ORANDO SEM
CESSAR
TEXTO ÁUREO
"Orai
sem cessar." (1 Ts 5.17)
VERDADE
PRÁTICA
O
Novo Testamento nos ensina que a oração deve ser uma prática contínua dos
cristãos, desde a primeira até a segunda vinda de Cristo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE = Mateus 6.5-13
INTRODUÇÃO
Com
esta Aula concluímos o nosso trimestre letivo sobre Batalha Espiritual, e
terminamos no melhor estilo: em oração. A oração é uma das nossas "armas
espirituais" contra os ataques e ciladas do inimigo (Ef.6:18). Ela não é
somente uma fermenta na batalha contra o mal, ela é indispensável para uma vida
cristã saudável e revela a nossa dependência de Deus, fortalecendo a nossa
comunhão com Ele. A oração é o canal pelo qual o homem exercita a sua submissão
a Deus; é a forma pela qual se põe como um verdadeiro servo do Senhor; é a
própria exteriorização de nossa qualidade de servo de Deus.
Nas
páginas das Escrituras Sagradas, vemos que os grandes homens e mulheres de Deus
tinham suas vidas dedicadas à oração, bem como que os grandes fracassos espirituais
ali descritos têm, como ponto em comum, a falta de oração, a falta de diálogo
com Deus. Jesus é o nosso modelo maior de dedicação à oração; em Lucas 11:1
vemos que o que motivou os discípulos a se matricularem na escola de oração foi
o exemplo de Jesus como homem de oração.
Quando
o homem se distancia de Deus, podemos verificar que o distanciamento se deu,
num primeiro instante, pela perda de contato entre o homem e Deus através da
oração. Eis porque todas as forças do mal buscam retirar o nosso tempo de
oração, buscam eliminar a oração do nosso dia-a-dia.
A
oração, como bem afirmou Paulo, é indispensável para vencermos as hostes
espirituais da maldade; é a ferramenta que nos coloca em forma para podermos
utilizar adequadamente a armadura de Deus (Ef.6:13-18). O apóstolo Paulo
exorta-nos:
“orando
em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda
perseverança e súplica por todos os santos” (Ef.6:18).
Orar
em todo tempo significa nunca deixar de orar. Orar em todo tempo significa que
não há tempo nem lugar certo para orar. Orar em todo tempo significa estarmos
dispostos e prontos a orar ao Senhor a cada instante, em cada situação.
Diuturnamente devemos ter a nossa mente dirigida ao Senhor em oração; mesmo
enquanto fazemos os nossos afazeres, desempenhamos nossas tarefas do dia-a-dia,
devemos, em alguns instantes, dirigirmo-nos ao Senhor de coração e com
reverência, embora de forma silenciosa e sem qualquer alvoroço. Portanto, a
oração deve ser uma constante em nossas vidas, daí porque Paulo ter dito que
devemos "orar sem cessar" (1Ts.5:17).
I. ORAÇÃO
1. O que é
Oração?
Oração é o ato reverente e piedoso através do qual o crente adora e se aproxima
de Deus, mediante a intercessão do Espírito Santo e de nosso Senhor Jesus
Cristo. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus define oração como "o
ato consciente, pelo qual a pessoa dirige-se a Deus para se comunicar com Ele e
buscar a sua ajuda por meio de palavra ou pensamento".
No
Antigo e Novo Testamento, a oração é o supremo recurso usado pelo povo de Deus
para suplicar, agradecer, adorar, pedir, interceder e bendizer ao único e
verdadeiro Senhor. Na oração, a fé é manifestada, porque quando alguém se
dispõe a orar, é porque sabe que Deus existe e está pronto a atender ao clamor
dos que O buscam - “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe...”(Hb.11:6).
Quando
oramos expressamos as seguintes verdades:
• Reconhecemos a soberania de Deus, pois
estamos dizendo que Deus é o único que pode atender aos nossos pedidos, bem
como é o único que merece nosso louvor e adoração.
• Reconhecemos a nossa insuficiência,
pois demonstramos a consciência de que tudo está no controle de Deus e que, sem
Ele, nada podemos fazer.
• Revelamos nossa fé, pois demonstramos
que nossa confiança está em Deus e não em qualquer outro ser.
• Revelamos a nossa obediência, pois
cumprimos a vontade de Deus expressa em sua Palavra, que quer que oremos sem
cessar (1Ts.5:17).
• Demonstramos o nosso amor para com o
próximo, pois intercedemos por eles desejando que tal oração tenha uma eficácia
benévola em suas vidas, o que é o complemento do grande mandamento (Mt.22:39).
2. Tipos de
Oração.
Pela exortação do apóstolo Paulo a Timóteo pode-se observar os seguintes tipos
de oração: ações de graças; súplica; intercessão.
“Antes
de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões,
ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm.2:1).
a) Súplica
ou Petição. Petição é o tipo de oração mais usual. Uma criança, logo que aprende
a orar, associa a oração a pedidos de bênção para si mesma e para todos os
familiares: “Abençoa papai, mamãe, vovó, vovô...”. A gratidão e o louvor são
acrescentados mais tarde: “Obrigado pela comida, pelo sono, pelas brincadeiras,
pelos presentes, pelo dia, pelos coleguinhas...”.
A
petição produz intimidade com Deus, pois é através dela, que o filho se
aproxima do Pai, para apresentar-lhe as suas necessidades, com inteira
liberdade. Aos poucos, o crente vai provando a bondade de Deus, ao receber soluções
para os seus problemas, alívio para a ansiedade e consolo na tristeza e na
angústia.
A
petição aumenta a confiança em Deus e dá convicção, ao crente de que Deus o
ouve e está pronto a atendê-lo nas mínimas coisas.
A
petição também dá segurança e paz na medida em que o crente se exercita na
paciência e na perseverança e constata, em sua própria vida, o cumprimento das
promessas, pelas respostas que recebe.
Uma
petição está sempre condicionada ao perdão, conforme Jesus ensinou na oração do
Pai Nosso: “… perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos
devedores”(Mt.6:12).
“E,
quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para
que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas; mas, se vós não
perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas
ofensas”(Mc.11:25,26).
b)
Intercessão. É o exercício da função sacerdotal. Todo crente está investido e
capacitado por Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz, a exercer o
sacerdócio, intercedendo por outros, apresentando-os a Deus. É uma forma de
levarmos as cargas uns dos outros, cumprindo, assim, a exortação de Gl.6:2 –
“Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”.
Por
meio da oração intercessória, graves problemas são solucionados e, até mesmo,
evitados, quando nos antecipamos em interceder. Em resposta às orações
intercessórias, Deus põe em ação a sua graça, que concede perdão ao pecador,
cura o enfermo, conforta o aflito, dá livramento ao que está em perigo, levanta
o caído, faz justiça ao oprimido, supre as necessidades humanas, etc. Por isso
mesmo, a intercessão muito incomoda as potestades do mal, e Satanás remete as
suas setas, procurando criar todo tipo de obstáculo ao trabalho intercessório.
Ele conhece a Palavra de Deus e sabe que "a oração feita por um justo pode
muito em seus efeitos" (Tg.5:16).
Estamos
intercedendo pelas almas perdidas? Pela obra de Deus? Suplicamos em favor da
Igreja de Cristo? Oramos pelas autoridades constituídas? Tem você intercedido
pelos maus? Ou limita-se a orar somente pelos bons?
Tem
implorado por seus desafetos? (vide Mt.5:44). Nossa obrigação é interceder por
todos, porque Jesus incessantemente intercede por nós (Rm.8:34). Ou já não
damos importância à oração sacerdotal? Sem intercessão nenhum avivamento é
possível; sem intercessão a bênção de Deus não é manifestada.
c) Ação de
graças.
Este é o conteúdo essencial da oração, porque é a mais alta expressão do
reconhecimento da soberania de Deus e o maior tributo da criatura ao Criador.
Este aspecto da oração refere-se à nossa gratidão a Deus pelo que Ele é e pelo
que tem feito.
A
palavra grega eucharistia deixa claro que orar não é apenas aproximar-se de
Deus para adorá-lo por quem Ele é, e para rogar a Ele suas bênçãos, mas também
e sobretudo para agradecer por aquilo que Ele tem feito. Paulo exorta a Igreja
de Tessalônica: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo
Jesus para convosco”(1Ts.5:18).
3. Objetivos
da Oração.
Segundo o Pr. Claudionor de Andrade, cinco são os objetivos da oração: buscar a
presença de Deus; agradecê-lo pelos imerecidos favores; interceder pelo avanço
do Reino de Deus; apresentar a Deus nossas necessidades; confessar a Deus
nossos pecados e faltas (adaptados da LBM.CPAD_20.04.2008).
a) Buscar a
presença de Deus. O salmista assim se expressou: "Quando tu disseste: Buscai o
meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei"
(Sl.27:8). Seja nos primeiros alvores do dia seja nas últimas trevas da noite,
o salmista jamais deixava de ouvir o chamado de Deus para contemplar-lhe a
face. Tem você suspirado pelo Senhor? Ou já não consegue ouvi-lo? Diante da
sede pelo Eterno, que invadia a alma de Davi, exorta-nos o pastor
norte-americano Warren W. Wiersbe: "Não se limite a buscar a ajuda de
Deus. Almeje a sua face. O sorriso de Deus é tudo o que você precisa para
vencer as ciladas humanas".
b) Agradecer
a Deus pelos imerecidos favores. Se nos limitarmos às petições, nossa oração
jamais nos enlevará ao coração do Pai. Mas se, em tudo, lhe dermos graças, até
mesmo pelas tribulações que nos sitiam a alma, haveremos de ser, a cada manhã,
surpreendidos pelos cuidados divinos. Num dos mais belos cânticos da Bíblia, o
salmista manifesta toda a sua gratidão ao Senhor: "Que darei eu ao Senhor
por todos os benefícios que me tem feito?
Tomarei
o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao
Senhor, agora, na presença de todo o seu povo" (Sl.116:12-14). Tem você
agradecido a Deus? Ou cada vez que se põe a orar apresenta-lhe uma lista de
vaidosas e tolas reivindicações? Atente à exortação de Tiago 4:3: “Pedis e não
recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”.
c)
Interceder pelo avanço do Reino de Deus. Na Oração do Pai nosso, insta-nos o Senhor
Jesus a orar: "Venha o teu Reino" (Mt.6:10). Os apóstolos de Jesus,
mesmo sendo perseguidos pelos gentios e pelos judeus rebeldes, oravam a fim de
que, em momento algum, a Igreja de Cristo acabasse por ser detida em seu avanço
rumo aos confins da terra. Se orássemos como John Knox, todo o nosso país já
estaria aos pés do Salvador. Diante da miséria de sua gente, Knox rogou:
"Cristo, dá-me a Escócia se não morrerei". Como resultado de seu
clamor, um avivamento varreu aquele país, levando milhares de pessoas ao pé da
cruz.
d)
Apresentar a Deus nossas necessidades. Não temos de preocupar-nos com as nossas
carências; em glória, o Pai Celeste no-las supre – “O meu Deus, segundo as suas
riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus
“(Fp.4:19). Além disso, Ele "é poderoso para fazer [...] além daquilo que
pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef.3:20).
Ao
invés de nos fixar em nossas necessidades, intercedamos. Enquanto estivermos
rogando por nossos amigos e irmãos, estará Ele suprindo cada uma de nossas
necessidades. Não foi exatamente isto o que se deu com o patriarca Jó? - "E o Senhor virou o cativeiro de Jó,
quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em
dobro a tudo quanto dantes possuía" (Jó 42:10).
e)
Confessar a Deus nossos pecados e faltas. Exorta o apóstolo João: "Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça" (1João 1.9).
O
pecado se refere à nossa natureza corrupta e perversa. Na verdade, aquilo que
somos é muito pior que aquilo que já fizemos até agora. Graças a Deus, porém,
porque Cristo morreu por nossos pecados. Para que possamos andar diariamente em
comunhão com Deus e com nossos irmãos em Cristo, precisamos confessar nossos
pecados: pecados de comissão, de omissão, de pensamento, de atos, pecados
secretos e pecados públicos. Precisamos trazê-los à tona e colocá-los diante de
Deus, chamá-los pelos seus devidos nomes, posicionar-nos do lado de Deus contra
eles e abandoná-los.
A
verdadeira confissão implica abandonar os pecados - “O que encobre as suas
transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará
misericórdia”(Pv.28:13). Tem você confessado seus pecados a Deus? Saiba que
Ele, em seu Filho Jesus, é fiel e justo para não somente perdoar-nos as faltas,
como também para nos restaurar a comunhão consigo (1João 1:7).
4. A oração
deve ser feita com reverência. Jesus ensinou isso na oração do Pai nosso
(Mt.6:5-13). Ao orar, penetramos na sala de audiência do Altíssimo, e devemos
ir à Sua presença possuídos de santa reverência. Veja e sinta a reverência que
os anjos têm para com o Deus todo-poderoso, quando estão em sua presença,
conforme descrito em Isaías 6:2-3.
Os
anjos cobrem o rosto em Sua presença. Os querubins e os serafins aproximam-se
de Seu trono com solene reverência. Muitos que se dizem cristãos, no momento da
oração, demonstram uma tremenda irreverência: mascam chicletes, balbuciam
conversas paralelas nada condizentes com o momento tão sublime e sobrenatural;
sem falar em outros absurdos destoante de uma vida genuinamente cristã. Isto é
trazer fogo estranho ao Altar (Nm.26:61).
5. A Quem
devemos orar? Devemos orar somente a Deus, e deve ser feito em nome de Jesus,
“porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo,
homem”(1Tm.2:5).
Inúmeras
pessoas oram a Maria e a vários outros seres, como Pedro, José, Francisco,
Antônio, Padre Cícero, etc. Tais orações não são bíblicas, são contra a vontade
de Deus e são, na verdade, uma ofensa ao nosso Pai Celestial. É pura idolatria.
Deus declara que não divide Sua glória com ninguém. Disse o Senhor: “Eu sou o SENHOR,
este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha
honra, às imagens de escultura” (Is.42:8).
6. Onde
devemos orar? O local e a posição ocupam lugar secundário quando o assunto é
oração. O fundamental para Deus é a motivação e a intenção do coração. Disse o
apóstolo Paulo: “Quero que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos
santas, sem ira nem contenda” (1Tm.2:8).
É
claro que não importa o lugar onde devemos orar, contudo, todo filho de Deus
deve ter um lugar reservado para estar a sós com Deus a fim de buscá-lo. Jesus
tinha seus lugares secretos para orar (Mt.14:23; Mc.1:35; Lc.4:42; 5:16; 6:12).
Nós, também, devemos disciplinar nossa vida a fim de mantermos nossa comunhão
com Deus e demonstrar nosso amor por Ele. A promessa é que nosso Pai nos
recompensará abertamente com a resposta à nossa oração e com sua presença
íntima.
O
Senhor Jesus recomenda-nos a entrar em nosso quarto, fechar a porta, e, no
segredo de nossos aposentos, oferecer clamores e ação de graças ao Pai Celeste
- “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a
teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te
recompensará” (Mt.6:6).
O
momento de dedicação à oração individual é uma oportunidade que temos de ser o
que somos, podendo apresentar-nos a Deus sem as máscaras que, tantas vezes,
encobrem a nossa verdadeira identidade. Este é o melhor momento e o melhor
lugar para o exercício da humildade, da sinceridade e da purificação da fé. A
perseverança e a dedicação a esse tipo de oração secreta, longe das pessoas, é
que formará a estrutura de uma fé genuína e vigorosa que levará o crente a
alcançar uma vida plena com Deus.
II. A
SUPREMA IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
A
Oração é a alma do cristianismo e expressa a nossa total dependência de Deus.
Ela é indispensável para uma vida de comunhão com Deus. Ela é o canal pelo qual
o homem exercita a sua submissão a Deus. Ela é a forma pela qual o crente se
põe como um verdadeiro servo do Senhor. Ela é a própria exteriorização de nossa
qualidade de servo de Deus. Assim como a fome e a sede, instintos naturais do
homem, exigem uma satisfação correspondente (comer e beber), assim também a
alma humana precisa ser despertada e alimentada pela presença do Criador. O
salmista diz: “A minha alma tem sede do Deus vivo!”(Sl.42:2). Essa sede de Deus
é uma necessidade básica do espírito.
1. A oração
estreita a comunhão com Deus. A oração, mediante a fé, estabelece e
desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. Sem oração não há comunhão
com Deus. A fé nos faz entender que Deus existe, que é um ser real que pode e
quer ouvir-nos. Simplificando, orar é falar com o Senhor, expondo nossa
gratidão, adoração, necessidades e buscando socorro na hora da angústia
(Sl.4:1; 46:1). O Espírito de Deus que habita nos corações dos santos deixa-nos
continuamente ligado ao Eterno, possibilitando-nos falar com Ele a cada
instante, independente do lugar onde estejamos. Por exemplo: andando pelas ruas,
dirigindo, numa fila de banco, trabalhando, etc. Pode-se orar em voz audível ou
apenas em espírito. Se fizermos assim, veremos que nossa comunhão com o Pai se
estreitará maravilhosamente.
2. Jesus era
cônscio da suprema importância da Oração. Jesus considerava a oração uma
prática extremamente importante na sua vida e ministério. Por isso, ele buscava
se retirar para lugares solitários a fim de orar. Apesar das multidões, das
tarefas e das pressões das pessoas, Jesus nunca deixou de dedicar tempo para estar
a sós com Deus.
-
“Todavia, as notícias a respeito dele se espalhavam ainda mais, de forma que
multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus
retirava-se para lugares solitários e orava ” (Lc.5:15,16).
-
“subiu ao monte para orar, e passou a noite em oração a Deus( Lc.6:12).
-
“despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte”(Mt.14:23).
Os
discípulos de Jesus vendo o exemplo dele, disseram: “Senhor, ensina-nos a
orar”(Lc.11:1), e Jesus atendeu prontamente o pedido dos discípulos (cf.
Mt.6:5-13). Lucas, descrevendo Jesus como o Homem perfeito, ressalta sua
intensa vida de oração (Lc.3:21; 5:15-17; 6:12,13; 9:18,28; 11:1;
22:31,32,39,40: 23:34).
Se
Jesus Cristo, o Homem perfeito e Filho do Deus Altíssimo, não abiu mão de uma
vida de oração nos dias de sua carne (Hb.5:7), quanto mais nós, que somos
fracos.
3. Homens e
mulheres da Bíblia reconheceram o valor da Oração. Os grandes
homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam
o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água está para
a corça. Grandes homens e mulheres de Deus, como Elias, Eliseu, Daniel, Samuel,
Davi, Jó, Neemias, Jeremias, Ezequiel, Ana (mãe de Samuel), etc., se valeram da
oração para realização de grandes feitos. Eles se dedicaram com fervor a essa
função porque sabiam do valor que a oração traz ao homem e à mulher de Deus.
O
apóstolo Paulo sabia quão grande é o valor da prática da oração, por isso não
se cansava de orar e de pedir oração em seu favor e da obra do Senhor. O seu
ministério era alicerçado na oração. Ele gostava de estar em oração: com os
irmãos (At.16:13); com os anciãos (At.20:36) e com um grupo de discípulos
(At.21:5).
Ele
não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele
(2Co.1:11); (Cl 4.3); (1Ts.5:25); (2Ts.3:1). Quaisquer que fossem as
circunstâncias de sua vida, nada o arrebataria do sublime propósito de manter a
comunhão com Deus através da oração (vide At.14:23; 16:16,25; 20:6; 25:5;
22:17). Ele fez a seguinte recomendação a Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de
tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por
todos os homens” (1Tm 2:1).
O
líder da igreja local que não tem a marca da submissão a Deus, mediante o
exercício devocional da oração, que não estimula o povo a este mister,
certamente, verá uma igreja fracassada e o rebanho com espiritualidade anêmica
e altamente vulnerável aos ardis de Satanás.
O
apóstolo Pedro foi livre da morte porque a Igreja orou por ele. Em At.12:1-17,
foi registrado que Herodes exercia uma forte perseguição contra os cristãos e
mandou prender Pedro, que ficou sendo vigiado por 16 soldados. A Igreja orava
continuamente pelo apóstolo. O texto mostra que, enquanto os cristãos oravam,
Deus movia o sobrenatural, enviando um anjo para libertar Pedro. O que me
impressiona nessa história é que, antes mesmo de a oração cessar, a resposta
foi enviada. Pedro retornou são e salvo.
Matinho
Lutero venceu a luta contra a poderosa religião católica porque soube estar em
Oração. Certa vez, Lutero tinha que comparecer a uma grande reunião convocada
pelo imperador Carlos V. Essa reunião deu-se na cidade de Worms, na Alemanha,
em 1521. O motivo da Assembleia eram os escritos de Martinho Lutero. As pessoas
estavam interessadas em conhecer aquele homem que havia se levantado contra os
ensinamentos da Igreja Católica.
Lutero
tinha uma poderosa arma para enfrentar aqueles inimigos: a oração. Naquela
noite, durante aquela vigília de oração, Lutero venceu a guerra contra os seus
inimigos. Assim relata o livro “Heróis da Fé”:
“(...)
sabendo que tinha de comparecer perante uma das mais imponentes assembleias de
autoridades religiosas e civis de todos os tempos, Lutero passou a noite
anterior em vigília. Prostrado com o rosto em terra, lutou com Deus, chorando e
suplicando. Um dos seus amigos ouviu-o orar assim: ‘Oh, Deus todo-poderoso! A
carne é fraca, o diabo é forte! Ah, Deus, meu Deus; que perto de mim estejas
contra a razão e a sabedoria do mundo! Fá-lo, pois somente tu o podes fazer.
Não é a minha causa, mas sim a tua.
Que
tenho eu com os grandes da terra? É a tua causa, Senhor, a tua justa e eterna
causa. Salva-me, ó Deus fiel! Somente em ti confio, ó Deus! Meu Deus... vem,
estou pronto a dar, como cordeiro, a minha vida. O mundo não conseguirá prender
a minha consciência, ainda que esteja cheio de demônios, e se o meu corpo tem
de ser destruído, a minha alma te pertence e estará contigo eternamente(...). ”
(BOYER, Orlando. Heróis da fé. CPAD: 2002, p.24).
Por
causa daquela noite em oração, no dia seguinte Lutero conseguiu permanecer
firme na fé, desmascarando os enganos que cegavam a igreja do seu tempo.
Hoje,
se nós podemos experimentar a nossa liberdade em Cristo, devemos, em grande
parte, ao tempo de oração que Martinho Lutero dedicou a Deus naquele ano de
1521. Lutero venceu a sua mais difícil batalha através da oração. Era comum que
Lutero, quando tinha muitas tarefas para executar num determinado dia, orar uma
hora a mais, além do tempo normal que costumava orar diariamente. Tal prática
de oração Lutero não aprendeu por si mesmo; antes, ele a aprendeu de Jesus.
Nós,
como Igreja do Senhor Jesus, se compreendermos bem o valor da oração e
adotarmos essa prática poderosa, com certeza faremos a diferença. Precisamos
orar sem cessar porque os desafios deste tempo são grandes.
4. Por ser
importante, devemos nos dedicar à oração ainda que nos achemos bem
espiritualmente. É estranhamente interessante, mas algumas pessoas param de buscar
Deus em oração por se acharem muito bem espiritualmente. Pensam que por já
terem uma longa caminhada com Deus, por já serem crentes há bastante tempo, por
já terem obtido várias respostas de oração, por já desenvolverem um ministério
bem-sucedido, por possuírem o reconhecimento de vários outros cristãos, pensam
que não precisam mais dedicar tanto tempo à oração a sós com Deus. Imaginam que
não precisam separar um período de oração diária, pois pensam que a sua vida,
as suas atividades e o seu trabalho em favor do Reino dos céus já são uma
oração a Deus.
Contudo,
Jesus não pensava assim. Apesar de ser o Filho de Deus, completamente sem
pecado, totalmente perfeito, dedicado ao ministério e cheio do Espírito Santo,
Jesus separava um período no seu dia para se dedicar à oração. Ele não
considerava que o desenvolvimento e o sucesso do seu ministério o dispensava de
orar diariamente. Pelo contrário, Jesus, apesar de todas as suas qualificações
“retirava-se para lugares solitários, e orava” (Lc.5:16). Com isto Ele nos
mostra que devemos nos dedicar à oração ainda que nos achemos bem
espiritualmente.
5. Por ser
importante, devemos nos dedicar à oração ainda que as atividades sejam muitas. A maior
parte das pessoas justifica a sua negligência com a oração dizendo que não tem
tempo. São homens e mulheres que afirmam estar ocupados demais para orar. Dizem
que precisam acordar muito cedo e deitar muito tarde, e que por causa das
tantas atividades não possuem tempo para se dedicarem à oração. Jesus também
era uma pessoa extremamente ocupada. Constantemente as pessoas vinham
procurá-lo, desejando receber uma palavra de aconselhamento, o esclarecimento
de uma dúvida, o ensinamento acerca do Reino de Deus ou uma ministração de
cura.
As
pessoas não se perguntavam sobre a disponibilidade de Jesus. Elas não estavam
preocupadas se Jesus precisava comer, dormir ou descansar. Elas queriam
simplesmente obter a satisfação dos seus anseios. Jesus era tão requisitado que
houve ocasiões em que Ele não conseguia nem mesmo comer, porque as pessoas iam
e vinham para ouvi-lo e tocá-lo (Mc.3:20). Contudo, apesar disso, ele sempre encontrava
tempo para se dedicar à oração (Lc.5:16).
III. PAI
NOSSO: O MODELO DE ORAÇÃO
O
Senhor Jesus nos deixou o modelo para nos dirigir ao Pai em oração, a chamada
“Oração do Senhor”, “oração dominical” ou, como é conhecido, o “Pai nosso”.
Quando os discípulos viram Jesus orando ao Pai, buscando comunhão com Ele,
foram desafiados. O exemplo é impressionante, pois, em seguida, os discípulos
pediram que Ele os ensinasse a orar. Viram Jesus orando e também desejaram
orar.
“E aconteceu que, estando ele a orar num certo
lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a
orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lc.11:1).
O
fato de um dos discípulos pedir que Jesus os ensinasse a orar, como também João
Batista ensinou aos seus discípulos, reflete não só o costume da época, mas
deixa claro que a oração do “Pai nosso” se distinguia da oração judaica e da
oração dos discípulos de João Batista.
A
oração do “Pai nosso” não foi ensinada pelo Senhor para ser repetida
automaticamente como uma reza, como muitos a têm tornado, mas, muito pelo
contrário, nela temos uma verdadeira aula de como devemos orar corretamente e
de forma agradável ao Senhor. Vejamos:
1. O
endereço da Oração (Mt.6:9). – “...vós orareis assim: Pai nosso que estás
nos céus...”. Ao reconhecermos Deus como nosso Pai, demonstramos que a relação
que existe entre Deus e o homem não é uma relação de senhorio, de propriedade,
de domínio ou de cruel submissão, como se vislumbra, por exemplo, entre os
islâmicos, mas é, sobretudo, uma relação de amor, de filiação, de intimidade e
comunhão.
A
melhor tradução do original para “Pai”, aqui, é “Paizinho”. Dessa forma soa em
aramaico a palavra Abba, que é um diminutivo, o modo como as crianças se
dirigem ao pai delas. Essa foi a grande novidade introduzida por Jesus. Deus
não era somente o Deus dos patriarcas, o Senhor dos Exércitos, o Senhor
assentado num alto e sublime trono. Não. Jesus nos revelou outra maneira de nos
comunicarmos com Deus.
Os
judeus concebiam Deus como o Pai do povo todo, mas não ousavam dirigir-se
pessoalmente a Ele com tanta intimidade. Jesus, porém, o fez (Mc.14:36), e
ensinou os seus discípulos, de todos os tempos, a endereçarem a Oração ao Pai
nessa total intimidade e confiança. Na verdade, dizendo "Paizinho",
entramos na própria intimidade que existe entre o filho e o Pai, pois Jesus
fraternalmente nos fez participar da sua própria filiação.
Ao
reconhecermos Deus como nosso Pai, estamos dizendo que confiamos em Deus e em
seu amor e que nada de ruim para nós pode ocorrer, pois Ele nos ama. É por isso
que Jesus insiste em que tenhamos, na oração, a imagem de Deus como a imagem do
Pai, daquele que é infinitamente muito mais bondoso do que nosso pai terreno e
que, portanto, nunca pode querer nos prejudicar ou nos causar dano.
Este
Pai bondoso, amoroso e misericordioso está nos céus - “...que está nos céus” -,
ou seja, é o Senhor do universo, o Soberano, aquele que tem todo o poder.
Lembrar que Deus é Pai, mas está nos céus, é lembrar que Ele não é nosso
empregado, nem está à nossa disposição ou à disposição de nossos caprichos.
2.
“...santificado seja o teu Nome” (Mt.6:9). O que é a santidade de Deus? É a
manifestação da sua glória através dos atos que realiza no mundo, na história e
na nossa vida. A oração do “Pai nosso” nos lembra que o nome do Senhor é
santificado, ou seja, que para termos uma verdadeira comunhão com Deus é
necessário que estejamos em santidade diante de Deus. Os nossos pecados fazem
separação entre nós e Deus (Is.59:2). Não é possível que queiramos orar a Deus
sem que estejamos em paz com Ele, o que somente se dá mediante a justificação
pela fé em Jesus (Rm.5:1).
Para
termos uma vida de oração correta e aceitável diante de Deus é imperioso que
estejamos vivendo de acordo com a sua Palavra, pois é ela quem nos santifica
(João 17:17).
3. O
primeiro pedido: “Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como
no céu” (Mt.6:10). O Reino de Deus é o centro e o objetivo final do seu plano e
de toda a mensagem de Jesus. É importante ressaltar que o Reino não está só no
futuro; ele se concretiza pouco a pouco, à medida que as pessoas aceitam o
evangelho e vivem fraternalmente, compartilhando a nova vida. O anseio pelo
reino mostra a meta, o alvo e a missão da comunidade cristã de proclamar o
evangelho, porque todos devem ter a mesma oportunidade de crer, até que Deus
seja tudo em todos (1Co.15:28).
-
“Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu”. A vinda do Reino
consiste no reconhecimento da vontade de Deus, que oferece uma nova vida a
todos. Quando dizemos "venha o teu Reino" estamos dizendo para Deus
que queremos que sua vontade se realize em nossas vidas, que Ele seja o nosso
Senhor, Aquele que comanda as nossas vidas. Quão diferente é a oração daqueles
"supercrentes", daqueles que, baseados nas falsas doutrinas da
confissão positiva e da teologia da prosperidade, acham que a vontade deles é
que tem de ser feita. Tiago exorta: “E esta é a confiança que temos nele: que,
se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1João 5:14).
4.
O segundo pedido: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mt.6:11). A Oração
também envolve o aspecto material de nossas vidas, mas dentro de uma
perspectiva de cumprimento da vontade de Deus e de sua soberania. Deus não se
esquece das necessidades materiais do ser humano e sabe que, enquanto aqui
estamos, precisamos de comer, de vestir e de beber, razão pela qual está
disposto a nos conceder o necessário para a nossa sobrevivência (Mt.6:31-34),
mas devemos priorizar o reino de Deus e a sua justiça. Como se não bastasse
isso, Deus se compromete com o necessário, não com a opulência ou a riqueza
desmedida, como têm defendido os teólogos da prosperidade, numa perspectiva que
mais os faz avarentos e, por conseguinte, idólatras (Cl.3:5), do que servos de
Deus.
Todavia,
aqui, não se trata apenas de pedir o necessário para viver cada dia e garantir
o necessário para o futuro; mais que isso, o "pão nosso de cada dia"
é o pão da vida eterna, é o alimento que nos dá a vida plena; é o pão do
banquete celeste. Assim, os verdadeiros cristãos não pedem a abundância
material, mas apenas o necessário para uma vida digna, sempre aberta para o que
Deus tem para cada um de nós.
5. O
terceiro pedido: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos
nossos devedores” (Mt.6:12). Essas palavras nos levam a pensar que não temos o
direito de pedir perdão se nós mesmos não estamos dispostos a perdoar. O perdão
de Deus para nós é proporcional ao perdão que concedemos aos outros.
A
questão é séria. Nenhuma igreja ou comunidade se mantém unida sem o perdão,
porque viver juntos sempre traz mal-entendidos, atritos, conflitos e ofensas e,
mais do que nunca, o perdão mútuo é necessário. Por isso, a pessoa que ora o
“Pai nosso” não precisa ser apenas criatura de Deus, mas uma criatura redimida
(perdoada) por Deus; redimida pela cruz, no sangue do Cordeiro ela não apenas
deve ter encontrado anulação dos pecados do passado, mas também a libertação da
sua natureza não reconciliável.
O
apóstolo Paulo disse em Romanos 5:6-11 que Deus nos amou quando éramos ainda
pecadores. Quando éramos seus inimigos, Deus nos reconciliou com Ele. E ainda
afirmou depois, em Efésios 4.32: “Antes sede uns para com os outros benignos,
compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos
perdoou”. Precisamos nos perdoar mutuamente, porque Cristo já nos perdoou. O
perdão de Deus foi concedido quando nos convertemos, e nos incentiva a
perdoarmos uns aos outros. Só o perdão compartilhado pode garantir a
continuidade da vida comunitária.
6. O quarto
pedido:
“E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal...” (Mt.6:13). Que tentação
Jesus se referiu aqui? A todo tipo de tentação, mas talvez, principalmente, a
de abandonar a fé em Cristo em troca das sugestões de Satanás: abundância,
riqueza, poder e prestígio (Lc.4:1-13). Esse abandono pode ser motivado pela
ganância, mas também pelo desânimo, pelo medo e pela insegurança. Judas foi
tentado, caiu e abandonou definitivamente o plano de Deus (Lc.22:3-6,47,48).
Pedro foi tentado, caiu, mas se arrependeu (Lc.22:54-62).
Jesus
foi tentado e não caiu, foi vitorioso (Lc.22:39-46). Esse é o pedido mais
importante: que Deus nos poupe de o trairmos, de o negarmos, pois assim
trairíamos e negaríamos a nós mesmos e a todos aqueles que lutam para que o
Reino de Deus venha.
7.
Conclusão: “porque teu é o reino, e o poder, e a glória para sempre. Amém”
(Mt.6:13). A Oração-modelo termina com uma expressão de adoração, parte
indispensável em qualquer oração. É através da oração que expressamos nosso
amor ao Senhor, que lhe rendemos a glória que só a Ele é devida.
Lamentavelmente, nos nossos dias, oração tem
significado apenas um petitório. Somente pedimos, pedimos, pedimos e, para
finalizar, pedimos. Nem sempre nos lembramos de agradecer ao que Deus nos fez,
que dirá adorá-lo, render-lhe glória e louvor. É fundamental que a nossa
oração, pelo menos, tenha uma parte de adoração. É preciso que louvemos e
glorifiquemos a Deus em nossas orações.
A
oração de uma pessoa pode variar muito, pois depende de suas circunstâncias e
necessidades. Podemos orar como Pedro: Salva-me, Senhor! (Mt.14:30), quando
estava afundando no mar. Ou como o publicano arrependido do templo, quando
disse: “ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc.18:13).
Quando
oramos assim, com sinceridade, expressando de verdade o sentimento do nosso
coração, Deus nos ouve e atende.
CONCLUSÃO
A
Oração do Pai nosso, que Jesus ensinou, não pode ser feita como uma reza, mas
deve expressar a verdade do nosso coração. Como vai a sua vida de oração? Você
tem se dirigido a Deus, desfrutando da intimidade que Jesus nos proporcionou
com o Pai? Cultivamos a oração diariamente, ou já nos conformamos com o
presente século? Deus decidiu agir, em muitas ocasiões, através da oração dos
crentes. Lembre-se do apóstolo Paulo e da grandeza do seu ministério. Lembre-se
de Martinho Lutero e do impacto da sua vida em todo o mundo. Lembre-se de João
Wesley e do avivamento que varreu a Europa e os Estados Unidos. Lembre-se de
que, por trás de todas essas pessoas, existe uma vida de oração. A igreja pode
transformar o mundo; você pode transformar o mundo; qual o caminho? Uma vida de
oração.
Foi
um prazer estar com vocês durante este trimestre letivo. Que Deus possa nos
conceder sabedoria e sua maravilhosa graça para estarmos novamente juntos no
próximo trimestre, enfrentando os desafios que nos estão propostos. Deus os
abençoe sobremaneira!
Referências
Bibliográficas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal.
Bíblia
de estudo – Aplicação Pessoal.
Comentário
Bíblico popular (Novo Testamento) - William Macdonald.
Revista
Ensinador Cristão – nº 77. CPAD.
Comentário
Bíblico Pentecostal. CPAD.
Comentário
do Novo Testamento – Aplicação Pessoal. CPAD.
Dr.
Caramuru Afonso Francisco. Oração, o diálogo da alma com Deus.PortalEBD_2008.
Rev.
Hernandes Dias Lopes. Lucas.
Disponível
no Blog: http://luloure.blogspot.com
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