26 de abril de 2017

JACÓ: UM EXEMPLO DE CARÁTER RESTAURADO


JACÓ: UM EXEMPLO DE CARÁTER RESTAURADO
INTRODUÇÃO
Isaque teve dois filhos gêmeos. Esaú tinha uma inclinação para o campo, para vida pastoril e também para a caça. Jacó, ao contrário, pelo seu temperamento e por sua personalidade, voltou- se para vida doméstica. Logo revelou ter um caráter oportunista e usurpador, que o levou a enganar o pai com apoio da mãe. As consequências foram duras em sua vida. O que plantou, colheu com grande sofrimento. Mas a misericórdia de Deus o alcançou e o Senhor o escolheu para ser o pai das doze tribos de Israel.
I – Os Dois Filhos de Isaque
A família de Abraão destaca-se na Bíblia desde que o patriarca foi chamado por Deus para uma grande missão. Ele vivia em Ur, na Caldeia, juntamente com seu pai, Tera. Em Harã Abrão ouviu o chamado de Deus para que deixasse sua parentela e fosse para uma terá que ele não conhecia (Gn12.13). Abraão quando tinha 100 anos foi pai de Isaque, e Sara sua esposa tinha 90 anos. Isaque seguiu os passos do pai e habitou em Gerar, na terra dos filisteus. Seus filhos nasceram gêmeos, o primogênito Esaú, tinha índole e caráter completamente diferente de Jacó o mais novo.
Esaú tinha uma inclinação para o campo, para a vida pastoril e também para a caça. Ele gostava de viver nas planícies, nos montes e nos vales que tinham em sua terra. Jacó, ao contrário, pelo seu temperamento e também por sua personalidade, voltou-se a vida doméstica. Ele gostava mais de estar ao lado de seus pais, ajudando nos afazeres do lar e apreciando a confecção de alimentos e refeições.
Um episódio que marcou a vida dos dois irmãos ocorreu quando, em um determinado momento, Esaú chegou de sua jornada, cansado e faminto, e encontrou Jacó, seu irmão, que preparara uma sopa de lentilhas que exalava um cheiro agradável, despertando ainda mais a fome de Esaú. Naquela ocasião Esaú fez um pedido a Jacó dizendo: “Dá-me da tua sopa, pois estou com muita fome”.
Jacó não perdeu tempo usando de esperteza e astucia, disse para o seu irmão: “Eu lhe dou da minha sopa se você me vender o seu direito de primogenitura”. Naquele momento Esaú disse: “De que me serve o direito de primogenitura se no momento, estou com fome”. E ele trocou seu precioso direito por um prato de lentilhas. Jacó poderia ter compartilhado de sua sopa com seu irmão, que estava faminto e cansado, mas não fez isso. Ele aproveitou da ocasião para obter um direito que, pela Lei, não era dele, querendo de fato, usurpar o direito de primogenitura do seu irmão.
Por outro lado, vemos Esaú, um homem que não dava valor à benção de ser o filho mais velho. Ele nem ao menos considerou o valor de ser o primogênito diante de Deus, da família e do seu povo.
De uma maneira muito irresponsável, trocou seu direito de primogenitura por um prato de lentilhas, e isso custou muito caro.
Dessa forma os dois irmãos tinham personalidades e temperamentos bem diferentes. Noutra ocasião, Isaque, já bastante idoso, resolveu determinar uma benção de Deus sobre a vida de Esaú, o seu primogênito. Fazia parte da história e da tradição do povo hebreu do Antigo Testamento o primogênito ter seus direitos dobrados com relação à partilha da herança. E Isaque quis, além desse direito natural, ministrar, pela fé em Deus, uma benção especial sobre o seu filho primogênito. Ele, porém, foi surpreendido pela astucia da própria esposa, que induzira seu filho a enganar seu pai e apropriar-se da benção de Isaque. As consequências não foram nada desejáveis. Sentindo-se traído, Esaú quis matar Jacó, que teve que fugir do seu irmão. Diante de todos esse fatos, Jacó demonstrava que tinha caráter prejudicado por falhas de sua personalidade. Ele precisava ser restaurado.
 
II – JACÓ, QUEM ERA ELE
1 - O filho mais novo de Isaque
Ele integra a lista dos três patriarcas hebreus que marcaram a história de Israel: Abraão, Isaque e Jacó. Sua história foi pontilhada de episódios dramáticos desde o seu nascimento. Isaque e Rebeca oraram a Deus para que pudessem ter filhos, pois ela era estéril, e Deus ouviu suas orações (Gn 25.20,21). Quando Isaque tinha 60 anos, o casal teve dois filhos gêmeos como resposta de Deus. O texto diz que havia no ventre um luta entre os bebes (Gn 25.22). em oração Deus revelou que, no ventre de sua mãe, havia duas nações. Um fato profético que se cumpriu plenamente. A nação de Jacó sempre viveu em confronto coma nação de Esaú.
Se os meninos lutavam no ventre ao nascer, houver disputa para ver quem sairia primeiro. Esaú nasceu primeiro, peludo e ruivo. Essa é a razão do seu nome, que tem significado de vermelho, ou Edom. O segundo recebeu o nome de Jacó, que, em hebraico, é Yaakov, que significa “Deus protege”, o sentido primeiro e original do nome. Jacó nasceu agarrado ao calcanhar do seu irmão. Por causa disso, o seu nome passou a ter o significado de “aquele que segura pelo calcanhar” ou “suplantador”.
2 – O preferido de sua mãe
Isaque tinha preferência por Esaú porque gostava de caça, e Rebeca amava mais a Jacó por ver “varão simples, habitando em tendas” (v. 27). Essa preferência dividida entre os pais por causa dos filhos não resultou em benefício algum para a família. Quando Isaque quis dar a bênção a Esaú, o primogênito (Gn 27.1-5), Rebeca, numa demonstração clara do seu caráter astucioso, chamou Jacó e o induziu a enganar seu pai (Gn 27.11,12,14,15). Enganado, Isaque abençoou Jacó (Gn 27.27-29).
Ao retornar da caça, Esaú descobriu que seu irmão tomara sua bênção. Desesperado, recebeu do pai uma bênção menor (Gn 27.39,40). Cheio de ódio, planejou matar seu irmão (Gn 27.41). Jacó teve que fugir ameaçado por Esaú. Isaque percebeu que Deus tinha um plano na vida de Jacó, e o despediu com uma bênção profética de grande significado (Gn 28.1-4).
A lei da herança nos ajuda a responder a questão ética e judicial: foi errado Rebeca e Jacó enganar a Isaque? A resposta é não, não foi errado. A cegueira física de Isaque refletia seu julgamento moral. Jacó e Rebeca tomaram vantagem de sua fraqueza física para sobrepujar a sua fraqueza moral. Eles estavam encarando um velho moralmente cego, que não reconheceria a legitimidade da profecia de Deus feita à Rebeca sobre os dois filhos e a respectiva linha pactual deles, nem honraria a venda que Esaú fez de sua primogenitura a Jacó. Isaque estava disposto a desafiar Deus por causa de seu deleite no sabor de uma carne ensopada (Gn. 27.3-4). Nisso, Isaque foi tão míope quanto Esaú quando vendeu sua primogenitura por um ensopado de lentilhas. Rebeca estava moral e legalmente justificada em arruinar o plano vil do seu marido de deserdar Jacó, e através desse ato de rebelião, deserdar a semente pactual prometida por Deus. Deus tinha especificado para ela que filho deveria herdar. Isaque estava em rebelião! (http://www.monergismo.com/textos/etica_crista/rebeca-jaco-enganaram_north.pdf).
·         Como resultado do flagrante favorito de seus pais, a devastação emocional é desencadeada nos dois irmãos, e os seus caracteres são descrito pelo tratamento preferencial. Esaú cresceu obstinado e orgulhoso, sem autocontrole. Jacó tornou-se mentiroso e conspirador, sem autoestima, querendo, desesperadamente, ser amado e aceito por seu pai, estando disposto a fazer qualquer coisa para ganhar a aprovação de Isaque, mesmo que isso significasse enganar. (BUSIC, David A.)
3 – Preferido de Deus
 A escolha de Jacó é um caso especial de presciência divina face aos desígnios de Deus. Deus não tem filhos privilegiados, nem escolhe uns para a salvação e outros para a condenação, pois tal atitude contrariaria frontalmente o seu caráter santo, justo e bom. Seria uma terrível discriminação
por parte de Deus que condena quem faz acepção de pessoas (Tg 2.9; Pe 1.17). Mas, em sua soberania, em casos especiais, Ele escolhe pessoas para serem instrumentos de sua vontade diretiva. Jacó foi um desses escolhidos, ainda no ventre (Rm 9.9-13).
·         A referência “amei a Jacó e odiei a Esaú” é uma citação do livro de Malaquias 1.1-4. Em Malaquias, esses nomes representam os povos que descenderam de Jacó, e os que descenderam de Esaú, os edomitas. Em vista de que os edomitas haviam perseguido os judeus, Deus disse: “desolarei a vossa terra...” Deus prometeu o direito de primogenitura a Jacó. Significava isso que Esaú não podia salvar-se? Logicamente não. Em parte alguma das Escrituras lemos que Esaú não podia ser salvo. Esaú de fato buscou o direito de primogenitura com lágrimas, e foi incapaz de obtê-lo, mas em parte nenhuma a Bíblia diz que ele não poderia salvar-se. Na realidade, a Bíblia diz é que Deus amoleceu o seu coração para com o irmão, e ele o acolheu no fim de sua vida (Gênesis 33.4) Extraído do site: http://www.cacp.org.br/amei-a-jaco-me-aborreci-de-esau/.
 
·         Hernandes Dias Lopes escreve: “Jacó recebeu um nome que foi o espelho da sua personalidade: enganador, suplantador. Ele nasceu segurando no calcanhar do seu irmão. Ele aproveitou um momento de fraqueza do seu irmão, para arrancar-lhe o direito de primogenitura. Ele aproveitou um momento de cegueira do seu pai, para mentir para ele e se passar como se fosse Esaú. Ele mentiu em nome de Deus e roubou a bênção que Isaque intentava dar a Esaú. Jacó tinha um comportamento reprovável. Ele enganou, mentiu, traiu. Mas a despeito de quem era, Deus o amou e continuou investindo na sua vida. Assim é o amor de Deus por nós. Ele nos ama apesar de nós. Temos pecado contra ele, mas ele continua nos amando e investindo em nós ”http://hernandesdiaslopes.com.br/portal/jaco-um-homem-a-quem-deus-nao-desiste-de-amar/.
III – ASPECTOS DO CARÁTER DE JACÓ
Antes do seu encontro com Deus
1 – Oportunista e Egoísta
·         Quando seu irmão chegou com fome e pediu-lhe para comer do seu guisado, ele poderia ter-lhe oferecido de sua comida, compartilhado sua refeição. No entanto, numa prova de oportunismo e ambição, disse logo: “Vende-me hoje, hoje, a tua primogenitura” (Gn 25.31). O oportunismo e ambição de Jacó, pediu a seu irmão o que ele tinha de mais precioso em troca de um prato de lentilhas, que foi o direito de primogenitura, que lhe garantia privilégios quando da partilha da herança de seu pai. O primogênito era santificado ou consagrado a Deus (Ex 13.2, Nm 3.13; Lc 2.23); era tão importante ser o primogênito que Deus deu os levitas em lugar deles (Nm 3.12), a herança do primogênito era o dobro do que os demais filhos recebiam, mesmo que fosse filho de esposa “aborrecida” pelo marido (Dt 21.17); o primogênito tinha direito de assumir a liderança do pai sobre o grupo, o clã, a tribo ou o reino (2 Rs 3.27).
2 – Interesseiro e calculista
·         Enquanto Esaú era mediatista e agia por impulsos, Jacó era frio e calculista. Conhecedor do comportamento leviano do irmão, Jacó não apenas propôs trocar algo tão insignificante, como um prato de sopa de lentilhas, por algo tão valioso, como também exigiu que Esaú fizesse um juramento que garantisse que sua troca seria respeitada por toda a vida. Jacó era inteligente, provavelmente de temperamento fleumático, o que lhe dava condição de raciocinar para alcançar o que queria.
 
3     – Um caráter fraco e leniente
Jacó não era mais um adolescente; quando foi induzido por sua mãe a mentir e enganar seu pai, ele sabia que tal proposta era errada (Gn 27.11,12). Sua mãe insistiu na prática do erro chamando para si a maldição daquele engano, daquele arranjo fraudulento. Jacó por sua vez não teve força moral para ficar firme e, mesmo contrariado, fez tudo o que sua mãe lhe obrigara: levou os cabritos para ela fazer o guisado, vestiu as roupas de Esaú, deixou sua mãe cobrir suas mãos com pelos de cabrito e levou o guisado para seu pai (Gn 27.6-17). Um filho deve honrar seus pais, pois é mandamento de Deus, mas não tem obrigação de compactuar com a mentira.
4 – Mentiroso e enganador
·         Ao chegar à presença de Isaque, este perguntou: “Quem és tu, meu filho?” (Gn 27.18). Era a hora da verdade. Ainda assim, Jacó preferiu continuar na mentira: “Eu sou Esaú, teu primogênito. Tenho feito como me disseste [...]”. Eis a primeira mentira. Onde estava o temor de Deus na vida de Jacó? Responder ao pai que era o irmão?! Isaque ficou admirado, pesando ser Esaú, e também como teria retornado tão rápido com a caça. Mais uma vez Jacó mentiu: “Porque o SENHOR, teu Deus, a mandou ao meu encontro”. Aí está a segunda mentira. Ao abraçar Jacó, Isaque disse: “A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são mãos de Esaú”. Confuso, Isaque perguntou: “És tu meu filho mesmo? E ele disse: Eu sou”. E assim Jacó mentiu pela terceira vez. Mesmo em dúvida, Isaque abençoou Jacó, pensando que era Esaú (Gn 27.18-29).
Depois do seu encontro com Deus
1 - Um caráter agradecido
·         Surpreendentemente, Jacó passou a ver as coisas numa perspectiva espiritual de um novo relacionamento com Deus e fez um voto, dizendo: “[...] Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer e vestes para vestir, e eu em paz tornar à casa de meu pai, O SENHOR será o meu Deus, e esta pedra, que tenho posto por coluna, será Casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”. A atitude de Jacó demonstra sua gratidão a Deus de forma antecipada. E o Senhor honrou a sua fé.
 
A graça é demonstrada no fato de que Deus veio até Jacó. Ele não disse o que Jacó deveria fazer, mas o que Ele faria por Jacó. Deus prometeu a Jacó a terra de Canaã. Ele prometeu estar com Jacó em suas jornadas, e o trazer seguro de volta a Canaã. O voto de Jacó não foi um mero contrato com Deus. Ele amava a Deus e acreditava em Suas promessas. Tendo crido nas promessas de Deus, ele fez estes três votos para demonstrar sua gratidão:
A. Jeová seria o seu Deus. Ele se dedicaria a adorar, servir e confiar no Deus verdadeiro.
 
B. Betel seria o lugar onde ele adoraria e serviria a Deus.
 
C. O dízimo seria entregue a Deus. Isto já foi demonstrado ser algo sagrado para Deus [Gênesis 14:20]. Muitos acreditam que isto seja um relato da conversão de Jacó. Na verdade, podemos olhar para este capítulo como um quadro do filho de Deus no caminho da obediência. Este texto foi retirado de:http://www.palavraprudente.com.br/estudos/sergio_f/genesis/cap17.html.
 
2 – Um caráter esforçado e sofredor
 
·         Ao chegar à casa de Labão, seu tio, revelou-se um homem trabalhador. Ali, começou a colher o que semeara em engano e mentira. Na "lua de mel", foi enganado pelo sogro. Em lugar de casar com Raquel, teve de casar com Leia. Só depois, casou com sua amada, e para tanto, trabalhou "outros sete anos" (Gn 29.21-30). Não foi apenas esse o preço que Jacó teve que pagar por sua vida de enganos e mentiras. Labão mudou o seu salário dez vezes, durante vinte anos (Gn 31.7). O que o homem semeia, isso é o que colhe (Gl 6.7). Mesmo tendo sido logrado por Labão, ele honestamente cumpriu com sua parte do acordo. Dedicou-se ao seu trabalho, e usou dos recursos que conhecia para fazer com que os cordeiros e cabritos que nascessem fossem pretos, malhados ou salpicados. Teve grande sucesso, e usou de uma técnica de seleção a fim de aprimorar seu próprio rebanho. Durante seis anos seu rebanho se multiplicou, e devido à sua técnica, as ovelhas de Labão eram fracas e as dele, fortes. Ele enriqueceu, adquirindo muitos rebanhos, escravos, camelos e jumentos, o que ele atribuiu a Deus (Gn 31:7,9).
 
Não foi apenas esse preço que Jacó teve que pagar por sua vida de enganos e mentiras. Labão mudou seu salário dez vezes durante 20 anos (Gn 31.7).
 
3 – Um homem na direção de Deus
 
·         Depois de ser enganado pelo sogro, Jacó reuniu sua família e fugiu de Harã. Mas não o fez apenas por medo do sogro. Sua saída de Harã foi por direção de Deus (Gn 31.3,13). Desse modo, Jacó empreendeu a fuga com a família, e logo foi perseguido pelo sogro. Este não pôde lhe fazer mal, porque Deus entrou em ação e lhe determinou que não falasse com Jacó "nem bem nem mal" (Gn 31.24). A providência divina é um fato, e ela nos guia pelo caminho. Essa é a convicção central de todo o livro de Gênesis. Apesar das faltas e falhas de Jacó, o propósito divino sempre controlou tudo em sua vida. O fato de Jacó ter voltado para sua terra foi outro capítulo na história de como Deus cuidava dele, dando-lhe alguma orientação especial necessária.
Para esclarecer o fato das varas listradas, leia-se Gn 31.10 - um sonho de Revelação. Somente neste ponto somos informados de que Jacó havia recebido uma experiência mística acerca da questão dos rebanhos. O trecho de Gn 30.32 ss. indica somente que ele fizera um negócio esperto, aparentemente usando sua razão, e não alguma revelação divina. Assim sendo, a questão das varas listradas foi somente uma medida de segurança. Ele acrescen­tou o artifício para garantir que o plano funcionaria. Seu sonho de revelação havia mostrado quais animais se multiplicariam mais. As varas eram apenas um artifício para garantir o resultado previsto em seu sonho. https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/31.
 
IV – O REENCONTRO COM ESAÚ
 
Aproximando-se de Seir, na terra de Canaã, onde seu irmão vivia, Jacó enviou mensageiros a Esaú e anunciou o seu retorno. Os mensageiros voltaram e disseram que Esaú vinha ao seu encontro com 400 homens.
 
1 – Um homem quebrantado e temente a Deus
 
·         Jacó lembrou-se do seu passado e de sua desavença com o irmão e, temeroso dividiu a família em dois bandos para que um pudesse escapar em caso de ataque. Sua angústia era grande, porém sua oração revela seu temor (Gn 32. 9- 12). Ele enviou três grupos de servos, cada um levando presentes para aplacar uma suposta agressão por parte de Esaú (Gn 32.13-21).
 
2 – Um homem que lutou com Deus
 
·         Após tomar as precauções que julgou necessárias, Jacó passou o vau de Jaboque e travou uma luta com um varão até pela manhã. O “varão” era um ser celestial – provavelmente um anjo – que não prevaleceu contra Jacó. O Vale de Jaboque encerra um dos relatos mais envoltos em mistério. Conta-nos a história da luta entre um ser humano e um anjo e a da outorga de um novo nome a esse homem. A luta durou apenas uma noite; no entanto, seu resultado ecoa na história humana, com reverberações até os nossos dias. Jaboque no hebraico é ‘fluir fora’ ou ‘adiante’, é o rio que atravessa a região a leste do Jordão, que, depois de um curso quase perfeitamente do leste para o oeste, entra no Jordão cerca de 48 km abaixo do mar da Galiléia. Nas escrituras, este rio é mencionado como formador da margem que separou o reino de Seom, rei dos amorreus, daquele de Ogue, rei de Basã. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia.
No Vale do Jaboque, teve um encontro que marcou o resto da sua vida. Seu nome foi mudado para Israel, e viu Deus "face a face" (Gn 32.22-30). Ao encontrar Esaú, reconciliou-se com ele e o abraçou com perdão e amor. A experiência do encontro de Jacó com Esaú mostra que, quando Deus age na vida das pessoas, seus caracteres são transformados.
Jacó passou a ser humilde, sofredor, paciente, longânimo, altruísta. Esaú passou a ser manso, perdoador e maduro. Em ambos os casos, vemos a graça de Deus superabundou onde, antes, abundou o pecado na vida desses irmãos (Rm 5.20). Foi pela sua incomensurável graça que Deus escolheu Jacó em lugar de Esaú, mesmo com seu caráter deficiente.
 
CONCLUSÃO
 
A escolha de Jacó para ser o patriarca que tomou o nome de Israel, sedo ele o líder das 12 tribos da nação israelita, não atende aos pressupostos da lógica racional, sob o ponto de vista humano. Mesmo assim, representa umas das insondáveis decisões divinas que atende aos propósitos de Deus especialmente em cumprimento às promessas feitas a Abraão, de que seria pai de uma grande nação, quando de sua estrema velhice e também esterilidade de sua esposa.
 
 
Elaboração pelo Pb. Mickel Souza Porto
 
Igreja Evangélica Assembleia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS
 
Referências
O Caráter do Cristão – Elinaldo Renovato de Lima, CPAD
http://auxilioebd.blogspot.com.br/2017/04/licao-5-jaco-um-exemplo-de-um-carater.html
 

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