A MORDOMIA DO TEMPO
TEXTO ÁUREO
“Remindo o tempo; porquanto os dias
são maus” (Ef 5.16).
VERDADE PRÁTICA
O tempo deve
ser vivido racionalmente, de modo a promover o bem-estar tanto individual
quanto do próximo e, acima de tudo, permitir a glorificação daquele que nos deu
o tempo.
TEXTO BÍBLICO = Ec
3.1-8
INTRODUÇÃO
Duas idéias
são fornecidas pela leitura de nosso texto de Eclesiastes. Primeira, a questão
do tempo relaciona-se com o tempo de Deus, do qual somos mordomos; segunda,
refere-se à organização do nosso tempo em relação ao trabalho, à família, ao
lazer, à igreja etc.
1. DEUS, O SENHOR DO TEMPO
O primeiro
grande princípio da mordomia cristã relativo ao tempo é o reconhecimento de que
Deus é o Senhor do tempo, e que a sua administração se torna para nós a
administração do tempo de Deus (SI 31,15; At 17.26). Administramos o tempo de
Deus à meçliia que somos administrados por Ele. As vezes. quando o espaço
dentro do tempo parece não ser suficiente, as horas se desarticulam, os
trabalhos se amontoam e as coisas saem erradas. e perguntamos a nós mesmos onde
foi que erramos. Outras vezes perguntamos a Deus se estamos fazendo aquilo que
Ele quer que façamos.
lI. CONCEITOS ACERCA DO
TEMPO
Certo
sociólogo, observa que “o tempo, à semelhança do espaço, é uma dimensão e não
uma força”. O mesmo autor apresenta uma diferença entre o “tempo medido” e o
“tempo vivido”. Naturalmente, os que vivem dentro do “tempo medido” são
escravos das coisas que fazem dentro desse tempo. Deus quer que aprendamos “a
contar os nossos dias”, isto é, que administremos o nosso tempo, de tal forma
que nos faça bem e que glorifique a Deus.
1. Conceitos errôneos acerca do tempo. Existem falsos e errados conceitos
sobre o uso do tempo, e até mesmo algumas expressões populares que nos dão idéia
de como muitos encaram o assunto:
a. “Para onde foi o tempo?” Ora, se o tempo é uma dimensão e não
uma força, entende-se que quando não conseguimos fazer todas as coisas
desejadas no tempo disponível, o problema não está no tempo, mas sim no uso do
tempo. O tempo não pode fugir de nós. Na verdade, somos nós que sufocamos o
tempo com tantas atividades as quais não permitem alternativas. “Contar os
dias” equivale a contar o tempo, isto é, planejar todas as atividades possíveis
dentro do tempo disponível.
b. “Tempo é dinheiro e devemos
gastá-lo sabiamente”.
E uma expressão bem utilizada pelo povo. O dinheiro não é tudo dentro do tempo
que Deus nos dá. Podemos gastá-lo ou não. E questão de opção de quem o possui.
Normalmente, os adeptos desta frase são amantes do dinheiro, e por isso
desconhecem tantas coisas boas que se podem fazer dentro do tempo, Os crentes
em Cristo devem trabalhar, mas não devem ser escravos do trabalho.
c. “O tempo voa”. E outra expressão comum aos que
realizam algum trabalho e não conseguem executá-lo completamente no tempo -
disponível.
d. “O tempo cuidará do caso”. Esta frase é sempre usada quando não
se consegue resolver um certo problema. Dá a idéia de que algum fato esporádico
dentro do tempo venha resolver aquele caso. ‘Até certo ponto parece válida a
idéia. Entretanto, como crentes em Cristo, devemos entender que não é o tempo
que trará solução a um problema, mas sim o fato de que “devemos dar o devido
tempo” para que se cuide do caso.
c. “Não tenho tempo”. Expressão fatídica na experiência
cotidiana de todos nós. A questão toda não é a falta de tempo, e, sim, nosso
critério de prioridades no tempo que dispomos. Algumas ocasiões podem causar a
expressão “Não tenho tempo”. Primeiro, a sobrecarga de atividades. Segundo, as
coisas que fazemos dentro desse tempo, são elas prioritárias, ou são
secundárias? Terceiro, qual é o critério de prioridades que usamos na escolha
das coisas que vamos fazer? Na vida do serviço cristão devemos dar prioridades
ao “Reino de Deus’ (Mt 6.33).
f. “Estou matando o tempo”. Esta é uma expressão bem comum entre
os que não estão fazendo nada em certos momentos. Entretanto, se analisarmos
profundamente esse conceito, percebemos que se trata de um crime que se comete
contra Deus, contra si mesmo e contra o próximo. Matar o tempo significa não
utilizá-lo convenientemente, isto é, não administrá-lo com aproveitamento real.
2. Conceitos bíblicos acerca do
tempo. O conceito
bíblico acerca do tempo relaciona-se com aspectos temporais e eternos da vida
humana.
a. A vida humana é temporal, isto é,
limitada ao tempo (Sl 90.3- 6,8,10). A vida física do homem é passageira, por isso o tempo de sua
vida é precioso e precisa ser administrado de forma a aproveitá-lo bem.
b. O aspecto eterno da vida do homem. Um é o tempo de sua vida física,
outro é o tempo depois da morte. A garantia de uma eternidade feliz está na
mordomia sábia e temente a Deus do tempo de agora.
c. A importância do Lida. A vida é mais que respirar, comer,
beber, dormir, trabalhar e se mover sobre a terra. Há algo além dessa vida
física e material que deve estar na nossa consciência. .JCSLIS disse: “Não é a
vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido? (Mt 6.25).
III. A ADMINISTRAÇÃO DO
TEMPO
Neste ponto
destacaremos a nossa mordomia do tempo em relação ao trabalho, à família, ao
lazer, à vida cristã e a nós mesmos.
1. Em relação ao trabalho. Tempo e trabalho são inseparáveis;
sempre estiveram na vida do homem. No primeiro estado, antes do pecado, o homem
recebeu o trabalho de governar o mundo físico e material (Gn 1.26,27,28). Sua
tarefa era, essencialmente, governar a terra. Parece-nos que não trabalhava
para comer, porque Deus plantou um jardim com toda a espécie de árvore
frutífera para a subsistência do homem (Gn 2.8,9).
Porém, após
a queda, uma vez expulso do jardim, o homem teve que mudar de atividade,
passando do privilegiado trabalho de governador para o pesado trabalho de
lavrar a terra para colher o seu alimento e o de sua família ( Gn 3.17-19). Os
filhos de Adão, Caim e Abel aprenderam a trabalhar. Caim tornou-se lavrador (Gn
4.4) e Abel foi pastor de ovelhas. Em toda a Bíblia destaca-se o trabalho. Por
exemplo: Noé era lavrador; Abraão foi fazendeiro; Davi foi pastor de ovelhas e
depois rei de Israel.
O tempo será
proveitoso quando o trabalho corresponder à vocação natural. Qualquer pessoa
pode aprender uma profissão que não corresponda à sua vocação profissional. Com
isto, a disposição na execução do trabalho será sofrível. Mas quando a pessoa
faz algum trabalho para o qual tem vocação, a disposição e prazer se aliam e o
trabalho sai bem feito porque produz deleite. Devemos orientar flo5sos filhos a
desenvolver e descobrir suas habilidades naturais, ou seja, suas tendências
para certas atividades da vida profissional.
2. Em relação à família. Tem sido um sério problema de nossa
sociedade o relacionamento familiar. Na falta de uma perspectiva correta sobre
o tempo e a família, muitos cristãos estão incorrendo em grave pecado contra
suas famílias não lhes dando a devida prioridade dentro do tempo disponível. Há
chefes de família cujo tempo é todo tomado pelo trabalho e até mesmo pequenos
afazeres ocupam o tempo necessário à família.
3. Em relação ao lazer. John Ruskin disse: “não há música em
uma pausa, porém a pausa entra na composição da música. E as pessoas estão
sempre omitindo essa parte da melodia da vida”. Há conceitos errados acerca do
lazer na vida do crente. Há aqueles que são frontalmente contrários a qualquer
tipo de lazer, como se fora algum pecado, quando na verdade, o pecado maior
está em tornar a vida opaca e cansativa. E preciso haver “tempo de lazer” na
mordomia do tempo. O crente em Cristo não é mais escravo d(i pecado. Ele é
livre para viver; não só livre para a vida espiritual, mas também para o trabalho,
para gozar os benefícios da natureza criada, para compartilhar horas felizes
com seus familiares e assim tornar- se mais agradável para o próximo e para si
mesmo.
4. Em relação à vida espiritual. A Bíblia nos aconselha a que
cresçamos “na graça e no conhecimento” (2 Pe 3.18). A robustez da nossa vida
espiritual está em separarmos o tempo para tal. Dedicamos a maior parte da
nossa vida ao desenvolvimento físico e mental, quase que não restando nada para
a vida espiritual, que deveria estar em primeiro lugar na administração do
tempo. E preciso tempo para a oração, meio pelo qual mantemos comunhão com
Deus. Davi orava três vezes ao dia (SI 55.17). Daniel também orava três vezes
ao dia (Dn 6.10). .Jesus ensinava a orar e a dispensar tempo e espaço especial
para a oração (Mt 6.9; 14.23). Paulo deu ênfase à oração (1 Ts 5.17; 1 Tm 2.8).
IV. COMO USAR O TEMPO
SABIAMENTE
Em primeiro
lugar. para que a mordomia do tempo seja proveitosa e usada dentro dos
princípios da mordomia cristã, devemos analisar os aspectos negativos e
positivos da mordomia do tempo.
1. Aspectos negativos do tempo.
a. Desperdiçar o tempo empregando-o
mal. O uso do tempo
não é o mesmo que o uso do dinheiro que se pode acumular, caso não se gaste. O
tempo não pode ser acumulado e posto em disponibilidade. Tem que ser usado à
medida que o temos à nossa frente. Uma vez que se deixe de usá-lo, não se pode
recuperá-lo mais. Cada segundo de tempo é precioso. Por isso, desperdiçar o
tempo significa perdê-lo irrecuperavelmente.
b. Desperdiçar o tempo com coisas
fúteis. Quantas
vezes perdemos tempo em conversas fúteis, sem edificação algum, quer para a
alma. quer para a mente (2 Tm 2.16). O apóstolo Tiago mostrou o cuidado que se
deve ter com a língua (Tg :1.13,10). Paulo ensinou que não deve sair de nossa
boca nenhuma palavra torpe (Ef 4.29).
c. Desperdiçar em atividades
prejudiciais.
Existem atividades que prejudicam a alma e o corpo. São atividades que afetam a
consciência e entristecem o Espírito Santo (Ef 4.30.31).
2. O aspecto positivo do uso do tempo.
a. Planeje seu tempo. “Tudo tem o seu tempo determinado”
(Ec 3.1). Nesta expressão bíblica entendemos, não só que o nosso tempo é
predeterminado por Deus. mas que devemos ser metódicos quanto ao uso do tempo.
Devemos planejar todas as nossas atividades de forma a preencher o tempo
disponível. Qualquer atividade nossa sem planejamento, corre o risco de não ser
executada. A administração do tempo requer inteligência, por isso nesse
planejamento deve haver precisão, objetivos e programação. A previsão visa
estimar o futuro de nossas atividades. Com os objetivos estabelecidos podemos
determinar os resultados a serem alcançados.
b. Cultive a pontualidade. “Não sejais vagarosos no cuidado”
(Rm 12.11). Chegar tarde é outro mau hábito que deve ser abandonado, pois
revela a falta de mordomia para com as obrigações da vida. Há uma
justificativa, nem sempre válida. sobre a pontualidade, através da velha frase:
“Antes tarde do que nunca”. Todas as nossas atividades. sejam materiais,
físicas, sociais ou espirituais, merecem o devido respeito. O tempo é precioso.
por isso devemos aproveitá-lo bem, sem. Contudo nos escravizarmos ao relógio.
c. Mantenho-se equilibrado no uso do
tempo. A idéia da
palavra equilíbrio nasceu numa balança de dois pratos. O desequilíbrio do tempo
está em dar mais peso para um lado da balança que o necessário. A Bíblia fala
de equilíbrio quando diz:
“Andeis como
é digno da vocação com que fostes chamados’’ (Ef 4.1). A palavra “digno” tem na
sua raiz o sentido de equilíbrio.
Lições Bíblicas
CPAD 2º. Trimestre 1987
A MORDOMIA CRISTÃ DO
TEMPO
TEXTO AUREO
“Em todo o
tempo sejam alvas as tuas vestes, e nunca falte óleo sobre a tua cabeça” (Ec
9.8).
VERDADE PRÁTICA
A mordomia
do tempo requer que saibamos aproveitar bem a vida que temos, vivendo para
Deus, com temor, sabedoria e paciência.
LEITURA BIBLICA =
ECLESIASTES 31-8
INTRODUÇÃO
O texto
básico de nosso estudo nos ensina que tudo que fazemos nesta vida tem o seu
tempo determinado. Nada deve ser deixado ao acaso. Tudo quanto fazemos deve
obedecer a um princípio de harmonia. O saber aproveitar o tempo implica
discernimento e diligência quanto às oportunidades que Deus nos dá:tuas idéias
ex- traímos da leitura bíblica em classe. A primeira é que Deus nos dá o tempo
e dele somos administradores bons, medíocres ou maus. E a segunda, diz respeito
à organização do nosso tempo em relação ao trabalho, à família, ao lazer, à
igreja etc. Esta lição tem, pois, a ver com a administração do nosso tempo em
todas as nossas atividades.
I. DEUS, O SENHOR DO
TEMPO
1. Administrando o tempo que Deus nos
dá. O primeiro
grande princípio da nossa mordomia do tempo é o fato de que Deus é o Senhor do
tempo e, que a sua administração torna-se para nós, o exemplo nesse sentido (Sl
31.15; At 17.26).
2. O tempo é dádiva de Deus. Ora, o tempo é uma dádiva divina que
devemos utilizar sabiamente (Si 90.12). Quando o salmista ora dizendo:
“Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações
sábios”, somos por Deus advertidos e conscientizados acerca da administração do
tempo. A expressão “contar os nossos dias” dá a idéia da preciosidade do tempo
e também da brevidade da nossa vida nesta existência temporal. Cada minuto
nosso é precioso e indispensável. E o seu correto e oportuno aproveitamento é
que nos torna sábios, isto é, capazes de vivê-los bem.
II. CONCEITOS ACERCA DO
TEMPO
Deus não
quer que sejamos escravos cegos do tempo; ele quer que aprendamos “a contar
nossos dias”, isto é, que administremos nosso tempo, de tal forma, que isso
redunde em nosso bem tanto nas casas temporais como nas espirituais.
1. Conceitos errôneos acerca do tempo. Eis alguns erros que devem ser
evitados na administração do nosso tempo.
a) Para onde foi o tempo? Quando não conseguimos fazer todas
as coisas necessárias no tempo disponível, o problema não está no tempo, mas
sim no seu uso. O tempo sempre está disponível; nós é que o sufocamos com
atividades em demasia e sem priorização, num determinado momento. “Contar os
dias” também significa contar o tempo, isto é, planejar todas as atividades
possíveis dentro do tempo disponível, dentro de um critério de prioridade,
conforme a importância das coisas.
b) O tempo voa. É outra expressão comum dos que
trabalham, porém, não conseguem executar as tarefas no tempo disponível.
c) O tempo cuidará do caso. Esta frase é usada por quem não
consegue resolver um certo problema no tempo desejado. Como crentes em Cristo,
devemos entender que não é o tempo que trará solução a um problema, mas sim que
“devemos dar o devido tempo” para cuidar do caso.
d) Não tenho tempo. A questão toda não é a nossa falta
de tempo, e sim, nossos critérios de prioridades no tempo que dispomos. A má
administração do tempo provoca confusão e desorganização. Na vida de serviço
cristão, a prioridade é do Reino de Deus (Mt 6.3 3).
e) Matar o tempo. Esta é uma expressão comum dos que
não estão fazendo nada em certo momento. Matar o tempo é destruí-lo, não
aproveitá-lo, não administrá-lo para o que for útil. Quem assim faz peca contra
Deus, contra si mesmo e contra o próximo.
2. Conceitos bíblicos acerca do
tempo. Do ponto de
vista bíblico, o tempo relaciona-se com aspectos “temporais e eternos” da vida
humana.
a) A vida humana neste mundo é
temporária, isto é, limitada ao tempo (SI 90.3-6; 8,10). A nossa vida-física aqui é
passageira, por isso, o tempo é precioso e precisa ser sabiamente administrado.
b) O homem tem um elemento eterno
dentro de si. Sim,
alma e espírito são imortais. Uma coisa é o tempo da vida física; outra, é o
tempo do homem depois da morte. A garantia de uma eternidade feliz está em
seguir fielmente ao Senhor, agora.
III. COMO USAR O TEMPO
SABIAMENTE
1. O uso negativo do tempo.
a) O desperdício do tempo. O tempo deve ser usado à medida que
o temos em nossa frente. Uma vez que se deixe de usá-lo não se pode mais
reavê-lo. Cada segundo é precioso. Por isso, desperdiçá-lo significa perdê-lo
irrecuperavelmente.
Deus nos deu
tempo para que usemo-lo sabiamente, em proveito próprio, para o próximo e para
glória de Deus.
b) Desperdiçar o tempo com coisas
fúteis. Quantas
vezes perdemos tempo em conversas fúteis, sem edificação alguma, nem para a
alma, nem para a mente, nem para ninguém (2 Tm 2.16). O cuidado com a língua
não pode ser negligenciado (Tg 3.6,10). Não deve sair da nossa boca nenhuma
palavra torpe (Ef 4.29), isso o que a Bíblia ensina.
2. O uso positivo do tempo.
a) Planeje seu tempo. “Tudo tem seu tempo determinado” (Ec
3.1). Nesta expressão bíblica, entendemos, não só que o nosso tempo é
predeterminado por Deus, mas que nós devemos ser metódicos quanto ao seu uso.
b) Cultive a pontualidade. “Não sejais vagarosos no cuidado”
(Rm 12.11). Há uma justificativa falida contra a pontualidade que muito
prejudica e que ouvimos sempre:
“Antes tarde
do que nunca”. A pontualidade faz parte do caráter cristão.
c) Procure remir o tempo. Não significa diminuí-lo, nem
aumentá-lo. Significa aproveitar ao máximo (Ef 5.16; Cl 4.5). (No original, a
frase literalmente significa aquisição; adquirir; comprar em relação ao tempo).
Devemos também, remir o tempo na esfera espiritual, no sentido de dar
prioridade às coisas espirituais como, evangelização, cultos de doutrina,
meditação bíblica individual, culto doméstico etc
.
CONCLUSÃO
A mordomia
cristã do tempo é a base para o êxito administrativo de todas as esferas da
vida do cristão. Por isso, o tempo deve ser santificado ao Senhor.
Lições
Bíblicas CPAD 4º. Trimestre 2003
Cuidando melhor do
tempo
TEXTO ÁUREO
“Remindo o tempo; porquanto os dias
são maus”. Ef 5.16
VERDADE APLICADA
Diante da
realidade do mundo, o crente precisa saber melhor utilizar o seu tempo para
consigo e Deus.
LEITURA BIBLICA –
ECLESIASTES 3: 1-8
INTRODUÇÃO
O tempo
passou a fazer parte da história do homem após sua queda, quando o Senhor
determinou o fim dos seus dias. A partir daí o homem vive contando os seus dias
e aguardando o seu fim. Nessa contagem regressiva, não damos conta de que o
tempo está diante de nós e de que devemos aproveitá-lo de maneira sábia e
prudente. Saber fazer bom uso do tempo faz parte da nossa mordomia enquanto
aqui vivermos, pois um dia, diante do Senhor iremos prestar contas do tempo que
Ele nos deu e nada fizemos.
I - DEUS É O SENHOR D0
TEMPO
Deus é o
Senhor do tempo (Dn 2.2 1) e através de sua soberania Ele faz como quer. O
salmista afirma, dizendo: “Os meus tempos estão em tuas mãos” (Si 31.15a),
ensinando- nos que o nosso tempo pertence a Deus e que apenas somos mordomos
dessa dádiva divina.
a) Deus, o criador do tempo — Em sua criação o Senhor Deus
determinou luminares na expansão dos céus a fim de nos conduzir no tempo: “...
e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos” (Gn
1.14b). Ele criou meios para o homem contar os seus dias (Jó 8.9; Si 90.12) e
gasta-los, principalmente em sua presença (Sl 90.14).
b) O tempo pertence a todos. Deus em sua sabedoria determinou que
o tempo e a sorte pertencessem a todos (Ec 9.11). Nesse versículo Salomão
adverte que o tempo não é apenas privilégio de alguns, mas de todos os que dele
se apropriam com sabedoria. Por isso Paulo nos ensina que devemos remir o
tempo, isto é, comprá-lo, resgatá-lo, porquanto os dias são maus (Ef 5.16).
c) Tempo, uma dádiva divina — Conhecendo a dificuldade de
lidarmos com o tempo, o Senhor dividiu o nosso tempo em etapas importantes de
nossa vida (Ec 3.1). Nos versículos seguintes encontramos as mais diversas
formas de tempo para aplicarmos segundo as nossas necessidades:
Tempo de
nascer, tempo de morrer; tempo de chorar, tempo de rir; tempo de buscar, tempo
de perder; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz
(Ec 3.2-8). Que tempo de sua vida você está vivendo hoje? Aproveite-o na
presença de Deus.
II - A NECESSIDADE DE
SE CONHECER O TEMPO
O homem tem
dividido o seu tempo em anos, meses, dias, horas, minutos e segundos na
tentativa de manejá-lo da melhor forma possível. Como mordomos das coisas
espirituais somos também mordomos das coisas temporais, passageiras, entre elas
o tempo (Jó 32.7; Sl 90.9).
a) Jesus conhecia o seu tempo — Durante seu ministério terreno
Jesus, muitas vezes, foi impelido a agir antes do tempo (Jo 2.4). Entretanto
Ele conhecia bem o seu tempo: “O meu tempo está próximo ...“ (Mt 26.18) e sabia
do momento certo de agir dentro do propósito divino (Lc 22.14; Mc 14.4 1; Jo
7.30). No momento certo, Ele exclamou: “Pai, é chegada a hora; glorifica a teu
Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1).
b) O homem não conhece o seu tempo — A Bíblia afirma que para todo o
propósito há tempo e modo (Ec 8.6). Isto ensina que devemos compreender o nosso
tempo e o modo de fazê-lo para que não nos atrapalhemos na vida. Muitas vezes
as coisas sucedem erradas porque não conhecemos o nosso tempo: “... o homem não
conhece o seu tempo assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo
...“ (Ec 9.12). Somente através da sabedoria divina conseguiremos entender o
tempo e os propósitos de Deus para nossa vida (Pv 14.8a).
e) O tempo na vida do crente — Desde que aceitou a Jesus como seu
Salvador pessoal, o crente passou a entender “os tempos de Deus” em sua vida
(Is 55.8,9). Ele, agora, compreende que é um mordomo cuidadoso no dispêndio do
seu tempo:
“Portanto,
vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios” (Ef 5.15). O
crente vive agora o seu tempo procurando entender a vontade de Deus (1 Pe 4.2),
se exercitando em boas obras (GI 6.9) e edificando sua vida na Palavra de Deus:
“Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e
guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Ap 1.3).
III - O DEVER DE
ADMINISTRAR O TEMPO
O tempo nos
foi dado por Deus para que seja gasto de maneira sábia e ordenada (Sl 143.10).
O tempo deve ser usado para ganharmos o nosso sustento (Ef 4.28), para nosso
descanso e para todas as boas atividades da vida. Tão acostumados estamos a
usar desse tempo, que com facilidade nos esquecemos de que ele não é nosso e,
sim, um depósito sagrado.
a) Planejando o tempo — Devemos planejar todas as nossas
atividades de forma a preencher o tempo disponível, seguindo o exemplo de Jesus
(Lc 13.33). A administração do tempo requer inteligência, por isso nesse
planejamento deve haver previsão, objetivos e programação, conforme nos ensina
Paulo (Rm 15.23-25). O planejamento visa estimar o futuro de nossas atividades.
b) Mantendo a pontualidade — Todas as nossas atividades, sejam
materiais, físicas, sociais ou espirituais merecem respeito quanto ao horário.
Paulo nos ensina, dizendo: “Não sejais vagarosos no cuidado ...“ (Rm 12.11). A
falta de mordomia se revela nas obrigações da vida e passamos a viver cheios de
‘justificativas” (Mt 5.37).
c) Use bem o seu tempo — A mordomia cristã nos ensina a
fazer bom uso do nosso tempo (Sl 90.9,10). A vida física do homem é passageira
(Tg 4.14), por isso o tempo de sua vida é precioso e deve ser aproveitado para
sua felicidade (Ec 9.9) e para salvação de sua família (Hb 11.7). Todas as
coisas nos são importantes na vida, mas a prioridade é para o reino de Deus (Mt
6.33).
IV - OS PERIGOS NO MAU
USO DO TEMPO
Infelizmente,
o mau uso do tempo está presente em muitas vidas que não observaram a “mordomia
cristã” como algo divino. Quantos estão deixando o tempo da oportunidade
passar: “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos” (Jr 8.20),
quando virão os maus dias e chegarão os anos do descontentamento: “Lembra-te do
teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem
os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”(Ec 12.1).
Nunca é
tarde para se começar um novo propósito com Deus, pois se não, Ele um dia nos
pedirá contas do que passou: “O que é já foi, e o que há de ser também já foi;
Deus fará renovar-se o que se passou” (Ec 3.15).
a) Desperdiçando o tempo — E lamentável como a maioria das
pessoas desperdiça o seu tempo empregando-o mal. O desperdício não faz parte do
plano de Deus para as nossas vidas, mas sim a sabedoria e o bom aproveitamento
dele (Ci 4.5). Quem desperdiça o tempo, prejudica-se a si mesmo e aos demais à
sua volta. Bem-aventurado o que usa seu tempo nas coisas do Senhor (Sl 1.1,2).
b) O perigo das futilidades — Quantas vezes perdemos tempo em
conversas fúteis. Paulo chama nossa atenção para o perigo das futilidades (2 Tm
2.16; Tt 3.9), ele ainda diz que tais “conversas” corrompem os “bons costumes”
(1 Co 15.33). O crente deve ocupar-se nas coisas do Senhor e proferir palavras
que venham “promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Ef
4.29).
c) Desprezando o dia do Senhor— Diante da realidade que o tempo não
é nosso, devemos atentar para um dia especial, o “domingo”, que é o “Dia do
Senhor” (Mc 16.9). Este dia não nos pertence, é o dia de estarmos na Casa de
Deus (At 20.7) para “contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo”
(Sl 27.4). Ao usarmos o domingo para nosso deleite estamos desprezando o “dia
do Senhor” e seremos cobrados por nossa má mordomia: “Então, mandando-o chamar,
lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração,
porque já não podes mais continuar nela” (Lc 16.2).
CONCLUSÃO
A mordomia
do tempo nos leva a compreender que as horas mais bem empregadas são aquelas
que gastamos em favor de outrem. Cada minuto usado em socorrer um necessitado,
em apontar o caminho da vida eterna ao desanimado, em levantar alguém caído, é
um tempo aprazível diante de Deus. Enquanto alguns dizem: tempo é dinheiro,
para o salvo tempo é uma dádiva divina que deve ser aproveitado para nossa
edificação espiritual e, conseqüentemente, para divulgação do reino dos céus.
Lições
Bíblicas Betel 4º. Trimestre 2002
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