintas: a abertura dos sete selos (Ap 6.1-17, 8.1-5); o soar das sete trombetas (Ap 8.6-21,9.15-18); o derramar das sete taças da ira de Deus (Ap 16.1-21).

 

5. Quando terá início a Grande Tribulação? Este tempo iniciar-se- á logo depois do Arrebatamento da Igreja. A Bíblia diz que “o mistério da injustiça opera, somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado” (2 Ts 2.7). O que se opõe ao aparecimento do Anticristo é a Igreja do Senhor, morada de Deus em Espírito (Ef 2.22; 1 Jo 3.24; 4. 13,16). Quando este “impedimento” for tirado, então será revelado o iníquo (2 Ts 2.8).

 

6. A Igreja do Senhor não estará no mundo, na Grande Tribulação.

 

a) É uma promessa de Jesus! “Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.10); “Sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.9); “Nós não fomos destinados à ira, mas à aquisição da salvação por nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.9). E, ao dirigir-se à igreja de Filadélfia, disse o Filho de Deus: “Como guardaste a minha palavra, eu também te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo” (Ap 3.10).

 

b) A Igreja estará nas Bodas do Cordeiro (Ap 19.9). Acompanhará Jesus, quando Ele vier em glória, para dar um fim à Grande Tribulação e vencer o Anticristo (Ap 19.11-14).

 

II. O GOVERNO MUNDIAL DO ANTICRISTO

 

1. A Grande Tribulação será uma ditadura universal e cruel do Anticristo. O Anticristo será um homem comum, nascido de mulher. Mas será revestido de poder satânico, e terá uma capacitação demoníaca extraordinária (Ap 13.2,4), de modo que exercerá poderosa influência sobre toda a humanidade. Ele é chamado na Bíblia de a Besta (Ap 13.1), o Homem do pecado e filho da perdição (2 Ts 2.3), assolador (Dn 9.27), designações que bem retratam o seu caráter.

 

O Anticristo terá um auxiliar, o Falso Profeta, e este também será revestido do mesmo poder demoníaco (Ap 13.12). Estará, assim, formada a “trindade satânica”: Satanás (o Antipai), a Besta (o Antifilho ou Anticristo), e o Falso profeta (o Antiespírito).

 

O Falso Profeta, ao apelar para o sentimento religioso do povo, fará com que os homens adorem o Anticristo. Esta adoração se tornará obrigatória. O sinal da Besta, na mão ou na testa, será a evidência da aceitação desta adoração. E sem este sinal não será possível comprar nem vender qualquer coisa (Ap 13.16,17, 14.9). Os que não adorarem a Besta, serão mortos (Ap 13.15). A Bíblia fala das almas debaixo do altar de Deus, dos que foram mortos por amor à Palavra e por causa do testemunho que deram (Ap 6.9). Estes foram vitoriosos, pois deram as suas vidas em prol do Evangelho de Cristo (Ap 12.11).

 

2. Israel durante a Grande Tribulação. Israel fará concerto com o Anticristo por sete anos (Do 9.27). Talvez, o pacto tenha como objetivo a garantia da liberdade de construir o Templo e cultuar a Deus. Os judeus que rejeitaram a Jesus (Jo 1.1 1), agora, aceitam o Anticristo (Jo 5.43)!

 

Depois de três anos e meio, o Anticristo romperá o concerto. Ele profanará o Templo, ao assentar-se nele para ser adorado como Deus (2 Ts 2.4). Israel não aceitará a imposição de adorar a outro, senão Jeová. Ele, então, perseguirá duramente os judeus. Os sofrimentos serão tremendos. Jesus, ao falar destes acontecimentos, aconselha os descendentes de Jacó a fugirem para as montanhas (Ml 24.16). Esta fuga está profeticamente descrita em Apocalipse 12 cem [saías 16.1-4.

 

 

 

 

III. OS CASTIGOS DE DEUS DERRAMADOS DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

1. Abertura dos sete selos (Ap 6.1.17; 8.1-5). Aberto o primeiro seio, apareceu um cavalo branco, e aquele que se assentava sobre ele tinha um arco e uma coroa, e saiu vitorioso para vencer. Aqui se trata do Anticristo com a sua falsa paz. Surgiram, sucessivamente, ao abrirem-se os selos seguintes: um cavalo vermelho, acompanhado de grande matança; um cavalo preto, acompanhado de fome e privação; um cavalo amarelo, acompanhado da morte e com o poder para matar a quarta parte dos habitantes da Terra. Ao ser aberto o quinto selo, João viu as almas dos que foram mortos, por se recusarem a adorar o Anticristo. A abertura do sexto selo trouxe um grande terremoto e muitos sinais no céu, de modo que reis, servos e poderosos se esconderam e pediram aos montes que os ocultassem da ira do Cordeiro.

 

2. O soar das sete trombetas (Ap 8.6-13; 9.1-21; 11.15-19).

 

Quando o primeiro anjo tocou a sua trombeta, veio saraiva e fogo misturados com sangue que, lançados sobre a Terra, queimaram a terça parte das árvores e da erva verde. Ao ser tocada a segunda trombeta, foi lançado ao mar algo semelhante a um grande monte ardendo em fogo, e morreu a terça parte das criaturas que tinham vida nos oceanos, e perdeu-se a terça parte das naus. Tocada a terceira trombeta, caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e muitos homens morreram, porque as águas se tornaram amargas. Ao soar a quarta trombeta, houve alterações no Sol, na Lua e nas estrelas. Ao serem tocadas a quinta e a sexta trombeta, abriu-se o poço do abismo, e uma manifestação de demônios, sob a forma de gafanhotos, passou a atormentar os homens. Ao tocar da sétima trombeta, João viu uma poderosa manifestação celestial de adoração e louvor ao Senhor Deus, Todo-Poderoso (Ap 11.15-19).

 

3. O derramamento das sete taças da ira de Deus (Ap 16.1-21). Ao ser derramada a primeira taça, aqueles que adoravam a Besta foram acometidos de uma chaga maligna. A segunda taça foi derramada no mar, e matou toda alma vivente que havia nos oceanos. A terceira taça foi derramada nos rios e nas fontes de água, e se tornaram em sangue. A quarta taça foi derramada sobre o Sol, que passou a abrasar os homens. A quinta taça foi derramada sobre o trono da Besta, e causou dores tremendas. A sexta taça foi derramada sobre o rio Eufrates que se secou, e apareceram três espíritos imundos semelhantes a rãs, capazes de fazer prodígios, a fim de congregar os reis de todo mundo para a batalha final, em Armagedom (Ap 16.16). A sétima taça foi lançada no ar, e seguiu-se o mais intenso terremoto que jamais houve na face da Terra.

 

 

 

CONCLUSÃO

 

Israel foi o alvo principal da hostilidade do Anticristo, por ter-lhe feito oposição. Por isso, muitos se ajuntarão contra os judeus em Armagedom. Mas de Deus virá o grande livramento. Veremos isto na próxima lição.

 

Lições bíblicas CPAD 1995

 

 

Passará a Igreja pela Grande Tribulação?

 

TEXTO ÁUREO = “Como guardaste a palavra da minha, paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”, Ap 3.10.

 

VERDADE PRATICA = Os justos podem ser alvos da ira de Satanás porém jamais o são da ira de Deus.

 

LEITURA EM CLASSE = At 15.14-18; Lc 2l25-36; Ap 11.15-19

 

INTRODUÇÃO

 

Esta lição trata da Grande Tribulação, a respeito da qual Jesus falou no seu importante sermão profético (Mt 24.21; Ap 2.22; 7.14). Essa “tribulação” será a maior de todas já experimentadas pelos homens e ocorrerá no fim dos tempos, por ocasião da volta de Jesus. Pela maneira como as coisas andam, todos sentimos que esse período está muito perto. Trata-se de um período de sofrimento, angústia e aflição sem paralelo sobre a terra entre o arrebatamento da Igreja e a manifestação de Jesus em glória. O vocábulo “tribulação” no grego significa literalmente aperto, angústia, aflição.

 

Na primeira conferência da Igreja em Jerusalém (At 15), Tiago, citando profecias antigas, declarou que os gentios, isto é, pessoas de todas as nações do mundo, fariam parte da Igreja. Hoje, ela é composta quase exclusivamente de gentios. Muito poucos são judeus. À medida que nos aproximamos do fim dos tempos, presenciamos uma turbulência e agitação fora do comum no meio social, político, comercial e, também, espiritual. São prenúncios do último capítulo da história da humanidade. Nessa guerra sem tréguas estão em choque as forças de Cristo e as de Satanás. Essa batalha tornar-se-á cada vez mais renhida e cada cristão é um soldado com tarefas definidas a desempenhar na luta.

 

 

Tem havido muita especulação sobre a ocasião e a maneira da vinda de Cristo. Até os crentes tessalonicenses concluíram que, naquele tempo, Jesus já tivesse voltado, talvez no aspecto espiritual. Paulo, porém, corrigiu essa distorção. Hoje precisamos fazer o mesmo diante dos ensinos errados de que a Igreja passará pela Grande Tribulação.

 

O assunto requer discernimento espiritual, maturidade na doutrina, estudo meticuloso de textos proféticos confrontados com outros semelhantes, a fim de que entendamos exatamente o que a Palavra de Deus ensina, sem nada torcer.

 

1. O HOMEM DO PECADO, II Ts 2.3,4,9-12.

 

1. O fraudulento “deus-homem”, O mundo encaminha-se, rapidamente, para um governo mundial, correspondente aos 10 dedos dos pés da estátua de Nabucodonosor (Dn 2.41-43) e do animal espantoso, de 10 chifres, descrito por Daniel (7.7-8). A personagem principal que surgirá nesse cenário mundial será o Anticristo, o preposto de Satanás, o qual, desde sua queda guerreia contra Deus e o seu povo. Numa demonstração de força, esse homem diabólico conseguirá impor-se sobre três nações, antigamente integrantes do Império Romano; depois controlará mais sete.

 

Desse núcleo de nações ele estenderá seu poderio sobre todo o mundo, exercendo domínio político, comercial e religioso (Dn 7.8,25; Ap 13.1-17). De todos os impérios surgidos neste mundo, este será o mais despótico, o mais anti-Deus.

 

Muito astuto e, sabendo que o ser humano é sempre propenso a adorar alguém ou a alguma coisa, isto é, pertencer a uma religião, o Anticristo promulgará um movimento religioso em torno de sua pessoa, sendo ele a própria encarnação da “divindade” do homem e da supremacia do Estado, O promotor desse movimento religioso será outro elemento despótico que surgirá nesse tempo, visto em Ap 13.11-18, chamado de Falso Profeta, em Ap 16.13. Será a maior fraude já praticada no mundo. Ler II Ts 2.3-9; Dn 11.35,36;

Mt 24.15.

 

O povo judeu, segundo Dn 9.27; 8.11-14; 11.31,32; 12.11; Zc 11.16,17; Jr 30.7; Mt 24.21, será muito visado nesses dias. No princípio o Anticristo será tolerante com os judeus e com eles fará uma ali4nça de sete anos, fato que dará a esse povo uma falsa sensação de segurança. Mas depois descobrirão que esse indivíduo é um falso pastor. O templo dos judeus será reconstruído, à luz de Mt 24.15; II Ts 2.4; Ap 11.1,2. É notável que os judeus já estão voltando da Dispersão.

 

Após três anos e meio, repentinamente, o Homem do Pecado romperá a aliança e iniciará o período chamado por Jeremias de “tempo de angústia para Jacó”, (30.7). Os sacrifícios serão proscritos e os últimos três anos e meio serão de guerra contra Israel (Dn 12.1,7; Ap 13.5,7). O Filho da Perdição proferirá grandes blasfêmias contra Deus e exaltará sua própria pessoa (Ap 13.6), chegando a assentar-se no templo como “deus”! (Dn 11.36; II Ts 2.4; Ap 13.8).

 

O mundo gentílico também será enganado pelas doutrinas mentirosas de Satanás. (II Ts 2.9,10; Ap 13.13,14. O mundo todo aclamará o Anticristo como o “salvador da pátria” em razão dos seus fantásticos projetos. O Espírito Santo nos revelou o terrível estado de trevas, terror e calamidade espiritual em que o mundo estará submerso nesses dias. É o assunto de todo o livro do Apocalipse.

Deus permitirá que tal situação perdure apenas por um tempo predeterminado. Nele, os juízos divinos do Apocalipse serão derramados sobre os iníquos de todo mundo e, especialmente, sobre a sede do governo do Anticristo. O livro do Apocalipse relata-os bem piores-que as dez pragas enviadas ao Egito, nos dias de Moisés: São os sete selos, as sete trombetas e os sete flagelos da ira de Deus lançados sobre um mundo dominado por Satanás. Ao ser derramado o sétimo flagelo haverá cataclismos devastadores.

 

II. 0 TRIUNFO DE CRISTO, Ap 11.15-19; II Ts 2.8.

 

A derrota final das forças do Anticristo ocorrerá na planície de Armagedom, um dos mais antigos campos de batalha. Serão destruídas pelo poder de Deus, 11 Ts 2.8; Zc 12.1.8. Os exércitos das nações impelidos por demônios somarão muitos milhões (Àp 16.14,16). Sua destruição sobrenatural ocorrerá quando o Anticristo lançar seu ataque final sobre Jerusalém para aniquilar o que restar dos judeus (Zc 14.2,12.16).Repentinamente Cristo aparecerá com poder e glória (Ap 19.11- 15). Com ele virá um exército celestial composto de santos e de anjos (Jd 14; Zc 14.5; Ap 19.14; II Ts 1.7,8). O Anticristo e o falso profeta serão lançados vivos no Lago de Fogo (Ap 19.20), quando então findará o período de sete anos da aliança entre ele e Israel.

 

III. A IGREJA NÃO PASSARA PELA GRANDE -TRIBULAÇÃO.

 

 A Igreja não passará pela Grande Tribulação. Lc 21.36;  I Ts 1.10. Sabemos que, através dos séculos, o povo de Deus tem sofrido perseguições por causa do Evangelho. Crísto mesmo afirmou que, no mundo, teríamos aflições. Agora, todavia, trata-se da Grande Tribulação que, em suma, é a ira de Deus derramada sobre as nações (Ap 6.15-17; 16.1). Os habitantes da terra, ou morrerão sob os juízos ou permanecerão na incredulidade e rebelião contra Deus (Ap 16.9,11,21).

 

 

 

Lembremo-nos, outrossim que, nesses dias, não haverá lugar nenhum em que os homens possam esconder-se dessas catástrofes, Os justos poderão, agora, sofrer a ira do Diabo mas jamais serão alvos da ira de Deus. “...Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançar a salvação mediante nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Ts 5.9).

 

1. Ilustrações comparativas a respeito de livramentos. O papel da Igreja no fim dos tempos é ser uma força que detenha, sob o Espírito Santo, “o espírito do Anticristo que já está no mundo” (1 Jo 2.18-22; li Ts 2.6,7). Mas quando ela for arrebatada, então o espírito do mal terá oportunidade de agir livremente. Tirando.se o sal, a carne logo apodrece. A presença de Ló em Sodoma e Gomorra, embora crente vacilante e bastante comprometido, restringiu a ação do anjo destruidor (Gn 19.22).

 

Só depois que Noé e sua família ficaram seguramente guardados dentro da arca Deus permitiu que o Dilúvio viesse e exterminasse o resto dos homens. Os israelitas, em número de dois milhões, nada sofreram por ocasião das 10 pragas enviadas ao Egito. Deus castigava os egípcios e não ao seu povo, Israel!

 

2. O ensino típico do Velho Testamento. O caso de Enoque é bastante claro. Ele foi arrebatado antes da “tribulação” representada pelo Dilúvio (.Jd 14; Gn 5.24).

 

3. As promessas às igrejas do Apocalipse. As cartas dirigidas as igrejas da Ásia são típicas dos vários períodos históricos da Igreja. Filadélfia, sem dúvida representa a igreja fiel nos dias do arrebatamento. A ela Jesus disse: “Porque guardaste a palavra da minha paciência também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam, na terra” (Ap 3.10). Que podia ser mais claro? Sim, Cristo arrebatará sua Igreja antes que a ira divina venha sobre o mundo durante a Grande Tribulação.

 

4. A comparação entre a trombeta de l Co 15.52 e a de Ap 10.7-13; 11.15-19. Tem surgido muita confusão a esse respeito porque alguns pensam que essas trombetas são idênticas e procuram, com isto, provar que a Igreja passará pela Grande Tribulação. Um estudo mais detalhado das passagens mostrará, no entanto, que não são semelhantes, A trombeta de I Coríntios é instantânea; a de Apocalipse é de juízo prolongado, relacionada com o “segredo de Deus”, com vasta amplitude de tempo. A trombeta de 1 Coríntios executa apenas um ligeiro toque que desencadeará a primeira ressurreição e o arrebatamento da igreja antes da Grande Tribulação.

 

5. Condições necessárias para escapar-se da Grande Tribulação. Jesus ensinou aos discípulos em Lc 21.25-36 que as condições básicas do livramento da Grande Tribulação é:

 

a) Antes de tudo pertencer a ele e ser um dos seus redimidos (v.28);

b) Viver na expectativa da sua vinda, observando os seus sinais (v,3l);

c) Sermos cautelosos para não vivermos e agirmos conforme o mundo (v34); e

d) Sermos vigilantes em todo o tempo (v.36).

 

Lição Bíblicas 1º. Trimestre 1979  - CPAD

 

 

A GRANDE TRIBULAÇÃO

 

Texto Áureo = “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho” (Ap 12.11).

 

VERDADE PRÁTICA = A Grande Tribulação retraia perfeitamente o confronto entre o bem e o mal e a vitória final de Cristo.

 

Leitura Biblica = Mateus 24:21-22 = Apocalipse 7: 13-14; 12:1-12

 

INTRODUÇÃO

 

É o povo de Israel a razão mais evidente da Grande Tribulação. Ele é o alvo principal por causa das suas relações com o plano redentor de Deus para com a humanidade. Israel foi escolhido para representar os interesses divinos na Terra. Mas, lamentavelmente, não foi fiel aos pactos e, por isso, houve a mudança no plano divino. Sua desobediência, prevaricação e idolatria serão castigadas nesse período. No entanto, o propósito de Deus não é só o de castigar Israel, mas também o de mostrar sua fidelidade e amor para com o Seu povo.

 

I. A MULHER VESTIDA DE SOL (Ap 12.1,2)

 

Depois dos vários eventos catastróficos efetivados pela abertura dos sete selos e das sete trombetas, surge um intervalo com uma série de visões e, então, haverá o derramamento das sete taças de pragas sobre a Terra. Três personagens são destacados no capítulo 12 de Apocalipse: a mulher vestida de sol, o grande dragão vermelho e o filho varão.

 

1. Quem é a mulher vestida de sol? Há várias interpretações acerca dessa mulher e o que ela representa. Segundo a linha de interpretação que adotamos entendemos que ela não representa a Igreja de Cristo, uma vez que esta estará no céu com Cristo. Também a mulher não representa a Igreja do Antigo Testamento, nem tampouco representa Maria, a mãe humana de Jesus. Indiscutivelmente, representa o povo de Israel.

 

2. Os símbolos da mulher. Os símbolos que estão em torno da mulher — o sol, a lua e 12 estrelas — estão associados aos filhos de Israel (Gn 37.9; Jr 31.35,36; is 10.12-14; Jz 5.20; SI 89.35-37).

 

II. O GRANDE DRAGÃO VERMELHO (Ap 12.3,4)

 

1. Quem é o grande dragão vermelho. Representa Satanás (Ap 12.9). Essa criatura animalesca e vermelha é a figura do poder do mal e da destruição que virá sobre a nação israelita naqueles dias. O vermelho indica o seu poder sanguinário objetivando matar especialmente a mulher e seu filho.

 

2. O poder do dragão. Um detalhe especial desse dragão são as sete cabeças e dez chifres, além de sete coroas sobre essas cabeças (Ap 12.3). As mesmas características desse dragão aparecem sobre a Besta nos capítulos 13 e 17 de Apocalipse. Os poderes que a Besta (Anticristo) demonstrará nos dias da Grande Tribulação serão advindos de Satanás. As sete cabeças e os diademas sobre elas simbolizam os grandes remos e os poderes desses remos.

Satanás usará de toda a sua força para destruir Israel naqueles dias. Ele é o dragão vermelho que se lançará contra o povo de Deus representado pela mulher.

 

3. Que representam as estrelas do céu? (Ap 12). Alguns intérpretes afirmam que serão homens proeminentes do mundo que se levantarão contra Israel para destruí-lo da face da Terra. Porém, a interpretação mais aceitável indica que se trata de demônios sob a égide de Satanás, os quais, lançados sobre o mundo, promoverão grande desordem moral, social e espiritual no seio da humanidade.

 

III. O FILHO VARÃO (Ap 12.5)

 

1. Quem é o filho varão. Os intérpretes divergem aqui. Há os que afirmam se tratar da Igreja, equivocadamente. Outros entendem que se trata dos mártires da Grande Tribulação, e outros afirmam que esse filho varão representa o remanescente judeu de então.

 

2. Jesus, o mais evidente. A interpretação mais aceitável diz que esse filho varão representa Jesus, uma vez que somente Ele, o Messias, “regerá as nações com vara de ferro”. O Salmo 2 é messiânico e se constitui num rico contexto profético no cumprimento da profecia de Apocalipse 12.5.

 Israel representa a mulher, e o filho varão representa Jesus. Ele nasceu de mulher israelita. Por isso, quando o texto diz que a mulher (Israel) deu à luz um filho varão, está, na realidade, falando do nascimento humano de Jesus.

 

 

Quando fala que o “filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”, refere-se à ascensão vitoriosa de Cristo depois da Sua ressurreição. Há um paralelo entre Ap 12 e Miquéias 5, que identifica a mulher como a nação israelita. Mq 5.2 fala sobre o nascimento dAquele que seria o Senhor em Israel, o Messias. Entretanto, por causa da rejeição deste governante (o Messias) na Sua primeira vinda, a nação foi posta de lado.

 

O texto de Mq 5.3 declara assim: “os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz”, indicando que a nação estará com dores de parto até ao tempo de dar à luz o filho. Também, em Rm 9.4,5 o apóstolo Paulo fala dos israelitas e declara que Cristo veio de Israel, segundo a carne.

 

3. A tentativa inútil do grande dragão contra o filho varão. Satanás, o grande dragão vermelho não conseguirá alcançar o filho varão porque ele foi arrebatado para o seu trono. O filho varão de Israel, arrebatado do poder de Satanás, um dia descerá em grande pompa sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.1-9) e, então, tomará as rédeas do governo mundial sob o poder do Diabo, o Anticristo e o Falso Profeta.

 

Na vinda poderosa do filho, o Anticristo e o Falso Profeta serão lançados no Lago de Fogo (Ap 19.19,20). No mesmo ímpeto da gloriosa vinda do filho varão, o grande dragão, que é Satanás, será amarrado e lançado no Poço do Abismo (Ap 12.7-9; 20.1-3).

 

IV. A FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Ap 12.6)

 

1. O deserto (Ap 12.6). Não se refere aqui especificamente a um lugar geográfico, mas metafórico. Nas terras do Oriente Médio o deserto é o lugar mais apropriado para fugitivos.

A mulher representa a nação de Israel, depois de perseguida pelo grande dragão vermelho, que foge para um lugar de refúgio no deserto, para escapar à fúria do dragão, o Diabo.

 

2. O período do refúgio (Ap 12.6). As pressões sobre Israel serão enormes naquele período, mas o grupo fiel encontrará refúgio por 1.260 dias. No calendário judaico de 360 dias, os 1.260 dias equivalem à metade da semana profética de Daniel 9.27, ou seja, três anos e meio. Essa mesma cifra de 1.260 dias equivale a outras cifras tais como quarenta e dois meses, ou “um tempo, tempos e a metade de um tempo”.

Essa diferença de linguagem não muda o sentido real da profecia, porque a cifra é a mesma. É exatamente o período mais terrível que sobrevirá sobre Israel na sua terra.

 

3. O remanescente judeu (Ap 12.17). No período final da Grande Tribulação, o remanescente judeu, constituído de israelitas fiéis ao antigo pacto, não se submeterá ao sistema do Anticristo, que é a Besta que subiu do mar de Ap 13.1,2, e terá de fugir para o deserto (Ap 12.17). É, sem dúvida, o remanescente judeu salvo na Grande Tribulação.

 

V. UMA BATALHA ANGELICAL NO CÉU (Ap 12.7-9)

 

1. O arcanjo Miguel. Nessa batalha os anjos de Deus sob o comando do arcanjo Miguel, o protetor dos filhos de Israel, abatem completamente os anjos caídos sob o comando de Satanás, o grande dragão vermelho. É interessante notar que Miguel está ligado ao destino do povo de Israel (Dn 12.1). Ele é o guardião dos interesses divinos para com Israel, conforme vemos em Dn 10.13,21; Jd 9.

 

2. Satanás, o dragão vermelho. Nessa batalha vemos o esforço de Satanás para neutralizar o plano vindicativo de Deus através dos anjos na história do mundo e, especialmente, quanto a Israel. E um conflito entre o bem e o mal. Satanás é o grande dragão vermelho que, mais uma vez investe contra o poder de Deus representado pelo arcanjo Miguel e seus anjos. Mas o dragão é derrotado fragorosamente e expulso do céu. Os seus domínios foram desfeitos.

 

3. A vitória do bem sobre o mal. Na visão de João, o dragão quis devorar o filho varão da mulher, mas foi impedido por uma força maior, uma milícia superior a dele. Essa batalha indica que os poderes de Satanás foram reduzidos, e o mundo começa a se preparar para receber o Messias. Aprendemos aqui que o direito sempre terá de triunfar sobre o erro, o bem sobre o mal, a verdade sobre a mentira. As vantagens de Satanás foram anuladas para que a vitória do povo de Deus prevalecesse no mundo. No texto de Ap 12.9, o dragão vermelho é definido como “o acusador” (Diabo), a antiga serpente”.

 

CONCLUSÃO

 

Depois da vitória de Miguel e seus anjos contra o dragão e seus aliados (demônios), diz a Bíblia que houve regozijo e alegria no céu (Ap 12.10). Esta alegria resulta do fato que a Grande Tribulação findará para Israel e para o mundo, quando Cristo voltar gloriosamente.

 

Lições bíblicas CPAD 1998

 

 

 

 

 

A GRANDE TRIBULAÇAO

 

Mt 24.21: “Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.

 

Começando com 24.15, Jesus trata de sinais especiais que ocorrerão durante a grande tribulação (as expressões “grande aflição”, de 24.21, e “grande tribulação”, de Ap 7.14, são idênticas no grego). Tais sinais indicam que o fim dos tempos está muito próximo (24.15-29). São sinais conducentes à, e indicadores da volta de Cristo à terra, depois da tribulação (24.30,31; cf.Ap 19.11—20.4).

 

O maior desses sinais é “a abominação da desolação” (24.15), um fato específico e visível, que adverte os fiéis Vivos durante a grande tribulação de que a vinda de Cristo à terra está prestes a ocorrer.

 

Esse sinal-evento, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo (ver Dn 9.27 nota; 1 Jo 2.18; o Anticristo, também chamado o homem do pecado colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele mesmo Deus (2 Ts 2.3,4; Ap 13.14,15). Seguem-Se fatos salientes a respeito desse evento crítico.

 

(1) A “abominação da desolação” marcará o início da etapa final da tribulação, que culmina com a volta de Cristo à terra e o julgamento dos ímpios em Armagedom (24.21 ,29,30; ver Dn 9.27;Ap 19.11-21).

 

(2) Se os santos da tribulação atentarem para o fator tempo desse evento (“Quando, pois, virdes”, 24.15), poderão saber com bastante aproximação quando terminará atribulação, época em que Cristo voltará à terra (ver 24.33 nota), o decurso de tempo entre esse evento e o fim dos tempos é mencionado quatro vezes nas Escrituras como sendo três anos e meio ou 1260 dias (ver Dn 9.25-27; Ap 11.1,2; 12.6; 13.5-7).

 

Por causa da grande expectativa da volta de Cristo (24.33), OS santos daqueles dias devem acautelar-se quanto a informes afirmando que Cristo já voltou. Tais informes serão falsos (24.23-26). A “vinda do Filho do homem” depois da tribulação será visível e conhecida de todos os que viverem no mundo (24.27-30; Ap 1.7).

 

Outro sinal que ocorrerá, então, será o dos falsos profetas que, a serviço de Satanás, farão “grandes sinais e prodígios” (24.24).

 

 

(1) Jesus admoesta a todos os crentes a estarem especialmente alerta para discernir esses profetas, mestres e pregadores que se declaram cristãos sendo falsos, porém apesar disso, operam milagres, curas, sinais e maravilhas e que demonstram ter grande sucesso nos seus ministérios. Ao mesmo tempo, torcerão e rejeitarão a verdade da Palavra de Deus (ver 7.22 ).

 

(2) Noutra parte, as Escrituras admoestam os crentes a sempre testarem o espírito que atua nos mestres, líderes e pregadores (ver 1 Jo 4.1). Deus permite o engano acompanhado de milagres, a fim de testar os crentes no tocante ao seu amor por Ele e sua lealdade àS Sagradas Escrituras (Dt 13.3). Serão dias difíceis, pois Jesus declara em 24.24, que naqueles últimos tempos o engano religioso será tão generalizado que será difícil até mesmo para “os escolhidos” (i.e., os crentes dedicados discernem entre a verdade e o erro (ver 1 Tm 4.16; Tg 1.21 ).

 

(3) Quem entre o povo de Deus não amar a verdade será enganado. Não terá mais oportunidade de crer na verdade do evangelho, depois do surgimento do Anticristo (ver 2 Ts 2.11 nota). Finalmente, a “grande tribulação” será um período específico de terrível sofrimento e tribulação para todos que viverem na terra. Observe:

 

(1) Será de âmbito mundial (ver Ap 3.10).

 

(2) Será o pior tempo de aflição e angústia que já ocorreu na história da humanidade (Dn 12.1; Mt 24.21).

 

(3) Será um tempo terrível de sofrimento para os judeus (Jr 30.5-7).

 

(4) O período será controlado pelo “homem do pecado” (i.e., o Anticristo; cf. Dn 9.27; Ap 13.12).

 

(5) Os fiéis da igreja de Cristo recebem a promessa de livramento e “escape” dos tempos da tribulação (ver Le 21.36; 1 Ts 5.8-10; Ap 3.10).

 

(6) Durante o período da tribulação, muitos entre os judeus e gentios crerão em Jesus Cristo e serão salvos (Dt 4.30,31; Os 5.15; Ap 7.9-17; 14.6,7).

 

(7) Será um tempo de grande sofrimento e de perseguição pavorosa para todos quantos permanecerem fiéis a Deus (Ap 12.17; 13.15).

 

(8) Será um tempo de ira de Deus e de juízo seu contra os ímpios (1 Ts 5.1-11; Ap 6.16,17).

 

 

(9) A declaração de Jesus de que aqueles dias serão abreviados (24.22) não pressupõe a redução dos três anos e meio, ou 1260 dias preditos. Pelo contrário, parece indicar que o período é tão terrível que se não fosse de curta duração a totalidade da raça humana seria destruída.

 

(10) A grande tribulação terminará quando vier Jesus Cristo em glória, com sua noiva (Ap 19.7,8,14), para efetuar o livramento dos fiéis remanescentes e o juízo e destruição dos ímpios (Ez 20.34-38; Mt 24.29-31; Lc 19.11-27; Ap 19.11-21).

 

(11) Não devemos confundir essa fase da vinda de Jesus, no fim da grande tribulação, com a sua descida imprevista do céu, em 24.42-44 (ver notas sobre estes versículos, que tratam da vinda de Jesus, na sua fase do arrebatamento dos crentes), a qual ocorrerá num momento diferente do da sua volta final, no fim da tribulação.

 

(12) O trecho principal das Escrituras que descreve a totalidade da tribulação de sete anos de duração é encontrado em Ap 6—18.

 

Evangelista Isaias Silva de Jesus

 

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

 

Bíblia de Estudo Pentecostal

 

 

 

 

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