2 de março de 2016

ESTUDO 02 = MILÊNIO UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA



MILÊNIO UM TEMPO GLORIOSO PARA A TERRA

Texto Áureo = “(..) que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos.” (Ap 204)

Verdade Prática = O mundo conhecerá o reinado de Jesus durante o Milênio. Será um tempo de paz e harmonia jamais visto.

LEITURA BÍBLICA  = Apocalipse 20.1-6

INTRODUÇÃO

O Reino Milenial de Cristo

O arrebatamento foi discutido lições anterior. Mas vale considerar novamente o trecho de Tito 2.11-14: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente, aguardando a bem- aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniqüidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.


A REVELAÇÃO DE CRISTO

A revelação de Cristo é a segunda fase da segunda vinda; ocorrerá algum tempo após o arrebatamento, que terá sido a primeira fase. Nessa maravilhosa ocasião, os pés de Jesus estarão “sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul... “Então virá Senhor meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor” (Zc 14.4,5).

A promessa de uma descida literal à terra foi corroborada pelos mensageiros angelicais que anunciaram à multidão espantada, na ascensão de Cristo: Ele retornaria, “assim como para o céu o vistes subir” (At 1.11). Tendo Ele partido do monte das Oliveiras à vista de todos, pode-se concluir que retornará de forma visível ao mesmo local.

Apocalipse 1.7 aponta para essa vinda pública de Cristo: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que os traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém”.
Quando Cristo retornar ao mundo em poder e glória, na fase da revelação de sua segunda vinda, trará com Ele os seus santos (Jl 3.11; 1 Ts 3.13;Jd 14).

Há vários propósitos na revelação. Jesus virá para revelar-se e mostrar os seus santos. O arrebatamento ocorrerá de súbito, aparentemente oculto à visão das pessoas do mundo,. que não têm discernimento. A revelação, porém, será pública. Pessoas que não o quiseram reconhecer durante a era da Igreja e que preferiram ignorar o desaparecimento de milhares de pessoas - o arrebatamento - serão forçadas a reconhecer o Rei dos reis quando este revelar-se (Jl 3.11,12; Zc 14.5; Mt 16.27; 24.29-3 1; Cl 3.4; 1 Ts 3,13; 1 Jo 3.2).

Ele virá em poder e glória para julgar os seus inimigos. A besta, o Falso Profeta e os exércitos que deram apoio aos adversários de Deus sofrerão a ira do Juiz. Forças terríveis, atuantes num tempo de tribulação sem precedentes, serão derrubadas e destruídas (2 Ts 2.8,9).

Os maus espíritos que sairão da besta, do Falso Profeta e do dragão (Satanás) dirigir-se-ão a Jerusalém para conquistá-la, no fim Grande Tribulação (Zc 12.1-9; 13.8,9; 14.12; Ap 16.12-16).

E, quando a vitória do mal parecer iminente, o Senhor Jesus descerá do Céu com seus exércitos de valentes, provavelmente incluindo tanto os santos quanto os anjos (Ap 19.11-16). Cristo, o Rei, triunfará maravilhosamente nesse momento crítico, e os líderes das hostes ímpias O serão lançados no lago do fogo (SI 2.3-9; 2 Ts 2.8; Ap 19.19,20), Dessa maneira abrir-se-á o caminho para o governo terreno de Cristo, a inauguração de um novo regime conhecido como o Milênio, “Milênio”- vem do latim mille, “mil”, e annus, “ano”.

A revelação de Cristo, por ocasião de sua segunda vinda, não somente esmagará o poder do maligno, ou seja, o Falso Profeta e a besta, mas também amarrará o próprio Satanás (Rm 16.20; Ap 20.1,2). Por 1000 anos ele permanecerá amarrado, antes de sua eventual libertação e confinamento ao lago do fogo, com o restante de seus emissários.

O MILÊNIO

O retorno de Jesus, com poder e grande gloria, é vivida- mente descrito em Apocalipse 19.11-16: E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
E seguiam-no os no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com cetro de ferro, e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

O cavalo branco indica que Cristo virá como poderoso conquistador. “Fiel e Verdadeiro” significa que Ele é genuíno e real: o mesmo Jesus (a Palavra Viva) que nasceu em uma manjedoura. Suas vestes tintas de sangue apontam para o fato que Ele é o mesmo que morreu na cruz. “As regerá com um cetro de ferro” significa, literalmente, “fazer o papel de pastor com um cetro de ferro”.

Isto, juntamente com o fazer a guerra, empunhando uma aguda espada, será cumprimento de Daniel 2.34,35,44,45, onde a “pedra” destruirá os remos deste mundo e se tornará um reino que encherá a terra inteira. As vestiduras de “linho finíssimo” dos exércitos que o seguirão identificam-se com a Igreja (Ap 17.14; 19.8), a qual desde o tempo do arrebatamento estará com o Senhor para sempre (1 Ts 4.17).

PONTOS DE VISTA DO MILENISMO

A Igreja Primitiva acreditava que Cristo retornaria para estabelecer o seu Reino e reinar em Jerusalém como o verdadeiro e final Herdeiro do trono de Davi. Aceitava-se como literal a promessa de Jesus de que os 12 apóstolos sentar-se-iam sobre 12 tronos, para julgar e governar as 12 tribos do Israel já restaurado (Mt 19.28).

Paulo elogiou os crentes de Tessalônica porque, deixando os ídolos, “vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus a seu Filho, a quem ressuscitou dos mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Ts 1.9,10).

Eles podiam identificar-se com aqueles que cantarão o novo cântico de Apocalipse 5.9,10, que celebra não somente a redenção pelo sangue do Cordeiro, mas também o fato de que Cristo os tornará reis e sacerdotes, e que reinarão sobre a terra.
Conforme o tempo se foi passando, a esperança de alguns crentes se esfriava. Mas houve quem continuasse, nos primeiros séculos do Cristianismo, a enfatizar o reino milenial de Cristo sobre a terra. Eles eram às vezes chamados pelo apelido de “quiliastas”, derivado da palavra grega xilía, “mil”.



Então, após ter sido o Cristianismo proclamado religião oficial do império romano, começou a mudança. Os pastores das igrejas não mais assumiam o papel de líderes-servos. O Pelo contrário, seguiam o padrão de governo do Império romano, constituindo uma hierarquia própria.

Quando a capital do império romano mudou-se de Roma para Constantinopla, criou-se um vácuo político em Roma; mas então o bispo de Roma entrou nesse vazio para assumir a liderança política, fazendo da sé um trono. Os demais bispos começaram a olhar para suas igrejas como bases de poder, pois sua atenção desviara-se da bendita esperança, preferindo o poder e a autoridade terrenos.

Como resultado, o pós-milenismo (“pós” significa “depois” - em outras palavras, acreditavam que o retorno de Cristo dar-seja depois do “atual” Milênio) surgiu em cena, ensinando que o reino milenar, iniciado na ressurreição de Cristo, terminará com sua segunda vinda.

Com isso estavam afirmando que não haveria um futuro Reino de Deus sobre a terra. Agostinho, bispo de Hipona, no Norte da Africa (396 - 430 d. C.), provavelmente foi um dos principais promotores desse tipo de pós-milenismo, embora seja também considerado um dos vultos entre os amilenistas. O único reino com que os advogados desse ensino se preocupavam era o que podiam edificar para si mesmos, usando as pessoas como servos.

Posteriormente, apareceu em cena o amilenismo, ensinando que não haveria milênio algum na terra (o “a” inicial significa “não”). Esses pontos de vista foram transportados para as igrejas protestantes da Reforma. Visto que negavam o Milênio, não tinham espaço em seus sistemas teológicos para a restauração terrena de Israel. Por conseguinte, as profecias veterotestamentárias respeito desse reino e de Israel eram espiritualizadas e aplicadas à Igreja. Declarou-se que Israel, por ter rejeitado a Jesus como o Cristo, perdera todas as promessas que Deus lhe fizera. Também o livro de Apocalipse foi espiritualizado.

Afirmava-se que Satanás estava amarrado à cruz, pelo que o Evangelho poderia ser propagado de maneira maravilhosa, sem os empecilhos lançados pelo diabo. Ensinava-se também que, retornando Cristo, Milenial haveria um julgamento geral e simultâneo de justos e injustos. Ele então estabeleceria imediatamente o seu Reino eterno, sem nenhum milênio.

Mais tarde ainda, os amulenistas passaram a ensinar que qualquer milênio que possa haver, está acontecendo agora (ou espiritual, sobre a terra, ou então, no Céu). Algumas vezes é difícil distinguir os pósmilenistas dos amilenistas. Eles compartilham grande parte de seus ensinos; ambos espiritualizam pesadamente as Escrituras.
Admitimos que o livro de Apocalipse usa figuras de linguagem. Mas elas representam realidades, O Anticristo é retratado como uma fera, mas será uma pessoa real, conforme 2 Tessalonicenses 2. Também há declarações indubitavelmente literais em Apocalipse, especialmente nos capítulos iniciais e finais, Os 1000 anos são mencionados seis vezes no capítulo 20. Repetição, na Bíblia, indica ênfase, o que nos dá motivo para tomá-los literalmente. E, embora o tipo de corrente que amarrará Satanás não seja especificado, não há dúvidas de que ele estará acorrentado durante o Milênio.

Também está claro, nas Escrituras, que Satanás não foi amarrado à cruz. Cristo realmente ‘ressuscitou, vitorioso. A cruz e a ressurreição de Cristo são a garantia da derrota final de Satanás. Não obstante, a Bíblia declara que o inimigo do crente “anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar”, e que a nós compete resistir-lhe “firmes na fé” (1 Pe 5.8,9).

Continuamos na necessidade de nos revestir de toda a armadura de Deus, pois continuamos em uma batalha espiritual e precisamos usar o escudo da fé, “com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno” (Ef 6.10-18). Entretanto, Apocalipse 20.2,3 revela que Satanás será amarrado e lançado no abismo, o qual será fechado e selado sobre ele, “para que não mais engane as nações até que os mil anos se acabem”. Por conseguinte, a prisão de Satanás só terá lugar quando Cristo voltar gloriosamente.

Em tempos mais recentes, surgiu outra forma de pós- O milenismo. Seus advogados fazem do milênio uma extensão da era da Igreja, ensinando que nesse tempo haverá uma grande propagação do Cristianismo sobre a face da terra. E então, quando a Igreja converter o mundo todo, Jesus retornará para julgar justos e injustos, ao mesmo tempo. Os que defendem esse ponto de vista usualmente afirmam que, a menos que se acredite na conversão do mundo antes da volta de Jesus, a crença no Evangelho não é verdadeira.

Outra moderna corrente pós-milenista tem capturado a imaginação de muitos (entre os quais incluem-se os defensores de idéias como “Reino Agora”, “Restauracionismo” e “Teologia do Domínio”; ver L. Thomas Holdcroft, “Is the Kingdom Now?” The PentecostalMinister, outono de 1988, págs. 15-19).

Chegam ao extremo de dizer que devemos nos reconhecer como pequenos deuses e tomar os remos deste mundo. E, quando isso for feito, Jesus virá, e lhe entregaremos esses remos. A semelhança dos outros pós-milenistas e amilenistas, os defensores dessa corrente espiritualizam as claras profecias da Bíblia e distorcem-nas, para que se ajustem à sua doutrina.

A idéia de que o mundo deve converter-se e os remos do mundo conquistados pela Igreja antes da volta de Jesus é produto não das Escrituras, mas de pensamentos humanos. Qualquer teoria pode parecer lógica, se forem deixados de lado alguns fatos. Mas quando buscamos as Escrituras, vemos Jesus alertando a seus discípulos de que parte da semente do Evangelho cairia à beira do caminho, outra parte sobre terreno pedregoso e outra ainda entre ervas daninhas. Uma quarta parte cairia em bom terreno, mas também haveria muita oposição (Mt 13.1-23).

Em Mateus 24, Jesus adverte sobre os mestres e profetas falsos que se levantariam. Alertou também que, perto do fim, eles se tornariam piores. O livro de Atos mostra-nos como a Igreja cresceu em número e como a oposição também cresceu e continuou.

Não há conclusão formal no livro de Atos, pelo que podemos esperar que a mesma situação prossiga por toda a era da Igreja. Tanto Paulo quanto Pedro anunciam que, conforme nos aproximarmos do fim desta era, haverá “tempos trabalhosos”, difíceis para os cristãos viverem (2 Tm 3.1-5; 1 Pe 4.12-19; 2 Pe 3.3).

Tudo indica que o Reino de Deus virá através de julgamento. A grande imagem vista por Nabucodonosor, no segundo capítulo de Daniel, é uma representação do sistema do mundo, incluindo sua seqüência de impérios, segui- dos pelos pés de ferro e barro: uma mistura de estados nacionalistas, alguns fortes, outros quebradiços, que se subdividem repetidamente.

Embora Babilônia tenha cedido lugar à Média-Pérsia, que cedeu lugar à Grécia, que cedeu lugar a Roma, que cedeu lugar à variedade de estados, a imagem de Nabucodonosor permanece de pé. Temos conosco a astrologia babilônica, a ética da Média-Pérsia, a filosofia grega e as idéias romanas (isto é, de que o poder é o direito). Nunca houve, realmente, uma nova ordem mundial. Entretanto, surgirá em cena a pedra, representando Cristo e seu reino. Ela não penetrará na imagem e nem a transformará.

Antes, atingir-lhe-á os pés — o presente sistema mundial —, e a imagem inteira será reduzida a pó, e o pó será soprado pelo vento. Somente então a pedra tornar-se-á uma grande montanha, representando o reino milenial de Cristo a encher a terra. Até mesmo o que chamamos de coisas boas, no presente sistema mundial, terá de ser destruído, para abrir caminho às coisas melhores do Milênio, conforme Salmos 2.8,9; 2Tessalonicenses 1.7,8; Apocalipse 12.5; 19,11-21. Apocalipse 2.26-29 indica ainda que todos os crentes fiéis — os vencedores — estarão com Cristo e compartilharão de seu triunfo, tomando parte na ação, com vara de ferro, a esmigalhar as nações, como se fossem “feitas de argila”. Por conseguinte, a vara de ferro e o ato de despedaçar devem anteceder o estabelecimento do reino milenial, e não ser o próprio Milênio.
A posição pré-milenista é a única que toma a Bíblia tão literalmente quanto ela o requer (os pré-milenistas acreditam que Jesus retornará antes do Milênio). Acredita no cumprimento das profecias tanto para a Igreja quanto para Israel, e espera pela vinda de Jesus, para que Ele cumpra a promessa de assentar-se no trono de Davi e estabelecer o seu Reino na face da terra.

PROMESSAS NACIONAIS DE DEUS A ISRAEL

Deus prometeu a Abraão bênçãos pessoais, à sua numerosa descendência (Israel) e à todas as famílias da terra (Gn 12.3; 17.5,7; 22.17,18). Colocando-se de outra maneira, a promessa feita a Abraão inclui a sua descendência, a terra e as nações. A descendência incluía tanto uma numerosa descendência — Israel — quando um descendente único — Jesus Cristo — por meio de quem viriam as futuras bênçãos da redenção e o Espírito Santo.

A terra também estava incluída na promessa feita a Abraão e a Israel (Deus prometeu-lhe a terra entre o rio Eufrates e o rio do Egito, Gn 15.18,19). Ezequiel viu a futura restauração do território, especialmente nos capítulos 36 e 37 de seu livro. O profeta enfatiza a importância do nome do Senhor, que representa sua natureza e caráter. Ele viverá à altura de seu nome, e será sempre o Deus fiel que afirma ser.

Deus restaurará Israel tanto material quando espiritualmente, embora tenha ele profanado o seu santo nome. Mas o fará para honrar o seu nome, ou seja, demonstrar sua natureza e caráter santos. Essa é a santidade de Deus, mediante a qual Ele se dedicou a levar avante sua vontade e seu plano. Em conseqüência, não há maneira de espiritualizar a profecia de Ezequiel, e aplicá-la à Igreja.

Ezequiel 36.24-27 mostra-nos que Deus trará os judeus de todos os países e os levará de volta à sua terra. Em seguida, os purificará, restaurá-los-á espiritualmente e porá seu Espírito dentro deles. Em outras palavras, eles voltarão à sua terra na incredulidade. O capítulo 37 de Ezequiel diz a mesma coisa por meio de uma visão simbólica, onde, pelo Milenial poder da palavra profética, ossos secos se ajuntaram (carne, músculos e pele os cobrem), mas eles não estão respirando.

Então, é ordenado a Ezequiel que profetize de novo. Assim, por uma ação posterior à palavra profética, a vida entra naqueles cadáveres. Os ossos secos retratam Israel espalhado entre as nações, sua esperança completamente seca. Isso não aconteceu durante os 70 anos do exílio babilônico, porquanto Jeremias profetizara o retorno após setenta anos. Mas, depois que as 12 tribos foram novamente espalhadas, entre os anos 70 e 135 da nossa era, os judeus atravessaram os séculos sem nenhuma esperança de voltar à Terra Prometida.

Por conseguinte, Ezequiel olha para uma futura restauração de Israel. Mas Deus não revelou quanto tempo passaria até a restauração espiritual. Com base nesta passagem, entretanto, torna-se claro que a terra continua sendo parte importante da promessa de Deus. A Lei de Moisés foi adicionada à promessa (01 3.19) — sem desfazer-se dela ou de parte dela. Quando o trabalho da Lei foi encerrado, a promessa continuou de pé, e até hoje é importante porção da Palavra de Deus. A fidelidade de Deus garante, assim, que Israel será restaurado à sua terra.

O trecho de Isaías 65.17 fala de Deus a criar novos céus e nova terra, no futuro. O versículo 18 começa com um forte pronome adversativo (no hebraico, ki- ‘im), traduzido por “mas” em nossa versão portuguesa (ver William L. Holladay, A Concise Hebrew and Araniaic Lexicon of the Old Testament, Grand Rapids; Wm. B. Eerdmans Pub. Co., 1971, pág. 156).

Em outras palavras, embora haja novos céus e nova terra, as profecias sobre Jerusalém terão seu cumprimento. O resto do capítulo refere-se às condições do Milênio, pois não se ajusta à descrição dos novos céus e da nova terra de Apocalipse. Antes, é paralelo às descrições do reino milenial, em Isaías 11.4-10.

O apóstolo Paulo tinha um grande amor pelo povo de Israel, que então rejeitara o Evangelho. Estava disposto a desistir da própria salvação eterna, se isto garantisse a salvação deles (Rm 9.1-5). Ele sabia que isso seria impossível, mas demonstra o quanto os amava. E pergunta, em Romanos 11.1: “Porventura, rejeitou Deus o seu povo?” Ele mesmo responde: “De modo nenhum!” (no grego, me genoito). Deus jamais permitirá que isso aconteça. Está claro que Deus não rejeitou o seu povo! E o contexto mostra que a Bíblia está falando de um Israel literal, e que Deus não alterou suas promessas.

Lembremo-nos, ainda, que os 12 apóstolos julgarão, ou governarão, as 12 tribos de Israel (Mt 19.28; Lc 22.30). Isso requer uma restauração literal de Israel. Não há como a Igreja possa vir a ser dividida em 12 tribos.

Assim, a visão pré-milenista é a única que permite a restauração de Israel como nação e o cumprimento literal das profecias de paz e bênção que Isaías e outros profetas previram:

1. Haverá paz universal: “E ele exercerá o seu juízo sobre as nações e repreenderá a muitos povos; e estes converterão as suas espadas em enxadões e as suas lanças, em foices; não levantará espada nação contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Is 2.4).


2. A glória do Senhor descansará num templo reconstruído. Ezequiel viu a glória partindo (Ez 9.3; 10.4,18; 11.23). Mais tarde, ele a viu voltando: “E eis que a glória do Deus de Israel vinha do caminho do oriente.., e eis que a glória do Senhor encheu o templo” (Ez 43.2,5).

3. Jesus restabelecerá o trono de Davi: “Eis que vêm dias, diz o Senhor em qi.e levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).

4. Haverá alegria: “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com júbilo; alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido” (Is 35.10; ver 51.11; 55,12; 61.10; Jr 31.12).

5. A terra será abençoada: “Farei descer a chuva a seu tempo, chuvas de bênção serão. E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra” (Ez 34.26,27 - os pontos acima foram adaptados de Ernest Swing Williams, Systematíc Theology, vol. 3, Springfield, Mo.: Gospel Publishing House, 1953, págs. 235 e 236.

O Milênio será um tempo glorioso. O mundo será purificado de sua atual poluição e será renovado para atingir um estado superior ao do Eden antes da queda (Horton, Ultima te Víctory, págs. 293-298; ver Si 2.8; 24.7,8; Is 9.7; 11.6-19; 35.1,2; 61.3; Ez 40-48; Dn 2.44; Os 1.10; 3.5; Am 9.11-15; Mq 4.1-8; Zc 8.1-9; Mt 8.11; 19.28; At 15.16-18; Ap 2.25- 28; 11.15).

Entretanto, nossa esperança não está fixada somente no futuro. Temos encorajamento para o presente em Atos 3.19, onde Pedro fala sobre tempos de refrigério. O grego indica que sempre que as pessoas se arrependem (mudando seus corações, mentes e atitudes), seguem-se tempos de refrigério — até a volta de Jesus. Assim sendo, a bendita esperança deveria despertar-nos a buscar agora mesmo o reavivamento.

Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Livro:- Doutrinas bíblicas William W. Menzies – Stanley M. Horton





O MILÊNIO - O REINO DO MESSIAS

TEXTO ÁUREO = “Bem aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.6).

VERDADE PRÁTICA = O Milênio não é uma fantasia nem uma criação poética. É o Reino de Deus que o Senhor Jesus Cristo, juntamente com a sua Igreja, implantará neste mundo logo após a Grande Tribulação.

LEITURA BÍBLICA = APOCALIPSE 20.14

INTRODUÇÃO

O Século 21, aguardado ansiosamente como um novo recomeço para a humanidade, viu-se turbado pelos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001. Aquele atentado, que atingiu o coração da mais poderosa nação do planeta, haveria de desdobrar-se em guerras e desentendimentos. De repente, todo o sonho de paz desfazia-se em pesadelos, tornando inevitável a pergunta: O que nos reserva o futuro?

A Bíblia Sagrada mostra que, apesar de nossos temores, haverá uma era de tranqüilidade e refrigério. Isto acontecerá quando o Senhor Jesus, logo após o Arrebatamento da Igreja e da Grande Tribulação, vier a este mundo instaurar o Milênio. Nesta lição, veremos que o Milênio, ao contrário do que muitos alegam, tem sólidas bases bíblicas.

1. O QUE É O MILÊNIO

O termo “Milênio” não consta do texto bíblico, mas a expressão correspondente (“mil anos”), sim. Não obstante, a doutrina do Milênio é essencialmente bíblica e consistentemente teológica.

1. Definição. O Milênio é um período de mil anos durante o qual Cristo há de reinar plenamente sobre o mundo, de acordo com o que explicita João no Apocalipse (20. 1-5). Trata-se de um reino literal, cujo principal objetivo é a exaltação de Jesus não somente como o Messias de Israel, mas como o Desejado de todas as nações (Ag 2.7).

2. O Milênio e o Reino de Deus. O Milênio pode ser considerado ainda a manifestação plena do Reino de Deus na terra. E isto nada tem a ver com a doutrina de algumas seitas que, renegando as verdades bíblicas acerca do arrebatamento da Igreja, ensinam que este mundo haverá de melhorar, pouco a pouco, até transformar-se num paraíso.


II. QUANDO SERÁ O MILÊNIO

O Milênio terá início logo após a Grande Tribulação, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, na companhia de todos os seus santos, houver aniquilado o dragão, o falso profeta e a besta (Ap 19.11-2 1). O Milênio, por conseguinte, dar-se-á, logicamente, depois do arrebatamento da Igreja. Neste período, Satanás estará amarrado até que se completem os mil anos.
Em seguida, importa que ele seja solto por um pouco de tempo, até que seja definitivamente lançado no lago de fogo (Ap 20.2, 7, 10). Ver também Mt 25.41.

III. QUEM ESTARÁ NA TERRA DURANTE O MILENIO

Estarão na terra, durante o Milênio, o povo de Israel e os gentios que houverem sobrevivido à Grande Tribulação e ao juízo das nações (Mt 25.31-41). A Igreja, como já o dissemos, estará, juntamente com Cristo, regendo o mundo. Afinal, dele recebemos esta promessa (Ap 2.26,27).

Não sabemos exatamente em que lugar encontrar-se-á a Igreja durante o Milênio: se no céu ou se entre a terra e o céu. De uma coisa temos absoluta certeza: com os nossos corpos já glorificados, estaremos reinando juntamente com Jesus. Aleluia! Onde estará o rei, aí também estará o seu reino e os seus súditos. Os maravilhosos detalhes desse evento encontram-se de posse do Rei dos reis.

IV. OBJETIVOS DO MILÊNIO

O Milênio será implantado, tendo vários objetivos bem definidos:

1. Exaltar a Cristo. Todos os povos, principalmente Israel, terão de se curvar ante Jesus Cristo, cujo nome será sublime e soberanamente exaltado como o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Fp 2.5-11; Ap 19.16). Ler também 1 Co 15.24-26.

2. Manifestar o Reino de Deus na sua plenitude. Na Oração Dominical, o Senhor Jesus ensinou-nos a orar: “Venha o teu reino” (Mt 6.10). Esta petição será plenamente respondida quando vier o Senhor Jesus, juntamente com a sua Igreja, inaugurar o Milênio — a exposição mais visível do Reino de Deus na terra.

3. Mostrar que este mundo pode ser administrado com justiça e eqüidade. Em conseqüência da corrupção e dos desmandos administrativos dos governantes população da terra é assolada pela fome, pela falta de habitação e por muitas outras necessidades básicas. Todavia, quando Cristo instaurar o seu governo, mostrará que todos esses problemas podem ser rápida e perfeitamente solucionados.

4. Deixar bem claro que os remos deste mundo pertencem a Cristo. No deserto, Satanás tentou a Cristo, alegando serem dele todos os remos deste mundo. Na verdade, tudo pertence a Jesus: “Os remos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). Desta forma, cumprir-se-á a aliança que Deus estabeleceu com a casa de Davi, da qual veio, legalmente, o Senhor Jesus (Is 9.7; Dn 7.14).

V. COMO SERÁ O MILÊNIO

O Milênio será um reino não somente de bênçãos espirituais, como também materiais, conforme o explicitam as Sagradas Escrituras. Por conseguinte, o Milênio:


1. Terá início com um grande derramamento do Espírito Santo. Profetiza Zacarias que, quando os israelitas se virem cercados pelas nações da terra, para destruí-los, clamarão angustiados pelo socorro divino. Nessa ocasião crucial, Jesus haverá de se manifestar com grande poder e majestade sobre Jerusalém e, juntamente com sua Igreja glorificada, livrará Israel de certeira destruição. Israel pranteará humilhado e arrependido, aceitando o Senhor Jesus, a quem rejeitaram na sua primeira vinda (Zc 12.9,10; 13.1; 14.2- 9; Ap 1.7; Is 66.15,16).

Neste exato momento, experimentarão uma grande efusão do Espírito Santo: “E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e o prantearão como quem pranteia por um unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc 12.10).

2. Será um período de grande conhecimento da Palavra de Deus. “E virão muitos povos e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR” (Is 2.3). Diz ainda Isaías: “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar” (Is 11.9). Jerusalém será não somente a sede do governo messiânico como também o centro de adoração divina (Zc 14.16).

3. Será um tempo de paz universal. “E julgará entre muitos povos e castigará poderosas nações até mui longe; e converterão as suas espadas em enxadas e as suas lanças em foices; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra” (Mq 4.3).

4. Será uma era de abundante saúde física e mental. “Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos e não temais; eis que o vosso Deus virá com vingança, com recompensa de Deus; ele virá, e vos salvará. Então, os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então, os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará, porque águas arrebentarão no deserto, e ribeiros, no ermo” (Is 35.3-6).

5. Será uma era de prosperidade, segurança e vida longa. “Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice” (Is 65.22).

6. Será um período de plena recuperação ecológica da terra. “O deserto e os lugares secos se alegrarão com isso; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá e também regozijará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do SENHOR, a excelência do nosso Deus” (Is 35.1,2).

7. Israel habitará seguro, e estará de posse de todo o território que o Senhor prometera a Abraão. O capítulo 48 de Ezequiel descreve, em detalhes, os termos que as doze tribos de Israel ocuparão no período do Milênio. Será um território muito maior e muito mais amplo em relação ao ocupado hoje pelo Estado de Israel.

CONCLUSÃO

Ora, se o Milênio é tão maravilhoso, o que não diremos da Nova Jerusalém? O primeiro, apesar de suas realizações, será imperfeito e temporário; o segundo não, pelo contrário, há de ser eterno e perfeitíssimo. Já pensou quando entrarmos naquela cidade, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus? Como descrever a formosa cidade? Senhor Jesus, ajuda-nos a cumprir nossa carreira neste mundo, para que possamos adentrar na Jerusalém Celeste. Queremos a tua companhia; desejamos ver o teu rosto. Sê conosco, meigo Salvador.

Lições bíblicas CPAD 2004



O REINO MILENIAL DE CRISTO – 01

Texto áureo = “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar... e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.” Ap 20.4.

Verdade prática = A humanidade inteira e toda a criação aguardam com ansiedade, em consciência ou não, a gloriosa era de paz a ser implantada na terra o reino milenial de Cristo!

LEITURA BIBLICA EM CLASSE = Ap 20.1-15

INTRODUÇÃO

Nesta lição estudaremos acerca do maior e mais esplendoroso reino neste mundo, predito pelos profetas do Antigo Testamento e confirmado pelo próprio Rei. Esta lição apresenta apenas uma síntese do que será o Milênio conforme as profecias que encontramos na Bíblia. Com essa lição chegamos a um ponto altamente importante da Escatologia Bíblica, pois trata-se da é- peca em que Cristo tomará as rédeas do governo do mundo e reinará aqui por mil anos, com seus santos, tendo Israel corno sede do governo mundial.

1.0 MILÉNIO E SEUS PROPÓSITOS (Ap 20 2 4)

O Milenio e o sublime reinado de Cristo aqui na terra por mil anos. E um período de preparação da terra para um estado perfeito e eterno, que se seguirá ao Milênio. O termo “milênio” vem do latim e significa literalmente mil anos, O Milênio é objeto de muitas profecias através da Bíblia, como mostram os livros citados. Há os que totalmente materializam ou espiritualizam o Milênio. Evitemos tais extremos. O Milênio é a idade áurea, ansiosamente esperada pelo povo israelita (Mt 19.27,28; At 1.6,7). Até a própria criação aguarda esse tempo para sua liberação ou libertação (Rm 8.19-23).

1. Satanás será amarrado (Ap 20.1-3). O pecado trazido pelo Diabo a este mundo tem causado toda sorte de divergência, desunião e desagreção.
O Diabo hoje continua o seu trabalho, produzindo males e destruição em tudo, porém durante o Milênio ele estará trancafiado. O capítulo dois de Daniel prova que a presente ordem injusta no mundo tem suas raízes no remoto passado e que precisa ser destruída antes da instalação do reino milenial de Cristo. Sabemos que a batalha final da história se desenrolará no Armagedom, em Israel, porém no aspecto espiritual já se trava desde o princípio entre as hostes de Deus e as de Satanas

2. Estabelecimento, afinal, da justiça e paz na terra. Toda rebelião contra Deus será eliminada (1 Co 15.24-28).

3. Ocupação por Israel de toda a Terra Prometida. Este é outro propósito do Milênio (Gn 15.18; 1 Cr 16.17,18).

4. Cumprir as profecias d respeito do reino do Messias, conforme Dn 9.24 e At 3.20,21.


II. A OCASIÃO DO MILÊNIO

Existem três posições interpretativas quanto ao milênio.

1. Pós-milenista. Esta escola ensina que Jesus virá após o Milênio; que este será uma extensão da dispensação da Igreja. Segundo este conceito, Satanás será preso depois desse período, e então Cristo virá. Esta é uma escola. Ela se choca com Mateus 24.12,13.

2. Amilenista. Esta escola é pior. Ela simplesmente ignora o Milênio. Segundo essa interpretação, Satanás foi preso desde o Calvário e está inoperante durante toda a dispensação da Igreja. Para eles os mil anos não têm significado literal. Dentro da mesma corrente ensinam que o fato de Satanás ser preso refere-se somente ao poder da sua pessoa, e por isso seu poder não tem efeito naquele que crê. Tais conceitos nós refutamos em nome de Jesus, porque a Bíblia afirma que o Diabo, após ser preso, não poderá enganar mais as nações (Ap 20.3), e elas, no entanto, estão sendo enganadas! Outros dizem que as “almas” (do v.4) são as que estão no céu, e conseqüentemente o Milênio será no céu, quando se trata ai de gentios salvos e martirizados durante a Grande Tribulação e que ressuscitarão antes do Milênio como mostra o v.4.

3. Pré-milênio. Esta escola interpreta os capítulos 19 e 20 de Apocalipse na seqüência indicada na Bíblia, isto é, que Cristo voltará antes do Milênio, quando então estabelecerá este reino sobre a terra. Esta interpretação está de fato de acordo com as Escrituras. Em Ap 19 vemos primeiramente a Igreja no céu com Jesus (vv. 1,7); a seguir vemos o Senhor descendo com seus santos (vv. 11,14); e por fim vemos Ele estabelecendo o Milênio (20.1- 6). E a posição das Assembléias de Deus.

III. O LOCAL DO MILÉNIO (Ap 5.10; 20.8)

No Milênio Cristo voltará literalmente a esta terra, onde Ele esteve por 33 anos, e reinará sobre a mesma por um espaço de mil anos. Como estará a sua Igreja, que Ele mesmo arrebatará antes, na primeira ressurreição. Segundo S. Patfo, o plano de Deus é fazer “convergir” em Cristo todas as coisas, tantas que estão no céu, como as que estão na terra (Ef 1.10).

IV. FATOS DO MILÉNIO

1. Novo concerto de Deus com Israel (Jr 31.31-34; Hb 8.7-13). Todos os concertos incondicionais celebrados entre Deus e Israel não podem ser anulados pela infidelidade do homem. Eles estão firmados na fidelidade de Deus. O concerto feito no Sinai foi condicional, daí o ter sido anulado.

Quando Jeová trouxer o seu povo dentre todas as nações e o restaurar nacionalmente, estabelecerá com ele um novo concerto, conforme as passagens dadas acima. Isto ocorrerá no Milênio. As bênçãos desse novo concerto são, no presente momento, possessão da Igreja, que por isso dá agora os frutos que Israel deixou de dar por ter recusado o reino e o rei que lhe foi oferecido no tempo dos Evangelhos.

2. Prevalecerá a paz e a justiça na terra (Mq 4.3; Zc 9.10; Is 2.9). Haverá então real desarmamento. A guerra abolida. No Milênio ninguém se queixará de opressão, nem injustiça (Is 11.4).

3. A vida humana será outra vez prolongada (Is 65.20,22; Zc 8.4). Haverá muita saúde para todos. Os principais fatores contribuintes para isso serão abundância de saúde, mudanças climáticas, redução do efeito do pecado, ausência do Diabo e de seus demônios e melhor nutrição pela fartura que haverá. No Milênio, o morrer será uma exceção; não uma regra, como hoje. Desde que Adão pecou, a terra está sob maldição. Doenças, vermes, insetos e pragas atacam toda espécie de vida vegetal. Tudo isso cessará no Milênio. A maldição que pesa sobre a terra será praticamente removida.

4. Mudanças no reino animal. A ferocidade deles será removida. Não mais se atacarão, nem atacarão o homem. Ler (Is 11.6-8; 65.25; Ez 35.25). Os animais se tornarão herbívoros e não carnívoros, como era no princípio (Gn 1.30).

5. O ser humano, Haverá muita fertilidade no ser humano, Zc 8.5 diz que as praças da cidade se encherão de meninos e meninas. Ler também Jr 30.19. Os óbitos serão reduzidos (Is 65.20). Os cemitérios não terão a freguesia de atualmente.

6. Haverá grande derramamento do Espírito (Ez 39.29; 36.27; ZC 12,10). Sendo o Milênio o reino do Messias, e sendo o Espírito Santo Aquele que glorifica a Cristo, é de se esperar um maravilhoso derramamento.

V. APÓS O MILÉNIO (Ap 20.7- 10)

1. Satanás será solto (vv.7,8). Nem todos os homens seguirão a Cristo durante o Milênio, mesmo desfrutando as grandes bênçãos daquele reino. A prova disto é que depois de mil anos de justiça, paz e tranqüilidade no mundo, e inúmeras outras bênçãos materiais e espirituais em escala nunca vista, logo que Satanás for solto, multidões vão segui-lo num complô para subverter o reinado de Cristo. 

Isto demonstrará que os tais, em toda sua vida, foram rebeldes no seu espírito, não regenerados, mesmo sob o reinado pessoal do Filho de Deus.

2. Por um pouco de tempo. Isto Deus permitirá para que sejam provados aqueles que nasceram e viveram sob as bênçãos do Milênio. Muitos acompanharão Satanás em sua revolta contra Deus. Mas, desta vez, a justiça de Deus não tardará. Descerá fogo do céu para destruir os rebeldes (Ap 20.9). Satanás será preso de novo, mas desta vez para ser lançado no inferno para todo o sempre (Ap 20.10).

3. O juízo final (Ap 20.11). O juízo final diante do Trono Branco representa o poder ilimitado de Deus e a perfeição da execução dos seus atos de justiça. Trono indica poder e julgamento. Quando Deus estava para realizar os julgamentos que precederiam o reino milenial, mostrou a João um trono semelhante, que estava no céu (Ap 4.2). Ao seu redor estava o arco-íris, porque Deus ainda mostra a sua misericórdia como porta de esperança, e isso se harmoniza com os acontecimento do capitulo 7.

4. O juiz do Trono Branco. Jesus será o juiz (At 17.31; Jo 5.22,27). A Igreja também tomará parte (1 Co 6.2; Mt 19.28). João viu, um ser muito poderoso assentado no trono; diante do qual fugiram o céu e a terra. Não é outro, será Jesus, a quem o Pai outorgou todo o poder de julgar. Trata-se do mesmo que veio um dia’ salvar os pecadores. Agora Ele virá como juiz.

5. O julgamento será justo (Ap 20.12). Hoje é grande.o número dos que abandonam a igreja, os cultos, fogem da oração, desprezam a Ceia e desculpam-se de que não têm tempo, mas naquele dia não faltará nenhum, tenham ou deixem de ter tempo (Is 43.13). Jesus falou de duas ressurreições: uma da vida, outra da morte ou condenação. A da vida começou com o arrebatamento da Igreja, tendo seu último grupo em Ap 20.4b. A da condenação ou da morte se dará mil anos depois (Ap 20.5).

a. Que é o livro da vida. a lista dos nomes daqueles que herdarão a vida eterna. Nesta ocasião somente haverá dois destinos: a morte eterna ou a vida eterna. Foi por isso que Jesus disse aos seus discípulos: “Não vos alegreis porque se vos sujeitam os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” (Lc 10.20). Leitor aluno, seu nome está registrado neste livro? Se não, trate disto, sem mais delongas. Não valerá ali a soberba, o orgulho, o dinheiro, a posição, o saber etc. A Morte e o Inferno (Hades) serão julgados e mandados para o Lago de Fogo, que é a segunda morte (Ap 20.14).

Lições bíblicas CPAD 1985


O REINO MILENIAL DE CRISTO

TEXTO ÁUREO = “E o SENHOR será rei sobre toda a Terra; naquele dia um será o SENHOR, e um será o seu nome” (Zc 14.9)

VERDADE PRÁTICA = O Milênio preparará a Terra para o estabelecimento do reino eterno de Cristo, conforme as promessas das Sagradas Escrituras.

LEITURA BÍBLICA = APOCALIPSE 20.1-7

INTRODUÇÃO

A volta pessoal e visível de Cristo à Terra está prevista em toda a Bíblia. Deus estabeleceu o programa de um reino teocrático, iniciado com o povo de Israel, prosseguindo no período milenial e culminando no reino eterno.

1. O FIM DA GRANDE TRIBULAÇÃO

1. A volta pessoal de Cristo. O texto de Zacarias 14.3,4 indica a intervenção divina sobre o monte das Oliveiras, em Israel. As nações reunidas pelo Anticristo para combater e destruir Israel serão surpreendidas pela vinda do Senhor. O texto de Jl 3.2,12 fala vale de Josafá, identificado também como o Cedrom, localizado entre Jerusalém e o monte das Oliveiras. Será nesse lugar o encontro do Senhor contra as nações inimigas de Israel. O monte das Oliveiras, o lugar exato de onde Cristo subiu ao céu, também sobre ele descerá gloriosamente.


2. A seqüência dos eventos finais (Mt 24.27-30). Nesses versículos Jesus apresentou a realidade da Tubulação (Mt 24.21). No v.27, Ele fala de sua vinda visível como “o relâmpago que sai do Oriente e se mostra até o Ocidente”. No v.28, Jesus retrata mais uma vez a visibilidade de Sua vinda usando a ilustração dos abutres atraídos pela matança. No v.29, dá a entender que a Sua vinda será logo depois da tribulação daqueles dias. No v.30, fala do sinal dessa vinda no céu, uma prova de que Ele, o Messias, virá sobre as nuvens do céu.

3. A derrota do Anticristo e seus exércitos (Ap 19.15-21). Nos versículos anteriores ao 14, Cristo aparece como um grande general de exército (como nos tempos bíblicos), e o v. 15 mostra um Cristo preparado para fazer juízo sobre a impiedade do Anticristo. Diz o texto que “saía da sua boca uma espada afiada, para ferir com ela as nações”. A partir do v.17, uma grande ceia é apresentada para comer as carnes de todos os inimigos do povo de Israel que se ajuntaram para destruí-lo.

Mas eles serão aniquilados pelos exércitos de Cristo. No v.20, a Besta, que é o Anticristo, juntamente com o Falso Profeta são presos e lançados vivos no Lago de Fogo. Esses dois personagens não são meras figuras ou metáforas, mas realmente dois homens da parte do Diabo, que se levantarão naqueles dias.

4. A vinda em glória (Ap 19.11-16). Refere-se especialmente a forma da descida gloriosa de Cristo sobre um cavalo branco. O cavaleiro que monta o cavalo do capítulo 19 de Apocalipse é Jesus, porque é identificado como “Fiel e Verdadeiro”. Nada tem a ver com o cavaleiro do cavalo branco do capítulo 6 de Apocalipse o qual se refere ao Anticristo.
O v. 14 de Apocalipse fala dos santos que acompanham a Cristo na Sua volta à Terra. Eles montam cavalos brancos e os seus cavaleiros estão vestidos de linho finíssimo. São os anjos e a Igreja de Cristo que gloriosamente participam da Sua conquista.

II. PREPARAÇÃO PARA O REINO MILENIAL

Com a derrota do Anticristo e seus exércitos, Israel verá que Aquele a quem rejeitaram na primeira vinda, não é outro senão o seu Messias.

1. A conversão a Cristo da parte dos judeus. Zc 12.10 fala do espírito de súplicas que será derramado sobre a casa de Davi, e prantearão pelo que fizeram a Cristo na sua primeira vinda. Vários textos bíblicos da profecia indicam essa conversão e renovação (Zc 13.9; Ez 36.24- 31; Is 25.9; Rm 11.26). Todas estas passagens mostram que os judeus sobreviventes daqueles dias serão leais a Cristo, aceitando-o como o Messias. Porém, haverá, também, muitos judeus rebeldes os quais sofrerão o juízo de Cristo (Ez 20.33- 38; Ml 3.1-5).

2. A prisão de Satanás (Ap 20.1-3). Antes que o Senhor instale o seu reino milenial, Satanás será preso por mil anos com todos os seus anjos, e assim não estarão livres para tentar as criaturas nos dias do reino milenial de Cristo.

III. O REI JESUS

Será um período de completa manifestação da glória de Cristo no Seu domínio, governo, justiça e reino (Is 9.6; Si 45.4; Is 11.4; Sl 72.4; Dt 18.18,19; Is 33.21,22; At 3.22).

Vários são os títulos e nomes de Cristo no Milênio. Ele é chamado: o Renovo (Is 4.2;1 1.1; Jr 23.5; 33.15; Zc 3.8,9; 6.12,13); Senhor dos Exércitos (Is 24.23; 44.6); o Ancião de dias (Dn 7.13); o Altíssimo (Dn 7.22-24); o Filho de Deus (Is 9.6; Dn 3.25); o Rei (Is 33.17,22; 44.6; Dn 2.44); o Juiz (Is 11.3,4; 16.5;33.22; 5 1.4,5); o Messias Príncipe (Dn 9.25,26).
Muitos outros títulos destacam as atividades do Rei Jesus.

IV. CARACTERÍSTICAS DO REINO MILENIAL

1. Justiça. Somente os justos serão admitidos no reino (Ml 25.37; Is 60.21; 26.2). A justiça será sinônimo do Messias (MI 4.2; Is 46.13; 51.5).

2. Obediência. Foi o propósito original de Deus na criação do mundo o estabelecimento de um princípio de obediência completa e voluntária a Deus.
A árvore da vida foi colocada no Éden como uma prova de obediência (Gn 2.16,17). Diz a Bíblia que Deus sujeitou todas as coisas Àquele que é o Senhor (Ef 1.22).

3. Conhecimento universal de Deus (Is 11.9; Jr 31.34). O conhecimento estará disseminado e determinado em toda a Terra. Na verdade, todas as pessoas terão conceitos corretos sobre Deus, porque o mal estará detido naquele tempo.

4. Paz e prosperidade (Is 2.4; 35.1,2). A maldição do pecado estará detida, sem poder de alastramento. A paz será universal porque a sua base será a justiça do Messias.

5. Longevidade (Is 65.20,21,22; 33.24). Uma vez que o mal estará detido, a vida física dos habitantes da Terra naqueles dias não sofrerá tanto como hoje. É verdade que as pessoas não estarão isentas da morte. Mas viverão muito mais.

V. FINAL DO MILÊNIO

1. A soltura de Satanás e seus anjos. Vemos uma descrição na Terra que mostra o fim do período milenial (Ap 20.2,3,7-9). A razão pela qual Satanás será solto é discernido pela sua atividade no tempo de sua soltura. Ele sairá para enganar as nações e promover sua última batalha contra o povo de Deus.

2. Gogue e Magogue (Ap 20.8). Esses dois nomes referem-se aos inimigos de Israel. Podem representar dois tipos de inimigos: povos vindos do Norte; e, também, povos em gemi, O que prevalece mais fortemente é a representação de povos vindos do norte. Na verdade, a batalha não será muito extensa, porque haverá a intervenção divina.

IV. PÓS-MILÊNIO

Todos esses fatos conduzem ao Grande Trono Branco, que é o Juízo Final (Ap 20.1 1), símbolo do poder de Deus para executar a justiça. Jesus será o Juiz (AI 17,31; lo 5.22,27).
Diante do Supremo Juiz, todos haveremos de comparecer. Os perdidos não escaparão ao Lago de Fogo (Ap 19.20; 2010,14,15; 21.8). O Lago de Fogo é um lugar, e não um conceito, uma idéia ou estado mental.

CONCLUSÃO

Na segunda fase de Sua vinda em glória (visível em todo o mundo), Cristo vai julgar as nações (Juízo das Nações) e inaugurar o Milênio, a gloriosa era de paz a ser implantada na Terra. Seguindo-se o Grande Trono Branco, o Juízo Final, ocasião em que somente haverá dois destinos: a morte eterna ou a vida eterna. Os crentes em Jesus estarão livres de qualquer condenação e irão desfrutar da eternidade.


Evangelista Isaias Silva de Jesus

Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

Lições bíblicas CPAD 1998



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