4 de julho de 2023

A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado

 

A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado 09-07-2023

OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO e na cor AZUL algumas orientações extras.

Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula em vídeo e complemente com esse comentário.

TEXTO ÁUREO

“Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Rm 3.20)

VERDADE PRÁTICA

O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - ROMANOS 3.9-20

PALAVRA-CHAVE - Pecado

PLANO DE AULA

Queridos professores (as),

A doutrina bíblica do pecado, por natureza, faz oposição às principais ideologias modernas que buscam enaltecer o homem, destacando sua suposta bondade intrínseca. Quando a doutrina bíblica do pecado é deturpada, então, tudo o mais no campo moral também o é. O comentarista da lição, pastor Douglas Baptista nos fornece o seguinte para entendermos o tema dessa lição:

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

I)   EXPOR o ensino bíblico da natureza pecaminosa

1.   Definição de Pecado.

2.   A universalidade do Pecado.

3.   Corrupção Total.

II)   PONTUAR teologias modernas que derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado

1.   Teologia do pecado social.

2.   Teologia da libertação.

3.   Liberalismo teológico.

 

III)   MOSTRAR as consequências da normalização do pecado

1.   Crise ética e moral.

2.   Imoralidade sexual.

3.   A dessacralização da vida.

CONSIDERAÇÃO INICIAL

Estudando a deturpação da doutrina do pecado, estamos dando continuidade ao tema a igreja de Cristo e o império do mal. Os ataques são inúmeros, e um dos modos de atacar a igreja é transformar o que a Bíblia diz ser pecado em algo permitido. Precisamos estudar cada lição à luz do tema da revista e considerar cada uma delas como uma peça do quebra-cabeça que está sendo montado até completarmos as 13 lições.

 

INTRODUÇÃO

A Queda no Éden transmitiu à humanidade a inclinação do coração humano ao erro. Por isso, a regeneração é o único meio possível de desfazer as consequências do pecado em que a natureza humana pode ser transformada pela obra de Cristo (Tt 3.5,6).

Tt 3:5-6 na (ARC) diz: 5 - não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, 6 - que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador.

Não obstante, por influência de teologias modernas, a Doutrina do Pecado vem sendo deturpada e enfraquecida. Esse processo abriu as portas para a normalização do pecado em muitos lugares denominados cristãos. Nesta lição, vamos estudar o perigo dessas teologias para a ortodoxia cristã.

Por ser tratar de uma lição diretamente ligada a uma doutrina Doutrina do Pecado, leremos muitas referências Bíblicas para fundamentar a argumentação na lição.

I   O ENSINO BÍBLICO DA NATUREZA PECAMINOSA

Nesse tópico vamos entender a definição do pecado, seu alcance e em que grau o ser humano foi afetado por ele.

1.  Definição de Pecado.

Dentre os termos para “pecado”, destacamos o substantivo hebraico chatá, cuja raiz significa “errar o alvo” (Gn 4.7); e o seu correspondente grego hamartia, que possui conotação de “erro moral” (2 Pe 2.13,14).

2Pe 2:13-14 na (ARC) diz: 13 - recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; 14 - tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição.

Assim, a Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4).

1Jo 3:4 na (ARC) diz: Qualquer que comete o pecado também comete iniqüidade, porque o pecado é iniqüidade (desprezo e violação da lei).

A palavra abrange não apenas errar o alvo, mas deliberadamente (intencionalmente) acertar o alvo errado. Trata-se de rebelião e desobediência contra Deus e a sua Palavra (1 Sm 15.22,23).

 

1Sm 15:22-23 na (ARC) diz: 22 - Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. 23 - Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar (ser insolente, demonstrar arrogância) é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei.

O rei Manassés é um exemplo de praticar iniquidades, pois tudo que Ele sabia que desagradava ao Senhor ele praticava (2Re 21). Hoje, muitas pessoas praticam iniquidades, mas tentam suavizar seus pecados através de deturpar o que a bíblia diz que é pecado. Tentam normalizar o pecado.

Além disso, o pecado afasta o homem de Deus, fazendo-o pecar contra o próximo (1 Jo 1.6,7)

e por se omitir em fazer o bem (Tg 4.17).

1Jo 1:6-7 na (ARC) diz: 6 - Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade. 7 - Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

Tg 4:17 na (ARC) diz: 17 - Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

Portanto, pecado é a condição do homem não regenerado e pode ser expelido por meio do Novo Nascimento (Jo 3.3-7). Essa reconciliação do homem com Deus só é possível em Cristo Jesus (2 Co 5.19).

2Co 5:19 na (ARC) diz: 19 - isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.

LIÇÃO PRINCIPAL

O pecado é definido como a transgressão da Lei de Deus, envolvendo tanto errar o alvo como acertar o alvo errado de forma deliberada. Ele representa rebelião e desobediência contra Deus, afastando o homem Dele. A única maneira de se livrar do pecado é por meio do Novo Nascimento em Cristo Jesus.

 

2.  A universalidade do Pecado.

O ser humano foi criado em estado de inocência, sem pecado, perfeito (Ec 7.29) e dotado de livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Lembre-se que tudo isso antes da queda.

Ec 7:29 na (ARC) diz: 29 - Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções.

Gn 2:16-17 na (ARC) diz: 16 - E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 - mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Isso quer dizer que o ser humano, antes da queda, tinha a liberdade de escolha sem qualquer influência interna que o levasse a desobedecer a Deus. O primeiro casal fez mau uso dessa liberdade de escolha que possuíam, e, assim, Adão e Eva quebraram o único mandamento que receberam ao dar ouvidos ao tentador. Ao desobedecerem a Deus, eles se tornaram culpados perante o tribunal divino e, como consequência, passaram a ser dominados pelo pecado. Isso significa que suas escolhas não eram mais livres, mas sim diretamente influenciadas pela natureza pecaminosa que agora fazia parte deles. A capacidade de escolher obedecer a Deus, que eles possuíam antes da queda, sem depender de uma ação divina para isso, agora foi perdida.

Porém, o primeiro homem escolheu desobedecer a Deus e a sua Queda corrompeu toda a humanidade (Gn 3.9-19). O pecado de Adão foi transmitido a toda raça humana (Rm 5.12).

Rm 5:12 na (ARC) diz: Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.

Adão era o representante da raça humana; portanto, quando ele pecou, tornou-se um pecador culpado e condenado perante o tribunal de Deus. Como tal representante, a culpa do pecado foi transmitida a toda a sua descendência.

Assim, a partir da Queda, todos os seres humanos nascem em pecado (Sl 51.5). Portanto, o pecado não é passado adiante meramente pela força do mau exemplo, mas é um mal inerente à natureza humana (Rm 7.14-24). Aqui, precisamos entender a diferença entre pecado como ato e pecado como estado ou condição. O ser humano possui o pecado em sua natureza, o que se refere à condição ou estado. Portanto, mesmo que algumas pessoas sejam consideradas boas por suas obras, se elas não aceitarem Jesus, continuarão culpadas e condenadas, pois suas boas obras não podem pagar sua dívida perante o tribunal de Deus. Em consequência disso, todo ser humano está debaixo da escravidão do pecado e da condenação da morte (Rm 3.23; 6.23). Se essa é a condição de todo ser humano sem Cristo, como ele pode ter livre-arbítrio para escolher, por iniciativa própria, a salvação, se ele é escravo do pecado? Uma pessoa escrava não possui liberdade! A resposta completa dessa pergunta está no próximo ponto. Apesar de corrompida pelo pecado, a natureza humana pode ser eficazmente regenerada pela em Cristo (Rm 3.24; 2 Co 5.17).


LIÇÃO PRINCIPAL

O pecado entrou no mundo através da desobediência de Adão, corrompendo toda a humanidade. Todos nascem em pecado, mas pela em Cristo, é possível a regeneração da natureza humana.

3.  Corrupção Total.

É chamada também de depravação total. É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana (Rm 3.10-18). Nesse aspecto, a inclinação para fazer o errado é resultado do pecado (Gn 6.5; Rm 5.19). Por causa da Queda, todas as áreas de nosso ser foram corrompidas. Essa corrupção impede o homem de tomar a iniciativa no processo de regeneração (Rm 8.7,8).

Rm 8:7-8 na (ARC) diz: 7 - Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. 8 - Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

Ele só pode ser liberto do pecado após o convencimento do Espírito (ação divina) (Jo 16.8). Sem essa ajuda divina ninguém pode ser transformado (Tt 3.5), OU SEJA, O LIVRE-ARBÍTRIO PRECISA SER DIVINAMENTE RESTAURADO (NO QUE DIZ RESPEITO A SALVAÇÃO) (RM 2.4).

Rm 2:4 na (ARC) diz: Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?

Isso significa que o ser humano possui liberdade de escolha, porém suas decisões são influenciadas pela natureza pecaminosa. Ele pode escolher fazer várias coisas que não estão relacionadas a Deus, mas nunca poderá escolher Deus por si só, pois sua natureza é contrária a Ele.

Somente por meio da graça o homem recebe capacidade para crer, arrepender-se e ser salvo

(Rm 3.24,25).

Rm 3:23-24 na (NVT) diz: 23 - Pois todos pecaram e não alcançam o padrão da glória de Deus, 24 - mas ele, em sua graça, nos declara justos por meio de Cristo Jesus, que nos resgatou do castigo por nossos pecados.

Dessa forma, a libertação do pecado não provém de nenhum esforço humano, mas é gratuita e divinamente ofertada (Rm 6.23; Ef 2.8,9).

Rm 6:23 na (ARC) diz: Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor.

Ef 2:8-9 na (ARC) diz: 8 - Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. 9 - Não vem das obras, para que ninguém se glorie.


Infelizmente, muitos cristãos não compreendem que somos salvos pela graça, um favor imerecido, pois não tínhamos como pagar nossa dívida, mas Jesus a pagou. Além disso, perseveramos na vida cristã também pela graça, pois sem a atuação do Espírito Santo, nos santificando através de nossa busca e produzindo o seu Fruto em nós, certamente abandonaríamos nossa fé. Desde o início até o fim de nossa jornada nesta terra, dependemos de Deus. Aqueles que confiam apenas em seus próprios esforços, negligenciando a ajuda divina, certamente fracassarão.

LIÇÃO PRINCIPAL

A natureza humana está corrompida pelo pecado, impedindo o homem de se regenerar por conta própria. A libertação do pecado só é possível através da ajuda divina por meio da graça, não por esforços humanos. A transformação ocorre quando o livre-arbítrio é restaurado pela graça divina.

SINÓPSE I

O pecado é a transgressão da Lei de Deus. Por ele, o ser humano foi totalmente corrompido.

II   AS TEOLOGIAS MODERNAS

Aqui aprenderemos como esses falsos ensinamentos deturpam a doutrina bíblica do pecado. Estudar sobre eles nos permite identificar onde estão sendo ensinados, seja em programações, redes sociais, conversas ou até mesmo em pregações.

1.  Teologia do pecado social.

A tese do pecado social remonta aos concílios católicos de Medellín (1968, Colômbia) e Puebla (1979, México). Essa tese defende que o pecado é algo que se constrói por meio de estruturas opressoras, tais como, a pobreza, a injustiça e a desigualdade. Dessa maneira, a redenção (salvação) do pecado não se restringe ao aspecto espiritual, sendo preciso tratar as questões sociais. O pecado deixa de ser tratado no nível da moral e passa a ser considerado no nível econômico e social. Perceba o espírito da Babilônia disfarçando-se de um sistema preocupado com as pessoas, quando na verdade isso é uma cortina de fumaça para que as pessoas não enxerguem sua verdadeira condição de pecadores culpados e não busquem a Deus. A mudança de ênfase do pecado original (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador. Então, deixa-se de enfatizar a causa para explorar os sintomas (Mt 23.27,28).

 

Mt 23:27-28 na (ARC) diz: 27 - Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. 28 - Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.

Os falsos mestres no tempo de Jesus usavam hipocrisia para esconder seus pecados. Assim como Jesus teve que enfrentá-los e combater seus falsos ensinamentos, a igreja atual precisa se posicionar e rejeitar tais ensinamentos, impedindo que pessoas que persistem em ensinar essas teologias deturpadas preguem ou ensinem em nossas igrejas, e até se recomende que a igreja não ouça tais pessoas em qualquer meio de comunicação, pois essas doutrinas são veneno para a igreja.

A partir daí, resolver as questões da ordem social é visto como solução para o problema do pecado. Naturalmente, essa é uma deturpação do ensino bíblico a respeito do pecado.

LIÇÃO PRINCIPAL

A tese do pecado social, que enfoca o pecado como algo construído por estruturas opressoras, como a pobreza e a injustiça, desvia-se do ensinamento bíblico sobre o pecado. Ao colocar a ênfase nas questões sociais, enfraquece-se a responsabilidade moral do indivíduo e procura-se resolver o problema do pecado através de soluções sociais.

2.  Teologia da libertação.

A teologia da libertação tem afinidade com as ideias socialistas de Karl Marx. Essa teoria busca “libertar” o oprimido das estruturas opressoras da sociedade. Ela nasce na década de 1970 com Gustavo Gutiérrez (Peru) e Leonardo Boff (Brasil). Para eles, o estudo teológico não deve estar centrado em doutrinas bíblicas para libertar o homem do pecado, mas na indignação social para libertar o homem da injustiça social, econômica e cultural. Nesse caso é proposto uma mudança através de esforços humanos. Mas, como isso é possível se a Bíblia diz que a maldade vem da essência do homem?

Mt 15:19 na (ARC) diz: Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.

Desse impulso surgem as teologias de cunho emancipatório de gênero (transexualidade) (aqui mudança total de identidade), de sexualidade (homossexualidade) e de raça (aqui atração pelo mesmo sexo). Uma de suas vertentes é a Teologia da Missão Integral (TMI).

 

O grande impacto dessas influências é que a cristã é reduzida a militância política socialista e marxista. As pautas sociais e progressistas são disfarçadas pela roupagem de Evangelho, postas acima dos valores morais do Reino de Deus. Então, transforma-se o Evangelho em inconformismo (Tendência e atitude de estar inconformado; recusa de aceitar a condição incômoda ou desfavorável, não é um inconformismo contra o pecado e sim contra o situação desfavorável de pessoas), criticismo (Relativo ao ato de criticar de maneira generalizada e doentia alguma coisa ou objeto) e assistencialismo (Um sistema de assistência aos carentes e necessitados) (1 Co 15.19; Fp 3.18-20).

1Co 15:19 na (ARC) diz: Se esperamos em Cristo nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.

Fp 3:18-19 na (ARC) diz: 18 - Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. 19 - O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que pensam nas coisas terrenas.

É claro que a igreja deve realizar obras sociais, pois a fé sem obras é morta, mas ela não pode colocar essas obras como motivo para atrair as pessoas para a igreja, pois, se isso acontecer, as pessoas não viram por Cristo, mas sim pela comida e ajuda que recebem. Não haverá conversão e sim adesão.

Jo 6:26 na (ARC) diz: Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que me buscais não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes.

LIÇÃO PRINCIPAL

A teologia da libertação, influenciada pelo socialismo de Marx, desvia o foco da cristã para uma militância política progressista, negligenciando a libertação do pecado e os valores morais do Reino de Deus, transformando o Evangelho em ativismo social e assistencialismo, em vez de abordar a libertação do pecado.

3.  Liberalismo teológico.

Após a Reforma Protestante (1517), floresce o liberalismo teológico, onde a razão é colocada acima da revelação divina. Como resultado disso, a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras são questionadas; os milagres e o sobrenatural são considerados mitológicos; as doutrinas da fé são reinterpretadas e ressignificadas. Troca-se a mensagem da salvação de arrependimento, confissão de pecados e mudança de caráter por uma visão progressista que enfatiza a transformação social pelo paradigma do marxismo. Assim, o pecado é relativizado, o ecumenismo religioso é propagado e toda experiência espiritual é considerada válida. O ideário

da teologia liberal é de oposição às antigas doutrinas bíblicas que se fundamentam na revelação das Escrituras (2 Tm 4.3).

2Tm 4:3 na (ARC) diz: Porque virá tempo em que não sofrerão a doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;

LIÇÃO PRINCIPAL

O liberalismo teológico pós-Reforma questiona a autoridade das Escrituras, relativiza o pecado e promove uma visão progressista que enfatiza a transformação social pelo marxismo, substituindo a mensagem da salvação por uma abordagem mais inclusiva e ecumênica.

SINÓPSE II

A teologia do pecado social, da libertação e o liberalismo teológico derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado.

III   A NORMALIZAÇÃO DO PECADO

Aqui aprenderemos sobre as consequências de a igreja aceitar o pecado como algo normal, abraçando o que é chamado de politicamente correto. O espírito da Babilônia tenta fazer com que a igreja se conforme com esse sistema mundano.

1.  Crise ética e moral.

Em termos gerais, os valores que regulam a conduta de uma pessoa denominam-se ética (1 Pe 1.15) e a prática dessa conduta recebe o nome de moral. Nessa concepção, a obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão (Rm 12.2). Porém, o conceito deturpado e relativizado do pecado resulta em desvio e falha de caráter (2 Tm 3.5).

2Tm 3:5 na (NVT) diz: Serão religiosas apenas na aparência, mas rejeitarão o poder capaz de lhes dar a verdadeira devoção. Fique longe de gente assim!

Desse modo, a sociedade deixa de ser eticamente sólida e se torna moralmente desajustada

(Hc 1.4).

Hc 1:4 na (NVT) diz: A lei está amortecida, e não se faz justiça nos tribunais. Os perversos são mais numerosos que os justos e, com isso, a justiça é corrompida.

Dessa crise de integridade irrompe ações incompatíveis com a bíblica (Rm 2.21,22).

Rm 2:21-22 na (ARC) diz: 21 - tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo? Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? 22 - Tu, que dizes que não se deve adulterar, adulteras? Tu, que abominas os ídolos, cometes sacrilégio?

Temas progressistas violam a ética e a moral bíblicas e passam a ser normalizados, tais como: a imoralidade sexual, o aborto e o uso de drogas ilícitas (1 Sm 2.6; Rm 1.27; 1 Co 6.15,19).

LIÇÃO PRINCIPAL

A obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão, mas o conceito deturpado do pecado resulta em desvio de caráter e uma sociedade moralmente desajustada. Temas progressistas violam a ética e a moral bíblicas, normalizando a imoralidade sexual, o aborto e o uso de drogas ilícitas.

2.  Imoralidade sexual.

A deturpação da doutrina do pecado favorece o avanço da imoralidade sexual (Rm 1.24). Em defesa da liberdade de decisão sobre o corpo, banaliza-se o sexo pré-conjugal, extraconjugal, normaliza-se a homossexualidade (Rm 1.26,27) e a doutrina da castidade (Pureza moral) é vista como opressora (Rm 6.12). Nesse aspecto, o afrouxamento da moral, o ensino da ideologia de gênero e a erotização da infância promovem luxúria (desejos sem freio) e licenciosidade (falta de limites aos padrões morais adequados). O pecado é tolerado, a família é desconstruída e a doutrina da santidade é negligenciada (Hb 13.4).

 

LIÇÃO PRINCIPAL

A deturpação da doutrina do pecado favorece a imoralidade sexual, normalizando práticas como sexo pré-conjugal, extraconjugal e homossexualidade. O afrouxamento da moral, ensino da ideologia de gênero e erotização da infância promovem a luxúria e desconstrução da família, negligenciando a doutrina da santidade.

3.  A dessacralização da vida.

As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque tem origem divina (Gn 1.27). Por conseguinte, a vida é inviolável e deve ser valorizada (2 Pe 1.3). O corpo humano deve ser cuidado, alimentado e preservado (Ef 5.29). Não obstante, a vulgarização do pecado fomenta ideologias que desprezam a sacralidade e a dignidade humana. Propala-se (dar publicidade, propagar) a autonomia incondicional sobre o próprio corpo sem as devidas limitações éticas e morais. O slogan “meu corpo, minhas regras” reivindica o pseudodireito de a pessoa usar drogas, prostituir-se, abortar, cometer o suicídio e a eutanásia. Assim, o corpo que é templo do Espírito Santo é profanado (1 Co 6.19). A criatura, de modo proposital, afronta a vontade do Criador (Rm 1.25).

Rm 1:25 na (ARC) diz: pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!

LIÇÃO PRINCIPAL

A vida humana é sagrada e inviolável, mas a vulgarização do pecado promove ideologias que desprezam a dignidade humana. A autonomia sobre o próprio corpo sem limitações éticas e morais profana o templo do Espírito Santo e afronta a vontade do Criador.

SINÓPSE III

Quando se normaliza o pecado sobra uma crise ética e moral, bem como a dessacralização da vida.

CONCLUSÃO

A relativização do pecado que o restringe à solução de pautas sociais em prejuízo da moral e, por sua vez, o exclusivismo moral em detrimento de causas sociais, igualmente, não retratam a cristã. Apesar de a Igreja não ser apolítica e nem insensível às desigualdades sociais, o mal primário a ser combatido é o pecado inerente à natureza humana. Uma vez regenerado pela fé em Cristo, o crente repudia as injustiças contra o seu próximo (Rm 1.18; 1 Co 13.6). A Igreja atuante é aquela que ainda milita na terra contra a carne, o mundo, o Diabo, o pecado e a morte (Ef 6.12).

Ef 6:12 na (NVT) diz: Pois nós não lutamos contra inimigos de carne e sangue, mas contra governantes e autoridades do mundo invisível, contra grandes poderes neste mundo de trevas e contra espíritos malignos nas esferas celestiais.

Essa é nossa verdadeira luta, contra o espírito da Babilônia que continua influenciando a humanidade para viver na contramão da vontade de Deus.

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