COMO VENCER AS OPOSIÇÕES À OBRA DE DEUS
Texto Áureo
Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos
amou. Romanos 8.37
O miserável
evangelho do triunfalismo e da prosperidade ama tirar este versículo do
contexto, vamos procurar entender o que realmente há por trás das palavras de
Paulo. Tenha em mente que os cristãos da época de Paulo tiveram que enfrentar
perseguições, enfermidades, doenças e mortes (e muitas vezes os cristãos eram
mortos com demonstrações de extrema crueldade por parte de seus algozes), e,
por muitas vezes os cristãos por causa do sofrimento, temeram que Cristo os
tivesse abandonado.
A frase “somos
mais que vencedores” pode ser melhor compreendida através das seguintes
considerações:
Paulo
procurou fazer os irmãos da “igreja primitiva” compreenderem que, a morte de
Cristo por nós é a prova de seu imensurável amor por nós, nada pode separar-nos
na presença de Deus (Romanos 8.38,39).
Embora
possamos ser derrotadas por inúmeras maneiras humanas e naturais da vida, a
alma pode sentir-se triunfante ainda que o corpo seja maltratado ou morto, para
o cristão pode haver vitória espiritual em diversas situações em que o corpo
possa estar sendo maltratado (2 Coríntios 12.7-10).
Mediante o
amor de Cristo é que o “homem interior” pode obter o triunfo.
1 – Qual a Procedência Destes Ataques?
1. A Bíblia revela a verdadeira força por trás destes ataques.
Os crentes do
Novo Testamento tem mais entendimento sobre “batalha
espiritual”
do que tinham os crentes do Velho Testamento.
Vejamos o que Paulo disse aos irmãos de Éfeso sobre este tão
importante assunto:
Porque não temos que lutar contra
carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra
os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade,
nos lugares celestiais. Efésios 6.12
Paulo
enfatiza que esse conflito não é “contra carne e sangue” (Efésios 6.12). Não se trata de lutar contra o ser
humano, mas contra o reino das trevas nas “regiões celestes”. Essas declarações
indicam que a batalha não é física, mas travada no mundo espiritual.
O termo “lutar” (Efésios 6.12)
retrata a ideia de um combate corpo a corpo, isto é, “um contra um” no campo de
batalha, significando que, cada pessoa trava uma luta particular para estar
“firme na fé”, por assim dizer.
Esta luta é
tanto na área individual, quanto na área coletiva da “igreja” (1 Pedro 5.8,9).
O termo
“carne” tem significados distintos nas Escrituras, mas a
combinação
“carne e sangue” é um hebraísmo que diz respeito ao ser humano e, (colocadas)
dessa maneira, as palavras “carne e sangue” só aparecem mais duas vezes em todo
o Novo Tratamento (Mateus 16.17; 1 Coríntios 15.50).
William
Hendriksen (historiador do Novo Testamento) arrazoa que o texto indica a
desigualdade dessa batalha, uma vez que a luta não é natural, não é contra
homens frágeis, mas contra uma hoste extraterrena inumerável de espíritos
malignos, e o Diabo é quem controla pessoalmente todas essas legiões e procura
atacar os cristãos.
O historiador bíblico Francis Foulkes observa
que, “O homem moderno sente-se capaz de lutar contra poderes que, mesmo sendo
descritos em termos materiais, estão além de seu controle, pois o homem moderno
tem habilidade em penetrar nos mistérios do universo material e trazê-lo a
sujeição”.
Mas, em se
tratando de lutar contra poderes espirituais, o homem não tem chance alguma de
vencer, a não ser pelo poder de Deus.
John Stott
enfatiza que as forças organizadas contra nós não são de pessoas, mas de
inteligências cósmicas; nossos inimigos não são humanos, mas demoníacos, o que
mostra que, só com a ajude de Deus é possível triunfar em tal batalha.
2. Qual a orientação que a Bíblia dá diante desta luta?
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais (1) resistir no dia mau e, (2) havendo feito tudo, (3) ficar firmes.
Efésios 6.13
Perceba que
em Efésios 6.13 encontramos o termo “tomai”, em
outras palavras, “estendei a mão”, ou seja, “a armadura está á disposição de
vocês, revesti-vos dela”.
Ou seja, a
ordem de Paulo é que nos apropriemos do poder espiritual a nós oferecido. E
como se faz isso?
Com vida de
oração (tudo começa com oração), procurar conhecer as Escrituras de maneira
aprofundada, pôr em prática tudo o que se aprende com Palavra de Deus, fé,
obediência e perseverança. Pondo esta “receita” em prática, seremos soldados
revestidos de toda a “armadura de Deus”.
Nenhuma parte
da armadura deve ser deixada de lado, pois se uma parte da armadura for
menosprezada e deixada de lado, satanás irá concentrar seus ataques exatamente
“naquele ponto de sua vida, onde faltar uma parte da armadura”.
Segundo
Russel Norman Champlin, em épocas de guerras na antiguidade, os soldados mais
debilitados tinham permissão para tirar partes de suas armaduras em combate, o
resultado disso era que, muitos inimigos se
aproveitavam
e atacavam exatamente estes soldados “com a armadura incompleta” e muitos
morriam. Paulo deviam ter conhecimento sobre isto, e alertou, tomai toda a armadura de Deus (Efésios
6.13).
O
revestimento completo da “armadura de Deus” se faz através da constante
comunhão com Ele.
Perceba que a
Bíblia não nos aconselha a fugir da luta, mas ficar firmes, resistir e vencer.
Sujeitai-vos,
pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
Tiago 4.7
3. Nesta luta contra o mundo invisível a arma mais eficaz é a fé.
Quem
é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?
1João 5.5
Aqueles que
tem a sua fé alicerçada em Jesus (ou seja, a “Palavra Viva”) vencem todo e
qualquer obstáculo. A verdadeira fé em Deus e no seu
“Cristo” se
atem ao fato de que Deus, segundo sua boa vontade, amor, sabedoria e poder,
fará não o que queremos que Ele faça, mas sim, que Ele quer fazer.
É pela fé que
experimentamos a ação do Espírito Santo em nossas vidas (Gálatas 3.2,5).
A Palavra nos
ensina que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus
11.6) e o cristão não deve se esquecer de que deve andar baseando-se na
fé em Deus e não naquilo que seus olhos veem (2
Coríntios 5.7).
Há inúmeros relatos bíblicos que mostram que, não importa o
tamanho das circunstâncias adversas, se houver fé verdadeira em Deus, as
circunstâncias adversas são sempre vencidas.
4. Nesta luta as armas devem ser espirituais.
Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das
fortalezas;
2Coríntios 10.4
Estas
palavras de Paulo são uma possível alusão a queda de Jericó (Josué 6.1-27), o cristão verdadeiro está “armado com a
graça de Deus” contida em sua própria vida, a partir do momento em que o
cristão anda na presença de Deus, Deus anda com ele, e isto faz com que toda e
qualquer “fortaleza de satanás” caia por terra.
Quando o cristão
é perseguido, caluniado, tentado, a graça de Deus em sua vida o fará triunfar.
A partir do momento em que o cristão decide lutar usando armas carnais (ex:
palavras torpes, artimanhas humanas, atitudes anticristãs) ele certamente
experimentará o gosto amargo da derrota cedo ou tarde.
2 – O inimigo Procura Atingir a Nossa Fé
1. O inimigo ataca com a arma do desprezo.
O inimigo tem
várias armas que pode tentar usar contra nós, mas, todas as armas que o inimigo
tem não serão suficientes para nos fazer retroceder caso estejamos firmes na
presença de nosso Deus.
Vejamos
algumas das armas que o inimigo usa para tentar nos fazer parar:
...Que
fazem estes fracos judeus?..
Neemias 4.2
Todas as
armas que o inimigo usou para tentar naufragar a fé dos judeus são usadas
também para tentar fazer naufragar a nossa fé. No caso dos judeus, seus
inimigos desdenhavam do esforço dos construtores chamando- os de fracos judeus.
Hoje em dia
não é diferentes o inimigo usa pessoas para dizer coisas do tipo: Não adianta
evangelizar de porta em porta ou nas praças, não adianta você preparar uma
Palavra para pregar ou citar a alguém, não vai adiantar, você não terá essa
oportunidade, não adianta você procurar
manter o salão da “igreja” organizado, ninguém se importa, você é muito fraco e
cheio de defeitos, não vai conseguir fazer nada para Deus...
Estas são
apenas algumas das artimanhas usadas pelo inimigo de nossas almas para nos
fazer parar, por isso vigie e siga em frente fazendo a obra de Deus.
2. O inimigo ataca com a arma do escárnio (Zombaria).
E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que
edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra.
Neemias 4.3
Iludiste-me, ó SENHOR, e iludido fiquei; mais forte foste do que eu
e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim.
Jeremias 20.7
Estamos feitos o opróbrio dos nossos vizinhos, o
escárnio e a zombaria dos que estão à roda de nós.
Salmo 79.4
Vemos que nem
mesmo Jesus escapou do escárnio (zombaria):
E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, em sua
mão direita, uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo:
Salve, Rei dos judeus!
Mateus 27.29
39. E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça
40. e dizendo: Tu, que destróis o templo e, em três dias, o
reedificas, salva- te a ti mesmo; se és o Filho de Deus, desce da cruz.
41. E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes,
com os escribas, e anciãos, e
fariseus, escarnecendo, diziam:
42. Salvou os outros e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o
Rei de Israel, desça, agora, da cruz, e creremos nele;
43. confiou em Deus; livre-o agora, se o ama; porque disse:
Sou Filho de Deus.
Mateus 27.39-43
Precisamos
ter em mente que o objetivo do inimigo é sempre nos desestabilizar e fazer com
que venhamos a desanimar ou lutar com nossas próprias forças, deixando Deus de
lado.
Como disse
certa vez Aiden Wilson Tozer: “Quando o ser humano se esforça para vencer por
conta própria, Deus acaba permitindo que o ser humano lute apenas com as
próprias forças, para mostrar ao mesmo, que sem Deus ele nada pode fazer, a não
ser destruir-se” (grifo pessoal meu).
O escárnio tem sempre dois efeitos
básicos no ser humano:
1-
Faz o ser humano sentir-se
envergonhado diante de outros.
2-
Faz o ser
humano buscar vingança (lutar com as próprias forças, deixando Deus de lado).
Em ambas as
situações a derrota é certa, por isso, diante do escárnio, sempre siga em
frente e deixe que Deus lute por você.
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à
ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Romanos 12.19
3.
O
inimigo chama a nossa atenção para a imensidade da tarefa.
Quando Deus
nos chama para realizar uma tarefa, provavelmente em algum momento da caminhada
ficaremos tentados a olhar para o tamanho da tarefa, para as dificuldades, mas
não podemos nos esquecer que quem faz a obra é Deus, Deus não precisa do homem
para nada, Deus usa o homem por seu amor e misericórdia, mas Deus nunca ficou e
nem jamais ficará refém de homem algum.
Se Abraão
tivesse rejeitado o chamado de Deus, Deus teria levantado outra pessoa, da
mesma forma se Moisés, Elias, Pedro, Paulo e tantos outros “heróis da fé”
tivessem rejeitado o chamado de Deus, Deus não teria de forma alguma ficado
“refém da vontade do
homem”.
Quando Deus
nos chama para realizar uma tarefa, jamais podemos olhar para as
circunstâncias, pois Deus é quem faz a obra, o ser humano é apenas um mero
instrumento nas mãos de um Deus que nunca falhou e jamais falhará.
4. O inimigo usa contra nós os boatos e as mentiras.
Vemos na Bíblia que o próprio Deus
foi vítima de boatos e mentiras:
4. Então, a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.
5. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se
abrirão os vossos olhos, e sereis
como Deus, sabendo o bem e o mal.
Gênesis 3.4,5
A
“serpente” enganou Eva usando boatos e mentiras contra o próprio Deus. Se o
inimigo fez isso com o próprio Deus, não há dúvidas de que ele fará o mesmo
conosco.
Quando
somos vítimas de boatos e mentiras a decisão acertadíssima diante da situação é
sempre orar e deixar que Deus tome conta da situação, Minha
é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor Romanos 12.19.
Jesus
aconselhou aqueles que sofrem acusações mentirosas a alegrarem-se no Senhor e a
não atentarem para o que se fala deles.
11. bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e
perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
12. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão
nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
Mateus 5.11,12
5. O inimigo usa
como arma a astúcia.
Astúcia
significa: habilidade de iludir, enganar, fingir ser amigo, fingir querer o bem
quando se quer o mal.
1. Sucedeu mais que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesém, o
arábio, e o resto dos nossos inimigos que eu tinha edificado o muro e que nele
já não havia brecha alguma, ainda
que até este tempo não tinha posto as portas nos portais,
2. Sambalate
e Gesém enviaram a dizer: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no
vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.
3. E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma
grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra,
enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?
4. E da mesma maneira enviaram a mim quatro vezes; e da mesma maneira lhes respondi.
Neemias 6.1-4
Os
samaritanos tentaram usar de astúcia para destruir o povo de Deus, mas Neemias
(e Esdras), homens firmes na presença de Deus, homens de oração e conhecedores
das sagradas Escrituras, por estarem firmes com Deus, conseguiram enxergar a astúcia
de seus inimigos e não caíram na armadilha. O cristão deve ser muito seletivo
com relação as suas amizades (1 Coríntios 15.33),
para não dar lugar ao diabo.
6. O inimigo usa como arma as ameaças.
Porém nós oramos ao nosso
Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles.
Neemias 4.9
Os inimigos
do povo de Deus, mais cedo ou mais tarde usam de ameaças para tentar fazer
cessar a obra de Deus, diante das ameaças, Neemias mostra-nos com sabedoria o
caminho a ser seguido. Oração, deve ser sempre a primeira opção. Pois a oração
posta em primeiro lugar mostra que os servos de Deus estão dependentes de Deus,
e, a vitória é certa em nome do Senhor.
Como disse
certa vez Hernandes Dias Lopes: “O deserto (as lutas) não são a linha de
chegada dos crentes verdadeiros, o mesmo Deus que nos levanta para fazer a obra
é o mesmo Deus que dará a vitória diante das circunstâncias e adversidades que
se levantarem” (grifo pessoal).
3 – Qual o Segredo da Vitória de Neemias e dos Judeus?
1. Os judeus venceram porque tinham certeza de que estavam na vontade de Deus.
Então, lhes respondi e disse: O Deus dos
céus é o que nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e
edificaremos; mas vós não tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém.
Neemias 2.20
Alguém que
está fazendo a obra de Deus, da maneira que Deus quer, pode ter a certeza da
vitória, não importa quais e quantas circunstâncias adversas se levantem.
As
circunstâncias adversas que enfrentamos ao fazer a obra de Deus para nós podem
parecer imensas, mas são insignificantes aos olhos do nosso Deus.
Quando
fazemos a obra de Deus, na direção de Deus, podemos ter a certeza de que todos
os nossos adversários e todas as circunstâncias adversas estão na “palma da mão
de Deus” e a vitória do povo de Deus é certa
1. Os judeus venceram pela oração.
2.
Devemos
também orar.
3. Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e
caia o seu opróbrio sobre a sua
cabeça, e faze com que sejam um despojo, numa terra de cativeiro.
4. E não cubras a sua
iniqüidade, e não se risque diante de ti o seu pecado, pois que te irritaram
defronte dos edificadores.
5. Assim, edificamos o muro, e
todo o muro se cerrou até sua metade;
porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.
6. E sucedeu que, ouvindo
Sambalate, e Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas que tanto ia
crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a
tapar, iraram-se sobremodo.
7. E ligaram-se entre si todos,
para virem atacar Jerusalém e para os desviarem do seu intento.
8. Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda
contra eles, de dia e de noite, por causa deles.
Neemias 4.4-9
Os judeus venceram pela oração, e
nós também só venceremos nossas batalhas pela oração.
Como disse
certa vez Leonard Ravenhill: “Um cristão que não ora está desviando ou já
desviou”.
Podemos citar
vários versículos sobre oração. Mas penso que para esta lição o texto mais
apropriado para ser usado está no Salmo 5.3.
Pela manhã, ouvirás a minha
voz, ó SENHOR; pela manhã, me apresentarei a ti, e vigiarei.
Salmo 5.3
As palavras de Davi (Salmo 5.3) nos ensinam muito a respeito de “oração”.
Lembro-me de
algumas das palavras de Charles Haddon Spurgeon sobre oração:
“Precisamos
de pessoas dispostas a orar, oração não é algo fácil, como ensinam muitos
pregadores por aí. A oração não pode estar em desacordo com a Palavra de Deus.
Jamais devemos orar de maneira contrária aquela ensinada nas sagradas
Escrituras. Toda e qualquer oração que não tem base nas sagradas Escrituras é
uma afronta ao nosso Deus.
Orar não é
fácil, pois exige que nos acheguemos a Deus com total respeito e reverência ao
Criador dos céus e da terra, quando oramos, não podemos ter pressa em sair da
“presença de nosso Deus”. Aquela oração feita com pressa para encerrar (a
oração) nem deveria ser feita.
Orar e depois
por os olhos naquilo que Deus não se agrada (de maneira premeditada) é uma
afronta ao nosso Deus. Se levantar de manhã e fazer qualquer atividade antes de
orar é uma afronta ao Pai celestial. Ir dormir antes de orar é um desrespeito
imensurável aquele que tanto nos ama e faz por nós.
Ao
refletirmos sobre nossa vida de oração, podemos facilmente chegar á conclusão
de que, precisamos mudar urgentemente a forma como oramos.
É claro que não
conseguiremos orar como convém sem a ajuda do Espírito Santo, mas, precisamos
urgentemente fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para orar da maneira que
Deus se agrada.
Algumas
orações jamais seriam feitas se os homens apenas refletissem.
Outras não
deixariam de ser feitas se os homens apenas refletissem.”
(O texto acima é uma
paráfrase das palavras de Charles Haddon Spurgeon)
Todos nós deveríamos citar ao
Senhor todos os dias as palavras de um dos discípulos:
Senhor, ensina-nos a orar, (Lucas 11.1)
Os discípulos
já haviam visto Cristo orar inúmeras vezes e já haviam percebido a ligação
intima entre sua extraordinária vida pública e sua vida secreta de oração.
Existem
muitos “obreiros” que tem uma extraordinária vida pública (ou seja, diante da
“igreja”), mas sua vida secreta de oração, praticamente não existe, pois se
resume a poucos minutos diários na presença do Pai.
Quantos vezes
você homem, mulher de Deus, olha seu whatsapp, facebook, instagram na correria
do dia a dia???
E quantas vezes você entra na
presença de Deus na correria do dia a dia?
Como disse
Charles Haddon Spurgeon, “orar não é fácil”, exige sacrifício, disciplina, foco
e conhecimento bíblico para não correr o risco de orar como não convém.
Conclusão
Todo e
qualquer ataque do inimigo tem um só objetivo; nos afastar da fé. Mas, toda e
qualquer tentativa do inimigo de tentar nos derrubar pode ser vencida pela
oração e confiança em um Deus que nunca falha. Glória ao nome santo do Senhor
por isso.
Fontes
Enciclopédia Bíblica R. N. Champlin,
Bíblia de Estudo Pentecostal,
Bíblia de Estudo Holman,
Bíblia de Estudo Arqueológica,
Comentário Bíblico Africano,
Bíblia de Estudo Explicada,
Bíblia do Expositor,
Com Cristo na Escola de Oração – Andrew Murray,
Oração Eficaz – C. H. Spurgeon,
Apontamentos teológicos professor José Junior
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compartilhe, você recebeu de graça, então compartilhe de graça (Mateus 10.8).
COMO VENCER AS
OPOSIÇÕES À OBRA DE DEUS
TEXTO ÁUREO = “Mas em todas
estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8: 37).
VERDADE PRÁTICA = Quando
depositamos nossa confiança em Deus, descobrimos que Ele é muito maior do que
todos os obstáculos que encontramos.
TEXTO BÍBLICO
BÁSICO = Ne 4.8-20; 1 Jo 4.4; 5.5
INTRODUÇÃO
Observamos como a construção dos muros em
Jerusalém provocou urna dura resistência por parte dos samaritanos. Nesta lição
iremos observar, mais detalhadamente, as diferentes formas dos seus ataques, e
o modo como os judeus conseguiram vencê-los e concluir a obra. (SB)
I. QUAL A PROCEDÊNCIA DESTES ATAQUES?
1. A Bíblia
revela a verdadeira força por trás destes ataques. Ela diz:
“Não temos que lutar contra a carne e o
sangue. mas sim contra os principados, contra os príncipes da trevas deste
século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (Ef
6.12). Portanto, nossa luta é antes de tudo espiritual. Os inimigos visíveis
são meramente instrumentos dos demônios, os quais nos atacam..Desde que Lúcifer
caiu em pecado no céu e foi expulso de lá, ele tem sido o ADVERSARIO de Deus e
de sua obra (1 Pe5.8).
2. Qual
a orientação que a Bíblia dá diante desta luta? Ela diz: ‘Portanto tomai
toda a armadura de Deus ,para que possais:
a) RESISTIR NO DIA MAU;
b) TENDO FEITO TUDO;
c) FICAR FIRMES (Ef 6.13).
Vemos, assim, que a Bíblia não aconselha fugir
da luta, mas sim ficar firmes, resistir e vencer! (Tg 4.7)
3. Nesta luta
contra o mundo Invisível a arma mais eficaz é a fé. A Bíblia diz:
“Quem é que vence o mundo senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?” (1
Jo 5.5). Por isso a Bíblia aconselha: “Milita a boa milícia da fé, e toma pose
da vida eterna” (1 Tm 6.12). Pela fé experimentamos a operação do Espírito
Santo e nossa vida ( Gl 3: 2,5). Jamais devemos permitir que alguma coisa venha
abalar a nossa fé, “porque sem fé é impossível agradar-lhe” (Hb 11.6). Devemos
não temer, mas crer- somente (Mc 5.38). “Não deis lugar ao Diabo!” (Ef 4.2).
4. Nesta luta as
armas devem ser espirituais (2 Co 10.4). Só as armas espirituais atingem e alcançam os
reais inimigos, os demônios. As armas carnais só nos prejudicam, pois muitas
vezes levam-nos a dar lugar ao inimigo.
II.0 INIMIGO
PROCURA ATINGIR A NOSSA FE.
1.0 Inimigo ataca
com a arma do DESPREZO. Diziam: “que fazem estes fracos judeus?” (Ne 4.2). De fato, em
nós mesmos somos fracos. Paulo disse:
“Quando estou fraco então sou forte” (2 Co
12.9,10). Quando o crente é tentado a se comparar com o inimigo, está em
perigo! Foi esta tentação que derrubou Israel. Quando os dez espias disseram
“Não poderemos subir porque o povo é mais forte do que nós” (Nm 13.31), os
israelitas recusaram-se a subir, recusaram- se a dar ouvidos à mensagem de fé
transmitida por Calebe, que dizia:
“Certamente prevaleceremos contra eles” (Nm
13.30). “O Senhor é conosco, não os temais” (Nm 14.9).
2.0 inimigo ataca
com a arma do ESCARNIO (Ne 4.3,4; Jr 20.7; Sl 79.4).
Trata-se de uma arma que os inimigos da obra
de Deus têm usado em todos os tempos.
Quando os servos de Deus sofrem escárnio, são
tentados a ficarem desanimados. Todavia devemos lembrar que isso é o que os
fiéis sempre tiveram que suportar (Hb 11.36; Sl 35.15,16; 44.13,14). Nem mesmo
Jesus escapou do escárnio (Mt20.19; 27 .29,39). Jesus é natural que aos seus
servos seja dado o mesmo nome” (ML 10.25). Isto faz parte da cruz que devemos
aceitar quando seguimos a Jesus (Mt 10.38,39; 16.24,25). Os que so carnais
procuram escapar do escândalo da cruz (Gl5.11).
3.0 Inimigo chama a nossa atenção para a imensidade da tarefa. “Vivificarão dos
montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Ne 4.2). Moisés ao olhar para a
dimensão da tarefa para qual Deus o chamava, recusou-se a ir. Quando, porém,
Moisés meditou na Palavra de Deus, que Deus iria com ele (Ex 3.12), e que Deus
seria com a sua boca (Êx 4.12), Moisés se animou e viu as montanhas tornando-se
em campinas (Zc 4.7). Quem faz a obra é Deus (Is 26.12), mas Ele usa de
instrumentos, ainda que estes sejam pequenos e a tarefa seja grande!
4. O inimigo usa contra nós os BOATOS e as MENTIRAS. Os samaritanos
espalhavam calúnias contra Neemias, dizendo que ele planejava constituir-se rei
(Ne 2.19, 6.5;6). Tudo isto para amedrontar os judeus e assim atingi-los em sua
fé em Deus. Neemias respondeu: “Dc tudo que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas
no teu coração o inventas” (Ne 6.6).
Paulo escreveu:
“Tornando-nos recomendáveis em tudo... por honra e por desonra, por infâmia e
por boa fama” (2 Co 4.4-8). Jesus aconselhou àqueles que sofrerem acusações
mentirosas a alegrarem-se e a exultarem, e a não atentarem para o que se fala
deles (Mt 5.11,12).
5. O inimigo usa como arma a ASTÚCIA. Os samaritanos
convidaram os judeus para juntos se congregarem nas aldeias; porém intentavam
fazer mal a Neemias. Insistiram na proposta, mas o convite foi repetidamente
recusado por Neemias: “Estou fazendo uma grande obra, não poderei descer” (Ne
6.3).
6. O Inimigo usa
como arma as AMEAÇAS. Os inimigos dos judeus ameaçaram guerrear contra eles, a fim de
espalharem medo e pânico entre o povo de Deus. Porém, diz Neemias: “Oramos a
Deus e pusemos guardas contra eles!” (t’Ie 4.9). Os judeus não atacaram os samaritanos,
mas defenderam a sua área de trabalho ( Ne 4: 13-20).
III. QUAL O
SEGREDO DA VITÓRIA DE NEEMIAS E DOS JUDEUS?
1. Os Judeus venceram porque tinham certeza de que estavam na
vontade de Deus. Neemias disse aos seus inimigos: “O Deus do céu é que nos fará
prosperar” (Ne 2.20). Neemias sabia que o Senhor o havia enviado para
Jerusalém, e que pelejava por eles. Esta certeza nos guarda de precipitações,
(Pv 29.20), e de falarmos palavras impensadas (Sl 106.33; Ec 7.9; Pv 25.11).
Podemos assim governar o nosso espírito (Pv 16.32).
2. Os judeus venceram pela oração. Neemias era
homem de oração. Com freqüência lê-se sobre como Neemias orava: “Ouve, ó nosso
Deus; Lembra-te de mim para o bem; Lembra-te, meu Deus, de Tobias e Sambalate”
(Ne 4.4; 6.14; 13.29). Aquele que ora, coloca a sua dificuldade diante do
Senhor que QUER e PODE RESOLVE-LA! O mesmo Deus que nos exortou a orar, também
prometeu nos responder as orações (Jó 22.27; Sl 50.15; 46.1; Mt 7.7,8,11).
3. Devemos também orar ( 1 Ts 5.17). “Oral sem cessar...”
Jesus deixou- nos o mesmo ensino. Falou-nos da necessidade de perseverarmos na
oração, usando para isso uma parábola (Lo 18.1). Paulo exortou aos efésios a
perseverarem em “oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18) e aos colossenses ele
escreveu:
Perseverai em
oração” (Cl 4.2). Que é então perseverança em oração?
a. É impedir que alguma coisa nos estorve a orar, encontrando-nos
apenas na oração. Precisamos de uma espécie de autodisciplina, ou de controle
sobre nós próprios. Marta não dispunha de tempo para ficar aos pés de Jesus,
porque estava ocupada (Lc 10.38-42). Quando começamos a orar, aparecem muitos
obstáculos, mas devemos ser vitoriosos. Temos que ter vitória também em nossos
pensamentos, porque o inimigo quer nos impedir de orar, fazendo-nos pensar em
outras coisas.
b. É persistir em orar, ainda
que o Diabo procure tornar pesada e difícil a oração. Daniel orou 21
dias, e veio a resposta! E, então, ele soube que a resposta demorara, porque os
espíritos malignos tinham impedido a resposta (Dn 10.11- 14), Jesus mostrou a
mesma verdade na parábola sobre a viúva
(Lc 18.1-6).
e. É orar até que venha a resposta! Devemos orar
“até que...” (Is 62.8; Lc 24.49). Jesus orou três vezes sobre a mesma coisa (Mt
26.44), e Paulo também orou três vezes, até que Deus lhe respondeu (2 Co
12.8,9). Elias orou 7 vezes, para que chovesse, e choveu (1 Rs 18.43-45). E os
discípulos perseveraram em oração até que o fogo caiu (At 1.14; 2.1-4).
d. É uma prova de que o Espírito de oração opera em nós (Zc 12.10;
Rm 8.26; Ef 6.18; Jd 20). O Espírito Santo ora, em nós, enquanto trabalhamos; enquanto nos
ocupamos de nossas tarefas diárias. O Espírito Santo não se preocupa da posição
de nosso corpo, isto é, se estamos ajoelhados, deitados ou em pé. Isto é o
segredo de estarmos sempre orando! Dá liberdade ao Espírito - e Ele levar- te-á
para esta gloriosa vida de oração. Aleluia. A VITORIA É NOSSA, PELO SANGUE DE
JESUS. Amém.
Por =
Evangelista Isaias Silva de Jesus
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Ministério Belém Em Dourados – MS
Lições bíblicas CPAD 1993
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10.8).
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